AMIGO Paredes

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

AMIGO Paredes AMIGO PAREDES PAULO SÉRGIO DOS SANTOS «A ARTE É DE FACTO UMA FORMA ÚNICA, ESPANTOSA, DE TORNAR SIMPLES E CLARAS COISAS EXTREMAMENTE COMPLEXAS.» ← Carlos Paredes na praia de Carcavelos. 1987 CARLOS PAREDES © Serge Cohen GILBERTO GRÁCIO 143 HUGO RIBEIRO POEMA 147 JOSÉ JORGE LETRIA IsabeL CRUZ DE ALMEIDA 249 152 ANTÓNIO AVELAR DE PINHO LUisa AMARO 90 189 PREFÁCIO ANTÓNIO VICTORINO DE ALMEIDA NOVO DE MATOS MANUEL MACHADO 102 201 9 ARMANDO BENTO OCTÁVIO FoNSECA SILVA 109 204 JOÃO AMORIM 156 DEPOIMENTOS JORGE Gomes 158 CRONOLOGIA 74 252 JOSÉ FoRTes 166 CaRLOS ALBERTO MONIZ RUBEN DE CaRVALHO 116 207 PREFÁCIO CaRLOS AVILEZ RUI VIEIRA NERY JOSÉ JORGE LETRIA 122 215 11 DaVID FERREIRA SALWA CasTELO-BRANCO 127 224 ALFREDO MATOS JOSÉ JORGE LETRIA 77 171 ALMEIDA SANTOS JOSÉ MANUEL TENgaRRINHA 82 183 ANA CRISTINA PAREDes JOSÉ RUsso 85 187 DOMINGOS ABRANTes ToZÉ BRITO 130 227 INTRODUÇÃO ELisabeTE RODRIGUes VasCO WELLENKAMP PAULO SÉRGIO DOS SANTOS 134 233 19 FERNANDO ALVIM VITORINO SALOMÉ 137 239 8 AMIGOPAREDES 9 PREFÁCIO UMA GUITARRA E O SEU GÉNIO MANUEL MACHADO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA O fado e a canção de Coimbra são patrimónios que marcam, indelevel- mente, a identidade cultural da nossa cidade e povoam o imaginário cole- tivo, tendo contribuído, também, para a classificação da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património Mundial pela unesco. Preservar a memória desta expressão musical, mantê-la viva e projetá-la no futuro, na sua complexidade e riqueza, implica respeitar as histórias e as pessoas que criaram e tornaram esta canção única no mundo. Carlos Paredes é filho de Coimbra e foi nesta cidade que começou a afeiçoar-se à guitarra e a acompanhar o seu pai, o mestre Artur Paredes. Explorou novos caminhos e, nas suas mãos, a guitarra ganhou um novo universo. Partiu demasiado cedo, mas a sua obra deixou escola e um re- levante legado que assume um valor inquestionável na cultura musical portuguesa. Amigo Paredes é uma recordação afetuosa que guardam aqueles que tiveram o privilégio de com ele conviver e um testemunho dos inúme- ros admiradores do seu génio musical. A publicação desta obra reforça a estratégia forte e assertiva de promoção do fado e da canção de Coimbra que a Câmara Municipal tem assumido. Desde a abertura do Núcleo da Guitarra e do Fado de Coimbra em 2015, instalado na Torre de Anto, a valorização desta expressão musical tem sido, de facto, objeto de espe- cial relevância, sendo materializada em inúmeras ações, engrandecidas com a aposta em grandes eventos que projetam e reforçam a notoriedade da nossa cidade. O festival Correntes de Um Só Rio é também disso um exemplo que pretendemos perene. É com os olhos postos no futuro que Coimbra prepara a sua candida- tura a Capital Europeia da Cultura 2027, mas sem nunca esquecer a sua matriz identitária, história e património material e imaterial. E Carlos Paredes será sempre de Coimbra. Coimbra, junho de 2021 10 AMIGOPAREDES 11 PREFÁCIO CaRLOS PAREDes: A ARTE DE SER PORTUGUÊS COM GÉNIO E assombRO JOSÉ JORGE LETRIA PRESIDENTE DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE AuTORES A vida e a obra de Carlos Paredes são elementos referenciais na história cultural portuguesa desde meados da década de 60 do século xx, porque o guitarrista criou, transformou e deu a Portugal uma sonoridade única que o resume e nos resume e que lhe acrescenta uma carga poética que nem precisa das palavras para se materializar. Paredes resumiu-nos e emocionou-nos e traduziu, como nenhum outro, a nossa capacidade de juntarmos emoção, alegria e coragem na forma como estamos na vida e no mundo e como fazemos da Portugalidade a nossa singular maneira de ser, de estar e de construir. Continua a ser impossível ouvir a música de Carlos Paredes sem uma emoção profunda que nos sobressalta e mobi- liza, porque