algarve
Turismo Cultural RELATÓRIO FINAL
Estudo elaborado por:
ii Ficha técnica
Coordenação do projeto
Cláudia Henriques UAlg – ESGHT
Equipa de Investigação
Júlio Mendes UAlg - FE
Manuela Guerreiro UAlg - FE
Carlos Afonso UAlg - ESGHT
Joana Pimentel Mendes Investigadora
Fevereiro, 2014
iii
iv Agradecimentos
Este estudo não seria possível sem a colaboração de um conjunto de entidades e individualidades a quem se dedicam os agradecimentos:
À Região de Turismo do Algarve pelo apoio e esclarecimentos prestados durante o processo de elaboração do estudo.
À Universidade do Algarve pela confiança depositada na equipa.
À Direção Geral do Património Cultural, à Direção Regional da Cultura do Algarve, e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional
Algarve, não só pela disponibilização de informação mas também pelas entrevistas concedidas por parte de Diretores e Técnicos, nomeadamente
Doutora Alexandra Rodrigues e Dr. António Ramos.
Às Câmaras Municipais dos dezasseis concelhos do Algarve –
Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé,
Monchique, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do
Bispo, Vila Real de Santo António, pelo envolvimento dos seus Presidentes e técnicos no processo de inventariação dos recursos culturais concelhios e definição do respetivo potencial de atratividade turística.
Às empresas do Setor Cultural e Criativo e às Associações Culturais do
Algarve que se disponibilizaram para preencher o inquérito por questionário enviado, e expressaram o seu interesse no estudo.
À Diocese do Algarve e nomeadamente ao Diretor do Setor da Pastoral de Turismo e Membro da Direção da Obra Nacional de Pastoral de Turismo,
v Sr. Padre Miguel Mário Neto pela entrevista cedida e informação disponibilizada.
À Algarve Film Commission e ao seu Presidente Jacques le Mer pela entrevista e material cedidos.
Ao Doutor João Albino Silva, professor catedrático da Universidade do
Algarve, enquanto coordenador de um estudo sobre o consumo cultural dos turistas no Algarve, o qual serviu de apoio relevante neste documento.
À escritora e professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa
Doutora Teresa Rita Lopes pela sua disponibilidade em colaborar, simpatia e clarificação da importância de um conjunto de recursos culturais algarvios.
A um conjunto de docentes, investigadores e coordenadores de
Centros de Investigação da Universidade do Algarve, pelas entrevistas cedidas e pareceres emitidos sobre áreas científicas relacionadas com os domínios culturais delimitados no estudo. Nomeadamente à Coordenadora do CIAC – Centro de Investigação em Artes e Comunicação da Universidade do Algarve Doutora Mirian Tavares, ao Presidente da AND – Associação
Nacional de Designers e diretor do Curso de Design de Comunicação da
Universidade do Algarve, Doutor António Lacerda, à Doutora Delminda Moura e Doutor Paulo Fernandes, Professores da Faculdade de Ciências e
Tecnologia e Doutora Sílvia Quinteiro, Professora da Escola Superior de
Gestão Hotelaria e Turismo.
Ao gastrónomo, investigador de história de alimentação e cronista
Virgílio Gomes e à Enóloga Cláudia Favinha pelos pareceres emitidos no domínio da Gastronomia & Vinhos.
A Equipa.
vi Sumário Executivo
O presente relatório insere-se no âmbito de um projeto de investigação sobre Turismo Cultural solicitado pela Região de Turismo do
Algarve à Universidade do Algarve.
O objetivo principal do estudo consiste em proceder a uma inventariação dos recursos culturais do Algarve, caracterizar sumariamente os mesmos e estabelecer cenários de transformação dos recursos em produtos culturais para o Destino Turístico.
As fontes consultadas foram os Municípios, Entidades responsáveis pelas políticas culturais da região, Associações Culturais, Empresas do sector cultural e criativo e um painel qualificado de peritos.
Foram identificados cerca de 1477 recursos, com diferentes tipos de atratividade turística. Para além desta informação proveniente dos municípios, foi ainda inventariado um vasto número de outros recursos culturais disponibilizados por diversas entidades, nacionais e regionais, com responsabilidades nesta matéria.
Com base no tratamento e cruzamento da informação recolhida, foram estabelecidas temáticas para o desenvolvimento de potenciais produtos culturais para o destino turístico Algarve.
vii
viii Índice
FICHA TÉCNICA ...... III
AGRADECIMENTOS ...... V
SUMÁRIO EXECUTIVO ...... VII
ÍNDICE ...... IX
LISTA DE TABELAS ...... XI
LISTA DE FIGURAS ...... XIII
LISTA DE GRÁFICOS ...... XV
1. INTRODUÇÃO ...... 17
2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO ...... 23
2.1. TURISMO CULTURAL E CRIATIVO ...... 23 2.1.1. Turismo Cultural: concetualização ...... 23 2.1.1.1. Realidade e Tendências de Turismo Cultural ...... 29 2.1.1.2. Tendências de Consumo Cultural ...... 33 2.1.1.2.1. Tipologias de Turista Cultural ...... 34 2.1.2. Turismo Criativo: concetualização ...... 38
2.2. SETOR CULTURAL E CRIATIVO: CONCETUALIZAÇÃO...... 42 2.2.1. Ciclo Cultural ...... 44 2.2.2. Classificação das Indústrias Culturais e Criativas ...... 47 2.2.3. Importância do Setor Cultural e Criativo ...... 49
2.3. EXPERIÊNCIAS E TRANSFORMAÇÕES ...... 51 2.3.1. Experiência Turística ...... 52 2.3.1.1. Temas e Temáticas ...... 57 2.4. RECURSOS E PRODUTOS TURÍSTICOS DE BASE CULTURAL ...... 59
3. O TURISMO NO ALGARVE: PERSPETIVAS ...... 71
3.1. ENFOQUE NO TURISMO CULTURAL ...... 71
3.2. O CONSUMO CULTURAL DOS TURISTAS NO ALGARVE...... 73
3.3. ROTAS, ITINERÁRIOS E PERCURSOS ...... 79 3.3.1. Rotas Culturais Europeias: temáticas ...... 79 3.3.2. Rotas, Itinerários e Percursos no Algarve...... 80 3.3.2.1. Direção Geral do Património Cultural (DGPC) ...... 81 3.3.2.2. Turismo de Portugal e Região de Turismo do Algarve ...... 81
ix 3.3.2.3. Associações do Algarve de Base Territorial ...... 82 3.3.2.4. Descubriter – Rota Europeia dos Descobrimentos e Rota de Al-Mutamid ...... 85 3.3.3. Temáticas das Rotas ...... 86
4. METODOLOGIA ...... 88
4.1. ESTRATÉGIA GERAL DE INVESTIGAÇÃO...... 88
4.2. MODELO TEÓRICO DE APOIO À INVENTARIAÇÃO DOS RECURSOS CULTURAIS NO ALGARVE ...... 90
4.3. MÉTODOS DE RECOLHA DE INFORMAÇÃO ...... 92 4.3.1. Inquérito por Questionário aos Municípios do Algarve ...... 92 4.3.2. Inquérito por Questionário a Empresas do SCC e Associações Culturais ...... 93 4.3.3. Inquérito por Entrevista ...... 96 4.3.3.1. Painel Qualificado ...... 97 4.3.3.2. Entidades regionais ...... 98
5. REGIÃO ALGARVE: INVENTARIAÇÃO E VALORIZAÇÃO DE RECURSOS ...... 100
5.1. INVENTÁRIO DE RECURSOS NA ÓTICA DOS MUNICÍPIOS ...... 100
5.2. DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO ...... 163 5.2.1. Património Cultural ...... 164 5.2.1.1. Património Literário...... 164 5.2.2. Património Geológico...... 167 5.2.3. Gastronomia e Vinhos ...... 171 5.2.4. Celebrações e Património Religioso ...... 176 5.2.5. Património Cultural Intangível ...... 179 5.2.6. Turismo Cultural Subaquático ...... 180 5.2.7. Indústrias Culturais e Criativas ...... 185 5.2.7.1. Audiovisuais/Media Interativos e Serviços Criativos ...... 185 5.3. PERSPETIVAS DE VALORIZAÇÃO ...... 188 5.3.1. Entidades Regionais ...... 188 5.3.2. Câmaras Municipais do Algarve ...... 199 5.3.3. Agentes Culturais ...... 220
6. TEMÁTICAS PARA DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS TURÍSTICOS DE BASE CULTURAL ...... 254
6.1. TEMÁTICAS E SUBTEMÁTICAS ...... 254
7. CONCLUSÃO ...... 267
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...... 272
ANEXOS ...... 292
APÊNDICES ...... 323
x Lista de Tabelas
TABELA 2.1 – PRINCIPAIS FORMAS DE TURISMO CULTURAL ...... 61
TABELA 3.1 – ROTAS CULTURAIS EUROPEIAS – TEMÁTICAS ...... 80
TABELA 5.1 – DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS CULTURAIS POR CONCELHO ...... 100
TABELA 5.2 – DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS CULTURAIS - PATRIMÓNIO CULTURAL ...... 102
TABELA 5.3 – DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS CULTURAIS - PAISAGENS CULTURAIS ...... 123
TABELA 5.4 – DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS CULTURAIS - PATRIMÓNIO NATURAL ...... 124
TABELA 5.5 – DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS CULTURAIS - ARTES PERFORMATIVAS ...... 132
TABELA 5.6 – DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS CULTURAIS - CELEBRAÇÕES ...... 139
TABELA 5.7 – DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS CULTURAIS - BELAS ARTES ...... 155
TABELA 5.8 – ESCRITORES DO ALGARVE ...... 165
TABELA 5.9 – RECURSOS E PRODUTOS CULTURAIS DESTACADOS PARA A VALORIZAÇÃO DO TURISMO CULTURAL ...... 189
TABELA 5.10 – RECURSOS E PRODUTOS CULTURAIS QUE SUSTENTAM A IDENTIDADE DA REGIÃO...... 191
TABELA 5.11 – RECURSOS E PRODUTOS CENTRAIS PARA A ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO CULTURAL ...... 192
TABELA 5.12 – TENDO EM CONTA AS TRÊS SUB-REGIÕES ALGARVIAS – LITORAL, BARROCAL E SERRA, DISTINGA OS ATRIBUTOS E ATIVIDADES
CULTURAIS COM ATRATIVIDADE TURÍSTICA POR SUB-REGIÃO (ANÁLISE DE CONTEÚDO) ...... 193
TABELA 5.13 – RECURSOS E PRODUTOS CULTURAIS MAIS RELEVANTES ...... 195
TABELA 5.14 – RECURSOS CULTURAIS COM POTENCIAL DE ATRATIVIDADE FORTE POR LOCALIZAÇÃO ...... 200
TABELA 5.15 – RECURSOS CULTURAIS DE PATRIMÓNIO CULTURAL COM POTENCIAL DE ATRATIVIDADE FORTE ...... 200
TABELA 5.16 – RECURSOS CULTURAIS DE PAISAGENS CULTURAL COM POTENCIAL DE ATRATIVIDADE FORTE...... 207
TABELA 5.17 – RECURSOS CULTURAIS DE PAISAGENS NATURAL COM POTENCIAL DE ATRATIVIDADE FORTE ...... 208
TABELA 5.18 – RECURSOS CULTURAIS DE ARTES PERFORMATIVAS COM POTENCIAL DE ATRATIVIDADE FORTE ...... 213
TABELA 5.19 – RECURSOS CULTURAIS DE CELEBRAÇÕES COM POTENCIAL DE ATRATIVIDADE FORTE ...... 213
TABELA 5.20 – RECURSOS CULTURAIS DE BELAS ARTES COM POTENCIAL DE ATRATIVIDADE FORTE ...... 218
TABELA 5.21 – CARGO DO RESPONDENTE ...... 221
TABELA 5.22 – ÁREA DE ATIVIDADE ...... 222
TABELA 5.23 – IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES DE VALORIZAÇÃO DOS RECURSOS CULTURAIS ...... 248
TABELA 5.24 – TEMAS PARA PRODUTOS TURÍSTICOS NO ALGARVE ...... 253
TABELA ANEXO I.1 – ITINERÁRIOS PARA O ALGARVE ...... 293
TABELA ANEXO I.2 – ROTAS E CAMINHOS DO ALGARVE ...... 294
TABELA ANEXO I.3 – ROTA VICENTINA ...... 296
TABELA ANEXO I.4 - ROTAS ALGARVE – “10 ROTAS – PERCURSOS PEDESTRES (EM TORNO DOS CENTROS DE DESCOBERTA DE MEALHA,
FEITEIRA E CASAS BAIXAS, SERRA DO CALDEIRÃO CACHOPO – TAVIRA) ...... 298
TABELA ANEXO I.5 – ROTAS ALGARVE – “10 ROTAS – PERCURSOS PEDESTRES (EM TORNO DOS CENTROS DE DESCOBERTA DE MEALHA,
FEITEIRA E CASAS BAIXAS, SERRA DO CALDEIRÃO CACHOPO – TAVIRA)” (CONTINUAÇÃO) ...... 300
xi TABELA ANEXO I.6 – GUIA TURÍSTICO - PROJETO GUADITER ...... 301
TABELA ANEXO II – RECURSOS GASTRONÓMICOS ALGARVIOS (COM O MAIOR NÚMERO DE REFERÊNCIAS NAS FONTES) ...... 309
TABELA ANEXO III – RECURSOS GASTRONÓMICOS ALGARVIOS ...... 310
TABELA ANEXO IV.1 – FESTAS/PROCISSÕES/EVENTOS ...... 318
TABELA ANEXO IV.2 – MUSEUS/NÚCLEOS MUSEOLÓGICOS/PEÇAS ...... 321
TABELA ANEXO V - ITINERÁRIOS ...... 322
TABELA APÊNDICE III - GUIÃO DE ENTREVISTA ÀS ENTIDADES REGIONAIS ...... 330
TABELA APÊNDICE V – INQUÉRITO AOS RECURSOS CULTURAIS NO ALGARVE (DRCA) ...... 414
TABELA APÊNDICE VI – IDENTIFICAÇÃO DOS ENTREVISTADOS / PAINEL QUALIFICADO DE PERITOS ...... 415
xii Lista de Figuras
FIGURA 2.1 – EVOLUÇÃO DO SECTOR CULTURAL ...... 46
FIGURA 2.2 – DOMÍNIOS CULTURAIS ...... 62
FIGURA 3.1 – O CONSUMO DE ATRAÇÕES CULTURAIS DOS TURISTAS - ALGARVE ...... 75
FIGURA 3.2 – CONSUMO DE EVENTOS CULTURAIS DOS TURISTAS - ALGARVE ...... 76
FIGURA 3.3 – NUVEM DE PALAVRAS DAS ROTAS APRESENTADAS ...... 87
FIGURA 4.1 – IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS ÁREAS TEMÁTICAS DO ESTUDO ...... 89
FIGURA 4.2 – ESTRUTURAÇÃO DO ESTUDO ...... 90
FIGURA 4.3 – MODELO CONCETUAL ...... 91
FIGURA 5.1 DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO – PAINEL QUALIFICADO DE PERITOS POR DOMÍNIOS ...... 164
FIGURA 5.2 – NUVEM DE PALAVRAS RELATIVA ÀS RESPOSTAS DAS ENTIDADES REGIONAIS ...... 189
FIGURA 5.3 – TEMAS IDENTIFICADOS ATRAVÉS DO WORDLE ...... 251
FIGURA 5.4 – TEMAS PARA TURISMO CULTURAL NO ALGARVE ...... 252
FIGURA 6.1 - TEMÁTICAS NUCLEARES DE TURISMO CULTURAL NO ALGARVE ...... 255
FIGURA 6.2 - TEMÁTICAS COMPLEMENTARES DE TURISMO CULTURAL NO ALGARVE ...... 256
FIGURA 6.3 – SAGRES: MITO E HISTÓRIA ...... 257
FIGURA 6.4 – HERANÇA ISLAMO-CRISTÃ ...... 259
FIGURA 6.5 – CENTROS HISTÓRICOS ...... 260
FIGURA 6.6 – TRADIÇÕES E EXPRESSÕES CRIATIVAS...... 261
FIGURA 6.7 – MAR CULTURAL ...... 263
FIGURA 6.8 – DIETA MEDITERRÂNICA ...... 264
FIGURA 6.9 – TEMÁTICAS COMPLEMENTARES E RESPETIVAS SUBTEMÁTICAS ...... 264
FIGURA APÊNDICE I - INQUÉRITO AOS RECURSOS CULTURAIS NO ALGARVE (CAMARAS MUNICIPAIS) ...... 324
FIGURA APÊNDICE II - INQUÉRITO AOS RECURSOS CULTURAIS NO ALGARVE (SCCAC) ...... 326
FIGURA APÊNDICE IV.1 – ALBUFEIRA ...... 332
FIGURA APÊNDICE IV.2 – ALCOUTIM ...... 337
FIGURA APÊNDICE IV.3 – ALJEZUR ...... 340
FIGURA APÊNDICE IV.4 – CASTRO MARIM ...... 344
FIGURA APÊNDICE IV.5 – FARO ...... 346
FIGURA APÊNDICE IV.6 – LAGOA ...... 354
FIGURA APÊNDICE IV.7 – LAGOS ...... 357
FIGURA APÊNDICE IV.8 – LOULÉ...... 361
FIGURA APÊNDICE IV.9 - MONCHIQUE ...... 376
FIGURA APÊNDICE IV.10 - OLHÃO ...... 381
FIGURA APÊNDICE IV.11 - PORTIMÃO ...... 387
xiii FIGURA APÊNDICE IV.12 - SÃO BRÁS ...... 391
FIGURA APÊNDICE IV.13 - SILVES ...... 395
FIGURA APÊNDICE IV.14 - TAVIRA ...... 397
FIGURA APÊNDICE IV.15 - VILA DO BISPO ...... 404
FIGURA APÊNDICE IV.16 - VILA REAL DE STO ANTÓNIO ...... 409
xiv Lista de Gráficos
GRÁFICO 5.1 – DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS CULTURAIS POR DOMÍNIO CULTURAL ...... 101
GRÁFICO 5.2 – RECURSOS CULTURAIS COM POTENCIAL DE ATRATIVIDADE FORTE POR DOMÍNIO ...... 199
GRÁFICO 5.3 – AGENTES CULTURAIS ...... 220
GRÁFICO 5.4 – LOCALIZAÇÃO DOS AGENTES CULTURAIS ...... 221
GRÁFICO 5.5 – DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS TURÍSTICOS DE BASE CULTURAL NO ALGARVE ...... 224
GRÁFICO 5.6 – IMPORTÂNCIA GERAL DOS DOMÍNIOS CULTURAIS ...... 225
GRÁFICO 5.7 – GRAU DE IMPORTÂNCIA DO PATRIMÓNIO CULTURAL ...... 226
GRÁFICO 5.8 – MONUMENTOS ...... 227
GRÁFICO 5.9 – MUSEUS E ARTEFACTOS ...... 227
GRÁFICO 5.10 – SÍTIOS HISTÓRICOS ...... 227
GRÁFICO 5.11 - SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS ...... 228
GRÁFICO 5.12 – EDIFÍCIOS ...... 228
GRÁFICO 5.13 - GASTRONOMIA ...... 228
GRÁFICO 5.14 – PAISAGENS CULTURAIS ...... 229
GRÁFICO 5.15 – PATRIMÓNIO NATURAL ...... 230
GRÁFICO 5.16 – FORMAÇÕES GEOLÓGICAS E FÍSICAS ...... 231
GRÁFICO 5.17 – HABITATS ...... 231
GRÁFICO 5.18 – PARQUES NATURAIS E RESERVAS ...... 231
GRÁFICO 5.19 – ZOOS E AQUÁRIOS ...... 232
GRÁFICO 5.20 – JARDINS ...... 232
GRÁFICO 5.21 – ARTES PERFORMATIVAS ...... 233
GRÁFICO 5.22 – TEATRO ...... 234
GRÁFICO 5.23 – DANÇA ...... 234
GRÁFICO 5.24 – MÚSICA ...... 234
GRÁFICO 5.25 – ÓPERA ...... 235
GRÁFICO 5.26 – FANTOCHES/MARIONETAS ...... 235
GRÁFICO 5.27 – CELEBRAÇÕES ...... 236
GRÁFICO 5.28 – FESTIVAIS/FESTAS...... 237
GRÁFICO 5.29 – FEIRAS ...... 237
GRÁFICO 5.30 – CELEBRAÇÕES RELIGIOSAS ...... 237
GRÁFICO 5.31 – FOLCLORE ...... 238
GRÁFICO 5.32 – BELAS ARTES ...... 238
GRÁFICO 5.33 – PINTURA/DESENHO ...... 239
GRÁFICO 5.34 – ESCULTURA ...... 239
xv GRÁFICO 5.35 – FOTOGRAFIA ...... 240
GRÁFICO 5.36 – GALERIAS/CENTROS CULTURAIS ...... 240
GRÁFICO 5.37 – PUBLICAÇÕES...... 241
GRÁFICO 5.38 – JORNAIS/PERIÓDICOS ...... 242
GRÁFICO 5.39 – BIBLIOTECAS ...... 242
GRÁFICO 5.40 – FEIRAS DE LIVRO ...... 242
GRÁFICO 5.41 – AUDIOVISUAIS E MEDIA INTERATIVOS ...... 243
GRÁFICO 5.42 – RÁDIO/TELEVISÃO ...... 244
GRÁFICO 5.43 – INTERNET ...... 244
GRÁFICO 5.44 – FILMES/VÍDEO/CINEMA ...... 244
GRÁFICO 5.45 – PUBLICAÇÕES, DESIGN E SERVIÇOS CRIATIVOS ...... 245
GRÁFICO 5.46 – DESIGN (DE MODA, GRÁFICO, INTERIORES, PAISAGENS) ...... 246
GRÁFICO 5.47 – SERVIÇOS DE ARQUITETURA E PUBLICITÁRIOS ...... 246
GRÁFICO 5.48 – PATRIMÓNIO CULTURAL INTANGÍVEL ...... 247
xvi
1. Introdução
O Turismo Cultural emerge em meados dos anos 70, atingindo, fundamentalmente a partir dos anos 90, um crescimento importante na
Europa. Num horizonte de dez anos (1997-2007) o número de férias culturais duplicou, passando de 15% para 30% (OECD, 2009). Em 2007, 40% das chegadas internacionais (359 milhões) são viagens culturais (OECD,
2009) e 40% do rendimento do turismo global está associado ao Turismo
Cultural (UNWTO, in UNESCO, 2010).
Assumindo-se como uma atividade que reconhece nos turistas um dos mais relevantes mercados para a cultura, este tipo de turismo foi considerado pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios
(International Council on Monuments and Sites - ICOMOS) como uma forma de viajar, cujo objeto é a descoberta de monumentos e lugares (ICOMOS,
1999). Neste sentido, o Turismo Cultural tende a estar associado a toda a viagem que, pela sua natureza, satisfaça a necessidade de diversidade e de ampliação do conhecimento a que o ser humano aspira.
Na mesma linha de pensamento, a ATLAS (European Association for
Tourism and Leisure Education) (Richards & Queirós, 2005), e a European
Association Historic Towns and Regions (EAHTR, 2006) sublinham a importância do Turismo Cultural na conservação e realização do valor do património, do intercâmbio cultural e do encorajamento do florescimento da diversidade cultural.
A consideração do valor de uso e não uso da cultura, onde se distingue o valor altruístico, de legado, de opção e de existência (Navrud & Ready, 2002) bem como o moral, social, educacional, reflete-se na aceção de que cultura
17
é um elemento determinante no desenvolvimento socioeconómico e coesão social.
Em consequência, e à medida que se assiste a um processo em que economia e cultura, e nomeadamente turismo e cultura se começam a aproximar, pretende-se que ambos sejam perspetivados como áreas de partilha e de relação simbiótica.
Esta aproximação entre turismo e cultura tende a dar-se não só devido ao crescente reconhecimento do contributo da cultura para a economia, nomeadamente com o desenvolvimento e importância das atividades nucleares da cultura, indústrias culturais e indústrias criativas e pelos montantes que envolve, mas também, entre outros aspetos, devido a alterações estruturais na sociedade que atribuem mais importância à cultura como produto de consumo (UNESCO, 2010). Nesta linha de raciocínio, o
UNESCO Indicator Suite (UNESCO, 2013) sugere que a cultura deverá ser encarada como:
• Setor de atividade económica constituído pelo “núcleo-artes”, “indústrias culturais”, “indústrias criativas”;
• Conjunto de recursos que adicionam valor às intervenções de desenvolvimento e aumentam os seus impactos;
• Framework sustentável para a coesão social e paz, essencial para o desenvolvimento humano.
O Turismo Cultural ao incluir a cultura nas estratégias da atividade turística, onde a cultura é um elemento chave no desenvolvimento do turismo sustentável, possibilita o aumento da atratividade das regiões protegendo com responsabilidade as comunidades locais. A cultura é tida como um elemento de identidade regional podendo afirmar-se como um fator de competitividade de base territorial (OMC, 2012).
18
Esta competitividade associada à atratividade do Turismo Cultural assenta, segundo o National Trust for Historic preservation (in OECD, 2009), em vários potenciais benefícios, tais como, criação de empregos, aumento das receitas fiscais, diversificação da economia local, definição de oportunidades para a criação de empresas, atração de visitantes motivados pela história e conservação, aumento de entradas nas atrações históricas, conservação da cultura e tradições locais, criação de investimentos locais em recursos históricos, aumento do orgulho das comunidades face ao seu património, maior conhecimento sobre a importância do sitio histórico.
Neste contexto, na Europa (European Commission, 2010), e em Portugal
(Gabinete do Ministro da Economia e do Emprego, 2013), o Turismo Cultural tem vindo a ser reconhecido como um tipo de turismo importante e com potencial de crescimento.
Contudo, este tema continua a carecer de aprofundamento analítico, nomeadamente em destinos turísticos como o Algarve, tradicionalmente assentes em produtos associados ao “sol e mar”. Este facto apela a uma caracterização e quantificação do Turismo Cultural neste tipo de regiões, assente tanto na ótica da oferta do destino como na perspetiva dos seus utilizadores - os turistas.
Este documento procura dar resposta a um convite formulado pela Região de Turismo do Algarve à Universidade do Algarve, com o objetivo de se proceder a uma inventariação exaustiva dos recursos culturais da região, de modo a, numa fase posterior, se conceberem novos produtos turísticos de base cultural, no âmbito de uma estratégia mais alargada de desenvolvimento do turismo cultural no Algarve.
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No Algarve, o reforço do papel do turismo cultural ganha importância pelo facto de se registar, segundo um estudo da WTTC (2003), que a indústria das viagens & turismo representa cerca de 45% do PIB e 37% do emprego, com estimativas de aumento para 2013 (WTTC, 2003), reforçando s que como destino turístico associado ao “sol e mar” proceda a um processo de reestruturação do processo de oferta turística (Agarwal, 2002; Sedmak &
Mihalič, 2008), onde as atrações culturais e os eventos ganham destaque
(OECD, 2009), com vista à diversificação do produto turístico, à redução dos impactos da sazonalidade e à melhoria da competitividade.
A atitude mais proactiva dos turistas na procura de experiências autênticas e diferenciadas tem conduzido a que os destinos, na prossecução do seu desenvolvimento, procurem proporcionar uma experiência de aprendizagem e de transformação do “eu” (Richards & Wilson, 2007).
No caso do Algarve, um estudo desenvolvido pelo Centro de Investigação e Desenvolvimento Regional (CIDER) para a Direção Regional de Cultura do
Algarve, evidencia que 64% dos turistas consideram que a oferta cultural da região foi importante para a decisão de passar férias na região (Silva et al.,
2007). No entanto, para 48% dos respondentes a experiência turística vivida neste destino teve apenas um contributo mediano para o seu enriquecimento cultural.
Neste contexto, justifica-se plenamente um estudo aprofundado sobre o
Turismo Cultural no Algarve, nomeadamente em termos de inventariação dos recursos existentes e da sua atratividade em termos de potenciais produtos culturais.
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Assim, tendo em vista o propósito de proceder à caraterização do potencial do Turismo Cultural no Algarve foram definidos os seguintes objetivos:
• Inventariar os recursos culturais da região;
• Determinar o potencial de atratividade turística dos recursos culturais da região;
• Averiguar os consumos culturais dos turistas no Algarve;
• Caracterizar a importância da motivação cultural na escolha do Algarve como destino de férias;
• Identificar a relação entre o consumo de produtos culturais e a intenção de regressar ao Algarve;
• Identificar e avaliar circuitos de comercialização;
• Identificar e caracterizar formas de comunicar produtos culturais;
• Propor potenciais produtos turísticos de base cultural.
Tendo em conta a calendarização fixada, e de acordo com os objetivos traçados, o estudo recorre a fontes secundárias no referente aos objetivos atrás enunciados, nomeadamente no referente aos cinco primeiros.
A estratégia de investigação preconizada contempla ainda o recurso a fontes primárias com o intuito de atualizar informação e explorar/caraterizar elementos ainda pouco precisos decorrentes do perfil cultural da região e dos seus principais atores. Neste domínio, prevê-se a implementação de inquéritos por questionário junto das dezasseis Câmaras Municipais, de associações e empresas culturais assim como entrevistas a especialistas com o propósito de compreender aspetos circunscritos a determinados domínios culturais. Prevê-se ainda a realização de entrevistas a responsáveis pelas principais entidades regionais com papel ativo no desenho das políticas culturais e de turismo para o Algarve.
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Os objetivos traçados são atingidos através de dados obtidos pelos instrumentos metodológicos delimitados no decurso do estudo.
A estrutura do presente documento assenta num conjunto de pontos.
Após a introdução estabelece-se o enquadramento teórico assente em conceitos chave, tais como Turismo Cultural e Criativo, Setor Cultural e
Criativo, experiências e transformações, recursos e produtos turísticos de base cultural. Segue-se um ponto dedicado à análise do turismo no Algarve e outro em que é definida e justificada a metodologia do estudo.
O ponto sequente é referente à inventariação e valorização de recursos culturais da região do Algarve apoiada num inventário de recursos obtido através dos dezasseis municípios regionais. Adicionalmente, no relativo a um conjunto de domínios culturais, devido às suas características distintivas, recorreu-se a um tratamento diferenciado apoiado num painel de peritos.
Por fim, finda a delimitação de temáticas e subtemáticas para o desenvolvimento de produtos turísticos de base cultural no Algarve, teceram-se as conclusões.
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2. Enquadramento Teórico
2.1. Turismo Cultural e Criativo
Neste capítulo procede-se a um enquadramento teórico do tema. Numa primeira fase discute-se a definição de turismo cultural através da consideração de diferentes perspetivas e conceitos. Em seguida, caracteriza- se a importância do Turismo Cultural para a economia atual, introduzindo- se uma concetualização do Setor Cultural e Criativo e da Economia das
Experiências.
2.1.1. Turismo Cultural: concetualização
A definição de Turismo Cultural é complexa (Richards, 2005), principalmente por advir da junção de dois conceitos, também eles complexos. No seio da comunidade académica, a definição de Turismo
Cultural não é consensual (Dolnicar, 2002; Hughes, 1996; Stylianou-
Lambert, 2011), como também não o é no seio da indústria turística. A este propósito o ICOMOS (International Council on Monuments and Sites) esclarece que “o Turismo Cultural tem muitos significados para pessoas distintas, sendo aí que residem as suas forças e fraquezas” (ICOMOS,
1996:17).
O Turismo Cultural é um conceito recente, embora, na Europa, turismo e cultura sempre tenham estado intimamente ligados (Richards, 1996a: 5), associados ao relevante espólio histórico-cultural que a caracteriza desde as
épocas mais remotas, atraindo a curiosidade daqueles que primam por um espírito de curiosidade e aventura.
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O Turismo Cultural define-se como o que tem por objetivo essencial a descoberta de sítios e monumentos (ICOMOS, 1976). O princípio subjacente a esta definição é a assunção de que o turismo é uma atividade social, humana, económica e cultural irreversível, subjacente a qualquer visita a outro lugar.
A Organização Mundial do Turismo (WTO, 1985) apresenta duas definições de turismo cultural. Uma restrita associada ao “movimento de pessoas com uma motivação essencialmente cultural, tais como de aprendizagem, artes, espetáculo e circuitos culturais, viajar para assistir a festivais e outros eventos, visitas a locais e monumentos, viajar para estudar a natureza, o folclore ou arte e peregrinações”. Outra, mais ampla pressupõe, na aceção da ECTARC (1989), que o turismo apenas seja entendido como cultural quando a seleção do destino de férias estiver, em primeiro lugar, relacionada com motivações culturais e contemple atividades que, de um modo geral, possam ser consideradas high culture, associada a
“todos os movimentos de pessoas, que satisfazem a necessidade humana de diversidade, aprendizagem para aumentar o nível cultural do indivíduo aumentando o conhecimento e encontros”. Contudo, como salienta Richards
(1996), tratando-se de uma definição tão ampla e vaga, a sua operacionalização torna-se difícil.
Para o Conselho de Turismo da Irlanda (Irish Tourist Board, 1988), o
Turismo Cultural “consiste na viagem empreendida com a intenção, total ou parcial, de apreciar recursos culturais”.
Quanto à definição apresentada pela European Association for Tourism and Leisure Education (ATLAS), desenvolvida no âmbito do Cultural Tourism
Research Project (e fortemente inspirada no Irish Tourist Board, 1988), ela
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procura conciliar uma abordagem centrada no processo com a outra centrada na produção cultural.
Numa abordagem concetual, esta associação define Turismo Cultural como o “movimento de pessoas para atrações culturais fora do seu local habitual de residência, com a intenção de absorver nova informação e experiências para satisfazer as suas necessidades culturais” (in Richards,
2005). Uma definição de pendor mais técnico inclui “todos os movimentos de pessoas a atrações culturais específicas como locais históricos, manifestações artísticas e culturais, artes e teatro fora do seu local habitual de residência”, abrindo assim espaço para ultrapassar a visão tradicional que vincula o conceito de Turismo Cultural e de património, nomeadamente na sua vertente construída. A abordagem técnica limita o estudo do Turismo
Cultural à descrição dos produtos culturais visitados por turistas.
Também o ICOMOS (1999; in Edmund & Robinson, 2006) perspetivou
“esta forma de turismo que incide sobre a cultura e os ambientes culturais, incluindo paisagens do destino, valores e estilos de vida, património, artes visuais e performativas, indústrias, tradições e atividades de lazer da população local ou comunidade local. Pode incluir a participação em eventos culturais, visitas a museus e a locais históricos, e mistura com a população local”.
Atento às várias definições de Turismo Cultural, Richards (2003) realça o fato de que o conceito de produto cultural inclui desde artefactos do passado (heritage tourism) até manifestações decorrentes da produção cultural contemporânea (arts tourism). A própria definição de “categorias de atrações culturais não é rígida e torna-se cada vez mais difícil separar aquilo que é puramente cultural ou entertenimento” (Richards, 2003: 8).
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De notar, a título de exemplo que a estratégia para o Turismo para 2010
(Tourism of New Zealand, 2001; in Vis-à-vis Management Resources Inc.,
2008) define Turismo Cultural como “aquelas dimensões culturais que permitem uma interpretação mais profunda com uma compreensão das nossas pessoas, lugares e identificação cultural”. Mais recentemente, e à medida que a Economia das Experiências ganha proeminência, a Autoridade
Nacional para o Desenvolvimento do Turismo (National Tourism
Development Authority, 2007) na sua definição de Turismo Cultural considera que “abrange todo o leque de experiências que os visitantes podem realizar para aprender sobre o destino na sua distintividade - estilo de vida, herança, arte, pessoas e negócios de prestação e interpretação dessa cultura aos visitantes”.
Também Köhler (2013), na sua definição deste tipo de turismo considera- o na ótica da procura, centrando-o nas motivações, perceções e experiências de viagem. Por outro lado, quando perspetivado na ótica da oferta, o Turismo Cultural é definido em função dos espaços visitados e dos objetos identificados como culturais usufruídos durante a estada (museus, festivais, eventos, gastronomia).
Na conceptualização de Turismo Cultural destacam-se definições quer mais restritas quer mais latas o que, por sua vez, remete para os distintos conceitos de cultura.
Ora, no contexto do presente documento, e tendo em conta os objetivos propostos, torna-se determinante uma clarificação do conceito de cultura, pois só assim se percecionam todas as dimensões do Turismo Cultural.
Para a UNESCO (1982), tal como consta na Declaração da Cidade do
México sobre políticas culturais, cultura é entendida como “o compósito de
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características distintivas espirituais, materiais e emocionais que caracterizam uma sociedade ou um grupo social. Inclui não só a arte e literatura, mas também modos de vida, os direitos fundamentais do ser humano, o sistema de valores, tradições e crenças” (UNESCO, 1982). Esta definição, por ser ampla, vai para além da arte e do património e abarca toda uma teia labiríntica de aspetos que, no seu todo, definem uma determinada sociedade em termos culturais.
Na verdade, embora cultura sempre tenha estado relacionada com o turismo1, na atualidade deixou de se assumir como o principal objetivo do turismo na medida em que, como sublinha Urry (1990) turismo é cultura. Do mesmo modo, para MacCannell (1993; in Richards, 1996: 25) “todo o tipo de turismo envolve uma experiência cultural”. Segundo Baudrihaye (1997: 44), se entendermos por cultura tudo aquilo que é transformado pelo homem, poderemos considerar Turismo Cultural não só aquele associado a obras de arte, museus ou monumentos, mas também ao turismo de natureza e à paisagem transformada. Nesta categoria incluem-se, por exemplo, o património religioso, civil, arqueológico, industrial e agrícola (Bauer, 1996;
Cluzeau, 1998; Farré, 2000; Richards, 2000).
A definição de cultura avançada pela European Union (2010) assume a cultura como “arte”; como um conjunto de atitudes, crenças, costumes, valores e práticas que são frequentemente partilhadas por um grupo; ou ainda como ferramenta para qualificar um sector de atividade: o sector cultural.
1 Vide história do Turismo e ter presente que a principal motivação que esteve na base do Grand Tour foi a cultura (Towner, 1985).
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Pelo referido, deve ser entendida no âmbito da relação high culture versus every day culture ou ainda, no âmbito das tendências de usufruto passivo de cultura para um padrão mais ativo, e de crescente enfase do intangível. Ter em conta que a UNESCO (2003), aquando da definição de produtos culturais, salienta que os mesmos não são necessariamente tangíveis. Afirma a importância do património cultural intangível, o qual inclui tradições e expressões orais, práticas e saberes de natureza social assim como um conjunto de práticas relacionadas com a natureza.
Vários autores (Richards e Raymond, 2000; Valle, Guerreiro, Mendes, &
Silva, 2011) reconhecem que determinados segmentos de turistas procuram, nas suas férias, viver experiências turísticas que contribuam para o seu enriquecimento pessoal (Crompton & McKay, 1997; Valle et al., 2011). Os turistas procuram conhecer atrações culturais com o propósito, mais ou menos assumido, de obter novas informações e viver experiências que contribuam para satisfazer as suas necessidades culturais (Greg Richards,
1996). Deste modo, ainda que essencialmente motivados por outro tipo de atrações turísticas (por exemplo, a praia), os turistas apreciam o contacto com produtos de base cultural na medida em que as mesmas contribuem para aprender e assim alargar a sua cultura geral.
Assim, verifica-se, entre académicos e profissionais, um crescente reconhecimento da importância e pertinência em explorar as caraterísticas
únicas dos destinos, nomeadamente no que diz respeito ao seu património cultural e histórico, como fonte de desenvolvimento de produtos com capacidade para estimular a vivência de experiências turísticas únicas e diferenciadoras (Agarwal & Brunt, 2006; Costa, 2004; Smith, 2004; Valle et al., 2011). Neste contexto, os produtos de base cultural contribuem
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ativamente para acrescentar valor aos destinos turísticos tendo vindo a assumir-se como eixos estratégicos no âmbito dos planos de desenvolvimento turístico das regiões (Myerscough, 1988; Richards &
Bonink, 1995).
A aproximação entre turismo e cultura tende então a dar-se não só devido ao contributo da cultura para a economia, nomeadamente graças à crescente importância de atividades nucleares da cultura, indústrias culturais e indústrias criativas e pelos montantes financeiros que envolve, mas também, entre outros aspetos, devido a alterações estruturais na sociedade as quais atribuem maior importância à cultura como produto de consumo (UNESCO,
2010).
2.1.1.1. Realidade e Tendências de Turismo Cultural
Sobretudo nas últimas duas décadas, o turismo afirmou-se como um dos elementos dinamizadores centrais da economia mundial contribuindo para
9,3% do Produto Interno Bruto Global (PIB) (contribuição total – Economia das
Viagens & Turismo) e para cerca de 8,7% do emprego total em 2012 (WTTC,
2013). Na Europa, para o mesmo ano, o turismo representou 8,4% do PIB e
9,1% do emprego (WTTC, 2013a).
De 25 milhões de chegadas em 1950 atingiu 1,035 milhões em 2012 com projeções de atingir 1,809 em 2030 (UNWTO, 2013). Tendo presente estimativas de crescimento do PIB e emprego, respetivamente de 2,4% e 1,1% ao ano, até 2030 (UNWTO, 2013), o cenário é globalmente positivo.
O Turismo Cultural é um segmento de mercado promissor cuja tendência de crescimento é superior a outros nichos). Dados da Organização Mundial do Turismo revelam que a proporção de viagens internacionais em que as
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motivações culturais se destacam cresceu de 37% em 1995 para 40% em
2004. Também a OECD (2009) refere que, de 190 milhões de viagens culturais em 1995 se passou para 359 milhões em 2007, o que equivale a um crescimento de 37% (1995) para 49% (2007) no total das chegadas internacionais. Um estudo da United States Cultural and Heritage Tourism
Marketing Council (2009: 33), concluiu que 78% do total de viajantes de lazer são empreendidas por turistas culturais/patrimoniais. Também
Richards e Palmer (2010) confirmam o aumento do número de pessoas que identifica as suas férias como culturais.
A oferta cultural pode ter um impacto crescente na satisfação dos turistas particularmente em destinos costeiros (Dahles, 1998; Valle et al., 2011) sendo que vários estudos comprovam a preferência por aqueles que contemplam “costeiros” como uma oferta cultural complementar ao “sol e mar” tradicional (Chapman & Speake, 2011; Hewison, 1987; Hughes, 1987;
Onofri & Nunes, 2013; Richards, 2002; Valle et al., 2011).
Neste contexto, os produtos culturais afirmam-se enquanto elementos que acrescentam valor aos destinos turísticos com aquelas caraterísticas, uma tendência que se encontra refletida no planeamento estratégico da oferta do destino (Myerscough, 1988; Richards & Bonink, 1995; Valle et al.,
2011).
Numa análise a entidades culturais e artísticas em Portugal, Gomes,
Lourenço e Martinho (2006) concluem que, de um modo geral, as regiões apostam no Turismo Cultural devido ao seu reconhecido potencial de desenvolvimento local.
Assim, será de esperar que numa perspetiva política, tal como acontece na
União Europeia, o Turismo Cultural assuma interesse estratégico tanto
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graças ao promissor crescimento com repercussões ao nível da empregabilidade como pelo fortalecimento da identidade e diversidade cultural das regiões (Bína et al., 2012). Não obstante, associar a um destino costeiro uma “marca cultural” é um processo que requer investimentos de longo prazo e o desenvolvimento de atividades culturais regulares e continuadas (Di Lascio, Giannerini, Scorcu, & Candela, 2011; in Figini & Vici,
2012).
Embora a cultura possa não constituir o motivo central da visita a determinado destino turístico, a vivência de experiências que envolvem o contacto com elementos da cultura local contribui para garantir autenticidade e satisfação, como se verifica no caso particular de destinos turísticos costeiros (Dahles, 1998; Valle et al., 2011). Alguns autores
(Chapman & Speake, 2011; Hewison, 1987; Hughes, 1987; Richards, 2002) justificam esta tendência com o facto de um “novo turista”, mais informado e com formação superior, tender a preferir destinos costeiros que dispõem de uma oferta complementar baseada em produtos culturais. Num mundo global onde se assiste a uma crescente "reprodução em série da cultura”, as características únicas e genuínas próprias de cada destino assumem um papel cada vez mais crucial na sua diferenciação (Richards & Wilson, 2006;
Richards, 2011).
Richards (2011) baseado no discurso da Economia da Experiência de Pine
II e Gilmore (1999, 2008) retira conclusões para o turismo. O autor argumenta que o turismo está a ser melhorado através do desenvolvimento de atrações temáticas, itinerários culturais e eventos encenados e destaca a evolução de uma perspetiva centrada na ótica da produção (turismo de
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massa) e do consumo (experiências) para a de integração de ambas as perspetivas (cocriação).
Neste âmbito, importa salientar as principais tendências no domínio do
Turismo Cultural (Richards, 2007; in Richards & Palmer, 2010):
• Aumento do número de indivíduos que procuram viver umas “férias culturais”;
• Aumento do nível de ensino, do rendimento do turista contemporâneo;
• Tendência para a opção por férias de curta duração;
• Maior uso da internet no processo de decisão de compra, nomeadamente ao nível da recolha de informação e marcação de reservas;
• Maior procura por eventos culturais e festivais (num cenário também marcado por uma crescente oferta);
• Maior interesse por viver “experiências” únicas e “criativas”.
A relevância do Turismo Cultural está também associada ao seu potencial na redução de ciclos sazonais rígidos, na medida em que encerra um interessante potencial para ampliar efeitos positivos do desenvolvimento turístico a nível regional (European Commission, 1995; in Bonet, 2003). A sua utilização como ferramenta para contrariar a sazonalidade e para superar os problemas relacionados com a fase da maturidade no ciclo de vida dos destinos turísticos é defendida por vários autores (Bonet, 2003;
Cuccia & Rizzo, 2011; European Commission, 1995; Figini & Vici, 2012).
Este argumento defende que regiões distantes dos principais itinerários turísticos ou que não disponham dos recursos clássicos para seduzir turistas
(praia e surf, monumentos e outras atrações simbólicas) têm potencial para se desenvolver economicamente e atraír turistas através da conservação e
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restauração do seu património cultural (European Commission, 1995; in
Bonet, 2003).
2.1.1.2. Tendências de Consumo Cultural
Contrariamente ao que Bourdieu (1984) e muitos outros da sociologia da arte identificaram nos anos 70, o consumo cultural não se caracteriza por ter uma relação direta com o nível económico do consumidor (Eriksson, 2011;
Richards & Ark, 2013). De uma forma geral, Bourdieu conclui que pessoas com maior capital económico consomem tipos de cultura considerados mais
“complexos e menos populares” (Richards & Ark, 2013). O aumento da mobilidade e a mudança nos gostos conduzem a uma mistura de padrões de consumo ou estilos de consumo omnívoros (Barbieri & Mahoney, 2010;
Peterson & Kern, 1996; in Richards & Ark, 2013).
Enquanto os consumidores tradicionais preferiam tipos de cultura erudita e evitavam a mistura com outros tipos, o novo consumidor “omnívoro” parece estar mais aberto a experimentar todos os tipos de cultura (Eriksson,
2011). Adicionalmente, de uma forma geral, acredita-se que esta “abertura” está a alargar-se e que consumo cultural tende a ficar mais heterogéneo e imprevisível.
Não obstante, o consumo cultural é uma forma de vivenciar experiências turísticas diferentes da rotina diária dos indivíduos (Urry, 2002; in Köhler,
2013). Esta ideia explica, em grande parte, o investimento em ofertas turísticas realizado pelos diversos destinos (países, regiões e cidades) com o intuito de divulgar a cultura local e atrair parte do rendimento económico do
Turismo Cultural (Richards, 1996; Russo & Borg, 2002; Urry, 2002; in Köhler,
2013).
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O consumo cultural cresceu e o turismo é parte fundamental deste crescimento estimulado a nível local, nacional e internacional (Richards,
2005). Este argumento retrata a mudança de uma época em que a produção impulsionava o consumo, para uma sociedade de consumo em que o consumo impulsiona a produção (Richards, 2005).
Em termos gerais, denota-se o aparecimento de novas áreas de cultura, em especial no campo das culturas populares e do património intangível
(European Commission, 2010). De acordo com o mesmo documento nota-se o desenvolvimento de padrões “omnívoros” de consumo cultural, ou seja, as pessoas consomem todos os tipos de cultura combinando culturas mais populares com as chamadas high culture (cultura erudita). Munsters (2004) chama a atenção para o facto de a cultural ser “frágil para um consumo massificado”, sublinhando que a atratividade de um produto de Turismo
Cultural é determinada pela qualidade da oferta cultural. Existe um fator de sustentabilidade que deve ser equilibrado com as crescentes exigências dos turistas (Munsters, 2004).
2.1.1.2.1. Tipologias de Turista Cultural
O perfil do turista cultural tem vindo a sofrer alterações significativas nos
últimos 30 anos (Bourdieu & Darbel, 1991; Richards, 1996). O Conselho de
Turismo da Irlanda (Irish Tourist Board, 1988), num estudo desenvolvido para a Comissão Europeia analisou, em 1986, cerca de 35 milhões de turistas culturais internacionais na União Europeia. Foram, então, identificados e caraterizados dois tipos de turista cultural, o “turista cultural geral” e o “turista cultural específico”:
• Turista cultural geral visita atrações culturais como parte de uma viagem de férias (segmento estimado em cerca de 31 milhões);
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• Turista cultural específico tem um motivo cultural específico para viajar (segmento estimado em cerca de 3,5 milhões).
Existe uma motivação profundamente relacionada com a aprendizagem na qual se alicerça a distinção entre o turista casual que visita sítios culturais e o turista com motivações específicas neste domínio (Bywater, 1993; Irish
Tourist Board, 1988; Richards, 1996). Bonink e Richards (1992; in Richards,
2005: 34) acrescentam que os turistas culturais específicos, num sentido ainda mais restrito, poderiam ser definidos como “turistas que viajaram especialmente para visitar a atração cultural e que disseram que a atração foi
‘importante’ ou ‘muito importante’ como motivação de escolha do destino”.
Silberberg (1995), por seu turno, identificou a existência de diferentes níveis de motivação para o Turismo Cultural para em seguida estabelecer quatro tipos de turistas, nomeadamente:
• Pessoas muito motivadas pela cultura;
• Pessoas motivadas em parte pela cultura;
• Pessoas para quem a cultura é um motivo “adjunto”;
• Turistas Culturais Acidentais;
• Fora do círculo.
Alzua, O’Leary, e Morrison (1998), num estudo posterior, confirmam os diferentes níveis de motivação dos turistas tal como proposto por Silberberg
(1995). Os autores analisam as motivações do turista cultural no Reino Unido tendo identificado cinco tipologias de turistas com as seguintes características e respetivo peso no mercado:
• Património/jovem/mochileiros (muito motivados) (16,4%);
• Família/resort/sunbathing (31,2%);
• Sénior/património urbano (15,7%);
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• Visitantes de familiares e amigos (12,8%);
• Património/de meia-idade/família (muito motivados) (23,9%).
Paschinger (2007) conjugou a motivação (que descreveu como a importância do Turismo Cultural na decisão de visitar um destino turístico) com a experiência procurada (de superficial a profunda) e identificou cinco tipologias de turistas culturais, nomeadamente:
• Turista cultural intencional (Purposeful Cultural Tourist)2;
• Turista de passeio cultural (Sightseeing Cultural Tourist)3;
• Turista cultural acidental (Serendipitous Cultural Tourist)4;
• Turista cultural informal (Casual Cultural Tourist)5;
• Turista cultural incidental (Incidental Cultural Tourist)6;
O grau de envolvimento do turista em atividades culturais durante a estada é, na verdade, aquilo que está na origem das tipologias de turistas identificadas pelo autor. Os primeiros três segmentos encontram na oferta cultural o principal atrativo para selecionar os destinos de férias enquanto que os segmentos quatro e cinco se envolvem apenas de modo ocasional e acidental em atividades culturais.
Outra corrente de autores menciona o “pós-turista” como alguém que não precisa obrigatoriamente de sair de casa para visualizar os ícones associados a visitas turísticas (Feifer, 1985; Rojek, 1993; in Smith, 2009).
2 Comparável ao turista cultural específico de Richards (1996), é totalmente motivado pela cultura quando decide visitar um determinado destino ou atração cultural e envolve-se profundamente numa experiência cultural. 3 É principalmente, mas não exclusivamente, motivado por razões culturais. No entanto, esta experiência permanece mais superficial. 4 Não planeia viajar por motivos culturais, mas depois de participar ainda acaba por ter uma experiência cultural profunda. 5 Tem uma fraca motivação para visitar determinada atração ou destino cultural pelo que, quando acontece, o resultado dessa experiência permanece superficial 6 Não atribui motivações de natureza cultural à sua decisão de viajar sendo que, quando se vê envolvido em algum tipo de atividades culturais, mantém-se tipicamente “superficial”.
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Para estes turistas a experiência é simulada através da televisão, internet e programas de software (Smith, 2009), fazendo sentido ter presente a diferença entre o “pós-turista” e o “turista cultural”.
Richards (2007; in Richards & Palmer, 2010) caracteriza o perfil do turista cultural como um segmento com níveis de formação/educação elevados, desempenhando ocupações técnicas ou administrativas, possuidor de rendimentos elevados e com uma ocupação relacionada com o sector.
Tendencialmente, o turista cultural também se envolve frequentemente em atividades culturais no seu local habitual de residência (Richards, 2001; in Richards & Palmer, 2010). Durante a estada a despesa média deste segmento tende a ser superior à média de gastos do turista comum
(Richards & Palmer, 2010).
Figini e Vici (2012) aprofundam este argumento referindo que:
• Os turistas culturais gastam tendencialmente mais e geralmente têm maiores vencimentos;
• Preferem consumir produtos de qualidade, visitar locais e participar em eventos culturais que acrescentem valor em termos da sua valorização pessoal;
• Marcam as férias de forma independente, estando menos sujeitos a influências externas (operadores turísticos e agências).
Apesar de reconhecerem a pertinência atribuída ao exercício de segmentação e respetiva caraterização, Richards e Palmer (2010) sugerem algum distanciamento em relação a estas tipologias na medida em que “nem todos os visitantes culturais são turistas, nem todos os turistas que visitam eventos culturais estão motivados culturalmente, os turistas culturais têm maior probabilidade para visitar atrações culturais estáticas do que eventos
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efémeros, em grande parte pela natureza mais acessível das atrações, nem todos os turistas culturais pertencem a grupos etários mais elevados.
O Turismo Cultural é uma área de estudo em permanente desenvolvimento devido à constante evolução do turismo e da cultura.
Além disso, o esbatimento da distinção entre os conceitos de cultura e de entretenimento indicam que é extremamente importante prestar atenção às implicações destas alterações no turismo. Estes elementos são importantes na construção de um Turismo Cultural sustentável para a região.
2.1.2. Turismo Criativo: concetualização
Com a importância crescente do “simbólico” (Lash & Urry, 1994; Zukin,
2004) e das “experiências” (Pine II & Gilmore, 1999, 2008), num cenário globalizado onde ganham importância aspetos relacionados com a identidade local, a cultura tornou-se um dos principais bens de consumo com impacto nos níveis de procura turística (Ritzer, 1999; Richards, 1996b;
Zukin, 1995) tendo em conta que a criatividade é encarada como uma forma de acrescentar distinção, autenticidade e desenvolvimento económico aos lugares (Zukin, 2010), sobretudo no caso das cidades, os recursos culturais tornaram-se atributos diferenciadores no contexto da cidade criativa
(Landry, 2000).
Richards (2011: 1225) defende que o turismo foi “empurrado” no meio de uma avalanche e é frequentemente classificado como uma das indústrias criativas. Se tomarmos em linha de conta o potencial criativo da cultura assim como a própria cultura como fonte de experiências criativas é expectável que o turismo criativo seja encarado como uma espécie de extensão do Turismo Cultural (Richards, 2011).
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Tal como discutido acima, a criatividade é um conceito vago em busca de uma definição consensual (Richards, 2011; Klausen, 2010; Scott, 2010;
Taylor, 1988). Certo é que a criatividade está presente em todos os momentos das nossas vidas e em todos os objetos do quotidiano. Contudo, a questão impõe-se: o que é a criatividade? Batey (2012) levou a cabo uma revisão de literatura e concluiu que a maioria dos investigadores usaram termos como “novo, novidade e original” ou ainda “útil e apropriado” para definir criatividade. Rhodes (1987, in Batey, 2012: 56), por sua vez, propôs quarto áreas âncora em torno das quais é possível definir a criatividade: pessoas criativas, processos para gerar ideias, ambientes sociais e situacionais e os produtos como resultado das atividades criativas.
Do ponto de vista pessoal, a criatividade pode ser entendida como uma qualidade artística (Mace & Ward, 2002; Nelson & Rawlings, 2009; Tan, Kung
& Luh, 2013) que pode, na verdade, não ser compreendida pelos turistas que apenas pretendem disfrutar de algo original e autêntico (Tan, Kung & Luh,
2013: 154) durante as suas férias. Se assumirmos que a criatividade é uma qualidade que qualquer indivíduo pode desenvolver durante toda a sua vida através de processos formais e informais de aprendizagem (Guilford, 1950, in Tan, Kung & Luh, 2013: 157; Burleson, 2005) é compreensível que o turismo, especialmente as situações claramente classificadas como turismo criativo, contribuam para o desenvolvimento da criatividade do indivíduo.
O Turismo Criativo enfatiza a participação do turista em eventos que envolvem a participação das comunidades residentes motivados pelo propósito de aumentar os seus conhecimentos sobre o lugar e o modo de vida das populações (Boyle, 2004). Neste sentido, a UNESCO (2006) define o
Turismo Criativo como uma “viagem motivada pelo intuito de viver
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experiências autênticas através do envolvimento em atividades relacionadas com a arte, o património ou outras relacionadas como o caráter do lugar.
Desta forma se estabelece um relacionamento com aqueles que vivem no lugar”. De acordo com Richards e Wilson (2006), em alguns casos, o Turismo
Cultural está a tornar-se num "Turismo Criativo", que definem como o
“turismo, que oferece aos visitantes oportunidades de desenvolvimento do seu potencial criativo através da participação ativa em experiências autênticas de aprendizagem no destino”.
No âmbito do Turismo Criativo é possível desenvolver múltiplas atividades de cocriação com o propósito de acrescentar valor ao produto turístico e à experiência turística. Richards e Wilson (2006) apresentam alguns exemplos em que a relação entre turismo e criatividade é explorada: workshops, ateliers de degustação, paisagens e itinerários, compras. Para Binkhorst e
Dekker (2009: 313) cocriação é “o processo através do qual os clientes interagem com a organização e produzem a sua própria experiência”.
Richards (2000) e Richards e Raymond (2000) fazem notar que alguns segmentos de turistas viajam em busca de experiências turísticas que contribuam para o seu enriquecimento pessoal (Crompton & McKay, 1997;
Valle et al., 2011) estando, por isso, especialmente recetivos a aderir a propostas no âmbito do Turismo Criativo e disponíveis para se envolverem em atividades de cocriação (Binkhorst, 2007). Assim sendo, a criatividade e o
Turismo Criativo é mais do que uma estratégia adotada por cidades e regiões em busca de crescimento; é ainda uma estratégia para a inovação e para o enriquecimento individual.
