Viagens De Mário De Andrade: a Construção Cultural Do Brasil
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP MARCELO BURGOS PIMENTEL DOS SANTOS VIAGENS DE MÁRIO DE ANDRADE: A CONSTRUÇÃO CULTURAL DO BRASIL DOUTORADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS SÃO PAULO 2012 1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP MARCELO BURGOS PIMENTEL DOS SANTOS VIAGENS DE MÁRIO DE ANDRADE: A CONSTRUÇÃO CULTURAL DO BRASIL DOUTORADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para a obtenção do título de Doutor em Ciências Sociais sob orientação do Prof. Dr. Miguel Wady Chaia. SÃO PAULO 2012 2 Banca Examinadora ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ 3 AGRADECIMENTOS Ao final de uma tese, deve-se registrar os agradecimentos às pessoas que auxiliaram no desenvolvimento do trabalho. É preciso ficar claro que o resultado da tese é um esforço combinado de pessoas que é muito maior e mais amplo que o “simples autor” destas linhas. Por isso, gostaria de agradecer às muitas pessoas e instituições que auxiliaram na realização deste estudo. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à CAPES (Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela concessão de bolsa no período entre julho de 2007 e dezembro de 2008, também responsável pela bolsa (PDEE) para estágio no exterior, que me permitiu realizar pesquisa durante um ano na Université Paris Ouest – Nanterre – La Défense, entre janeiro e dezembro de 2010. Ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) pela bolsa oferecida entre janeiro e dezembro de 2009 e no retorno da França entre janeiro e junho de 2011. Na trajetória acadêmica vinculado à PUC-SP, tive o privilégio de encontrar pessoas que se tornaram amigos presentes para além das fronteiras universitárias, sobretudo no NEAMP (Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política). Agradecimentos especiais ao Eduardo Viveiros, Cristina Maranhão e Telmo Estevinho. À Syntia Alves, que sempre esteve disposta a esclarecer dúvidas e anseios. Silvana Martinho e Rose Segurado também têm sido importantes em diálogos acadêmicos e além destes. Claudio Penteado e Rafael Araújo, companheiros importantes de artigos, congressos, ideias e aprendizagens. Aos professores de doutorado do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC, cujo diálogo e aulas foram incorporados a este trabalho e também em outros momentos desta trajetória acadêmica, em especial: Maria Celeste Mira, Edgard de Assis Carvalho e Ana Amélia da Silva que, com frequência, enviavam material sobre temas e assuntos pertinentes à tese e outras paixões literárias. Também merece um agradecimento especial, Vera Chaia, com quem tenho tido oportunidade de aprendizagem nas aulas e pesquisas que coordena no NEAMP. 4 Às professoras da banca de qualificação, Silvana Tótora e Ude Baldan, sou especialmente grato pela disponibilidade de, em final de ano, poderem ler meu trabalho e fazerem comentários elucidativos sobre os caminhos que deveria seguir. Depois da qualificação, ainda troquei indicações bibliográficas e esclarecimentos teóricos com a professora Ude Baldan. Se todas as sugestões não foram contempladas neste trabalho, não quer dizer que foram ignoradas mas sim, que estão guardadas para serem usadas em desdobramentos desta tese. Na PUC, ainda sou muito grato às secretárias Katia Cristina da Silva, do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais e Soraia Félix dos Santos, da Secretaria de Bolsas. Foram elas que sempre me ajudaram com a burocracia e ansiedades inerentes aos doutorandos. Durante a estada na França no CRILUS (Centre de Recherche Interdisciplinaires sur le monde lusophone) ligado à Université Paris Ouest – Nanterre – La Défense, encontrei algumas pessoas que foram importantes pelo apoio e recepção em um país estrangeiro. Agradeço em especial Vânia Oliveira, Bibiana de Sá, Anna Esteves e José Mauro Barbosa Ribeiro. Lá tive oportunidade de assistir às aulas do Prof. Dr. José Manuel da Costa Esteves no Master en Études Romanes que possibilitaram maior compreensão da literatura de viagens e, consequentemente, das viagens etnográficas de Mário de Andrade. Ainda na França sou especialmente grato à professora Idelette Muzart – Fonseca dos Santos, minha “directrice de thèse”, que aceitou me receber sob sua orientação, mesmo sem me conhecer de antemão. Também abriu as portas de sua biblioteca particular para auxiliar minha pesquisa. Além disso, graças ao seu aceite, pude manter contato com universidade, pesquisa, bibliotecas e amigos franceses. Sou consciente que sem sua generosidade este trabalho teria tomado outro rumo. Antes da viagem à França, pude realizar parte da trajetória que Mário de Andrade empreendeu para compreender o Brasil. Nesse