tudo na sua obra é excelência, efémero e eterno e à medida dos nossos sonhos, esperanças e ideais. Carlos Paredes, cuja vida e obra são indissociáveis de Coimbra e da sua memória cultural, é, em termos absolutos, um criador e intérprete genial da música portuguesa de todos os tempos, mesmo não tendo a guitarra que fazia parte de si pertencido ao fado de Lisboa ou à canção coimbrã, porque era universal como a obra e a prodigiosa imaginação melódica e harmónica de quem a criou. Considero importante que, quando se fala de Carlos Paredes, se deixe de parte a tentação de o enquadrar, de o classificar ou de o arquivar. A única situação em que a palavra «arquivo» é aceitável em relação a Paredes é quando recordamos que ele foi arquivista de radiografias nas caves do Hospital de São José, destino profissional que se encontrava, até fisicamente, muito abaixo do que lhe era devido e do que Portugal lhe devia. Só lamento que depois do 25 de Abril de 1974 Carlos Paredes não tenha sido requisitado, enquanto funcionário público, aos Hospitais Civis de Lisboa para ensinar e partilhar a sua arte num conservatório público. É certo que não tinha as habilitações académicas canónicas e que não escrevia música, mas, em compensação, tinha o génio, a técnica, a experiência e a sabedoria que fariam dele um mestre único. Vale a pena perguntar: quantos 24 AMIGOPAREDES INTRODUÇÃO 25 «SOU FUNCIONÁRIO PÚBLICO. NÃO É UMA PROFISSÃO QUE ME AGRADE MUITO, MAS É UMA PROFISSÃO CARLOS PAREDES → No Hospital de São José, onde foi reintegrado depois do 25 de Abril no serviço de arquivo de radiologia. Outubro 1974 MUITO DIGNA.» © DR INTRODUÇÃO 67 « IMPROVISAR É, NO MEU PONTO DE VISTA, UMA CONFISSÃO: ULTRAPASSA A VONTADE DO PRÓPRIO MÚSICO E FAZ COM QUE ESTE REVELE MAIS DE SI, DAS SUAS TENDÊNCIAS, DA SUA FORMAÇÃO.» CARLOS PAREDES → © Augusto Cabrita 252 AMIGOPAREDES CRONOLOGIA 253 1925 1957 1960 e de Artur Paredes, → Guitarra 1969 → Participação especial 1976 → Nascimento de → CARLOS PAREDES → Expulso da Função «Desfolhada», «Variações Portuguesa → Composição de alguns no Festival da Casa → Participação no Festival Carlos Paredes EP gravado da Pública na sequência em Ré Menor n.o 2», O primeiro LP, editado temas da curta- metragem da Imprensa, no Coliseu Blagoevgrad, na Bulgária a 16 de Fevereiro, para a Alvorada do julgamento, «Variações em Mi Menor», pela Valentim de Carvalho The Columbus Route, de dos Recreios de Lisboa, → Actuações em Portugal em Coimbra 1958 em 23 de Março «Balada do Mondego», → Actua na Ópera de Sydney, José Fonseca e Costa em 23 de Março e no estrangeiro 1931 26 DE SETEMBRO → Casamento com «Cantares Portugueses», Austrália, integrado numa → Improviso em viola → Até 1977 colabora 1977 → Mudança da família → Detenção de Carlos Ana Napoleão Franco, «Passatempo» delegação portuguesa para a banda sonora com o Grupo de Teatro → Digressão musical para Lisboa Paredes na secretaria em 12 de Outubro, 1964 → Digressões pela América do documentário televisivo de Campolide como pela União Soviética → Frequenta o Jardim-Escola do Hospital de S. José em Coimbra → Composição da banda Latina, EUA, Canadá Na Corrente, responsável pela selecção com Adriano Correia João de Deus, onde termina pelos Serviços Centrais → Composição da banda sonora do filmeFado → Participação no III Festival de Augusto Cabrita musical das peças levadas de Oliveira a instrução primária da PIDE, para averiguações sonora da curta-metragem Corrido, de Jorge Brum da Canção da cidade → Participação no programa a cena → Participação no Festival 1935 → 27 DE SETEMBRO Rendas de Metais do Canto de Varadero, em Cuba, Zip-Zip transmitido pela RTP → Actuação em diversas de Berlim, na antiga RDA → Entra para o Liceu Passos 1.O auto de inquérito Preciosos, de Cândido → Composição da música a convite do Conselho → Actuação em diversas sessões de poesia → CarLOS Paredes Manuel, onde permanece 10 DE OUTUBRO Costa Pinto da