No campo do Turismo Criativo a ênfase passa da cultura tangível para a intangível e a experiência fundamental consiste numa troca de
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conhecimentos e competências entre residentes, enquanto anfitriões, e turistas, no papel de convidados (European Commission, 2010). O consumidor participa ativamente na construção das suas próprias experiências num processo interativo e personalizado de cocriação de valor acrescentado” (Prahalad & Ramaswamy, 2003) e, enquanto cocriador do ambiente onde a experiência decorre, contribui para atribuir um novo significado ao lugar (Grupta & Vajic, 2000).
Num sistema de cocriação a ligação entre atores locais membros da comunidade e as entidades gestoras do destino torna-se vital na medida em que a mesma pode facilitar o processo de cocriação (Richards, 2011). Estas ligações dependem não apenas dos fluxos de informação mas também do respetivo conteúdo. Richards (2011) defende a construção de narrativas em torno do destino como forma de aumentar a sua atratividade. No caso específico do Turismo Cultural esta opção reflete-se, por exemplo, nos museus e monumentos onde o desenvolvimento de experiências intangíveis e interativas e a adoção de narrativas contribuem para a construção imaginária do lugar (Richards, 2011). Neste sentido, Frey (2009) acrescenta que o Turismo Cultural e a criatividade estão cada vez mais integrados (in
Richards, 2011) na medida em que “o capital cultural e os recursos criativos dos lugares são recursos fundamentais para atrair turistas motivados pela cultura”.
Nos últimos anos, assistiu-se a uma “explosão” de cursos e workshops em
áreas como a linguística, a gastronomia, a arte ou a fotografia em parte devido à procura de competências criativas, mas também pela crescente procura por serviços e produtos criativos por parte deste nicho (European
Commission, 2010).
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2.2. Setor Cultural e Criativo: concetualização
Para melhor compreender a natureza e a missão das indústrias culturais e criativas impõe-se um breve esclarecimento dos conceitos chave envolvidos, nomeadamente indústrias culturais, indústrias criativas, criatividade e economia criativa, classe criativa, produto ou serviço cultural e cidades criativas.
O conceito de criatividade, estudado no domínio da psicologia e longe obter consenso entre os pensadores deste domínio científico, remete-nos para três dimensões interrelacionadas do conceito: criatividade artística7,
“criatividade científica”8 e “criatividade económica9 (United Nations, 2010: 3).
A criatividade pode ainda ser definida como processo e, enquanto tal, resulta no “uso de ideias para produzir novas ideias” (United Nations,
2010:3). Entendida como um processo social potencialmente mensurável, o desafio estará na capacidade para medir os resultados económicos da criatividade e do ciclo de atividade criativa ou capital criativo constituído por quatro domínios interrelacionados: capital social, capital cultural, capital humano e capital institucional. Esta é a base na qual assenta a estrutura do
Índice de Criatividade ou Modelo dos 5 Cs (vide Índice Europeu de
Criatividade a ser aplicado aos países da União Europeia).
O conceito de produto ou serviço cultural (que inclui trabalhos artísticos, performances musicais, literatura, filmes, programas de televisão e jogos de vídeos) pressupõe que a sua produção ocorra por contributo da criatividade
7 “Envolve a imaginação e a capacidade de gerar ideias originais e novas maneiras de interpretar o mundo, expressas em texto, som e imagem (…)” (United Nations, 2010:3). 8 “Envolve curiosidade e disposição para experimentar e fazer novas conexões ao solucionar problemas” (United Nations, 2010:3). 9 “Processo dinâmico que leva a inovação em tecnologia, práticas de negócio, marketing etc., sendo intensamente relacionada à aquisição de vantagem competitiva na economia” (United Nations, 2010:3).
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humana; que encerrem mensagens simbólicas para aqueles que os consomem; e contêm potencialmente alguma propriedade intelectual. Os produtos ou serviços culturais deverão possuir valor cultural reconhecido o qual poderá não ser total e linearmente convertível em valor monetário dadas as suas caraterísticas estéticas ou contributo para a compreensão da identidade cultural de um comunidade. Tratam-se, quando entendidos desta forma, de um subconjunto de produtos e serviços criativos uma categoria que inclui ainda as subcategorias moda e software (United Nations, 2010).
Para a UNESCO (2009) atividades, produtos e serviços culturais incluem valores artísticos, estéticos, simbólicos e espirituais. A diferença entre esta tipologia de produtos e serviços e outras tipologias de produtos e serviços deve-se ao seu próprio sistema de valorização decorrente do fato de ser algo irreproduzível, fator determinante de apreciação e fonte de prazer
(Throsby, 2001; in UNESCO, 2009). A maioria destes produtos e serviços estão sujeitos a legislação no âmbito da propriedade intelectual e dos direitos de autor.
De um modo geral, políticos, profissionais e académicos utilizam a expressão “economia cultural” ou “economia da cultura” para designarem assuntos económicos da política cultural numa abordagem que pretende aplicar as metodologias e princípios próprios da análise económica às artes criativas e cénicas bem como às indústrias patrimoniais e culturais com o propósito de imprimir alguma organização económica ao setor cultural.
As indústrias culturais tendem a ser entendidas como as indústrias que produzem produtos e serviços culturais, perspetivando de forma mais tradicional o processo criativo e assumem como produtos os bens e serviços pertencentes ao core – core cultural products.
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No âmbito da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o
Desenvolvimento (United Nations, 2010: xvi) as indústrias criativas são definidas como “os ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam a criatividade e o capital intelectual como principais inputs. Elas compreendem um conjunto de atividades baseadas no conhecimento que produzem bens tangíveis e intangíveis, intelectuais e artísticos, com conteúdo criativo e valor económico”10. Elas perspetivam de forma mais abrangente o processo produtivo, incluindo outras áreas tais como software, publicidade, arquitectura e business intelligence services.
Produtos resultantes destas actividades são considerados produtos related – related products.
A crescente valorização da diversidade cultural em detrimento da estandardização mundial, pressionada pelo valor acrescentado do património, do aparecimento de “novas culturas” e do aproveitamento de atividades culturais como forma de regeneração urbana, constituem fatores socioeconómicos que contribuem para introduzir alterações significativas nas indústrias culturais e criativas (Mateus & Associados, 2010).
2.2.1. Ciclo Cultural
A compreensão do quadro concetual e das dinâmicas que caraterizam o
Setor Cultural e Criativo (SCC) pressupõe que se compreenda como se desenvolve o ciclo cultural, uma abordagem no seio da qual a cultural é entendida como o resultado da operacionalização de um conjunto de
10 As indústrias criativas resultam da junção das artes criativas e performativas com as indústrias culturais nas suas diversas formas: museus, arquitetura, cinema, entre outros (Bonet, 2003). Este autor sublinha que o fundamental é a combinação da produção em escala industrial com o conteúdo criativo. Este conteúdo, que provém de “artistas profissionais” (artistas criativos, intérpretes, artesãos, designers, etc.), constitui a primeira etapa da produção de bens e serviços os quais serão posteriormente colocados no mercado (Bonet, 2003).
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processos, formais ou informais, desenvolvidos por profissionais ou amadores, vocacionados ou não para o mercado podendo os mesmos gerar impactos ao nível económico e social.
O ciclo cultural inclui cinco fases que se relacionam no seio de uma teia complexa:
1. Criação de ideias e conteúdos originais (escultura, literatura, design) e
oficinas (artesanato, artes decorativas);
2. Produção. Formas culturais reprodutíveis (programas de televisão),
instrumentos, infraestruturas e processos especializados (produção de
instrumentos musicais, imprensa e jornais);
3. Disseminação. Agentes de distribuição que conduzem os produtos
culturais de massas aos consumidores finais (grossistas, retalhistas,
discos, vídeos, jogos, cinema);
4. Exibição/receção/transmissão. Refere-se ao local de consumo e oferta
de experiências culturais às audiências através da oferta ou venda de
meios de acesso ao consumo/participação em atividades culturais
específicas (organização e produção de festivais, opera houses,
teatros, museus, …). A transmissão diz respeito às competências
necessárias à transferência do conhecimento e pode não envolver
qualquer transação comercial. Inclui, por exemplo, a transmissão de
práticas ao nível do património cultural intangível de geração para
geração;
5. Consumo/participação. Atividades de audiências e participantes no
consumo de produtos culturais (leitura, dança, participantes em
comemorações e festividades, rádio, visita a galerias).
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Um aspeto relevante a tomar em consideração na leitura do ciclo cultural é o processo de feedback através do qual o consumo poderá inspirar a criação de novos produtos ou artefactos culturais. De entre as principais implicações do modelo destacam-se o seu contributo para o desenvolvimento de adequadas políticas públicas ao nível da produção cultural, à utilização de novas tecnologias e à criação e mapeamento de clusters culturais.
O interesse e o debate entretanto instalados em torno desta temática levaram ao desenvolvimento de vários modelos destinados a compreender a estrutura e as dinâmicas subjacentes às indústrias criativas. O modelo apresentado na Figura 2.1, adaptado de Throsby, foi um dos primeiros neste domínio e um dos mais conhecidos na atualidade (Unctad, 2013).
Figura 2.1 – Evolução do Sector Cultural
Fonte: Unctad (2013)
A expressão cultural de um povo ramifica-se em domínios core, como sejam a literatura, a música, as artes performativas e visuais, ou o cinema, os museus, as galerias, as bibliotecas e a fotografia. Numa ótica mais alargada no que diz respeito à forma como é entendido o conceito de cultura incluem-se, por exemplo, os serviços associados ao património,
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publicações, televisão e rádio, som, jogos de vídeo ou ainda, numa esfera mais distante, a publicidade, a arquitetura, o design e a moda.
2.2.2. Classificação das Indústrias Culturais e Criativas
No âmbito da Unctad (2010), as indústrias criativas são definidas como
“qualquer atividade económica que produza produtos simbólicos intensamente dependentes da propriedade intelectual, visando o maior mercado possível” (Unctad, 2004). É, neste âmbito, feita uma distinção entre atividades culturais tradicionais (tais como artes cênicas ou visuais) e atividades que possuem uma proximidade maior com o mercado
(publicidade, editoras ou outras relacionadas com os media) cujo valor comercial deriva das economias de escala e fácil transferência para outros domínios económicos (Figura 2.2).
As indústrias criativas contemplam quatro grupos principais, por sua vez, divididos de acordo com suas características distintas:
Património: Origem de uma gama diversa de produtos e serviços patrimoniais inclui as expressões patrimoniais tradicionais (artesanato, festivais e celebrações) e os locais culturais (sítios arqueológicos, museus, bibliotecas, exposições, entre outros).
Artes: Indústrias criativas baseadas exclusivamente na arte e na cultura
(pintura, escultura, fotografia e antiguidades) e artes cénicas (música ao vivo, teatro, dança, ópera, circo, teatro de fantoches entre outras).
Mass media dedicados à produção de conteúdo criativo: editoras e meios impressos (livros, imprensa, publicações diversas) e audiovisuais (filme, televisão, rádio e demais, radiodifusões).
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Criações funcionais: design (interiores, gráfico, moda, joalharia e brinquedos), novos media (software, jogos de vídeo e conteúdo digital criativo) e serviços criativos (arquitetónico, publicidade, cultural e recreativo, e investigação e desenvolvimento criativo).
As indústrias criativas situam-se no centro do que pode ser classificado em termos mais amplos como “economia criativa”. A economia criativa ultrapassa as fronteiras da arte impulsionando a inovação e o desenvolvimento de novos modelos de negócio projetando os seus efeitos multiplicadores. Assente num modelo de funcionamento baseado em redes, as indústrias criativas têm beneficiado com o desenvolvimento das redes sociais e desenvolvem-se em contexto de parceria entre os setores público e privado, artistas e sociedade civil numa atitude inclusiva e co criativa.
A dinamização da economia criativa requer a adoção de políticas de caráter económico mas também políticas relacionadas com a educação, a identidade local, as desigualdades sociais e o ambiente. As estratégias de desenvolvimento urbano assentes no conceito de cidades criativas resulta na adoção de medidas destinadas a revigorar um modelo de crescimento baseado em atividades culturais e criativas com impacto na criação de emprego e na inclusão social.
De acordo com Florida (2002) neste contexto emerge uma “classe criativa” que integra um grupo de profissionais, cientistas e artistas cuja presença gera dinamismo económico, social e cultural, especialmente em áreas urbanas, cuja função é gerar ideias, trabalhar em novas tecnologias e produzir conteúdos criativos.
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2.2.3. Importância do Setor Cultural e Criativo
Nas economias ocidentais, o contributo do sector cultural e criativo para o
PIB é já superior ao peso do sector industrial (Towse, 2011) com um contributo estimado em cerca de 2 triliões de dólares (US) a nível mundial em 2000 e um crescimento anual que ronda os 5% (United Nations, 2013).
Para Portugal, Mateus e Associados (2010) sobre o SCC analisou o contributo do setor para o Valor Acrescentado Bruto (VAB) e para o Emprego.
O resultado revelou que, em 2006, gerou 2,8% de toda a riqueza produzida, o que se traduz num VAB aproximado de 3.691 milhões de euros.
O mesmo relatório indica que, no seio do SCC, as “indústrias culturais” tiveram o maior peso (perto de 80%), seguido das “atividades criativas” (14%) e “atividades culturais nucleares” (8%). No âmbito deste estudo, o Turismo
Cultural está incluído nas “indústrias culturais” e, embora não seja o mais representativo, é responsável por 6% do setor cultural e criativo, o equivalente a cerca de 221 milhões de euros (Mateus & Associados, 2010).
As atividades que mais contribuem para o VAB, no seio da indústria, são a edição (34,2%), o rádio e televisão (13,2%) e componentes criativas em outras atividades (11,6%). Importa ainda salientar que o crescimento médio anual das atividades criativas e indústrias culturais é baixo comparativamente às atividades culturais nucleares, respetivamente de 2,9% e 2,3% face a 10,9% (Mateus & Associados, 2010).
Relativamente à contribuição da indústria cultural e criativa para o emprego os resultados são muito semelhantes à geração de riqueza. Este setor emprega cerca de 127 mil pessoas, o que corresponde a 2,6% do emprego nacional total e foi responsável pela criação de cerca de 6500 postos de trabalho entre 2000-2006 (Mateus & Associados, 2010). Uma vez
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mais, as indústrias culturais foram as que mais contribuíram (perto de
79,2%), seguidas das atividades culturais nucleares (10,5%) e atividades criativas (10,2%).
Através deste estudo é possível constatar que a edição, os bens de equipamentos e distribuição/comércio criam o maior número de empregos neste sector, respetivamente 31,3%, 15,8% e 13,2%. No que diz respeito ao caso específico do Turismo Cultural a criação de emprego em 2006 fica pelos 6,2% com um pouco menos de 8 mil postos de trabalho criados
(Mateus & Associados, 2010).
Comparando o peso das indústrias culturais e criativas com as restantes atividades económicas, através deste relatório é possível concluir que, em
2006, este sector contribuiu mais para a criação de riqueza face às indústrias têxteis e vestuário e indústrias de alimentação e bebidas. O autor acrescenta ainda que o SCC não fica muito aquém de sectores como a hotelaria e restauração, e construção uma vez que representa aproximadamente 40% e 60% da riqueza gerada pelos mesmos.
No entanto, as Estatísticas da Cultura de 2012, com base em informação do Inquérito ao Emprego, mostram que a população empregada no SCC era de 78,6 mil pessoas (INE, 2013) revelando uma tendência decrescente face aos dados apurados para 2006 (127 mil empregos) (Mateus & Associados,
2010), um reflexo da situação económica frágil que o país atravessa.
Segundo o INE (2013), a indústria cultural e criativa em 2012 era constituída por 53.064 empresas entre as quais se destacam as seguintes
áreas: “Atividades das artes do espetáculo” (27,9%); “Atividades de arquitetura” (16,4%); empresas de “Comércio a retalho de jornais, revistas e artigos de papelaria, em estabelecimentos especializados” (11,4%); e
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empresas de ”Criação artística e literária” (10,1%). No seu conjunto, estas empresas geraram um volume de negócios de 5,1 mil milhões de euros em
2012 (INE, 2013).
2.3. Experiências e Transformações
A necessidade de diferenciação, por parte da oferta, e a busca por experiências exóticas e inovadoras, por parte da procura, convergem para o desenvolvimento do conceito de experiência turística. Trata-se de um conceito lançado por Pine II e Gilmore no final do século XX (1999) através de uma publicação ainda hoje considerada essencial para profissionais e académicos, intitulada The Experience Economy. Para Pine II e Gilmore
(1999: 4) “mesmo a mais banal das transações pode ser transformada numa experiência memorável”.
A ascensão do novo significado de experiência turística (Pine II & Gilmore,
1999; Gilmore & Pine II, 2002) leva ao reconhecimento do papel de todos os elementos da oferta que se caracterizam pelo seu conteúdo cultural e propiciam experiências participativas e sensoriais ao longo da viagem. Ou seja, caminha-se no sentido de experiências transformadoras. Experiências turísticas que se querem “transformadoras” conducentes ao self development ou à “transformação” (Pine & Gilmore, 1999), o que para
Richards e Wilson (2006: 17-18) põe a tônica na “coordenação do hardware, software e orgaware criativo e cultural”. Aqui o ato de consumo não é passivo devendo envolver a ação dos consumidores, no contexto da respetiva valorização pessoal.
A passagem da sociedade industrial para a sociedade em rede acarretou a enfâse nas relações, na customização, na individualização, na criatividade,
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na autenticidade, no conhecimento, no consumo qualificado, entre outros aspetos, os quais se manifestam nas práticas turísticas. Cada vez mais as pessoas utilizam o seu tempo de lazer para adquirir ou desenvolver competências enquanto experienciam a cultura local (Competitiveness and
Innovation Framework Programme, 2010). Esta tendência justifica a recente
“explosão” na oferta de cursos e workshops de gastronomia, artes, fotografia e línguas devido, não só à procura elevada de competências criativas mas também à crescente oferta neste sector (Competitiveness and
Innovation Framework Programme, 2010).
Pine II e Gilmore (1999:12) definem a experiência como o “conjunto de atividades nas quais os indivíduos se envolvem em termos pessoais”. Oh e
Fiore (2007: 120) acrescentam que “na perspetiva do consumidor” a experiência turística é algo “agradável, envolvente e memorável”. Tung e
Ritchie (2011: 1371) refere ainda que cada experiência é vivida de modo subjetivo por cada indivíduo que se envolve a nível físico, emocional, espiritual e intelectual.
2.3.1. Experiência Turística
Durante a década de 70, em termos conceptuais, a experiência turística, foi entendida como algo que decorre de uma rutura com a rotina e em que o bizarro e a novidade são elementos chave (Cohen, 1972; Cohen, 1979;
Turner & Ash, 1975; Cutler & Carmichael, 2010) e o ato turístico proporciona um conjunto de experiências, memórias e emoções relacionadas com os lugares visitados (Noy, 2007) as quais são influenciadas pelo turista, pelo cenário (o destino) e pelos residentes (Nickerson, 2006; in Cutler &
Carmichael, 2010). Cada turista está rodeado, em cada momento, por uma
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“rede única de experiências turísticas” (Binkhorst, Dekker & Melkert, 2010:
41-42).
A experiência turística é algo subjetivo na medida em que a mesma assume, no essencial, um significado diferente para cada turista (Frey, 1998; in Cary, 2004; Lengkeek, 2001) e cada experiência tem o seu momento próprio (Cary, 2004). Neste contexto, cada turista construi de forma subjetiva e individual a sua própria experiência de viagem (mesmo no
âmbito do turismo de massas) (Wickens, 2002; Uriely et al., 2002; Feifer,
1985; Frazer, 1989; Cohen, 1979).
A subjetividade da experiência turística é acentuada pela noção de que o valor esperado de uma experiência difere de indivíduo para indivíduo e em função de cada contexto situacional. Este cenário corresponde, portanto, a uma nova era (Pine II & Gilmore, 1999) na qual os consumidores buscam experiências pessoais (LaSalle & Britton, 2003) e as relações tendem a ser o mais personalizadas possível (Baker, 2003). Assim sendo, cada experiência turística tem capacidade para satisfazer um “leque diversificado de necessidades pessoais que vão desde o prazer até à busca de significados”
(Li, 2000: 865). Segundo Ryan (1997, in Li, 2000: 865) a experiência turística envolve entretenimento e aprendizagem e a mesma está profundamente relacionada com os espaços, os lugares e as paisagens (Seamon, 1979;
Tuan, 1993). O entretenimento é apenas um lado da experiência (Pine II &
Gilmore, 1999: 3).
Sobretudo a partir dos trabalhos de Cohen (1979), desenvolveu-se uma linha de investigação focalizada em explorar a natureza plural do conceito.
Emergiram desde então diferentes propostas de categorização da
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experiência turística (Cohen, 1972; Krippendorf, 1984; Pearce, 1982; Plog,
1977; Smith, 1978).
No entender de Urry (1990), uma experiência é influenciada por fatores circunstanciais tais como a matriz social onde a mesma decorre, o grupo social e o período histórico, entre outros. A experiência turística é um
“constructo social” (Jennings, 2006: 13). Trata-se, em primeiro lugar, de um acontecimento visual, algo diferente da rotina diária (Urry, 1995). Pode tratar-se de uma experiência positiva ou negativa (Lee et al., 1994), dinâmica (Hull et al., 1992), transitória (Mannell, 1980; Tinsley & Tinsley,
1986), excecional (MacCannell, 1976) e dependente do contexto (Bell, 1993;
Borrie & Roggenbuck, 2001).
Ryan (1997, in Li, 2000: 865) definiu experiência turística como uma
“atividade de lazer multifuncional, que envolve as vertentes de entretenimento e aprendizagem”. Para alguns investigadores, trata-se de qualquer experiência de contacto com espaços, lugares e paisagens
(Seamon, 1979; Tuan, 1977; 1989; 1993).
No respeitante à relação entre a experiência turística e a satisfação, ela deve ser entendida num contexto qualitativo. A qualidade da experiência é geralmente reconhecida como uma medida mais subjetiva, enquanto a qualidade do serviço é, muitas vezes, captada de uma maneira mais objetiva.
A satisfação resulta de um processo comparativo entre expectativas e performance, sendo que a satisfação do turista é considerada uma importante medida que permite avaliar em que medida a experiência vai ao encontro das expectativas (Pearce, 1988). No entanto, no seio desta abordagem, os valores emocionais e simbólicos não são tidos em consideração, apesar de reconhecidamente importantes para avaliar a
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experiência turística (Colton, 1987). Quanto “maior o impacto da experiência nas emoções, mais memorável ela será” (Pine II & Gilmore, 1999: 59).
Nos anos 90, os investigadores introduzem a perspetiva pósmodernista do turismo (Lash & Urry, 1994; Munt, 1994; Urry, 1990), associada à emergência de alternativas ao turismo de massas e profundamente ligadas à necessidade de viver experiências autênticas, relacionadas com a natureza e a cultura local (Barrett, 1989; Munt, 1994; Poon, 1989; Urry, 1990).
Em estudos mais recentes tem vindo a ser explorada a ideia de que a
“autenticidade não deve ser encarada como uma qualidade do objeto mas antes enquanto valor cultural em permanente construção e reinvenção no
âmbito dos processos sociais” (Olsen, 2002: 163). Para Steiner e Reisinger
(2006) esta autenticidade é orientada para a experiência e permite compreender a motivação e a experiência turística (Kim & Jamal, 2007).
As experiências turísticas são um misto de emoções e sentimentos que flutuam ao sabor dos acontecimentos e das vivências experimentadas pelos turistas no decurso das suas férias. Os sentimentos e as emoções próprias de uma experiência turística começam muito antes de esta se concretizar.
Todo o processo de idealização e de perspetivação do local de destino para férias acaba por criar um mundo de expectativas que serão essenciais no momento de avaliar a experiência de férias (Mendes & Guerreiro, 2010).
A criação de experiências culturais alicerça-se em dois grandes pressupostos. Em primeiro lugar, o indivíduo é o grande criador da sua própria experiência cultural. Em segundo lugar, qualquer experiência cultural precisa de tempo para se consolidar. A consideração destes dois pressupostos, no contexto da experiência cultural turística, leva-nos a questionar como é que o turista deverá ser envolvido na produção da sua
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experiência cultural. De salientar que as experiências em consideração podem ser estruturadas quer pelos produtores culturais quer pelos próprios consumidores até ao ponto de se “falar de prosumer ou consumidor(es) envolvido(s)/comprometido(s) na produção de experiências” (Richards &
Wilson, 2006), onde produção e consumo se justapõem.
Como ultrapassar o problema que advém de uma contradição - uma experiência cultural precisa de tempo para se vivenciar e por outro lado, a viagem (na atualidade) tende a estar associada a deslocações rápidas e estadas de curta duração. Ora, o tempo reduzido pode de algum modo inibir uma verdadeira experiência cultural, criando-se apenas, poderíamos dizer, experiências de “ilusão cultural” (Henriques, 2008).
Este enquadramento de problematização conduz a entrar em linha de conta com níveis distintos de profundidade de experiências turístico culturais, bem como de diferentes tipos de turistas (Hall & Zepeel, 1990;
McKercher & du Cros, 2002; Richards, 1996).
A participação dos turistas num processo criativo pode igualmente conduzir-nos a falar de Turismo Criativo em alternativa ao Turismo Cultural
Convencional (Richards & Wilson, 2006). “Criativo” porque pressupõe uma seleção de elementos culturais vários que se articulam numa rede ou redes de significados e simbolismos.
A complexidade, autenticidade da experiência turístico-cultural (e também criativa – envolvendo aqui maior flexibilidade) deve evitar estar próxima de estereótipos partilhados pelos visitantes. Isto apela ao desenvolvimento de uma nova linguagem simbólica, que pode conduzir à própria invenção de uma nova cultura turística, onde o turismo também possa ser um veículo de organização de significados e espaços, o que tem
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que passar necessariamente por um planeamento e gestão que contemplem o delinear de uma rede de parcerias sustentáveis reforçadas pelo apoio da comunidade residente (UNESCO, 2010). Que contemplem igualmente uma abordagem multidimensional da atividade cultural, bem como o reconhecimento de que os produtos turístico-culturais só podem desenvolver-se no contexto da existência de uma dinâmica cultural sustentável.
A proliferação de destinos turísticos associados a fórmulas de desenvolvimento similares constitui uma ameaça à sua identidade (Law,
2002: 196). Este facto remete para a consideração de conceitos como:
“ausência de espírito do lugar” (genius loci) (ICOMOS, 2008), non-places
(Augé, 1993), McDonaldização (Ritzer & Liska, 1997) e “espaço cultural universal” (Rojek, 1995), entre outros.
A experiência é afetada por um amplo conjunto de fatores, muitos dos quais não estão diretamente relacionados com o consumo de produtos e serviços específicos no Destino Turístico. É a combinação de fatores inerentes ao contexto e a satisfação relativamente a cada um dos serviços comprados e consumidos ao longo do desenvolvimento de uma experiência, por natureza holística, que determina o nível global de satisfação dos turistas.
2.3.1.1. Temas e Temáticas
O passo determinante para o sucesso de uma experiência é atribuir-lhe um tema, para que o visitante possa saber a priori o que esperar da visita.
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O tema deve ser definido no âmbito de uma estratégia de marketing global e integrada, desenvolvida para alvos específicos e com o propósito de contribuir para a formação de imagens diferenciadoras.
A psicologia, a sociologia e a antropologia reconhecem o papel das estórias como elemento unificador no seio de um contexto caraterizado por complexa relações sociais (Schank & Abelson, 1977; Holloway, 1997). No
âmbito da literatura do turismo este é um assim ainda emergente embora tenha já sido alvo de reflexão nomeadamente no domínio das experiências
(Moscado, 2010). Para Till (2003: 63; in Chronis, 2012: 1798) os lugares turísticos são um composto de imaginação e de realidade sendo que ambos os conceitos são inseparáveis (Chronis, 2012: 1798; in Gao et al., 2011).
Deste modo, admitindo que o turismo assenta em narrativas as experiências turísticas dependem da comunicação de estórias (Chronis, 2012: 1799) contadas em torno de recursos. De acordo com Mossberg (2007) e Gibbs e
Ritchie (2010) é essencial centrar a oferta turística em temas na medida em que os mesmos contribuem para estruturar a experiência turística. No mesmo sentido, para Pine II e Gilmore (2002) um serviço transforma-se em experiência quando esta se desenvolve no âmbito de um tema.
Uma oferta turística ancorada em temáticas resulta, na perspetiva de
Csapó (2012), num conjunto de benefícios nomeadamente devidos à possibilidade de utilização de recursos pouco explorado, exigem um investimento relativamente reduzido, incentivam o desenvolvimento do turismo quer em termos espaciais quer temporais com impato na redução da sazonalidade, têm potencial para atrair segmentos específicos de turistas, incrementa os efeitos multiplicadores do turismo e a criação de emprego
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potenciando a criação de uma sistema de relações entre as comunidades locais, a cultura local e a indústria turística.
Vários autores concordam que a experiência turística é algo distinto das rotinas diárias (Cohen, 2004; Cutler & Carmichael, 2010) pelo que cada ato turístico proporciona uma multiplicidade de experiências, memórias e emoções relacionadas com os lugares visitados (Noy, 2007; Stamboulis &
Skayannis, 2003). Neste caso, o destino é o cenário e o turista o ator e a memória o melhor indicador de uma experiência relevante (Larsen, 2007).
2.4. Recursos e Produtos Turísticos de Base Cultural
Tendo em conta a complexidade subjacente à definição de cultura e, concomitantemente, daquilo que é cultural já debatidos anteriormente, será de esperar alguma dispersão de pontos de vista no que diz respeito à definição de recurso cultural e, consequentemente, à identificação de uma listagem de recursos culturais consensual.
A oferta de atrações culturais conhece um crescimento notório nos anos
80 (Richards, 1996). O interesse crescente em torno da temática relacionada com a identificação e gestão dos recursos potencialmente atrativos para fins turísticos conduziu à elaboração de listagens que pretendem identificar e classificar esses mesmos recursos.
O Centro Europeu para a Cultural Tradicional e Regional (ECTARC, 1989) apresentou uma das listagens mais conhecidas onde inclui os sítios que tradicionalmente exercem maior capacidade de atração sobre os turistas:
• Sítios arqueológicos e museus;
• Arquitetura (ruínas, edifícios famosos, cidades);
• Arte, escultura, artesanato, galerias de arte, festivais, eventos;
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• Música e dança (clássica, popular, contemporânea);
• Drama (teatro, cinema, dramaturgos);
• Linguagem e estudos de literatura, passeios, eventos;
• Festas religiosas, peregrinações;
• Culturas completas (folclóricas ou primitivas) e subculturas.
Richards (2005) refere que esta lista tem por base um conceito de
Turismo Cultural associado à high culture e está orientada para o mero consumo de produtos culturais, por oposição ao envolvimento em processos culturais (uma tendência contemporânea de desenvolvimento dos destinos turísticos como discutido antes). O autor, inspirado em Munsters (1994) apresentou uma lista de tipologias de recursos culturais para fins turísticos dividida em duas grandes categorias: Atrações (Monumentos, Museus, Rotas,
Parques Temáticos) e Eventos (Eventos Histórico-culturais, Eventos
Artísticos, Eventos e atrações).
Numa tentativa de agregar diversas tipologias de Turismo Cultural, Smith
(2009) desenvolveu a seguinte:
• “Património (sítios arqueológicos, cidades inteiras, monumentos, museus);
• Teatros de arte (teatros, salas de concertos, centros culturais);
• Artes visuais (galerias, parques de escultura, museus fotográficos, arquitetura);
• Festivais e eventos especiais (festivais de música, eventos desportivos, carnavais);
• Monumentos religiosos (catedrais, templos, destinos de peregrinação, retiros espirituais);
• Ambientes rurais (vilas, fazendas, parques nacionais, ecomuseus);
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• As comunidades indígenas e as tradições (pessoas tribais, grupos étnicos, culturas minoritárias);
• Artes e ofícios (têxteis, cerâmica, pintura, escultura);
• Linguagem (aprendizagem ou prática);
• Gastronomia (degustação de vinhos, degustação de comida, cursos de culinária);
• Indústria e Comércio (visitas a fábricas, minas, cervejarias e destilarias, passeios em canais);
• Cultura popular moderna (música pop, moda, media, design, tecnologia);
• Atividades de interesse especial (pintura, fotografia, tecelagem).
Csapó (2012), por sua vez, propõe uma classificação das principais formas de turismo cultural as quais se relacionam com recursos culturais específicos
(Tabela 2.1).
Tabela 2.1 – Principais formas de Turismo Cultural
Tipos de Turismo Descrição
Turismo de • Património Natural e cultural (muito associado a turismo Património assente na natureza ou ecotourismo) • Material (património construído, sítios arqueológicos sítios de património mundial, memoriais nacionais e históricos) • Imaterial (literatura, artes, folclore) • Sítios de património cultural (museus, coleções, livrarias, teatros, locais de eventos, memórias
Rotas Culturais • Alargado domínio de temas e tipos (espiritual, industrial, Temáticas artístico, gastronómico, arquitetónico, linguístico, vernacular, minorias étnicas)
• Turismo urbano clássico, touring Turismo Cultural Urbano, • Capitais culturais da Europa tours culturais • Cities como espaços criativos para o Turismo Cultural
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Tradições, turismo étnico • Tradições culturais locais • Diversidade étnica
Turismo de festivais e • Festivais culturais e eventos (festivais musicais e eventos eventos
Turismo Religioso, rotas • Visita a sítios e lugares com motivação religiosa de peregrinação • Visita a sítios e lugares sem motivação religiosa (motivada pela importância arquitetónica e cultural) • Rotas de peregrinação
Cultura Criativa, • Cultura tradicional e atividades artisticas (artes Turismo Criativo performativas, artes visuais,património cultural e literatura • Indústrias culturais
Fonte: Csapó (2012)
Por sua vez, em 2009, a UNESCO propõe uma listagem de recursos e domínios culturais fundamentais numa perspetiva que abarca desde os domínios culturais core até aos domínios culturais mais afastados com o propósito de agregar na mesma equação as indústrias que integram o setor cultural e criativo tal como apresentados na Figura 2.2.
Figura 2.2 – Domínios Culturais
Fonte: UNESCO (2009)
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Trata-se de um modelo hierárquico constituído por domínios culturais e domínios relacionados com a cultura. Os primeiros contemplam atividades, bens e serviços culturais presentes em todas as fases do ciclo cultural. No segundo grupo estão incluídas atividades sociais e de recreio.
Os seis domínios (de A a F) mais o património cultural intangível (domínio transversal) são considerados domínios culturais core. O modelo contempla ainda três domínios transversais pela sua suscetibilidade de aplicação a todos os domínios culturais e relacionados: educação e formação, arquivo e preservação, materiais de equipamento e apoio.
Os domínios culturais são definidos, no âmbito do modelo em análise, do seguinte modo:
A. Património Cultural e Natural contempla museus, sítios arqueológicos e históricos (incluindo achados arqueológicos e edifícios), paisagens culturais e património natural. O património cultural inclui artefactos, monumentos e conjuntos, assim como lugares com significado do ponto de vista simbólico, histórico, artístico, estético, etnográfico, antropológico, científico e social. As paisagens culturais resultam da forma como a natureza e a ação humana estão refletidos na paisagem (UNESCO, 2007; in UNESCO, 2009). Formações geológicas, habitats de espécies protegidas (fauna e flora) e sítios de valor do ponto de vista da ciência, da conservação e da beleza natural (parques e reservas naturais, zoológicos, aquários, jardins botânicos) integram o património natural. Os museus são definidos como instituições não lucrativas ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, abertos ao público, dedicados à aquisição, conservação, pesquisa, comunicação e exposição de património tangível e intangível com objetivos de educação, estudo e divertimento. Estão também incluídos os museus vivos (objetos utilizados pelas comunidades em rituais ou cerimónias sagradas) e museus virtuais.
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B. Performance e celebrações. Contemplam todas as expressões culturais vivas, nomeadamente as artes performativas profissionais e amadoras (teatro, dança, ópera e marionetas) e eventos culturais como festivais, festas e feiras populares). A música inclui formatos gravados, composições e registos musicais, downloads e uploads musicais, assim como instrumentos.
C. Visual arts and crafts. Formatos artísticos centrados na criação tais como pintura, desenho e escultura, artesanato e fotografia ou ainda galerias de arte. O artesanato, por seu turno, contempla os produtos artesanais produzidos por artesãos, cujas características distintivas se devem às suas caraterísticas utilitárias, estéticas, artísticas, criativas, culturais, decorativas, funcionais, tradicionais, com significado religioso, social e simbólico.
D. Books and press. Inclui as em vários formatos (livros, jornais, periódicos, bibliotecas, feiras de livro).
E. Audio-visual and interactive media. Rádio, televisão, internet, filme e vídeo, media interativos estão incluídos neste domínio.
F. Design and creative services. Este domínio cobre atividades, bens e serviços que resultam do desenvolvimento criativo, artístico e estético de objetos, edifícios e paisagens, pelo que contempla a moda, design gráfico e de interiores, paisagens de design, e serviços de arquitetura e publicidade.
Neste modelo o Património Cultural Intangível é transversal a todos os domínios culturais em análise e consiste nas “práticas, representações, expressões, conhecimentos, habilidades - bem como os instrumentos, objetos, artefactos e espaços culturais que lhe estão associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como sua quota do património cultural. (…) É transmitido de geração em geração e é constantemente recriado pelas comunidades e grupos” em
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função de circunstâncias relacionadas com a forma como o interagem com o ambiente, a natureza e a história proporcionando sentimentos de identificação e continuidade, de acordo com a Convenção da UNESCO para a
Salvaguarda do Património Cultural Intangível (Art. 2, UNESCO, 2003). Neste domínio transversal incluem-se as tradições e expressões orais, artes performativas, práticas sociais, rituais e eventos festivos, práticas relacionadas com a natureza e o universo, ofícios tradicionais.
Outro domínio transversal a considerar no âmbito deste modelo proposto pela UNESCO denomina-se por Arquivo e Preservação atividades relacionadas com a recolha e coleção de formas culturais com o propósito de as preservar, expor e reutilizar podendo as mesmas ter lugar em qualquer dos domínios culturais considerados.
A Educação e a Formação enquanto domínio cultural transversal centra-se nas atividades de transmissão de valores e de aptidões culturais.
Equipamentos e Materiais de Apoio designam um domínio transversal que inclui indústrias e serviços de suporte que facilitam a criação, produção e disseminação de produtos e serviços culturais (computadores, internet, …).
No que diz respeito aos domínios relacionados (related domains) com os domínios culturais contemplam atividades que não sendo culturais integram elementos culturais: Turismo e Desporto e Recreio.
Desporto e Recreio uma vez que a generalidade das atividades desportivas estão intimamente relacionadas com identidade cultural dos povos e as segundas (atividades desenvolvidas por prazer ou relaxamento por motivações relacionadas com diversão ou distração (jogo, parques temáticos, entre outras).
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O Turismo é considerada uma atividade transversal relacionada com todos os domínios que integram o setor cultural na medida em que qualquer deles pode contemplar atividades desenvolvidas regularmente por turistas. Neste
âmbito, o turismo é entendido como Turismo Cultural, turismo espiritual ou turismo ecológico e estão relacionados sobretudo com os domínios A, B, C ou património cultural intangível.
A forma como os diversos domínios e atividades culturais são apresentados, o detalhe e as definições apresentadas, a transversalidade e as potencialidades subjacentes a uma tipologia de recursos culturais que se pretende exaustiva, pragmática e versátil são razões para adotar este modelo proposto pela UNESCO como guião do trabalho de campo a desenvolver no âmbito deste projeto cujo propósito é desenvolver produtos turísticos de base cultural.
O processo evolutivo que transforma um recurso cultural em produto turístico de base cultural foi acompanhado de uma evolução nas abordagens de planeamento traduzidas nas cartas e convenções internacionais, primeiramente atentas especificamente a património construído e, mais recentemente, a património intangível.
De uma abordagem orientada exclusivamente para a preservação onde o foco é o monumento, passou-se, nos anos 60 do século XX, para uma abordagem alargada aos conjuntos e sítios. Neste cenário, ultrapassaram-se, pela primeira vez, os muros exteriores do monumento, olha para o seu contexto e os instrumentos de planeamento e gestão neste domínio passam a incorporar planos integrados de regeneração e reabilitação urbanas.
Tal como discutido antes, atividades, produtos e serviços culturais incluem valores artísticos, estéticos, simbólicos e espirituais (UNESCO, 2009)
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detentores de um sistema de valorização especial decorrente do atributo originalidade e do fato de ser uma obra irreproduzível. Para Klamer (2001) estes produtos podem simbolizar algo especial e único (nação, comunidade, religião, etc.) e ter significados muito para além da sua utilidade (atributos artísticos, sagrados, sociais, etc.), condição para adquiram “valores culturais”
(Klamer, 2001) e façam parte o sistema de valores e crenças subjacentes de uma determinada cultura (Craig, 2013). Como estes são característicos de uma região podem, desta forma, atribuir vantagens competitivas a um destino (Pugh & Wood, 2004; in Lee, Kim, Seock & Cho, 2009).
Nesta perspetiva, o mercado de produtos culturais não é facilmente definido. Klamer (2001) acrescenta que este aspeto provém sobretudo da dificuldade em definir a sua propriedade. Ainda assim, os produtos culturais de uma região, apesar de por vezes sofrerem influências várias, espelham a sua matriz cultural dominante (Craig, 2013). O mesmo autor considera que a constante mudança cultural de uma região que em si a carateriza tem um profundo impacto na criação de produtos culturais sendo que, a invulgaridade destes bens geralmente persiste à sua comodificação uma vez que são desenvolvidos numa atmosfera cujos valores prevalecem face às regras e disciplinas de mercados e governos (Klamer, 2001).
Deste modo, não é surpreendente que os produtos culturais consumidos e adquiridos durante uma viagem estejam entre os mais valorizados
(Wallendorf & Arnould, 1988; in Lee et al., 2009) e que as pessoas se disponibilizem para pagar por produtos culturais pelo prazer que estes lhe concedem (Klamer, 2001).
Os recursos são definidos segundo a procura e não podem existir independentemente do seu uso eventual. O mesmo recurso pode dar origem
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a diferentes produtos, em resposta a diferentes necessidades (Ashworth &
Voogd, 1994: 67). Os atributos constituem a matéria-prima para o desenvolvimento de produtos turísticos e, em última instância, contribui para a formação da imagem dos destinos turísticos.
A terciarização das economias e a globalização geraram uma consciência, que se generalizou, para a necessidade de apostar em políticas de ordenamento do território, planeamento e estratégias de marketing e de divulgação da imagem dos lugares assentes em aspetos verdadeiramente diferenciadores e únicos. Para tal, e quando o alvo se situa concretamente no âmbito do turismo, é necessário, numa primeira fase, desenhar um conjunto diversificado de produtos turísticos direcionados para os diferentes segmentos de públicos que se pretende atrair e fidelizar.
Um recurso cultural, uma vez reconhecido pelo mercado, é potencialmente um produto turístico e resulta de um conjunto de recursos selecionados através de processos de interpretação. Os lugares são produtos peculiares, podendo ser definidos a partir de dois pontos de vista: em termos dos serviços que incorporam e enquanto entidade. O destino turístico é simultaneamente um palco onde se alojam produtos e serviços e um produto em si (Ashworth & Voogd, 1994). Cada produto é o resultado de quem o concebeu, dos critérios de seleção utilizados e do mercado que o vai consumir.
A tendência mais recente aponta claramente para uma orientação de mercado centrada nos testemunhos do passado e nas indústrias culturais e criativas enquanto produtos, selecionados de acordo com o potencial consumidor e geridos no quadro de uma abordagem de marketing de lugares.
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Ao contrário do que sucede no marketing tradicional, de bens ou serviços, no quadro de uma abordagem de marketing de lugares, o produto é um dado adquirido. O desafio consiste em identificar os segmentos de mercado adequados para o usufruir e valorizar. Os lugares podem dar forma a vários produtos e ofertas (atividades, serviços, atributos) dirigidos a diferentes grupos de consumidores, cada um em busca de diferentes benefícios.
Contudo, sendo o destino simultaneamente uma entidade e um lugar, o mesmo pode ser desdobrado em diferentes produtos específicos, geridos de acordo com os benefícios que o consumidor procura. O lugar é, portanto, multifuncional e, por isso, compósito.
Para além de ser algo que se deseja preservar para transmitir às gerações futuras, a cultura, enquanto produto, é algo que se deseja apreciar e experimentar, o que dá origem ao desenvolvimento de um conjunto diversificado de serviços concebidos para satisfazer aquelas necessidades.
Os turistas valorizam diferentemente os recursos históricos, dedicando especial apreço aos aspetos que mais se relacionam com as suas experiências pessoais. Eles têm menor domínio sobre as acessibilidades e redes de transportes nos locais de acolhimento, pelo que a compreensão dos percursos tradicionais do visitante faculta um leque de informação suscetível de suportar a tomada de decisão no sentido de exercer alguma influência sobre aqueles percursos (colocação de sinalética, roteiros, ...). “A relação entre serviços turísticos, comportamento turístico e imagens turísticas é particularmente importante para definir o desenho de produtos turísticos” e nomeadamente percursos e rotas temáticas (Ashworth &
Tunbridge, 2000).
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O comportamento espacial dos visitantes é influenciado não apenas pelos seus conhecimentos pessoais, preferências e experiência de vida, mas também pelas acessibilidades. A definição espacial do destino turístico é delimitada em termos da localização das atrações turísticas desenhadas a partir dos recursos existentes no lugar (Ashworth & Tunbridge, 2000).
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3. O Turismo no Algarve: Perspetivas
3.1. Enfoque no Turismo Cultural
Após o enquadramento teórico, procede-se a uma breve análise do turismo e do turismo de base cultural em Portugal e no Algarve. Numa primeira fase reflete-se sobre a importância do turismo a nível nacional e regional. Posteriormente, apresentam-se as linhas centrais de orientação do
Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), nomeadamente aqueles que se relacionam com domínios culturais. Seguidamente, são estudados os consumos culturais no Algarve e ainda são apresentados alguns casos de rotas, itinerários e percursos considerados relevantes no âmbito deste estudo.
O turismo é um dos sectores mais importantes, em Portugal, representando, em 2012, 15,4% do PIB e 17,9% do Emprego (Economia das
Viagens & Turismo) (WTTC, 2013). Para o Algarve esses valores são significativamente mais expressivos, revelando a grande dependência face ao setor (WTTC, 2003).
Em 2012, as dormidas globais11 no Algarve corresponderam a cerca de
36,1% do mercado nacional (14.327 dormidas) (Turismo de Portugal, 2013), provindo maioritariamente de turistas não residentes em Portugal
(respetivamente 75,4% e 24,6% - 10.808 e 3.519 dormidas).
Neste contexto, a necessidade de alinhar uma estratégia de desenvolvimento e posicionamento do turismo resulta no Plano Estratégico
Nacional do Turismo (PENT, 2006-2015) assente numa diretriz de consolidação e desenvolvimento de 10 produtos turísticos estratégicos com
11 Dormidas em estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos, apartamentos turísticos, e “outros alojamentos”.
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base nos recursos disponíveis no país condições climatéricas, recursos naturais e culturais. São eles: Sol e Mar; Touring Cultural e Paisagístico; City
Break; Turismo de Negócios; Turismo de Natureza; Golfe; Turismo Náutico
(inclui os Cruzeiros); Resorts Integrados e Turismo Residencial; Saúde e Bem estar; e Gastronomia e Vinhos (Turismo de Portugal, 2007).
Contudo, as novas tendências do mercado, a crise financeira (2008), entre outros aspetos, conduzem a uma primeira revisão do PENT em 201112 e a uma segunda em 2013.
O PENT 2013 vem reforçar a importância da diversidade do destino
Portugal assente nos seguintes elementos: Clima e luz; História, cultura, tradição e mar; Hospitalidade; Diversidade concentrada; Segurança; e
Paisagem e património natural. Contudo, cabe referir que todos os produtos definidos até então se mantêm ativos, pela importância da estabilidade da oferta na perceção de um destino no mercado externo.
A nível nacional, o PENT na sua revisão de 2013 destaca o papel dos circuitos religiosos e culturais como estratégicos realçando os recursos naturais, paisagísticos e culturais como elementos que permitem enriquecer a oferta e a promoção das respetivas atividades. Por conseguinte, estes circuitos aparecem subdivididos como gerais e temáticos, e o Turismo
Religioso destacado autonomamente.
Esta individualização do turismo religioso vem no sentido de valorizar as visitas ao património cultural deste segmento, as peregrinações existentes, o
Caminho Português Central de Santiago e as judiarias.
12 O PENT 2011 focalizou-se num modelo de crescimento sustentável, e na diferenciação do país através de “experiências marcantes e genuínas” baseadas em recursos existentes explorados por centros de interpretação, exposições e roteiros patrimoniais, culturais ou naturais a disponibilizar em diversas línguas e para vários mercados.
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Nos restantes circuitos, o PENT 2013 refere que estão integrados vários nichos de mercado cujo desenvolvimento varia consoante os recursos de cada região (património classificado pela UNESCO, património artístico, militar, científico, industrial, etc.). A última indicação do PENT para este segmento é o desenvolvimento de itinerários que agreguem este património e incentivem a criação de experiências de turismo rural que transformem e diversifiquem a oferta (Turismo de Portugal, 2013b).
Quanto à estratégia delineada para o Algarve, o PENT indica claramente que para além do tradicional “sol e mar”, e “golfe” este destino deve complementar a sua gama de produtos com outras alternativas que atenuem a sazonalidade. No âmbito deste trabalho destacamos os seguintes produtos complementares: circuitos turísticos religiosos e culturais, e gastronomia e vinhos.
No contexto do posicionamento de regiões nacionais no mercado interno, o Algarve caracteriza-se por ter várias identidades o que se traduz em
“subregiões” com atributos distintos. Neste contexto, a “oferta multifacetada” foi considerada uma oportunidade para o desenvolvimento de diversos “produtos-região” e, desta forma, capaz de satisfazer necessidades de vários segmentos/nichos (Brandia Central, 2009), com a possibilidade de o Destino Algarve poder ser palco de novas experiências dentro e fora dos meses de época alta.
3.2. O Consumo Cultural dos Turistas no Algarve
De acordo com dados do Eurobarometro (Eurostat, 2011: 163), a cultura representa a segunda principal motivação para os europeus quando decidem escolher um destino de férias. Além disso, está também definido que se o
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turista europeu sentir necessidade de reduzir os seus gastos durante as férias a opção recai em primeiro lugar em restaurantes e shoppings mas raramente em cultural e entretenimento.
No Algarve, foi elaborado um estudo que investigou o consumo cultural de turistas estrangeiros que visitaram a região no mês de Agosto de 2007
(Silva et al., 2007).
Uma das suas principais conclusões evidencia que 64% dos turistas consideram que a oferta cultural da região foi importante no momento de passar férias na região. No entanto, para 48% a experiência turística vivida neste destino teve apenas um contributo mediano para o seu enriquecimento cultural.
A percentagem de inquiridos que afirmou que a cultura contribuiu muito foi igual àquela que afirmou que a experiência turística no Algarve contribuiu muito pouco (22%) para o seu enriquecimento cultural. O mesmo se verificou em relação aos níveis extremos da escala de avaliação
(contribuiu extremamente ou contribuiu nada) – 4%.
De uma forma geral, registou-se que a maioria dos indivíduos compreendidos nas faixas etárias dos 15 aos 29 anos não considerou que a cultura constituía um fator importante na decisão de visitar o Algarve por oposição aos indivíduos com 45 ou mais anos que afirmaram que a cultura teve um peso significativo (37,9% importante ou muito importante).
Relativamente ao consumo de produtos de natureza cultural por parte dos turistas inquiridos no âmbito deste estudo, verificou-se que 69% frequentaram os mercados públicos, 58% visitaram parques temáticos e 56% igrejas e castelos. Por sua vez, os cinemas (34%), as bibliotecas (34%) e os
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casinos (35%) foram os produtos menos consumidos pelos turistas (Figura
3.1).
Figura 3.1 – O consumo de atrações culturais dos turistas - Algarve
Fonte: Silva et al. (2007)
Ao nível dos eventos culturais verificou-se que a maioria dos respondentes, durante a sua estada no Algarve, frequentaram sobretudo festas tradicionais (57%), atividades desportivas (45,6%), espetáculos de música moderna e dança (45% respetivamente para ambos os atributos). Por sua vez, as touradas (32%) e as festas religiosas (31%) foram os eventos menos frequentados (Figura 3.2).
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Figura 3.2 – Consumo de eventos culturais dos turistas - Algarve
Fonte: Silva et al. (2007)
A heterogeneidade dos públicos em função dos graus de ensino foi elevada em praticamente todas as atrações culturais. Salientou-se, porém, com especial relevância uma frequência acentuada nos Parques Temáticos por parte dos respondentes com o nível de ensino primário.
Uma análise às nacionalidades dos turistas que consumiram atrações e eventos culturais revelou que os turistas italianos foram os que mais frequentaram Museus, Igrejas e Centros Históricos (76,9%, 84,6% e 92,3% respetivamente). Por sua vez, os ingleses estiveram entre os que menos frequentaram estes espaços culturais. Os turistas de nacionalidade alemã visitaram sobretudo castelos e os belgas as ruínas romanas (77,8% e 68,4% respetivamente).
Por outro lado, foi possível identificar que os turistas que mais frequentaram espetáculos de dança e touradas tinham graus de ensino mais
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baixos, e que as atividades desportivas eram os eventos que os jovens frequentaram preferencialmente.
Quanto à importância das “fontes de informação” através das quais os inquiridos tiveram conhecimento de iniciativas ou de atrações/eventos culturais disponíveis no Algarve durante a sua permanência, identificou-se que a internet foi considerada como uma fonte de informação importante
(51%) ou muito importante (22%), bem como a recomendação de familiares/amigos (49% e 22% respetivamente).
Os panfletos e cartazes (66%) e as brochuras do hotel (60%) revelaram-se também fontes de informação importantes ou muito importantes (15% em ambos os casos). A análise que decorreu do cruzamento entre o grau de importância das fontes culturais e as características socio-demográficas dos respondentes mostrou que as fontes materiais de informação, como os jornais e revistas, a agenda cultural e os postos de turismo foram fontes de informação identificadas como importantes ou muito importantes para os indivíduos com mais de 45 anos. A internet e a recomendação de familiares e amigos foram fontes de informação importantes ou muito importantes para o conhecimento da oferta cultural da região por parte dos turistas com idades compreendidas entre os 15 e os 29 anos.
No que respeita ao género verificou-se que, à exceção das brochuras de hotel, às quais homens e mulheres atribuem o mesmo grau de importância
(43%), as restantes fontes de informação em análise foram consideradas mais importantes pelos turistas do sexo feminino do que pelos turistas do sexo masculino (57% e 42%, respetivamente).
Os inquiridos revelaram ainda os roteiros turísticos como uma fonte importante no conhecimento de iniciativas culturais no Algarve. Uma análise
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estatística mais detalhada evidenciou ainda que os panfletos/cartazes constituíram-se como os meios mais eficazes para a divulgação das galerias de arte, dos parques temáticos, dos centros históricos e dos cinemas. As agendas culturais da região desempenharam um papel importante ou muito importante para os indivíduos que visitaram as igrejas. A internet foi uma fonte de informação importante ou muito importante para os indivíduos que visitaram os casinos, os teatros e os mercados públicos.
Ao nível dos “eventos culturais” verificou-se que a recomendação de familiares/amigos e os panfletos/cartazes como as fontes de informação importantes ou muito importantes para os turistas que frequentaram concertos de música clássica, espetáculos de dança, teatros, feiras, festas gastronómicas e festas históricas. Os panfletos/cartazes e os outdoors foram as fontes de eleição dos turistas que frequentaram concertos de música moderna e festas religiosas durante a sua estada no Algarve. A agenda cultural foi a principal fonte de informação para os turistas que frequentaram as festas tradicionais e festas religiosas.
Quando solicitados a quantificar o seu grau de satisfação relativamente à experiência turística no destino Algarve, tendo por base um conjunto de seis atributos, os inquiridos revelaram uma opinião muito positiva, concentrando-se de forma expressiva nos níveis 4 e 5 da escala (satisfeito e muito satisfeito). A hospitalidade do destino, a preservação do património e a preservação do ambiente foram os atributos em relação aos quais os inquiridos manifestaram os graus de satisfação mais elevados.
Os níveis de maior insatisfação (incidindo nos itens da escala muito insatisfeito e insatisfeito) foram atribuídos à preservação do ambiente, ao planeamento do território e à comunicação dos eventos culturais da região.
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A maioria dos inquiridos (74,9%) revelou a intenção de repetir a experiência e de recomendar o destino Algarve a familiares/amigos (85,57%).
Também Mendes e Guerreiro (2010)13 revelam que, de um modo geral, a experiência de viagem ao Algarve é recordada pelos turistas inquiridos como tranquila, calma ou mesmo fantástica
Cada viagem fica retratada num álbum vivo de memórias e recordações, sentimentos e emoções que o turista associa a lugares, paisagens ou acontecimentos. As melhores memórias de uma experiência turística no
Algarve incluem o sabor da gastronomia, os momentos de convívio em família e amigos, os sentimentos de relaxamento e de alegria, a simpatia dos residentes, o clima, as praias e a paisagem (Mendes & Guerreiro, 2010).
Adicionalmente um estudo de Valle, Mendes e Guerreiro (2013) permitiu concluir que, no Algarve, a maioria dos turistas (77% da amostra) que visitaram a região no ano anterior, 87% procuravam ter outras experiências para além da praia. As paisagens naturais e rurais, a gastronomia, a visita a cidades e monumentos (respetivamente 78%, 57% e 60%) foram mencionadas como as principais atrações turísticas da região.
3.3. Rotas, Itinerários e Percursos
3.3.1. Rotas Culturais Europeias: temáticas
Numa europa de regiões, as rotas culturais tendem a abarcar um conjunto vasto de temáticas transversais a várias regiões de diferentes países. Temos:
13 Estudo desenvolvido durante o inverno de 2010 junto de uma amostra de 384 turistas que se encontravam de visita à região do Algarve.
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Tabela 3.1 – Rotas Culturais Europeias – temáticas
Temáticas
Termas Os cemitérios Arte rupestre
Transromânica Via Carolíngia Don Quixote
Habitat rural Caminhos de Peregrinação Cidades das grandes (Santiago de Compostela) descobertas
O Barroco A influência Monástica Os celtas
Mozart Itinerários Schickhardt Vikings e normandos
Rotas Hanseáticas Parques e jardins A seda
Artes vivas Identidade europeia Rota dos fenícios
Os ciganos O Humanismo Arquiteturas militares fortificadas
Herança Al-Andaluz Luzes do Norte Ritos e festas populares
O livro escrito A língua castelhana Património judeu europeu
Património das migrações Património Industrial Rotas da Oliveira
São Martinho Rotas de Cister A Via regia
Novas proposições Vinha O têxtil
Fonte: EU (2013)
3.3.2. Rotas, Itinerários e Percursos no Algarve
A consideração de rotas, itinerários e percursos do Algarve contribui para um melhor conhecimento dos elementos culturais valorizados na região e para a região. São aqui apresentadas tendo em conta uma seleção de acordo com um conjunto de critérios, nomeadamente o de constarem nos sites da
DGPC, do Turismo de Portugal (em ambos os casos apenas as associadas ao
Algarve) e RTA bem como as delimitadas ou divulgadas nos sites de associações de base territorial, tais como a Almargem (Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve), In Loco (Associação In loco -
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Intervenção Formação e Estudos para o desenvolvimento local), Odiana
(Associação para o Desenvolvimento do Baixo Guadiana), Vicentina
(Associação para o Desenvolvimento do Sudoeste). Adicionalmente consideram-se as rotas Descobriter e Al-Mutamid integradas na candidatura
POCTEP (Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal).