percurso fui muito bem recebido por Daliana Cascudo, neta e administradora do Memorial Câmara Cascudo em Natal. Nínive e Rogério Medeiros me auxiliaram em andanças e esclarecimentos sobre João Pessoa e Pernambuco. Por fim, a professora Maria Aparecida Lopes Nogueira 5 coordenadora do NASEB – Núcleo Ariano Suassuna de Estudos Brasileiros da UFPE, que dialoga comigo desde o seminário de doutorado na PUC-SP, sempre em companhia de Jarbas. Nessa caminhada de pesquisa tive o privilégio de trocar colaborações e informações com Vera Lúcia Cardim de Cerqueira que também me auxiliou em pesquisas no Centro Cultural São Paulo no acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas. Silvinha Badim também foi uma grande incentivadora deste e outros trabalhos. Zé Garcez foi de suma importância enquanto estive na França, sem ele a vida aqui teria ficado muito mais desorganizada. Tatiana Travisani acompanhou o processo desde o início, estimulando e compartilhando o mesmo sentimento de “doutorandos”. À Rosa Maria Ortiz Taleb devo agradecimentos pela paciência em rever o texto com todos os atrasos típicos de pesquisadores, com prazos a estourar. Além da revisão cuidadosa também sou grato pela leitura e observações pertinentes através de comentários críticos que ajudaram muito na redação final. Minha família também foi importante apoio para a conclusão deste trabalho. Sou muito grato aos meus pais, Nelson e Regina Helena, pela ajuda em diversos momentos. Seria impossível elencar tudo o que fizeram. Meus irmãos Maurício, Fernando, Marinella e Julianna também estiveram sempre presentes. Maurício e Marinella sempre me receberam de portas abertas em suas casas quando precisei ficar hospedado em São Paulo e me auxiliaram bastante quando estive fora, assim como Julianna. Fernando tem sido um interlocutor atento e importante companheiro na vida acadêmica. Além destas pessoas, há outras que foram incorporadas à minha família com o passar dos anos e muito me incentivaram: Juliana Ikeda, Ana Cecília e Camilo Neira. Maria de Fátima Soares também colaborou muito enquanto estive fora. Juliana Crelier companheira especial que esteve junto desde o início. Mesmo à distância, ficou próxima. Compartilhou pensamentos, leituras, saberes e experiências, assim como angústias e ansiedades, apoiando sempre. Foi ainda leitora crítica que soube excluir e acrescentar informações importantes, na tarefa de tornar este texto mais legível. 6 Por fim, o mais importante. Devo o agradecimento mais sincero ao orientador deste trabalho, Miguel Chaia. Desde o mestrado tem sido uma pessoa aberta e generosa que soube orientar os percursos da vida acadêmica e abrir horizontes fora dele. Tenho a impressão que jamais conseguirei retribuir tudo o que fez por mim. Algumas pessoas não citadas nominalmente são igualmente importantes nessa trajetória pelos mais diversos motivos e momentos. Existem os amigos que sempre perguntam sobre a tese nos estimulando a desenvolver o trabalho e abrindo novas perspectivas de abordagens através de questionamentos “leigos” mas importantes. Outras pessoas são responsáveis por discussões mais acadêmicas em diversos pontos do desenvolvimento desta pesquisa. Outras são responsáveis pela convivência no país estrangeiro e apoio no Brasil. Como seria impossível citar todas estas pessoas deixo os meus agradecimentos gerais a eles e elas que muito significam para este doutorando. Uma última ressalva. Apesar de considerar que a tese é na verdade um trabalho coletivo, pelas ajudas, estímulos e orientações recebidas neste caminho, as decisões são tomadas tão somente pelo autor. Assim, os erros e o que não foi obtido com a tese, devem-se totalmente às escolhas que fiz. E a mais ninguém. Sem estes apoios jamais teria conseguido chegar até aqui. Muito obrigado a todos! Espero ter atendido às expectativas. 7 RESUMO Esta tese analisa a relação entre literatura e ciências sociais sob dois aspectos cruciais: cultura e política. Para isto, analisamos a importância que duas viagens etnográficas – O Turista Aprendiz – tiveram em parte da obra e trajetória política de Mário de Andrade. Essas viagens ocorridas nos anos de 1927 e 1928-9 foram importantes por aguçar no escritor modernista o contato que sempre almejou com o Brasil “de dentro”. Uma das bandeiras do projeto estético de Mário de Andrade consistia em “olhar pra dentro do Brasil” na busca por suas verdadeiras origens. Em nossa hipótese, esse olhar foi responsável por desenvolver duas outras vertentes mariodeandradianas pois reverberaram em um projeto – Na Pancada do Ganzá – que podem ser explicado, num primeiro momento, como sua contribuição para o pensamento social brasileiro ao buscar uma interpretação da brasilidade a partir do campo cultural. Também ecoou