Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro Centro De Educação E Humanidades Faculdade De Comunicação Social
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação e Humanidades Faculdade de Comunicação Social Libny Silva Freire Chegou a hora do charminho: A construção do imaginário da cultura charme e da identidade charmeira Rio de Janeiro 2017 Libny Silva Freire Chegou a hora do charminho: A construção do imaginário da cultura charme e da identidade charmeira Tese apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Doutora, ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Linha de Pesquisa: Cultura de Massa, Cidade e Representação Social. Orientador: Prof. Dr. João Luís de Araújo Maia Rio de Janeiro 2017 CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CEH/A F866 Freire, Libny Silva. Chegou a hora do charminho: A construção do imaginário da cultura charme e da identidade charmeira / Libny Silva Freire. – 2017. 168 f. Orientador: João Luís de Araújo Maia. Tese (Doutorado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Comunicação Social 1. Comunicação Social – Teses. 2. Negros - Identidade racial – Teses. 3. Territorialidade humana – Teses. I. Maia, João Luis de Araújo. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Comunicação Social. III. Título. es CDU 659:7 Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta tese, desde que citada a fonte. ___________________________________ _______________ Assinatura Data Libny Silva Freire Chegou a hora do charminho: A construção do imaginário da cultura charme e da identidade charmeira Tese apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Doutora, ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Linha de Pesquisa: Cultura de Massa, Cidade e Representação Social. Aprovada em 27 de janeiro de 2017. Banca Examinadora: _____________________________________________ Prof. Dr. João Luís de Araújo Maia (ORIENTADOR) Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ _____________________________________________ Profa. Dra. Cíntia SanMartin Fernandes Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ _____________________________________________ Profa. Dra. Gisela Grangeiro da Silva Castro Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM/SP _____________________________________________ Prof. Dr. Felipe Costa Trotta Universidade Federal Fluminense - UFF _____________________________________________ Prof. Dr. Micael Herschmann Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Rio de Janeiro 2017 DEDICATÓRIA Aos charmeiros e aos afetos nascidos da pesquisa. AGRADECIMENTOS Agradeço a Tonny, marido-parceiro para todos os momentos. Obrigada pelo apoio desde o início, pela compreensão e por assumir todas as tarefas da casa e da vida a dois nesta fase final da escrita. Divido com você essa conquista. Aos meus pais-avós, Raimundo e Eugênia, pelo amor que me confortou em todas as dificuldades e, pelas orações, que além da religiosidade, representam o cuidado e o carinho, mesmo à distância. À minha mãe-pai, Lúcia, por ter me ensinado a ser forte na vida. Nenhuma expressão dá sentido a quanto amo você. À minha irmã Doce. Que bom que estamos juntas. Aos meus amigos-irmãos que compartilham a vida comigo. À Theresa, pelo ombro nordestino e amigo. A Helton, irmão em todas as vidas, pelo apoio, baseado em psicologia, sarcasmo e espiritualidade, o combo perfeito da amizade. Ao meu orientador João Maia pelo acolhimento, por acreditar na pesquisa e pelo incentivo do olhar sensível no fazer acadêmico. Obrigada sempre. Aos amigos queridos do grupo de pesquisa CAC, Adelaide, Lilian, Eduardo, Robson e Cláudia. Foi muita vida juntos e sou feliz por isso. Aos professores da Pós-graduação em Comunicação da UERJ. À Tatiana, Celestino, Eliana e Amanda, secretários do PPgCOM pela prontidão em ajudar. À Capes e ao CNPq pela bolsa de pesquisa oferecida. A música é um mapa do sentimental. Para mapear uma sociedade você tem que saber os territórios de sua música. Omar Rincón RESUMO FREIRE, Libny Silva. Chegou a hora do charminho: A construção do imaginário da cultura charme e da identidade charmeira, 2017. 