3.3.2.1. Direção Geral do Património Cultural (DGPC)
A DGPC (2014) no seu site, no contexto do “Património”, “Itinerários e
Inventários temáticos” apresenta os “Itinerários Arqueológicos do Alentejo e
Algarve”, os quais “surgiram com a necessidade de estabelecer condições para a salvaguarda e dinamização turístico/cultural dos sítios arqueológicos, através da sua investigação, preservação, valorização e divulgação, e criar infraestruturas de acolhimento do público e de interpretação dos sítios selecionados”.
Constitui-se por 11 itinerários, entre os quais 3 no Algarve, nomeadamente Ruínas de Milreu (Estói), Villa Romana de Cerro da Vila
(Loulé) e Monumentos Megalíticos de Alcalar (Portimão).
3.3.2.2. Turismo de Portugal e Região de Turismo do Algarve
Turismo de Portugal (2012), na publicação intitulada “Itinerários de
Portugal” avança com 4 itinerários para o Algarve (Anexo I.1).
A RTA (2007) disponibiliza um “Guia do Património Cultural do Algarve”, o qual apresenta edificado classificado como Monumento Nacional, Imóvel de interesse Publico, Imóvel de Valor Concelhio e outros bem como museus e núcleos museológicos.
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Disponibiliza igualmente um livro intitulado “Rotas e Caminhos do
Algarve” (RTA, 2007), o qual inclui 12 rotas, distribuídas por rotas do barlavento, rotas do centro e rotas do sotavento (Anexo I.2).
3.3.2.3. Associações do Algarve de Base Territorial
Almargem
A Almargem14, no âmbito das atividades de “Ecoturismo e Montanhismo” apresenta “A Via Algarviana”15, itinerário pedestre com uma extensão de 300 km que percorre o interior do Algarve, entre Alcoutim e o Cabo de S.
Vicente, passando por diversos locais como Vaqueiros, Salir, Silves,
Monchique e Bensafrim, atravessando um total de nove concelhos, e 21 freguesias16 .
Pretende-se que Via Algarviana se constitua como uma Grande Rota
(GR13), e simultaneamente, que venha a fazer parte das Rotas
Transeuropeias, ligando-se, em Tarifa (Espanha), ao E4 (a rota das grande montanhas que se inicia na costa do Peloponeso, na Grécia) e ao E9 (que liga
São Petersburgo, na Rússia).
A Almargem foi também responsável pela implementação operacional da
Rota Vicentina no Algarve em 2012/2013, sendo igualmente a entidade
14 Associação sem fins lucrativos, fundada na cidade de Loulé em Junho de 1988 e registada oficialmente na cidade de Silves em Julho do mesmo ano. Tem como objetivos principais: o estudo e divulgação dos valores mais significativos do património natural, histórico e cultural do Algarve (in Almargem, Almargem Via Algarviana, http://www.almargem.org/index.php?option=com_content&view=article&id=14&Itemid=15=. 15 O principal objetivo deste projeto é promover o desenvolvimento sustentado das regiões serranas do Algarve, através da valorização do seu património cultural e ambiental, e da consolidação de pequenas iniciativas económicas locais, assumindo-se no futuro como a espinha-dorsal de uma rede algarvia de caminhos rurais, integrando e interligando percursos já existentes (por exemplo em Cachopo, Barranco do Velho, S. Bartolomeu de Messines ou Monchique), potenciando assim a criação de projetos semelhantes noutros locais. 16 In http://www.rotavicentina.com/about-the-project/parceiros/#sthash.Q0dEvHui.dpuf.
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responsável pela implementação e gestão do projeto17. A Rota Vicentina constitui-se pelo Trilho dos Pescadores e pelo Caminho Histórico, associando-se a vilas e aldeias num itinerário rural com vários séculos de história. “Constituído maioritariamente por caminhos rurais, trata-se de uma clássica Grande Rota (GR), totalmente percorrível a pé e de BTT, com troços de montado, serra, vales, rios e ribeiras, numa viagem pelo tempo, pela cultura local e pelos trilhos da natureza (230 km)” (Anexo I.3).
In Loco
A Associação In Loco apresenta “10 Rotas – Percursos pedestres (em torno dos Centros de Descoberta de Mealha, Feiteira e Casas Baixas, Serra do
Caldeirão Cachopo – Tavira)” (Anexo I.4).
Como a Associação In Loco (2014) salienta, no que se refere aos
“Percursos Pedestres”, estes estão associados ao “território envolvente dos
Centros de Descoberta do Mundo Rural de Casas Baixas, Feiteira e Mealha” e
“falam da relação entre as sucessivas comunidades e o meio rural18” (Anexo
I.5).
Odiana
Odiana (2014)19, no contexto de rotas e circuitos turísticos destaca o
Projeto Guaditer20, que “tem por finalidade difundir uma estratégia turística
17 A associação Casas Brancas é a entidade coordenadora do projeto, em parceria com a associação Almargem, os municípios e juntas de freguesia, entidades locais e regionais, empresas e indivíduos. In: http://www.rotavicentina.com/about-the-project/parceiros/#sthash.Q0dEvHui.dpuf. 18 A cada passo são-nos revelados pormenores construídos, tecnologias agrícolas artesanais, paisagens e histórias por entre montes e vales”. Os “Centros de Descoberta do Mundo Rural de Casas Baixas, Feiteira e Mealha”, situados na freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, em plena serra do Caldeirão, são geridos (desde 1999) através de um protocolo de cooperação entre a Câmara, a Associação In Loco e o Eco Museu Rural da Serra do Caldeirão. 19 In http://www.odiana.pt/rotas_circuitos/ 20 Neste projeto destaca-se também a ADPM (Associação de Defesa do Património de Mértola), a qual está a criar uma rede de itinerários turísticos para a “descoberta” do património cultural e natural do Baixo Guadiana.
83
conjunta para promover uma oferta estruturada a nível patrimonial, cultural e natural dos territórios que fazem parte do Baixo Guadiana (Algarve, Baixo
Alentejo e Andaluzia)” (Junta de Andalucia, Consejeria de Turismo Y
Comercio, Roteiros do Baixo Guadiana). No documento intitulado “O
Território, as suas paisagens, as suas gentes, os seus costumes” avança com
“Uma Viagem pela História”, onde desde “Os primeiros povoadores”, passando pelos “Tartésios”, “Magnificência da época romana”,
“Descobrimento da América”, “Ordens Militares e Senhorios”, “Século XIX: A
Mineração”, “Território atual”, “A fachada litoral (portos e praias da fachada litoral)”, “Marismas e paisagens das salinas”, “Paisagens do montado”,
“Estepes douradas”, “Rio dos patos”, “Serras de coração metálico”, “Terras de castelos e fortalezas”, “Urbes com história”, “Gastronomia - uma arte”,
“Fandango e o cante alentejano”, “Patrimónios imateriais, festas e celebrações populares”, “Destino golfe” (Anexo I.6).
Também se pode verificar, no site da associação em referência, no contexto de “rotas e circuitos turísticos” os “percurso amarelo” (Santa Rita –
Martinlongo: viagem ao centro da serra), “percurso azul” (Castro Marim –
Alcoutim: um olhar sobre o Guadiana) e também o percurso azul do mar, percurso vermelho, percurso laranja, percurso roxo, percursos verdes em estrada asfaltada, percursos verdes em caminho de terra batida.
Simultaneamente no Canal do Baixo Guadiana – portal Lifecooler 21
(percurso pedestre em VRSA, casa do Ferreiro (Alcoutim), a história, a cultura e as gentes (núcleos museológicos do Baixo Guadiana, onde se mostram vivências rurais, barcos tradicionais do Baixo Guadiana, património de
Cacela, artes e tradições como o ciclo do pão e do queijo, tecelagem, adega,
21 In www.odiana,pt e www.lifecooler.com
84
construções tradicionais), descobrir Castro Marim, Uma questão de fé,
Castelos que vigiam o rio e o mar, Alcoutim e arredores, entre outros22.
Vicentina
A associação Vicentina apresenta o “Guia do Sudoeste” onde evidencia as principais características do território, a nível do Património Natural e do
Património Cultural. Inclui informações dos Produtos e Atividades
Tradicionais e das principais atividades de animação ambiental e cultural e serviços úteis disponíveis na área protegida. Neste sentido é feita uma caracterização do território a nível histórico, a nível do Património Ambiental
(parque, avifauna, fauna, flora, paisagens); Produtos e Atividades
Tradicionais (pesca, apicultura, aguardente, enchidos e fumados, doçaria, lãs e bordados, madeira e vimes, olaria e endereços); Animação Ambiental e
Cultural (atividades marítimas e fluviais, atividades terrestres e ao ar livre e atividades culturais e recreativas); Serviços úteis (postos de abastecimento, posto de turismo, bancos, correios, farmácias, centros de saúde, GNR, câmaras, bombeiros).
3.3.2.4. Descubriter – Rota Europeia dos Descobrimentos e Rota de Al-Mutamid
Destaca-se a “Descubriter – Rota Europeia dos Descobrimentos” enquanto projeto transfronteiriço de Turismo Cultural envolvendo as regiões do
Algarve e da Andaluzia (Espanha) incluída no Programa de Cooperação
Transfronteiriça Espanha-Portugal. A rota visa “valorizar e promover
22 Vide financiamentos no âmbito do projeto UADIturs com cofinanciamento do POCTEP/FEDER 2007-2013 (Odiana, 2014). In http: www.odiana pt.
85
conjuntamente a cultura, a história e o património da navegação, os descobridores e a tradição marítima da Andaluzia e do Algarve”23. A
Descubriter pretende representar de uma forma global todos os territórios participantes, os territórios dos descobrimentos e seu património ligado à navegação. Na região do Algarve temos Vila do Bispo – com a Ermida da
Nossa Senhora de Guadalupe, Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, Igreja
Matriz de Nossa Senhora da Conceição, e Sagres – incluindo Fortaleza de
Sagres, Farol de S. Vicente e Forte do Beliche.
Distingue-se igualmente a “Rota de Al-Mutamid”, uma nova rota turístico- cultural relacionada com a história do Andalus, mais concretamente tendo como fio condutor a memória histórica do Rei AlMutamid e abarcando o território transfronteiriço da Andaluzia e do Algarve, esteve na base da candidatura POCTEP (Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-
Portugal) do Projeto Al-Mutamid – O Turismo Cultural como Instrumento de
Desenvolvimento Integrado dos Recursos e do Património Histórico-Cultural entre a Fronteira da Andaluzia e do Algarve. No Algarve, foram selecionadas as torres da Alcaidaria do Castelo de Loulé, um dos monumentos mais interessantes do percurso.
3.3.3. Temáticas das Rotas
As rotas atrás apresentadas deixam patente a referência a um conjunto de elementos, onde se distinguem além de “Rota” associada ao “Algarve”, o
“Património (Figura 3.3). Podemos igualmente verificar grandes grupos de referências tais como “Monumentos” (onde se distinguem “Fortaleza” e
23 In http://www.descubriter.com
86
igrejas), Cidades, vilas e aldeias (Alcoutim, Tavira, Marim, Cacela, …) e
Museu(s), entre outros.
Figura 3.3 – Nuvem de palavras das rotas apresentadas
Fonte: Elaboração própria com base no Wordle
Nas rotas, itinerários e percursos é percetível não só a importância do património associado à “cultura erudita” (tais como monumentos, sítios históricos, museus) mas também do património quotidiano e vernacular constituído pela arquitetura das casas, seus materiais de construção bem como atividades tradicionais agrárias, de pesca e industriais.
Um aspeto também evidenciado é o estreitar da relação entre cultura e natureza, tornando-se estes dois domínios permeáveis, onde as fronteiras se esbatem.
87
4. Metodologia
4.1. Estratégia Geral de Investigação
A informação produzida no âmbito deste estudo resulta de um trabalho sistemático de recolha e tratamento de informação secundária proveniente de várias fontes que vão desde relatórios e estatísticas oficiais até publicações de caráter científico e académico. Contempla ainda um amplo trabalho de análise de dados no sentido de acompanhar tendências de evolução do Turismo Cultural onde impera a preocupação em enquadrar teoricamente a problemática e analisar as diferentes abordagens e relações entre cultura e turismo.
Para além do trabalho de desk research desenvolvem-se vários estudos com o objetivo de recolher dados primários junto dos principais atores, nomeadamente municípios, empresas do setor cultural e criativo, associações culturais e especialistas em certos domínios culturais.
A delimitação das temáticas para desenvolvimento de produtos turísticos de base cultural resulta então da interação entre conceitos fundamentais
(nomeadamente experiência turística e transformações, turismo e cultura) os quais interagem num cenário marcado pelo continuum entre recursos tangíveis e intangíveis e associados à cultura erudita e popular/vivências quotidianas, bem como e intensificação da relação entre cultura e natureza
(Figura 4.1).
88
Figura 4.1 – Identificação das principais áreas temáticas do estudo
Experiência Transformação
Tangível Temáticas para Intangível Desenvolvimento de Cultura popular Cultura erudita Produtos Turísticos
Turismo Cultura
Recursos Culturais
Fonte: Elaboração própria
Adotando como ponto de partida os objetivos da pesquisa atrás referidos
foi delineada uma estratégia de investigação que, assente num amplo
(embora não exaustivo) enquadramento teórico em torno dos conceitos
fundamentais e numa fotografia da região Algarve no que diz respeito ao
turismo cultural, parte para a definição da metodologia de investigação
empírica com o propósito de inventariar os recursos culturais da região com
base nos quais serão finalmente sugeridas as temáticas e subtemáticas para
produtos turísticos. Deste modo, a Figura 4.2 apresenta esquematicamente
as principais etapas do estudo.
89
Figura 4.2 – Estruturação do estudo
4.2. Modelo Teórico de Apoio à Inventariação dos Recursos Culturais no Algarve
Tendo em consideração as etapas traçadas foi desenvolvido o modelo teórico de apoio à inventariação dos recursos culturais no Algarve, o qual serviu de base ao estudo empírico, tendo como referência a abordagem metodológica sugerida pela UNESCO (2009).
90
Figura 4.3 – Modelo concetual
Paisagens Património Artes Culturais Cultural Performativas
Património Celebrações Belas Artes Natural
Património Intangível
Audiovisuais Design e Publicações e Media Serviços interativos Criativos
Fonte: Elaboração própria
Os domínios abrangidos pelo Património Natural, Património Cultural,
Paisagens Culturais, Artes Performativas, Celebrações e Belas Artes são, de acordo com o pressuposto da UNESCO (2009), aqueles que constituem o cerne com uma influência mais marcante e direta no Turismo Cultural. Por esta razão foi conferido privilégio aos domínios culturais que constituem o primeiro bloco deste esquema no processo de inventariação de recursos culturais no Algarve desenvolvido junto das Câmaras Municipais.
As indústrias criativas, que abrangem os domínios relacionados com
Publicações, Audiovisuais e Média Interativos e Design e Serviços Criativos exercem uma influência mais ténue contribuindo de forma mais indireta para o Turismo Cultural. No entanto, o caso do Algarve mereceu, em relação a estes domínios, um tratamento especial o qual envolveu um estudo
91
essencialmente exploratório assente num inquérito por questionário às
Empresas do SCC. O património intangível, por seu turno, é transversal a todos os domínios culturais e, neste sentido, também pode contribuir para o
Turismo Cultural.
4.3. Métodos de Recolha de Informação
Os métodos de recolha de informação contemplam o desenvolvimento integrado dos seguintes tipos de ações concretas:
1. Inquérito por questionário aos 16 municípios do Algarve (matriz de
inventariação de recursos).
2. Inquérito por questionário a Empresas do Setor Cultural e Criativo
(SCC) e Associações Culturais do Algarve.
3. Entrevistas a especialistas no domínio das indústrias criativas (painel
qualificado).
4.Entrevistas a entidades regionais responsáveis pelo enquadramento
político e pela coordenação de iniciativas culturais da região para
auscultação de opiniões sobre a matéria (Região de Turismo do Algarve
(RTA), Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do
Algarve (CCDR Algarve) e Direção Regional da Cultura do Algarve
(DRCA).
4.3.1. Inquérito por Questionário aos Municípios do Algarve
Trata-se de um inquérito por questionário aplicado aos 16 Municípios do
Algarve desenhado com o propósito de inventariar, na perspetiva das autarquias, os recursos culturais mais significativos do ponto de vista do desenvolvimento do Turismo Cultural no respetivo concelho. Este
92
instrumento (Apêndice I.1) foi dirigido aos presidentes de câmara por correio eletrónico e feito o acompanhamento do seu percurso à medida que tramitava para os técnicos especializados em cada domínio cultural em apreço.
Pretende-se complementar esta inventariação dos recursos com informação específica que permita caraterizar cada recurso identificado em termos da sua classificação, localização, estado de conservação (bom, razoável, mau) abertura ao público, horário e tutela. Concomitantemente, visa-se determinar o potencial de atratividade turística (fraco, moderado ou forte) dos recursos. O instrumento contempla ainda uma secção destinada a recolher sugestões de temáticas de Turismo Cultural no Algarve.
4.3.2. Inquérito por Questionário a Empresas do SCC e Associações Culturais
Um segundo questionário a implementar junto do universo de atores culturais da região visa auscultar as perspetivas de agentes e empresas culturais da região sobre:
• Grau de importância geral do desenvolvimento de produtos turísticos de base cultural no Algarve.
• Grau de importância de cada um dos domínios do modelo para o desenvolvimento do Turismo Cultural no Algarve.
• Grau de importância das ações que possam contribuir para a valorização dos recursos culturais da região (Apêndice II).
Face aos objetivos delineados para o estudo inclui-se uma secção no instrumento de recolha de dados destinada a recolher o seu contributo com temas em torno dos quais, no seu entender, deverão ser desenvolvidos produtos turísticos diferenciadores e únicos no Algarve. Quanto à forma de
93
preenchimento opta-se pelo procedimento da autoadministração, ou seja, o preenchimento do questionário será efetuado pelos próprios inquiridos.
Para a recolha dos dados foi utilizado um questionário online criado e gerido na DigitQuest24, uma plataforma web de questionários online para investigação.
No respeitante às Empresas do SCC, tratam-se de sociedades classificadas com base no SCIE – Sistema de Contas Integradas das Empresas, para a NUT
II Algarve25. A lista de empresas reporta-se ao ano de 2009 e integra um total de 183 Empresas, distribuídas pelos códigos de CAE, Revisão 3, Divisão
90, 91,92 e 93, designadas respetivamente por:
90 – Atividades de teatro, de música, de dança e outras atividades
artísticas e literárias;
91 – Atividades das bibliotecas, arquivos, museus e outras
atividades culturais;
92 – Lotarias e outros jogos de aposta;
93 – Atividades desportivas, de diversão e recreativas.
No respeitante às Sociedades em referência, as atividades mais representativas são respetivamente: 932 - Atividades de recreação e
24 http://digitquest.com/limesurvey/index.php 25 Este sistema tem como objetivo principal a “caracterização do comportamento económico-financeiro das empresas, através de um conjunto de variáveis com relevância significativa para o sector empresarial e de rácios financeiros, de utilização corrente na análise financeira empresarial. Pretende ainda, com base em indicadores demográficos sobre empresas, caracterizar a dinâmica empresarial, com especial destaque para os nascimentos e mortes de empresas e a variação do número de pessoas ao serviço” (INE, 2011). As variáveis constantes da base são as seguintes: - Nº de pessoa coletiva; -Designação social da sociedade; - Morada da sede da sociedade; - Telefone, fax, email, URL; - Código CAE (Ver.3) até 5 dígitos; - Forma Jurídica; - Escalão do número de pessoas ao serviço; - Escalão de volume de venda e de negócios; - Escalão de capital. As listagens são apuradas com base nas empresas ativas em 2009, cedidas a nosso pedido pelo INE - Departamento de Estatísticas Económicas Serviço de Estatísticas das Empresas, em 27 de Março de 2012. Em Janeiro de 2014 foi feita uma nova diligência de solicitação de informação ao INE, com o intento de atualização da base referida. No entanto, o INE no seguimento do pedido efetuado informou que “ suspendeu a disponibilização de listagens de operadores de comércio internacional em 18 de julho e listagens de empresas com base no SCIE a partir de 03 de outubro”. Informou igualmente que “até ao momento não existe nenhuma informação que permita a indicação do término da suspensão”. Assim sendo, a base adotada foi a cedida em 2012 pelo INE.
94
recreativas; 900 - Atividades de teatro, de música, de dança e outras atividades artísticas e literárias; 910 – Atividades das bibliotecas, Arquivos,
Museus e Outras atividades culturais26.
Cabe referir que a base disponibilizada estava com alguns dos contactos de email desatualizados, o que levou à necessidade de telefonar diretamente
às empresas constantes da listagem, no sentido de solicitar o email atual. No contexto destas diligências fomos confrontados com situações de impossibilidade de contacto.
Quanto às Associações Culturais inquiridas, elas constam de uma listagem resultante da conjugação de 2 fontes, nomeadamente Direção Regional da
Cultura do Algarve (DRCA) e RADIX.
Na análise dos dados que resultaram da aplicação do questionário utilizou-se, numa primeira fase, métodos descritivos de análise estatística, tratando-se de uma análise feita questão a questão e oportunamente complementada por cruzamentos de variáveis consideradas pertinentes face aos objetivos do estudo. A análise dos dados foi desenvolvida no software estatístico IBM Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 20.0, IBM
SPSS Text Analytics for Surveys (STAS) e no gerador de nuvens de palavras
Wordle27. Este processo de recolha de dados decorreu entre 31 de Janeiro e
14 Fevereiro de 2014 tendo resultado num taxa de respostas que rondou os
21,6%.
26 De notar que a o código 932 detém a grande maioria do peso relativo com 77,6%. As atividades relativas ao código 900, seguem-no a uma significativa distância com 16,4%.. 27http://www.wordle.net/
95
4.3.3. Inquérito por Entrevista
No contexto do presente estudo, a perspetivação da importância do
Turismo Cultural no Algarve, na atualidade e futuro, justifica a adoção de um método qualitativo assente no inquérito por entrevista (Lakatos & Marconi,
2001: 195). Como assinala Yin (2009: 106), a entrevista é “uma das mais importantes fontes de informação de um estudo de caso”. Pois os
“entrevistados bem informados podem fornecer importantes perceções sobre esses assuntos (…). Os entrevistados também podem fornecer atalhos para a história prévia de tais situações, ajudando a identificar outras fontes relevantes de provas” (Yin, 2009: 108).
Neste contexto, perspetiva-se a delimitação de entrevistas estruturadas
(Lakatos & Marconi, 1996) dirigidas a dois grupos distintos: especialistas do
SCC e aos representantes de três entidades regionais (RTA, CCDR, DRCA) cujo papel, nos domínios do turismo e cultura, é determinante.
A efetivação das entrevistas assenta, numa primeira fase, na delimitação de um guião (Apendice III). Na medida em que são estruturadas, o guião das entrevistas está estabelecido respeitando e mantendo a sequência e o número das questões (Lakatos & Marconi, 1996).
A análise das respostas efetivou-se com recurso a análise de conteúdo que consiste num conjunto de técnicas que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens com a intenção de realizar inferências de conhecimentos relativos aos recursos, ações/iniciativas e desafios relativos ao Turismo Cultural no Algarve.
Sequencialmente foram construídos quadros de análise assentes em categorias e subcategorias que visam permitir quer a leitura horizontal das entrevistas, ou seja, comparativa das mesmas, quer a sua leitura vertical. Os
96
quadros de análise construídos integram categorias de análise de conteúdo que procuraram ser homogéneas, exaustivas, objetivas e adequadas ou pertinentes (Bardin, 2013). Subsequentemente, no sentido de simplificar visualmente a apresentação dos dados e assim facilitar a interpretação dos mesmos utilizando o software wordle28 (Forsey & Low, 2014).
4.3.3.1. Painel Qualificado
Perante um cenário em que a informação respeitante aos recursos culturais que integram as indústrias culturais e criativas assim como o setor cultural no seu todo parecia mais dispersa e menos estruturada optou-se por contemplar um estudo de caráter exploratório com vista a estruturar complementarmente um diagnóstico participativo.
Para o efeito, constitui-se um painel qualificado constituído por 12 entrevistados peritos representativos dos três domínios culturais que integram o bloco inferior do modelo proposto: Publicações, Audiovisuais e
Media Interativos e Design e Serviços Criativos (Apêndice VII). Embora, de acordo com a UNESCO (2009), o seu contributo para o Turismo Cultural seja menos evidente considera-se, no âmbito deste estudo, pertinente auscultar as opiniões de especialistas no sentido de melhor caraterizar este setor com particular potencial para sustentar o desenvolvimento de produtos turísticos de base cultural assentes no conceito de criatividade. No essencial pretende- se recolher o seu contributo para esclarecer, em cada domínio específico, quais os recursos que, no seu entender, terão maior potencial de atratividade turístico no desenho de uma estratégia mais ampla de Turismo
Cultural para o Algarve. Paralelamente, também inclui peritos, em domínios
28 In http://www.wordle.net/.
97
culturais, que pelas suas características particulares não seriam referenciados por parte das eram parte das câmaras, nomeadamente os domínios associados ao património literário, geológico, gastronómico e religioso.
4.3.3.2. Entidades regionais
Com o objetivo de auscultar a posição das entidades regionais responsáveis pela condução das políticas culturais e turísticas na região
(RTA, CCDR e DRCA) perspetiva-se o desenho de um guião de entrevista desenvolvido em torno de quatro grupos de questões essenciais tal como se apresenta no Apêndice III.
Os grupos de questões visam respetivamente:
• Determinar os principais recursos culturais identitários da região algarvia;
• Perspetivar os recursos e produtos que deveriam integrar-se numa estratégia de desenvolvimento do Turismo Cultural, tendo em conta as três sub-regiões do Algarve, bem como um conjunto concreto de domínios culturais (UNESCO, 2009);
• Aferir as atuais ações/iniciativas que contribuem para valorizar o desenvolvimento do Turismo Cultural bem como perspetivar as futuros e os stakeholders que devem ser chamados a participar;
• Identificar os principais desafios do Turismo Cultural no Algarve.
Entre as duas formas de aplicar as entrevistas, pessoalmente (através de entrevistador) ou completado pelo respondente (auto preenchimento) optou-se por esta segunda forma29. A opção pelo envio do guião através de
29 Embora as entrevistas efetuadas por entrevistador tenham a eventual vantagem de obtenção de mais exaustividade, interatividade nas respostas, mais diretas, o escasso tempo disponível para o estudo ditou a opção
98
correio eletrónico dirigido aos endereços eletrónicos dos entrevistados referidos, acompanhado de uma mensagem escrita explicativa do seu contexto, será antecedida por telefonema para dar conta dos objetivos do estudo e solicitar a respetiva colaboração.
Após a determinação dos entrevistados, critérios de sua seleção e tipo de entrevista adotado, as respostas ao guião serão alvo de tratamento, nomeadamente através de uma análise de conteúdo categorial (Bardin,
2013).
selecionada. A possibilidade de interagir telefonicamente com os entrevistados suavizará eventuais desvantagens deste tipo de entrevistas.
99
5. Região Algarve: Inventariação e Valorização de Recursos
5.1. Inventário de Recursos na Ótica dos Municípios
Um dos objetivos centrais deste relatório reside na inventariação e caracterização dos recursos culturais do Algarve. Este processo passou necessariamente pela colaboração com todos os municípios da região – 16 concelhos: Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Loulé, Lagos,
Lagoa, Monchique, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António.
Os recursos culturais identificados nos diversos concelhos do Algarve estão organizados conforme os domínios culturais do modelo apresentado na metodologia: Património Cultural, Paisagens Culturais, Património
Natural; Artes Performativas, Celebrações, e Belas Artes. Havia ainda um campo em cada domínio que permitia a introdução de outros elementos não mencionados. Ao todo foram identificados 1477 recursos culturais no território Algarvio (Tabela 5.1) (Apêndice IV.1-16).
Tabela 5.1 – Distribuição dos Recursos Culturais por concelho
Concelho Nº de recursos
Albufeira 217
Alcoutim 53
Aljezur 76
Castro Marim 41
Faro 127
Lagoa 42
Lagos 28
100
Concelho Nº de recursos
Loulé 243
Monchique 86
Olhão 57
Portimão 116
São Brás de Alportel 78
Silves 82
Tavira 93
Vila do bispo 110
Vila Real de Santo 57 António Subtotal 1506
Recursos duplicados30 29 Total 1477
Fonte: Elaboração Própria
Contemplando a distribuição dos recursos por domínio distinguem-se:
Gráfico 5.1 – Distribuição dos Recursos Culturais por domínio cultural
211 Património Cultural 510 Paisagens Cultural Património Natural 392 Artes Performativas Celebrações Belas Artes 158 33 173
30 Existem recursos que são comuns a várias câmaras e, segundo a UNESCO (2009), estes recursos devem aparecer uma só vez na grelha.
101
No domínio do Património Cultural encontram-se incluídos: Monumentos,
Museus e artefactos, Sítios arqueológicos, Sítios históricos, Edifícios e
Gastronomia. Neste grupo foram identificados os seguintes elementos:
Tabela 5.2 – Distribuição dos Recursos Culturais - Património Cultural
Nº Identificação Municípios
1 Castelo de Paderne Albufeira
2 Torre do Relógio Albufeira
3 Torre da Medronheira Albufeira
4 Ponte do Castelo de Paderne Albufeira
5 Castelo de Alcoutim Alcoutim
6 Castelo de Aljezur (séc. X) Aljezur
7 Fortaleza da Arrifana (séc. XVII) Aljezur
8 Fortaleza da Carrapateira (séc. XVII) Aljezur
9 Castelo de Castro Marim CMarim
10 Forte de São Sebastião CMarim
11 Revelim e Bateria do Registo CMarim
12 Arco da Vila Faro
13 Convento de Nossa Senhora da Assunção Faro
14 Ruínas Romanas de Milreu Faro
15 Palácio Bivar (Faro) Faro
16 Muralha Seiscentista de Faro (troços) Faro
17 Igreja do Carmo Faro
18 Sé Catedral Faro
19 Celeiro de São Francisco Faro
20 Antigo Convento Santo António dos Capuchos Faro
21 Colégio de Santiago Maior (Teatro Lethes) Faro
102
Nº Identificação Municípios
Conjunto da Casa Nobre, Capela e antigas dependências agrícolas 22 Faro da Horta do Ourives
Fortaleza de Faro, incluindo todo o conjunto de elementos ainda 23 Faro existentes das muralhas
24 Igreja da Ordem Terceira de São Francisco Faro
25 Igreja e Hospital da Misericórdia de Faro Faro
26 Igreja Matriz de São Pedro Faro
27 Igreja Nossa Senhora da Conceição Faro
28 Ermida de Santo António do Alto Faro
29 Antigo Cemitério da Colónia Judaica de Faro Faro
30 Ermida de São Sebastião de Faro Faro
31 Palacete Doglioni Faro
32 Palácio Belmarço Faro
33 Palácio Fialho Faro
34 Solar do Capitão-Mor Faro
35 Solar dos Gárfias Faro
36 Prédio situado na Praça Ferreira de Almeida Faro
37 Café Aliança Faro
38 Edifício Setecentista (Cª de Seguros Fidelidade) Faro
39 Casa Crispim Faro
40 Casa das Figuras Faro
41 Quinta Bivar - Portal do Rio Seco Nora e Tanque Faro
42 Casa de Fresco da Antiga Quinta do Cercado Faro
43 Casa do Coronel Fonseca Faro
44 Edifício Quinhentista/ Casa dos Telhados de Tesoura Faro
45 Convento de São José Lagoa
46 Capela de Nossa Senhora da Rocha Lagoa
103
Nº Identificação Municípios
47 Forte de São João do Arade Lagoa
48 Igreja São Tiago de Estômbar Lagoa
49 A Igreja Matriz de Lagoa (ou Igreja de Nossa Senhora da Luz) Lagoa
50 Igreja de Nossa Senhora da Conceição - Ferragudo Lagoa
51 Fortaleza da Nossa Senhora da Encarnação - Carvoeiro Lagoa
52 Igreja de Misericórdia de Lagoa Lagoa
53 Convento de São Francisco ou Convento do Praxel Lagoa
54 Igreja da Nossa Senhora da Encarnação de Porches Lagoa
55 Igreja de Santo António de Lagos Lagos
56 Muralhas e Torreões de Lagos Lagos
57 Capela Mor da igreja da Luz Lagos
58 Castelo da Senhora da Luz Lagos
59 Forte da Ponta da Bandeira Lagos
60 Igreja de São Sebastião de Lagos Lagos
61 Mercado de Escravos Lagos
62 Restos do Castelo de Loulé/Muralhas Loulé
63 Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Alte Loulé
64 Restos da Igreja da Graça Loulé
65 Pórtico e Cruzeiro da Igreja da Misericórdia Loulé
66 Igreja Matriz de São Clemente Loulé
67 Ermida de Nossa Senhora da Conceição Loulé
68 Igreja de São Lourenço Loulé
69 Ruínas Romanas do Cerro da Vila Loulé
70 Igreja Matriz (Monchique) Monchique
71 Convento de Nossa Senhora do Desterro Monchique
72 Pelourinho de Monchique Monchique
73 Capela do Santíssimo Monchique
104
Nº Identificação Municípios
74 Igreja de São Sebastião de Monchique Monchique
75 Igreja da Misericórdia de Monchique Monchique
76 Ermida das Caldas Monchique
77 Ermida do Pé da Cruz Monchique
78 Monumento aos Heróis da Restauração Olhão
79 Patrão Joaquim Lopes Olhão
80 Igreja e Colégio dos Jesuítas Portimão
81 Igreja Matriz de Portimão Portimão
82 Igreja Matriz de Alvor Portimão
83 Igreja da Misericórdia de Alvor Portimão
84 Capela de São José Portimão
85 Morabito de São João Portimão
86 Morabito de São Pedro Portimão
87 Morabito Anexo à Igreja Matriz de Alvor Portimão
88 Fortaleza de Santa Catarina Portimão
89 Igreja Misericórdia Portimão
90 Capela de Nossa Senhora do Amparo Portimão
91 Convento de São Francisco Portimão
92 Antiga Lota Portimão
93 Ponte Rodoviária Portimão
94 Ponte Ferroviária Portimão
95 Igreja Matriz (SBAlportel) SBAlportel
96 Moinho do Bengado SBAlportel
97 Castelo de Silves Silves
98 Sé Catedral Silves
99 Igreja da Misericórdia Silves
100 Cruz de Portugal Silves
105
Nº Identificação Municípios
101 Muralhas da Almedina Silves
102 Poço-Cisterna Almóada Silves
103 Ponte Velha Silves
104 Pelourinho Silves
105 Igreja dos Mártires Silves
106 Castelo de Alcantarilha Silves
107 Igreja Paroquial de Alcantarilha Silves
108 Quinta do Rogel Silves
109 Fortaleza de Armação de Pera Silves
110 Ermida de Nossa Senhora do Pilar Silves
111 Igreja Matriz de Algoz Silves
112 Igreja de São Francisco Silves
113 Igreja Matriz de São Bartolomeu de Messines Silves
114 Arraial Ferreira Neto Tavira
115 Igreja Matriz de Santo Estêvão Tavira
116 Igreja de Santiago Tavira
117 Igreja Matriz de Santa Catarina da Fonte do Bispo Tavira
118 Igreja Matriz de Nossa Senhora da Luz Tavira
119 Igreja do Espírito Santo (ou São José) Tavira
120 Igreja de São Francisco Tavira
121 Igreja de Santo António (Tavira) Tavira
122 Igreja de São Pedro Gonçalves Telmo Tavira
123 Igreja de Santa Maria do Castelo Tavira
124 Igreja de Nossa Senhora da Conceição Tavira
125 Igreja de Nossa Senhora da Ajuda Tavira
126 Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo Tavira
127 Igreja da Misericórdia de Tavira Tavira
106
Nº Identificação Municípios
128 Ermida de São Sebastião Tavira
129 Ermida de São Lázaro, ou de Nossa Senhora do Livramento Tavira
130 Ermida de Santa Ana Tavira
131 Convento de Nossa Senhora da Graça Tavira
132 Capela de Nossa Senhora da Consolação Tavira
133 Casa André Pilarte Tavira
134 Palácio da Galeria Tavira
135 Ponte antiga sobre o rio Gilão Tavira
136 Castelo e Muralhas de Tavira Tavira
137 Forte de São João Tavira
138 Quartel da Atalaia Tavira
139 Antigo convento de Nossa Senhora da Piedade ou das Bernardas Tavira
140 Forte de Santo António do Rato Tavira
141 Torre e Muralha de Sagres VBispo
142 Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe VBispo
143 Fortaleza de Cacela Velha VRSA
144 Igreja de Nossa Senhora Assunção VRSA
145 Igreja Matriz de Nossa Senhora da Encarnação VRSA
146 Hotel Guadiana VRSA
147 Farol de Vila Real de Santo António VRSA
148 Ermida de Santa Rita - Antigo Santuário VRSA
149 Fornos de Cal de Santa Rita VRSA
SÍTIOS ARQUELÓGICOS
150 Santa Eulália Albufeira
151 Ponta da Baleeira Albufeira
152 Praia dos Aveiros Albufeira
153 Torre Velha Albufeira
107
Nº Identificação Municípios
154 Corcovada Albufeira
155 Vale de Santa Maria Albufeira
156 Guia Albufeira
157 Núcleo Arqueológico da Praça da República Albufeira
158 Igreja de Santa Maria Albufeira
159 Solar Águas Albufeira
160 Amoreira (Paderne) Albufeira
161 Bateria de Albufeira Albufeira
162 Ponte da Guia Albufeira
163 Ruinas do Montinho das Laranjeiras Alcoutim
164 Menires do Lavajo Alcoutim
165 Castelo Velho de Alcoutim Alcoutim
166 Ribat da Arrifana (séc. XII) Aljezur
167 Povoado Islâmico de Pescadores Aljezur
168 Necrópole de Vale da Telha da Idade do Bronze Aljezur
169 Torre Atalaia Aljezur
170 Sítio da Barrada Aljezur
171 Milreu Faro
172 Barragem da Fonte Coberta Lagos
173 Estação Arqueológica de Monte Molião Lagos
174 Estação Arqueológica Romana da Paria da Luz Lagos
175 Banhos Islâmicos Loulé
176 Sitio Arqueológico do Cerro do Castelo do Alferce Monchique
177 Abismo Olhão
178 Alfanxia Olhão
179 Amoreira Olhão
180 Bias do Sul Olhão
108
Nº Identificação Municípios
181 Fortaleza de São Lourenço - Olhão Olhão
182 Horta do Padre Graça Olhão
183 Moncarapacho Olhão
184 Ponte Romana de Quelfes Olhão
185 Quatrim Olhão
186 Quinta de Marim 1 Olhão
187 Quinta de Marim 2 Olhão
188 Quinta de Marim 3 Olhão
189 Torrejão Velho Olhão
190 Monumentos Megalíticos de Alcalar Portimão
191 Estação Romana / Vila Romana da Abicada Portimão
192 Castelo Belinho Portimão
193 Igreja Nossa Senhora Do Carmo Portimão
194 Calçadinha de São Brás de Alportel SBAlportel
195 Necrópoles de Vale Fuzeiros Silves
196 Necrópole de SãoBrtolomeu de Messines Silves
197 Necrópole do Almarjão Silves
198 Necrópole de Poço dos Mouros Silves
199 Menires de Vale Fuzeiros Silves
200 Menir dos Gregórios Silves
201 Menir dos Abrutiais Silves
202 Ruinas arqueológicas do interior do castelo Silves
203 Ruinas arqueológicas do Arrabalde Oriental Silves
204 Ruinas arqueológicas da Arrochela Silves
205 Penedo de Vale Fuzeiros Silves
206 Villa romana da Corte Silves
207 Muralha fenícia Tavira
109
Nº Identificação Municípios
208 Anta das Pedras Altas Tavira
209 Anta da Masmorra Tavira
210 Núcleo arqueológico do Bairro Almóada Tavira
211 Ruínas Lusitano-Romanas da Boca do Rio VBispo
212 Vale de Boi VBispo
213 Menir do Padrão VBispo
214 Menir de Aspradantas VBispo
215 Ruínas Romanas da Praia do Martinhal VBispo
216 Menires de Vila do Bispo (Monte dos Amantes) VBispo
217 Sítio do Poço Antigo (bairro islâmico e necrópole cristã) VRSA
218 Quinta do Muro (forno romano) VRSA
219 Quinta da Manta Rota (villa romana) VRSA
220 Túmulo Megalítico de Santa Rita VRSA
221 Barragem Romana da Ribeira das Hortinhas VRSA
SÍTIOS HISTÓRICOS
222 Cemitério Medieval da Guia Albufeira
223 Fonte de Paderne Albufeira
224 Muralhas do Castelo de Albufeira Albufeira
225 Casa do Visconde da Orada Albufeira
226 Porto de Aljezur Aljezur
227 Ponta da Mesquita Aljezur
Concheiro Tardo-Glaciar da Praia da Fonte Santa - integrado na 228 Aljezur Rota Vicentina (Trilho dos Pescadores) Concheiro Tardo-Glaciar da Praia da Amoreira - integrado na 229 Rota Vicentina (Trilho dos Pescadores) Aljezur
230 Vila Adentro Faro
231 Vila termal das Caldas de Monchique Monchique
110
Nº Identificação Municípios
232 Ponte de Quelfes Olhão
233 Poço das Bombas Olhão
234 Muralhas de Portimão Portimão
235 Castelo de Alvor Portimão
236 Igreja da Senhora do Verde Portimão
237 Capela do Senhor dos Passos Portimão
238 Capela Portimão
239 Largo da Igreja Matriz SBAlportel
240 Grutas do Remexido Silves
241 Sítio da Batalha de Santana Silves
242 Fábrica do Inglês Silves
243 Quinta de Matamouros (antigo Convento de São Francisco) Silves
244 Igreja de Nossa Senhora da Encarnação VBispo
245 Casa do "Infante" VBispo
246 Bateria do Zavial VBispo
247 Capela de Santo António VBispo
248 Forte de Nossa Senhora da Guia VBispo
249 Forte de Vera Cruz da Figueira VBispo
250 Igreja de São Sebastião de Budens VBispo
251 Capela de Santo António (Budens) VBispo
111
Nº Identificação Municípios
252 Ermida de São Lourenço VBispo
253 Igreja de São Miguel Arcanjo VBispo
Núcleo histórico de Cacela Velha (período medieval, moderno e 254 VRSA contemporâneo)
Núcleo histórico de Vila Real de santo António (período 255 iluminista). Inclui Praça Marquês de Pombal, Obelis, Casa da VRSA Câmara, Igreja e outros edifícios e arruamentos da Vila Pombalina
EDIFÍCIOS PÚBLICOS DE INTERESSE
256 Igreja de São Sebastião de Albufeira Albufeira
257 Igreja Matriz de Albufeira Albufeira
258 Igreja de Sant´Ana Albufeira
259 Capela da Misericórdia /Edifício da Antiga Albergaria Albufeira
260 Ermida de Nossa Senhora Orada Albufeira
261 Igreja Matriz da Guia Albufeira
262 Capela da Senhora da Guia Albufeira
263 Ermida de São Sebastião de Albufeira Albufeira
264 Igreja Matriz de Paderne ou Igreja de Nossa Senhora da Esperança Albufeira
265 Igreja Paroquial de São José Albufeira
266 Auditório Municipal de Albufeira Albufeira
267 Biblioteca Municipal Lídia Jorge Albufeira
268 EMA - Espaço Multiusos de Albufeira Albufeira
269 Ermida de Nossa Senhora da Conceição Alcoutim
270 Igreja Matriz de Alcoutim Alcoutim
271 Igreja Matriz de Pereiro Alcoutim
272 Igreja Matriz de Giões Alcoutim
273 Igreja Matriz de Martim Longo Alcoutim
274 Igreja Matriz de Vaqueiros Alcoutim
112
Nº Identificação Municípios
275 Capela de Santo António Alcoutim
276 Capela da Misericórdia Alcoutim
277 Casa Baluarte Alcoutim
278 Edifício da Antiga Alfândega Alcoutim
279 Igreja Matriz de Aljezur Aljezur
280 Igreja Matriz e Odeceixe Aljezur
281 Igreja Matriz da Bordeira Aljezur
282 Igreja da Carrapateira Aljezur
283 Igreja da Misericórdia de Aljezur Aljezur
284 Revelim de Santo António CMarim
285 Banco de Portugal Faro
286 Biblioteca Municipal de Lagoa Lagoa
287 Arquivo Municipal Lagoa
288 Mercado Municipal de Lagoa Lagoa
289 Convento Santo António Loulé
290 Cineteatro Loulé
291 Mercado Municipal de Loulé Loulé
292 Câmara Municipal Loulé
Santuário de Nossa Senhora da Piedade e Ermida de Nossa 293 Senhora da Piedade Loulé
294 Casa do Compromisso Marítimo/ Museu Municipal Olhão
295 Igreja da Misericórdia de Olhão Olhão
113
Nº Identificação Municípios
296 Igreja de Santo Cristo de Moncarapacho Olhão
297 Igreja Paroquial de Pechão Olhão
298 Igreja Matriz de Quelfes Olhão
299 Igreja Paroquial de Moncarapacho Olhão
300 Igreja Paroquial de Olhão/ Igreja Nossa Senhora do Rosário Olhão
301 Capela dos Senhores dos Aflitos Olhão
302 Chalé Dr. João Lúcio Olhão
303 Mercados Municipais Olhão
304 Fonte Velha - Pechão Olhão
305 Chalet de Bela Mandil Olhão
306 Pedra da Queijeira - Pechão Olhão
307 Palácio Bívar (Paços do Concelho de Portimão) Portimão
308 Palacete Sárrea Garfias (Atual Teatro Municipal de PTM) Portimão
309 Palácio Abreu Portimão
310 Casa Manuel Teixeira Gomes Portimão
311 Edifício Salva Vidas Portimão
312 Sede da Câmara Municipal SBAlportel
313 Fonte Nova SBAlportel
314 Centro de Artes e Ofícios e Jardim da Verbena SBAlportel
315 Edifício da Câmara Municipal Silves
316 Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânica Silves
317 Casino de Armação de Pera Silves
318 Cabo de São Vicente (edifícios) VBispo
319 Forte de Santo António do Beliche VBispo
114
Nº Identificação Municípios
320 Forte de São Luís de Almádena VBispo
321 Forte/Bateria do Burgau VBispo
322 Igreja de Nossa Santa da Conceição VBispo
323 Casa da Câmara, Vila Real de Santo António VRSA
324 Antiga Alfandega VRSA
325 Arquivo histórico Municipal VRSA
326 Capitania do Porto VRSA
MUSEUS E ARTEFACTOS
327 Museu Municipal de Arqueologia de Albufeira Albufeira
328 Casa do Acordeão Albufeira
329 Museu de Arte Sacra/Igreja de São Sebastião Albufeira
330 Núcleos Museológicos de Arqueologia, Arte Sacra e Dr. João Dias Alcoutim
331 Museu do Rio Alcoutim
332 Núcleo Museológico Casa do Ferreiro Alcoutim
333 Núcleo Museológico A Escola Primária Alcoutim
334 Museu do Mar e da Terra da Carrapateira Aljezur
335 Museu Municipal de Aljezur Aljezur
336 Museu Antoniano Aljezur
337 Museu de Arte Sacra Aljezur
338 Casa-Museu Aljezur
339 Adega-Museu Aljezur
340 Moinho de Vento (Odeceixe) Aljezur
341 Moinho de Vento (Rogil) Aljezur
342 Núcleo Museológico do Castelo CMarim
343 Casa de Odeleite (Coleção Visitável) CMarim
344 Museu Municipal de Faro Faro
345 Museu Regional do Algarve Faro
115
Nº Identificação Municípios
346 Museu Isaac Bitton Faro
347 Museu Marítimo Ramalho Ortigão Faro
348 Museu do Rancho Folclórico do Calvário na Lagoa (Algarve) Lagoa
349 Museu Municipal de Lagos Lagos
350 Categoria de artefactos: Arqueologia e Etnografia Loulé
351 Museu Municipal de Loulé Loulé
352 Pólo Museológico Cozinha Tradicional Loulé
353 Pólo Museológico dos Frutos Secos Loulé
354 Pólo Museológico de Salir Loulé
355 Pólo Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte Loulé
356 Pólo Museológico da Água Loulé
357 Núcleo Museológico da Misericórdia de Loulé Loulé
358 Núcleo Arte Sacra Alferce Monchique
359 Núcleo Arte Sacra Monchique Monchique
360 Moinho do Poucochinho Monchique
361 Museu Municipal Olhão
362 Museu Paroquial de Moncarapacho Olhão
363 Museu de Portimão Portimão
364 Museu Etnográfico Portimão
365 Museu Diogo Gonçalves Portimão
366 Museu do Trajo SBAlportel
367 Centro Museológico do Alportel SBAlportel
368 Museu Municipal de Arqueologia de Silves Silves
369 Museu do Traje e das Tradições Silves
370 Museu da Cortiça Silves
371 Casa Museu João de Deus Silves
372 Museu Municipal - Palácio da Galeria Tavira
116
Nº Identificação Municípios
373 Centro Interpretativo do Abastecimento de Água a Tavira Tavira
374 Núcleo Museológico de Cachopo Tavira
375 Núcleo arqueológico do Bairro Almóada Tavira
376 Núcleo Museológico Islâmico Tavira
Núcleo Museológico da Industria Conserveira /coleções 377 VRSA artefactuais ligadas à Indústria Conserveira Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela / 378 VRSA coleções arqueológicas de Cacela
GASTRONOMIA
379 Batata-doce de Aljezur Aljezur
380 Amendoim Aljezur
381 Bolo ou Pudim de Batata-doce Aljezur
382 Fritos de Aljezur Aljezur
383 Sopa de Fedéus CMarim
384 Bolo de Figo CMarim
385 Sal e Flor de Sal Tradicional de Castro Marim CMarim
386 Queijo de Cabra de Raça Algarvia CMarim
387 Arroz de lingueirão Faro
388 Lulas recheadas à algarvia Faro
389 Xarém Faro
390 Carne de porco com ameijoas Faro
391 Ervilhas com ovos à algarvia Faro
392 Ovos mexidos com tomates Faro
393 Favas à moda do Algarve Faro
394 Canja com conquilhas Faro
395 Gaspacho de alho Faro
396 Conservas de cenoura à algarvia Faro
397 Queijinhos de figo e amêndoa Faro
117
Nº Identificação Municípios
398 Frutos/animais de massa de amêndoa Faro
399 Pudim de laranja Faro
400 Florados de Lagoa Lagoa
401 Sopas de peixe com afolha de louro Lagoa
402 Ensopado Lagoa
403 Feijoada de buzinas Lagoa
404 Vinho de Lagoa Lagoa
405 Cenouras Temperadas Loulé
406 Conquilhas à Algarvia Loulé
407 Azeitonas britadas Loulé
408 Arjamolho Loulé
409 Sopa Montanheira Loulé
410 Sopas de Pão Caseiro Rijo com Bacalhau e Poejos Loulé
411 Açorda à Algarvia Loulé
412 Arroz de polvo Loulé
413 Cataplana de Amêijoas Loulé
414 Coelho Frito Loulé
415 Cozido de Repolho Loulé
416 Cozinha de batata Loulé
417 Ervilhas à moda de Salir Loulé
418 Favas à Moda da Serra Loulé
419 Galinha Cerejada À Loulé Loulé
420 Guisado de Galo Caseiro Loulé
421 Jantar de Grão Loulé
422 Jantar de Lentilhas Loulé
423 Jantar de Chícharos com Borrego Loulé
424 Jantar ou Cozido de Milhos Loulé
118
Nº Identificação Municípios
425 Lebre com Feijão Branco Loulé
426 Ovos com Tomate Loulé
427 Sopas de Lebre Loulé
428 Carrições de Loulé Loulé
429 Estrelas de Figos Loulé
430 Filhós Loulé
431 Morgado de Amêndoa d'Alte Loulé
432 Pudim de sêmola Loulé
433 Queijo de Figo Loulé
434 Tarte de Alfarroba Loulé
435 Torta de Laranja Loulé
436 Xeringos Loulé
437 Bolo de Tacho Monchique
438 Pudim de mel Monchique
439 Bolo de Amêndoa e Gila Monchique
440 Bolo de Torresmos Monchique
441 Chouriça Monchique
442 Farinheira ou morcela de farinha Monchique
443 Molho Monchique
444 Morcela Monchique
445 Assadura Monchique
446 Caldo Mouro Monchique
447 Grão com Arroz Monchique
448 Feijão com couve Monchique
449 Tiborna Monchique
450 Milhos com Feijão Monchique
451 Couve à Monchique Monchique
119
Nº Identificação Municípios
452 Grão com massa Monchique
453 Feijão com Arroz Monchique
454 Bisnagas Monchique
455 Xarém com Conquilhas Olhão
456 Raia Alhada Olhão
457 Vila de Amêijoas Olhão
458 Biqueirões Albardados Olhão
459 Litão à moda de Olhão Olhão
460 Doce Fino Portimão
461 Doces em Figo Portimão
462 Morgado Portimão
463 Açora de Galinha com Grão SBAlportel
464 Açorda de Poejos com Ovos SBAlportel
465 Papas de Milho com Chouriço SBAlportel
466 Lagosta VBispo
467 Lapas VBispo
468 Burgaus VBispo
469 Santola VBispo
470 Moreia VBispo
471 Robalo VBispo
472 Navalheira VBispo
473 Dourada VBispo
474 Polvo VBispo
475 Atum VRSA
476 Bivalves VRSA
477 Comidas serranas VRSA
478 Estrelas de figo com amêndoa CMarim
120
Nº Identificação Municípios
Faro
Faro 479 Folar SBAlportel
CMarim 480 Figos Cheios Loulé
Faro
481 Carapaus Alimados Lagoa
Loulé
Lagoa 482 Caldeirada Loulé
Lagoa 483 Sardinhas Assadas Portimão
Lagoa
Loulé 484 Xarém (Xerém, ou Papas de milho) Monchique
VBispo
Aljezur 485 Sargo Vbispo
Aljezur 486 Aguardente de Medronho Monchique
Faro
487 Caracol Loulé
SBAlportel
Faro 488 Dom Rodrigo Monchique
Aljezur 489 Mel Monchique
121
Nº Identificação Municípios
Monchique
Aljezur 490 Mexilhão VBispo
Aljezur
491 Pastéis de Batata doce Loulé
Monchique
Aljezur 492 Percebes VBispo
OUTROS. QUAIS?
493 Estátua São Vicente Albufeira
494 Estátua Samora Barros Albufeira
495 Antigo Mercado do Peixe Albufeira
496 Miradouro do Pau da Bandeira Albufeira
497 Igreja Matriz /Igreja de Nossa senhora dos Mártires CMarim
498 Igreja de São Sebastião (Castro Marim) CMarim
499 Capela de Santo António CMarim
500 Igreja de Nossa Senhora da Visitação/Igreja de Odeleite CMarim
501 Adega Cooperativa do Algarve - Única Lagoa
Biblioteca Municipal de Lagos - Dr. Júlio Dantas (com Pólos de 502 Lagos Leitura em Barão de São João, Bensafrim, Luz e Odiáxere)
503 Auditório Municipal de Lagos Lagos
504 Caíque Bom Sucesso (réplica histórica) Olhão
505 Estação Ferroviária da Mexilhoeira Grande Portimão
506 Estação Ferroviária de Portimão Portimão
507 Coreto de Portimão Portimão
508 Centro Explicativo e de Acolhimento da Calçadinha SBAlportel
509 Centro de Interpretação do Património Islâmico Silves
510 Dieta Mediterrânica Tavira
122
Fonte: Elaboração própria
Seguidamente, apresentam-se os recursos relativos às Paisagens Culturais
(Tabela 5.3).
Tabela 5.3 – Distribuição dos Recursos Culturais - Paisagens Culturais
Nº Identificação Municípios
PAISAGENS CULTURAIS
511 Envolvente da Ribeira de Quarteira Albufeira
512 Açude do Castelo de Paderne Albufeira
513 Olheiros Albufeira
514 Porto da Zimbreirinha Aljezur
515 Vila de Aljezur Aljezur
516 Várzea de Aljezur Aljezur
517 Centro Histórico de Castro Marim CMarim
518 Colina do Revelim de Santo António CMarim
519 Aldeia Típicas do interior d concelho CMarim
520 Barrocal Faro
521 Sítio Classificado da Fonte da Benémola Loulé
522 Fonte Pequena e Fonte Grande de Alte Loulé
523 Queda do Vigário Loulé
524 Chaminés de Saia Monchique
525 Terraços de cultivo com muros em pedra Monchique
526 Serro de São Miguel Olhão
527 Zona histórica da Barreta/ Perímetro Histórico Municipal Olhão
528 Zona histórica da Levante Olhão
529 Vale do Bengado e Mealhas SBAlportel
530 Vale do Alportel SBAlportel
531 São Romão SBAlportel
123
Nº Identificação Municípios
532 Vale de inserção da Vila visto do Miradouro da Pousada SBAlportel
533 Conjunto de Noras do sítio de Barradas de Messines Silves
534 Moinho do Caniné Silves
535 Aldeia do Talurdo Silves
536 Moinho da Horta do Rodete Silves
537 Concelho de Vila do Bispo VBispo
538 Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António VRSA
539 Mata Nacional das Dunas Litorais de Vila Real de Santo António VRSA
Faro
540 Ria Formosa Olhão
VRSA
OUTROS. QUAIS?
541 Circuito Histórico-Cultural e Ambiental da Vila de Aljezur Aljezur
542 Ilha de Armona Olhão
543 Rio Guadiana, Porto, Mariana, Alfândega VRSA
Fonte: Elaboração própria
No Património Natural - Formações Geológicas e Físicas, Habitats, Parques naturais e reservas, Zoos e Aquários, e Jardins – os recursos identificados são apresentados na Tabela 5.4.