peça O Render Nacional de Cultura sessões de poesia e música e música promovidas – Meister DER até ao fim do 4.o ano → 2.o auto de inquérito 1961 dos Heróis, de José de Cuba promovidas por agremiações por agremiações culturais PortugiesisCHEN → Frequenta as aulas 28 DE OUTUBRO Prémio da Casa da Cardoso Pires, encenada 1968 culturais e recreativas e recreativas Guitarre LP editado de violino na Academia → Transferência de Carlos Imprensa, como Solista por Fernando Gusmão para → Composição de alguns 1970 1972 pela Amiga, RDA de Amadores de Música Paredes da cadeia 1962 o Teatro Moderno de Lisboa temas da curta-metragem → Composição de alguns → MOVimento 1978 1937 do Aljube para o forte → Composição da banda → Composição da música A Cidade, de José Fonseca temas da curta-metragem PERPÉTUO → «A Música e a Sociedade», → Com o pai inicia a de Caxias sonora do filmeVerdes da peça Bodas de Sangue, e Costa Hello Jim, EP Columbia artigo de Carlos Paredes aprendizagem sistemática 11 DE NOVEMBRO Anos, de Paulo Rocha de Carlos Avilez, CITAC → Composição de alguns de Augusto Cabrita → Mudar DE Vida publicado no de guitarra portuguesa, → Promoção de julgamento → Composição de alguns → Composição da música temas da curta-metragem → Colaboração no álbum EP Columbia Diário de Lisboa, desistindo das aulas do processo de Manuel temas da curta-metragem da peça A Casa de Tráfego e Estiva, Meu País, de Cecília Melo, → ANTÓNIO MARINHEIRO em 23 de Novembro particulares de violino Rolo Antunes, no qual P.X.O., de Pierre Kast e Bernarda Alba, de García de Manuel Guimarães editado pela Decca EP Columbia → «Variações Sobre com D. Olímpia de Alarcão Carlos Paredes é um Jacques Doniol-Valcroze Lorca, Teatro Experimental → ROMANCE N.O 2 → Integra a representação → Actuação em diversas a Música Ligeira», 1939 dos arguidos → CARLOS PAREDES de Cascais EP Columbia oficial portuguesa sessões
Recommended publications
  • The Nature of Portuguese Cinema: Environment on the Silver Screen PATRÍCIA VIEIRA Georgetown University
    The Nature of Portuguese Cinema: Environment on the Silver Screen PATRÍCIA VIEIRA Georgetown University Abstract: This article analyzes the representation of nature in Portuguese cinema from the silent era to contemporary productions. I argue that cinematic depictions of the environment reflect the socio-economic and political changes Portugal went through in the past century. Early films showcased natural beauty, together with local traditions, and created what I define as a “domesticated natural sublime.” Estado Novo filmography portrayed nature as a godlike entity that could both be the source of adversity and a loving, nurturing mother and presented authority figures as instantiations of this powerful force. Salazarist films also praised the countryside to the detriment of city life, a dichotomous view of the environment that continued in movies from the democratic period. In more recent work, we witness the development of an ecological consciousness, as films meditate upon the relation between humanity and the environment in late modernity. Keywords: Regionalism; domesticated natural sublime; environmentalism; ecology Nature inconspicuously creeps into film, insinuating itself into a shot, framing a sequence and ultimately coloring the entire movie as the backdrop for human action. Unlike literary works, where descriptions are optional, cinema cannot but depict the landscape—the sky, the sea or a mountain, plants and animals— 112 Journal of Lusophone Studies 2.1 (Spring 2017) as the background for events captured by the lens.1 Often out of focus, decorating the edges of the frame where humans take center stage, the representation of natural elements in many cinematic productions is symptomatic of a widespread attitude towards the environment, which is taken for granted as décor or as a commodity that is and always will be simply there, ready for human appropriation.
