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O espetáculo “A Paixão de Cristo” terá última apresentação hoje na Concha Acústica do TCA Fazcultura Postado em: 18/04/2011 12:06

O espetáculo “A Paixão de Cristo”, em cartaz na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, terá a quarta e última apresentação nesta segunda-feira, dia 25, às 18h30, possibilitando ao público que viajou no feriado da Semana Santa, e especialmente aos estudantes, a oportunidade de conferir esta superprodução dirigida por Paulo Dourado. No palco, grandes nomes do teatro baiano: Jackson Costa, no papel de Jesus Cristo, Regina Dourado, como Maria, a mãe de Jesus, Andrea Elia, como Maria Madalena, Marcelo Praddo, Luiz Pepeu, Urias Lima e Carlos Betão, entre outros, num total de 50 intérpretes, além de um coro sob a regência do maestro Dilton César. Os efeitos especiais estão a cargo da companhia teatral carioca Intrépida Trupe, especializada em arte circense. O ingresso é 1 kg de feijão ou arroz para o programa Ação da Cidadania, com troca na bilheteria do TCA. “A Paixão de Cristo” tem o patrocínio do Projeto Vivo EnCena e da Secretaria de Cultura do Estado através do Fazcultura. Tradição cultural – A celebração da Paixão de Cristo é a mais permanente e profunda entre todas as tradições culturais do mundo ocidental. Em função do seu duplo fundamento - religioso e artístico - a realização desse teatro popular se reveste de características especiais que encontram eco na diversidade das classes e das culturas da sociedade contemporânea. Em todo o mundo, ao longo das últimas décadas, ressurgiram novos espetáculos sobre o tema, produzidos com recursos tecnológicos de ponta e elenco de excelência artística. O diretor Paulo Dourado afirma que a expectativa é lotar a Concha, não só de baianos, mas também turistas. “Estamos retomando em Salvador uma tradição do século passado, quando nos anos 80 e 90 era costume das famílias participarem da Semana Santa, como um momento de reflexão e renovação em torno da Páscoa. Mas houve uma carnavalização progressiva em Salvador, e outros acontecimentos culturais legítimos foram esquecidos.’Paixão de Cristo’ é o piloto de um amplo projeto que pretende envolver as artes sacras, o barroco baiano, os museus, os corais, enfim, todo o universo artístico da Bahia associado à história da religiosidade e do cristianismo”. Poesia - O ator Jackson Costa, que curiosamente boa parte do público acha que ele já interpretou Jesus Cristo, garante que esta é a primeira vez em que vive “a história de um personagem muito bonito, totalmente coerente, sofredor e o mais solitário de todos que já fiz. O Verbo Encarnado é totalmente poesia. Jesus é uma flor e a humanidade um coturno pisando em cima”, compara. Ele destaca que a montagem de Paulo Dourado traz uma proposta diferente, ao colocar nas mãos de atores experientes o embate, o poder da palavra, o julgamento do antigo teatro grego, agora para o público da Concha. “É diferente de ver um presépio com figuras estáticas. Esta é uma oportunidade de compreender muitas coisas que ainda não compreendemos.” “A mesma emoção” - Também a atriz baiana Regina Dourado, com uma carreira de papéis marcantes na televisão, teatro e cinema, ainda não havia atuado em nenhum espetáculo sobre a Paixão de Cristo, “o ser mais misterioso e poderoso que colocou os pés na face da Terra. Parece que tudo aquilo aconteceu ontem. A emoção é a mesma”, diz ela, que se sente honrada e um pouco ansiosa por fazer Maria, “a mãe que queria morrer junto com o filho.” Na montagem, Regina interpreta a personagem numa fase mais madura, que narra todos os acontecimentos. Ela lembra que é um prazer trabalhar novamente com o irmão,