Tabela 5.4 – Distribuição dos Recursos Culturais - Património Natural
Nº Identificação Municípios
FORMAÇÕES GEOLÓGICAS E FÍSICAS
544 Praia dos Tomates Albufeira
545 Praia da Falésia Albufeira
546 Praia do Barranco das Belharucas Albufeira
124
Nº Identificação Municípios
547 Praia dos Olhos de Água Albufeira
548 Praia Maria Luísa Albufeira
549 Praia de Santa Eulália Albufeira
550 Praia da Oura Albufeira
551 Praia dos Aveiros Albufeira
552 Praia do Túnel ou do Peneco Albufeira
553 Praia dos Pescadores Albufeira
554 Praia do Inatel Albufeira
555 Praia dos Arrifes ou Três Penecos Albufeira
556 Praia de São Rafael Albufeira
557 Praia da Coelha Albufeira
558 Praia do Castelo Albufeira
559 Praia do Evaristo Albufeira
560 Praia de Manuel Lourenço Albufeira
561 Praia da Galé Albufeira
562 Praia dos Salgados Albufeira
563 Gruta do Xorino Albufeira
564 Jazida Fossilífera Aljezur
565 Pontal da Carrapateira Aljezur
566 Rocha Negra Lagos
567 Rocha da Pena Loulé
568 Maciço Eruptivo Subvulcânico de Sienitos (Foialite) Monchique
569 Serra de Monchique Monchique
570 Cerro da Cabeça Olhão
571 Pedra Mourinha Portimão
572 Menir (Vale França) Portimão
573 Menir (Três Bicos) Portimão
125
Nº Identificação Municípios
574 Geoponto de Funchais SBAlportel
575 Geoponto de Mesquita SBAlportel
576 Penedo Gordo SBAlportel
577 Pego do Inferno Tavira
578 Geossítio de Cabanas Velhas VBispo
579 Rota das dunas fósseis VBispo
580 Geossítio da Mareta VBispo
581 Geossítio de São Vicente VBispo
582 Geossítio do Telheiro-Aspa VBispo
583 Geossítio da Ponta da Torre e geossítio da Ponta da Fisga VBispo
584 Geossítio do Castelejo VBispo
585 Geossítio de João Vaz VBispo
586 Geossítio do Benaçoitão VBispo
587 Geossítio do Padrão VBispo
588 Geossítio icnofóssil VBispo
589 Geossítio da Figueira VBispo
590 Geossítio da Boca do Rio VBispo
591 Telheiro VBispo
592 Praia da Mareta VBispo
593 Jazida Fossilifera da Ribeira de Cacela VRSA
HABITATS
594 Rio Guadiana Alcoutim
595 Ribeira do Vascão Alcoutim
596 Ribeira da Foupana Alcoutim
597 Pontal da Carrapateira Aljezur
126
Nº Identificação Municípios
598 Praia da Amoreira Aljezur
599 Ribeira de Aljezur Aljezur
600 Ribeira da Carrapateira Aljezur
601 Ribeira de Seixe Aljezur
602 Pinhal de Bordalete Aljezur
603 Arribas de Odeceixe Aljezur
604 Ponta da Atalaia Aljezur
Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo 605 António CMarim
606 Barragem do Beliche CMarim
607 Barragem de Odeleite CMarim
608 Ribeira de Odeleite CMarim
609 Ria Formosa Faro
610 Ilhas Barreira Faro
611 ZOE - Leixão da Gaivota Lagoa
612 Litoral Cársico de Lagoa Lagoa
613 Rio Arade Lagoa
614 IBA Ponta da Piedade Lagos
615 Dunas Meia praia Lagos
616 Mata nacional de Barão São João Lagos
617 Ria de Alvor Lagos
127
Nº Identificação Municípios
618 Estação de Biodiversidade Lagos
619 Algar dos Mouros Loulé
620 Gruta da Salustreira Menor Loulé
621 Gruta da Salustreira Maior Loulé
622 Sitio de Importância Comunitária - Monchique - 37 PTCON0037 Monchique
623 Zona de Proteção Especial -Monchique - 37 PTCON0037 Monchique
624 Ria de Alvor / Quinta da Rocha Portimão
625 Espargueira Portimão
626 Rio Arade Portimão
627 Estação de Biodiversidade - Percurso de monotorização SBAlportel
628 Diretiva Aves Tavira
629 Diretiva Habitats Tavira
PARQUES NATURAIS E RESERVAS
630 Lagoa dos Salgados Albufeira
631 Parque Natural do Sw Alentejano e Costa Vicentina Aljezur
Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo 632 António CMarim
633 Mata Nacional das Terras da Ordem CMarim
634 Mata do Licéu Faro
635 Sítio das Fontes Lagoa
636 Ribeira de Quarteira (51 ha) Loulé
128
Nº Identificação Municípios
637 Parque Ambiental de Vilamoura - PAV (200ha) Loulé
638 Paisagem Protegida Local (PPL) da Rocha da Pena (671,84 ha) Loulé
639 Paisagem Protegida Local (PPL) da fonte da Benémola (406,38 ha) Loulé
640 Caldeirão (20 566 ha) Loulé
641 Barrocal (17 766 ha) Loulé
642 Ria de Alvor Portimão
643 Parque de Lazer do Perímetro Florestal da Conceição Tavira
644 Reserva Biogenética de Sagres VBispo
645 Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina VBispo
Faro
Parque Natural da Ria Formosa – PNRF (1 319 ha do PNRF situam-se Loulé 646 no Concelho de Loulé) Tavira
Olhão
ZOOS
647 Zoomarine Albufeira
648 ZOOLAGOS Lagos
648 Quinta Pedagógica Portimão
JARDINS
649 Jardim da Alameda João de Deus Faro
650 Jardins do Palácio de Estoi Faro
651 Jardim da Constituição Lagos
652 Anel Verde Lagos
653 Parque Municipal, Loulé Loulé
654 Jardim dos Amuados, Loulé Loulé
655 Jardim Público São Pedro do Mar, Quarteira Loulé
129
Nº Identificação Municípios
656 Jardim das Comunidades, Almancil Loulé
657 Jardim Pescador Olhanense Olhão
658 Jardim Patrão Joaquim Lopes Olhão
659 Praceta Agadir Olhão
660 Parque da Juventude Portimão
661 Jardim Bívar Portimão
662 Jardim 1º de Dezembro Portimão
663 Jardim Sárrea Prado Portimão
664 Jardim Carrera Viegas SBAlportel
665 Jardim da Verbena SBAlportel
666 Jardim do Castelo Tavira
667 Jardim do Coreto Tavira
668 Jardim de São Francisco Tavira
669 Parque Verde do Séqua Tavira
670 Jardim da Fonte VBispo
OUTROS. QUAIS?
671 Ribeira de Cadavais na Praia Fluvial do Pego Fundo Alcoutim
672 Rede de Percursos Pedestres CMarim
673 Plátano-vulgar (1 exemplar) - Platanus acerifolia Monchique
674 Plátano-vulgar (17 exemplares) - Platanus acerifolia Monchique
Araucária-de-norfolk (1 exemplar) - Araucaria heterophylla 675 (Salisbury) Franco - Quinta do Viador Monchique
Araucária-de-norfolk (1 exemplar) - Araucaria heterophylla 676 (Salisbury) Franco - Quinta da Vila de Monchique Monchique
Carvalho-de-monchique (1 exemplar) - Quercus canariensis 677 Willdenow (Alferce) Monchique
130
Nº Identificação Municípios
Carvalho-de-monchique (1 exemplar) - Quercus canariensis 678 Willdenow (Pomar Velho) Monchique
679 Sobreiro (1 exemplar) - Quercus suber L. Monchique
Veredas de Monchique (5 percursos Pedestres) - Percurso da
680 Fóia(2)/Percursos Caldas-Picota (2)/Monchique-Picota /Percurso
Marmelete Monchique
7 Rotas Temáticas Pedestres - Rota da Geologia (2)/Rota das árvores
681 Monumentais (2)/Rota das chaminés de saia/Rota das
Cascatas/Rota dos Moinhos) Monchique
682 Via algarviana - Setor 10 Monchique
683 Parque da Mina Monchique
684 Complexo termal das Caldas de Monchique Monchique
685 Fonte Santa da Malhada Quente Monchique
686 Fonte Santa da Fornalha Monchique
687 Adelfeira - Rhododendron ponticum subspecie baeticum Monchique
688 Praia da Marina Portimão
689 Praia da Rocha Portimão
690 Praia dos 3 Castelos Portimão
691 Praia dos Careanos Portimão
692 Praia do Vau Portimão
693 Praia do Alemão Portimão
694 Praia João d'Arens Portimão
695 Prainha Portimão
696 Praia dos 3 Irmãos Portimão
697 Torralta Portimão
698 Praia de Alvor Portimão
699 Percursos pedestres (PR2SBA ou PR3SBA) SBAlportel
131
Nº Identificação Municípios
700 Percursos pedestres (PR1SBA) SBAlportel
Fonte: Elaboração própria
As Artes Performativas incluem o Teatro, Dança, Ópera, Música, e
Fantoches/Marionetas característicos da região algarvia.
Tabela 5.5 – Distribuição dos Recursos Culturais - Artes Performativas
Nº Identificação Municípios
TEATRO
701 CTC - Companhia de Teatro Contemporâneo Albufeira
702 Teatro Experimental de Alcoutim Alcoutim
703 ACTA Faro
704 Te-Atrito Faro
705 Dois Mais Um Faro
706 A Peste Faro
707 SinCera Faro
708 Tretas Faro
709 LAMA Faro
710 Ao Luar Teatro Loulé
711 Teatro análise da Casa da Cultura Loulé
712 Arte de Viver da Universidade Sénior Loulé
713 Miralumim - Teatro Sénior Loulé
714 Teatro Municipal de Portimão Portimão
715 Boa Esperança Atlético Clube Portimonense Portimão
132
Nº Identificação Municípios
716 Teatro Experimental da Mexilhoeira Grande Portimão
717 Auditório Municipal de Portimão Portimão
718 Cineteatro São Brás SBAlportel
719 TEAS 13 SBAlportel
720 Teatro Aperitivo - Grupo dos Amigos do Museu SBAlportel
721 Teatro Mascarenhas Gregório Silves
722 Silver Mask Silves
723 Penedo Grande Silves
724 Armação do Artista - Associação Artístico-Cultural e Desportiva Tavira
725 Casa do Povo da Conceição de Tavira Tavira
726 Companhia de Teatro Fech'Ópano VRSA
727 II ACTO VRSA
DANÇA
728 FUETE - Associação de Dança de Albufeira Albufeira
729 Academia Desportiva e Cultural Praia da Falésia Albufeira
730 Danças de Salão da Juventude Desportiva das Fontaínhas Albufeira
731 Danças Orientais do Guia Futebol Clube Albufeira
732 Danças de Salão e Orientais do Futebol Clube de Ferreiras Albufeira
733 Associação SOUL Albufeira
734 LUEL - Arte em Movimento Albufeira
735 Karen`s International Dance Studio Albufeira
736 Rancho Folclórico dom Azinhal CMarim
737 BCC - Beliaev Centro Cultural Faro
738 ADA - Associação de Dança do Algarve Faro
133
Nº Identificação Municípios
739 Urban Xpression - Associação Cultural Faro
740 Clube de Danças João de Deus Faro
741 Conservatório Regional do Algarve Faro
742 Corridinho do Algarve Lagoa
743 Baile de Roda Lagoa
744 Baile Mandado Lagoa
745 Hip-hop Loulé
746 Grupo de Dança da Fundação António Aleixo Loulé
747 Escola Municipal de Ballet Portimão
748 Ginástica Rítmica Portimão
749 Escola de Dança Municipal SBAlportel
750 Núcleo de Dança Associação Urban Expression SBAlportel
Grupo de Hip-hop "Realize Crew" - Centro de Cultura e Desporto
751 dos Trabalhadores da Câmara Municipal e Junta de Freguesia de São Brás de Alportel SBAlportel
752 Clube de Instrução e Recreio Tunense Silves
753 Grupo de Danças de Salão do Silves Futebol Clube Silves
754 Companhia de Dança Splash VRSA
755 A Idade de Ouro VRSA
756 Grupo Etnográfico Santo António de Arenilha VRSA
757 Rancho Folclórico da Praia da Manta Rota VRSA
134
Nº Identificação Municípios
758 Associação Cultural de Dança Espanhola de VRSA VRSA
759 Grupo Juvenil de Folclore da Associação Cultural de VRSA VRSA
ÓPERA/CANTO
760 Grupo Coral da SMRPP Albufeira
761 Grupo Coral "Vozes da UATI" Albufeira
762 Coro Infantil do Conservatório de Albufeira Albufeira
763 Coro Juvenil do Conservatório de Albufeira Albufeira
764 Coro Sénior Feminino Albufeira
765 Coro Vox Albuhera Albufeira
766 Filipa Sousa (Fado/Música Variada) Albufeira
767 Raquel Peters (Fado/Música Variada) Albufeira
768 José Costa (Fado) Albufeira
769 Francisco Godinho (Fado) Albufeira
770 Ana Parrinha (Fado) Albufeira
771 Bel - Anabela Costa Albufeira
772 Rebeca Albufeira
773 Mário Miguel Albufeira
774 Carla Patrícia Albufeira
775 Filipe Conde Albufeira
776 Grupo Coral Ossónoba Faro
777 Grupo Coral Infantil e Juvenil de Loulé Loulé
778 Grupo Coral da Universidade Sénior Loulé
779 Grupo Coral (Quarteira) Loulé
780 Grupo Coral Infantil da Fundação António Aleixo Loulé
781 Grupo Coral (Boliqueime - Vale Silves) Loulé
782 Coro dos Amigos do Museu SBAlportel
FANTOCHES/MARIONETAS
135
Nº Identificação Municípios
783 Teatro do Gaspar SBAlportel
784 Associação Bonus Frater VRSA
MÚSICA
785 Grupo ENTRETENGA Albufeira
786 Grupo BANDALHADA Albufeira
787 NAGRAGADAS Albufeira
788 Grupo Coral da Casa do Alentejo Albufeira
789 Banda Filarmónica da SMRPP Albufeira
790 Grupo de Cavaquinhos da UATI Albufeira
791 Tuna Académica da UATI Albufeira
792 Orquestra Clássica do Conservatório de Albufeira Albufeira
793 Orquestra Orff do Conservatório de Albufeira Albufeira
794 Pequenos Violinistas do Conservatório de Albufeira Albufeira
795 Rui Mourinho - Guitarra Albufeira
796 Fernando Ponte - Guitarra Albufeira
797 Gonçalo Pescada - Acordeão Albufeira
798 João Frade - Acordeão Albufeira
799 Armando Mota - Piano/Maestro Albufeira
800 Ricardo Anastácio - Guitarra/Contrabaixo e Canto Albufeira
801 José Paia e Áqua Viva (Popular Portuguesa) Albufeira
802 Nuno Balbino - Órgão Albufeira
803 Ana Rita - Acordeão Albufeira
804 Carlos Coelho - Organista Albufeira
805 Carlos e Marcos Lara Albufeira
806 Fátima Guerreiro - Acordeão Albufeira
807 António Maia - Piano Albufeira
808 Vera Mónica - Órgão Albufeira
136
Nº Identificação Municípios
809 Walter Cabrita - Órgão Albufeira
810 Miguel Correia - Órgão Albufeira
811 Soraia Cristina - Órgão Albufeira
812 João Galante - piano/Jazz Albufeira
813 Banda Filarmónica dos Bombeiros V. Aljezur Aljezur
814 Pólo de Guitarras de Aljezur Aljezur
815 Banda Musical Castromarinense CMarim
816 Escola de Acordeão de Castro Marim CMarim
817 Vá-de-Viró Faro
818 Outras Vozes Faro
819 Grupo Musical de Santa Maria (música tradicional do Algarve) Faro
820 Associação Filarmónica de Faro Faro
821 Associação de Guitarras do Algarve Faro
822 Associação Musical do Algarve - Orquestra Clássica do Sul Faro
823 Zé Eduardo - Associação Grémio das Músicas (Jazz) Faro
824 Hermenegildo Guerreiro (Acordeonista) Faro
825 Nelson Conceição (Acordeonista) Faro
826 Músicas tradicionais de Lagoa Lagoa
827 Ensemble de Flautas Loulé
828 EnsinArte - Escola Loulé
829 Centro de Expressão Musical de Loulé Loulé
830 Allgarviados Loulé
831 Orquestra Juvenil de Guitarras Loulé
832 César Matoso Loulé
833 Duo Marfados do Foles Loulé
834 Escola de Música "Salpicos de Música" Loulé
835 Escola de Música Loulé
137
Nº Identificação Municípios
836 Rastemenga Loulé
837 Sociedade Filarmónica Artistas de Minerva Loulé
838 TUALLE - Tuna Universitária Afonsina de Loulé Loulé
839 TUFELA - Tuna Universitária Feminina Afonsina de Loulé Loulé
840 Velhos da Torre Loulé
841 Fado Loulé
842 Valentim Filipe - Fado Loulé
843 Conservatório de Música de Portimão Portimão
844 Oficina dos Sons SBAlportel
845 Banda Filarmónica de São Brás de Alportel SBAlportel
846 Grupo de Acordeonistas de São Brás de Alportel SBAlportel
847 Rancho Típico Sambrasense SBAlportel
848 Veredas da Memória - Grupo de Música Tradicional Portuguesa SBAlportel
849 Cante Andarilho - Grupo de Música Tradicional Portuguesa SBAlportel
850 Red Liners - Rock SBAlportel
851 Retro Nova - Rock SBAlportel
852 Almos 5 - Rock SBAlportel
853 Associação das Comunidades de Tunes Silves
854 Sociedade Filarmónica Silvense Silves
855 Casa do Povo de Alcantarilha, Pêra e Armação de Pêra Silves
856 Associação da Academia de Música de Tavira Tavira
857 Sociedade da Banda de Tavira Tavira
Pérolas do Gilão da Sociedade Orfeónica de Amadores de Música 858 Tavira e Teatro de Tavira
859 Os Campeiros da Casa do Povo da Conceição de Tavira Tavira
860 TUNA da Sociedade Recreativa Musical Luzense Tavira
861 Grupo de Cantares de Cachopo "Seara de Outono" Tavira
862 Banda Filarmónica da Associação Cultural de VRSA VRSA
138
Nº Identificação Municípios
863 Tuna Gente Gira do Glória Futebol Clube VRSA
Grupo de Bombos "Rytmus do Guadiana" da Associação Cultural 864 VRSA de VRSA
865 Conservatório Regional de VRSA VRSA
OUTROS. QUAIS?
867 CAPA - Centro de Artes Perormativas do Algarve Faro
868 Fábrica dos Sentidos Faro
869 Satori Loulé
870 Palhaça Pirolita Loulé
871 Majoretes Loulé
872 Centro Hípico (Desfiles) Loulé
873 Biblioteca Municipal de Silves Silves
874 Concurso de Fado VBispo
Fonte: Elaboração própria
Nas celebrações são incluídas Festivais/Festas, Feiras, Celebrações
Religiosas e Folclore. Assim, os recursos culturais presentes neste domínio são apresentados na Tabela 5.6.
Tabela 5.6 – Distribuição dos Recursos Culturais - Celebrações
Nº Identificação Fonte
FESTIVAIS
875 Festival Al-Buhera Albufeira
139
Nº Identificação Fonte
876 Festival de Folclore de Paderne Albufeira
877 Festival de Folclore de Albufeira Albufeira
878 Festival de Folclore de Ferreiras Albufeira
879 Festival de Folclore dos Olhos de Agua Albufeira
880 Festival de Artes Infantil e Juvenil de Albufeira Albufeira
881 Festival de Gastronomia Alcoutim
882 Festival de Folclore de Martim Longo Alcoutim
883 Festival de Acordeão Alcoutim
884 Festival da Batata-doce de Aljezur Aljezur
885 Festival de Folclore do Rogil Aljezur
886 Festival do Acordeão "Castro Marim Palco do Acordeão" CMarim
887 Festival do Folclore do Azinhal CMarim
888 Festival Adentro (música do mundo) Faro
889 Festival de Jazz de Inverno Faro
890 Folkfaro Faro
891 Festival do Acordeão Faro
892 Charolas Faro
893 Festival Internacional de Folclore de Calvário Lagoa
894 Festival MED (Junho) Loulé
895 Salir do Tempo Loulé
896 Festival do Acordeão (Maio) Loulé
897 Semana Cultural de Alte (25 de Abril a 1 de Maio) Loulé
898 Festival de Didgeridoo (Setembro) Loulé
899 Festival de Jazz de Loulé Loulé
900 Encontro de Música Antiga de Loulé (Outubro) Loulé
901 Festival de Folclore (Alte) Loulé
902 Festival de Folclore - Cerimónia Tradicional de Casamento com Boda Loulé
140
Nº Identificação Fonte
903 Festival Nacional de Folclore Loulé
904 Festival de Folclore da Serra do Caldeirão e Manjares Serranos Loulé
Festival de Folclore do Grupo Folclórico e Etnográfico de São 905 Loulé Sebastião
906 Festival de Folclore do Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé Loulé
907 Festival do Medronho Monchique
908 Festival do Marisco Olhão
909 Festival da Sardinha Portimão
910 Festival do Berbigão Portimão
911 Festival Folclore do Rancho Folc. Da Ladeira do Vau Portimão
912 Festival Folclore do Rancho Folc. Da Figueira Portimão
913 Charolas, a Força da Tradição SBAlportel
914 Festival Intercultural SBAlportel
915 Encontro de Tunas SBAlportel
916 Festival Juvenil de Acordeonistas SBAlportel
917 Festival de Folclore (SBAlportel) SBAlportel
918 Festival Internacional de Folclore de São B. Messines Silves
919 Festival da Caldeirada Silves
"Cenas na Rua" - Festival Internacional de Teatro e Artes 920 Performativas na Rua de Tavira Tavira
921 Festival de Charolas "Cidade de Tavira" Tavira
922 Festival de Bandas Tavira
923 Festival de Gastronomia do Mar Tavira
924 Festival de Gastronomia Serrana Tavira
925 Festival de Folclore de Tavira Tavira
926 Festival de Folclore de Santo Estêvão Tavira
927 Festival de Folclore de Santa Catarina da Fonte do Bispo Tavira
928 Festival de Folclore Luz de Tavira Tavira
141
Nº Identificação Fonte
929 Birdwatching VBispo
930 Festival do Percebes VBispo
931 Arte sem Fronteiras - Festival de Dança VRSA
932 Festival Juvenil de Folclore da Associação Cultural VRSA VRSA
933 Festival de Folclore da Associação Cultural VRSA VRSA
934 Festival de Folclore da Praia da Manta Rota VRSA
FESTAS
935 Carnaval de Paderne Albufeira
936 Festa do Frango Albufeira
937 Festa da Sardinha Albufeira
938 Prova do Folar Albufeira
939 Comemorações do 25 de Abril Albufeira
940 Festa do Arjamolho Albufeira
941 Mostra de Artes do Barrocal Albufeira
942 Festa da Freguesia de Ferreiras Albufeira
943 Festa da Freguesia de Olhos de Água Albufeira
944 Festa do Polvo Albufeira
945 Comemorações Dia Município Albufeira
946 Mostra dos Frutos Secos Albufeira
947 Festas do Pescador Albufeira
948 Comemorações Dia Mundial Turismo Albufeira
949 Festa da Passagem do Ano de Albufeira Albufeira
950 Paderne Medieval Albufeira
951 Festa de São Bento Alcoutim
952 Festa da Maia Alcoutim
953 Festa tradicional de Martim Longo Alcoutim
954 Festa tradicional do Pereiro Alcoutim
142
Nº Identificação Fonte
955 Festa tradicional de Vaqueiros Alcoutim
956 Festa de Giões Alcoutim
957 Comemorações do Feriado Municipal Aljezur
958 Noite A - Noite Multicultural de Aljezur Aljezur
959 Festa dos Pescadores da Arrifana Aljezur
960 Festa da Ria Formosa Faro
961 Festa de Nossa Senhora dos Navegantes Faro
962 Festa da Pinha Faro
963 Festa de Santo António do Alto Faro
964 Festa do Borrego Faro
965 Festas de Verão e das Comunidades Loulé
966 Quinzena Gastronómica Loulé
967 Carnaval de Alte Loulé
968 Festa dos Santos Populares Loulé
969 Festa de Verão Loulé
970 Festa da Juventude Loulé
971 Festa da Seiceira Loulé
972 Festa de Verão Loulé
973 Festas Populares de São João Loulé
974 Festas Populares de Boliqueime Loulé
975 Festa do Buraco Loulé
976 Carnaval de Quarteira Loulé
977 Enterro do Entrudo Loulé
978 Dia dos Petiscos do Pescador Loulé
979 Festa dos Santos Populares Loulé
980 Festa da Sardinha Loulé
981 Festa de Passagem do Ano de Quarteira Loulé
143
Nº Identificação Fonte
982 Festa da Espiga Loulé
983 Festa Popular - Folk Festival Loulé
984 Festa da Filhó Loulé
985 Carnaval de Loulé Loulé
986 Noite Branca Loulé
987 Festa das Chouriças de Querença Loulé
988 Festa de Maio Loulé
989 Festa das Chouriças de Tôr Loulé
990 Festa da Associação da Tôr (Agosto) Loulé
991 Festa anual da Tôr Loulé
992 Festa dos Milhos (Agosto) Loulé
993 Magustos Monchique
994 Festa do M Monchique
995 Feira de Artesanato e Produtos Locais Monchique
996 16 de junho (fundação do concelho) Olhão
997 Carnaval de Moncarapacho Olhão
998 Festas de São Sebastião Olhão
999 Festas em honra de Nossa Senhora das Dores (Quelfes) Olhão
1000 São João Portimão
1001 São José de Alcalar Portimão
1002 Festa da Rainha Santa Isabel Portimão
1003 Festa de St. André Portimão
1004 Festa de Nossa Senhora Da Assunção de Portimão Portimão
1005 Festa de Nossa Senhora Do Amparo Portimão
1006 Festa Sr. Jesus Portimão
1007 Festa de Nossa Senhora Das Dores Portimão
1008 Festa Sai à rua SBAlportel
144
Nº Identificação Fonte
1009 Festas de verão das associações locais SBAlportel
1010 Festas de Verão Silves
1011 Semana Gastronómica de Messines Silves
1012 Tradicionais Festas em Honra dos Pescadores Tavira
1013 Festa de Barão VBispo
1014 Partir o Folar Pinhal da Samoqueira Segunda-feira de Páscoa VBispo
1015 Festa da Nossa Senhora da Assunção VRSA
1016 Festas do São João da Degola VRSA
1017 Festa da Nossa Senhora da Encarnação de VRSA VRSA
1018 Festa de Nossa Senhora das Dores VRSA
FEIRAS
1019 Feira de Velharias de Albufeira Albufeira
1020 Feira do Folar de Albufeira Albufeira
1021 Feira de São Tiago Albufeira
1022 Feira de Artesanato de Albufeira Albufeira
1023 Feira da Guia Albufeira
1024 Feira Franca de Albufeira Albufeira
1025 Feira de Doces d' Avó Alcoutim
1026 Feira de Artesanato de Alcoutim Alcoutim
1027 Feira de São Marcos Alcoutim
1028 Feira de Artesanato de Martim Longo Alcoutim
1029 Feira do Corpo de Deus Alcoutim
1030 Feira de São Pedro Alcoutim
1031 Feira Anual de Giões Alcoutim
1032 Feira e Festa de Alcoutim Alcoutim
1033 Feira de Verão Alcoutim
1034 Feira da Perdiz Alcoutim
145
Nº Identificação Fonte
1035 Feira do Pão Quente e do Queijo Fresco Alcoutim
1036 Feira do Folar de Odeceixe Aljezur
1037 Feira da Terra (Feira de Produtos Locais) Aljezur
1038 Feira de Aljezur Aljezur
1039 Feira do Rogil Aljezur
1040 Feira de Odeceixe Aljezur
1041 Feira de Santa Iria Faro
1042 Feira dos Doces Bebidas e Frutos Secos Faro
1043 Feira do Cavalo Faro
1044 Mostra de Artesanato de Montenegro Faro
1045 Feira de Artesanato de Faro Faro
1046 Mercadinho Hortofrutícola de Montenengro Faro
1047 Feira de Produtores, Artesãos e Colecionismo Faro
1048 Mercado Agrícola de Faro Faro
1049 Mercado Mensal de Estoi Faro
1050 Concurso Arte Doce Lagos
1051 Feira do Livro Lagos
1052 Mercado Mensal de Almancil Loulé
1053 Feira das Velharias Loulé
1054 Feira anual - 17 Setembro Loulé
1055 Mercado Mensal (Alte) Loulé
1056 Mercado mensal de Ameixial Loulé
1057 Mercadinho de Natal Loulé
1058 Mercado Mensal de Boliqueime Loulé
1059 Feira do livro e Artesanato de Quarteira Loulé
1060 Mercado de Quarteira Loulé
1061 Mercado Mensal de Salir Loulé
146
Nº Identificação Fonte
1062 Mercadinho da Horta Loulé
1063 Feiras anuais (Salir) Loulé
1064 Feira da Serra de Loulé Loulé
1065 Feira Popular Loulé
1066 Mercado semanal Loulé
1067 Mercadinho da Primavera e Outono Loulé
1068 Mercado Mensal de Querença Loulé
1069 Feira anual Loulé
1070 Mercado Mensal de Benafim Loulé
1071 Feira do Chocolate Loulé
1072 Feira dos Enchidos Tradicionais de Monchique Monchique
1073 Feira do Presunto Monchique
1074 Feira do Artesanato de Marmelete Monchique
1075 Descasca Marmelete Monchique
1076 Feira da Batata e do Limão Monchique
1077 Feira Anual de Marmelete Monchique
1078 Artechique Monchique
1079 Feira Anual de Monchique Monchique
1080 FARM - Feira de Arte, Artesanato, Agricultura e Recreio Olhão
1081 Artesanato Portimão
1082 Feira Mensal Portimão
1083 Feira de Velharias de Portimão Portimão
1084 Feira de Produtos Biológicos de Portimão Portimão
1085 Feira de Produtos Biológicos de Alvor Portimão
1086 Feira do Livro de Portimão Portimão
1087 Feira da Serra de SBAlportel SBAlportel
1088 Feira de São Brás SBAlportel
147
Nº Identificação Fonte
1089 Festa e Feira de Setembro SBAlportel
1090 Feira das Cruzes Silves
1091 Feira de Todos os Santos Silves
1092 Feira Medieval de Silves Silves
1093 Feira dos Frutos Secos Silves
1094 Feira de São Luís Silves
1095 Feira do Folar de Silves Silves
1096 Feira do Livro de Silves Silves
1097 Feira do Livro de Lagos Tavira
1098 Feira das Antiguidades e Velharias Tavira
1099 Feira dos Ofícios Tavira
1100 Feira dos Stocks Tavira
1101 Feira de Artesanato da Luz Tavira
1102 Feira Franca de Tavira Tavira
1103 Feira de Agricultura, Caça e Artesanato (FACARTE) Tavira
1104 Feira de São Francisco Tavira
1105 Feira da Boa Morte Tavira
1106 Feira da Praia VRSA
1107 Feiras de Velharias VRSA
1108 Mostras de Artesanato VRSA
CELEBRAÇÕES RELIGIOSAS
1109 Nossa Senhora da Orada Albufeira
1110 São Vicente de Albufeira Albufeira
1111 Nossa Senhora Esperança Albufeira
1112 Nossa Senhora da Guia/São Luís Albufeira
1113 Senhor dos Passos de Albufeira Albufeira
1114 Senhor dos Passos de Paderne Albufeira
148
Nº Identificação Fonte
1115 Festa do Enterro do Senhor (Paderne) Albufeira
1116 Festa do Enterro do Senhor (Albufeira) Albufeira
1117 Procissão das Velas (Albufeira) Albufeira
1118 Nossa Senhora da Visitação Albufeira
1119 Procissão de Nossa Senhora da Conceição (Alcoutim) Alcoutim
1120 Procissão de Nossa Senhora da Conceição (Martim Longo) Alcoutim
1121 Festa de Nossa Senhora da Alva (padroeira de Aljezur) Aljezur
1122 Festas em Honra de Nossa Senhora dos Mártires CMarim
1123 Festas em Honra do Coração Imaculado de Maria CMarim
1124 Festas em Honra de Nossa Senhora da Visitação CMarim
1125 Procissão do Enterro do Senhor (Faro) Faro
1126 Procissão dos Passos Faro
1127 Procissão de Nossa Senhora do Carmo (Faro) Faro
1128 Procissão de Nossa Senhora da Conceição (Faro) Faro
1129 Procissão de Nossa Senhora dos Navegantes Faro
1130 Festa em honra de Santo António Lagoa
1131 Festa em honra de São Francisco de Assis Lagoa
1132 Festa em honra da Nossa Senhora da Rocha Lagoa
1133 Festa em honra da Nossa Senhora da Conceição Lagoa
1134 Festa em honra de Nossa Senhora da Encarnação Lagoa
1135 Festa em Honra da Nossa Senhora da Encarnação Lagoa
1136 Festa em honra da Nossa Senhora da Luz Lagoa
1137 Festa em honra de Nossa Senhora das Dores e São Tiago Lagoa
1138 Semana da Família Loulé
1139 Semana Santa Loulé
1140 Procissão das Campainhas Loulé
1141 Mãe Soberana - Festa Pequena e Festa Grande Loulé
149
Nº Identificação Fonte
1142 Festa em honra de Nossa Senhora da Conceição (Loulé) Loulé
1143 Festa em honra de São Lourenço Loulé
1144 Festa em honra de São Luís (São João da Venda) Loulé
1145 Festa da Epifania Loulé
1146 Festa em honra de São Luís (Alte) Loulé
1147 Semana Santa Loulé
1148 Festa da Páscoa Loulé
1149 Festa em honra de Nossa Senhora da Assunção Loulé
1150 Festa em honra de Nossa Senhora das Dores e São Luís Loulé
1151 Festa de Natal Loulé
1152 Festa de São Faustino Loulé
1153 Festa em honra de Nossa Senhora das Dores Loulé
1154 Festa em honra de Nossa Senhora da Conceição (Quarteira e Loulé) Loulé
1155 Festa de São Luís e São Sebastião Loulé
1156 Festa de Santa Catarina Loulé
1157 Festa de Sta Luzia Loulé
1158 Festa Pequena da Mãe Soberana Loulé
1159 Festa Grande da Mãe Soberana Loulé
1160 Festa em honra de Nossa Senhora da Boa Hora Loulé
1161 Festa em Honra de Nossa Senhora do Bom Sucesso Loulé
1162 Festa em honra de São Luís Loulé
1163 Festa de Nossa Senhora da Assunção de Loulé Loulé
1164 Festa de Santa Rita de Cássia Loulé
1165 Festa dos Reis Loulé
1166 Festa em honra de Nossa Senhora da Glória Loulé
1167 São Romão Monchique
1168 Santo António Monchique
150
Nº Identificação Fonte
1169 Semana Santa Monchique
1170 As janeiras e os Reis Monchique
1171 Festa da Nossa Senhora da Encarnação de Monchique Monchique
1172 Dia da Espiga Monchique
1173 Procissão do Sr. Jesus dos Passos Portimão
1174 Procissão do Enterro do Senhor (Portimão) Portimão
1175 Procissão de Domingo de Ramos Portimão
1176 Lava-pés Portimão
1177 Procissão Real da Ressureição de Cristo Portimão
1178 Procissão de São José Portimão
1179 Procissão do Corpo de Deus Portimão
1180 Procissão de Nossa Senhora da Conceição (Portimão) Portimão
1181 Procissão da Rainha Santa Isabel Portimão
1182 Celebrações Pascais Portimão
1183 Celebrações Natalícias Portimão
1184 Procissão da Aleluia - Festa das Tochas Floridas SBAlportel
1185 Festa dos Tabuleiros Floridos SBAlportel
1186 Procissão dos Ramos Silves
1187 Procissão Real Silves
1188 Festa de Nosso Senhor dos Passos de Silves Silves
1189 Procissão do Enterro do Senhor (Silves) Silves
1190 Festa de Nosso Senhor dos Passos (Algoz | Alcantarilha) Silves
1191 Festa de Nossa Senhora do Carmo Silves
1192 Festa em Honra de Nossa Senhora dos Navegantes Silves
1193 Festa em Honra de Nossa Senhora dos Aflitos Silves
1194 Festa em Honra de Nossa Senhora das Dores Silves
1195 Procissão do Dia do Corpo de Deus Silves
151
Nº Identificação Fonte
1196 Procissão de Nosso Senhor dos Passos Silves
1197 Procissão em Honra de Nossa Senhora de Fátima Silves
1198 Festa de Nossa Senhora da Saúde Silves
1199 Procissão de Nosso Sr. dos Passos Tavira
1200 Procissão do Triunfo em Domingo de Ramos Tavira
1201 Procissão de Enterro do Senhor Tavira
1202 Procissão das Velas (Tavira) Tavira
1203 Procissão de Santo António Tavira
1204 Procissão de Nossa Senhora do Carmo (Tavira) Tavira
1205 Procissão de Santo Estevão (Santo Estêvão) Tavira
1206 Procissão da Luz Tavira Tavira
1207 Procissões Nossa Senhora das Dores Tavira
1208 Procissão de Nossaª Senhora do Mar Tavira
1209 Procissão Nossa Senhora das Dores (Tavira) Tavira
1210 Procissão Nossa Senhora Saúde e São Luís Tavira
1211 Procissão de Santo Estevão (Cachopo) Tavira
1212 Procissão de Nossa Senhora da Conceição (Tavira) Tavira
1213 São Vicente VBispo
1214 Nossa Senhora da Graça VBispo
1215 Nossa Senhora da Encarnação VBispo
1216 Nossa Senhora do Perpétuo Socorro VBispo
1217 Nossa Senhora dos Navegantes VBispo
1218 Nossa Senhora das Candeias VBispo
1219 Nossa Senhora da Conceição VBispo
1220 Procissão em Honra de Nossa Senhora da Assunção VRSA
1221 Procissão e Missa Campal em Honra de São João da Degola VRSA
1222 Procissão em Honra de Nossa Senhora da Encarnação VRSA
152
Nº Identificação Fonte
1223 Procissão em Honra de Nossa Senhora das Dores VRSA
FOLCLORE
1224 ARFIA - Associação Rancho Folclórico de Albufeira Albufeira
1225 Rancho Folclórico dos Olhos de Agua Albufeira
1226 Grupo de Danças e Cantares de Paderne Albufeira
1227 GEDCA - Grupo Etnográfico de Danças e Cantares de Albufeira Albufeira
1228 Associação Rancho Folclórico dos Amigos de Ferreiras Albufeira
1229 Grupo Etnográfico da Aldeia do Pereiro Alcoutim
1230 Grupo de Cantares dos Balurcos Alcoutim
1231 Rancho Folclórico Infantil de Martim Longo Alcoutim
1232 Grupo Folclórico de Faro Faro
1233 Grupo Folclórico Amigos de Montenegro Faro
1234 Grupo Folclórico Gorjonense Faro
Grupo Folclórico da Associação Cultural Recreativa de Desportiva 1235 Faro Nexense
1236 Rancho Folclórico e Etnográfico de São Sebastião Loulé
1237 Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé Loulé
1238 Grupo Folclórico de Alte Loulé
1239 Grupo Etnográfico da Serra do Caldeirão Loulé
1240 Grupo Folclórico "Mondadeiras das Barrosas" Loulé
1241 Grupo Folclórico da Tôr Loulé
1242 Grupo Folclórico da Casa do Povo de Boliqueime Loulé
1243 Rancho Folclórico da Ladeira do Vau Portimão
1244 Rancho Folclórico da Figueira Portimão
1245 Rancho Folclórico de São B. de Messines Silves
1246 Rancho Folclórico de Tavira Tavira
1247 Rancho Folclórico da Luz Tavira
153
Nº Identificação Fonte
1248 Rancho Folclórico de Santo Estêvão Tavira
1249 Rancho Folclórico de Sta. Catarina Tavira
OUTROS. QUAIS?
1250 Encontro de Cantares de Janeiras Albufeira
1251 Encontro de Cantares de Janeiras dos Olhos de Água Albufeira
1252 Festival de Caminhadas Alcoutim
1253 ArteDentro Aljezur
1254 LargoAnimado Aljezur
1255 Mercado Mensal de Rogil Aljezur
1256 Mercado Mensal de Aljezur Aljezur
1257 Bailes dos Santos Populares CMarim
1258 Carnaval (Tradicional) CMarim
1259 Serões de Acordeão no Concelho de Castro Marim CMarim
1260 Mercado do Livro Usado e Colecionáveis Lagos
1261 Banho do 29 Monchique
1262 Mercado Municipal de Portimão Portimão
1263 Mercado 25 de Abril Portimão
1264 Mercado de Alvor Portimão
1265 Arraial do Petisco Silves
1266 Comemorações da Fundação de VRSA VRSA
Fonte: Elaboração própria
No campo das Belas Artes, foram considerados os seguintes itens:
Pintura/Desenho, Escultura, Fotografia e Galerias/Centros Culturais. Foram identificados os recursos apresentados na Tabela 5.7.
154
Tabela 5.7 – Distribuição dos Recursos Culturais - Belas Artes
Nº Identificação Fonte
PINTURA
1267 BAILOTE - João Barreto Bailote Albufeira
1268 SAMORA BARROS - José Ricardo Júdice de Samora Barros Albufeira
1269 MOTTA E SOUSA - Álvaro Motta e Sousa Albufeira
1270 Maria Zélia Rebelo Albufeira
1271 Feliciana - Maria de Jesus Mealha dos Santos Feliciano Albufeira
1272 Sandra Luísa Caetano Albufeira
1273 ZORBA/Luís Filipe Romão Albufeira
1274 Maria Antonieta Cruz Albufeira
1275 Monika Matias Albufeira
1276 Sergueei Sergueev Albufeira
1277 Manuel Rodrigues Ribeiro Albufeira
1278 Susana Gonçalves Albufeira
1279 Rosa Barriga Vieira Albufeira
1280 Carla Neto Albufeira
1281 Lino Gonçalves Albufeira
1282 Sónia Marisa Fernandes Albufeira
1283 Bruno Ferreira Fernandes Albufeira
1284 Graciete Monteiro Albufeira
1285 José Dâmaso Albufeira
1286 Nelson Teixeira Albufeira
1287 Brian Mehl Albufeira
1288 Luís Nunes Alberto Albufeira
1289 Pinturas do séc. XVI até Séc. XXI Aljezur
1290 João Viegas Faro
155
Nº Identificação Fonte
1291 Henrique Dentinho Faro
1292 Vicente de Brito Faro
1293 Vasco Vidigal Faro
1294 Manuel Gamboa Lagoa
1295 Milita Loulé
1296 Charlie Holt Loulé
1297 Nuno Viegas Loulé
1298 Otelo Loulé
1299 Paula Tojal Loulé
1300 Bota Filipe Loulé
1301 António Dias Loulé
1302 Christinne Henry Loulé
1303 Teresa Callem Loulé
1304 Yaroslav Flicinsky Loulé
1305 Daniel Vieira Loulé
1306 Magaly Gouveia Loulé
1307 João Espada Loulé
1308 Telas da Igreja do Colégio (séc. XVII) Portimão
1309 Telas da Igreja Matriz de Portimão Portimão
1310 Tela de Júlio Amaro (Igreja do Amparo) Portimão
1311 Serafim (Edifício CMP) Portimão
1312 Palacete Abreu Portimão
1313 David Silva SBAlportel
1314 Octávio Lourenço SBAlportel
1315 Aurélia Parreira SBAlportel
1316 Eduardo Dias SBAlportel
1317 Manuel Teodoro SBAlportel
156
Nº Identificação Fonte
1318 Maria de São José SBAlportel
1319 Ana Isabel Calheta SBAlportel
1320 Manuela Caneco - Pintura em acrílico e marmoreado VBispo
1321 Arlindo Mateus - Pintura a óleo VBispo
1322 Clive Cook - Pintura a óleo VBispo
1323 Julie Gunderson - Pintura em Acrílico VBispo
1324 Virgílio Costa - Pintura a óleo e espátula VBispo
1325 Maria Soares - Pintura mista em relevo VBispo
1326 Aidan Bremner - Pintura em acrílico, técnica mista VBispo
1327 John Brian Tuttle - Pintura a óleo VBispo
1328 António Pinheiro - Pintura em acrílico VBispo
1329 Maria Jesus - Pintura em vidro aplicado VBispo
1330 Joana Jesus - Pintura em acrílico sobre tela VBispo
1331 Marieta Duarte - Pintura a óleo VBispo
1332 Nicole Paquet - Pintura a óleo VBispo
DESENHO
1333 Manuel Rodrigues Ribeiro Albufeira
1334 Sónia Marisa Fernandes Albufeira
1335 Desenhos do Séc. XX Aljezur
1336 Paulo Serra (Faro) Faro
1337 Paulo Serra (Loulé) Loulé
ESCULTURA
1338 José Teixeira Zurrapa Albufeira
1339 Luís Nunes Alberto Albufeira
1340 Jorge Carita Matias Albufeira
1341 Maria Lourdes Lopes Albufeira
1342 José da Piedade Vieira Albufeira
157
Nº Identificação Fonte
1343 Joaquim Pargana Albufeira
1344 Esculturas do Séc. XV até Séc. XXI Aljezur
1345 Teresa Paulino Loulé
1346 Henrique Silva Loulé
1347 Esculturas Zona Ribeirinha de Portimão Portimão
1348 Esculturas Zona Ribeirinha de Alvor Portimão
1349 Escultura João Braz Portimão
1350 Esculturas Visconde Bívar Portimão
1351 D. João II - Porta Manuelina Portimão
1352 Homenagem à Mulher Conserveira Portimão
1353 Homenagem ao Eng. Nuno Mergulhão Portimão
1354 Mó Portimão
1355 Monumento a Bernardo de Passos Busto SBAlportel
1356 Escultura de Homenagem ao atleta - Trabalho em ferro SBAlportel
1357 Jorge Mendonça SBAlportel
Mário Soares - Escultura em madeira, massa de papel, pedra e 1358 VBispo vidro
1359 Nelson Barata - Escultura em pedra VBispo
1360 Carlos Figueiras - Escultura em pedra, ferro e chapa VBispo
1361 Mon. Tanegashima VBispo
1362 Mon.Homem do Mar VBispo
1363 Mon. Fénix VBispo
1364 Mon. Infante D. Henrique VBispo
1365 Mon. Celeiro do Algarve VBispo
FOTOGRAFIA
1366 Rui Gregório Albufeira
1367 Vasco Célio Loulé
158
Nº Identificação Fonte
1368 Luís da Cruz Loulé
1369 Tiago Grosso Loulé
1370 Racal Clube Silves
1371 Rolf Henkel VBispo
1372 Margot Köllges VBispo
1373 João Costa VBispo
1374 Rita Mateus VBispo
1375 Dário Teixeira VBispo
1376 Armindo Vicente VBispo
1377 Vanda Oliveira VBispo
1378 Helena Conceição VBispo
GALERIAS
1379 Galeria Municipal de Albufeira Albufeira
1380 Galeria de Arte Pintor Samora Barros Albufeira
1381 Casa dos Condes Alcoutim
1382 Centro de Artes e Ofícios Alcoutim Alcoutim
1383 Espaço + Aljezur
1384 Galeria de Arte - edifício da Junta de Freguesia de Odeceixe Aljezur
1385 Galeria Trem Faro
1386 Galeria Margem Faro
1387 Artadentro Faro
1388 Centro Cultural de Lagos Lagos
1389 Galeria de Arte do Convento do Espírito Santo Loulé
1390 Galeria de Arte da Praça do Mar Loulé
1391 Galeria de Arte de Vale do Lobo Loulé
1392 Centro Cultural de São Lourenço Loulé
1393 Galeria de Arte ZEFA Loulé
159
Nº Identificação Fonte
1394 Galeria ART CATTO Loulé
1395 Galeria Municipal de Santo António Monchique
1396 Auditório Municipal Olhão
1397 Casa João Lúcio/Ecoteca Olhão
1398 Biblioteca Municipal de Olhão Olhão
1399 Galeria Municipal SBAlportel
1400 Centro de Artes e Ofícios SBAlportel
1401 Zem Arte SBAlportel
1402 Café da Vila SBAlportel
1403 Centro de Interpretação VBispo
1404 Centro Cultural VBispo
ARTESANATO
1405 Anabela Campos Vieira Albufeira
1406 António Ferreira Albufeira
1407 Carla Nascimento Albufeira
1408 Carlos Mateus Albufeira
1409 Dália Mateus Albufeira
1410 Elsa Libereiro Albufeira
1411 Fabíola Carvalho Albufeira
1412 Fátima Machai Albufeira
1413 Filomena Ramos Albufeira
1414 Francisco Almeida Albufeira
1415 Graça Martins Albufeira
1416 Helena Lameiras Albufeira
1417 Jacinta Ramos Albufeira
1418 Joaquina Campos Albufeira
1419 João Silva Albufeira
160
Nº Identificação Fonte
1420 Madalena Reis Albufeira
1421 Maria Idalina Mealha Albufeira
1422 Marta Pereira Albufeira
1423 Sérgio Ferraz Albufeira
1424 Sofia Schiappa Albufeira
1425 Bonecas de Juta Alcoutim
1426 Trabalhos em madeira Aljezur
1427 Bijuteria Aljezur
1428 Trabalhos em gesso Aljezur
1429 Rendas de Bilros CMarim
1430 Cestaria de Cana CMarim
1431 Trabalhos em Tabua CMarim
1432 Exposições Lagos
1433 Projeto TASA Loulé
1434 Esparto Loulé
1435 Olaria Loulé
1436 Brinquedos da Torre Loulé
1437 Linho Loulé
1438 Cabedal Loulé
1439 Pintura de Cerâmica Loulé
1440 Artesanato Contemporâneo Loulé
1441 Cana Loulé
1442 Cadeiras de Tesoura Monchique
1443 Colheres de Pau Monchique
1444 Trabalhos em vime e verga Monchique
1445 Bordados Monchique
1446 Rendas Monchique
161
Nº Identificação Fonte
1447 Linho e Tecelagem Monchique
1448 Fabrico de calçado Monchique
1449 Custódio Cavaco SBAlportel
1450 Elisabete Sousa SBAlportel
1451 Sónia Martins SBAlportel
1452 António Luz SBAlportel
1453 Ercília Gomes SBAlportel
1454 Maria Luísa Cunha SBAlportel
1455 João Florêncio SBAlportel
1456 Maria Francisca Martins SBAlportel
1457 Associação Arte Xelb Silves
1458 Maria Clímaco - Pintura VBispo
1459 Maria Correia - Falso mosaico, cartonagem VBispo
1460 Maria Baptista - Pintura em porcelana VBispo
1461 Vanda Bravo - Especiarias em arte floral VBispo
1462 Arnaldo Mateus VBispo
1463 Esmeralda Jorge - Bordado a fitas/croché e bordado VBispo
1464 Ofélia Custódio - Ponto sombra VBispo
1465 Maria Rodrigues - Rechelier VBispo
1466 Fernanda Correia - Bordado com ponto margarida VBispo
1467 Maria Mateus - Croché e ponto cruz VBispo
1468 José Rosa - Linha colada VBispo
Aljezur
1469 Cerâmica Alcoutim
Monchique
CMarim 1470 Empreita Loulé
162
Nº Identificação Fonte
OUTROS. QUAIS?
1471 Centro de Ciência Viva do Algarve Faro
1472 Antigos Paços do concelho Lagos
1473 Miguel Cheta - instalação Loulé
1474 Menau - instalação Loulé
1475 Mostra de Cinema Europeu Tavira
1476 Mostra de Cinema Não-Europeu Tavira
1477 Mostra de Artistas VBispo
Fonte: Elaboração própria
5.2. Diagnóstico Participativo
O inventário de recursos na ótica dos municípios e os inventários complementares, embora integrem os domínios avançados pela UNESCO
(2009), não contemplam domínios tais como livros e imprensa, audiovisual e media interativo e serviços criativos e design. Paralelamente, devido à especificidade de determinados recursos, a sua referência pelas câmaras não foi exaustiva.
O facto conduz à necessidade de auscultação de um painel qualificado de peritos (Apêndice VII) que, através de entrevistas, avançam com contributos para a delimitação de um diagnóstico dos principais recursos existentes na região nos domínios não integrantes da matriz aplicada aos municípios e em domínios que pelas suas características assim o requerem.
163
Figura 5.1 Diagnóstico Participativo – Painel qualificado de peritos por domínios
Património Natural Património Geológico Gastronomia Industrias e Vinhos Culturais e Património Criativas Gastronómico Peritos
Diagnóstico
Património Participativo Celebrações Cultural Património Património Literário Religioso
Peritos
Património Belas Artes e Cultural Artes Intangível Performativas
Fonte: Elaboração própria
As entrevistas foram realizadas a um conjunto de 12 entrevistados distribuídos pelos diferentes domínios constantes na figura supra.
5.2.1. Património Cultural
5.2.1.1. Património Literário
O património cultural integra vários subdomínios, muito embora no caso do património literário uma análise mais aprofundada conduza à determinação dos autores que poderiam propiciar experiências turístico-
164
literárias31 na região do Algarve. Os (2) entrevistados no domínio do património literário identificam um conjunto de escritores, nomeadamente
(Tabela 5.8):
Tabela 5.8 – Escritores do Algarve
Escritores atuais do Escritores não Escritores algarvios Algarve algarvios:
Álvaro de Campos(*) Teresa Rita Lopes José Saramago
António Aleixo Lídia Jorge Raul Brandão
João de Deus Nuno Júdice Manuel da Fonseca
Cândido Guerreiro Gastão Cruz Yvette K. Centeno
Emiliano da Costa Casimiro de Brito
João Lúcio
António Ramos Rosa
Manuel Teixeira Gomes
Vicente Campinas
(*) Heterónimo de Fernando Pessoa
Fonte: Elaboração própria
Um dos entrevistados32 dá particular realce a Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa, “algarvio nascido em Tavira”, como está
31 Para Butler (2000:360) turismo literário tem como principal motivação a visita a locais relacionados com o interesse pela literatura, conduzindo a que esta “possa desempenhar um importante papel na configuração do turismo cultural-criativo e no sentido do ‘ser turista’ ao mesmo tempo que valoriza não só as ‘relações com o texto’, mas também as relações ‘para além do texto’” (Quinteiro & Henriques, 2011). Como assinala Grieser (1995), a existência de fatores externos (lugar onde a obra é escrita) e fatores internos à literatura (cenários usados no texto), ou ainda, segundo Biesalski (2011:54) de formas orientadas para a realidade (visita às casas dos autores e a uma determinada paisagem ou lugar concretos/reais) ou de formas orientadas para a ficção (visita a parques temáticos), colocando ao centro os elementos de ligação entre realidade e ficção (guias turísticos, passeios literários, viagens literárias, leituras), conduz a que a literatura se configure como o elemento suscitador da viagem. O desenvolvimento do turismo literário ou a criação de itinerários turístico-literários para o Algarve, poderá, sobretudo, conduzir a um fenómeno semelhante ao descrito por Barke (2002:80) a propósito do turismo literário em Espanha, ou seja, a que para além de um turismo de massas, de “sol e mar”, se devem também apostar em esforços que atraiam turistas nacionais que viajam pelo país com o objetivo de conhecer melhor a sua herança cultural, para os quais a dimensão educativa do destino converge com dimensão de lazer. 32 Teresa Rita Lopes para além de salientar Álvaro de Campos remete também para o site da Casa Álvaro de Campos, da qual é madrinha, onde consta: " [...] Álvaro de Campos nasceu em Tavira, no dia 15 de Outubro de
165
salientado na carta que o escritor escreveu a Adolfo Casais Monteiro. É feita também referencia ao livro intitulado “Escritores Portugueses do Algarve” de
Candeias Gonçalves (2006), o qual apresenta extratos significativos das obras de dezanove autores nascidos na região (entre 1924-1968), os quais integra em função de quatro áreas, nomeadamente: Algarve Mar, Algarve
Barrocal, Algarve Guadiana e Algarve Serra Verde33.
São também mencionados pelos entrevistados, enquanto contributos para a valorização da experiência turístico-literária, as casas de autores, estátuas, monumentos, itinerários, cidades. Entre as casas de autores são referidas a casa de Manuel Teixeira Gomes (em Portimão), a casa de João Lúcio (em
Olhão) e a casa de João de Deus (em S. Bartolomeu de Messines). No caso de
Cândido Guerreiro, o seu espólio encontra-se exposto em Alte, no Pólo
Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte.
No referente às estátuas dos autores e aos monumentos a eles dedicados
é alvo de menção: “a estátua de Emiliano da Costa em Estói, a de António
Aleixo, em Loulé, a de João Lúcio, em Olhão e o monumento a Cândido
Guerreiro, em Alte”34.
Em termos de itinerários literários é referido que: “estes poderão abranger todo o Algarve, como sucede se seguirmos os passos de Raúl Brandão, em
Os Pescadores, ao longo de toda a costa algarvia, ou de José Saramago, em
1890 (às 1.30 da tarde, diz-me o Ferreira Gomes; e é verdade, pois, feito o horóscopo para essa hora, está certo). Este, como sabe, é engenheiro naval (por Glasgow), mas agora está aqui em Lisboa em inatividade. [...]". "Álvaro de Campos, é assim um poeta de Tavira, cidade onde passou a sua infância, cidade refletida nos seus poemas." (Lopes, Teresa Rita - Álvaro de Campos o engenheiro de Tavira. "Tavira", (17), Janeiro de 2006 http://www.cm- tavira.pt/site/content/camara-biblioteca-cultura/%C3%A1lvaro-de-campos). 33 Algarve - Mar [Faro (António Ramos Rosa, Gastão Cruz, Lia Viegas, Teresa Rita Lopes), Olhão (Fernando Cabrita), Almansil (José Fonseca Domingos), Alcantarilha (Torcato da Luz), Lagos (José Viera Calado); O Algarve – Barrocal (Loulé (Casimiro de Brito, Idália Farinho); - Boliqueime (Mª Alice Galhós); - Cerro e Alcaria (Lidia Jorge), - Poço Barreto (Pedro Jorge), - Mexilhoeira Grande (Nuno Judice); O Algarve Guadiana [VRSA (Lolita Ramirez (Mª das Dores Galhard) - Castro Marim (Francisco Palma Dias), Alcoutim (Carlos Brito)], O Algarve Serra verde [Monchique (António Manuel Venda; António Silva Carriço)] (Candeias Gonçalves, 2006). 34 Silvia Quinteiro.
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Viagem a Portugal, obra onde o Nobel da Literatura faz quase uma listagem das igrejas, monumentos e museus desta região, ou ainda se traçarmos um percurso com base na obra de Manuel Teixeira Gomes. Este último, permitindo claramente dois itinerários, um por sotavento e outro por barlavento. Múltiplos são também os itinerários que se poderiam traçar com base na obra de Lídia Jorge, já que textos como O Dia dos Prodígios, A
Instrumentalina, O Vale da Paixão e O Vento Assobiando nas Gruas, encontram no Algarve o seu tema e o seu espaço, refletindo as memórias de infância e de adolescência que a autora tem da sua terra natal (…)”35.