    [Show full text]
  • CHAPTER 2 ‘From the Night and the Light, All Festivals Are Golden’: the Festivalization of Culture in the Late Modernity1,2
    CHAPTER 2 ‘From the night and the light, all festivals are golden’: The festivalization of culture in the late modernity1,2 Paula Guerra Abstract Festivals have been stated as important forms of social and cultural participation. In the twenty‐first century, all countries have been faced with a number of annual2 festivals, but also by diversifying the type of festivals, its location and its audiences. The festival model has expanded all over the world and became globalize. With this model emerged the so‐ called ‘festivalization of culture’. Portugal was no different in this phenomenon. The main purpose of this chapter is to explore the Portuguese festival dynamics. These dynamics have the function of globalization coding, marketing and culture of media coverage, mobilizing thousands of actors on the supply side, in mediation and on the demand side. There are several elements that prove this in Portugal: unprecedented evolution in the number of festivals over the past two decades; the spread of festivals around the country, especially in its Atlantic coast and in metropolitan areas; the exponential increase of the habitués; the weight of the turnover of the festivals in the statement of accounts culture and cultural industries; the importance of festivals for the launch and projection of the bands; and, above all, the design of a new way of life in an environment marked by consumptions, appropriations and embodiments of practices, associated with experience and sociability of the festival. 1 This chapter result of an intensive research carried out since 2005, anchored in three projects. The first, developed between 2005 and 2009, Urban cultures and youth lifestyles: Scenery, sounds and aesthetic in contemporary Portuguese (SFRH / BD / 24614/2005), at the Institute of Sociology of the University of Porto (IS‐UP), coordinated by the author of this article and funded by the Science and Technology Foundation (FCT).
    [Show full text]
  • Another Technology Transforming the Music Industry: Blockchain
    Another technology transforming the Music Industry: Blockchain Written by Miguel Carvalho Marques Student Number: 152117090 Dissertation written under the supervision of Gonçalo Saraiva Dissertation submitted in partial fulfilment of requirements for the MSc in Management with Specialization in Strategy and Entrepreneurship, at Católica-Lisbon School of Business & Economics April 2019 ABSTRACT Title: Another technology transforming the Music Industry: Blockchain Author: Miguel Marques The blockchain is an emerging technology, receiving increased attention due to its applicability in several different areas of business, among other reasons. One of the possible applications of blockchain is in the music industry. New ventures exploring this subject have been appearing, offering a range of different solutions to some of the most pressing issues in the industry. Past literature focused on the technology and how its specificities can help in changing a culture of lack of transparency and inefficiency in the revenue streams, ultimately harming the artists. This study starts by providing a detailed picture of the music industry, their several actors, their functions and relationships, only then framing blockchain in this network. By collecting insights from different players in the music industry, positioned along the value chain and with heterogenous interests, the research goes further in understanding their vision on the industry. It is learned that there are two contrasting dimensions in it, one of which is seemingly more accessible to the new platforms. Moreover, the pain points identified are confirmed by the music community, even though other issues seem to be more critical. Considering this, the level of attractiveness of the industry for the blockchain projects is assessed and a new limitation to its market penetration is discovered: the lack of knowledge on the subject existing in the music community today.