168 f. Tese (Doutorado em Comunicação) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Faculdade de Comunicação Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017. Nos anos 80, em um baile de black music no subúrbio carioca a expressão Chegou a hora do charminho, transe seu corpo devagarinho batizou o que hoje é conhecido como charme. O charme se constrói a partir do imaginário dos seus frequentadores denominados de charmeiros. Além de se caracterizar como uma determinada forma de dança – passos coreografados e em grupo – as narrativas de comportamento, modos de vestir, estilo, pertencimento, orgulho e negritude permeiam a cultura charme e o significado de pertencer ao grupo, de se reconhecer e ser reconhecido. Pensando a noção de identidade e socialidade como constitutivas na construção do imaginário lançamos nosso olhar sobre a cultura charme e seus participantes. Como ferramenta metodológica utilizamos a etnografia e a observação participante para a realização das entrevistas com os frequentadores do baile do viaduto e do parque, localizados no bairro de Madureira, subúrbio carioca. Esta tese narra o comportamento e as práticas de socialidade que compõem as falas dos charmeiros, dj‟s e produtores dos bailes charme, destacando o papel das territorialidades, emoções e o prazer de estar junto a partir da festa, como construtoras do imaginário do charme e da identidade do charmeiro. Palavras-chave: Charme. Territorialidades. Imaginário. Identidade. Negritude. ABSTRACT FREIRE, Libny Silva. The time of the little charmer has arrived: Construction of the imaginary culture of charm and identity of the charmer, 2017. 168 f. Tese (Doutorado em Comunicação) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Faculdade de Comunicação Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017. The phrase "The time of the little charmer has arrived, trance your body slowly”, today known as charm, was coined at a black music dance party in the suburbs of Rio de Janeiro in the 1980s. Charm is derived from the imaginary construct of its participants, called charmers. Aside from being considered a specific style of dancing – characterized by choreographed steps in a group setting - the narratives of behavior, fashion, style, belonging, pride and negritude permeate the charm culture and the meaning of being part of the group, of recognizing and being recognized. Thinking about the notion of identity and sociality as constitutive in the imaginary construct, we look at charm culture and its participants. We used ethnography and participatory observation as a methodological tool to conduct interviews with „viaduct‟ and „park‟ partygoers in the Rio de Janeiro suburb of Madureira. This thesis narrates the behavior and practices of sociality that constitute the discourse of charmers, DJs and charm dance event promotors, highlighting the role of territorialities, emotions and the pleasure of participation, as constructs of the imaginary culture and identity of charm. Keywords: Charm. Territorialities. Imaginary. Identity. Negritude. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Bota Abaixo: Demolição dos cortiços no centro da cidade. ........... 25 Figura 2 - Pátio da estação de Madureira em 1909. ...................................... 33 Figura 3 - Exposição 1976 – Movimento Black Rio 40 anos. ......................... 54 Figura 4 - Reprodução de anúncio de baile. .................................................. 55 Figura 5 - Baile charme nos anos 1980. ........................................................ 64 Figura 6 - Dj Corello no baile charme do Mackenzie. .................................... 65 Figura 7 - Divulgação do projeto Charme na Rua. ........................................ 69 Figura 8 - Entrada do baile do viaduto de Madureira. .................................... 72 Figura 9 - Baile do viaduto de Madureira. ...................................................... 74 Figura 10 - Baile charme no Parque Madureira. .............................................. 91 Figura 11 - A elegância dos charmeiros nos anos 1980. ................................. 97 Figura 12 - Capa de LP de coletânea de charme. ........................................... 99 Figura 13 - Estilos do charmeiro inspirado no hip hop. .................................. 100 Figura 14 - Anúncio de aniversário da equipe Eu amo baile charme. ........... 104 Figura 15 - Anúncio da equipe Eu amo baile charme. ................................... 104 Figura 16 - Grupo em torno dos baldes de cerveja. ...................................... 108 Figura 17 - Baile do viaduto de Madureira. .................................................... 118 Figura 18 - Anúncio do Baile do Agasalho. .................................................... 120 Figura 19 - Anúncio do baile Air Max Day. .................................................... 121 Figura 20 - João Baptista de Lacerda. ........................................................... 124 Figura 21 - Capa da primeira edição da revista Raça Brasil. ......................... 141 Figura 22 - Estande do Instituto Beleza Natural no baile do viaduto. ........... 144 Figura 23 - Estande do Instituto Beleza Natural no baile do viaduto. ............ 145 Figura 24 - Cabelos no baile do viaduto. ....................................................... 146 Figura 25 - Cabelos no baile do viaduto. ....................................................... 147 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .....................................................................................