Existe ainda a possibilidade de se criarem itinerários dentro de uma única cidade. 36
Para além de proporcionar a construção de itinerários, a literatura que retrata o Algarve possibilita ainda o incremento da visibilidade de algum património disperso.37
5.2.2. Património Geológico
Já nos finais da década de 80, Alvarinho Dias (1988) alerta para o valor científico e o potencial didático, em termos geomorfológico e paisagístico, de muitos locais do Algarve, o que a seu ver justifica a sua consideração para um turismo científico. Também Parreiral (2011) chama a atenção para o
35 Silvia Quinteiro. 36 Isso seria possível com as obras já referidas, “mas é o também estabelecendo a ligação de João Lúcio e de O meu Algarve a Olhão ou das Crónicas Algarvias de Manuel da Fonseca à mesma cidade. A estes acresce um conjunto de autores cuja origem nem sempre é fácil de identificar, mas que estão associados às cidades algarvias onde viveram e escreveram: os poetas Al-Mutamid, Ibn Badrun, Ibn Ammar, Abd Allah Ibn “As-sid, Ibn Uázir associados a Silves, as poetisas Mariam e Xilbia, Ibn Darraj a Cacela, Abu Othman a Tavira, Ibn Hárun e Abu-l-Hasan ibn Sali ash-Shantamari a Faro e Al-Cutair a Loulé. 37 Como é o caso das paisagens naturais, longamente descritas pelos diferentes autores, em que predominam o sol, o mar, o branco e o azul, as referências às gentes, ao seu modo de vida e às suas atividades, nomeadamente no que refere à pesca e à apanha de marisco, mas também à arquitetura vernácula, uma vez que autores como Raul Brandão, Emiliano da Costa, António Ramos Rosa, Yvette K. Centeno e Teresa Rita Lopes, têm a casa algarvia como tema ou como elemento importante de alguns dos seus textos”.
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potencial geoturístico de alguns dos aspetos geomorfológicos da região algarvia38. Há igualmente a destacar fósseis e jazidas fossilíferas39 e minas40.
Os entrevistados no domínio – Património Natural, foram consensuais em considerar a importância dos recursos geológicos41 para a valorização do
Turismo Cultural. “O Algarve possui locais de grande interesse geológico, a sua Geodiversidade encerra importantes pontos para a compreensão da evolução geológica do território nacional, mais concretamente nos últimos
400 milhões de anos. É a Geodiversidade do Algarve que permite que a paisagem, biologia, história e algumas atividades económicas sejam tão particulares neste território (…)”42.
38 Num estudo concentrado no litoral, Alveirinho Dias (1988), refere que o Litoral Algarvio “é caracterizado por elevada diversidade litológica e grande riqueza de formas. Com a extensão de cerca de 50 km de Odeceixe a Sagres e de cerca de 160 km de Sagres à foz do Guadiana, a costa desenvolve-se, de modo geral, em formações cuja idade vai sendo mais recente à medida que se caminha para oriente. Assim, a Norte do Cabo de São Vicente, o litoral é talhado em formações paleozóicas. Deste cabo para leste surgem sucessivamente formações jurássicas, cretácicas, miocénicas, plio-quaternárias e atuais. Na costa existem tipos litológicos muito variados, nomeadamente xistos, grauvaques, calcários, dolomitos, calcarenitos, siltitos, arenitos, conglomerados, rochas eruptivas e areias actuais”. 39 Com a publicação do Decreto-Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, que estabelece as bases da política e do regime de proteção do património cultural, os bens paleontológicos cujos valores sejam raros ou exemplares passaram a estar formalmente integrados no conceito de património cultural. A jazida fossilífera de Cacela apresenta características que, de acordo com os critérios científicos, pedagógicos e culturais enunciados por Cachão et al. (1998) justificam a sua inclusão no chamado Património Paleontológico Português (P.P.P.). 40 No Algarve destacam-se as Minas de cobre e manganes, antimónio e Minas de sal gema de campina de cima (Loulé). IN: http://www.cbarq.pt/noticias/mina-de-sal-gema-em-loule-vai-transformar-se-num-centro-de- recepcao-e-interpretacao-e-ira 41 O Geoturismo ascende a meados dos anos 90 do século XX e associa os conceitos “geo” e “turismo”, pelo que assenta em viagens com a motivação de conhecer/compreender o planeta Terra. Mais recentemente o conceito de geoturismo tem vindo a tornar-se mais inclusivo valorizando a dimensão cultural e científica, podendo consequentemente pressupor uma estreita relação com o turismo cultural e científico. Assim, geoturismo, enquanto interface assume-se como a “convergência do ecoturismo, do turismo vivencial e do turismo cultural” (Rodrigues, 2009), assentando numa experiência holística (Larwood & Prosser, 1998), a qual deve ser desenvolvida numa abordagem “integrada das paisagens, como único mosaico onde existem características geológicas, biológicas e culturais”. Este tipo de turismo compreende cinco aspetos, tidos como os 5 C s do geoturismo: Criação de produtos de geoturismo autênticos; Conservação de sítios de património geológico (geoheritage); Comunicação do património geológico (geological heritage); “Construção comunitária” (community building); Cooperação entre stakeholders (Dowling, 2009). A articulação geodiversidade, biodiversidade, história e cultura local não só aumenta o potencial geoturistico como também patenteia um conjunto de vantagens, tais como “diversifica e complementa a oferta em zonas turísticas”, “não está dependente de hábitos de fauna”, “não está restrito a variações sazonais tornando-o atrativo ao longo do ano” (Brilha, 2005), “pode possibilitar o aparecimento de lembranças com conotação geológica, o incremento da venda de produtos locais, bem como a criação de novos empregos” (Australian-Heritage-Commission et al., 2001; in Brilha, 2005). 42 Paulo Fernandes. Paralelamente “Geologicamente, o território algarvio encontra-se dividido em duas unidades. A primeira unidade a Zona Sul Portuguesa corresponde basicamente ao interior algarvio e à denominada Serra Algarvia, a segunda unidade, a Bacia Algarvia, corresponde às regiões do Litoral e Barrocal algarvio. A natureza
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Tendo como objetivo determinar quais os principais recursos geomorfológicos bem como quais aqueles que têm maior capacidade de atração turística foram referenciadas três escalas: “Macro-escala: paisagens;
Meso-escala: afloramentos; Micro-escala: rochas”43.
Entre os inúmeros locais ou áreas de interesse geológico do Algarve, os entrevistados destacam alguns dos mais importantes Geo-Sítios da região atendendo a vários aspetos, como por exemplo, o valor paisagístico, didático e científico.
Sotavento:
• Anticlinal de Alcoutim e Cova dos Mouros;
• Pêgo do Inferno e estruturas calcárias similares ao longo da Ribeira da Asseca;
• Fonte Benévola (e outras fontes relacionadas com o Aquífero de Querença – Silves);
• Nave do Barão e Nave dos Cordeiros44;
• Rocha da Pena45;
geológica destas unidades marca de forma evidente a paisagem algarvia e todas as características a ela associadas como, a orografia, geomorfologia, botânica, zoologia e atividades humanas. É na Zona Sul Portuguesa que se encontram as rochas mais antigas do Algarve, constituídas, maioritariamente, por rochas sedimentares (grauvaques e xistos argilosos) e rochas vulcânicas cujas idades se distribuem entre os períodos Devónico e Carbónico (400 – 300 milhões de anos) da Era Paleozóica. Na região oeste as rochas da Zona Sul Portuguesa estendem-se até ao litoral definindo uma linha litoral formado por arribas impressionantes. A Bacia Algarvia é formada, também, por rochas sedimentares e rochas vulcânicas, mas de idade mais recente correspondendo às Eras Mesozóica (200 – 100 milhões de anos) e Cenozóica (23 milhões de anos até aos dias de hoje). Todavia, a rocha dominante na Bacia Algarvia é o calcário conferindo-lhe características muito particulares como são o desenvolvimento de estruturas de carsificação que se podem observar em todo o Barrocal e ao longo da linha de costa entre Lagos e Albufeira. No litoral entre a região de faro e de Tavira desenvolve-se a Ria Formosa, uma estrutura geológica de idade recente (10000 anos até aos dias de hoje) mas muito importante e dinâmica do Algarve, constituída por sistemas de ilhas barreira, barras, lagoas, canais e planícies de maré. O grande dinamismo deste sistema geológico é de vital importância para a ecologia, (local de maternidade de muitos peixes e local de repouso e paragem de aves migratórias) e para a economia local (pescas, produção de bivalves e marisco, produção de sal marinho e turismo) ”. 43 Como paisagens tem-se: a Serra do Algarve (xistos e grauvaques), Serra de Monchique (sienitos nefelínicos), Faixa Vulcano-sedimentar (basaltos e doleritos, arenitos de Silves), Barrocal (calcários, calcários margosos e calcários dolomíticos), Litoral (Porto de Mós, Península do Ancão, Sagres). 44 Nave do Barão e Nave dos Cordeiros (Barrocal algarvio a norte de Loulé – poljes que constituem elementos paisagísticos notáveis – conjunto notável de plataformas de abrasão – ponto chave para a compreensão das variações do mar.
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• Campos de Megalapiás (Varjotas, Barrocal da Tôr, Malhada
• Velha e Cerro da Cabeça);
Barlavento:
• A Costa Vicentina destaca-se pela sua importância os afloramentos observados nas arribas das Praias de Murração e de Quebradas;
• Arribas da Ponta do Telheiro;
• A Praia da Mareta46;
• Nas arribas da Pedra Ruiva;
• Na Praia da Salema47;
• Serra de Monchique;
E ainda:
• Praia do Evaristo48;
• Luz de Lagos Porto de Mós49;
• Ponta da Piedade50;
• Praia dos Arrifes51;
45 (Barrocal algarvio a norte de Salir – tem estatuto de Sitio Classificado criado pelo Decreto-Lei nº 32191 de 10 de Outubro). 46 Enseada de Sagres entre as pontas de Sagres e da Atalaia – local chave para o estudo do Jurássico Médio à escala da Península Ibérica, relevância paleoambiental, paleontológica, estratigráfica. 47 Costa meridional do Algarve - arribas litorais da praia têm especial interesse pelo conjunto de trilhos de dinossauros impressos nas camadas do Cretácio Inferior – Barremiano, relevância paleontológicas, paleoambiental e estratigráfica. 48 Costa meridional do Algarve – entre praias de Galé e do Castelo, relevância paleoambiental e morfológica. 49 Costa meridional do Algarve – nas arribas litorais entre as praias da Luz de Lagos e de Porto de Mós está exposta a mais completa sequência estratigráfica do Cretácio Médio – Aptiano, que foi instruída no Cretácio Superior por rochas vulcânicas expostas na ponta das Ferrarias, estratigráfica, morfológica e paleontológica, relevância paleoambiental, paleontológica e estratigráfica. 50 Costa meridional do Algarve – é do ponto de vista paisagístico, um dos locais emblemáticos da Zona costeira do Algarve – as arribas litorais expõem a Formação Carbonatada de Lagos-de Lagos- Portimão Carbonatada de Lagos- Portimão atribuída ao Miocénico. 51 Costa meridional do Algarve – as arribas rochosas da praia expõe camadas subverticais do Cretácio Inferior e tem igualmente interesse para a reconstituição paleogeográfica e paleoambiental do Cretácio Inferior, relevância estratigráfica, paleontológica e morfológica.
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• Cacela a Velha52;
• Estuários do Alvor, Arade e Guadiana53;
• Sistemas Alcantarilha - Espiche54.
Paralelamente, a disponibilização de um conjunto de referências bibliográficas e endereços eletrónicos, nomeadamente o referente à “Rocha da Pena”, “Modelado Cársico do Concelho de Loulé”, “Cova dos Mouros” e
Geo-Sítios de Portugal”, também contribui para a valorização dos recursos.
5.2.3. Gastronomia e Vinhos
Vários autores salientam a importância da gastronomia (património cultural) para o turismo (Bessière, 1998; Hall & Mitchell, 2000, 2002;
Hjalager & Corigliano, 2000; Hjalager & Richards, 2002; Richards & Hjalager,
2002; Wolf, 2006; in Chaney & Ryan, 2012) nomeadamente enquanto elemento potenciador da competitividade e diferenciação dos destinos (Hall
& Sharples, 2003), à medida que reforça a identidade cultural (Delamont,
1994; in Fox, 2007)55.
52 Costa meridional do Algarve - relevância estratigráfica, paleoambiental e morfológica. 53 Costa meridional do Algarve – relevância ecológica, paleoambiental e paisagística. 54 Costa meridional do Algarve) – relevância paleoambiental e paisagístico. 55 Em termos concetuais, gastronomia e turismo tendem a estar associados a Gastronomic Tourism (Zelinsky, 1985), Food Tourism (Hall & Sharples, 2003) ou Culinary Tourism (Long, 2010), dependendo dos autores e sua origem. O turismo gastronómico é definido por Hall e Mitchell (2006) “como visitas a produtores primários e secundários, festivais gastronómicos, restaurantes e locais específicos para os quais degustar ou experienciar os atributos de regiões de produção de produtos gastronómicos constituam a primária motivação para viajar. No fundo reflete todos os consumidores interessados em comida e vinho como uma forma séria de lazer”. Mais recentemente, o conceito tem vindo a dimensionar-se de forma mais lata, tendendo a incluir experiências gastronómicas de todos os tipos (International Culinary Tourism Association, 2012) o que leva à consideração de que todos os turistas têm experiências gastronómicas, visto que a gastronomia está presente em todas as viagens. Também os ingredientes culinários fazem parte da experiência culinária.
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Para o Algarve, Saramago (2001) faz referência à gastronomia algarvia e
às múltiplas influências culturais, integrando-as em termos de evolução histórica56.
Reportando-se à “Dieta Mediterrânica” algarvia e ao seu “segredo”,
Globalgarve e Algarve Rural, (2008) salientam a “diversidade”.
Os alimentos que compõem a Dieta Mediterrânica são em síntese: Azeite e azeitonas, Cereais, pão e massas alimentícias, Frutas e verduras frescas,
Pescado, Carne fresca e curada e enchidos, Leite e derivados, Frutos secos e secados, Leguminosas secas, Vinho, Outros, alimentos.
De notar que a Dieta Mediterrânica consta, a partir de 2013, na lista do
Património Imaterial da Humanidade57.
Estudos gastronómicos do Algarve tendem a contemplar as suas três sub- regiões – litoral, barrocal e serra, ou também “ao mar e à terra”.
Por exemplo, Vila (2010) no seu Livro “Cozinha Com Sabor a Mar e Serra” expressou uma “dualidade” transposta numa “cozinha de fusão”58. Nesta
56 Destaca desde os vestígios arqueológicos da base alimentar dos primeiros povos que ocuparam o sul da península Ibérica (cereais, leguminosas, carne de carneiro e peixe), passando pelos fenícios [cereais (trigo, cevada), legumes (alhos, cebolas, alhos porros e pepinos), leguminosas (ervilhas, lentilhas, grão, favas), azeite, arvores de fruto (tâmaras, figos, maças, romãs, marmelos, amêndoas), vinho (uvas), carne (bois, carneiros, aves domesticas), leite e mel], romanos [cereais, vinho, azeite, legumes, frutos, leite, queijo, carne (domésticos e caça), peixe], árabes [especiarias (açafrão, canela, cravinho, cardamomo), forma utilização frutos secos, açúcar, mel, vinagre, ervas (coentros, hortelã, tomilho, manjerona), legumes (cenouras, couves, espinafres), matérias gordas, arroz, massas, ovos], até à reconquista (sem grandes modificações nos hábitos alimentares) até à introdução de novos produtos coloniais (feijão, batata, milho, tomate, pimentos) com a descoberta de novos territórios, durante os Descobrimentos. 57 Resultando de uma candidatura plurinacional partilhada com a Espanha, Marrocos, Itália, Grécia, Chipre e Croácia (liderada pela Câmara Municipal de Tavira). Este reconhecimento para além de estar associado a “novas responsabilidades, entre elas o reforço da salvaguarda da dieta mediterrânica e de toda a cultura que ela encerra” (Jorge Queirós, in Andrade, 2013), constitui na perspetiva de Jorge Botelho (presidente da Camara Municipal de Tavira) “uma vitória para a comunidade de Tavira, mas também para o Algarve e para todo o país” (in Andrade, 2013). No projeto de decisão elaborado pela UNESCO depois de analisada a candidatura (que fora apresentada na sede da organização em Paris em Março de 2012), é salientado que “a dieta mediterrânica envolve uma série de competências, conhecimentos, rituais, símbolos e tradições ligadas às colheitas, à safra, à pesca, à pecuária, à conservação, processamento, confeção e, em particular, à partilha e ao consumo dos alimentos. Comer em conjunto é a base da identidade cultural e da sobrevivência das comunidades por toda a bacia do Mediterrâneo. É um momento de convívio social e de comunicação, de afirmação e renovação da identidade de uma família, grupo ou comunidade” (in Andrade, 2013).
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linha está também o Estudo da CCDR (2005), o qual distingue o litoral e o interior algarvios. Cabe igualmente referenciar um estudo de Neves (2003) sobre as sínteses e atuações recomendáveis acerca das condicionantes e potencialidades dos produtos do Algarve59.
Acentuando a qualidade do peixe, Prove Portugal (2013) distingue o peixe português como o melhor peixe do mundo (Prove Portugal, 2013).
A Confraria de Gastrónomos do Algarve (2014), na página principal do seu site, referindo-se ao Algarve, atribui maior destaque ao peixe e aos mariscos, a grelha no carvão e a cataplana de amêijoas como prato tradicional, bem como destaca a doçaria regional confecionadas com base em amêndoas, figo, laranja e alfarrobas. Destaca ainda a “famosa” aguardente de medronho, os licores de frutos e os vinhos da região.
Também o Livro intitulado “Cozinha Regional do Algarve” (Região de
Turismo do Algarve, 2008) contem 7 receitas de sopas sobretudo à base de peixes e mariscos, 23 receitas de peixes e mariscos onde não faltam a já referida cataplana, o xarém ou o bife de atum, 10 receitas de carne e 21 receitas de doces confecionados na maioria com ovos, laranjas, figos e amêndoas e alfarroba (ERTA, 2008)
A determinação dos recursos gastronómicos algarvios conduziu à análise do receituário/pratos proposto por um conjunto de cinco fontes secundárias distintas, nomeadamente: Confraria dos Gastrónomos do Algarve e Roteiro
Gastronómico de Portugal (Receitas Regiões - Algarve (2014); Vila (2010);
58 Vila (2010: 20) refere: “A cozinha do Algarve, (…) encerra uma dualidade. A cozinha do barrocal é uma cozinha carenciada, de sobrevivência baseada na economia doméstica. As papas de milho faziam parte do ritual alimentar diário (…). Os peixes e moluscos capturados no Atlântico, as salgas e secagens, fundem-se co os produtos adocicados, como as leguminosas, o tomate e as frutas. É nesta arte de contraste de aromas e sabores que a sua cozinha se revê, afirma e enobrece. É a ligação perfeita dos produtos da terra e do mar, do sol e do sal”. 59 Neste estudo são identificados como produtos tradicionais existentes na região e que possuem valor acrescentado local a nível de produção, a nível de produtos transformados e relacionados com o sector agrícola (in Biscaia, 2013).
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Globalgarve (2008); CCDR/festa das aldeias (2005); ERTA (2008), verificando-se um número significativo de referencias, distinguindo-se em anexo as citadas por três e mais das fontes referidas (Anexo III).
Uma vez, que existem concelhos algarvios com receituário próprio, o
Inquérito às câmaras evidencia esse aspeto. Também a existência de museus/núcleos museulógicos com acervo associado aos saberes tradicionais referentes à agricultura, pesca, entre outros, podem contribuir para avalorização da gastronomia tradicional algarvia.
Nas entrevistas feitas neste domínio cultural, considera-se que “O
Algarve, como muitas outras regiões, deve analisar dois tipos de recursos: os materiais que constituem a listagem de produtos utilizados na alimentação e que podem ser do Mar e da Terra; e os saberes ou tradições locais que dão suporte ao património imaterial”60.
Associados ao mar distinguem-se “Peixes, moluscos e mariscos” com receituário acumulado por gerações. Identificando os peixes, já associados à sua forma de confeção (receitas) os recursos destacados são: “estopeta de atum, xerém com sardinhas, caldeirada e caldeirada rica, bife de atum de cebolada ou em tomatada, carapaus alimados, sardinha assada, e salmonetes grelhados, robalo grelhado e todo o peixe da costa algarvia, apenas grelhado que é a melhor forma de apreciar a sua frescura”.
Relativamente aos moluscos, “choquinhos com tinta, choquinhos à algarvia, lulas com ferrado, lulas cheias (ou recheadas), arroz de polvo e polvo assado”. “No capítulo de mariscos, também incluídos os bivalves, amêijoas à algarvia, conquilhas, sopa (ou canja) de conquilhas, sopa de langueirão, xerém com conquilhas, arroz de berbigão e arroz de langueirão”. Associado
60 Virgilio Gomes.
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aos peixes e mariscos assinala um elemento diferenciador, ou seja a utilização de cataplanas”61.
Associados à terra distinguem-se: “os produtos animais dos produtos de origem vegetal. Entre os produtos animais com indicação das respetivas receitas, distingue-se a sopa de lebre, sopa montanheira, cozido de grão, cozido algarvio, jantar (também conhecido por cozido de milhos), galinha cerejada, perdiz estufada, carne de porco com amêijoas (e a correspondente discussão sobre a verdadeira origem), perna de carneiro no tacho e favas à algarvia. Entre os produtos de origem vegetal, aos quais se dá pouca importância, tem incluídas as frutas frescas ou secas. E neste grupo inclui uma das maravilhas da gastronomia algarvia que são os doces. “Nos doces há um encontro de frutos muito valorizados pelo açúcar que funcionava como conservante. (…) Não se pode ainda deixar de referir a importância de alguns conventos para a afinação e elaboração de algum receituário rico.
Sem querer ser exaustivo vou citar uma listagem de doces onde se cruzam os populares com os conventuais: pudim de água, colchão de noiva, morgado de amêndoas, bolo mimoso, morgado de figo, queijo de figo, toucinho do céu, arrepiados, figos cheios, queijinhos de amêndoa, bolos D.
Rodrigos, lagartos, SS, bolos folhados de Messines, massa de amêndoa, torta de laranja e merengues…”.
Embora o receituário da região do Algarve se constitua como elemento fulcral de um património gastronómico, estudos recentes evidenciam que quer a procura quer a oferta gastronómico-turística tende a circunscrever-se
61 Virgilio Gomes.
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a um número reduzido de pratos62, julgando-se proveitoso o seu alargamento.
Quanto aos projetos associados aos vinhos do Algarve distinguem-se63:
João Clara - Essential Passion; Cabrita - Quinta da Vinha; Quinta do
Barradas; Quinta da Malaca; Edd's; Quinta do Francês64; Anazul65; Quinta morgado66 da torre; Quinta dos vales67; Projeto Guillaume Leroux68; Terras da luz69; J Lopes.
Também o papel desempenhado pela CVA (Comissão Vitivinícola do
Algarve – Lista de Produtos Certificados) é realçado.
5.2.4. Celebrações e Património Religioso
As celebrações e património religioso associam turismo70 à sua dimensão intangível. O entrevistado71 salientou a relevância do património tangível e intangível associado à religião católica. Referiu que através da Pastoral do
62 Vide estudos de Molokoyedova (2012) (num estudo sobre o mercado Britânico, evidencia que a gastronomia constitui uma motivação para a visita ao Algarve (com 11% a referirem muito importante, 28% bastante importante, 32% moderadamente importante e 28% pouco importante ou irrelevante). Concentram a procura em cataplana (25%) e peixe (sardinhas, atum, outros) e marisco, associando-se fundamentalmente à gastronomia do “mar” associada ao litoral do Algarve. Em termos de doçaria destacam o bolo de amendoas, de figo dom rodrigos e morgados (Molokoyedova, 2012). Em termos de oferta, Henriques e Custódio (2011), em inquérito por entrevista a 61 proprietários/gestores dos restaurantes, situados em marinas e portos de recreio do Algarve, verificaram que o número de pratos tradicionais nas ementas dos restaurantes era reduzido. Os pratos mais oferecidos são a Cataplana, o peixe as sobremesas. Também Biscaia (2013), num inquérito aos chefs dos hotéis de 5 estrelas do Algarve refere: A Cataplana assume-se também como o prato mais confecionado (27% de chefs) o que é natural e consentâneo com o fato de se tratar do prato emblemático da região. O Xerém (22%) assume a segunda posição e muito afastado as ameijoas (6,5%). Nos doces, destaca-se os que são feitos à base de Alfarroba e pudim de laranja (Biscaia, 2013). 63 Cláudia Favinha.
64 In http://www.quintadofrances.com/index.php?lang=pt 65 In http://www.vinhosdoalgarve.pt/agentes-economicos/145-anazul-soc-agro-pecuaria-lda 66 In http://www.vinhosdoalgarve.pt/agentes-economicos/80-quinta-do-morgado-da-torre-lda 67 In http://www.quintadosvales.eu/ 68 In http://montecasteleja.com/press-2/ 69 In http://www.vinhosdoalgarve.pt/agentes-economicos/74-j-lopes-lda 70 O turismo religioso diz respeito às atividades turísticas relacionadas com a espiritualidade e a prática religiosa e contempla espaços e eventos próprios, nomeadamente: peregrinações e romarias, roteiros de cunho religioso, retiros espirituais, festas, comemorações, celebrações, apresentações artísticas de caráter religioso, visita a monumentos e edifícios religiosos, itinerários e percursos de cunho religioso. 71 Padre Miguel Mário Neto.
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Turismo, têm vindo a ser desenvolvidas um conjunto de iniciativas potencializadoras do desenvolvimento do turismo cultural-religioso tendo como ideia-chave a “de encontro - encontro com Deus, encontro entre de todos os que acolhem e são acolhidos e encontro com aquilo que somos e temos - é expresso simbolicamente pela Cruz, que abraça todo o território e que, simultaneamente, nos permite a associação à palavra Turismo”72.
A nível dos recursos salienta:
“Duas Sés, uma classificada como monumento nacional; a Cruz de
Portugal (também monumento nacional), o Santuário da Mãe Soberana
(expoente máximo das romarias algarvias), bem como diversos
exemplares de manuelino; diversas procissões, expressão da
religiosidade popular dos algarvios, donde se destacam a de “Ramos”
de Tavira, as do “Senhor Morto”, “Os Passos de Jesus”, as “Reais” ou
“Das Flores”. Simultaneamente, referencia a Fortaleza de Sagres
associada à Relíquia de São Vicente, local imemorial de peregrinação”.
Quanto a celebrações distingue a sua atratividade religioso-turística, entre as quais a “Mãe Soberana” (Loulé), “Nossa Senhora da Conceição”, “Procissão do Mar” (Armação de Pera), Semana Santa (nomeadamente em Tavira, Silves),
“Procissão do Sr. Morto” (Monchique, Silves, Faro).
Assinala também a importância do trabalho em curso pela Diocese do
Algarve (Anexo IV) associado às vigararias de Faro, Loulé, Portimão e Tavira, em que consta, para cada paróquia, informação de Orago, Dados Históricos,
72 Refere que as iniciativas levadas a cabo pela Diocese do Algarve, se inscrevem no contexto do Diretório Geral “Peregrinans in terra” (1969 – atualizado em 2001), do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI, 2001) (com seção especificamente dedicada ao turismo, peregrinações e santuários), do Discurso de SS João Paulo II no II Congresso Mundial sobre a Pastoral do Turismo (1979),dos textos de Sua Eminencia o Cardeal Agostino Casaroli (1980), da Mensagem Papal no Dia Mundial do Turismo o Concilio Vaticano II (1987) (vide ponto 61 da Constituição Gaudium et Spes), das Recomendações da Carta da Villa Vigoni – sobre a conservação dos bens culturais eclesiásticos (1994), entre outros elementos.
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Horário das Missas, Eventual Celebração noutras Línguas, Localização,
Festas, Outras Informações e Visitas. Em termos de
Festas/Procissões/Eventos eles estão delimitados por vigararia, evidenciando a associação com os itinerários temáticos atrás referidos.
De modo a informar sobre a vivência da religiosidade do povo algarvio, a
Pastoral do Turismo da Diocese do Algarve delimitou ações âncora, em que se possa “ajudar quem visita esta região a encontrar dados que os ajudem a compreender este aspeto da vida da nossa comunidade e, também, caso assim o desejem, a poder viver a sua própria Fé, participando nos atos religiosos e demais eventos”73.
Deste modo, visam criar quatro brochuras – uma por cada vigararia.
Também serão criadas brochuras temáticas de nome itinerários. Os itinerários são os seguintes: “Itinerário da Paixão e do Triunfo” (Quaresma e
Pascoa), “Itinerário Mariano” e “Itinerário da Fé da Terra e do Mar” (Anexo V).
A importância do património edificado foi também salientada, nomeadamente a Igreja de S. Lourenço (Almancil), Igrejas da Cidade de
Tavira, Igreja de Santo António (Lagos), Sé de Silves (túmulo de D. João II), entre outras. Salientou-se igualmente a importância que tem para a conservação, preservação e conhecimento das Sés de Silves e Faro estarem integradas na Rota das Catedrais.
Também foi salientada a importância dos Conventos do Algarve, atendendo à história das Ordens. Em termos de Museus e Núcleos
Museológicos, a referência vai para a que consta no documento cedido pela
Diocese do Algarve (Anexo IV).
73 Vide adicionalmente Diocese do Algarve (2014).
178
Na entrevista houve também a referência à importância dos Santos, nomeadamente o Culto a S. Vicente (Padroeiro do Algarve, festeja-se a 22 de
Janeiro). Também houve referência a São Martinho (associado à festa Popular do Magusto), S. Luís (de Anjou) (associado à Festa das Chouriças em
Querença), S. Pedro (S. Bartolomeu de Messines).
Finalmente há ainda menção à dinâmica cultural estimulada pela Diocese através de Exposições, Eventos Musicais em Igrejas e Sés, Roteiros (“Roteiro dos Presépios” e/ou Caminhos dos Presépios), Ações e Seminários (por exemplo Ação sobre "Como visitar uma Igreja").
Simultaneamente em termos de religião judaica destaca-se a rede de
Judiarias74 (com trabalhos em decurso para o Algarve), o Museu Isaac Bitton e o Cemitério Judaico de Faro75 (1838 a 1932). Há a salientar que “O pequeno museu fascina com a sua cópia fac-simile do Pentateuco imprimido em 1487 em Faro, por Samuel Gacon”76
5.2.5. Património Cultural Intangível
Os entrevistados referiram o papel da rede de museus do Algarve na inventariação do património imaterial/intangível da região, patente no documento intitulado “Inquérito ao Património Cultural Imaterial (RMA,
2010). Referiram ainda que o processo está agora a concentrar mais esforços e que no presente têm vindo a ser feitas atualizações que integram mais itens deste tipo de património na região.
74 A iniciativa Redes de Judiarias de Portugal. In: http://www.redejudiariasportugal.com/index.php/pt/regioes/algarve. 75 Comunidade Israelita de Lisboa, 2014, Cemitério Judeu em Faro, http://www.cilisboa.org/hist_faro.htm). CILISBOA (2014). 76 In http://www.cilisboa.org/tour_bitton.htm.
179
As recolhas têm vindo a obter registos77 em categorias de acordo com o
“Procedimento de Inventariação do Património Cultural Imaterial” (Portaria nº196/2010, de 9 de Abril). 78
Especificando temos: arquitetura popular, Materiais e tecnologias trad. de construção, Comércio tradicional, Comunidades / Bairros, Construção
Práticas agrícolas tradicionais (azeite), Doçaria/Cozinha, Etnomusicologia,
Festividades cíclicas, Fotografia e memória, História, Histórias de vida,
Indústria conserveira, Literatura oral, Materiais e práticas agrícolas tradicionais, Materiais e práticas agrícolas, Materiais e Práticas e técnicas tradicionais de pesca, Medicina popular Lendas de mouras encantadas,
Modos de vida e itinerários individuais. Património hidráulico, Saberes e práticas ligadas à flora local, Sistemas de moagem, Sonoridades Práticas religiosas locais, Tecnologia têxtil, Transformação da paisagem (agricultura),
Turismo Espetáculo79.
5.2.6. Turismo Cultural Subaquático
“A arqueologia e o património subaquáticos, vistos, respetivamente, como uma prática científica e um recurso cultural, têm vindo a ser objeto de uma atenção acrescida em todo o mundo, tanto pelo público em geral, como pelas entidades públicas responsáveis neste domínio” (DGPC, 2014).
77 Com recurso a fotografia, imagem em movimento, som e texto. 78 Os resultados obtidos foram: Organização social (29%); Arquitetura e construção (13%); Manifestações literárias, orais e escritas (9%); Agricultura e silvicultura (9%); Atividades transformadoras (9%); Manifestações musicais e correlacionadas (7%); Pesca e aquicultura (5%); Festividades cíclicas (5%); Cozinha, alimentação e estimulantes (4%); Medicina e saúde (4%); Espetáculo e divertimento (2%); Transporte, comércio e comunicação (2%); Atividades lúdicas (2%). Também constam Espetáculo e divertimento; Manifestações artísticas e correlacionadas; Manifestações musicais e correlacionadas; Manifestações teatrais e performativas; Manifestações literárias, orais e escritas; Conceções míticas e lendárias; Conceções e práticas mágico-religiosas. 79 A título de exemplo considerar o Projeto DOCUMENTAR - da. Algarve Film Commission, 2014, o qual documenta através de vídeos os saberes e fazeres da população).
180
Segundo a Carta Internacional sobre a Proteção e Gestão do Património
Cultural Subaquático (ICOMOS, 1996), enquanto suplemento da Carta para a
Proteção e Gestão do Património Arqueológico de 1990 do ICOMOS, património cultural subaquático é tido “como o património cultural que está num, ou que foi removido de um, ambiente subaquático”80.
Na atualidade, património cultural subaquático é tido como fator de
“reforço da identidade cultural e da memória coletiva” Claudino/CNU (2012:
64), potencializando oportunidades no contexto de um desenvolvimento sustentável do turismo, à medida que aumenta o número de sítios arqueológicos passíveis de serem visitados turisticamente.
A região do Algarve destaca-se por uma significativa densidade de vestígios subaquáticos de interesse científico e potencial turístico-cultural associados historicamente a uma realidade resultante da dinâmica fluvio- maritima regional, assente na relação homem-mar-rio.
A relevância do património cultural subaquático existente no Algarve (vide
DGPC (2014a)81, integrando 330 referências (relevantes do ponto de vista
80 A carta referida chama a atenção para o caráter internacional deste património, sugerindo que se bem gerido, o património cultural subaquático pode desempenhar um papel positivo na promoção de atividades de lazer e turismo (ICOMOS, 1996). Na convenção sobre a proteção do património subaquático, adotada pela UNESCO (2001), são apresentados os objetivos e princípios gerais do património arqueológico subaquático definido como: “ (...) todos os vestígios da existência do homem de caráter cultural, histórico ou arqueológico que se encontrem parcial ou totalmente, periódica ou continuamente, submersos há, pelo menos, 100 anos, nomeadamente: i) Sítios, estruturas, edifícios, artefactos e restos humanos ii) Navios, aeronaves e outros veículos, ou parte deles, a respetiva carga ou outro conteúdo, bem como o respetivo contexto arqueológico e natural; e iii) Artefactos de caráter pré – histórico” (UNESCO, 2001). A relação entre Património Cultural Subaquático e Turismo tem vindo a intensificar-se (UNESCO) sendo relevante o fato deste património estar inscrito na Lista do Património Mundial e inscrito na Lista Indicativa do Património Mundial. O Turismo Cultural apresenta vários segmentos de entre os quais o Turismo Arqueológico também denominado de Arqueoturismo, o qual consiste num processo que resulta do deslocamento e da permanência de visitantes em locais denominados sítios arqueológicos (Manzato, 2000; in Aleixo, 2010). 81 Em 2014, a base de dados disponibilizada pelo DGPC (2014a) relativa a “Sítios Arqueológicos do Algarve em Meio Subaquático”, assenta nos seguintes elementos caracterizadores: “Sitio” (designação), “CNS”, “Meio” (aquático e terrestre), “Tipo” (“naufrágios”, “achados isolados”, “canhão”, “moinho de maré”, “casco”, “ancora”, “outros”, “navio”, “cetária”, “fortificações”, “fundeadouros”, “atalaia”, “cais”, “complexo industrial”, “porto”, “povoado”, “deposito de lastro”, “salina”, “muro”, “núcleo de povoamento”, “poço”, “estaleiro naval”) “Distrito” (Faro), “Concelho”, “Freguesia” e “Descrição”. A base (listagem) integra 330 registos associados fundamentalmente aos concelhos de Vila do Bispo (com 55 registos), Lagoa (45) e Faro e Lagos (ambos com 37). A base cedida decorre de
181
turístico, a par das tendências de crescimento do turismo subaquático (vide
MUSUBMAR, 2011; PADI, 2013)82, perspetivam um número crescente de turistas subaquáticos na região. A Musubmar (2011) estima que o destino
Algarve capte mais de 89 mil turistas subaquáticos em 2021.
Em termos de “tipologia”, os “tipos” mais frequentes são respetivamente:
“naufrágios” (110), “achados isolados” (109), “canhão” (31) e “moinho de maré” (30). Seguem-se a uma distância já significativa outros “tipos” tais como “casco” (10), “ancora” (8), “outros” (5), “navio” (4), “cetária” (3),
“fortificações” (3), “fundeadouros” (2) e “atalaia”, “cais”, “complexo industrial”, “porto”, “povoado”, “depósito de lastro”, “salina”, “muro”, “núcleo de povoamento”, “poço”, “estaleiro naval” todos estes últimos com um registo (DGPC, 2014a). Cabe referir que na descrição se pode verificar que
71 (22%) dos registos se reportam a “referências bibliográficas” (de perda de navios ou naufrágios, entre outros) (DGPC, 2014a)83.
Quanto aos ícones de património cultural subaquático no Algarve, um conjunto de stakeholders regionais ressalta o “L’Ocean” (em primeiro lugar)
(num conjunto de quadro possibilidades de resposta por ordem decrescente de importância), vários “naufrágios” (tais como Willhelm Krag, Nordsoen,
solicitação expressa, no contexto do presente documento tendo a DGPC referido ter enviado apenas os registos passíveis de terem interesse para visita. 82 Em termos de futuro, o turismo associado ao património arqueológico subaquático perspetiva-se positivo se atendermos ao número crescente de membros mundiais PADI (de 81321 membros individuais em 1996 aumentou para 135710 em 2012; e de 4036 retail & resort membership para 6,161 em 2012) (PADI, 2013). Em 2012, o número cumulativo de certificações é de 21,258,914, dos quais 34% são mulheres e 66% homens, com uma idade média de 29 anos (PADI, 2013). De acordo com estimativas da Associação Portuguesa para a Dinamização do Mergulho (APDM), em Portugal, existem aproximadamente 40000 mergulhadores certificados e 6000 exercem a atividade numa base regular. O nº significativo de centros de mergulho ou escolas de mergulho (Aleixo, 2010: 69) também contribuem para o fomento desta atividade. Quanto ao potencial de crescimento do turismo subaquático, ele detém, tal como assinala MUSUBMAR (2011), o mesmo potencial de crescimento, nos próximos 5 a 10 anos, que o setor de esqui alpino, estimando-se que existam a nível mundial 14 milhões de mergulhadores ativos”. 83 A consideração do património cultural subaquático do Algarve, conduz igualmente a ter presente uma base de dados disponibilizada on line pela PORTISUB a qual integra 82 registos, delimitados por “data”, “nome”, “posição” (alguns encontram-se georreferenciados), “tipo embarcação/avião”, “bandeira”, “descrição”, “referencias”, “fotos” e indicação da “última atualização”.
182
Torvore) e os “museus do Algarve” (Roeder, 2013). Também o Itinerário Faro
A (Faro), Lagos (Maritime Cultural Heritage of Lagos), o Complexo do ARADE, ou Quarteira Submersa constituíram referências frequentes.
No relativo aos museus, o Museu de Portimão (Portimão)84 desempenha um papel de relevo na valorização deste tipo de património, uma vez que visa promover o estudo, riqueza e diversidade arqueológica do rio Arade e o
Museu Subaquático de Navios de Marinha de Guerra ou MUSUBMAR (empresa de mergulho Subnauta SA, Autarquia Local, Marinha Portuguesa)85. A par dos
ícones referidos cabe salientar a existência de rotas e itinerários valorizadores deste património no Algarve. Nomeadamente, a Rota do
Património Arqueológico Maritimo de Espanha e Portugal (resulta do Projecto
Europeu intitulado ArcheoMed, Ação ARQUA/DANS e Centros de Arqueologia
Subaquática da Catalunha e Andaluzia) (ARQVA, 2008). No Algarve a rota integra o Museu de Portimão86 identificando as principais coleções87 bem
84 O museu de Portimão tem a sua exposição permanente “Território e Identidade”, a qual se divide em três grandes momentos “Origem e destino de um território”, “A vida industrial e o desafio do mar”, e “Debaixo das águas”. 85 No contexto Museu Subaquático de Navios de Marinha de Guerra ou MUSUBMAR (in Aleixo, 90) destaca-se: - Produção de documentários- filmes- videos.- “Mergulho Virtual aos naufrágios do Algarve” in CNA (Central de Noticias do Algarve, 2007) http: //www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=13594. De salientar que tal como definiu a Musubmar (2011) o objetivo é delimitar um espaço museológico onde fique exposto o espólio retirado dos navios submergidos (nomeadamente o oceanográfico “Almeida Carvalho”, a fragata “Hermenegildo Capelo”, a corveta “Oliveira do Carmo” e o navio-patrulha “Zambeze”). “Está disponível no YouTube o vídeo da expedição de mergulho a dois naufrágios no Algarve causados pelo submarino alemão U-35, em plena Primeira Guerra mundial. 86 Faz também referência a outros museus no espaço nacional tais como M. da Marinha, M. do Mar, M. Maritimo de Ilhavo, M. Quinta das Cruzes, M. Angra do Heroísmo, M. Municipal de Peniche, EcoMuseu do Seixal (ARQUA, 2008). 87 Machados e ponta de lança, do calcolítico final/bronze inicial, lâmina de punhal decorada, da idade do Bronze, ex-voto e espeto de bronze, da idade do Ferro; Âncoras de pedra e cepos de chumbo, conjunto de ânforas, vinarias, olearias e piscícolas, etiquetas para anilhar ânforas, sonda de chumbo, pesos de rede, anzóis e agulhas de cozer rede, cerâmicas e adornos da época romana. Conjunto de bocas de fogo do tipo colubrina bastarda, peças de estanho, conjunto de compassos de cartear, da época Moderna. Cerâmicas e outros materiais de época Islâmica. Conjunto de moedas romanas, islâmicas, portuguesas.Selos de chumbo medievais e romanos (ARQVA, 2008).
183
como as peças mais representativas88, e Itinerário Arqueológico Subaquático do Ócean (Lagos) (proximidades Praia Salema, Budens, Vila do Bispo)89.
Paralelamente, a existência de um número significativo de Escolas/Centros de Mergulho90 e de instalações náuticas com boas acessibilidades, boas condições naturais para a prática de atividades náuticas, estruturas arqueológicas ou industriais ligadas às atividades marítimas como a pesca e o sal, programação cultural dedicada a temas náuticos, exposições ciêntificas, Centro de Ciências do Mar (UALG), exposições de fotografia sobre o mar, exposições sobre a história das embarcações; participação em
Feiras Internacionais, publicação de reportagens em revistas internacionais da especialidade podem constituir um importante contributo para a valorização deste tipo de património no Algarve (Henriques & Roeder, 2013).
Para o futuro, a existência de vários projetos deixa ter presente a consciência da relevância deste património no sentido de se potencializarem os pontos fortes e oportunidades identificadas pela CCDR – Algarve (2008) na matriz SWOT do Património Maritimo-Cultural no Algarve.
88 Conjunto de ânforas pré-romanas e romanas; Etiquetas de chumbo para anilhar ânforas; Touro (ex-voto) da idade do Ferro; Conjunto de compassos do séc. XVII; Canhões de bronze do séc. XVII; Ferramentas e equipamentos da construção naval (ARQVA, 2008). Máquinas da Industria conserveira. 89 Vide Alves (1997), Aleixo (2010), Claudino (2012) e os seguintes endereços eletrónicos: http://www.igespar.pt/media/uploads/cnans/16/16.pdf. Claudino (2012), no seu Kit Educativo – Património Cultural Subaquático, distingue três sítios de Património cultural subaquático no Algarve. São eles o Ocean, o Forte de S. Lourenço da Barra e o Rio Arade 1. Também o Guia de Mergulho do Algarve (Subnauta, 2009) apresenta 14 referências a património cultural, delimitada em função de “código”, “área”, “acesso”, “tipo”, “fundo”, “profundidade”, “classificação” e “dificuldade” . Em termos de “classificação” deste património, o “Torvore”, “Ocean” e “William Krag” obtêm “excelente”. No caso do Ocean (Praia da Salema), como está aliado a uma “dificuldade” reduzida, a sua atratividade tenderá a ser maior, pois para além de “excelente” é também reduzida a dificuldade em ser visitado. 90 Inclusas na Classificação Portuguesa de Atividades Económicas (CAE)/INE (2007) à qual estão associados os serviços de recreação e lazer com CAE 93192 - Outras atividades desportivas, n.e.; CAE 93293 - Organização de atividades de animação e CAE 93294 - Outras atividades de diversão e recreativas.
184
5.2.7. Indústrias Culturais e Criativas
5.2.7.1. Audiovisuais/Media Interativos e Serviços Criativos
No respeitante às categorias da UNESCO (2009) identificadas como
“Audiovisuais e Media interativos” e “Design e Serviços Criativos”, as entrevistas foram feitas a 3 entrevistados afetos aos domínios em questão.
No domínio dos “Audiovisuais e Media interativos” os recursos salientados91 são:
• Existência de Projetos com a ambição de inventariar e dar a conhecer o património imaterial do Algarve – “Documentar”92;
• Crescimento do número de estruturas para apoiar produções cinematográficas;
• Página de facebook e site da Algarve Film Commission, com uma multiplicidade de conteúdos informativos de localizações, filmografia, guia de produção93;
• A identificação do Algarve enquanto “Cenário Natural com História”;
• Promoção destinada aos produtores de Cinema e Audiovisual efetuada por parte da Algarve Film Commission no tangente às Vantagens de filmar no Algarve;
• Existência da Festa do Cinema Francês (Faro) e outras projeções cinematográficas;
• Prémios (por exemplo o Prémio 2012 obtido pelo Filme Promocional “Algarve: O Segredo Mais Bem Guardado”);
• Publicação de Livro - Filmando a Luz – Introdução à História do Cinema Rodado no Algarve;
91 Jacques Le Mer. 92 Projeto da Algarve Film Commission, Cofinanciado pelo ProDER, Leader, Governo de Portugal – Ministério da Cultura, do Mar, Do Ambiente e do Desenvolvimento do Território, União Europeia - Fundo Europeu, Agrícola de Desenvolvimento Rural, Associação In Loco – Comunicação e Cidadania. 93In http://www.algarvefilm.com/site/index.php.
185
• A Algarve Film Commission constar no “Guia Profissional de Cinema e Televisão”.
Em termos de futuro é referida a importância em serem criados
“incentivos fiscais” às produções tendo em conta a grande concorrência que se faz sentir na atualidade. Sublinha-se também a necessidade de se incluir o audiovisual nos apoios.
Relativamente ao domínio Belas Artes e Artes Performativas os recursos distinguidos94 são:
• Galeria TREM;
• Galeria do Convento de Santo António de Loulé;
• Cineteatro Louletano;
• Palácio do Tenente;
• Teatro Lethes;
• Projeto BIVAR;
• Espaços alternativos (têm vindo a surgir nos últimos 3 anos).
Em termos de Associações Culturais com dinâmica na criação e difusão de projetos criativos, tem-se:
• BOLD (espaço recém-criado em Portimão);
• MODO (http://www.modo.pt/);
• Peace and Art Society (http://www.peaceartsociety.com/pt/home).
Contudo, existe o alerta para o facto de apesar do Algarve possuir “um conjunto alargado de Associações Culturais, de diversa ordem”, elas funcionam “de maneira pouco concertada o que não rentabiliza, em termos de visibilidade, a sua produção”95.
94 Mirian Tavares. 95 Como sugestão Mirian Tavares adianta: “Creio que no campo das Artes Performativas (Teatro, Dança e afins) poderia haver um trabalho de organização de uma agenda de eventos, o que ajudaria a integrar esta produção
186
O domínio Industrias Culturais e Criativas com subdomínio Design,
Serviços Criativos encontra a sua valorização turística associada a “produtos de comunicação”. “De modo a promover alguns destinos turísticos, são desenvolvidos programas inovadores e específicos de identidade, implementados em diversos produtos de comunicação (analógicos e digitais), que diferenciam e promovem determinadas regiões, valorizando o seu património cultural material e imaterial. Por outro lado, a União Europeia está neste momento a implementar novas diretrizes para impulsionar a inovação, colocando as Indústrias Criativas e o Design, como disciplinas estratégicas e fundamentais para o seu desenvolvimento”96. E ainda:
“Considerando o papel cada vez mais relevante que o Design desempenha na diferenciação de cada instituição pública ou privada, no contexto socioeconómico nacional e internacional, a secretaria de Estado da Cultura, anunciou que o ano de 2014, o design seria a disciplina prioritária, na internacionalização da cultura portuguesa e a disciplina em destaque”.
A nível do Algarve, “o curso de design de comunicação da UAlg, as várias empresas de design ou designers que têm surgido na região do Algarve, assim como os vários atores institucionais, têm tido uma participação e impulsionado novos serviços e produtos, difundido novas estratégias e ações de comunicação, passando a capitalizar (nacional e internacionalmente) a região do Algarve para outros domínios e áreas de atuação culturais e criativas, anteriormente esquecidas”. E exemplifica-se cultural numa oferta turística mais especializada. No campo das Artes Visuais, desde a criação da Licenciatura na UAlg, uma nova geração de artistas tem produzido trabalho de grande qualidade, que são expostos nas galerias dos diversos municípios e que são, potencialmente, uma marca que deverá ser melhor aproveitada na divulgação do Algarve como destino de férias. Por outro lado, há imensos artistas residentes e algumas associações de Artes Visuais que promovem feiras e eventos intermedia que não são devidamente divulgados, o que dá um caráter geral de dispersão e torna o ambiente algarvio menos artístico pelo desconhecimento do que aqui se faz, em muitos casos, com grande qualidade”. 96 António Lacerda.
187
com projetos que têm surgido nestes últimos anos, e que têm o design como disciplina fundamental para o seu sucesso:
• Algarve Design Meeting97;
• Cooperação dos alunos do curso de design de comunicação da UAlg-ESEC, com as várias instituições da região do Algarve (DRCA, CMF, Associações, empresas, etc.), promovendo os seus produtos e as suas marcas;
• Projetos ao nível do design como são os casos do projeto TASA, Artes e Ofícios, MODO;
• Projetos de design a nível de Guias turísticos98;
• Projeto BIVAR – Arte, Design e Cultura99.
Para o futuro existe a referência ao importante papel que pode desempenhar a abertura (prevista para 2014/2015) do “Mestrado em Design de Comunicação para o Turismo e Cultura”
5.3. Perspetivas de Valorização
5.3.1. Entidades Regionais
No contexto da averiguação dos recursos e produtos culturais, associados
à valorização do Turismo Cultural no Algarve, no presente e futuro, procedeu-se a uma análise exploratória através da nuvem de palavras, a qual assenta na determinação das palavras mais frequentes mencionadas nas três entrevistas em consideração - ou seja, à RTA (entrevistado E1,
97 Realiza-se anualmente na cidade de Faro e que conta este ano com a sua 4ª Edição. Reúne vários profissionais do design de comunicação (nacionais e internacionais), apresentando os seus trabalhos à comunidade (www.design-meeting.org). 98 Guias [Re]Descobrir (através da sua nova Rota, pretendem valorizar e divulgar o património medieval do Algarve) e outros que procuram intervir no desenvolvimento da qualidade da imagem, dos diferentes produtos existentes na região. 99 Realiza-se 6 vezes por ano na cidade de faro e conta com a colaboração de várias entidades institucionais (DRCA, CMF, Associação Nacional de Designers, Palácio do Tenente, Sardinha de Papel e Hotel de Faro). Este evento, junta num só dia várias atividades de rua, exposições, performances, teatro e música e onde o design têm um papel fundamental na captação dos diferentes públicos nacionais e estrangeiros (www.bivar.pt).
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CCDR (E2) e DRCA (E3). As palavras em destaque são respetivamente
“património” e “gastronomia” (Figura 5.2).
Figura 5.2 – Nuvem de Palavras relativa às respostas das Entidades Regionais
Fonte: Elaboração própria
Uma abordagem qualitativa das entrevistas apoiada na designada análise de conteúdo categorial, evidenciou a opinião dos entrevistados relativamente a um conjunto de questões (Apendice III).
Tabela 5.9 – Recursos e produtos culturais destacados para a valorização do turismo cultural
Categoria Entrevistados
Património construído / histórico E1 – E2 – E3
Gastronomia e vinhos E1 – E2
Centros históricos E2 – E3
Usos e costumes / etnografia E1 – E3
Artesanato E1
Aldeias típicas E1
Tradições culturais e religiosas E2
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Património militar e religioso E2
Programação em rede dos museus E2
Rotas temáticas E2
Influência islâmica E3
Influência e permanência judaica E3
Período de ocupação romana E3
Arqueologia E3
Lendas E3
Cortiça E3
Fonte: Elaboração própria (com base nas entrevistas)
Todos os entrevistados destacam como recursos e produtos culturais de maior valorização turística os relacionados com o património construído e histórico. Também a gastronomia e vinhos, os centros históricos e os usos e costumes e etnografia captam a referência de dois dos entrevistados.
Quanto ao artesanato, aldeias típicas, tradições culturais e religiosas, património militar e religioso, programação em rede dos museus, rotas temáticas, influência islâmica, período de ocupação romana, arqueologia, lendas, influência e permanência Judaica e cortiça foram alvo de menção por um entrevistado (Tabela 5.9).
Património construído e histórico, uma vez que se articula com outras categorias (tais como centros históricos, património militar e religioso, influência islâmica, influência e permanência judaica, período de ocupação romana e arqueologia) tende a constituir-se como estruturante (Tabela
5.10).
190
Tabela 5.10 – Recursos e Produtos culturais que sustentam a identidade da região
Categoria Subcategoria Entrevistados
Fortaleza de Sagres /Promontório Sagres Ruínas de Milreu Património histórico Monumentos megalíticos de Alcalar E1 – E2 – E3 Centros históricos urbanos Fortificações e castelos Património religioso Cataplana Peixe fresco Gastronomia e vinhos Xerém E1 – E2 – E3 Doçaria diversa Dieta Mediterrânica Pedestres (via Algarviana, Rota Vicentina) Rotas Rota dos Descobrimentos E2 – E3 Rota do Al-Mutamid Rota da Cortiça Folclore Usos e costumes Artesanato E1 – E3 Tradições
Fonte: Elaboração própria
No respeitante aos recursos e produtos culturais com maior unicidade e diferenciação, no contexto do reforço identitário regional, todos os entrevistados referenciam o património histórico e gastronomia. Quanto aos elementos salientados no âmbito do património histórico eles são a
Fortaleza de Sagres / Promontório Sagres, Ruínas de Milreu, Monumentos megalíticos de Alcalar, centros históricos urbanos, Fortificações e castelos e
Património religioso (Tabela 5.10).
Na categoria gastronomia e vinhos, os elementos alvo de menção são: cataplana, peixe fresco, xerém, doçaria, e a própria Dieta Mediterrânica recentemente classificada património imaterial da humanidade.
191
As Rotas Pedestres (Via Algarviana, Rota Vicentina; Rota dos
Descobrimentos; Rota do Al-Mutamid; Rota da Cortiça) e os usos e costumes
(Folclore, Artesanato, Tradições) também captam a relevância, com o destaque por dois dos entrevistados.
Tabela 5.11 – Recursos e produtos centrais para a estratégia de desenvolvimento do turismo cultural
Categoria Subcategoria Entrevistados
Património judaico Património construído Faróis E1 – E3 e histórico Fortificações Património religioso Património natural Ria Formosa E3 Gastronomia e vinhos Dieta mediterrânica E1 – E2 Lendas E3 Usos e costumes/ Ligadas ao mar e as suas profissões E3 Tradições Rotas urbanas Rotas E2 – E3 Percursos Aldeias típicas E1
Mercados locais E2 Memória /imaginário Descobrimentos E2 Museus Programação integrada E2
Fonte: Elaboração própria
Continua a notar-se a importância do património construído e histórico e da necessidade da sua estruturação e qualificação. É dado realce ao património religioso, que é alvo de explicitação detalhada, havendo mesmo um entrevistado que referenciou a arte sacra, festividades (Mãe Soberana
(Loulé); Festa da Pinha (Estoi); Festa das Tochas (São Brás), Paixão de Cristo), procissões pascais. A gastronomia e vinhos (associada à Dieta Mediterrânica) e as rotas (urbanas e percursos) captam idêntica atenção.
192
Há quatro categorias que são introduzidas pelos entrevistados quando o
horizonte é o futuro. São elas o património natural, mercados locais,
memória/imaginário e museu. O facto compatibiliza-se com as tendências
do turismo relativas à consciencialização do estreitar da cultura com a
natureza, da cultura se tornar mais inclusiva em termos de definição (cultura
viva associada à every day culture e imaterial) e à necessidade dos
stakeholders trabalharem em rede.
Tabela 5.12 – Tendo em conta as três sub-regiões algarvias – litoral, barrocal e serra, distinga os Atributos e atividades culturais com atratividade turística por sub-região (análise de conteúdo)
Subcategoria Categoria Entrevistados Litoral Barrocal Serra
Fortaleza de Património Castelos Sagres E1 – E2 – E3 Medievais Histórico Centros Históricos
Aldeias típicas Aldeias típicas Aldeias típicas
Cataplana Caça Caça Peixe fresco Enchidos Enchidos Marisco Gastronomia Eventos E1 – E2 – E3 e vinhos gastronómicos Doçaria Doçaria Gastronomia do mar Marchas dos Santos Populares Carnaval de Loulé Festas tradicionais (Quarteira)
Dias Medievais Festa da Mãe
Eventos (Castro Marim) Soberana E1 – E2 - E3 culturais Festa das Tochas
Floridas Feiras de
artesanato Festival MED
193
Comunidades piscatórias Saberes Saberes
Usos e Atividades ligadas E1 – E2 – E3 costumes ao mar Salinicultura Artes de pesca Percursos Percursos Rotas/ paisagísticos paisagísticos E2 - E3 percursos Via Algarviana
Artesanato Artesanato Artesanato E3 Produtos da Produtos Produtos E3 terra Processos Processos Museus Eco-museu E2
Industria Conserveira E3 Património Património E3 subaquático subaquático
Fonte: Elaboração própria
A maioria das categorias referenciadas são comuns às três sub-regiões, nomeadamente o património histórico, gastronomia, eventos culturais, usos e costumes. De notar que um dos entrevistados salientou que, para fins de valorização turística, Barrocal e Serra deveriam estar integrados.
Em termos de património, a Fortaleza de Sagres volta a ser referenciada
(litoral). Quanto às aldeias típicas, elas são identificadas para as 3 subregiões, destacando-se para o litoral (Cacela Velha, Santa Luzia, …) (E1), para o barrocal (Alte, Estoi, Paderne, Querença,…) e serra (aldeias serranas).
A gastronomia é identificada valorizando-se no litoral a cataplana, o peixe, marisco (E1) (gastronomia do mar) (E2), e no barrocal e serra a caça, enchidos e doçaria (E3).