    [Show full text]
  • Sons De Abril: Estilos Musicais E Movimentos De Intervenção Político-Cultural Na Revolução De 19741
    Revista Portuguesa de Musicologia 6, Lisboa, 1996, pp. 141-171 Sons de Abril: estilos musicais e movimentos de intervenção político-cultural na Revolução de 19741 MARIA DE SÃO ]OSÉ CORTE-REAL STE artigo consiste numa reflexão sobre o fenómeno «Sons Ede Abril», definindo-o numa perspectiva de relacionamento entre estilos musicais e movimentos de intervenção político• cultural associados à Revolução de 1974. Partindo de um corpus de música seleccionado de entre o vasto repertório designado correntemente por «música de intervenção» e «música popular portuguesa»/ foram consideradas três situações de relevância social, fortemente interligadas e concorrentes para a definição do fenómeno em estudo: o desenvolvimento político em Portugal sob o regime ditatorial marcadamente autoritário, a Guerra Colonial que mobilizou massivamente a geração da década de sessenta e a consequente fuga para o estrangeiro, nomeadamente para Paris, que tal como outros centros urbanos, albergou a juventude exilada de Portugal. Cada uma destas situações exerceu influências marcantes no desenvolvimento da cultura expressiva em geral e da música em particular em Portugal. A influência de compositores e intérpretes franceses, assim como o trabalho pontual de algumas editoras discográficas foram de importância capital no domínio da canção de intervenção em Portugal. Necessariamente, muitos compositores e intérpretes, assim como obras de relevo ficarão por citar. A inexistência de um estudo sistemático sobre esta matéria revela uma lacuna no conhecimento da cultura expressiva recente em Portugal. O texto original deste artigo foi apresentado numa conferência interactiva realizada na Fonoteca Municipal de Lisboa em 1995, integrada nas comemorações do 21.0 aniversário da Revolução de 1974. Ainda que adaptado ao novo suporte, a sua redução ao formato escrito acarreta necessariamente a amputação de um amplo leque de referências inerentes ao desempenho musical característico dos «Sons de Abril».
    [Show full text]
  • Fado of Coimbra, Intangible Heritage with Touristic Value
    Rosa dos Ventos ISSN: 2178-9061 [email protected] Universidade de Caxias do Sul Brasil Beyond Sight and Sound: Fado of Coimbra, Intangible Heritage with Touristic Value COSTA, JOANA; NOSSA, PAULO NUNO Beyond Sight and Sound: Fado of Coimbra, Intangible Heritage with Touristic Value Rosa dos Ventos, vol. 9, no. 4, 2017 Universidade de Caxias do Sul, Brasil Available in: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=473552032004 DOI: https://doi.org/10.18226/21789061.v9i4p557 PDF generated from XML JATS4R by Redalyc Project academic non-profit, developed under the open access initiative JOANA COSTA, et al. Beyond Sight and Sound: Fado of Coimbra, Intangible Heritage with Touristic Va... Artigos Beyond Sight and Sound: Fado of Coimbra, Intangible Heritage with Touristic Value Para além da Vista e do Som: Fado de Coimbra, Património Imaterial com Valor Turístico JOANA COSTA DOI: https://doi.org/10.18226/21789061.v9i4p557 Universidade de Coimbra, Portugal Redalyc: https://www.redalyc.org/articulo.oa? [email protected] id=473552032004 PAULO NUNO NOSSA Universidade de Coimbra, Portugal [email protected] Received: 20 March 2017 Accepted: 20 July 2017 Abstract: On June 22nd, 2013, the University of Coimbra – Alta and Sofia was classified as a World Heritage Site. e World Heritage Committee added a sixth criterion to the Unesco list, distinguishing a particular cultural asset “directly or tangibly associated with a set of events, living traditions, ideas or beliefs, with aesthetic or literary works of outstanding universal significance”: Fado of Coimbra. Over time, this tradition has proven to be an aesthetic expression of lyricism and musicality and, together with a culture devoted to the dissemination of knowledge and the Portuguese language, it has made an inestimable contribution to the distinction awarded to the University of Coimbra.
    [Show full text]
  • Representations of Youth(S) in Some Musical Hits from the British Sixties1[1]
    Ten Years That Shook The World: Representations Of Youth(S) In Some Musical Hits From The British Sixties1[1] Miguel Alarcão Universidade Nova de Lisboa 1 This paper is affectionately dedicated to the memory of Rita Margarida Saraiva Coelho (1992- 2013), an undergraduate student in Modern Languages, Literatures and Cultures (English and North-American Studies) at FCSH-UNL, whom I met in two courses lectured in 2012-13 and which were greatly enriched by her enthusiasm and the brightness of her young eyes and smile. 53 Gaudium Sciendi, Nº 13, Dezembro 2017 2 "Let us die young or let us live forever. (…) Forever young, I wanna be forever young." (Alphaville, Forever Young, 1984) "Tonight, we are young. So let’s set the world on fire. We can burn brighter Than the sun." (Fun, We are young, featuring Janelle Monáe, 2011) shall start by quoting Arthur Marwick’s introductory words, just before singling out "(…) youth culture and trend-setting by young people (…)" I (1998: p. 3) as one of the decade’s most prominent features: 2 BIONOTE: Miguel Nuno Mercês de Mello de Alarcão e Silva has a BA (Modern Languages and Literatures, 1981), a MA (Anglo-Portuguese Studies, 1986) and a PhD (English Culture, 1996) awarded by UNL, where he has been lecturing since 1983, currently holding the post of Associate Professor at the Department of Modern Languages, Literatures and Cultures of the Faculty of Social and Human Sciences, New University of Lisbon, where he also collaborates as a Researcher at CETAPS. As single author he published Príncipe dos Ladrões: Robin Hood na Cultura Inglesa (c.
    [Show full text]
  • O Processo De Internacionalização Da Música Portuguesa: Contexto Histórico, Desafios Atuais E Futuro
    O Processo de Internacionalização da Música Portuguesa: contexto histórico, desafios atuais e futuro Joaquim Paulo da Cruz Oliveira Dissertação de Mestrado Mestrado em Empreendedorismo e Internacionalização Porto – abril de 2014 INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO O Processo de Internacionalização da Música Portuguesa: contexto histórico, desafios atuais e futuro Joaquim Paulo da Cruz Oliveira Dissertação de Mestrado apresentada ao Instituto de Contabilidade e Administração do Porto para a obtenção do grau de Mestre em Empreendedorismo e Internacionalização, sob orientação do Professor Doutor Freitas Santos Porto – abril de 2014 INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO Resumo O presente trabalho aborda a problemática da internacionalização da música portuguesa, referindo o contexto histórico da sua evolução (internacional e nacional), os desafios atuais que se colocam às empresas e músicos decorrente da digitalização da música, traçando-se depois alguns cenários de futuro. Desde a sua origem e implementação como indústria que a música portuguesa tem apresentado dificuldades de se internacionalizar. Se tal se deve, em grande parte, ao isolamento a que o país esteve sujeito durante o regime do Estado Novo, a situação pouco se alterou com a revolução de 25 de abril de 1974. Era suposto que o surgimento do digital, aliado a novas tecnologias de divulgação e partilha e a menores custos de produção alterassem a situação. No entanto, num mundo cada vez mais globalizado, Portugal parece continuar a padecer do isolamento e da sua condição geograficamente periférica. O que verdadeiramente acontece é que, o verdadeiro problema, hoje e sempre, reside na falta de apoios e de estruturas profissionais que permitam alavancar a música portuguesa no seu processo de internacionalização e exportação como um bem consumível, gerador de emprego e de retorno económico.
