A VIAGEM COMO PRODUÇÃO DA DIFERENÇA: Deslocamento E Territorialidade Entre O Povo Wauja, Alto Xingu

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A VIAGEM COMO PRODUÇÃO DA DIFERENÇA: Deslocamento E Territorialidade Entre O Povo Wauja, Alto Xingu Universidade Estadual de Campinas Instituto de Filosofia e Ciências Humanas FERNANDA RIBEIRO AMARO A VIAGEM COMO PRODUÇÃO DA DIFERENÇA: deslocamento e territorialidade entre o povo Wauja, Alto Xingu Campinas 2020 FERNANDA RIBEIRO AMARO A Viagem como Produção da Diferença: deslocamento e territorialidade entre o povo Wauja, Alto Xingu Tese apresentada ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Doutora em Antropologia Social. Orientador: Carlos Rodrigues Brandão Coorientador: Antonio Roberto Guerreiro Junior CAMPINAS 2020 Ficha catalográfica Universidade Estadual de Campinas Biblioteca do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Paulo Roberto de Oliveira - CRB 8/6272 Amaro, Fernanda Ribeiro, 1985- Am13v AmaA Viagem como produção da diferença : deslocamento e territorialidade entre o povo Wauja, Alto Xingu / Fernanda Ribeiro Amaro. – Campinas, SP : [s.n.], 2020. AmaOrientador: Carlos Rodrigues Brandão. AmaCoorientador: Antonio Roberto Guerreiro Junior. AmaTese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Ama1. Viagens. 2. Índios Wauja. 3. Mobilidade Espacial. 4. Territorialidade. 5. Índios da América do Sul - Brasil - Alto Xingu. I. Brandão, Carlos Rodrigues, 1940-. II. Guerreiro Junior, Antonio Roberto, 1984-. III. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. IV. Título. Informações para Biblioteca Digital Título em outro idioma: Travel as a difference manking : displacement and territoriality between the Wauja people, Upper Xingu Palavras-chave em inglês: Travels Indians Wauja Space Mobility Territoriality Indians of South America - Brazil - Upper Xingu Área de concentração: Antropologia Social Titulação: Doutora em Antropologia Social Banca examinadora: Carlos Rodrigues Brandão [Orientador] Alik Wunder Fabiano Campelo Bechelany Rodrigo Ferreira Toniol Vânia Rubia Farias Vlach Data de defesa: 30-03-2020 Programa de Pós-Graduação: Antropologia Social Identificação e informações acadêmicas do(a) aluno(a) - ORCID do autor: https://orcid.org/0000-0003-0898-1811 - Currículo Lattes do autor: http://lattes.cnpq.br/5589640048453597 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS A Comissão Julgadora dos trabalhos de Defesa de Tese de Doutorado, composta pelos Professores Doutores a seguir descritos, em sessão pública realizada em 30 de março de 2020, considerou a candidata Fernanda Ribeiro Amaro aprovada. Prof. Dr. Carlos Rodrigues Brandão Prof(a) Dr(a) Vania Rubia Farias Vlach Prof(a) Dr(a) Alik Wunder Prof Dr Fabiano Campelo Bechelany Prof Dr Rodrigo Ferreira Toniol A Ata de Defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no SIGA/Sistema de Fluxo de Dissertações/Teses e na Secretaria do Programa de Pós- Graduação em Antropologia Social do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Aos Wauja, povo viajante e hospitaleiro AGRADECIMENTOS À Unicamp e ao Departamento de Antropologia Social do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, que acolheram minha pesquisa. Ao meu orientador, Carlos Rodrigues Brandão, pela generosidade na acolhida do tema e na leitura, pela confiança, e por ter me acompanhado ao longo de minha trajetória acadêmica, sempre me inspirando e fortalecendo. Ao meu co-orientador, Antonio Guerreiro, pela atenção e cuidado na leitura, ao grupo de colegas do CPEI, pelas partilhas de conhecimento, e aos integrantes da banca, Alik Wunder, Rodrigo Toniol, Vania Rubia Vlach, Fabiano Bechelany, Magda Ribeiro e Suely Kofes, pesquisadores e pessoas que muito admiro. Agradeço também a Heloisa Pontes, Maria Filomena, Ronaldo Almeida, Cristiano Tambascia, Aristóteles Barcelos Neto e Luiz Orlandi, pelas disciplinas tão proveitosas que cursei durante esse período de doutoramento, e ao professor Tim Ingold pela tutoria temporária da pesquisa, bem como aos docentes da University of Aberdeen, especialmente Tania Argounova-Low, Jo Le Vergunst, Mathew Whitehouse, e aos amigos que fiz por lá, Magdalena, minha homemade e antropólogos Gioia Barnbrook e Theo Rimisk. Agradeço aos amigos que conviveram comigo durante os anos de Barão Geraldo, dos quais cito apenas alguns: Alexandre Oviedo, Adriano Godoy, Lis Blanco, Nathanael, Veronica Monachini, Gabriela Aguillar, Hellen Fonseca, Nara Bastos, Paola Camargo e José Candido. Um agradecimento especial pela amizade e pelo carinho daqueles que estiveram comigo nessa trajetória, mas que não estão mais, se encantaram por outros caminhos: Guilherme Ivo, Zeneide Monteiro e João Bá (in memorian). Agradeço também aos amigos da Rosa dos Ventos, recanto onde pude encontrar tranquilidade e companheirismo em momentos