Em termos de litoral existe uma nítida tónica no mar e nos recursos culturais a ele associados. A ênfase recai nos “Centros históricos e
194
comunidades piscatórias (com base na estrutura diferenciadora de atividades e arquitetura) e com foco na gastronomia do Mar” (E2) assim como nas
“atividades ligadas ao mar, salicultura, gastronomia, indústria conserveira, artes de pesca e embarcações, património subaquático” (E3). A categoria património subaquático é distintiva face ao litoral.
Quanto ao barrocal e serra, os entrevistados reforçam categorias como o artesanato, produtos e rotas e percursos. No caso dos produtos são referenciados “a cortiça, a amêndoa, a alfarroba, o vinho, o medronho, o azeite, a laranja e os seus processos de transformação, as tecnologias e as profissões associadas” (E3). É também destacado o “Museu do Barrocal
(programado para Paderne com projeto do Arq. Siza Vieira) funcionado como ecomuseu vivo, que liga e permite a interpretação desta unidade geomorfológica que liga o cabo de S. Vicente a Tavira (incluindo um número significativo de aldeias emblemáticas com núcleos museológicos cruzando a
água e a terra produtiva)”(E2).
Tabela 5.13 – Recursos e produtos culturais mais relevantes
Categoria Subcategoria Entrevistados
Sítios históricos Monumentos /imaginário - Descobrimentos
Monumentos/ imaginário - civilização árabe Património Cultural E1 – E2 – E3 Monumentos - civilização romana Castelos Faróis Fortificações Museus Gastronomia e vinhos Sagres Paisagens Culturais E1 – E2 Aldeias típicas
195
Ria Formosa Ria de Alvor Barrocal Monchique (Foia) Litoral Cársico – Grutas, Património natural E2 Algares…(Sagres a Olhos de Água)
Cascatas (Monchique (Barbelote) Pego do Inferno… Eventos gastronómicos Carnaval Festas religiosas (católicas) E1 – E2 – E3 Festivais e Feiras (Festival MED, Dias Celebrações Medievais de Castro Marim, Feira Medieval de Silves, Feiras de artesanato) Descobertas em Lagos
Concentração Motar Fonte: Elaboração própria
Entre as categorias da UNESCO (2009) destacam-se quatro. São elas:
Património Cultural, Paisagens Culturais, Património natural e Celebrações.
De referir que a gastronomia e vinhos é uma referencia sempre presente tendencialmente associada à Dieta Mediterrânica.
Na questão 3 - Enumere as principais ações/iniciativas nacionais/regionais/locais que contribuem para valorizar o desenvolvimento do turismo cultural no Algarve – as ações destacadas tendem a associar-se à valorização de Sagres com a intervenção programada para a Fortaleza (E3), à rede de museus do algarve (E3), às celebrações e às rotas/itinerários (E1,
E3). São mencionadas: Festival MED; Dias Medievais de Castro Marim; Festa da Mãe Soberana; Feira Medieval de Silves; Festa das Tochas Floridas;
Carnaval de Loulé; Classificação da Dieta Mediterrânica a Património da
UNESCO e Rota dos Descobrimentos, do AlMutamid, dos Omíadas, da
Cortiça, e do mediterrâneo; itinerários arqueológicos do Algarve e Alentejo.
196
A próxima questão dizia respeito a futuras ações/iniciativas que deveriam ser desenvolvidas pelos principais stakeholders. Assim, para o futuro, os entrevistados apontam para diferentes ações e iniciativas, que abarcam vários domínios interventivos tais como:
Criação de uma visão territorial de desenvolvimento regional (E3);
Requalificação do património histórico regional (E1);
Valorização da Dieta Mediterrânica (E1);
Classificação de Sagres como Património da UNESCO (E1);
Criação e gestão de rotas culturais temáticas (E1);
Identificação de temáticas com capacidade de gerar atração especifica
à região fora das épocas altas (E2);
Identificação e valorização conjunta de produtos com base territorial (ex. artesanato + gastronomia + património histórico) (E2);
Gestão do Portal dos Descobrimentos (E1);
Integração do património cultural nos pacotes turísticos oferecidos
pelos operadores (E1);
Estruturar ofertas consistentes (E2),
Divulgação do património cultural regional (E1);
Melhoria de acessibilidades ao local e no local (E3);
Educação patrimonial (E3);
Rede wi-fi nos locais de interesse patrimonial (E3);
Quanto à Questão 4 - Identifique os principais desafios do Turismo
Cultural no Algarve (max. listar 5). Entre os desafios que se delimitam para o turismo cultural no Algarve perspetivam-se:
Planeamento Regional (sem sobreposição autofágica) (E2);
197
Capacidade de investimento para valorizar a visita ao património
histórico (E3);
Estruturação de uma visão estratégica partilhada para o
património e para a cultura (E3);
Envolvimento do tecido empresarial na promoção e
desenvolvimento destes produtos na região, bem como, na
organização de um programa de eventos catalisador (E3);
Participação da comunidade no reconhecimento e na valorização
do território (E3);
Integração do património contemporâneo e das indústrias
criativas na promoção turística (E3);
Atração e fixação de talentos com vista à construção de um
ambiente cultural dinâmico potenciador de inovação (E3);
Superação da existência de vários níveis de administração no
território com competências espartilhadas (E3);
Articulação entre entidades com vista ao estabelecimento de
parcerias visando a potenciação da oferta turística cultural (E1);
Estruturação da oferta cultural (E1);
Iniciativas com identidade local e não por cópia de outras
iniciativas na região (E2).
Paralelamente, foi salientado o facto de ser “discutível a defesa e a sustentabilidade do Turismo Cultural como forma autónoma de turismo no
Algarve”. O pressuposto é de que a componente cultural e patrimonial possa emergir “numa proposta de oferta complementar a outros produtos e experiências no caso dos períodos de época alta do turismo balnear, em paralelo com o turismo de natureza como ofertas que se complementam e
198
com um “ênfase mais acentuado, no caso dos segmentos da famílias e dos turistas seniores, enquanto oferta de programa nas viagens de negócios e de reuniões, no turismo de golfe…” (E3).
5.3.2. Câmaras Municipais do Algarve
Após a identificação e caraterização dos recursos culturais, foi pedido às câmaras que avaliassem o potencial de atratividade dos mesmos numa escala de três níveis: fraco, moderado e forte. Neste contexto, existem 472 recursos avaliados com potencial de atratividade forte inseridos nos diversos domínios (Gráfico 5.2). Quando à dispersão destes pelo concelho os resultados indicam que Albufeira, Tavira, Vila do Bispo e Aljezur concentram o maior número de recursos (Tabela 5.14) (Apendice IV).
Gráfico 5.2 – Recursos Culturais com potencial de atratividade forte por domínio
20
Património Cultural 116 Paisagens Cultural 219 Património Natural Artes Performativas Celebrações 10 Belas Artes 86 21
Fonte: Elaboração própria
199
Tabela 5.14 – Recursos Culturais com potencial de atratividade forte por localização
Localização Nº
Albufeira 85 Alcoutim 12 Aljezur 51 Castro Marim 6 Faro 39 Lagoa 13 Lagos 7 Loulé 37 Monchique 42 Olhão 0 Portimão 11 São Brás de Alportel 34 Silves 20 Tavira 52 Vila do Bispo 51 Vila Real de Santo António 24 Subtotal 484 Recursos duplicados 12100 Total 472
Fonte: Elaboração própria
Seguidamente apresenta-se uma listagem detalhada dos recursos culturais com maior potencial de atratividade.
Património Cultural
Tabela 5.15 – Recursos Culturais de Património Cultural com potencial de atratividade forte Nº Identificação Localização MONUMENTOS 1 Castelo de Paderne Albufeira 5 Castelo de Alcoutim Alcoutim 6 Castelo de Aljezur (séc. X) Aljezur
100 Existem recursos que são comuns a várias câmaras e, segundo a UNESCO (2009), estes recursos devem aparecer uma só vez na grelha.
200
7 Fortaleza da Arrifana (séc. XVII) Aljezur 8 Fortaleza da Carrapateira (séc. XVII) Aljezur 9 Castelo de Castro Marim C.Marim 10 Forte de São Sebastião C.Marim 12 Arco da Vila Faro 13 Convento de Nossa Senhora da Assunção Faro 14 Ruínas Romanas de Milreu Faro 16 Muralha Seiscentista de Faro (troços) Faro 21 Colégio de Santiago Maior (Teatro Lethes) Faro Fortaleza de Faro, incluindo todo o conjunto de elementos ainda 23 Faro existentes das muralhas 31 Palacete Doglioni Faro 32 Palácio Belmarço Faro 55 Igreja de Santo António de Lagos Lagos 61 Mercado de Escravos Lagos 62 Restos do Castelo de Loulé/Muralhas Loulé 63 Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Alte Loulé 65 Pórtico e Cruzeiro da Igreja da Misericórdia Loulé 66 Igreja Matriz de São Clemente Loulé 67 Ermida de Nossa Senhora da Conceição Loulé 68 Igreja de São Lourenço Loulé 69 Ruínas Romanas do Cerro da Vila Loulé 70 Igreja Matriz (Monchique) Monchique 71 Convento de Nossa Senhora do Desterro Monchique 80 Igreja e Colégio dos Jesuítas Portimão 81 Igreja Matriz de Portimão Portimão 82 Igreja Matriz de Alvor Portimão 85 Morabito de São João Portimão 86 Morabito de São Pedro Portimão 87 Morabito Anexo à Igreja Matriz de Alvor Portimão 88 Fortaleza de Santa Catarina Portimão 91 Convento de São Francisco Portimão 95 Igreja Matriz (SBAlportel) S.B.Alportel 96 Moinho do Bengado S.B.Alportel 97 Castelo de Silves Silves 98 Sé Catedral Silves 99 Igreja da Misericórdia Silves 100 Cruz de Portugal Silves 101 Muralhas da Almedina Silves 102 Poço-Cisterna Almóada Silves
201
103 Ponte Velha Silves 114 Arraial Ferreira Neto Tavira 118 Igreja matriz de Nossa Senhora da Luz Tavira 119 Igreja do Espírito Santo (ou São José) Tavira 122 Igreja de São Pedro Gonçalves Telmo Tavira 123 Igreja de Santa Maria do Castelo Tavira 125 Igreja de Nossa Senhora da Ajuda Tavira 126 Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo Tavira 127 Igreja da Misericórdia de Tavira Tavira 128 Ermida de São Sebastião Tavira 131 Convento de Nossa Senhora da Graça Tavira 134 Palácio da Galeria Tavira 135 Ponte antiga sobre o rio Gilão Tavira 136 Castelo e Muralhas de Tavira Tavira 141 Torre e Muralha de Sagres V.Bispo 142 Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe V.Bispo 143 Fortaleza de Cacela Velha VRSA 144 Igreja de Nossa Senhora Assunção VRSA 145 Igreja Matriz de Nossa Senhora da Encarnação VRSA 146 Hotel Guadiana VRSA 147 Farol de Vila Real de Santo António VRSA SÍTIOS ARQUELÓGICOS 150 Santa Eulália Albufeira 166 Ribat da Arrifana (séc. XII) Aljezur 167 Povoado Islâmico de Pescadores Aljezur 171 Milreu Faro 175 Banhos Islâmicos Loulé 176 Sitio Arqueológico do Cerro do Castelo do Alferce Monchique 191 Estação Romana / Vila Romana da Abicada Portimão 194 Calçadinha de São Brás de Alportel S.B.Alportel 207 Muralha fenícia Tavira 211 Ruínas Lusitano-Romanas da Boca do Rio V.Bispo 212 Vale de Boi V.Bispo 213 Menir do Padrão V.Bispo 216 Menires de Vila do Bispo (Monte dos Amantes) V.Bispo 220 Túmulo Megalítico de Santa Rita VRSA
SÍTIOS HISTÓRICOS
222 Cemitério Medieval da Guia Albufeira
227 Ponta da Mesquita Aljezur
202
Concheiro Tardo-Glaciar da Praia da Fonte Santa - integrado na 228 Rota Vicentina (Trilho dos Pescadores) Aljezur
Concheiro Tardo-Glaciar da Praia da Amoreira - integrado na 229 Rota Vicentina (Trilho dos Pescadores) Aljezur
230 Vila Adentro Faro
231 Vila termal das Caldas de Monchique Monchique
239 Largo da Igreja Matriz S.B.Alportel
244 Igreja de Nossa Senhora da Encarnação V.Bispo
245 Casa do "Infante" V.Bispo
246 Bateria do Zavial V.Bispo
248 Forte de Nossa Senhora da Guia V.Bispo
249 Forte de Vera Cruz da Figueira V.Bispo
252 Ermida de São Lourenço V.Bispo
253 Igreja de São Miguel Arcanjo V.Bispo
Núcleo histórico de Cacela Velha (período medieval, moderno e 254 VRSA contemporâneo)
Núcleo histórico de Vila Real de santo António (período
255 iluminista). Inclui Praça Marquês de Pombal, Obelis, Casa da VRSA Câmara, Igreja e outros edifícios e arruamentos da Vila Pombalina
EDIFÍCIOS PÚBLICOS DE INTERESSE
256 Igreja de São Sebastião de Albufeira Albufeira
257 Igreja Matriz de Albufeira Albufeira
258 Igreja de Sant´Ana Albufeira
259 Capela da Misericórdia /Edifício da Antiga Albergaria Albufeira
260 Ermida de Nossa Senhora Orada Albufeira
203
261 Igreja Matriz da Guia Albufeira 262 Capela ª Senhora Guia Albufeira 263 Ermida de São Sebastião de Albufeira Albufeira 264 Igreja Matriz de Paderne ou Igreja de Nossa Senhora da Esperança Albufeira 265 Igreja Paroquial de São José Albufeira 266 Auditório Municipal de Albufeira Albufeira 267 Biblioteca Municipal Lídia Jorge Albufeira 268 EMA - Espaço Multiusos de Albufeira Albufeira 279 Igreja Matriz de Aljezur Aljezur 280 Igreja Matriz Matriz de Odeceixe Aljezur 281 Igreja Matriz da Bordeira Aljezur 282 Igreja da Carrapateira Aljezur 283 Igreja da Misericórdia de Aljezur Aljezur 284 Revelim de Santo António C.Marim 285 Banco de Portugal Faro 289 Convento Santo António Loulé 290 Cineteatro Loulé 291 Mercado Municipal de Loulé Loulé 292 Câmara Municipal Loulé 310 Casa Manuel Teixeira Gomes Portimão 314 Centro de Artes e Ofícios e Jardim da Verbena S.B.Alportel 318 Cabo de São Vicente (edifícios) V.Bispo 319 Forte de Sto. António do Beliche V.Bispo 320 Forte de São Luís de Almádena V.Bispo 322 Igreja de Nossa Senhora da Conceição V.Bispo MUSEUS E ARTEFACTOS 327 Museu Municipal de Arqueologia de Albufeira Albufeira 329 Museu de Arte Sacra/Igreja de São Sebastião Albufeira 334 Museu do Mar e da Terra da Carrapateira Aljezur 335 Museu Municipal de Aljezur Aljezur 336 Museu Antoniano Aljezur 337 Museu de Arte Sacra Aljezur 338 Casa-Museu Aljezur 339 Adega-Museu Aljezur 340 Moinho de Vento (Odeceixe) Aljezur 341 Moinho de Vento (Rogil) Aljezur 342 Núcleo Museológico do Castelo C.Marim 343 Casa de Odeleite (Coleção Visitável) C.Marim 344 Museu Municipal de Faro Faro 345 Museu Regional do Algarve Faro
204
349 Museu Municipal de Lagos Lagos 351 Museu Municipal de Loulé Loulé 352 Pólo Museológico Cozinha Tradicional Loulé 353 Pólo Museológico dos Frutos Secos Loulé 354 Pólo Museológico de Salir Loulé 355 Pólo Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte Loulé 356 Pólo Museológico da Água Loulé 357 Núcleo Museológico da Misericórdia de Loulé Loulé 363 Museu de Portimão Portimão 366 Museu do Trajo S.B.Alportel 368 Museu Municipal de Arqueologia de Silves Silves 370 Museu da Cortiça Silves 372 Museu Municipal - Palácio da Galeria Tavira 376 Núcleo Museológico Islâmico Tavira Núcleo Museológico da Industria Conserveira /coleções 377 VRSA artefactuais ligadas à Indústria Conserveira Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela / 378 VRSA coleções arqueológicas de Cacela GASTRONOMIA 379 Batata-doce de Aljezur Aljezur 381 Bolo ou Pudim de Batata-doce Aljezur 382 Fritos de Aljezur Aljezur 387 Arroz de lingueirão Faro 388 Lulas recheadas à algarvia Faro 389 Xarém Faro 390 Carne de porco com ameijoas Faro 391 Ervilhas com ovos à algarvia Faro 392 Ovos mexidos com tomates Faro 393 Favas à moda do Algarve Faro 394 Canja com conquilhas Faro 395 Gaspacho de alho Faro 396 Conservas de cenoura à algarvia Faro 397 Queijinhos de figo e amêndoa Faro 398 Frutos/animais de massa de amêndoa Faro 399 Pudim de laranja Faro 401 Sopas de peixe com afolha de louro Lagoa 402 Ensopado Lagoa 403 Feijoada de buzinas Lagoa 404 Vinho de Lagoa Lagoa 437 Bolo de Tacho Monchique 438 Pudim de mel Monchique
205
439 Bolo de Amêndoa a Gila Monchique 440 Bolo de Torresmos Monchique 441 Chouriça Monchique 442 Farinheira ou morcela de farinha Monchique 443 Molho Monchique 444 Morcela Monchique 445 Assadura Monchique 446 Caldo Mouro Monchique 447 Grão com Arroz Monchique 448 Feijão com couve Monchique 449 Tiborna Monchique 450 Milhos com Feijão Monchique 451 Couve à Monchique Monchique 452 Grão com massa Monchique 453 Feijão com Arroz Monchique 454 Bisnagas Monchique 463 Açora de Galinha com Grão S.B.Alportel 464 Açorda de Poejos com Ovos S.B.Alportel 466 Lagosta V.Bispo 467 Lapas V.Bispo 468 Burgaus V.Bispo 469 Santola V.Bispo 471 Robalo V.Bispo 472 Navalheira V.Bispo 473 Dourada V.Bispo 478 Estrelas de figo com amêndoa Faro Faro 479 Folar S.B.Alportel Faro 481 Carapaus alimados Lagoa 482 Caldeirada Lagoa 483 Sardinhas assadas Lagoa Lagoa 484 Xarém (Xerém, ou Papas de milho) Monchique Aljezur 485 Sargo V.Bispo Aljezur 486 Aguardente de Medronho Monchique 487 Caracóis S.B.Alportel 488 Dom Rodrigo Faro
206
Monchique Aljezur 489 Mel Monchique 490 Mexilhão V.Bispo Aljezur 491 Pastéis de Batata doce Monchique Aljezur 492 Percebes V.Bispo OUTROS. QUAIS? 495 Antigo Mercado do Peixe Albufeira 496 Miradouro do Pau da Bandeira Albufeira 501 Adega Cooperativa do Algarve - Única Lagoa 509 Centro de Interpretação do Património Islâmico Silves 510 Dieta Mediterrânica Tavira
Fonte: Elaboração própria
Paisagens Culturais
Tabela 5.16 – Recursos Culturais de Paisagens Cultural com potencial de atratividade forte
Nº Identificação Localização
PAISAGENS CULTURAIS
511 Envolvente da Ribeira de Quarteira Albufeira
512 Açude do Castelo de Paderne Albufeira
513 Olheiros Albufeira
514 Porto da Zimbreirinha Aljezur
515 Vila de Aljezur Aljezur
516 Várzea de Aljezur Aljezur
521 Sítio Classificado da Fonte da Benémola Loulé
522 Fonte Pequena e Fonte Grande de Alte Loulé
523 Queda do Vigário Loulé
207
524 Chaminés de Saia Monchique
529 Vale do Bengado e Mealhas S.B.Alportel
530 Vale do Alportel S.B.Alportel
531 São Romão S.B.Alportel
532 Vale de inserção da Vila visto do Miradouro da Pousada S.B.Alportel
533 Conjunto de Noras do sítio de Barradas de Messines Silves
537 Concelho de Vila do Bispo V.Bispo
538 Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António VRSA
539 Mata Nacional das Dunas Litorais de Vila Real de Santo António VRSA
Faro 540 Ria Formosa VRSA
OUTROS. QUAIS?
541 Circuito Histórico-Cultural e Ambiental da Vila de Aljezur Aljezur
543 Rio Guadiana. Porto, mariana, alfandega VRSA
Fonte: Elaboração própria
Património Natural
Tabela 5.17 – Recursos Culturais de Paisagens Natural com potencial de atratividade forte
Nº Identificação Localização
FORMAÇÕES GEOLÓGICAS E FÍSICAS
544 Praia dos Tomates Albufeira
545 Praia da Falésia Albufeira
546 Praia do Barranco das Belharucas Albufeira
547 Praia dos Olhos de Água Albufeira
548 Praia Maria Luísa Albufeira
549 Praia de Santa Eulália Albufeira
550 Praia da Oura Albufeira
208
551 Praia dos Aveiros Albufeira
552 Praia do Túnel ou do Peneco Albufeira
553 Praia dos Pescadores Albufeira
554 Praia do Inatel Albufeira
555 Praia dos Arrifes ou Três Penecos Albufeira
556 Praia de São Rafael Albufeira
557 Praia da Coelha Albufeira
558 Praia do Castelo Albufeira
559 Praia do Evaristo Albufeira
560 Praia de Manuel Lourenço Albufeira
561 Praia da Galé Albufeira
562 Praia dos Salgados Albufeira
563 Gruta do Xorino Albufeira
564 Jazida Fossilífera Aljezur
565 Pontal da Carrapateira Aljezur
568 Maciço Eruptivo Subvulcanico de Sienitos (Foialite) Monchique
569 Serra de Monchique Monchique
574 Geoponto de Funchais S.B.Alportel
575 Geoponto de Mesquita S.B.Alportel
576 Penedo Gordo S.B.Alportel
578 Geossítio de Cabanas Velhas V.Bispo
579 Rota das dunas fósseis V.Bispo
580 Geossítio da Mareta V.Bispo
581 Geossítio de São Vicente V.Bispo
582 Geossítio do Telheiro-Aspa V.Bispo
583 Geossítio da Ponta da Torre e geossítio da Ponta da Fisga V.Bispo
584 Geossítio do Castelejo V.Bispo
209
585 Geossítio de João Vaz V.Bispo
586 Geossítio do Benaçoitão V.Bispo
587 Geossítio do Padrão V.Bispo
588 Geossítio icnofóssil V.Bispo
589 Geossítio da Figueira V.Bispo
590 Geossítio da Boca do Rio V.Bispo
591 Telheiro V.Bispo
592 Praia da Mareta V.Bispo
HABITATS
594 Rio Guadiana Alcoutim
595 Ribeira do Vascão Alcoutim
596 Ribeira da Foupana Alcoutim
597 Pontal da Carrapateira Aljezur
598 Praia da Amoreira Aljezur
599 Ribeira de Aljezur Aljezur
600 Ribeira da Carrapateira Aljezur
601 Ribeira de Seixe Aljezur
602 Pinhal de Bordalete Aljezur
603 Arribas de Odeceixe Aljezur
604 Ponta da Atalaia Aljezur
609 Ria Formosa Faro
610 Ilhas Barreira Faro
612 Litoral Cársico de Lagoa Lagoa
613 Rio Arade Lagoa
210
Sítio de Importância Comunitária - Monchique - 37 622 PTCON0037 Monchique
623 Zona de Proteção Especial -Monchique - 37 PTCON0037 Monchique
627 Estação de Biodiversidade - Percurso de monotorização S.B.Alportel
628 Diretiva Aves Tavira
629 Diretiva Habitats Tavira
PARQUES NATURAIS E RESERVAS
630 Lagoa dos Salgados Albufeira
631 Parque Natural do Sw Alentejano e Costa Vicentina Aljezur
Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo 632 António C.Marim
636 Ribeira de Quarteira (51 ha) Loulé
637 Parque Ambiental de Vilamoura - PAV (200ha) Loulé
638 Paisagem Protegida Local (PPL) da Rocha da Pena (671,84 ha) Loulé
Paisagem Protegida Local (PPL) da fonte da benémola (406,38 639 Loulé ha)
640 Caldeirão (20 566 ha) Loulé
641 Barrocal (17 766 ha) Loulé
644 Reserva Biogenética de Sagres V.Bispo
645 Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina V.Bispo
Faro 646 Parque Natural da Ria Formosa – PNRF Loulé
211
Tavira
ZOOS
647 Zoomarine Albufeira
JARDINS
654 Parque Municipal, Loulé Loulé
655 Jardim dos Amuados, Loulé Loulé
666 Jardim da Verbena S.B.Alportel
OUTROS. QUAIS?
672 Ribeira de Cadavais na Praia Fluvial do Pego Fundo Alcoutim
Veredas de Monchique (5 percursos Pedestres) - Percurso da 681 Fóia (2)/Percursos Caldas-Picota (2)/Monchique-Picota /Percurso Marmelete Monchique
7 Rotas Temáticas Pedestres - Rota da Geologia (2)/Rota das
682 árvores Monumentais (2)/Rota das chaminés de saia/Rota das Cascatas/Rota dos Moinhos) Monchique
683 Via algarviana - Setor 10 Monchique
685 Complexo termal das Caldas de Monchique Monchique
687 Fonte Santa da Fornalha Monchique
700 Percursos pedestres (PR2SBA ou PR3SBA) S.B.Alportel
701 Percursos pedestres (PR1SBA) S.B.Alportel
Fonte: Elaboração própria
Artes Performativas
212
Tabela 5.18 – Recursos Culturais de Artes Performativas com potencial de atratividade forte
Nº Identificação Localização
TEATRO
721 Teatro Aperitivo - Grupo dos Amigos do Museu S.B.Alportel
722 Teatro Mascarenhas Gregório Silves
724 Penedo Grande Silves
DANÇA
738 BCC - Beliaev Centro Cultural Faro
743 Corridinho do Algarve Lagoa
744 Baile de Roda Lagoa
MÚSICA
823 Associação Musical do Algarve - Orquestra Clássica do Sul Faro
824 Zé Eduardo - Associação Grémio das Músicas (jazz) Faro
OUTROS. QUAIS?
873 Biblioteca Municipal de Silves Silves
874 Concurso de Fado V.Bispo
Fonte: Elaboração própria
Celebrações
Tabela 5.19 – Recursos Culturais de Celebrações com potencial de atratividade forte
Nº Identificação Localização
FESTIVAIS
875 Festival Al-Buhera Albufeira
876 Festival de Folclore de Paderne Albufeira
877 Festival de Folclore de Albufeira Albufeira
878 Festival de Folclore de Ferreiras Albufeira
879 Festival de Folclore dos Olhos de Agua Albufeira
213
881 Festival de Gastronomia Alcoutim
884 Festival da Batata-doce de Aljezur Aljezur
907 Festival do Medronho Monchique
913 Charolas, a Força da Tradição S.B.Alportel
914 Festival Intercultural S.B.Alportel
915 Encontro de Tunas S.B.Alportel
916 Festival Juvenil de Acordeonistas S.B.Alportel
918 Festival Internacional de Folclore de São B. Messines Silves
919 Festival da Caldeirada Silves
"Cenas na Rua" - Festival Internacional de Teatro e Artes 920 Tavira Performativas na Rua de Tavira
923 Festival de Gastronomia do Mar Tavira
924 Festival de Gastronomia Serrana Tavira
925 Festival de Folclore de Tavira Tavira
926 Festival de Folclore de Santo Estêvão Tavira
927 Festival de Folclore de Santa Catarina da Fonte do Bispo Tavira
928 Festival de Folclore Luz de Tavira Tavira
929 Birdwatching V.Bispo
930 Festival do Percebes V.Bispo
932 Festival Juvenil de Folclore da Associação Cultural VRSA VRSA
933 Festival de Folclore da Associação Cultural VRSA VRSA
934 Festival de Folclore da Praia da Manta Rota VRSA
FESTAS
935 Carnaval de Paderne Albufeira
936 Festa do Frango Albufeira
937 Festa da Sardinha Albufeira
938 Prova do Folar Albufeira
940 Festa do Arjamolho Albufeira
214
941 Mostra de Artes do Barrocal Albufeira
942 Festa da Freguesia de Ferreiras Albufeira
943 Festa da Freguesia de Olhos de Água Albufeira
944 Festa do Polvo Albufeira
945 Comemorações Dia Município Albufeira
946 Mostra dos Frutos Secos Albufeira
947 Festas do Pescador Albufeira
948 Comemorações Dia Mundial Turismo Albufeira
949 Festa da Passagem do Ano de Albufeira Albufeira
950 Paderne Medieval Albufeira
957 Comemorações do Feriado Municipal Aljezur
958 Noite A - Noite Multicultural de Aljezur Aljezur
959 Festa dos Pescadores da Arrifana Aljezur
962 Festa da Pinha Faro
1008 Festa Sai à rua S.B.Alportel
1009 Festas de verão das associações locais S.B.Alportel
1011 Semana Gastronómica de Messines Silves
1012 Tradicionais Festas em Honra dos Pescadores Tavira
1016 Festas do São João da Degola VRSA
1018 Festa de Nossa Senhora das Dores VRSA
FEIRAS
1019 Feira de Velharias de Albufeira Albufeira
1020 Feira do Folar de Albufeira Albufeira
1021 Feira de São Tiago Albufeira
1022 Feira de Artesanato de Albufeira Albufeira
1023 Feira da Guia Albufeira
1024 Feira Franca de Albufeira Albufeira
1025 Feira de Doces d' Avó Alcoutim
215
1026 Feira de Artesanato de Alcoutim Alcoutim
1032 Feira e Festa de Alcoutim Alcoutim
1034 Feira da Perdiz Alcoutim
1035 Feira do Pão Quente e do Queijo Fresco Alcoutim
1036 Feira do Folar de Odeceixe Aljezur
1050 Concurso Arte Doce Lagos
1072 Feira dos Enchidos Tradicionais de Monchique Monchique
1073 Feira do Presunto Monchique
1087 Feira da Serra de SBAlportel S.B.Alportel
1088 Feira de São Brás S.B.Alportel
1089 Festa e Feira de Setembro S.B.Alportel
1092 Feira Medieval de Silves Silves
1095 Feira do Folar de Silves Silves
1096 Feira do Livro de Silves Silves
1097 Feira do Livro de Lagos Tavira
1098 Feira das Antiguidades e Velharias Tavira
1099 Feira dos Ofícios Tavira
1101 Feira de Artesanato da Luz Tavira
1106 Feira da Praia VRSA
1108 Mostras de Artesanato VRSA
CELEBRAÇÕES RELIGIOSAS
1109 Nossa Senhora da Orada Albufeira
1110 São Vicente de Albufeira Albufeira
1111 Nossa Senhora Esperança Albufeira
1112 Nossa Senhora da Guia/São Luís Albufeira
1113 Senhor dos Passos de Albufeira Albufeira
1114 Senhor dos Passos de Paderne Albufeira
1115 Festa do Enterro do Senhor (Paderne) Albufeira
216
1116 Festa do Enterro do Senhor (Albufeira) Albufeira
1117 Procissão das Velas (Albufeira) Albufeira
1118 Nossa Senhora da Visitação Albufeira
1169 Semana Santa Monchique
1184 Procissão da Aleluia - Festa das Tochas Floridas S.B.Alportel
1185 Festa dos Tabuleiros Floridos S.B.Alportel
1199 Procissão de Nosso Senhor dos Passos Tavira
1200 Procissão do Triunfo em Domingo de Ramos Tavira
1201 Procissão de Enterro do Senhor Tavira
1202 Procissão das Velas (Tavira) Tavira
1203 Procissão de Sto. António Tavira
1204 Procissão de Nossa Senhora do Carmo (Tavira) Tavira
1205 Procissão de Santo Estevão (Santo Estêvão) Tavira
1206 Procissão da Luz Tavira Tavira
1207 Procissões Nossa Senhora das Dores Tavira
1208 Procissão de Nossa Senhora do Mar Tavira
1209 Procissão Nossa Senhora das Dores (Tavira) Tavira
1210 Procissão Nossa Senhora Saúde e São Luís Tavira
1211 Procissão de Santo Estevão (Cachopo) Tavira
1212 Procissão de Nossa Senhora da Conceição (Tavira) Tavira
1221 Procissão e Missa Campal em Honra de São João da Degola VRSA
1223 Procissão em Honra de Nossa Senhora das Dores VRSA
FOLCLORE
1246 Rancho Folclórico de Tavira Tavira
1247 Rancho Folclórico da Luz Tavira
1248 Rancho Folclórico de Santo Estêvão Tavira
1249 Rancho Folclórico de Santa Catarina Tavira
OUTROS. QUAIS?
217
1250 Encontro de Cantares de Janeiras Albufeira
1251 Encontro de Cantares de Janeiras dos Olhos de Água Albufeira
1254 LargoAnimado Aljezur
1261 Banho do 29 Monchique
1266 Comemorações da Fundação de VRSA VRSA
Fonte: Elaboração própria
Belas Artes
Tabela 5.20 – Recursos Culturais de Belas Artes com potencial de atratividade forte
Nº Identificação Localização
ESCULTURA
1356 Escultura de Homenagem ao atleta - Trabalho em ferro S.B.Alportel
1364 Mon. Infante D. Henrique V.Bispo
1365 Mon. Celeiro do Algarve V.Bispo
GALERIAS
1379 Galeria Municipal de Albufeira Albufeira
1380 Galeria de Arte Pintor Samora Barros Albufeira
1381 Casa dos Condes Alcoutim
1383 Espaço + Aljezur
1385 Galeria Trem Faro
1388 Centro Cultural de Lagos Lagos
1389 Galeria de Arte do Convento do Espírito Santo Loulé
1390 Galeria de Arte da Praça do Mar Loulé
1391 Galeria de Arte de Vale do Lobo Loulé
1392 Centro Cultural de São Lourenço Loulé
1393 Galeria de Arte ZEFA Loulé
218
1394 Galeria ART CATTO Loulé
1404 Centro Cultural V.Bispo
ARTESANATO
1432 Exposições Lagos
OUTROS. QUAIS?
1472 Antigos Paços do concelho Lagos
1475 Mostra de Cinema Europeu Tavira
1476 Mostra de Cinema Não-Europeu Tavira
Fonte: Elaboração própria
Adicionalmente, tendo em conta a tutela de um conjunto e monumentos por parte da DRCA, classificados como monumentos nacionais e um como imóvel de interesse publico, foi-lhe solicitado o preenchimento do inquérito enviado para as câmaras, apenas no referente ao património cultural - monumentos (Apendice V). Verifica-se a identificação de Castelo de Aljezur,
Fortaleza de Sagres, Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, Monumentos
Megalíticos de Alcalar, Villa Romana da Abicada, Castelo de Paderne, Castelo de Loulé, Villa Romana de Milreu. Todos eles receberam por parte da DRCA a classificação de forte atratividade turística.
Também, devido à importância de recursos arqueológicos no Algarve foi solicitado, no âmbito do presente estudo, à DGPC (2014b) o Inventário de sítios arqueológicos em meio terrestre na região. Foi disponibilizado um
Inventário com 2179 registos, por tipo (90 tipos), por concelho e freguesia e com a respetiva descrição e classificação. As tipologias mais recorrentes
(com mais de 80 registos) são as seguintes: Achado isolado, Alcaria, Casal
Rustico, Estação ao ar livre, Habitat, Menir, Necrópole, Povoado, Vestigios de
Superficie e Vestígios diversos. De notar que em termos de classificação
219
como MN – Monumento Nacional distinguem-se fundamentalmente Antas,
Castelos, Cisterna, Tholos e Villla. Quanto aos municípios com maior número de registos distinguem-se Silves, Alcoutim e Portimão, entre outros.
Há ainda a referir que no sentido de avançar sugestões de temáticas
(ponto 7 do documento) cruzou-se os elemntos tidos como fortes por parte das Camaras com a respetiva classificação (MN, IIP, VC).
5.3.3. Agentes Culturais
O questionário feito aos profissionais do sector cultural e criativo tinha por objetivo incorporar a este estudo a opinião dos mesmos sobre o Turismo
Cultural no Algarve, os recursos culturais existentes e a valorização dos mesmos. O estudo teve 79 respostas o que representa uma taxa de resposta de 21,6%. Entre os 79 respondentes 23 não identificaram o tipo de entidade que representavam, os restantes 56 estão divididos entre 29 Empresas do
SCC e 27 Associações Culturais do Algarve (Gráfico 5.3).
Gráfico 5.3 – Agentes Culturais
NSNR 27 23
Empresa
29 Associação
Fonte: Elaboração própria
Os resultados globais mostram que os concelhos com maior representatividade neste estudo são Faro, 11 entidades e Loulé e Lagos com
8, como se pode observar na tabela seguinte. No caso específico das
220
Associações a situação altera-se para 9 entidades em Faro e 3 em Lagos,
Loulé, São Brás de Alportel e Vila Real de Santo António. Contudo, existem
23 agentes que preferiram não identificar a sua localização (Gráfico 5.4).
Gráfico 5.4 – Localização dos Agentes Culturais
Fonte: Elaboração própria
No que diz respeito ao cargo do respondente existem 26 indivíduos que preferem não caracterizar a sua ocupação. Dentro dos 53 casos em que houve identificação, denota-se uma grande incidência, cerca de 88%, em cargos de chefia (Direção, Gerente, Presidente, entre outros) (Tabela 5.21.).
Tabela 5.21 – Cargo do respondente
Cargo do respondente Frequência % % Acumulativa
NSNR 26 32,9% 32,9%
Colaborador voluntário 1 1,3% 34,2%
Comunicação 1 1,3% 35,4%
Coordenador de Área 2 2,5% 38,0%
Direção 15 19,0% 57,0%
Direção Artística 3 3,8% 60,8%
221
Cargo do respondente Frequência % % Acumulativa
Direção de Produção 1 1,3% 62,0%
Gerente 7 8,9% 70,9%
Gerente, skipper, guia 1 1,3% 72,2%
Gestor de Projetos 1 1,3% 73,4%
Presidente 4 5,1% 78,5%
Presidente de Direção 3 3,8% 82,3%
Quadro médio 1 1,3% 83,5%
Resp. Marketing 1 1,3% 84,8%
Secretária de Direção 1 1,3% 86,1%
Sócio Gerente 9 11,4% 97,5%
Vice-Presidente 2 2,5% 100,0%
Total 79 100,0%
Fonte: Elaboração própria
Turismo, Animação Cultural e Turística, Cultura e Educação/Formação são as áreas de atividade referidas com maior frequência. Importa salientar a diversidade de sectores profissionais que é registada nesta questão. Desde a radiodifusão, ao sector público, a parques temáticos, entre muitos outros totalizam 29 áreas distintas. Esta variedade enriquece muito os resultados deste inquérito pois espelha opiniões de um grupo muito heterogéneo. Tal como na pergunta anterior, também existem 26 casos sem identificação.
Tabela 5.22 – Área de atividade
Área de atividade Frequência % % Acumulativa
NSNR 26 32,9% 32,9%
Agências de Viagem e turismo 1 1,3% 34,2%
Animação Cultural e Turística 4 5,1% 39,2%
222
Área de atividade Frequência % % Acumulativa
Apoio sociocultural 1 1,3% 40,5%
Artes performativas 1 1,3% 41,8%
Comércio 1 1,3% 43,0%
Companhia de Teatro 2 2,5% 45,6%
Cultura 4 5,1% 50,6%
Cultural e Desporto 1 1,3% 51,9%
Dança e Música 1 1,3% 53,2%
Defesa do Património Histórico 1 1,3% 54,4%
e Arqueológico
Desenvolvimento local 1 1,3% 55,7%
Dinamização Cultural 2 2,5% 58,2%
Dinamização Sociocultural 1 1,3% 59,5%
Editorial 1 1,3% 60,8%
Educação/Formação 4 5,1% 65,8%
Educação e Cultura 2 2,5% 68,4%
Entretenimento 1 1,3% 69,6%
Equipamento cultural 1 1,3% 70,9%
Eventos 2 2,5% 73,4%
Marina 1 1,3% 74,7%
Marítimo-turística 3 3,8% 78,5%
Museu 1 1,3% 79,7%
Música 3 3,8% 83,5%
Parque Temático 2 2,5% 86,1%
Produção 1 1,3% 87,3%
Produção de Audiovisuais 1 1,3% 88,6%
Radiodifusão 2 2,5% 91,1%
Serviço público 1 1,3% 92,4%
Turismo 6 7,6% 100,0%
223
Área de atividade Frequência % % Acumulativa
Total 79 100%
Fonte: Elaboração própria
De uma forma geral, os inquiridos consideram importante e muito importante o desenvolvimento de produtos turísticos de base cultural no
Algarve (96%) (Gráfico 5.5). Existem apenas 2 casos que se revelaram indiferentes ao desenvolvimento deste tipo de produtos, e 1 que entendeu este desenvolvimento como pouco importante para a região.
Gráfico 5.5 – Desenvolvimento de produtos turísticos de base cultural no Algarve
2 ,5% 1 ,3%
17 ,7% Pouco Importante Indiferente Importante Muito Importante 78 ,5%
Fonte: Elaboração própria
O questionário seguiu a o modelo teórico apresentado na metodologia.
Assim, o grupo de perguntas seguinte dizia respeito à importância dos diversos domínios culturais e respetivos subdomínios. No entanto, os três elementos que consideram indiferente e pouco importante o desenvolvimento do Turismo Cultural no Algarve não responderam a este grupo de questões, passando diretamente para a respetiva caracterização.
224
Os domínios analisados estão descritos no gráfico 5.5, o qual evidencia a percentagem de instituições que considera importante e muito importante cada domínio. Assim, o Património Cultural, Paisagens Culturais e
Património Natural registam a maior percentagem. Por oposição, os níveis menos elevados pertencem às Publicações, Audiovisual e Media interativos, e
Design e Serviços Criativos (Gráfico 5.6).
Gráfico 5.6 – Importância geral dos Domínios Culturais
0 % 20 % 40 % 60 % 80 % 100 %
Património Cultural 78,9%
Paisagens Culturais 76,3%
Património Natural 77,6%
Artes performativas 69,7%
Celebrações 69,7%
Belas artes 69,7%
Publicações 67,1%
Audiovisuais e Media Interativos 63,2%
Design e Serviços Criativos 64,5%
Património Cultural Intangível 69,7%
Fonte: Elaboração própria
Património Cultural
No geral, a globalidade dos entrevistados consideram o Património
Cultural um recurso importante ou muito importante para o desenvolvimento do Turismo Cultural no Algarve. De entre os domínios em análise, este obteve o maior nível de agentes a considerarem importante e
225
muito importante, próximo de 79%. Nesta categoria, existem em média 16 indivíduos que manifestaram não ter opinião sobre a importância deste tema.
Gráfico 5.7 – Grau de Importância do Património Cultural Importante
15 ,8%
63 ,2% 21 ,1% Sem opinião Muito Importante
Fonte: Elaboração própria
O Património Cultural é constituído por Monumentos, Museus e artefactos,
Sítios arqueológicos, Sítios históricos, Edifícios e Gastronomia. Os
Monumentos, Museus e artefactos e Sítios históricos seguem a tendência global do domínio onde estão inseridos – património cultural. Assim, tirando os 16 casos que não têm opinião ou 21%, todos os outros casos, cerca de
79%, consideram estas atrações importantes e muito importantes para o turismo cultural – ver gráficos 5.8, 5.9 e 5.10.
226
Gráfico 5.8 – Monumentos
Importante 21 ,1% 22 ,4% Muito Importante 56 ,6% Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.9 – Museus e artefactos
Importante 21 ,1% 28 ,9% Muito Importante 50 ,0%
Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.10 – Sítios históricos
Importante 21 ,1% 25 ,0% Muito Importante
53 ,9% Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Relativamente a Sítios arqueológicos, Edifícios e Gastronomia existem indivíduos que se revelaram indiferentes, embora com diferentes pesos, ao papel destes no desenvolvimento do turismo cultural na região. O maior peso desta indiferença no grupo do Património Cultural está nos edifícios,
227
onde perto de 9% não atribui importância nenhuma à função dos mesmos, seguido dos sítios arqueológicos com 2,6% e gastronomia com 1,3%. Nestes recursos, a restante classificação divide-se entre importante, muito importante e sem opinião.
Gráfico 5.11 - Sítios arqueológicos
2,6%
Indiferente 21 ,1% 27 ,6% Importante Muito Importante 48 ,7% Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.12 – Edifícios
9 ,2%
Indiferente 21 ,1% Importante 30 ,3% Muito Importante 39 ,5% Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.13 - Gastronomia
1 ,3% 10 ,5% Indiferente 22 ,4% Importante 65 ,8% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
228
Paisagens Culturais No domínio das Paisagens Culturais a maioria, aproximadamente 76%, atribui a classificação de importante ou muito importante a função deste recurso no turismo de base cultural na região (ver Gráfico 5.14). Existem 2 entidades indiferentes à função deste elemento no turismo cultural algarvio, e mantém-se os 16 casos sem opinião.
Gráfico 5.14 – Paisagens Culturais
Indiferente
2 ,9% Sem opinião Importante 18 ,8% 21 ,7%
56 ,5%
Muito Importante
Fonte: Elaboração própria
Património Natural A terceiro e último parte do Património Cultural e Natural é o património natural que, globalmente falando, segue a mesma tendência que o grupo anterior. Desta maneira, perto de 78% das instituições atribuiu o grau de importante ou muito importante à função deste património no desenvolvimento do turismo cultural na região. De igual forma, mantémse os 16 casos que não manifestaram opinião e reduz-se para 1 o número de entidades que se manifesta indiferente ao património natural no âmbito do turismo cultural da região.
229
Gráfico 5.15 – Património Natural
Indiferente
1 ,3% Sem opinião Importante 21 ,1% 15 ,8%
61 ,8%
Muito Importante
Fonte: Elaboração própria
Dentro desta categoria, pediu-se para os respondentes classificaram os seguintes itens: Formações Geológicas e Físicas; Habitats; Parques naturais e reservas; Zoos e Aquários; e Jardins. No que diz respeito às Formações
Geológicas e Físicas, estas registam o maior número de entidades indiferentes neste domínio e face ao papel das mesmas no desenvolvimento do Turismo Cultural região (Gráfico 5.16). Apesar disto, aproximadamente
64% consideram ainda que estas formações têm relevância para este sector económico no Algarve.
As Formações Geológicas e Físicas, Parques naturais e reservas, Habitats, e Jardins têm o maior número de instituições que manifestam não ter opinião sobre a importância das mesmas dentro do património natural
(22,4%). Quanto aos Habitats e Parques naturais e reservas, 74% e 76% respetivamente consideram o papel destes itens importante e muito
230
importante sendo que os restantes 3,9% e 1,3% estão indiferentes a este recurso.
Gráfico 5.16 – Formações Geológicas e Físicas
13 ,2% Indiferente
22 ,4% Importante 28 ,9% 35 ,5% Muito Importante
Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.17 – Habitats
3 ,9%
Indiferente 22 ,4% 28 ,9% Importante Muito Importante 44 ,7% Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.18 – Parques naturais e reservas
1 ,3%
Indiferente 22 ,4% 22 ,4% Importante
Muito Importante 53 ,9% Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
A respeito dos jardins, zoos e aquários, cerca de 11% e 15% dos inquiridos respetivamente não os consideram importantes para o Turismo Cultural no
231
Algarve (Gráficos 5.19 e 5.20). Ambos os recursos têm das percentagens de mais baixas relativamente ao grau de importância atribuído. Desta forma, aproximadamente 67% e 65% dos respondentes consideram importante e muito importante a existência de jardins, zoos e aquários aquando do desenvolvimento deste sector na região.
Gráfico 5.19 – Zoos e Aquários
1 ,3% 3 ,9% 9 ,2% Nada Importante Pouco Importante 21 ,1% Indiferente 31 ,6% 32 ,9% Importante Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.20 – Jardins
3 ,9% 6 ,6% Pouco Importante Indiferente 22 ,4% Importante 36 ,8% 30 ,3% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Artes Performativas As artes performativas são constituídas por: Teatro, Dança, Ópera, Música, e Fantoches/Marionetas. De uma forma geral, perto de metade (48,7%) dos agentes culturais deste estudo consideram este tipo de artes muito importante para o turismo cultural no Algarve. Um quarto dos mesmos não tem opinião sobre o assunto (25%), 4 casos estão indiferentes (5,3%) e 16 consideram as artes performativas importantes.
232
Gráfico 5.21 – Artes Performativas
Indiferente
5 ,3% Sem opinião Importante 25 ,0% 21 ,1%
48 ,7%
Muito Importante
Fonte: Elaboração própria
No caso do Teatro e da Dança, a opinião dos entrevistados é exatamente a mesma. Neste contexto, 23 entidades não têm opinião ou estão indiferentes ao assunto. As restantes instituições, e a grande maioria, valorizam estes dois elementos dividindo-se entre importante e muito importante com
26,3% e 43,4% respetivamente.
A Música partilha de uma análise em tudo semelhante ao Teatro e à
Dança. Os aspetos diferenciadores dizem respeito ao menor número de entrevistados indiferentes a esta arte performativa, e ao crescimento do número de entidades que valorizam como muito importante (50%) em detrimento de apenas importante (21,1%).
233
Gráfico 5.22 – Teatro
7 ,9%
Indiferente 22 ,4% 26 ,3% Importante Muito Importante 43 ,4% Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.23 – Dança
7 ,9%
22 ,4% Indiferente 26 ,3% Importante Muito Importante 43 ,4% Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.24 – Música
6 ,6%
Indiferente 22 ,4% 21 ,1% Importante Muito Importante 50 ,0% Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
A Ópera regista o maior nível de agentes indiferentes ao papel destes no conjunto das artes performativas (15,8%). Por seu turno, foi nos Fantoches e
Marionetas que houve uma maior percentagem de entrevistados que não
234
manifestaram opinião (25%). Este mesmo recurso foi o único dentro das artes performativas com cerca de 4% de entidades a classificar a função destes como pouco ou nada importante para o turismo cultural da região.
Gráfico 5.25 – Ópera
15 ,8% 21 ,1% Indiferente Importante 26 ,3% Muito Importante Sem opinião 36 ,8%
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.26 – Fantoches/Marionetas 1 ,3% 2 ,6% 13 ,2% Nada Importante Pouco Importante 25 ,0% Indiferente 22 ,4% 35 ,5% Importante Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Celebrações De uma forma global, as Celebrações são importantes e muito importantes para o Turismo Cultural no Algarve (69,7%). Cerca de 30% dos inquiridos não partilha desta opinião. Assim, aproximadamente 24% não têm opinião sobre o assunto, e 6% não vê importância na relação destes com o turismo cultural nesta região.
235
Gráfico 5.27 – Celebrações
Pouco Importante
Sem opinião Indiferente 1 , 3 % 23 , 7 % 5 , 3%
36 , 8% 32 ,9%
Muito Importante Importante
Fonte: Elaboração própria
Dentro dos eventos foram analisados os seguintes recursos:
Festivais/Festas, Celebrações Religiosas, Feiras e eventos específicos de
Folclore. Para os agentes culturais, os recursos cuja importância é mais relevante para o sector em análise são os eventos de Folclore (71,1%).
Seguidamente estão os Festivais/Festas (69,7%), as Feiras (65,8%) e, por
último, Celebrações Religiosas (59,2%).
Por oposição, a percentagem entidades que identificaram estes recursos como não importantes para o sector em análise foram: 15,8% Celebrações
Religiosas; 10,5% Feiras; e 6,6% Festivais/Festas e Folclore. Importa referir que existem diferentes níveis de entrevistados que indicaram não ter opinião: 25% Celebrações Religiosas; 23,7% Feiras, e Festivais/Festas; e
22,4% Folclore.
236
Gráfico 5.28 – Festivais/Festas
1 ,3% 5 ,3%
Pouco Importante 23 ,7% Indiferente 23 ,7% Importante
46 ,1% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.29 – Feiras 1 ,3% 1 ,3% 7 ,9% Nada Importante Pouco Importante 23 ,7% Indiferente 28 ,9% Importante 36 ,8% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.30 – Celebrações Religiosas
1 ,3% 5 ,3% Nada Importante 9 ,2% Pouco Importante 25 ,0% Indiferente Importante 25 ,0% 34 ,2% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
237
Gráfico 5.31 – Folclore 1,3% 1 ,3% 3 ,9% Nada Importante Pouco Importante 22,4% Indiferente 32 ,9% Importante 38 ,2% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Belas Artes
As Belas Artes são constituídas por Pintura/Desenho, Escultura, Fotografia e Galerias/Centros Culturais. A opinião dos agentes culturais relativamente à importância deste tema está repartida da seguinte forma: 22,4% não têm opinião, 7,9% não vê importância neste tópico por oposição à grande maioria
(69,7%) que julga importante e muito importante – ver Gráfico 5.30.
Gráfico 5.32 – Belas Artes
Nada Importante
Sem opinião Indiferente 1 , 3 % 22 , 4 % 6 ,6%
28 ,9% 40 , 8 %
Muito Importante Importante
Fonte: Elaboração própria
A Pintura/Desenho e Escultura, têm as maiores percentagens de agentes que não conferem importância a estes recursos no desenvolvimento do
238
Turismo Cultural na região, 34% e 33% aproximadamente. Estas percentagens incluem 21,1% de abstenção de opinião, nada importante com
1,3%, e indiferente com 11,8% na Pintura/Desenho e 10,5% Escultura.
Gráfico 5.33 – Pintura/Desenho
1 ,3% 11 ,8% Nada Importante 21 ,1% Indiferente Importante 27 ,6% 38 ,2% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.34 – Escultura
1 ,3% 10 ,5% Nada Importante 21 ,1% Indiferente Importante 36 ,8% 30 ,3% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
No que diz respeito à Fotografia e às Galerias/Centros Culturais, a percentagem de agentes que não confere importância a estes recursos é ainda menor (cerca de 30% e 29%) embora o número de entrevistados sem opinião tivesse aumentado (22,4%). A diferença face aos recursos anteriores
(Pintura/Desenho e Escultura) também está na percentagem de indiferença
(6,6% e 5,3%), uma vez que se mantem o número de indivíduos que classifica estes recursos como nada importante (1,3%).
239
Gráfico 5.35 – Fotografia
1 ,3% 6 ,6% Nada Importante 22 ,4% Indiferente
38 ,2% Importante 31,6% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.36 – Galerias/Centros Culturais
1 ,3% 5 ,3%
Nada Importante 22 ,4% Indiferente 35 ,5% Importante 35 ,5% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Publicações
Esta categoria pretendia estudar a relevância das Publicações na exploração do Turismo Cultural no Algarve e, cerca de 67% conferem como importante e muito importante o papel das mesmas. Por contrapartida, 9,2% dos agentes não partilham desta opinião: 1,3% nada importante, 1,3% pouco importante, e 6,6% indiferente. 23,7% afirmam não ter opinião sobre este tema.
240
Gráfico 5.37 – Publicações
Nada Importante
Sem opinião Pouco Importante
23 , 7 % 1 , 3 % 1 ,3% 6 ,6% 26 ,3%
Muito Importante Indiferente 40 , 8 %
Importante
Fonte: Elaboração própria
Jornais/Periódicos, Bibliotecas e Feiras do livro são as subcategorias estudadas dentro da Publicação. 25% dos respondentes não têm opinião face
à importância dos Jornais/Periódicos, percentagem que desce para 23,7% nas duas outras categorias, Bibliotecas e Feiras do livro.
Entre estes três recursos, as Bibliotecas seguem a tendência da categoria geral onde se inserem – Publicações, e assim cerca 67% atribuem a classificação de importante e muito importante. Nos Jornais/Periódicos, e
Feiras do livro este valor baixa para 60,5% e 61,8% respetivamente.
Importa ainda referir que, no que diz respeito aos inquiridos indiferentes
à relevância nestes três recursos, as Feiras do livro têm o maior nível
(11,8%), seguido dos Jornais/Periódicos (9,2%), e Bibliotecas (7,9%). A percentagem dos restantes agentes que consideram não ter importância é mais elevada nos Jornais/Periódicos (5,3%), Feiras do livro 2,6% e 1,3%
Bibliotecas.
241
Gráfico 5.38 – Jornais/Periódicos
1 ,3% 3 ,9% 9,2% Nada Importante Pouco Importante 25 ,0% Indiferente Importante 19 ,7% 40 ,8% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.39 – Bibliotecas
1 ,3% 7 ,9% Nada Importante 23 ,7% Indiferente
35 ,5% Importante 31 ,6% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.40 – Feiras de Livro
2 ,6% 11 ,8% Nada Importante 23 ,7% Indiferente Importante 34 ,2% 27 ,6% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Audiovisuais e Media Interativos
Relativamente aos recursos Audiovisuais e Media Interativos, também se pretendia estudar a relevância para a exploração do Turismo Cultural no
242
Algarve. Apesar deste domínio apresentar um dos níveis menos elevados de relevância, a maioria (cerca de 63%) confere como importante e muito importante o papel destes recursos no desenvolvimento do turismo de base cultural na região. Por outro lado, 13,2% não partilham desta opinião: 1,3% nada importante, 1,3% pouco importante, e 10,5% indiferente. 23,7% não têm opinião sobre este tema.
Gráfico 5.41 – Audiovisuais e Media Interativos
Nada Importante
Sem opinião Pouco Importante
23 ,7% 1 , 3 % 1 ,3%
10 ,5% 36 ,8% Muito Importante 26 ,3% Indiferente
Importante
Fonte: Elaboração própria
Os recursos estudados dentro desta categoria são: Rádio/Televisão,
Internet e Filmes/Vídeo/Cinema. A percentagem de entidades que não têm opinião nestes subdomínios mantém-se nos 23,7%. Dentro destes três recursos, o maior nível de importância está na internet com 71,1%, seguido de 67,1% Filmes/Vídeo/Cinema e 57,9% para Rádio/Televisão. Dos agentes com opinião contrária, Rádio/Televisão têm a maior percentagem (18,4%), depois encontram-se os Filmes/Vídeo/Cinema (9,2%), e por fim a Internet
(5,3%).
243
Gráfico 5.42 – Rádio/Televisão 1 ,3% 2 ,6% Nada Importante Pouco Importante 23 ,7% 14 ,5% Indiferente 22 ,4% Importante 35 ,5% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.43 – Internet
5 ,3%
Indiferente 23 ,7% 19 ,7% Importante Muito Importante 51 ,3% Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.44 – Filmes/Vídeo/Cinema
9 ,2%
Indiferente 23 ,7% Importante 28 ,9% Muito Importante 38 ,2% Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Design e Serviços Criativos
Paralelamente aos recursos anteriores, o Design e Serviços Criativos apresentam um dos níveis menos elevados de relevância. Contudo, a maioria
(64,5%) atribui o grau de importante e muito importante ao papel destes
244
recursos no desenvolvimento do turismo de base cultural na região. Os restantes 35,5% não partilham desta opinião: 1,3% nada importante, 11,8% indiferente, e 22,4% não têm opinião sobre este tema.