    [Show full text]
  • The Portuguese Guitar: History and Transformation of an Instrument Associated with Fado
    THE PORTUGUESE GUITAR: HISTORY AND TRANSFORMATION OF AN INSTRUMENT ASSOCIATED WITH FADO NUNO JOSÉ DOS SANTOS ANAIA CRISTO A THESIS SUBMITTED TO THE FACULTY OF GRADUATE STUDIES IN PARTIAL FULFILLMENT OF THE REQUIREMENTS FOR THE DEGREE OF MASTER OF ARTS GRADUATE PROGRAM IN MUSIC YORK UNIVERSITY TORONTO, ONTARIO JANUARY 2014 © Nuno José dos Santos Anaia Cristo 2014 ABSTRACT Since the mid-nineteenth century the Portuguese guitar has been connected to the fado genre. Over the years, both the instrument and the song genre have experienced significant transformations, at times related to aesthetic changes, at other times conditioned by social, political and economic alterations. This thesis focuses on the historic organological development of the Portuguese guitar, as an instrument associated with fado, and explores how the Lisbon guitar model has been progressively replaced by the Coimbra guitar model (both in practice and iconic symbolism). I argue that this tendency is related to the current new era of Portuguese guitar practice with its origins in the post-revolutionary period lived in Portugal after the political overthrow in 1974. My study is based on the review and analysis of the most recent works on the subject, fieldwork among players and makers, iconographic and archival research, and my own experience as a player and maker of both models of the Portuguese guitar. ii DEDICATION To my parents iii ACKNOWLEDGMENTS Many thanks to: York University for the 2012 GS-CUPE Unit 1 Graduate Financial Assistance - Dom Award. The Faculty of Graduate Studies for the allocation of the 2012-2013 Fieldwork Fund, without whose generous financial assistance this research would have not been possible; My supervisor Louise Wrazen and secondary reader Judith Cohen for all their encouragement, help and insightful advice throughout this process; My teachers at York University: Rob van der Bliek, Robert Witmer, Robert Simms, Trichy Sankaran, and Sherry Johnson.
    [Show full text]
  • 2530Booklet.Pdf
    ENGLISH P. 2 PORTUGUÊS P. 9 DEUTSCH S. 17 INTRODUCTION All towns have places of ‘cult’ – a monument, a square, a river. There The work presented here speaks of this. Musicians of many types of music is also a song – the Canção de Coimbra (Song of Coimbra) – that belongs fulfil a ritual repeated a thousand times – that of singing the Canção de to Coimbra but also belongs everywhere else. The guilty party is D. Dinis, Coimbra with the correct sounds, which is the voice, the guitar and the King of Portugal, who one day in March 1290 decided to sign the Scientiae guitarra portuguesa – the usual sounds in this type of fado – but also the thesaurus mirabilis, a decree which founded the University of Coimbra. It is piano, double bass and trumpet – which due to the fact that they are new not known whether it was due to his love of knowledge or whether it was and vital, are also presented here. Some may say that ‘according to tradition’ inspired by his being a troubadour, a master of words both of love and satire. these sounds do not belong here. D. Dinis does not agree. He believes that tradition only became so when musicians from all over – including those It is however certain that the seed planted there by this king found fertile present right now! – have decided to add melodies and sounds to the words soil, grew and produced rich fruits. that he knew how to write, of love and other human realities. And this is the Some may say that the fruit of a University is its professors – and this is present and the future.
    [Show full text]
  • A Festa Do Avante! : Um Festival Igual Aos Outros?
    A Festa do Avante! : Um Festival Igual aos Outros? Marta Sofia Ferreira Nunes Leitão Pinheiro Trabalho de Projecto de Mestrado em Práticas Culturais para Municípios Abril de 2014 Trabalho de Projecto apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Práticas Culturais para Municípios realizado sob a orientação científica do Professor Doutor António Camões Gouveia e do Professor Doutor Carlos Vargas. i Declaro que este tese Trabalho de Projecto é o resultado da minha investigação pessoal e independente. O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia. O candidato, ____________________ Lisboa, .... de ............... de ............... Declaro que esta Dissertação / Relatório / Trabalho de Projecto se encontra em condições de ser apreciado pelo júri a designar. O(A) orientador(a), ____________________ Lisboa, .... de ............... de .............. ii Ao Hugo, eterno amigo iii Agradecimentos Ao Professor Doutor António Camões Gouveia e ao Professor Doutor Carlos Vargas, meus orientadores, quero deixar o meu maior agradecimento pela paciência e dedicação durante esta etapa. Estarei eternamente grata aos meus pais, por todo o investimento ao longo da minha formação, sem eles e o seu apoio não me teria sido possível chegar até aqui. À minha irmã e também amiga, Cátia, por todos os conselhos, sempre companheira ao longo de todo este percurso, e à restante família o meu especial carinho. O meu caloroso agradecimento a todos os meus amigos, por durante esta jornada terem demonstrado o seu apoio e compreensão. Em especial à Joana e ao Diogo meus companheiros de Avante! e de Biblioteca. E à Daniela e ao Vicente pela dedicação, críticas, troca de ideias, disponibilidade e preocupação.