cruciais de escrita. À hospitalidade da amiga Ingrid Weber, cedendo seu cantinho à beira-mar para a finalização da escrita desta tese, aos amigos do Instituto Socioambiental, Paulo Junqueira, Katia Ono, Marcelo Martins, Renato Mendonça, Bia, Karina, Ivã Bochinni e Manuela Otero; aos companheiros da ATIX em nome de Ianukula Kaiabi Suiá e ao casal de antropólogos Rafaela Vargas e Marcelo Flores. Agradeço aos pesquisadores “xinguólogos” pela partilha solidária, de ideias e textos, que sustentam a continuidade dos estudos sobre os territórios e os modos de vida dos povos do Alto Xingu. Agradeço em espacial ao coletivo de pesquisadores Wauja e aos pesquisadores do Instituto do Homem Brasileiro, no nome da arqueóloga Patrícia Rodrigues. Também aos amigos que convivem comigo por uma vida, Larissa Souto, Moema Lavínia, Thiago Costa, André Brandão, Renan Antonio, Airton Barros, Moisés Bernardes e Joycelaine Oliveira. Aos colegas do antigo Opará – Grupo de estudos e pesquisas sobre o Rio São Francisco, parceiras e parceiros de Pirapora, Montes Claros e Uberlândia, nas figuras das simpáticas Andréa Narciso, Angela Fagna, Maristela Barbosa e Maria das Graças Campolino. Agradeço também a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), por minha formação anterior, ao pessoal da secretaria do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social do IFCH, Unicamp, especialmente à Maria Goulart. À Ana Godoy, sou grata pela revisão. Agradeço aos meus pais, Maria Carmen e Samuel Amaro, por sempre acreditarem em mim e por terem me educado num ambiente que me inspirou nos caminhos da pesquisa; à minha querida irmã, Flávia Amaro, e às sobrinhas Lia e Luiza, por quem sinto amor transbordante. Sou grata também ao demais membros de minha família, em especial aos meus padrinhos Vera e Arlindo, e primas, Larissa Rodrigues da Cunha e Patricia Sícari e Chantal. Por fim, agradeço a minha família wauja, em nome de Atakaho, Warú, Inapukualo, Kapsalapi, Seno, Irape, Suin, Kupatopeno, Kamani, Atapuja, Tapiwá, Tieawá, Kuya, Ialako, Katsiparu, Tukupé, Agamakumalo, Amuto, e aos demais parentes xinguanos. Agradeço também às forças da natureza, deuses e deusas, apapaatais e outros guias que iluminaram a trajetória deste estudo. Agradeço à Dannyel Sá, que me apresentou ao povo Wauja e a quem dedico também esses anos de pesquisa e de vida compartilhada. Por último, agradeço a todas aquelas pessoas que foram mestres e guias para mim neste percurso que continuará através deste texto. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. Muito grata! Existir e viajar se confundem. Benedito Nunes Resumo da Pesquisa Esta pesquisa se volta a uma discussão sobre os sentidos da prática da viagem num ambiente epistêmico vasto ao qual se inclui a Antropologia, e como tal prática manifesta- se no contexto do povo Wauja, do Alto Xingu. A experiência de viajantes desta etnia é trazida à luz da teoria antropológica e etnológica com o objetivo de refletir sobre os sentidos e implicações que a prática da viagem entre estes povos desencadeia na reprodução de suas vidas, em seus territórios do cotidiano. Para isto, a pesquisa apresenta diversas fontes, as quais requereram diferentes tratamentos metodológicos. Identifica-se nesta pesquisa uma etnografia multissituada, que inclui a estadia por longos períodos na aldeia Piyulaga, e em menor medida, na aldeia Piyuleune, no Território Indígena Xingu; assim como, viagens na companhia de interlocutores Wauja. Além do manejo de fontes plurais emaranhadas em diversas escalas, que variam de livros, relatos, mitos, circulação de objetos e pessoas. O foco da etnografia desta pesquisa se atenta aos processos pessoais, sociais e ambientais implícitos na mobilidade contemporânea desses viajantes, tais como: acessos, motivações, redes interpessoais mobilizadas pelo deslocamento, a malha de trajetos e implicações dessas viagens no cotidiano de habitação desses indivíduos. A partir dessas observações, pretende-se aproximar a discussão dos sentidos de viagem transpostos ao contexto wauja, e como a viagem expressa diferenças de ordem material e subjetiva entre seus pares, sejam elas na vida dos indivíduos, quanto também nos espaços em eles habitam ainda que transitoriamente. Palavras-Chave: viagem; Wauja; territorialidade; deslocamento; Alto Xingu. Abstract Travel as a Difference Making: Displacement and Territoriality Between the Wauja People, Upper Xingu This research focus on a discussion about the meanings of travel practice in a vast epistemic environment which includes Anthropology, and how the practice is manifested in the context of the Wauja people, in the Upper Xingu. The experience of travelers of this ethnicity is brought to light by anthropological and ethnological theory, with the aim of reflecting
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