Gráfico 5.45 – Publicações, Design e Serviços Criativos
Nada Importante
Sem opinião Indiferente 1 , 3 % 22 ,4% 11 ,8%
28 ,9% 35 ,5%
Muito Importante Importante
Fonte: Elaboração própria
Neste tema foram considerados os serviços de arquitetura e publicitários, bem como o design nas seguintes vertentes: de moda, gráfico, interiores, paisagens. Em ambos os casos 22,4% não manifesta ter opinião.
Relativamente ao grau de importância, os serviços de arquitetura e publicitários superam o design nas suas diversas vertentes, 67,1% e 63,2% respetivamente. Por oposição, 14,5% dos agentes não revê importância no
Design (de moda, gráfico, interiores, paisagens), e 10,5% no caso dos
Serviços de arquitetura e publicitários.
245
Gráfico 5.46 – Design (de moda, gráfico, interiores, paisagens)
1 ,3% 13 ,2% Nada Importante 22 ,4% Indiferente Importante 18 ,4% 44 ,7% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 5.47 – Serviços de arquitetura e publicitários
1 ,3% 9 ,2% Nada Importante 22 ,4% Indiferente Importante 40 ,8% 26 ,3% Muito Importante Sem opinião
Fonte: Elaboração própria
Património Cultural Intangível
O último domínio considerava a importância doa Património Cultural
Intangível no desenvolvimento do Turismo Cultural no Algarve. Por este motivo esta categoria não está subdividida, uma vez que os recursos a ser analisados iriam coincidir com os demais estudados nas questões anteriores.
Para a maioria dos respondentes, o Património Cultural Intangível é um recurso importante e muito importante para este sector no Algarve
(aproximadamente 70%). Por outro lado, os cerca de 30% que não partilham desta opinião estão repartidos por: cerca de 24% sem opinião, 5,3% indiferentes e 1,3% considera ser nada importante.
246
Gráfico 5.48 – Património Cultural Intangível
Nada Importante
Sem opinião Indiferente 1 , 3 % 23,7% 5 ,3%
30 ,3% 39 ,5%
Muito Importante Importante
Fonte: Elaboração própria
Terminada a análise à importância dos domínios culturais, havia uma questão relacionada com ações para valorização de Recursos Culturais. Esta secção do questionário tinha como objetivo de saber a opinião dos agentes culturais face às ações que melhor valorizam os recursos culturais. Existiam um conjunto de pré-definido de 11 ações bem como um campo livre onde poderiam acrescentar outras que não tivessem mencionadas. Neste grupo de questões, a par do anterior, o total de respostas são 76 entidades uma vez que as 3 que não consideraram importante o desenvolvimento do Turismo
Cultural no Algarve também não responderam a este grupo.
Denota-se que aproximadamente 70% dos inquiridos consideram estas ações importantes e muito importantes, 8% revelaram estar indiferentes ou não consideram importante, e 22% não opina sobre o assunto (tabela 5.23).
As ações com maior nível de importância são a organização de Excursões e visitas guiadas a locais de património, e a Conservação e valorização do património cultural.
247
Tabela 5.23 – Importância das ações de valorização dos Recursos Culturais
1. Ações de formação associadas às indústrias culturais e criativas 2,6% 0,0% 7,9% 28,9% 38,2% 22,4% 100%
2. Publicações temáticas/guias 1,3% 1,3% 5,3% 35,5% 35,5% 21,1% 100% turísticos
3. Excursões e visitas guiadas a 0,0% 2,6% 2,6% 28,9% 44,7% 21,1% 100% locais de património
4. Organização de exposições 2,6% 1,3% 3,9% 36,8% 34,2% 21,1% 100%
5. Oferta de Workshops / cursos 0,0% 3,9% 10,5% 35,5% 27,6% 22,4% 100% de verão
6. Uso de novas tecnologias 1,3% 2,6% 7,9% 31,6% 34,2% 22,4% 100%
(interpretação)
7. Estruturação de rotas 2,6% 0,0% 5,3% 26,3% 43,4% 22,4% 100% temáticas
8. Adaptação de bens culturais tradicionais a
1,3% 1,3% 3,9% 31,6% 39,5% 22,4% 100% mercados modernos
9. Conservação e valorização 0,0% 1,3% 2,6% 21,1% 52,6% 22,4% 100% do património cultural
10. Melhoria na paisagem urbana (ordenamento do 2,6% 0,0% 3,9% 26,3% 44,7% 22,4% 100% território
11. Oferta de animação / 1,3% 2,6% 3,9% 22,4% 46,1% 23,7% 100% eventos
Valor Médio 100% 1,4% 1,6% 5,3% 29,5% 40,1% 22,1%
Fonte: Elaboração própria
248
Importa ainda referir que 10 agentes culturais adicionaram ações que poderiam complementar as indicadas anteriormente. De uma forma geral, estas ações dizem respeito à reabilitação do património existente, incentivo
à criação de parcerias regionais e locais, melhorar a comunicação dos eventos culturais, e criar relações mais fortes entre a educação e a cultural local. Destacam-se:
“Apostar na relação do ensino desde o nível básico ao superior com a
região na vertente do conhecimento da sua caracterização, cultura,
diversidades, etc.;
Melhorar a comunicação mais atempada de todos os eventos culturais; Conseguir que os "locais" conheçam, valorizem e sejam embaixadores da sua Cultura;
Criar estímulos às parcerias regionais, para aumento de sinergias
entre agentes culturais;
Criar zonas bem delimitadas de animação noturna;
Desenvolver dinâmica desportiva;
Apostar na indicação por parte dos responsáveis do turismo regional
para utilização dos grupos locais culturais e promotores das nossas
tradições junto da hotelaria e nos eventos. Não haver por parte dos
responsáveis uma aposta do que nos vem de fora;
Oferecer mais turismo juvenil de habitação;
Reabilitar os centros históricos;
Reabilitar/restaurar de edifícios antigos do nosso património”.
No questionário, era pedido aos inquiridos para sugerirem dois temas em torno dos quais fosse possível desenvolver produtos turísticos
249
diferenciadores e únicos no Algarve. A par do grupo anterior os três elementos que consideram indiferente e pouco importante o desenvolvimento do Turismo Cultural no Algarve não responderam a este grupo de questões, passando diretamente para a respetiva caracterização.
Para o primeiro tema existiram 53 sugestões, e 51 para o segundo num total de 104 ideias. As sugestões indicadas foram trabalhadas através de duas despectivas que, embora partam do mesmo princípio e por isso sejam semelhantes geram resultados diferentes. As ferramentas utilizadas foram o
Wordle e o IBM SPSS Text Analytics for Surverys. Ambas observam a frequência das palavras utilizadas e destacam as de maior utilização.
A figura seguinte apresenta os resultados através do Wordle. Este instrumento varia o tamanho da letra conforme a frequência da mesma, desta forma as palavras com maior utilização estão mais realçadas. As palavras mais mencionadas são: Turismo, Algarve, Gastronomia, Património,
Música, Cultural, Natureza/Natural/Naturais, Rotas, entre outros (Figura
5.3).
250
Figura 5.3 – Temas identificados através do Wordle
Fonte: Elaboração própria
A outra ferramenta utilizada foi o IBM SPSS Text Analytics for Surverys, cujo resultado aparece no formato de um “gráfico teia”. Esta teia é constituída por nós e linhas que interligam os ditos nós. As palavras mencionadas mais frequentemente dão origem a um nó (ou categoria), e a linha que os liga denota o número de registos comuns. O tamanho e espessura de ambos os nós e as linhas varia conforme a frequência das palavras.
251
Figura 5.4 – Temas para turismo cultural no Algarve
Fonte: Elaboração própria
As categorias criadas a partir das palavras mais mencionadas deram origem aos seguintes temas: Turismo (13 respostas); Gastronomia (12 respostas); Natureza (11 respostas); Percursos/Rotas e Música (8 respostas);
Algarve (7 respostas); Património (6 respostas); Pesca (5 respostas);
Paisagens e, por fim, Amendoeiras, Ria Formosa, Eventos, Lendas, Imaterial e
Encostas (2 respostas).
Este resultado, embora conseguido através de metodologias díspares, é semelhante ao anterior. Assim, para os agentes culturais e criativos, os temas em torno dos quais seja possível desenvolver produtos turísticos diferenciadores e únicos no Algarve passam pela utilização dos conceitos identificados nas figuras 5.3 e 5.4.
Este instrumento permite também entender as associações que os agentes do sector cultural e criativo fazem entre os conceitos identificados na figura 5.4.
Assim, percebe-se que as associações mais pertinentes são: a forte ligação do Turismo à Natureza; a conexão dos percursos e rotas a ambos
252
Turismo e Natureza; o património imaterial está relacionado com a Natureza; e as paisagens com as amendoeiras.
Também é possível depreender que a Gastronomia aparece unicamente ligada a eventos e que ambos estão separados da teia geral. Neste contexto,
é reforçado o paradigma de que a gastronomia e os eventos são perspetivados como um produto complementar à oferta turística no Algarve.
Tabela 5.24 – Temas para produtos turísticos no Algarve
A. Circuito judaico/romano Faro B. Reserva Natural da Ria Formosa
A. Desporto e Lazer VRSA B. Património Natural
A. Projeto TASA (www.projectotasa.com) Loulé B. Escrita do Sudoeste
A. Rio Guadiana Alcoutim B. Percursos Pedestres - Festival de Caminhadas
A. Gastronomia - Percebes Vila do Bispo B. Turismo Natural
A. Artes Silves B. Património Cultural Material / Imaterial
Rede de Produtos locais/ regionais com selo de qualidade A. (Gastronomia) Aljezur Turismo científico (património natural classificado), articulando-se B. com o Turismo de Natureza
A. Geologia Monchique B. Águas Termais
S. Brás de A. Rota da Cortiça Alportel B. Tesouros do Algarve Rural
Fonte: Elaboração própria (Inquérito às Empresas do SCC e Associações Culturais)
253
6. Temáticas para Desenvolvimento de Produtos Turísticos de Base Cultural
6.1. Temáticas e Subtemáticas
A proximidade crescente entre os domínios culturais e económicos, delimita-se no âmbito de um processo de “transformação” da cultura num produto consumível (UNESCO, 2010, UNESCO, 2013).
Este processo assenta, como se viu no enquadramento teórico-concetual deste estudo, num conjunto de tendências, entre as quais se destacam a passagem da tónica de um consumo “passivo” para um “ativo”, de uma cultura “erudita” (high culture) para a inclusão de cultura popular (popular culture) e associada às vivências quotidianas (every day culture), e do tangível para o intangível.
Com o objetivo de desenvolver produtos turísticos de base cultural no
Algarve, como destino de experiências memoráveis e transformadoras, considerou-se, na perspetiva de Pine II e Gilmore (1998, 2008), as temáticas e espacialidade, tendo em conta o necessário estímulo dos sentidos, mix de recordações e positividade.
Como resultado principal da análise de um conjunto de instrumentos metodológicos101 obteve-se então a identificação de seis temáticas nucleares no desenvolvimento do Turismo Cultural no Algarve, que se apresentam de seguida (Figura 6.1):
101 Vide ponto metodológico. Inquérito por questionário ao SCC e Associações Culturais; Inquérito às Câmaras Municipais (pergunta aberta aos técnicos); Entrevistas às entidades DRCA, CCDR e TA; Entrevistas a painel qualificado; Identificação de Rotas, Itinerários, Percursos e Trilhas (RIPT) (e sua temática) existentes na Europa e no Algarve.
254
Figura 6.1 - Temáticas Nucleares de Turismo Cultural no Algarve
Sagres: Mito e História
Herança Islamo-Cristã
Centros Históricos
Tradições e Expressões Criativas
Mar Cultural
Dieta Mediterrânica
Fonte: Elaboração própria
Adicionalmente, e na medida em que património é frequentemente referenciado por inquiridos e entrevistados, bem como na identificação de recursos (de forte atratividade) por parte das entidades camarárias, apresentam-se as designadas temáticas complementares. Elas apoiam-se na assumpção de que património representa um elemento de confluência e transversalidade na construção de produtos. São elas (Figura 6.2):
255
Figura 6.2 - Temáticas Complementares de Turismo Cultural no Algarve
Património Arqueológico
Património Industrial
Património Arquitetónico Popular
Património Paisagístico
Fonte: Elaboração própria
Tendo em conta as temáticas estabelecidas (Figuras 6.1 e 6.2), foi sequencialmente delimitado um conjunto de subtemáticas, com vista a reforçar a inserção territorial, a escolha adequada dos stakeholders, bem como a criação de uma oferta integrada e competitiva.
A temática Sagres: Mito e História inclui duas subtemáticas intituladas
Fortaleza de Sagres: Escola Náutica - Ficção e Realidade, e Início da Epopeia dos Descobrimentos (Figura 6.3).
As subtemáticas referidas visam possibilitar ao turista “imaginar o passado” nacional/regional, através do contacto com mitos, narrativas heroícas, personificação de qualidades e identidades nacionais/regionais apoiadas no património, história e memória, num processo de identificação da população com os seus “lugares”.
Neste contexto, ganha importância a consideração dos “Descobrimentos”, na sua articulação com Descobertas, Navegadores, Caravelas, Naus e “Rota
Europeia dos Descobrimentos (Rota Descubriter), assim como, a valorização
256
(através de narrativas interpretativas) de figuras históricas como o “Infante
D. Henrique” e “S. Vicente”.
Também os mitos e a fição na sua intangibilidade podem associarse ao genius loci de Sagres através de elementos da paisagem reforçando a sua identidade (na ótica De Sacrum a Sagres).
Figura 6.3 – Sagres: Mito e História
Fortaleza de Sagres: Escola Náutica -Ficção e Realidade
Início da Epopeia dos Descobrimentos
Fonte: Elaboração própria
A temática Herança Islamo-Cristã integra herança islâmica, moçárabe e cristã que recorrentemente se intercruzam. Em termos de subtemáticas distinguem-se arquitetura militar, arquitetura religiosa, rota Al'Mutamid (em construção), lendas de mouras encantadas e folclore algarvio: permanência de elementos islamo-cristãos (figura 6.4).
No caso da subtemática arquitetura militar distinguem-se castelos, fortalezas, fortes, muralhas, alicerçando-se num conjunto de recursos identificados como “fortes”, em que um número significativo está
257
classificado como monumento nacional102 integrado numa dupla rede de fortificações103.
Quanto à subtemática arquitetura religiosa - catedrais, sés, igrejas, ermidas e conventos, ela apoia-se nas sés de Silves e Faro, as quais estão integradas na Rota das Catedrais bem como no número significativo de igrejas classificadas como monumento nacional e imóvel de interesse público104.
A rota Al-Mutamid embora em construção presentemente, possibilita, para o futuro, a valorização da herança islâmica bem como todo o património de Lendas de mouras encantadas e o próprio Folclore algarvio, no contexto da interconexão islamo-cristãos.
102 Por exemplo: Forte de São Sebastião (C.Marim), Castelo de Castro Marim (C.Marim), Castelo de Silves, Castelo e Muralhas de Tavira, Muralhas da Almedina (Silves), Vestígios do Castelo de Loulé, Torre e Muralha de Sagres. 103 Por exemplo, aquando de uma reflexão sobre o Legado Arquitetónico Islâmico no Algarve com Paderne e Salir a proteger os acessos a partir do Norte, enquanto na linha da costa a proteção era assegurada por fortificações como Alvor, Estombar, Portimão, Albufeira. 104 Por exemplo: Sé Catedral, Igreja de Santa Maria do Castelo, Igreja de Santo António de Lagos, Igreja de Santa Maria do Castelo, Igreja de Santo António de Lagos, Igreja de São Lourenço, entre outros.
258
Figura 6.4 – Herança Islamo-Cristã
Arquitetura militar
Arquitetura religiosa
Al'Mutamid (rota)
Lendas de mouras encantadas
Folclore algarvio: permanência de elementos islamo-cristãos
Fonte: Elaboração própria
Em termos de circunscrição espacial esta temática é transversal a todo o
Algarve, muito embora possa ser dada distinção a Tavira, Silves e Faro.
No contexto da temática Centros Históricos nos agregados urbanos definem-se duas subtemáticas, nomeadamente centros históricos das cidades algarvias e de vilas e aldeias do Algarve (Figura 6.5). Apoia-se em vários centros ou núcleos, de escalas distintais105.
105 Por exemplo: núcleo histórico de Cacela Velha (período medieval, moderno e contemporâneo), núcleo histórico de Vila Real de Santo António (período iluminista), e Vila termal das Caldas de Monchique. Beneficie de um conjunto de preocupações de classificação de imóveis nos centros históricos (http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/georeferenciada/).
259
Figura 6.5 – Centros Históricos
Centros Históricos das Cidades Algarvias
Vilas e Aldeias do Algarve
Fonte: Elaboração própria
A temática Tradições e Expressões Criativas inclui as subtemáticas
Folclore: tradição oral, escrita e dança; Artesanato; Usos, costumes e produtos; Festas, festivais e eventos; Belas Artes (Figura 6.6).
Folclore: tradição oral, escrita e dança inclui desde tradições musicais (por exemplo: “romances”, “cantigas de roda”, “charolas”), lendas, bem como importantes danças do Algarve (corridinho e baile de roda). Paralelamente, a existência de um conjunto de ranchos, grupos folclóricos em articulação com festas, festivais, eventos, pode reforçar a visibilidade deste património intangível.
O Artesanato 106 na sua articulação entre tradição e modernidade (Projeto
TASA) beneficia da articulação com as subtemáticas das Festas, festivais e feiras107 e usos, costumes e produtos reforçando a valorização turística destes patrimónios.
106 Associa-se fundamentalmente à cortiça e madeira, olaria e cerâmica, artes marítimas, entrançados e entrelaçados, rendas e bordados e outras artes de agulha, tecelagem, trabalhos em metal, trabalhos em pele. 107 No âmbito das Festas, festivais e eventos evidencia-se um número significativo de referências de forte atratividade por parte das entidades camarárias. Por exemplo Festivais de Folclore em Paderne, Albufeira, Ferreiras,
260
Quanto às Belas Artes elas podem beneficiar das Galerias existentes nos diferentes concelhos.
Figura 6.6 – Tradições e Expressões Criativas
Folclore -tradição oral, escrita e dança
Artesanato (TASA)
Usos, costumes e produtos
Festas, festivais e eventos
Belas Artes
Fonte: Elaboração própria
A temática Mar Cultural visa enfatizar a possibilidade de experiências culturais através do Mar. Um Mar associado à cultura em três grandes espacialidades (Figura 6.7).
Olhos de Agua, Tavira, Santo Estêvão, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Luz de Tavira, VRSA, Praia da Manta Rota, FolkFaro, entre outros. Também Charolas, Mostra de Artes do Barrocal, Festas do Pescador. Destacam-se também outras festas, festivais e eventos populares e religiosos. Aliás, em termos de religião as manifestações católicas sobressaiem tendo em conta que é a religião dominante.
261
Destaca-se então a subtemática Património Cultural Subaquático apoiada num número significativo de recursos arqueológico-culturais a “decobrir” no fundo do mar108, mas também em terra109. Esta subtemática pode estar aliada à prática de mergulho ou não, considerando que os recursos podem estar expostos em museus e/ou ser apresentados através da utilização de
Novas Tecnologias da Informação e Comunicação.
Outra subtemática, Do Barlavento a Sotavento: Uma visão marítima da
Costa, atribui a possibilidade de experiências culturais usufruída através da motivação em conhecer e compreender a costa algarvia, numa abordagem integrada das paisagens, como único mosaico onde existem características geológicas, biológicas e culturais110. Espacialmente abarca toda a costa de barlavento a sotavento.
A subtemática Cultura da Pesca e Salinas - Artes Tradicionais de Pesca e de Salga apoia-se para uma história alicerçada em populações com atividades económicas ligadas ao mar enquanto património associado ao popular e quotidiano. Beneficia da existência de um conjunto de museus e núcleos museológicos que podem em parceria valorizar turisticamente o património em questão. Espacialmente remete para os aglomerados urbanos no litoral algarvio.
108 Por exemplo: L’Ócean, Torvore, William Krag. 109 Museu Municipal de Portimão, Museu Arqueológico de Albufeira. 110 O Litoral Algarvio é caracterizado por elevada diversidade litológica e grande riqueza de formas (vide pontos anteriores do presente trabalho) com características contrastantes em que do cabo para leste surgem sucessivamente formações jurássicas, cretácicas, miocénicas, plio-quaternárias e atuais.
262
Figura 6.7 – Mar Cultural
Património Cultural Subaquático
Do Barlavento a Sotavento: Uma visão maritima da Costa
Cultura da Pesca e salinas Artes Tradicionais de Pesca e de Salga
Fonte: Elaboração própria
A temática Dieta Mediterrânica111 distingue-se em duas subtemáticas: - uma associada à cozinha do mar e da terra visando dar visibilidade não só aos pratos do litoral, mas também aos do barrocal e serra; outra associada a produtos mediterrânicos por excelência como os de produção primária e transformados (Figura 6.8).
111 A Dieta Mediterrânica consta, a partir de 2013, na lista do Património Imaterial da Humanidade.
263
Figura 6.8 – Dieta Mediterrânica
Cozinha do Mar e da Terra
Produtos Alimentares
Fonte: Elaboração própria
Quanto às temáticas complementares associadas ao património evidenciam-se as relativas ao arqueológico, arquitetónico, industrial e paisagístico. Em três delas, por se salientarem possibilidades de subtemáticas avançam-se com as presentes na Figura 6.9:
Figura 6.9 – Temáticas complementares e respetivas subtemáticas
Património Património Arquitetónico Património Património Arqueológico Popular Industrial Paisagístico
Parque Natural Indústria do Sudoeste Megalítico Alentejano e Conserveira Costa Vicentina
Parque Natural Fenício Rota da Cortiça da Ria Formosa
Reserva Natural Património do Sapal de Romano Mineiro Castro Marim e Vila Real de Santo António
Fonte: Elaboração própria
264
O Património arqueológico no Algarve e como foi verificado no inventário da DGPC (2014b) tem relevância. Em termos património megalitico pode afirmar-se que é no Sul de Portugal (Alentejo Central e Algarve Ocidental) que existem as maiores concentrações de menires da Península Ibérica, em termos de dimensão dos monólitos, quantidade e complexidade dos conjuntos. Paralelamente, o facto deste património se relacionar com a paisagem Ocidental da costa algarvia, sobretudo com a “finisterra sagrada” de Sagres, conjuga-o com outra temática nuclear, o que é positivo. Quanto ao património Fenicio, entre outros aspetos, valorizava-se a escrita do
Sudoeste e no afeto ao património romano alguns monumentos classificados, como por exemplo – Milreu.
Na temática complementar Património Industrial as subtemáticas contemplam o património referente à Indústria das Conservas112, Rota da cortiça113 (e Industria da Cortiça) e património mineiro114.
No referente ao Património Paisagístico, salienta-se como subtemáticas o
Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Parque Natural da
Ria Formosa e Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo
António.
As temáticas e subtemáticas apresentadas de Turismo Cultural permitem a organização de produtos turísticos em seu torno. Contudo, há que ter presente que podem ser potencializadas por:
112 A Indústria conserveira tem incidência em Portimão, Olhão e VRSA. Associa-se à produção de caixas de latão, carpintaria, fabrico de pregos e serralharia. 113 Existe a referência por parte das entidades camarárias a este recurso, nomeadamente em Silves e S. Brás (Rota da Cortiça - autarquia de S. Brás de Alportel, Associação de exportadores de cortiça (AIEC- Sul), Associação de agricultores de S. Brás de Alportel, Associação de produtores florestais da serra do Caldeirão, Santa Casa da Misericórdia de S. Brás, Associação In loco, e Região de Turismo do Algarve). 114 Associado às Minas de cobre e manganês, antimónio (Sotavento) e Minas de sal gema de campina de cima (Loulé).
265
• Consciencialização da necessidade de trabalhar em rede por parte de entidades associadas ao turismo e à cultura;
• Existência de condições objetivas para que a oferta de produtos se organize em diálogo permanente com os players que partilham o território;
• Consciencialização da tendência atual de consumo turístico cultural crescente, mesmo em destinos tradicionalmente de sol e mar;
• Capacidade de falar diretamente a certos segmentos específicos;
• Aproximação entre cultura e natureza (Mar, Litoral, Barrocal e Serra);
• Inventariação e qualificação dos recursos;
• Contacto com boas práticas.
266
7. Conclusão
A revisão de literatura, conduzida com recurso a fontes académicas e a publicações provenientes de organismos públicos, nacionais e internacionais relacionadas com a temática do Turismo Cultural, constituiu um elemento fulcral do estudo na medida em que permitiu esclarecer conceitos, identificar metodologias e caraterizar abordagens utilizadas em contextos semelhantes. Com base nesta informação secundária foi possível desenhar o modelo teórico de apoio à inventariação dos recursos culturais no Algarve o qual conjuga a articulação entre os conceitos teóricos fundamentais e os objetivos propostos para este estudo. A estratégia de investigação empírica assenta portanto num sério exercício de conhecimento do terreno quer em termos da literatura académica quer e termos daquilo que é desde já posto em prática por outras entidades nacionais e internacionais nomeadamente no que se refere ao desenvolvimento de produtos turísticos de base cultural.
No que diz respeito ao primeiro objetivo específico (inventariar os recursos culturais da região) constatou-se que a informação existente sobre esta matéria está dispersa por múltiplos organismos, encontra-se fragmentada e sobreposta em termos de bases de dados secundários.
Impôs-se, portanto, a necessidade de encetar uma recolha de dados primários, um processo em que os principais interlocutores são os municípios da região, os principais atores no terreno, profundamente conhecedores dos recursos culturais existentes e responsáveis pela sua gestão. Além disso, e uma vez que o turismo é uma atividade de reconhecido valor para a região, os municípios estão bastante envolvidos em processos relacionados com o desenvolvimento turístico dos seus territórios,
267
razão pela qual se contemplou ainda no instrumento de recolha de dados duas questões vocacionadas concretamente para este tópico: identificação do potencial de atratividade turística de cada recurso e sugestão de temáticas para o turismo cultural em torno das quais poderão ser desenvolvidos produtos turísticos de base cultural.
Dado o destino turístico se tratar, por definição, de uma entidade compósita e polinucleada, vários elementos integram o painel de stakeholders do Algarve enquanto destino turístico. Desta feita procurou-se alargar a auscultação de pontos de vista na medida em que se pretendeu ultrapassar os domínios culturais tradicionalmente mais ligados ao processo de desenvolvimento de produtos turísticos de base cultural. Este processo, designado por diagnóstico participativo, permitiu contemplar ainda o contributo de um conjunto de especialistas no domínio das indústrias culturais e criativas que, embora assumindo-se como potencialmente geradoras de sinergias com valor positivo para o turismo cultural, ainda não mereceram até à data um olhar no sentido de as qualificar como oferta turística no âmbito de uma estratégia mais alargada de Turismo Cultural criativo para a região. Os responsáveis pelas orientações políticas e estratégicas desenhadas para o setor foram também questionados com o propósito de se identificarem as principais linhas de orientação em matéria de turismo cultural.
Os objetivos 3 a 5 foram alcançados através de uma leitura criteriosa do estudo sobre os “Consumos Culturais dos Turistas do Algarve” (Silva, 2007).
No que diz respeito aos objetivos 6 e 7, respetivamente “identificar e avaliar circuitos de comercialização” e “identificar e caracterizar formas de comunicar produtos culturais”, os mesmos foram definidos com o intuito de
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contribuir para um melhor conhecimento do processo de comercialização e comunicação de produtos culturais por parte dos atores no terreno.
Contudo, face à escassez de tempo e atendendo ao fato de se tratar de objetivos que não contribuem diretamente para a problemática central do estudo, optou-se por não desenvolver investigação nesse sentido.
O último objetivo contemplado visava propor potenciais produtos turísticos de base cultural para o Algarve. Desta feita, e reconhecida a pertinência da tematização quando se trata de desenhar produtos turísticos na perspetiva das experiências criativas, foi proposto um conjunto de temas potenciadores da criação de rotas e de circuitos temáticos tendo em vista a construção e comercialização de estórias e narrativas potencialmente geradoras de experiências turísticas memoráveis. Na verdade, esta inventariação de recursos culturais, altamente participativa e ainda assim não exaustiva, permite confirmar que se trata de uma região de enorme riqueza em termos de culturais e que os mesmos poderão contribuir para o desenvolvimento sustentável do turismo no Algarve. Trata-se de um complemento essencial ao tradicional turismo de “sol e mar” potencialmente gerador de maior satisfação com a experiência turística no Algarve e com impacto ao nível da fidelização ao destino. Desta forma se acrescenta valor à oferta turística tradicional da região e se acentua a tónica da diferenciação e da autenticidade da oferta turística indo ao encontro dos desejos do turista contemporâneo.
Ao nível dos principais contributos da pesquisa para apoio à tomada de decisão por parte da entidade com responsabilidades nesta matéria, realça- se a importância de existir uma inventariação de recursos culturais, devidamente ponderados em termos do seu potencial de atratividade
269
turística, concluída com a participação e envolvimento das 16 Municipios do
Algarve. A informação obtida permitirá não apenas desenvolver produtos turísticos de base cultural como sobretudo proceder ao seu mapeamento um procedimento indispensável à identificação de tendências para a especialização dos territórios. Trata-se de um exercício que permitirá a cada município investir, para fins turísticos, nos aspetos culturais específicos mais relevantes e que mais contribuam para o desenvolvimento do turismo na região, cada agente atuando no seio de uma estratégia mais alargada e concertada. Destaca-se ainda o caráter pioneiro da iniciativa nomeadamente porque traduz um olhar sério sobre as questões culturais e, ao mesmo tempo, sensibilidade relativamente ao potencial de crescimento do Turismo
Cultural na região.
De entre as principais limitações que a equipa enfrentou, destaca-se a escassez de tempo para concretizar os objetivos propostos. Além disso, dá- se nota das dificuldades de interpretação dos múltiplos respondentes face ao próprio instrumento de recolha de dados e às suas dimensões de análise.
Apesar de a equipa ter respondido a dúvidas em concreto colocadas pelos técnicos que nas autarquias foram responsáveis pelo seu preenchimento, certamente uma consensualização prévia do instrumento ou formação específica junto de cada equipa teriam sido procedimentos pertinentes.
Contudo, no espaço de dois meses foi necessário abraçar múltiplas tarefas em simultâneo o que não permitiu exaustividade em todas as fases do processo. Este inventário não pode, pois, ser considerado um assunto encerrado. Trata-se de uma primeira fotografia a partir da qual certamente serão desenvolvidos produtos turísticos de base cultural para o Algarve
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perspetivando-se a necessidade de um maior aprofundamento no que diz respeito ao inventário dos recursos culturais no futuro.
Considera-se ainda que a realização deste estudo teve implicações positivas também para os respondentes, na medida em que, alguns aproveitaram esta oportunidade para atualizar a sua própria base de dados.
O envolvimento dos Municípios neste projeto foi crucial. O rigor na forma como foi possível, em escasso tempo, reunir informação dispersa por vários departamentos, organizar essa informação de acordo com os critérios definidos e disponibilizar a mesma em tempo útil, justifica todo o nosso apreço e consideração.
Os intervenientes do setor cultural e criativo no Algarve foram ainda envolvidos neste diagnóstico participativo tendo colaborado ativamente no preenchimento do questionário e expressado ativamente o seu interesse em conhecer os resultados da pesquisa demonstrando grande abertura no que diz respeito à possibilidade de qualificar recursos culturais tendo em vista o desenvolvimento de produtos turísticos. No mesmo sentido a participação dos especialistas revelou-se essencial a uma melhor compreensão da realidade e do potencial de desenvolvimento turístico dos recursos culturais nestes domínios de atuação.
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291
Anexos
292
Anexo I – Rotas, Itinerários e Percursos para o Algarve
Tabela Anexo I.1 – Itinerários para o Algarve
Itinerários para o Algarve Descritivo
Paixão ao sul Miradouro da Arrifana, praia de Vale Figueiras, Carrapateira, Cabo de São Vicente, Fortaleza de Sagres, Num passeio de três dias, Praia do Barranco, aldeia piscatória do Burgau, Ponta da descubra a dois algumas das Piedade, Passeio de barco pela costa, Praia do Camilo, praias mais bonitas do entre as arribas, Praia do Vau, Praia da Marinha, Praia do Barlavento algarvio (3 dias) Castelo, Praia de São Rafael, centro histórico de Albufeira, praia de Santa Eulália, na Praia dos Olhos de Água ou na Praia
As cores do leste algarvio Igreja de São Lourenço (Almancil), Sé (Faro) e centro histórico (Faro), Jardim Manuel Bívar, Parque Natural da Em alternativa à praia, um Ria Formosa, Castelo de Tavira, Igreja de Santa Maria, passeio pela zona leste do Ponte romana sobre o rio Gilão, aldeia de Cacela Velha, Algarve, à procura do passado Mineiro da Cova dos Mouros, Ribeira da Foupana, Praia histórico da região (2 dias) Fluvial do Pego Fundo, Castelo de Castro Marim, Vila Real de Santo António, cruzeiro no Guadiana, Reserva Natural do Sapal de Castro Marim
Descanso total no Algarve Passeio pelos trilhos da Serra de Monchique e pelo Parque das Termas, Castelo de Silves, artesanato de Deixe a praia ao pé do mar e Silves, doces locais, de amêndoas e figos secos; praias passe um dia alternativo nalguns do Vau, do Alvor e a dos Três irmãos, passeio de barco dos locais antisstress do Algarve pela costa junto a Lagos, Sagres). (1 dia)
Dois dias de boas vibrações Começar o dia na Marina de Vilamoura, passear de barco pelas grutas da costa, spa ao fim da tarde, praia do Dois dias numa das zonas mais Ancão ou na praia da Quinta do Lago, golfe conceituadas do Algarve e usufrua em pleno das ofertas de relax e bem-estar à sua disposição
Fonte: Turismo de Portugal (2012)
293
Tabela Anexo I.2 – Rotas e Caminhos do Algarve
Rotas e caminhos do Descritivo Algarve
Rota de Sagres Lagos, Ponta da Piedade, Vila do Bispo, Fortaleza de Sagres, Cabo
(122 km) de S. Vicente, Vila do Bispo, Pedralva, Budens, Barão de São João,
Barragem da Bravura, Odeáxere, Meia Praia, Lagos
Rota da Foia Portimão, Ponta de João Arens, Alvor, Alcalar, Fóia, Monchique, Caldas de Monchique, Porto de Lagos, Silves, Lagoa, Estombar, (112 km) Sítio das Fontes, Carvoeiro, Algar Seco, Ferragudo, Portimão
Rota da Costa Lagos, Rogil, Odeceixe, Alfambras, Monte Ruivo, Bordeira, Carrapateira, Vila do Bispo, Lagos Vicentina
(172 km)
Caminhos além do Bartolomeu de Messines, Alte, Salir, Querença, Barranco do Velho, Montes Novos, Cachopo, Martinlongo, Pereiro, Alcoutim, Barlavento Guerreiros do Rio, Almada de Ouro, Azinhal, Castro Marim, Vila (286 km) Real de Santo António, Cacela Velha, Cabanas de Tavira, Tavira, Moncarapacho, Santa Bárbara de Nexe, Boliqueime, Paderne, Silves
Rota das Aldeias Montechoro, Ferreiras, Purgatório, Paderne, Alte, Espargal, Boliqueime, Vilamoura, Maritenda, Oura, Galé (98 km)
Rota do Caldeirão Loulé, Tôr, Fonte da Benémola, Salir, Rocha da Pena, Querença, S. Brás de Alportel, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Malhão, Santo (123 km) Estêvão, Luz de Tavira, Pedras d’el Rei, Fuzeta, Moncarapacho, Cerro de São Miguel, Santa Bárbara de Nexe, Loulé
Rota da Ria Formosa Faro, S. João da Venda, S. Lourenço, Almancil, Quinta do Lago, Vale do Lobo, Santa Bárbara de Nexe, Estoi, Moncarapacho, Quelfes, (102 km) Olhão , Ilha da Culatra , Ilha da Armona , Ilha do Farol , Ilha da Deserta (Barreta), Faro
Caminhos além do Vila Real de Santo António, Castro Marim, Santa Catarina da Fonte centro do Bispo, São Brás de Alportel, Loulé, Boliqueime, Paderne, Silves,
(260 km) Lagoa, Carvoeiro, Alcantarilha, Estoi, Faro, Olhão, Tavira, Cacela Velha, Vila Real de Santo António
Rota do Atum Monte Gordo, Vila Real de Santo António, Castro Marim, Aldeia Nova, Manta Rota, Cacela Velha, Fábrica, Cabanas, Tavira, Ilha de (72 km) Tavira, Vila Real de Santo António, Monte Gordo
294
Rotas e caminhos do Descritivo Algarve
Rota da Serra Tavira, Cachopo, Água dos Fusos, Mealha, Anta das Pedras Altas, Corte João Marques, Ameixial, Besteiros, Catraia, Cortelha, (115 km) Barranco do Velho, Alportel , São Brás de Alportel, Javali, Pereiro, Foupana, Santo Estevão, Luz de Tavira, Santa Luzia, Tavira
Rota do Guadiana Castro Marim, Monte Francisco, Junqueira, Azinhal, Alcaria, Foz de Odeleite, Álamo, Guerreiros do Rio, Alcoutim, Pereiro, Alcarias, (163 km) Martilongo, Vaqueiros, Cortelha, Corte do Gago, Santa Rita, Vila Nova de Cacela, Cacela Velha, Castro Marim
Caminhos além do Faro, S. Lourenço, Almancil, Quarteira, Vilamoura, Albufeira, Armação de Pêra, Porches, Lagoa, Carvoeiro, Ferragudo, Portimão, sotavento Odeáxere, Lagos, Vila do Bispo, Sagres, Carrapateira, Bordeira, (351 km) Aljezur, Marmelete, Monchique, Picota, Silves, Faro
Fonte: RTA (2007)
295
Tabela Anexo I.3 – Rota Vicentina
Designação Descritivo
Trilho dos Pescadores
Trilho dos Pescadores: • Pontal da Carrapateira
Circuito Pontal da • Portinhos de pesca
Carrapateira • Antigo povoado de pescadores
• Buracos, cavernas, arcos e colunas de rocha
Trilho dos Pescadores: • Farol de Sagres do Cabo de S. Vicente
Circuito Praia do • Barranco das Quebradas
Telheiro • Rochas
Trilho dos Pescadores: • Odeceixe
Circuito Praia de • Aljezur
Odeceixe
Trilho dos Pescadores: • Monte clérigo
Circuito Ponte da • Praia da Amoreira
Atalaia • Arrifana
• Ponta da Atalaia
Trilho dos Pescadores: • Aldeia do Rogil
Circuito Praia da • Praia da Carreagem
Amoreira • Vegetação típica de - habitats dunares
Trilho dos Pescadores • Junto ao mar, seguindo os caminhos usados pelos locais (Outras etapas no para acesso às praias e pesqueiros (120 km) Alentejo)
Caminho Histórico
Caminho histórico: • Ponto mais a Sudoeste da Europa, um local mágico
Vila do Bispo, Cabo de onde ecoam as vozes de peregrinos e navegadores.
S. Vicente • Falésias monumentais, panorâmicas arrebatadoras sobre a costa e um palco privilegiado para o fenómeno natural da migração outonal de aves planadoras
296
Designação Descritivo
Caminho histórico: • Aldeias da Vilarinha e da Pedralva
Carrapateira, Vila do • Paisagens em que a serra se derrama até ao litoral
Bispo • Mosaico de habitats com funções ecológicas distintas
• Tamargueira, salgueiro, freixo, carvalho português,
sobreiro, zambujeiro, pinheiros (bravo e manso),
oliveiras, medronheiro, urze branca, queiró, folhado,
esteva, aroeira, espargo-bravo, trovisco, lentisco, tojos
• Alguns charcos temporários
Caminho histórico: • Praia do Canal
Arrifana, Carrapateira • Aldeia da Bordeira
• Matos povoam grande parte deste percurso, são ricos
em esteva e aroeira
• Burros e artes caminhadas com burros de carga
Caminho histórico: • Castelo de Aljezur
Aljezur, Arrifana • Solos planos e férteis das várzeas, onde se cultiva a
batata-doce de Aljezur
• Paisagem agrícola
• Fortaleza da Arrifana
• Ruina em taipa
Fonte: Rota Vicentina (2014)
297
Tabela Anexo I.4 - Rotas Algarve – “10 Rotas – Percursos pedestres (em torno dos Centros de Descoberta de Mealha, Feiteira e Casas Baixas, Serra do Caldeirão Cachopo – Tavira)
Designação Recursos
GR. Percurso Descoberta (45 km) • Centro de descoberta
(grande Rota) • Palheiros
• Anta da Masmorra
Casas Baixas • Património rural
Feiteira • Paisagem cerealífera e de pastagem
Mealha de gado
• Antigos currais de pedra
• Paisagem de esteva na primavera
• Cortiça
• Artesãos
• Núcleo museológico PR1. Percurso D. Quixote (17 Km) • Montados de azinheiras
Casas Baixas • Campos de lavoura
• Hortas
• Moinhos de vento
• Azenhas
• Açudes
PR2. Percurso Fonte da Zorra (5 Km) • Ruas de xisto
Casas Baixas • Típicas construções de pedra e cal
Alcarias Baixas • Arquitetura rural
Barranco da Fonte da Zorra
PR3. Percurso dos Montes Serranos • Construções típicas em xisto e cal
(9 Km) • Panorâmica sobre a serra
Casas Baixas
Montes Garcia, Passafrio, Amoreiras,
Alcarias Baixas
298
Designação Recursos
PR4. Percursos dos Cerros de Sobro • Observação de extensos medronhais
(16 Km)
Feiteira
PR5. Percurso da Reserva (6 km) • Centro de Descoberta da Feiteira
• Reserva Cinegética
• Avifauna
• Paisagens
PR6. Percurso do Malhanito (9 km) • Paisagens de sobreiros e cortiça
Feiteira PR7. Percurso do Vale das Hortas • Vegetação local: esteva, pinheiros, azinheiras, olivais, pomares (13,5 km)
Mealha PR8. Percurso da Masmorra (6 km) • Paisagem
Mealha
Antas PR9. Percurso das Pedras Altas (8,5 • Zona de típicos palheiros
km) • Moinho de água
Mealha
Antas das Pedras Altas
Redonda
(*Estes percursos permitem a pernoita em cada um dos Centros de Descoberta do Mundo Rural)
Fonte: In Loco (2014)
299
Tabela Anexo I.5 – Rotas Algarve – “10 Rotas – Percursos pedestres (em torno dos Centros de Descoberta de Mealha, Feiteira e Casas Baixas, Serra do Caldeirão Cachopo – Tavira)” (Continuação)
Designação Descrição
PR 11. Percurso • Zona da antiga indústria artesanal do barro
Telheiros do Barro • Hortas, pomares, sistemas de irrigação (TAV) (13,2 km) • Paisagem do barrocal
• Cerâmica artesanal e industrial e visualização local da
matéria prima e das operações de produção
• Zonas de secagem e fornos de ladrilhos, telhas e tijolo
PR12. Percurso • Paisagens das margens da Ribeira de Alportel, com Curral da Pedra (69 vegetação ripícola, as hortas e os pomares de regadio em km) contrate com vegetação encostas (estesa, plantas
aromáticas)
• Arquitetura rural (construções em xisto com a pedra à vista)
• Paisagem sobre o vale de Porto Carvalhoso
PR13. Percurso • Ribeiras de Alportel e da Fornalha Morenos (13,3 km) • Paisagem diversificada (estevas, zonas regadio)
• Diversidade de elementos da arquitetura rural
PR 14. Fonte de • Arquitetura tradicional de xisto
Águas de Tabuas • Diversidade florística
(10,2 km) • Panorâmicas zona Talefe de Tabuas e Aparfiosa-Cruzes
PR15. Percurso Serra • Miradouro de Alcaria do Cume de Alcaria do Cume • Culturas típicas de ambiente serrano
11,1 km
Fonte: In Loco (2014)
300
Tabela Anexo I.6 – Guia Turístico - Projeto Guaditer
Designação Descritivo
Roteiros do • Menires de Lavajo (arredores de Alcoutim) • Villae de Montinho das Laranjeiras (limites de Alcoutim) Baixo Guadiana • Minas de Ferrarias (Alcoutim) • Museu arqueológico de Alcoutim • Museu arqueológico de Castro Marim
• Castelo de Castro Marim (XIII) baluarte no Território da Ordem de Cristo (herdeiros dos templários) • Forte de S. Sebastião, feira medieval, núcleo museológico • Castelo de Alcoutim • Fortaleza de Sagres • Parque Natural da Ria Formosa • Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António • Salinas tradicionais (flor de sal, escamas de sal, sal liquido) • Museu do Rio (Guerreiros do Rio, Alcoutim) • Moutinho das Laranjeiras (Alcoutim) ruinas de cidades romanas • Vila Real de Santo António (cidade do Iluminismo, Marques de Pombal) • Festas e celebrações populares (carnaval, semana santa, feiras e bailes populares nos dias dos santos mais populares: Santo António, São João, São Pedro • Feira medieval de Castro Marim • Festival do Folclore de Faro – Folkfaro • Festival de jazz – Lagos Jazz
301
Designação Descritivo
Alcoutim • Castelo de Alcoutim
• Museu Arqueológico
• Igreja Matriz de São Salvador (XIV-XVI) (1º renascimento do Algarve)
• Escadaria barroca - Montinho das Laranjeiras (a 8 km de Alcoutim)
• Museu do Rio (Guerreiros)
• Tradições tradicionais – teares de madeira
• Gastronomia (nogados)
• Praia fluvial
• Cidade velha
• Estátua do contrabandista
• Porto fluvial
Castro Marim • Forte de S. Sebastião (XVII)
• Ermida de Santo António
• Antigo moinho - molino
• Centro de interpretação do Território
• Castelo Medieval (XIII) (Ordem dos templários)
• Museu Arqueológico
• Feira medieval (agosto)
• Igreja N. Sra. Dos Mártires
• Reserva Natural do Sapal
• Ribeiras de Odeleite e Foupana
• Vista sobre a localidade. O estuário do Guadiana e as suas marismas, das salinas
• Sto António, São João, São Pedro • Feira medieval de Castro Marim
• Festival do Folclore de Faro – Folkfaro
• Festival de jazz – Lagos Jazz
302
Designação Descritivo
Alcoutim • Castelo de Alcoutim
• Museu Arqueológico
• Igreja Matriz de São Salvador (XIV-XVI) (1º renascimento do Algarve)
• Escadaria barroca - Montinho das Laranjeiras (a 8 km de Alcoutim)
• Museu do Rio (Guerreiros)
• Tradições tradicionais – teares de madeira
• Gastronomia (nogados)
• Praia fluvial
• Cidade velha
• Estátua do contrabandista
• Porto fluvial
Castro Marim • Forte de S. Sebastião (XVII)
• Ermida de Santo António
• Antigo moinho - molino
• Centro de interpretação do Território
• Castelo Medieval (XIII) (Ordem dos templários)
• Museu Arqueológico
• Feira medieval (agosto)
• Igreja N. Sra. Dos Mártires
• Reserva Natural do Sapal
• Ribeiras de Odeleite e Foupana
• Vista sobre a localidade. O estuário do Guadiana e as suas marismas, das salinas
Mértola • ----
303
Designação Descritivo
Vila Real de • Praça Marquês de Pombal
Santo António • Obelisco central
• Câmara municipal, Igreja Matriz de Nossa Senhora da Encarnação (XVIII) • Farol
• Cacela a Velha
• Igreja medieval – Cacela a Velha
• Fortaleza (Cacela a Velha)
• Monte Gordo
Roteiro do • Cacela a Velha (Fortaleza, sapal da ria formosa, fortaleza dos
Património Cavaleiros, igreja matriz de Cacela)
Cultural • Vila Real de Santo António (Praça do Marques de Pombal, calçada, obelisco central, Igreja Matriz da senhora da Encarnação, museu Manuel Cabanas (artista gravador em madeira, e possui também coleção de antigas embalagens de conservas pesqueiras, casa Parodi, casa dos Folques, arquivo Histórico Municipal, cais, Centro Cultural (Dedicado ao poeta António Aleixo)
• Castro Marim (Castelo, Igreja da Misericórdia, Núcleo Museológico, Feira medieval, Forte de S. Sebastião, Ermida de Santo António, Igreja Matriz, Centro de Interpretação do Território, moinho restaurado, Ponte Internacional do Guadiana)
• Museu do Azinhal
• Museu do Rio
• Vila romana de Laranjeiras
• Museu de Pereiro (Monte da Fonte Zambujo) (exposição – A
construção da memoria, recupera tradição da poesia popular,
artesanato e lendas locais)
• Igreja de Pereiro (XVI) (retábulos pintados)
304
Designação Descritivo
• Núcleo Museológico de Santa Justa (recriação escol dos ano 50 do
séc. XX)
• Museu de Giões (material arqueológico)
• Capela Sra. da Oliveira
• Alcoutim (Castelo, Museu Arqueológico, Museu Arte Sacra, Ermida
de Nossa Senhora da Conceição (XV), Igreja de Alcoutim, Porto de
Alcoutim)
• Castelo de Santa Barbara
• Complexo Arqueológico dos Menires de Lavajo
• Outros
Roteiro dos • Moinhos (2 no Algarve)
Moinhos • Moinho das Pernadas (Odeleite – Castro Marim) – antigo Moinho
restaurado
• Moinho do Revelim (colina do Revelim, Castro Marim)
Roteiro das • 6 referências
Minas
Roteiro do Sal • Marismas de Castro Marim
• Marismas de Vila real de Santo Antonio (maio a setembro +e a melhor época de visita)
Roteiro pelos • 7 referências com 3 para o Algarve espaços naturais • Parque Natural da Ria Formosa
• Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António
• Centro de Educação Ambiental de Castro Marim
• Embalse de Odeleite, Barragem de Odeleite (na Mata Nacional das Terras da Ordem de Cristo)
• Parque Aventura de Odeleite
305
Designação Descritivo
Roteiro • ---
Ornitológico
Rota do • Monumento ao Contrabandista (Guerreiros do Rio – Alcoutim) Contrabando • Museu do Rio (homenagem aos contrabandistas)
• Localidades do Baixo Guadiana - Festival dos Contos de Contrabando
Para Viver a • Ecovia do litoral natureza de • Ecovia do interior
Perto • Via Algarviana
Navegar pelo • VRSA, Foz de Odeleite, Parque Aventura de Odeleite
Guadiana • Embarcadouro de Guerreiros do Rio
• Museu do Rio
• Vila Romana do Montinho das Laranjeiras
• Alcoutim
• Castelo de Alcoutim
306
Designação Descritivo
Costa Atlântica: • Cabo de São Vicente (Sagres)
Do Cabo de S. • Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
Vicente a • Fortaleza de S. Vicente
Donana pelo • Farol do Cabo de S. Vicente
Litoral • D. Henrique, O Navegador
• Praias – Ingrina, Zavial, Burgau, Beliche
• Lagos (muralhas, Forte Ponta da Bandeira (XVI), Igreja Matriz de
Santa Maria (XVI), Igreja de S. Sebastião (XV)
• Portimão (Forte de Santa Catarina (XVII), Sepulcros megalíticos de
Alcalar)
• Albufeira (Igreja Matriz (XVIII), Capela da Misericórdia (XV), Edifício
Paços do Concelho. Museu Municipal de Arqueologia)
• Faro (Parque Natural da Ria Formosa, Ruinas de Milreu, Palácio de Estoi, Sé, muralhas, Convento de N. Senhora da Assunção, Museu Arqueológico Infante D. Henrique, Museu Marítimo almirante Ramalho Ortigão)
• Tavira (ponte romana, castelo árabe, igreja de Santa Maria do Castelo, pousada Convento da Graça)
• VRSA, Cacela a velha, igreja medieval, fortaleza
• VRSA (Praça Marquês de Pombal, Igreja Matriz, cais, cruzeiros fluviais,
• Castelo do Porto Marim)
• Reserva natural do sapal de Castro Marim e VRSA
De Sevilha a • ____
Mértola por
Serra Morena
Para os mais • Centro de Educação Ambiental da reserva natural do sapal de pequenos Castro Marim e Vila Real (atividades lúdicas, recreativas e educativas)
• Parque de aventura de Odeleite
307
Designação Descritivo
Festas • Alcoutim (comemorações 1º de maio, Feira de artesanato e
etnografia (2º fim de semana do mês de junho), Feira de doces
D’Avó, Festa de Alcoutim; Martim Longo (Feira da Perdiz (outubro);
Vaqueiros (Feira do Pão Quente e Queijo Fresco)
• Castro Marim (Azinhal (Terra de Mao; Dias Medievais; Festas em
Honra de N. Sra. dos Mártires, Feira de Artesanato, Feira de
Artesanato; Altura (Carnaval), Feira de Artesanato
• VRSA (Feira da Praia), Festa em Honra de N. Sra. da Encarnação,
Mostras de Artesanato, Dia da Fundação da cidade, Festival das 4
cidades, Passagem do Ano; Cacela a Velha (Feira Tradicional de
Cacela, Noites da moura Encantada; Monte Gordo (Festa em Honra
de N. Sra. das Dores), Manta Rota (Festa de S. João da Degola,
Carnaval, Santa Rita (Festas de Sta Rita)
Fonte: Junta de Andalucia (2014)
308
Anexo II – Gastronomia do Algarve
Tabela Anexo II – Recursos Gastronómicos Algarvios (com o maior número de referências nas fontes) Caracóis à algarvia Arjamolho Sopa de feijão Sopa de lebre Sopa de tomate Conservas de Caldeirada à algarvia Carapaus alimados cenoura Feijoada de búzios Ostras à algarvia Papas de milho com Pescada assada à sardinhas algarvia Xarém Arroz de lingueirão Arroz de safio Galinha cerejada Perdiz na Bolo de amêndoa e Morgado de figo Queijo de figo cataplana chila Dom Rodrigos Figos cheios
Fonte: Fonte: Elaboração própria com base em Confraria dos Gastrónomos do Algarve e Roteiro Gastronómico de Portugal (Receitas Regiões - Algarve (2014); Vila (2010); Globalgarve (2008); CCDR/festa das aldeias (2005); ERTA (2008).
309
Anexo III – Recursos gastronómicos algarvios
Tabela Anexo III – Recursos gastronómicos algarvios Confraria Vila (2010) Globalgar CCDR – ERTA (2014) ve (2008) festa (2008) aldeias (2005) Petiscos Azeitonas de Sal X X Azeitonas britadas X Caracóis (à Algarvia) X X X Caracoletas à Bom Apetite X Moreia frita X Estopeta de atum X x Moxama X Biqueirão X Berbigão X X Queijo de cabra com mel x Sopas / Pao, azeite, alho Arjamolho X X x x Creme de Camarão da X x Quarteira Creme Leve de Odeleite x Sopa de Cabeça de Peixe /sopa X x de peixe Sopa de peixe da Costa x Vicentina com massas Sopa de Cação X x Sopa de Conquilhas X x Sopa de Fedeus de Odeleite x Sopa de Feijão (manteiga) (à X x x x Portimonense) Sopa de feijao verde x Sopa de grão com espinafres x Sopa de Lebre X Sopa de Lingueirão X x Sopa à montanheira x x Sopa de Pão com Tomate X Sopas de Pão Caseiro Rijo com x Bacalhau e Poejos Sopas de tomate X x x Gaspacho X x Tomatada X
310
Confraria Vila (2010) Globalgar CCDR – ERTA (2014) ve (2008) festa (2008) aldeias (2005) Sopa de beldroegas X x Sopa de batata X Sopa de vagem (feijão verde) X x com batatas Açorda de alho X Açorda de sopa chocolateira X Tiborna x x Migas de Alho x Milho com Morcela x Pao de torresmos x Couvada com Batata-doce x Leguminosas, legumes, cereais X Conserva de cenouras X x x Salada à algarvia x Salada de alface X Salada de cenouras x Salada à montanheira x Salada mediterranica x Salada de tomate X Batata de molho frio X Batata doce asssada no forno X Berbigao Biqueirao Chichárros com arroz X Feijão guisado X Feijão com abobora e batata doce Feijão com Batatas x Acelgas com grão X Ervilhas com ovos X Ervilhas à portimonense Favas á algarvia X x Papas mouras X Xarem ou Papas de milho X x Xarem de lingueirão X Xarem de berbigão X Xarem de caldo da caldeirada X Peixes, Moluscos e Mariscos Caldeirada à Algarvia X X x Caldeirada de sardinhas X
311
Confraria Vila (2010) Globalgar CCDR – ERTA (2014) ve (2008) festa (2008) aldeias (2005) Açorda à Algarvia X x Ameijoas na cataplana x x Ameijoas ao natural x Amêijoas à Portimonense X x Atum estufado à Algarvia X x Arroz de safio X Bacalhau à Algarvia X x Bacalhau Recheado à Algarvia X Bifes de Atum com Tomate X Bife de Atum (à algarvia) X X x x Cação de Bombordo X Carapaus Alimados (com X X x x x batata-doce) Carapaus de escabeche x Caras de Bacalhau com Massa e x Espinafres Cataplana de ameijoas x Cataplana de Peixes Mistos à X Algarvia Cavalas cozidas com oregaos X Chícharos de Estoi x Chicharroz com arroz Choquinhos à Joaquim Gomes X X Choco com batata doce e X ervilhas Choco de caldeirada x Conquilhas à algarvia X x Ensopado de enguias x Feijoada de búzios X x X Feijoada de Choco X Feijoada de Marisco X Fritada Mista de Peixe c/ Arroz X de Berbigão e Salada de Tomate com Orégãos Feijoada de Lingueirão X Filetes de Pescada à Monchique X x Lampreia x Linguados à Algarvia X Lulas Cheias X Lulas Cheias à Monchique X x
312
Confraria Vila (2010) Globalgar CCDR – ERTA (2014) ve (2008) festa (2008) aldeias (2005) Lulas com Ferrado à Algarvia X x lulas com ferrao Lula corada X Lulas recheadas de Monchique Lula ovada X Massa de Lingueirão X Massada de Peixe X x Marisco (cozedura) x Mexilhão à Aljezurense x Migas com conquilhas x Ostras à Algarvia X x x Papas de Milho com Sardinhas X x x Papas de Caldo de Peixe x Pargo Escalfado com X Ostras de Alvor /ostras na ? x brasa Peixe frito com molho X devtomate Peixinhos da horta x x Pescada Assada à Algarvia X x x Polvo no Forno com Entrecosto X Polvo assado no forno X Polvinho com azeite x Postas de Cherne com X Biqueirão Raia alhada X Salada Algarvia X Sardinhas assadas na brasa x Sardinhas Albardadas x Sardinha salgada X Tamboril com Massa X Xarém (ou Xerém) ou papas de X x X milho Arroz Arroz de Berbigão X Arroz de Castanha Pilada e X Entremeada e Enchidos Arroz de Choco X Arroz de Lingueirão X x X Arroz de Peixe X
313
Confraria Vila (2010) Globalgar CCDR – ERTA (2014) ve (2008) festa (2008) aldeias (2005) Arroz de Peixe à Algarvia X Arroz de Polvo X X Arroz de Safio (*) X X X Arroz de Tamboril X Arroz de Tamboril (2) X Arroz de Tamboril à Pescador X Pratos Completos Conserva de Cenouras à X Algarvia Cozido de Grão X Cozido de Repolho à Algarvia X X Ervilhas à Portimonense X Ervilhas com ovos x Favas à Algarvia X X Feijão com Arroz X Feijão com Couve X Feijoada de Buzinas X Favas com Peixe Frito X Fígado de Vitela à Algarvia X Jantar ou Cozido de Milhos X Jantar de grao x Jantar de Lentilhas x Milho com feijão x Carnes (Porco, cabra, borrego) Aves e Caça Açorda de galinha (c/grão) x x Coelho Bravo à Moda do Campo x Coelho no tacho x Costeletas de borrego x grelhadas Cozido Misto de Aves X Cozido de grao x Dona Galinha foi à Praia X Galinha Cerejada (à Loulé) Xx x x Galinha de cabidela x Perdiz Estufada ou Perdiz a X x Vapor Assadura à Xx x Monchique/Assadura (carne de porco
314
Confraria Vila (2010) Globalgar CCDR – ERTA (2014) ve (2008) festa (2008) aldeias (2005) Borrego com ervilhas x Cabidela de galinha à algarvia x Cabidela de Galo à x Portimonense Cabrito à Bicho X Carne de Porco com Amêijoas X Chicharos com carne de porco x Cozido de couve à algarvia x Jantar de lentilhas x Jantar de milhos X Lebre com feijão branco x Lombinhos de Porco c/ X Conquilhas Milhos com Carne de Porco x O Barrocal veio à Praia X Ovos com tomate à algarvia x Papas de Milho com Presinhas x de Porco Perdiz (com Amêijoas) na X X x Cataplana Perna de Borrego no Tacho à X x Tavirense Tacho Forte e Feio X Tiras de Febra Fritas x Vitela estufada x Doces x Ovos Moles X X x Pudim de Água X Pudim de Laranja X Beijinhos de amendoa x Bolas de ovo X Bolinhos de figo x Bolo Amendoado X x Bolo de Amêndoa com X x Chocolate Bolo de (amêndoa) e Chila X x x Bolo de Batata-doce x Bolo de Mel à Moda de Sagres X x Bolo Delícia do Algarve X x Bolo Mimoso X x
315
Confraria Vila (2010) Globalgar CCDR – ERTA (2014) ve (2008) festa (2008) aldeias (2005) Bolo de tacho x Bolos de maçapão do Algarve x Bolo de Nozes de Milréu ou x Bolo Palácio de Estoi Bolinhos de alfarroba x Doce de Ovos de Silves X Estrelas (de figo) X x Fantasias X Filhos (nordeste algarvio) x x Filhós de Canudo x Farófias x Fios de ovos/ovos reais/aletria X X de ovos Florados de Lagoa X x Morgado x Morgado de Amêndoas X Morgado de Figo X X x Morgado de Silves X x Pudim de laranja x Pudim de mel (e azeite) X x Pudim caseiro x Queijo de Figo (Queijo de maio) X X x Queijo de gata X Beijinhos de Amêndoa X x Dom Rodrigos X X x x Figos de Amêndoa e Chocolate X x Massa de Doce Regional ou X X Massa de Amêndoa Merengues X Morgados X Queijinhos de Amêndoas X x Torta de alfarroba x Diversos Doce de Abóbora Chila X Figos Cheios X X x x Xeringos x Medronho X
Fonte: Fonte: Elaboração própria com base em Confraria dos Gastrónomos do Algarve e Roteiro Gastronómico de Portugal (/Receitas Regiões /Algarve (2014); Vila (2010); Globalgarve (2008); CCDR/festa das aldeias (2005); ERTA (2008).