    [Show full text]
  • Registering Protest: Voice, Precarity, and Return in Crisis Portugal
    Dickinson College Dickinson Scholar Faculty and Staff Publications By Year Faculty and Staff Publications 2-2016 Registering Protest: Voice, Precarity, and Return in Crisis Portugal Lila Ellen Gray Dickinson College Follow this and additional works at: https://scholar.dickinson.edu/faculty_publications Part of the Musicology Commons Recommended Citation Gray, Lila Ellen. "Registering Protest: Voice, Precarity, and Return in Crisis Portugal." History and Anthropology 27, no. 1 (2016): 60-73. This article is brought to you for free and open access by Dickinson Scholar. It has been accepted for inclusion by an authorized administrator. For more information, please contact [email protected]. History and Anthropology, 2016 Vol. 27, No. 1, 60–73, http://dx.doi.org/10.1080/02757206.2015.1113409 Registering Protest: Voice, Precarity, and Return in Crisis Portugal Lila Ellen Gray This article examines the circulation and reception of a song that catalyzed a youth move- ment and widespread protest in 2011 Portugal. Through a theorization of “register”,it argues for the importance of attending to micro-shifts in aesthetic form, engagement, and response, to understanding macro-shifts in public and political feeling. Keywords: Portugal; Protest Song; Crisis; Europe In November 2012, Spain and Portugal organize synchronized labour strikes; workers in Italy and Greece protest in solidarity.1 In February 2013, anti-austerity protesters occupy the parliament in Lisbon singing an iconic protest song from the 1974 Portu- guese revolution. The following evening different protesters sing the same song in Madrid.2 Graffiti in an abandoned industrial zone in Cacilhas (across the river Tagus from Lisbon), in July 2013, states, Somos Todos Gregos (“We are all Greeks”) (Figure 1).
    [Show full text]
  • Manuel Alegre
    Manuel Alegre Manuel Alegre nasceu em 1936 e estudou na Faculdade de Direito de Coimbra, onde participou activamente nas lutas académicas. Cumpriu o serviço militar na guerra colonial em Angola. Nessa altura, foi preso pela polícia política (PIDE) por se revoltar contra a guerra. Após o regresso exilou-se no norte de África, em Argel, onde desenvolveu actividades contra o regime de Salazar. Em 1974 regressou definitivamente a Portugal, demonstrando, nos vários cargos governamentais que tem desempenhado ao longo dos anos, uma intervenção fiel aos ideais da Liberdade. A sua poesia foi e é um hino à Liberdade e, talvez seja por isso que é lembrada por muitos resistentes que lutaram contra a ditadura. É considerado o poeta mais cantado pelos músicos portugueses, designadamente Adriano Correia de Oliveira, José Afonso, Luís Cília, Manuel Freire, António Portugal, José Niza, António Bernardino, Alain Oulman, Amália Rodrigues, Janita Salomé e João Braga. E alegre se fez triste Aquela clara madrugada que Viu lágrimas correrem no teu rosto E alegre se fez triste como se chovesse de repente em pleno Agosto Ela só viu meus dedos nos teus dedos Meu nome no teu nome e demorados Viu nossos olhos juntos nos segredos Que em silêncio dissemos separados A clara madrugada em que parti Só ela viu teu rosto olhando a estrada Por onde o automóvel se afastava E viu que a pátria estava toda em ti E ouviu dizer adeus essa palavra Que fez tão triste a clara madrugada Que fez tão triste a clara madrugada Temas: Partida, Dor, Sofrimento Manuel Alegre – intertextualidade com lírica camoniana Nambuangongo Meu Amor Em Nambuangongo a gente pensa que não volta cada carta é um adeus em cada carta se morre Em Nambuangongo tu não viste nada cada carta é um silêncio e uma revolta.
    [Show full text]