http://www.cultura.ba.gov.br 1/10/2021 9:31:08 - 1 o diretor Paulo Dourado, e que “é fantástico o espetáculo acontecer na Concha, porque lembra os aglomerados populares que se faziam na época da Paixão.” Coral e efeitos especiais – Com duração de uma hora e meia, a peça segue uma linha tradicional baseada em interpretações literais dos Evangelhos e pontuada por falas da Língua Portuguesa arcaica. Ao mesmo tempo, a produção contempla elementos contemporâneos e efeitos especiais. No momento da Ascensão, por exemplo, Cristo irá literalmente voar, revela Antrifo Sanches, coordenador de produção. Para causar esse e outros efeitos cênicos foi convidada a companhia teatral carioca Intrépida Trupe, especializada em arte circense. Por sua vez, a música que marca o ritmo da peça é uma grande compilação do cancioneiro popular de domínio público e do clássico instrumental. Somem-se aí a abertura e o encerramento do espetáculo, a cargo de um coro de 300 vozes, sob a regência maestro Dilton César, responsável pelos corais do Mosteiro de São Bento e da Petrobras, entre outros. Paulo Dourado (diretor) - Em quase 35 anos de produção artística, é diretor, professor, roteirista, cenógrafo, dramaturgo, diretor musical e produtor de um grande número de espetáculos, audiovisuais e eventos. Foi diretor da Escola de Teatro da UFBA. Dirigiu “Ubu Rei”, “A Caverna”, Capitados”, “Los Catedrásticos”, “A Conspiração dos Alfaiates”, “Canudos: A Guerra do Sem Fim”, a ópera “Lídia de Oxum”, “Quincas Berro D’Água” e “Rei Brasil”. Jackson Costa (ator) – Nascido em Itabuna, Bahia, trabalhou em minisséries e novelas da TV como “”, “” "Tocaia Grande". "Paraíso", "Dalva e Herivelto - uma Canção de Amor" e na microssérie "A Pedra do Reino", dirigida por em homenagem aos 80 anos do escritor Ariano Suassuna. No teatro, entre outras peças fez “Los Catedrásticos”, dirigida por Paulo Dourado, e “Vixe, Maria! Deus e o Diabo na Bahia!”, dirigida por Fernando Guerreiro. Lançou um CD no qual interpreta poesias de Castro Alves e Gregório de Mattos. Atualmente, apresenta o programa "Aprovado" da TV Bahia. Regina Dourado (atriz) – Natural de Salvador, a premiada intérprete estreou na televisão no especial “A Morte e a Morte de Quincas Berro D`água”, dirigido por Walter Avancini em 1978. Atuou em “Pai Herói”, "Cavalo Amarelo" "Rosa Baiana", e brilhou como a inesquecível personagem Lara Sereno de “Pão Pão, Beijo Beijo”. Fez também "", "Renascer", "", "Explode Coração", "Rei do Gado", "Esperança", “América”.“Lampião e Maria Bonita”, “O Pagador de Promessas”, “O Sorriso do Lagarto” e “Tereza Batista”. No teatro, atuou em peças como “Memórias de um Sargento de Milícias”, “Declaração de Amor Explícito” e “Rei Brasil 500 Anos, Uma Ópera Popular”. No cinema, estreou em grande estilo em “Baiano Fantasma”, de Denoy de Oliveira, em 1984. Serviço: “A Paixão de Cristo” – Projeto Vivo EnCena Direção: Paulo Dourado Elenco: Regina Dourado, Jackson Costa, Andrea Elia, Marcelo Praddo, Urias Lima, Luiz Pepeu, Carlos Betão Onde: Concha Acústica do Teatro Castro Alves Quando: 25 de abril, às 18h30 Ingresso: 01 kg de feijão ou arroz para o programa Fome Zero. Troca na bilheteria do TCA ______FICHA TÉCNICA Direção - Paulo Dourado Dramaturgia - João Sanches Produção - Sole Produções Coordenação de Produção – Antrifo Sanches Figurino – Miguel Carvalho Cenografia – Zuarte Júnior e Fritz Guttman Maestro – Dilton César Efeitos Especiais – Intrépida Trupe

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