316
317
ANEXO IV – Festas/Procissões/eventos e Museus/Núcleos museológicos/Peças por vigararia
Tabela Anexo IV.1 – Festas/Procissões/eventos Vigararias Festas/Procissões/eventos
Vigararia Nossa Senhora da Conceição – 8 de Dezembro, Igreja Matriz de S. Luís, Domingos posterior ao dia 21 de Junho
Faro Nossa Senhora da Assunção - 15 de Agosto
Festa de N.ª Senhora do Carmo – 16 de Junho
Procissão das Tochas Floridas (Festa das Tochas Floridas, S. Bras de Alportel, 31 de
Março)
Procissão dos Painéis e Visitação das Igrejas (Quinta-feira Santa)
Festa do Beato Francisco – Terceiro Domingo de Maio (Pereiro)
Festa de São Miguel – último fim-de-semana de Setembro (capela do Serro)
N.ª Senhora do Pé da Cruz – 1.º fim-de-semana de Outubro
Festa do 1.º de Novembro – Moncarapacho
Nossa Senhora de Fátima, último domingo de Maio – Montenegro
Passos – 3.º Domingo da Quaresma
Festa N.ª Senhora dos Navegantes (Ilha da Culatra) - 1.º Domingo de Agosto
Senhora do Rosário – Domingo mais próximo de 7 de Outubro – Olhão
São Bartolomeu – Domingo mais próximo do dia 24 de Agosto . Pechao
Festas São Sebastião – Domingo a seguir ao dia 20 de Janeiro - Quelfes
Vigararia Festa de São Romão no 1.º Domingo de Agosto (Alferce) de Senhora da Boa Viagem, penúltimo Domingo de Agosto (alvor)
Portimão Festa de São Tiago Maior e Senhora das Dores 1.º Fim-de-semana de Setembro
(Estombar)
Festa da Padroeira em 15 de Agosto (Ferragudo)
Festa da Padroeira, Nª Senhora da Luz – 8 de Setembro (Lagoa)
Nossa Senhora dos Aflitos – Último Domingo de Agosto, na Capela de N.ª Sr.ª dos
Aflitos (S. Sebastião)
Festa de São Gerardo, 3.º Domingo de Julho, em Almádena
Festa de N. Senhora da Encarnação, 1.º Fim-de-semana de Agosto, em Espiche
Festa de Nª Senhora da Luz, 1.º Fim-de-semana de Setembro.
Festa de Santo António - 3.º Domingo de Julho (Marmelete)
Festa de Senhora da Dores no último fim de semana de Agosto
Santo António fim-de-semana perto do dia 13 de Junho
Festa de Nª Sr.ª da Conceição – segundo fim – de – semana de Setembro (Odiaxere)
318
Vigararias Festas/Procissões/eventos
São Francisco de Assis no 2.º fim-de-semana de Julho (Parchal)
Procissão de Ramos (domingo de ramos)
Enterro do Senhor (sexta-feira Santa)
Procissão Real (domingo de Páscoa)
Nossa Senhora do Amparo, fim-de-semana mais próximo do dia 8 de Setembro
São Vicente – 22 de Janeiro
Senhor dos Passos – 2.º Domingo Quaresma
Procissão de Velas – 13 de Maio; Nossa Senhora da Conceição – 8 de Dezembro
Corpo de Deus e Festa de Nossa Senhora da Graça – 15 de Agosto (Sagres)
Senhora das Candeias – 2 de Fevereiro (V. Bispo)
Nossa Senhora da Encarnação – 25 de Março (V. Bispo)
Festa da Quinta – Feira da Ascenção (V. Bispo)
Procissão das Velas – última sexta-feira de Maio (V. Bispo)
Vigararia 15 de Agosto Nossa Senhora da Assunção (Cacela) de 13 de Dezembro e 2.º Domingo de Agosto (santa Luzia)
Tavira N.ª Senhora dos Mártires – 15 de Agosto (C. Marim)
Procissão dos Passos (?), Enterro do Senhor – Sexta – feira Santa (C. Marim)
Dia 1 de Dezembro – Festa da Padroeira (Conceiçao de Tavira)
Festa de Nossa Senhora da Luz – 1.º fim de semana de Agosto (Luz Tavira)
Nossa Senhora das Dores – 2.º Domingos de Setembro (Monte Gordo)
Festa de Santo Estêvão – último domingo de Julho
Procissão do Triunfo no Domingo de Ramos (Tavira)
Festa de Nossa Senhora do Carmo (dia 16 de Julho, pelas 21h)
Procissão de Nossa Senhora do Livramento (Domingo a seguir ao Natal, às 15h)
Festa de Nossa Senhora da Saúde (Segundo Domingo de Setembro, às 17h)
Igreja de São Brás: Eucaristia em honra de S. Brás com a Exposição da Relíquia (3 de
Fevereiro)
Festa em Honra de Santo António – 13 de Junho (21h), com procissão e bênção de
pão; Procissão do Senhor dos Passos (DIA???) às 16h;
Vigararia Senhor dos Passos (III Domingo da Quaresma) (Albufeira) de Enterro do Senhor (Sexta-feira Santa) (Albufeira)
Loulé Procissão das Velas (12 Maio) (Albufeira)
N.ª Senhora da Orada (14 de Agosto) (Albufeira)
S. Vicente de Albufeira (4 Setembro) (Albufeira)
Passos (IV Domingo Quaresma) (Algoz)
Nossa Senhora do Carmo (II Domingo de Setembro) (Algoz)
Festas dos Santos Populares, Santo António, S. João e S. Pedro
319
Vigararias Festas/Procissões/eventos
São Lourenço (fim de semana de Agosto mais próximo do dia 10); São Luís (primeira
semana de Fevereiro), no sítio de S. João da Venda (Almansil)
Festa de S. Luís (Duas Semanas antes do Carnaval) (Alte)
Enterro do Senhor (Sexta-feira Santa) (Alte)
Senhora da Assunção (15 de Agosto) (Alte)
Senhora das Dores (Domingo mais próximo do 17 de Setembro) (Alte)
N.ª Senhora da Glória (III fim de semana de Outubro) (Alte)
Santo António (15 de Agosto) (Ameixial)
Nossa Senhora dos Navegantes (II Domingo de Agosto) Armação de Pêra;
Nossa Senhora dos Aflitos (III Domingo de Setembro) Armação de Pêra
Festa em honra de Nossa Senhora das Dores, Boliqueime
São Luís e São Sebastião, em Setembro e a festa de São Faustino, no Domingo de
Pascoela. De tradição mais recente, em meados de Junho, têm lugar no átrio da Igreja
Matriz as festas populares de São João.
Procissão das Velas (12 de Maio) (Ferreiras)
Domingo de Ramos (Guia)
Domingo de Ressurreição (Guia)
Santíssimo Corpo e Sangue de N.º Senhor Jesus Cristo (Guia)
N.ª Senhora da Guia e São Luís (último Domingo de Agosto) (Guia)
Festa de N.ª Senhora da Visitação (I Domingo de Outubro) (Guia)
Ressurreição ou Campainhas (Domingo de Páscoa) (Loulé)
Santíssimo Corpo e Sangue de N.º Senhor Jesus Cristo (Loulé)
Santa Catarina (IV Domingo de Agosto) (Loulé)sítio da Goncinha
Santa Luzia (II Domingo de Outubro) (Loulé)
N.ª Senhora da Conceição (8 de Dezembro) e o Convento do Espírito Santo (hoje
Galeria de Arte Municipal)
Mãe Soberana (III Domingo da Páscoa) (Loulé)
Senhora da Boa Hora (Domingo mais próximo de 15 de Agosto) (Loulé)no sítio do
Parragil
Nossa Senhora do Bom Sucesso (I Domingo de Setembro), no sítio de Vale Judeu
(Loulé)
Nossa Senhora da Saúde (19 de Setembro)
Passos (V Domingo da Quaresma) (Paderne)
Ramos (Domingo de Ramos); Procissão Enterro (Sexta – Feira Santa) (Paderne)
Ressurreição (Domingo de Páscoa) (Paderne)
Santíssimo Corpo e Sangue de N.º Senhor Jesus Cristo (Paderne)
N.ª Senhora da Esperança (I Domingo de Outubro) (Paderne)
320
Vigararias Festas/Procissões/eventos
Passos (III Domingo da Quaresma) (Pera)
Ramos (Domingo de Ramos) (Pera)Santíssimo Corpo e Sangue (Pera)
Senhora da Rocha (I Domingo de Agosto) (Porches)
N.ª Senhora da Conceição (8 de Dezembro)
São Marcos (25 de Abril)
São Luís e S. Sebastião (Domingo anterior ao Domingo de Carnaval)
N.ª Senhora do Pé da Cruz (II Domingo de Agosto)
Senhor dos Passos (IV Domingo da Quaresma) (Silves)
Enterro do Senhor (Sexta – feira Santa) (Silves)
Procissão Real (Domingo de Páscoa) (Silves)
N.ª Senhora Fátima (31 de Maio) (Silves)
N.ª Senhora dos Mártires e São Luís (último Domingo de Agosto) (Silves)
Tabela Anexo IV.2 – Museus/Núcleos museológicos/Peças
Vigararia Museus/Núcleos museológicos/Peças
Vigararia Museu do Cabido Catedralício (situado nas salas capitulares da Sé) e Torre Sineira de e Coro Alto
Faro Museu Paroquial (na Igreja da Santa Casa da Misericórdia e a Capela do Espírito
Santo – Moncarapacho)
Museu de Arte Cristã na Igreja Matriz (Olhão)
Vigararia de Na Sacristia encontram-se expostas peças antigas e danificadas (Alferce)
Portimão Torre Sineira, Capela dos Ossos e Igreja (Barão de São João)
Pólo museológico na Cripta (Monchique)
Museu de Arte Sacra (anexo à Igreja) (Raposeira)
Museu anexo à Igreja Matriz (V. Bispo)
Vigararia de Museu junto à Igreja de Santa Maria do Castelo (Tavira)
Tavira Figuras de Barro “Transito de Santo António” (na Igreja de Santo António, destaca-
se pelo conjunto de figuras de barro, em tamanho real, pintadas conhecidas como
“Trânsito de Santo António”)
Conjunto de imagens, localizada na “Capela dos Terceiros” que integravam na
Semana Santa a “Procissão das Cinzas” (na Igreja de São Francisco)
Nove telas da Capela-mor, evocativas de São Sebastião, da autoria do pintor
tavirense Diogo Magina (na Igreja de São Sebastião)
Museu junto à Igreja de Santa Maria do Castelo
Vigararia de Museu de Arte Sacra de Albufeira (Ermida de S. Sebastião)
Loulé Capela dos Ossos, do séc. XVI, adossada à lateral Sul da Igreja Matriz
321
ANEXO V – Itinerários - Diocese do Algarve
Tabela Anexo V - Itinerários
Itinerários
“Itinerário da Paixão e do “Itinerário Mariano” “Itinerário da Fé da Terra e do
Triunfo” (Festas e Tradições religiojas, Mar
(Quaresma e Pascoa) referente à Virgem Santa Maria (manifestações publicas de Fé
nas suas diversas invocações) das gentes da Terra e do Mar
Algarvio)
Passos do Senhor Mae Soberana Festas de S. Luis (Salir, Querença
e Alte)
Vias Sacras Nossa Senhora da Orada Festa de S. Pedro (Quarteira)
Procissão de Ramos Nossa Senhora dos Navegantes Festa de São Lourenço do
de Armação de Pera Palmeiral
Nossa Senhora das Dores de Festa de São Vicente na Vila do
Pera Bispo
Procissão do Triunfo Nossa Senhora do Carmo de Santas cabeças de Aljezur
Alcantarilha
Procissão do Enterro Nossa Senhora do Pé da Cruz Existência de dois beatos
(Salir) Algarvios: “São Gonçalo de Lagos
e Beato Vicente de Albufeira
Procissão Real, das Flores, das Senhora da Rocha em Porches
Tochas Floridas
Senhora dos Mártires de Castro
Marim
Senhora da Luz em Lagoa e na
Vila da Luz
Nossa Senhora da Graça em
Sagres
Fonte: Diocese do Algarve (2011)
322
Apêndices
323
Apêndice I - Inquérito aos Recursos Culturais no Algarve (Camaras municipais)
Figura Apêndice I - Inquérito aos Recursos Culturais no Algarve (Camaras municipais)
324
325
Apêndice II - Inquérito aos Recursos Culturais no Algarve (Setor Cultural e Criativo e Associações Culturais)
Figura Apêndice II - Inquérito aos Recursos Culturais no Algarve (SCCAC)
326
327
328
329
Apêndice III - Guião de entrevista às entidades regionais
Tabela Apêndice III - Guião de entrevista às entidades regionais QUESTÕES OBJETIVOS
Q1. Quais os recursos e produtos, associados à cultura do Identificar os recursos culturais no Algarve
Algarve, que destaca no contexto da valorização do mais relevantes. turismo cultural da região? Identificar atividades culturais no Algarve.
Q1.1. Mencione os que sustentam uma maior unicidade e Identificar existência de recursos com maior diferenciação com vista a reforçar a identidade da região? vocação turística.
Determinar elementos de únicos e
diferenciadores do Algarve.
Delimitar os elementos identitários do Algarve.
Q2. E para o futuro? Quais os recursos e produtos que Identificar futuros atributos culturais a deveriam integrar-se numa estratégia de desenvolvimento desenvolver no Algarve. do Turismo Cultural? Identificar futuras atividades culturais a
Q2.1. Tendo em conta as três subregiões algarvias – desenvolver no Algarve. litoral, barrocal e serra, distinga os recursos e produtos Delimitar a segmentação dos recursos para cada uma delas com capacidade para atrair visitantes culturais (atributos e atividades) nas 3 sub- interessados nos domínios culturais. regiões algarvias.
Q.2.2. Para o Algarve, quais os recursos e produtos que Detetar os domínios culturais mais valorizados destacaria para três dos domínios seguintes que considera para o desenvolvimento do turismo cultural no mais relevantes? Algarve.
(Domínios a considerar:
- Património Cultural (…).
- Paisagens culturais (…).
- Património Natural (…).
- Artes performativas (profissionais e amadoras) (…).
- Celebrações (…).
- Belas artes (…).
- Publicações (…).
- Audiovisuais e Media interativos (…).
- Outros).
Q3. Enumere as principais ações/iniciativas Referir principais ações com vista ao nacionais/regionais/locais que contribuem para valorizar fortalecimento da competitividade (imagem o desenvolvimento do turismo cultural no Algarve. do Algarve como destino de turismo
Q3.1. E para o futuro, quais as ações/iniciativas que cultural. deveriam ser desenvolvidas pelos principais stakeholders? Perspetivar para o futuro ações
valorizadoras do Algarve como destino de
330
turismo cultural a ser protagonizadas pelos
diferentes stakeholders (RTA, DRCA, CCDR).
Q4. Identifique os principais desafios do turismo cultural Identificar desafios do turismo cultural no Algarve (max. listar 5 desafios). no Algarve (max. listar 5 desafios).
331
Apêndice IV – Respostas ao Inquérito aos Recursos Culturais no Algarve (Camaras municipais)
Figura Apêndice IV.1 – Albufeira
332
333
334
335
336
Figura Apêndice IV.2 – Alcoutim
337
338
Concelho Alcoutim
339
Figura Apêndice IV.3 – Aljezur
340
341
342
343
Figura Apêndice IV.4 – Castro Marim
344
345
Figura Apêndice IV.5 – Faro
346
Sitios históricos Vila Adentro Faro x x x
Edifícios Públicos de Banco de Portugal Edificação Faro x x x Interesse Notável
Inverno (1 de outubro a 31 de maio) 3ª a 6ª - 10:00h- 18:00 Sábado e domingo - 10:30h-
17:00h Museu Municipal de Verão (1 de junho a 30 de Museus e artefactos x x Câmara x Faro setembro) 3ª a 6ª - 10:00h 19:00h - a última entrada Municipal de fazse às 18:30h Faro Sábado e domingo - 11:30h 289870827/9 18:00h - Encerra à segunda feira 2ª a 6ª das 10:00h às 13:30h Câmara e das 14:30h às 18:00h Municipal de Museu Regional do Encerra aos fins de semana x x Faro x Algarve e 289870827/9 feriados 9:30h- 12:30 h e 14:00 Comunidade Museu Isaac Bitton x x 17:00h Encerrado ao fim de Judaica - 967 x semana 350 533
Museu Marítimo 9:00 - 12:00h e 14:30h - Marinha portuguesa Ramalho Ortigão x x 17:00 289894990 x Encerra ao fim de semana
Gastronomia Arroz de lingueirão x
Carapaus alimados x
Lulas recheadas à x algarvia
Xarém x
Carne de porco com x ameijoas
Ervilhas com ovos à x algarvia
Ovos mexidos com x tomates
Favas à moda do x Algarve
Canja com x conquilhas
Gaspacho de alho x
Conservas de x cenoura à algarvia
Caracol à algarvia x
Queijinhos de figo e x amendoa
Frutos/animais de x massa de amendoa
Estrelas de x fig o e amendoa
347
Folares x
Pudim de laranja x
Dom Rodrigo x
Outros. Quais?
2. Paisagens Culturais
Localização Estado de Abertura ao Tutela / Potencial de Atratividade Turística conservação público Contato Identificação Classificação (e/ou GPS) Horário Mau Razoável Bom Sim Não Fraco Moderado Forte
Paisagens culturais Barrocal x
Ria Formosa x
Outros. Quais?
3. Património natural
Identificação Classificação Localização Estado de conservação Abertura ao público Horário Tutela / Potencial de Atratividade Turística (e/ou GPS) Contato Mau Razoável Bom Sim Não Fraco Moderado Forte
Formações geológicas e físicas
348
Instituto de Conservação da Habitats Ria Formosa Naturesa e das x Florestas
Ilhas Barreira x
Instituto de Conservação da Parque Natural da Naturesa e das x Florestas Parques naturais e reservas Ria Formosa Câmara Municipal de Mata do Licéu x Faro/ 289870870
Zoos
Aquários
Jardim da Alameda Câmara Jardins João de Deus Faro x x Municipal de x Faro
Jardins do Palácio de Pousada do Estoi Estoi, Faro x x Palácio de x Estoi
Outros. Quais?
349
4. Artes performativas
Identificação Classificação Localização Estado de conservação Abertura ao público Horário Tutela / Potencial de Atratividade Turística (e/ou GPS) Contato
Mau Razoável Bom Sim Não Fraco Moderado Forte
Teatro Lethes, Faro Teatro ACTA 289 878 908 x Te-Atrito Faro 968 166 631 x
Dois Mais Um Faro 919 508 265 x
A Peste Faro 969 660 828 x
SinCera Faro 289 818 606 x
Escola Tretas Faro Secundária x João de Deus
LAMA Faro 963 254 846 x
Dança clássica BCC - Beliaev Centro Dança Faro 913 066 109 x Cultural e contemporân ea ADA - Associação de hip-hop, Dança do Algarve street dances Faro 918 761 526 x
Urban Xpression - hip-hop, Montenegro; Associação Cultural street dances Faro 916 252 085 x
Grupo Folclórico de Folclore Rua Rodrigues 289 825 545/ x Faro Davim, Faro 966 049 355
Grupo Folclórico Montenegro; Amigos de Folclore Faro 966 902 881 x Montenegro
Clube Recreativo e Grupo Folclórico Folclore Gorjões, Faro Cultural x Gorjonense Gorjonense/ 964 773 279 Clube de Danças Danças d Faro 933 489 168 x João de Deus salão e
Associação Grupo Folclórico da Cultural Associação Cultural Santa Bárbara Recreativa Folclore x Recreativa de de Nexe, Faro Desportiva Desportiva Nexense Nexense/ 918 169 105 Conservatório Dança e Faro 289 870 490 x Regional do Algarve música
350
Grupo Coral Grupo Coral Rua Antero de Ossónoba/9 x Ópera / Canto Ossónoba Canto Quental, Faro 19 764 900
Fantoches / Marionetas ACTA Teatro Lethes, x Faro 289 878 908
Associação Música Faro XXI/916 Música Vá-de-Viró 782780 x Associação Música Outras Vozes Faro x XXI/916 782780 Grupo Musical de Grupo Santa Maria (música Musical de tradicional do Faro x algarve) Santa Maria/ 289 812 929 Associação Associação Filarmónica Faro de Faro/289 x Filarmónica de Faro 807 050
Associação de Associação de Guitarras do Faro x Guitarras do Algarve Algarve/ 289 807 050 Associação Musical Associação do Algarve - Musical do Orquestra Clássica do Faro x Algarve/ 289 Sul 860 890 Zé Eduardo - Associação Associação Grémio Grémio das Faro x das Músicas (jazz) Músicas/ 289 812 576 Hermenegildo Guerreiro Faro 969 022 001 x (acordeonista)
Nelson Conceição Faro 965 581 477 x (Acordeonista)
CAPA - Centro de Rua Fre Artes Perormativas Lourenço i de Devir/ Outros. Quais? x do Algarve Santa 289828784 Maria,Faro
Fábrica dos Fábrica dos Sentidos Faro Sentidos/ 919 656 850
351
5. Celebrações
Identificação Classificação Localização Estado de conservação Abertura ao público Horário Tutela / Potencial de Atratividade Turística (e/ou GPS) Contato
Mau Razoável Bom Sim Não Fraco Moderado Forte
Câmara Festival Adentro Municipal de Setembro (música do Músicas do Largo D. Faro/ Festivais mundo) mundo Afonso III 289870894 x Associação Festival de Jazz de Teatro das Grémio das Jazz Dezembro x Inverno Figuras Músicas/ 289812576 Grupo Folclore Folclórico de Folkfaro Passeio da Doca Agosto x internacional Faro/289825 545 Sociedade Teatro das Recreativa Festival do Acordeão Acorcdeão Novembro x Figuras Bordeirense/ 918 614 644 Câmara Teatro das Municipal de Charolas Janeiro X Figuras Faro/ 289870894
Festas Festa da Ria Gastronomia Largo de S. Agosto Vivmar/2898 x Formosa Francisco 02886
Festa de Nª Senhora dos Navegantes Ilha da Culatra Agosto x
União das Freguesias de Estoi e Festa da Pinha Estoi, Faro Maio x Conceição de Faro/289991 620 Câmara Festa de Santo Municipal de Faro Junho x António do Alto Faro/ 289870870 Junta de Santa Bárbara Freguesia de Festa do Borrego Abril x de Nexe, Faro Santa Bárbara de
Ambifaro/2 Feira de Santa Iria Largo de S. Outubro x 89897250 Feiras Francisco, Faro Associação de Moradores Feira dos Doces Jardim Manuel da Ilha da Bebidas e Frutos Agosto x Bivar; Faro Culatra/ 917 Secos 761 261
União das Freguesias de Estoi e Feira do Cavalo Estoi, Faro Setembro x Conceição de Faro/289991 620
352
Mostra de Rua Júlio Dinis, Junta de Artesanato de Montenegro, 1º Domingo de cada mês, das Freguesia de x Montenegro Faro 10:00 às 14:00h Montenegro/ 289819550 Câmara Feira de Artesanato Jardim Manuel 2º sábado de cada mês das Municipal de x de Faro Bivar, Faro 10:00 às 17:00 horas Faro/ 289870894 Mercadinho Largo do Povo, Junta de Hortofrutícula de Montenengro, 2º domingo de cada mês Freguesia de x Montenengro Faro entre as 09:00 e as 12:00 h Montenegro/ 289819550 União de Feira de Produtores, Passeio Junto ao 2º domingo de cada mês, Freguesias de Artesãos e Teatro Faro (Sé e S. x entre as 10:00 e as 16:00h Municipal Pedro)/2898 Colecionismo 89760 Venerável Ordem Terceira de Mercado Agrícolade Largo do Domingos, entre as 08:30 e as Nossa x Faro Carmo, Faro 13:00 Senhora do Monte do Carmo/2898 20169 Associação de Mercado Mensal de Estoi, Faro 2º domingo de cada mês x Estoi Feirantes do Algarve/9398 Santa Casa da Procissão do Enterro Misericórdia de Celebrações Religiosas Páscoa Faro Sexta feira Santa Faro/ x do Senhor 289805992
Paróquia de S. Pedro/ Procissão dos Passos Páscoa Faro x 289805473
Procissão de Nossa Ordem Terceira do Senhora do Carmo Faro Julho x Carmo/289824 490
353
Figura Apêndice IV.6 – Lagoa
354
355
356
Figura Apêndice IV.7 – Lagos
357
358
359
360
Figura Apêndice IV.8 – Loulé
361
Categoria d artefactos: Museus e artefactos e Arqueologia Etnografia e
Rua D. Paio 2.ª a 6.ª das Câmara Museu Municipal de 9h às 18h e d Peres Correia, x x Sábados 9h às Municipal x Loulé e Loulé 17h Loulé
Rua D. Paio 2.ª a 6.ª das 9h Câmara Pólo Museológico às 18h e d Peres Correia, x x Sábados 9h às Municipal x Cozinha Tradicional e Loulé 17h Loulé
Câmara Rua Gil Vicente, 2.ª a 6.ª das d Pólo Museológico Municipal x Loulé 9h às 17h e dos Frutos Secos Loulé
Largo Pedro 2.ª a 6.ª das Câmara d Pólo Museológico de Dias, Salir 9h às 18h Municipal x e Salir Loulé Pólo Museológico Rua dos Condes 2.ª a 6.ª das Câmara d Cândido Guerreiro e de Alte, Alte 9h às 18h Municipal x Condes de Alte e Loulé
Rua Capela de Câmara Pólo Museológico da N.º Sr:ª do Pé 2.ª a 6.ª das d Municipal x Água da 9h às 18h e Loulé Cruz, Querença
3.º a 6.ª das Núcleo Museológico 10h às 13h e Santa Casa da Avenida Marçal da Misericórdia de das 14h às Misericórdia x Pacheco, Loulé 17h Sáb. das Loulé de Loulé 9h30 às 14h
Entradas e petiscos: Caracóis, Carapaus Alimados, Cenouras Temperadas, Gastronomia Conquilhas à Algarvia, Azeit onas britadas.
Sopas: Arjamolho, Sopa Montanheira, Sopas de Pão Caseiro Rijo com Bacalhau e Poejos
Pratos Principais: Açorda à Algarvia, Arroz de polvo, caldeirada, Cataplana de Amêijoas, Coelho Frito, Cozido de Repolho, Cozinha de batata, Ervilhas à moda de Salir, Favas à Moda da Serra, Galinha Cerejada À Loulé. Guisado de Galo Caseiro, Jantar de Grão, Jantar de Lentilhas, Jantar de Chícharos com Borrego, Jantar ou Cozido de Milhos, Lebre com Feijão Branco, Ovos com Tomate, Sopas de Lebre, Xerém.
362
Sobremesas: Carriçoes de Loulé, Figos cheios e Estrelas de Figos, Filhós, Pastéis de Batata Doce, Morgado de Amêndoa d'Alte, Pudim de sêmola, Queijo de Figo, Tarte de Alfarroba, Torta de Laranja, Xeringos. Outros. Quais?
2. Paisagens Culturais
Localização Estado de Abertura ao público Tutela / Potencial de Atratividade Turística Identificação Classificação conservação Horário Contato (e/ou GPS) Mau Razoável Bom Sim Não Fraco Moderado Forte Paisagens culturais Sítio Classificado da Fonte da Querença x N/se aplica x Ben
Fonte Pequena e Fonte Grande de Alte x N/se aplica x Alte
Queda do Vigário Alte x N/se aplica x
3. Património natural (ver no final do inquérito)
Localização Estado de conservação Abertura ao público Tutela / Potencial de Atratividade Turística Identificação Classificação (e/ou GPS) Mau Razoável Bom Sim Não Horário Contato Fraco Moderado Forte
Formações geológicas e físicas CML Tel. 289 400 600 Fax: 289 415 557
Email: Paisagem cmloule@c Protegida 37º15’00.32”N / Rocha da Pena Local 8º05’57.00”O X X N/A m-loule.pt X
Habitats
363
Câmara Municipal de Loulé Tel. 289 400 600 Fax: 289 415 557 Email: cmloule@c m-loule.pt Instituto Conservação da Natureza e das Florestas Tel. 213507900
Zona Email: Especial de 37º15’18.46”N / Algar dos Mouros Conservação 8ª05’49.96”O X X N/A [email protected] Câmara Municipal de Loulé Tel. 289 400 600 Fax: 289 415 557 Email: cmloule@c m-loule.pt Instituto Conservação da Natureza e das Florestas Tel. 213507900
Zona Email: Gruta da Salustreira Especial de 37º12’39.96”N / Menor Conservação 8º00’36.76”O X X N/A [email protected] Câmara Municipal de Loulé Tel. 289 400 600 Fax: 289 415 557 Email: cmloule@c m-loule.pt Instituto Conservação da Natureza e das Florestas Tel. 213507900 Zona Email: Gruta da Salustreira Especial de 37º12’40.45”N / Maior Conservação 8º00’37.41”O X X N/A [email protected]
Parques naturais e reservas
Paisagem Protegida Câmara Local (PPL) da fonte Municipal de da benémola Loulé
364
- Paisagem Protegida Local pertencente à Re de Nacional de Áreas Protegidas (RNAP). Criação: Deliberação da Assembleia Municipal de Loulé (Aviso n.º 20717/2010, de 18 de Outubro, DR 2.ª série, e Declaração de Retificação n.º Tel. 289 400 2210/2010, de 29 600 de Fax: 289 415 557 Email: (406,38 ha) cmloule@c 37º12’24.96”N / m-loule.pt 8º00’31.96”O X X - X Paisagem Protegida - Câmara Local (PPL) da Municipal de Paisagem Loulé Rocha da Pena Protegida Local pertencente à Re de Nacional de Áreas Protegidas (RNAP). Criação: Deliberação da Assembleia Municipal de Loulé (Aviso n.º 20717/2010, de 18 de outubro, DR 2.ª série, e Declaração de Retificação n.º 2210/2010, de 29 de Tel. 289 400 (671,84 ha) 600 Fax: 289 415 557 Email: cmloule@c 37º15’00.32”N / 8º05’57.00”O X X - m-loule.pt X
365
Parque Natural da 37º01’41.52”N Instituto Ria Formosa – PNRF Conservação - da Natureza Parque e das Natural pertencente Florestas à Rede Nacional de (1 319 ha do PNRF Áreas situam-se no 8º01’15.84”O Protegidas Concelho de Loulé) (RNAP); Tel. 213507900 Para além de Email: estatuto de [email protected] Parque Natural, es ta região apresenta outros estatutos de proteção nacionais e internacionais : Parque Natural da - Zona de Ria Formosa Proteção Especial (ZPE) para Aves: - PTZPE0017; - Sítio de Importância Comunitária (SIc): - PTCON0013, de Sít io Ramsar (7PT002). X X - X Caldeirão Importância 37º18’05.83”N Instituto (20 566 ha) Comunitária Conservação da Natureza (SIC) da e das Rede Natura Florestas 2000: - 7º57’01.03”O PTCON0057;
Tel. - Zona de 213507900 Proteção Email: Especial [email protected] (ZPE) da Rede Natura 2000: - PTCON0057. X X - X Instituto Conservação da Natureza e das Florestas
Importância Comunitária Tel. (SIC) da 213507900 Barrocal Rede Natura Email: (17 766 2000: - ha) PTCON0049. X X - [email protected] X RIBEIRA DE Instituto QUARTEIRA Conservação da Natureza e das Florestas Importância 37º04’35.76”N Comunitária (51 ha) (SIC) da Rede Natura Tel. 2000: - 213507900 PTCON0038. 8º07’46.70”O
Email:
X X - [email protected] X
366
Parque Ambiental de Situado em 37º04’47.82”N Empresa Lusort Vilamoura - PAV área classificada como:
8º07’13.66”O - RESERVA (200ha) Tel.: 289 310 AGRÍCOLA 900; NACIONAL (RAN);
E-mail:
- RESERVA info@lusort. ECOLÓGICA com NACIONAL (REN);
Ambiental de O PAV é, também, um excelente local de lazer a se r descoberto, como u m espaço privilegiado pelo contacto com a natureza e a serenidade que es ta proporciona. Aqui po derá dar maravilhosos passeios a pé, a cavalo ou de bicicleta e observar a fauna e a flora existentes. X X - X
Zoos
Aquários
Jardins
367
368
369
Festa dos Santos Populares Alte
Festa de Verão (Sarnadas - 2.º fim-- Alte _ Sarnadas de semana Agosto)
Festa da Juventude Alte - Monte (3.ª fim-de-semana Ruivo de Agosto)
Festa da Seiceira (1.º Ameixial Maio)
Festa de Verão (Agosto) Ameixial
Festas Populares de Boliqueime São João (Junho)
Festas Populares de Boliqueime Boliqueime (Julho)
Festa do Buraco Boliqueime - (Novembro) Vale Silves
Carnaval de Quarteira Quarteira
Enterro do Entrudo Quarteira
Dia dos Petiscos do Pescador Quarteira (Maio/Junho)
Festa dos Santos Quarteira Populares
Festa da Sardinha (Agosto) Quarteira
Passagem do Ano Quarteira
Festa da Espiga (Dia da Ascensão) Salir
Festa Popular - Folk Salir - Cortelha Festival (Junho)
Festa da Filhó (Setembro) Salir
Carnaval de Loulé Loulé
Noite Branca Loulé
Festa das Chouriças Querença
Festa de Maio Querença
Festa das Chouriças (15 dias antes do Tôr Carnaval)
370
Festa da Associação Tôr da Tôr (Agosto)
Festa anual da Tôr (1.º Fim-de-semana Tôr de Setembro) Festa dos Milhos (Agosto) Benafim
Feiras
Mercado Mensal (1.º e 4.º Domingo de Almancil cada mês)
Feira das Velharias (2.º e 5.º Domingo Almancil de cada mÊs)
Feira anual - 17 Alte Setembro
Mercado Mensal (Alte - 3.ª quinta do Alte mÊs; Azinhal - último sábado mês))
Mercado mensal (1.ª quinta-feira de cada Ameixial mês)
Mercadinho de Natal Boliqueime (dezembro)
Mercado Mensalde Boliqueime (última Boliqueime 5.ª feira de cada mês)
Feira do livro e Artesanato de Quarteira Quarteira (Agosto)
Mercado de Quarteira (4.ªs Quarteira feiras)
Mercado Mensal de Salir (2.ª e 4.ª Sexta Salir de cada mÊs)
Mercadinho da Horta (1.º Domingo Salir do mÊs)
Feiras anuais (Janeiro, dia da Salir Espiga, Setembro)
Feira da Serra Loulé
Feira Popular Loulé
Mercado semanal Loulé
371
Mercadinho da Loulé Primavera e Outono
Mercado Mensal (último Domingo Querença mês)
Feira anual Benafim (Outubro)
Mercado Mensal (1.º Benafim Sábado do mês)
Feira do Chocolate Loulé
Celebrações Religiosas Semana da Família Loulé
Semana Santa Loulé
Procissão das Loulé Campainhas
Mãe Soberana - Festa Pequena e Loulé Festa Grande
Procissão das Campainhas Loulé
Festa em honra de Nossa Senhora da Loulé Conceição
Festa em honra de São Lourenço Almancil
Festa em honra de S. João da São Luís (Fevereiro) Venda
Festa da Epifania Alte
Festa em honra de São Luís Alte (Janeiro/Fevereiro)
Semana Santa Alte
Festa da Páscoa Alte
Festa em honra de N.ª Sr.ª da Assunção Alte - 15 de Agosto
372
373
374
Pintura de Cerâmica
Artesanato Contemporâneo
Cana
Outros. Quais? Instalação Miguel Cheta Loulé Menau Quarteira
7 . Su gira dois temas em torno dos quais p oderão ser desenvolvidos produtos turísticos diferenciadores e únicos no Algarve? A. Projecto TASA (www.projectotasa.com) B. Escrita do Sudoeste
Grupo II
8 . Cargo do respon dente (assinale a resposta com um X): Diretor de Departamento Júlio Sousa Departamento de Educação e Desenvolvimento Socio-Cultural Chefe de Divisão Dália Paulo Divisão de Cultura e Património Responsável pelo setor/área Chefe de gabinete da Presidência - Presidente Vitor Aleixo- Vereador Vítor Aleixo Secretário/a Ana Paula Murta Outro x Técnico Superior Ana Rosa Sousa 9 . Localização Concelho Loulé
375
Figura Apêndice IV.9 - Monchique
376
377
378
Celebrações Religiosas
Fábrica da Igreja primeiro fim de Paroquial da São Romão Alferce Moderado senana de Agosto Freguesia de Monchqiue Fábrica da Igreja Terceiro fim de Paroquial da Santo António Marmelete Moderado semana de Julho Freguesia de Monchqiue Fábrica da Igreja Paroquial da Semana Santa Semana da Páscoa Monchique Forte Freguesia de Monchqiue Junta de As janeiras e os Reis 05/jan Monchique Freguesia de Moderado Monchique Fábrica da Igreja Festa da Nossa Senhora da Paroquial da Dia 25 de março Marmelete Moderado Encarnação Freguesia de Monchqiue Junta de Dia da Espiga (quinta -feira da 40 dias após a Monchique/Mar Freguesia de Moderado Ascenção) Páscoa melete/Alferce Alferce/Marme l ete /Monchique
Folclore
Outros. Quais?
Junta de Banho do 29 28 de Setembro Praia do Vau Sim Freguesia de Forte Monchique
379
Artesanato Cadeiras de Tesoura Colheres de Pau Trabalhos em vime e verga Bordados Rendas Linho e Tecelagem Aguardente de medronho Cerâmica mel Fabrico de calçado Outros. Quais?
7 . S ugira dois temas em torno dos quais p oderão se r desenvolvidos produtos turísticos diferenciadores e únicos no Algarve? A Acrescentar tema 1 - Geologia B Acrescentar tema 2- Águas Termais
Grupo II
8 . Cargo do respo ndente (assinale a resposta com um X): Diretor de Departamento Qual? Departamento... Chefe de Divisão Qual? Divisão... Responsável pelo setor/área Qual? Setor/Área... Chefe de gabinete da Presidência - Presidente - Vereador - Secretário/a - Outro Qual? Técnico superior 9 . Localização Concelho Monchique
* - Ver site da autarquia com georrefrenciação pormenorizada (www.cm-monchique.pt) ** - Ver site da Via Algarvia com georreferencoiação pormenorizada (www.viaalgarviana.org)
380
Figura Apêndice IV.10 - Olhão
381
3. Património natural
Identificação Classificaçã Localização Estado de conservação Abertura ao público Horário Tutela / Potencial de Atratividade Turística o (e/ou GPS) Mau Razoável Bom Sim Não Contato Fraco Moderado Forte
Formações geológicas e físicas
Serro da Cabeça
Habitats
Parques naturais e reservas
Parque Natual da Ria Formosa
Zoos
Aquários
Jardins Jardim Pescador Olhanense
Jardim Patrão Joaquim Lopes
382
Praceta Agadir
Outros. Quais?
4. Artes performativas
Identificação Classificaçã Localização Estado de conservação Abertura ao público Horário Tutela / Potencial de Atratividade Turística o (e/ou GPS) Mau Razoável Bom Sim Não Contato Fraco Moderado Forte
Teatro
Dança
Ópera / Canto
Fantoches / Marionetas
Música
383
Outros. Quais?
5. Celebrações
Identificação Classificaçã Localização Estado de conservação Abertura ao público Horário Tutela / Potencial de Atratividade Turística o (e/ou GPS) Mau Razoável Bom Sim Não Contato Fraco Moderado Forte
Festivais Festival do Marisco
Festas 16 de junho (fundação do concelho)
Carnaval de Moncarapacho
Festas de S. Sebastião
Festas em honra de N.ª Sr.ª das Dores (Quelfes)
Feiras FARM - Feira de Arte, Artesanato, Agricultura e Recreio
Celebrações Religiosas
384
Folclore
Outros. Quais?
6. Belas Artes
Identificação Classificaçã Localização Estado de conservação Abertura ao público Horário Tutela / Potencial de Atratividade Turística o (e/ou GPS) Mau Razoável Bom Sim Não Contato Fraco Moderado Forte
Pintura
Desenho
Escultura
385
386
Figura Apêndice IV.11 - Portimão
387
388
389
390
Figura Apêndice IV.12 - São Brás
391
392
393
394
Figura Apêndice IV.13 - Silves
395
396
Figura Apêndice IV.14 - Tavira
Inquérito aos Recursos Culturais no Algarve
Grupo I Acrescente ou retire linhas consoante os recursos existentes no seu concelho
1. Património Cultural
Localização Estado de conservação Abertura ao público Tutela / Potencial de Atratividade Turística Identificação Classificação (e/ou GPS) Mau Razoável Bom Sim Não Horário Contato Fraco Moderado Forte
Praia das Cascas. Vila Galé Monumento de Monumentos Arraial Ferreira Neto Foz do rio Gilão. x x Hotéis /tel. x Interesse Público Tavira 281329800
Rua da Igreja. Fábrica da Igreja matriz de Santo Santo Estevão. Igreja x x x Estêvão Tavira. Paroquial de Santo Estêvão Paróquia de Rua D. Paio Peres Igreja de Santiago x x Santiago/ tel. x Correia. Tavira. 281321714
Fábrica da Igreja igreja matriz de Santa Santa Catarina da Paroquial de Catarina da Fonte do Fonte do Bispo. x x Santa Catarina x Bispo Tavira. da Fonte do Bispo/ tlf. 289842125 Fábrica da Igreja Largo da Igreja. Paroquial de Igreja matriz de Nossa Monumento de Luz de Tavira. x x Nossa x Senhora da Luz Interesse Público Tavira. Senhora da Luz/ tlf. 281962469 Irmandade da Igreja do Espírito Santa Casa da Em vias de Praça Zacarias Santo x x Misericórdia x classificação Guerreiro. Tavira (ou São José) de Tavira/ tel. 281 322 268 Ordem Terceira de Praça Zacarias Igreja de São Francisco x x São x Guerreiro. Tavira Francisco de Tavira Paróquia de Igreja de Santo Rua de Santo x x Santiago/ tel. x António António. Tavira 281321714
Câmara Igreja de São Pedro Monumento de Rua D. Marcelino Municipal de x x x Gonçalves Telmo Interesse Público Franco. Tavira. Tavira/ tel. 281320500 Paróquia de Igreja de Santa Maria Monumento Largo Dr. Jorge x x Santa Maria/ x do Castelo Nacional Correia. Tavira tel. 281321714
Rua de Nossa Fábrica da Igreja de Nossa Senhora da Igreja x x x Senhora da Conceição Conceição. Paroquial da Conceição. Tavira. Conceição Paróquia de Igreja de Nossa Praça Dr. António x x Santa Maria/ x Senhora da Ajuda Padinha. Tavira. tel. 281321714
Ordem Terceira de Igreja da Ordem Nossa Senhora Monumento de Largo do Carmo. Terceira de Nossa x x do Monte do x Interesse Público Tavira Senhora do Carmo Carmo/ tlm. 965842210 (Presidente) 10h:00-12h:30 Irmandade da Travessa da e 14h:00- Santa Casa da Monumento de Fonte, Rua da igreja da Misericórdia x x 17h:30 de Misericórdia x Interesse Público Galeria. terças a de Tavira/ tel. Tavira. sábados. 281 322 268
397
10h:00-12h:30 Câmara Rua da e 14h:00- Ermida de São Monumento de Municipal de Comunidade x x 17h:30 de x Sebastião Interesse Municipal Tavira/ tel. Lusíada terças a 281320500 sextas. Ermida de São Lázaro, Rua Almirante Paróquia de ou de Nossa Senhora Cândido dos Reis. x x Santa Maria/ x do Livramento Tavira. tel. 281321714
10h:00-12h:30 Câmara e 14h:00- Monumento de Largo de Santa Municipal de Ermida de Santa Ana x x 17h:30 de x Interesse Municipal Ana. Tavira Tavira/ tel. terças a 281320500 sextas. Pousadas de Portugal/ tel. Convento de Nossa Monumento de Largo Dr. Jorge 210 407 680, x x x Senhora da Graça Interesse Público Correia. Tavira email: guest@pousad as.pt
Capela de Nossa Paróquia de Monumento de Rua da Liberdade. Senhora da x x Santiago/ tel. x Interesse Público Tavira. Consolação 281321714
Rua Guilherme Câmara Monumento de Gomes Municipal de Casa André Pilarte x x x Interesse Municipal Fernandes. Tavira/ tel. Tavira. 281320500 Direção Geral 10h:00-12h:30 do Património e 14h:00- Cultural/ Monumento de Calçada da Palácio da Galeria x x 17h:30 de Câmara x Interesse Público Galeria. Tavira terças a Municipal de sábados. Tavira/ tel. 281320500 Direção Geral do Património Cultural/ Ponte antiga sobre o Monumento de Praça da x x Câmara x rio Gilão Interesse Público República Municipal de Tavira/ tel. 281320500
398
399
400
Pérolas do Gilão da Sociedade Orfeónica de Amadores de Música e Teatro de Tavira Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica a definir associação x x Os Campeiros da Casa do x Povo da Conceição de Tavira Conceiçãoo de Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica a definir associação x TUNA da Sociedade x Recreativa Musical Luzense Luz de Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica a definir associação x Grupo de Cantares de Cachopo "Seara de Outono" Cachopo Não se aplica Não se aplica Não se aplica a definir associação x x Outros. Quais?
5. Celebrações
Localização Estado de conservação Abertura ao público Tutela / Potencial de Atratividade Turística Contato Identificação Classificação (e/ou GPS) Mau Razoável Bom Sim Não Horário Fraco Moderado Forte
"Cenas na Rua" - Festival Internacional de Teatro e Câmara Municipal Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica X julho x Artes Performativas na Rua de de Tavira Festivais Tavira
Festival de Charolas "Cidade Câmara Municipal de Tavira" de Tavira Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x janeiro x
Festival de Bandas Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x dezembro Sociedade da x Banda de Tavira
Rancho Folclórico de Tavira Festival de Folclore Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x julho X
Rancho Folclórico de Sto. Estêvão Festival de Folclore Santo Estêvão Não se aplica Não se aplica Não se aplica x julho x
Santa Catarina da Rancho Folclórico Fonte do Bispo de Sta. Catarina Festival de Folclore Não se aplica Não se aplica Não se aplica x agosto x
Festival de Folclore Luz de Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x agosto Rancho Folclórico x da Luz
Festas Tradicionais Festas em Honra Junta de Freguesia dos Pescadores de Sta. Luzia Santa Luzia Não se aplica Não se aplica Não se aplica x agosto x
Câmara Municipal de Tavira Feira do Livro Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Julho/agosto x Feiras
Feira das Antiguidades e Câmara Municipal Velharias de Tavira Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x agosto x
401
Associação de Artes e Sabores de Feira dos Ofícios Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x agosto x Tavira - ASTA
UAC - Associação para o Feira dos Stocks Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x agosto Desenvolvimento x da Baixa de Tavira
Feira de Artesanato da Luz Luz de Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x agosto Junta de Freguesia x da Luz
Junta de Freguesia de sto. Estêvão Feira Franca Santo Estêvão Não se aplica Não se aplica Não se aplica x setembro x
Feira de Agricultura, Caça e Junta de Freguesia Artesanato (FACARTE) da Conceição Conceição Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Agosto
Câmara Municipal de Tavira Feira de S. Francisco Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Outubro x
Câmara Municipal de Tavira Feira da Boa Morte Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Agosto x
Venerável Ordem Terceira de S. Celebrações Religiosas Procissão de N. Sr. dos Passos Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Abril Francisco de Tavira x
Ordem Terceira de Procissão do Triunfo em Nossa do Carmo do Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Abril x Domingo de Ramos Monte do Carmo
Irmandade da Procissão de Enterro do Santa Casa da Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Abril x Senhor Misericórdia de Tavira
Procissão das Velas Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Maio Paróquia de Sta. x Maria
Comissão de Festas de Santo Procissão de Sto. António Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Junho x António
Ordem Terceira de Procissão de Nª. Srª. do Nossa do Carmo do Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Julho x Carmo Monte do Carmo
Fábrica da Igreja Paroquial da Procissão de Stº.Estevão Santo Estêvão Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Julho x Freguesia de Santo Estevão
Junta de Freguesia da Luz de Tavira Procissão da Luz Tavira Luz de tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Agosto x
Junta de Freguesia de Cachopo Procissões N. Sra. das Dores Cachopo Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Agosto x
Comissão de Festas de Nossa Procissão de Nª Sra do Mar Cabanas Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Agosto x Senhora do Mar
Santa Catarina da Junta de Freguesia Fonte do Bispo de Sta. Catarina Procissão N. Sra. das Dores Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Agosto x
Confraria de Festas em Honra de N. Procissão Nª.Srª. Saúde e São Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Setembro Sra. da Saúde x Luís
Fábrica da Igreja Paroquial da Procissão de Stº.Estevão Cachopo Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Dezembro x Freguesia de Cachopo
Junta de Freguesia da Conceição Procissão Nª.Srª. Conceição Conceição Não se aplica Não se aplica Não se aplica x Dezembro x
Folclore Rancho Folclórico de Tavira Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x a definir rancho x
Rancho Folclórico da Luz Luz de Tavira Não se aplica Não se aplica Não se aplica x a definir rancho x
Rancho Folclórico de Santo Santo Estêvão Não se aplica Não se aplica Não se aplica x a definir rancho x Estêvão
402
Rancho Folclórico de Sta. Santa Catarina da Não se aplica Não se aplica Não se aplica x a definir rancho x Catarina Fonte do Bispo
Outros. Quais?
403
Figura Apêndice IV.15 - Vila do Bispo
404
Edifícios Públicos de Interesse
Marinha Portugu esa/Dire ção de Faróis - Cabo de S. Vicente (edifícios) Militar Sagres X X X 2826248 88 e 2826242 34 Municip al 282 Forte de Sto. António do Beliche Militar Sagres X 630 X 600/300 Boca do Forte de S. Luís de Almádena Militar Rio, X X Idem X Budens Burgau, Forte/Bateria do Burgau Militar X Privado X Budens
Paróquia s de Vila do Raposeir Religioso X X a, Vila X Bispo Igreja de N.S. da Conceição do Bispo e Sagres
Gastronomia Percebes X
Sargo X
Lagosta X
Lapas X
Burgaus X
Santola X
Moreia X
Papas de Xerem X
Robalo X
Navalheira X
Dourada X
Mexilhão X
Polvo X
405
2. Paisagens Culturais
Estado de Abertura Potencial de conservaçã ao público Atratividade Turística Tutela / Identificação Classificação Localização o Horário Contato Mau Razoáv Bom Sim Fraco Mode Forte (e/ou GPS) el rado Paisagens culturais
Vila do Concelho de Vila do Bispo X X Bispo
3. Património natural
Localização Estado de conservação Abertura Potencial de ao público Tutela / Atratividade Turística Identificação Classificação (e/ou GPS) Horário Mau Razoáv Bom Sim Contato Fraco Mode Forte el rado Formações geológicas e físicas
Geossítio de Cabanas Velhas Vila do Bispo X X
Rota das dunas fósseis Idem X X
Geossítio da Mareta Idem X X
Geossítio de São Vicente Idem X X
Geossítio do Telheiro-Aspa Idem X X
Geossítio da Ponta da Torre e geossítio da Ponta da Fisga Idem X X
Geossítio do Castelejo Idem X X
Geossítio de João Vaz Idem X X
Geossítio do Benaçoitão Idem X X
Geossítio do Padrão Idem X X
Geossítio icnofóssil Idem X X
Geossítio da Figueira Idem X X
Geossítio da Boca do Rio Idem X X
Telheiro X X X Praia da Mareta X X X
Parques naturais e reservas
406
Reserva Biogenética de Sagres Sagres X X X
407
408
Figura Apêndice IV.16 - Vila Real de Sto António
409
Edifícios Públicos de Interesse
Marinha Portugu esa/Dire ção de Faróis - Cabo de S. Vicente (edifícios) Militar Sagres X X X 2826248 88 e 2826242 34 Municip al 282 Forte de Sto. António do Beliche Militar Sagres X 630 X 600/300 Boca do Forte de S. Luís de Almádena Militar Rio, X X Idem X Budens Burgau, Forte/Bateria do Burgau Militar X Privado X Budens
Paróquia s de Vila do Raposeir Religioso X X a, Vila X Bispo Igreja de N.S. da Conceição do Bispo e Sagres
Gastronomia Percebes X
Sargo X
Lagosta X
Lapas X
Burgaus X
Santola X
Moreia X
Papas de Xerem X
Robalo X
Navalheira X
Dourada X
Mexilhão X
Polvo X
410
2. Paisagens Culturais
Estado de Abertura Potencial de conservaçã ao público Atratividade Turística Tutela / Identificação Classificação Localização o Horário Contato Mau Razoáv Bom Sim Fraco Mode Forte (e/ou GPS) el rado Paisagens culturais
Vila do Concelho de Vila do Bispo X X Bispo
3. Património natural
Localização Estado de conservação Abertura Potencial de ao público Tutela / Atratividade Turística Identificação Classificação (e/ou GPS) Horário Mau Razoáv Bom Sim Contato Fraco Mode Forte el rado Formações geológicas e físicas
Geossítio de Cabanas Velhas Vila do Bispo X X
Rota das dunas fósseis Idem X X
Geossítio da Mareta Idem X X
Geossítio de São Vicente Idem X X
Geossítio do Telheiro-Aspa Idem X X
Geossítio da Ponta da Torre e geossítio da Ponta da Fisga Idem X X
Geossítio do Castelejo Idem X X
Geossítio de João Vaz Idem X X
Geossítio do Benaçoitão Idem X X
Geossítio do Padrão Idem X X
Geossítio icnofóssil Idem X X
Geossítio da Figueira Idem X X
Geossítio da Boca do Rio Idem X X
Telheiro X X X Praia da Mareta X X X
Parques naturais e reservas
411
Reserva Biogenética de Sagres Sagres X X X
412
413
Apêndice V - Inquérito aos Recursos Culturais no Algarve (Direção Regional da Cultura do Algarve)
Tabela Apêndice V – Inquérito aos Recursos Culturais no Algarve (DRCA)
414
Apêndice VI – Identificação dos entrevistados / Painel Qualificado de Peritos
Tabela Apêndice VI – Identificação dos entrevistados / Painel Qualificado de Peritos Nome Função Domínio Teresa Rita Escritora Património Lopes Professora Catedrática (Universidade Nova de Cultural Lisboa) Sílvia Professora Coordenadora (ESGHT/Universidade do Património Quinteiro Algarve) Literário Projeto LIt & Tur Delminda Professora Auxiliar, Faculdade de Ciências e Património Moura Tecnologia (Universidade do Algarve) Natural Paulo Professor Auxiliar, Faculdade de Ciências e Património Fernandes Tecnologia (Universidade do Algarve) Geológico Virgilio Gastrónomo, Gastronomia & Gomes Investigador em história de alimentação Vinhos Cronista blog Claudia Enóloga WineID, LDA Favinha INOVISA - Inst. Sup. de Agronomia Padre Miguel Diretor do Setor da Pastoral de Turismo da Diocese Celebrações Mário Neto do Algarve Membro da Direção da Obra Nacional de Pastoral de Património Turismo Religioso José Gameiro Diretor do Museu de Portimão Património Ana Patrícia Antropóloga (Museu de Portimão) Cultural Ramos Imaterial Jacques Le Presidente da Algarve Film Commission Industrias Mer Culturais e TabelaMirian Coordenadora do CIAC (Centro de Investigação em Criativas
Tavares Artes e Comunicação, Universidade do Algarve) Publicações Diretora da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (Universidade do Algarve) Audiovisual e Media António Presidente da AND (Associação Nacional de Interativos Lacerda Designers) Design e Diretor do Curso de Design de Comunicação Serviços (Universidade do Algarve) Criativos
415
Co-Financiamento: