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2018

GOVERNADOR DO ESTADO DO

LUIZ FERNANDO DE SOUZA

SECRETÁRIO DE ESTADO DE AGRICULTURA E PECUÁRIA

ALEX GRILLO

EMATER-RIO

DIRETORA - PRESIDENTE

STELLA ALVES BRANCO ROMANOS

DIRETOR TÉCNICO

RICARDO AUGUSTO ROSA MANSUR

DIRETORA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

MAGDA RENATA REGO SANTOS

COORDENADOR DE PLANEJAMENTO

JOÃO BATISTA ALVES PEREIRA

COORDENADOR DE OPERAÇÕES

LUIZ SÉRGIO AZEREDO MEDEIROS

GERENTE TÉCNICO ESTADUAL

HERVAL FERNANDES LOPES DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

2 Conteúdo

Introdução ...... 4 Produção e Faturamento dos Produtos Madeireiros ...... 4 Heveicultura ...... 6 Estabelecimentos no Rio de Janeiro com Silvicultura ...... 7 Área da Silvicultura no Estado do Rio de Janeiro ...... 8 Área Colhida pela Silvicultura no Estado do Rio de Janeiro ...... 9 Área da Silvicultura nas Regiões segundo a EMATER-RIO ...... 15 Região Sul ...... 15 Região Serrana ...... 19 Região Centro ...... 22 Região Norte ...... 24 Região Noroeste ...... 26 Faturamento da Silvicultura no Estado do Rio de Janeiro ...... 28 Culturas para Produção de Palmito ...... 29 Estabelecimentos ...... 29 Produção ...... 30 Área Colhida e Plantada ...... 31 Faturamento ...... 32 Extrativismo da Aroeia (Schinus terebinthifolius ) para Pimenta Rosa ...... 33 Estabelecimentos ...... 34 Área de Exploração ...... 34 Produção ...... 35 Faturamento ...... 37 Autores e Técnicos Especializados ...... 38 Bibliografia Consultada ...... 39 Arquivos das Bibliografias ...... 39 Anexo: Planilha com os dados originais do levantamento de 2018 ...... 40

3 RELATÓRIO DA SILVICULTURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - 2018 Introdução Levantamento da silvicultura econômica realizado pela EMATER-RIO em 2018, possibilitou conhecer o número de estabelecimentos existentes, área plantada (floresta em pé), área com novos plantios (área nova no ano), área colhida no ano e faturamento anual do setor, estes indicadores caracterizaram as culturas e os produtos comercializados. Estas informações foram analisadas por regiões de governo e também pela divisão do estado em regiões adotadas pela EMATER-RIO. A metodologia usada pelos técnicos da EMATER-RIO foram análogas ao Acompanhamento Sistemático da Produção Agrícola (ASPA), contudo, existe uma proposta em desenvolvimento com uso do Google Earth (Figueira, I.V.O.F e Martins, R.N., 2009) e Sistema de Informação Geográfica (mapa 4). Neste relatório será apresentado um exemplo no município de para mostrar um pouco da metodologia. Foram obtidos os seguintes dados consolidados:

Indicadores 2018 Número de estabelecimentos 1.279 unidades Área plantada (hectares) 25.471 hectares Área com novos plantios (hectares) 949 hectares Área colhida (hectares) 2.609 hectares Produção de madeira em m³ 643.009,96 m³ Faturamento total R$ 28.824.627,15 Área plantada (ha) pelo nº total de estabelecimentos 20 ha / estabelecimentos Área colhida (ha) pelo nº de estabelecimentos envolvidos 36,7 ha / estabelecimentos Faturamento pela área colhida R$ 11.048,15 / ha Produção de madeira em m³ pela área colhida 246,46 m³ / ha

Produção e Faturamento dos Produtos Madeireiros No que diz respeito, a estimativa da produção e faturamento, os cálculos tiverem como base a área colhida e os dados da pesquisa desenvolvidos por instituições de referência no Rio de Janeiro para o setor de florestas plantadas. A produtividade estimada para as culturas são:  Eucalipto foi realizada considerando rendimento médio de 30 m³/ ha/ ano, num tempo médio para o corte de 5 anos, ou seja, aproximadamente 150 m³ (Figueira, 2009).

 Cedro Australiano foi estimada considerando rendimento médio de 15 m³/ ha/ ano, num tempo médio para o corte de 12 anos (Souza, 2010).

 Sabiá considerou rendimento médio de 7 m³/ ha/ ano, num tempo médio para o corte de 6 anos (Barbosa, 2008).

 Pinus considerou rendimento médio de 30 m³ / ha / ano, num tempo médio para o corte de 15 anos (Aguiar, 2014).

4 Quanto aos produtos levantados na comercialização da Silvicultura, foram utilizadas informações da publicação: ESTUDOS DE MERCADO - Consumo de Produtos de Base Florestal, FIRJAN, 2012. A medida que se avança na cadeia produtiva, há o incremento no processo de adição de valor. A madeira em pé, por exemplo, vale R$ 40,00 o metro cúbico, enquanto a madeira em toras vale R$ 65,00. A madeira serrada, que passa por poucos processos de beneficiamento, custa cerca de R$ 450 o metro cúbico. Os compensados, que requerem um tratamento sofisticado, já apresentam valor em torno de R$ 790,00 o metro cúbico. Estima-se que no estado do Rio de Janeiro consuma-se 294,5 mil m³ de cavaco, 127,6 mil m³ na forma de resíduos madeireiros, 125,2 mil m³ na forma de madeira in natura para processamento mecânico. O consumo de mourões pela agropecuária é de aproximadamente 2,0 mil m³ por ano. Normalmente, alguns produtores costumam obter preços melhores quando conseguem fazer o próprio corte e vender o produto com algum tipo de beneficiamento, por exemplo: mourões tratados, carvão ensacado e palets. De acordo com a bibliografia citada, seguem as definições dos produtos florestais encontrados no Rio de Janeiro:  lenha: pequenas toras de madeira, in natura, roliça e com casca utilizada para geração de energia e vapor ou no tratamento, produção de serrados.  escoras: são toras finas e compridas com a forma de pilares destinados ao escoramento provisório de lajes e vigas.  toras: madeiras obtidas de árvores mais velhas e com diâmetros acentuados usadas para produzir lascas para mourões, mochos, postes, pranchões e dormentes.  mourões: madeira in natura descascada ou com algum beneficiamento por tratamento químico preservativas, protegendo-a da ação de agentes deterioradores. Alem destes, os principais produtos de madeira tratados com métodos preservativos são:  carvão: produto da carbonização da madeira in natura, o carvão vegetal é utilizado na siderurgia como fonte redutora na produção do ferro-gusa, bem como em residências e restaurantes (saco de carvão) para geração de calor.  palets: o 'pallet', é considerado um tipo de embalagem de madeira. Consiste de uma plataforma destinada a suportar cargas que permite e facilita a movimentação mecanizada de containers por meio de empilhadeira. A máquina usada para produção de palets é relativamente pequena e viável em médias propriedades rurais. Carvão -  poste: é considerado um tipo de "tora". São madeiras de árvores mais velhas e com diâmetro acentuado que recebem tratamento.  madeira serrada: pode ser definida como peças em forma de paralelepípedo obtidas por meio do desdobro de toras em serras, o que representa um tipo de transformação primária da madeira. Dependendo do formato e das dimensões das peças, os serrados possuem diversas denominações, tais como: vigas, tábuas, pranchas, pontaletes, sarrafos, ripas e caibros.  celulose: A celulose é um subproduto do processamento de madeira in natura transformada quimicamente em uma pasta para a produção de papel. Existem alguns plantios no Rio que foram fomentados pela Aracruz, hoje Fibria, e que estão prontos para serem cortados.

Palets -

5 Heveicultura Este levantamento também leva em consideração as áreas com florestas de seringueira. O produto fim da Heveicultura é a borracha natural e normalmente é comercializada na forma de coágulo. Os primeiros seringais instalados no Estado do Rio de Janeiro, em meados da década de 80, ocorreram em diversos municípios, como por exemplo, Silva Jardim, Casimiro de Abreu e São Sebastião do Alto. Até o início da década de 90, foram implantados 18 seringais no estado numa área de aproximadamente 230 hectares (Oliveira, 2009). Atualmente, somente Silva Jardim e Porciúncula estão mantendo a produção de látex no Rio de Janeiro. Os resultados consolidados estão apresentados abaixo.

Indicadores 2018 Número de estabelecimentos 15 unidades Área plantada 210,5 ha Área em produção 45 ha Produção de coágulo 67,5 ton. Faturamento total R$ 151.800,00

Sangria em Silva Jardim. Floresta de Seringueira em Silva Jardim

Sangria da Seringueira realizada em Silva Jardim

6 Estabelecimentos no Rio de Janeiro com Silvicultura No levantamento realizado pela EMATER-RIO, para o ano de 2018, foi encontrado 1.279 estabelecimentos de cultivos florestais. Destacamos que 47% do total de estabelecimentos encontram-se na região Serrana, conforme o Estado e 48% conforme a EMATER-RIO. A lenha participou com 54% dos estabelecimentos no estado (tabela 3). Nos mapas temáticos 1 e 3 os resultados estão distribuídos nas regiões do Estado e EMATER-RIO, respectivamente.

REGIÃO DO ESTADO ESTABELECIMENTO (Nº) REGIÃO DA EMATER-RIO ESTABELECIMENTO (Nº) Serrana 605 Serrana 610 Norte 242 Norte 243 Noroeste 109 Sul 185 Centro Sul Fluminense 98 Centro 131 Baixadas Litorâneas 95 Noroeste 109 Médio Paraíba 92 TOTAL GERAL 1.279 Metropolitana 35 3 TOTAL GERAL 1.279

Participação das Regiões

Serrana 0% 3% Norte 7% 7% Noroeste

8% 47% Centro Sul Fluminense 9% Baixadas Litorâneas Médio Paraíba 19% Metropolitana Costa Verde

Total de Estabelecimentos por Região do Estado

Participação das Regiões

9% 10% Serrana 48% Norte 14% Sul

Centro 19% Noroeste

Total de Estabelecimentos por Região da EMATER-RIO

7 PRODUTO ESTABELECIMENTO (Nº) Participação por Produto lenha 691 1% escoras 248 lenha 1% escoras 4% 2% 1% 0% mourão 144 mourão 7% mad. construção 93 mad._construção ind. moveleira 45 11% ind._moveleira palets e caixarias 22 54% palets_e_caixarias coágulo coágulo 15 19% carvão carvão 12 celulose celulose 6 tora tora 3 Total de Estabelecimentos por Produto TOTAL GERAL 1.279 Tabela 3: Estabelecimentos por produtos

Área da Silvicultura no Estado do Rio de Janeiro A EMATER-RIO, em 2018, levantou a área total existente da Silvicultura no Estado do Rio de Janeiro encontrando 25.471 ha. Na tabela 4 estão às áreas por região de Governo do Estado do Rio de Janeiro. A região do Médio Paraíba com 10.894 ha é à região com a maior área plantada do estado e participou com 43%. No mapa 1 pode ser observado a distribuição das áreas de plantio nas regiões do Estado.

REGIÃO DO ESTADO ÁREA (HA) % Participação das Regiões do Estado na Médio Paraíba 10.894 43% Área de Plantio Serrana 5.260 21% 0% Médio Paraíba 6% 5% Centro Sul Fluminense 2.610 10% 6% Serrana 43% Baixadas Litorâneas 2.400 9% 9% Centro Sul Fluminense Baixadas Litoraneas Metropolitana 1.602 6% 10% Metropolitana Norte 1.400 6% 21% Norte Noroeste 1.299 5% Noroeste

Costa Verde 4 0% Costa Verde

TOTAL GERAL 25.471 Total da Área Plantada (ha)

Tabela 4: Área Plantada (ha) nas Regiões de Governo do Estado

Na tabela 5 abaixo estão às áreas de cada região da EMATER-RIO. A região Sul, com 13.411 ha é à região com a maior área plantada no Estado e participou com 53%.

REGIÃO ÁREA (HA) % Participação das Regiões da EMATER-RIO na Sul 13.411 53% Área de Plantio 5% Serrana 5.354 21% 7% Centro 3.592 14% 14% Sul Serrana Norte 1.815 7% 53% Centro Noroeste 1.300 5% 21% Norte TOTAL GERAL 25.471 Noroeste

Tabela 5: Área Plantada (ha) nas Regiões - EMATER-RIO Totalda Área Plantada (ha)

A maior concentração de florestas plantadas encontra-se em Resende (29%), seguidos por Duas Barras (6%), Teresópolis (4%), Paraíba do Sul (4%) e São Pedro da Aldeia (4%). No mapa 2 estão representados as áreas de plantio por município e, no mapa 3, nas regiões da EMATER-RIO.

8

MUNICÍPIO Área total (ha) % Resende 7.350,00 29% Duas Barras 1.510,00 6% Teresópolis 1.067,00 4% Paraíba do Sul 1.053,00 4% São Pedro da Aldeia 1.000,00 4% Seropédica 942,00 4% Santa Maria Madalena 892,90 4% Valença 870,00 3%

Volta Redonda 660,00 3%

Barra Mansa 632,00 2%

Três Rios 523,00 2%

Nova Friburgo 490,00 2% 422,00 2% 415,00 2% Eucalipto com 5 anos em Valença 405,00 2% Conceição de Macabu 404,00 2% Barra do Piraí 395,00 2% Comparativo da Área Florestal de 359,40 1% Resende e a do Estado São Francisco de Itabapoana 353,00 1% 350,00 1% 29%

Tabela 6: Os vinte (20) municípios com maior área plantada. 71% MUNICÍPIO DE RESENDE DEMAIS MUNICÍPIOS DO ESTADO

ÁreaPlantada por Município

Área Colhida pela Silvicultura no Estado do Rio de Janeiro A área colhida de produtos florestais no estado em 2018 é de 2.609 ha. Os produtos mais colhidos foram a lenha (63%) e toras (8%). As regiões das Baixadas Litorâneas com 887 ha (34%) e Serrana com 500 ha (19%) foram as que mais realizaram cortes florestais no Estado. A cultura do Eucalipto (3.258 ha) representou 95% das áreas cortadas. Nos mapas 1 e 3 os resultados estão distribuídos nas regiões segundo o Governo de Estado e pela EMATER-RIO, respectivamente.

PRODUTOS ÁREA COLHIDA (ha) Área Colhida por Produtos Florestais no lenha 1.650 Estado (ha) lenha tora 205 4% 3% 2% 1% tora escoras 188 6% 6% escoras mourão 153 mourão carvão 143 7% carvão

palets e caixarias 100 8% 63% palets_e_caixarias mad._construção mad. construção 90 coágulo coágulo 63 celulose celulose 17 TOTAL GERAL 2.609 Área Colhida no Estado (ha)

Tabela 7: Área Colhida (hectares) por produto

9

REGIÃO DO ESTADO ÁREA COLHIDA (ha) Baixadas Litorâneas 887 Serrana 500 Centro Sul Fluminense 480 Médio Paraíba 377 Noroeste 209 Norte 81 Metropolitana 75 Costa Verde 0 TOTAL GERAL 2.609

Tabela 8: Área Colhida (ha) nas Regiões do Estado

Participação das Regiões do Estado na Área Colhida 3% 3% 8% Baixadas Litoraneas 34% 15% Serrana Centro Sul Fluminense Médio Paraíba 18% Noroeste 19% Norte Metropolitana

Totalda Área Colhida (ha)

Corte de Eucalipto em Sumidouro realizado em 2018 pelo na propriedade do Sr. Antônio da Rosa

10

REGIÃO DA EMATER-RIO ÁREA COLHIDA (ha) Centro 962 Sul 852 Serrana 505 Noroeste 209 Norte 81 TOTAL GERAL 2.609

Tabela 9: Área Colhida (ha) nas Regiões - EMATER-RIO

Área Colhida nas Regiões do Estado (EMATER-RIO)

3% 8%

37% Centro 19% Sul

Serrana

Noroeste

33% Norte

ÁreaColhida no Estado (ha)

CULTURA FLORESTAL ÁREA COLHIDA (ha) Eucalipto 2.539 Seringueira 63 Sabia 5 Pinus 2 TOTAL GERAL 2.609 Tabela 10: Área Colhida (hectares) por cultura

Área Colhida por Cultura Florestal no

0%Estado (ha) 0% 3%

Eucalipto Seringueira Sabia 97% Pinus

Área Colhida no Estado (ha)

11

Distribuição dos resultados nas Regiões do Estado

12 ''

Distribuição das áreas de plantios nos Municípios do Estado

13

Distribuição dos resultados nas Regiões da EMATER-RIO

14 Área da Silvicultura nas Regiões segundo a EMATER-RIO

Região Sul Os cultivos de florestas nos municípios da Região Sul, em 2018, ocupam área de 13.411,25 ha, representando 53% do Estado (vide tabela 5). O município de Resende se destacou com a maior área de silvicultura com 7.350 ha, onde participou com 29% da área estadual (tabela 6) e 55% da área da Região Sul (tabela 11). Paraíba do Sul com 1.053 ha participou com apenas 8% em relação aos demais municípios da região.

N° Município Área (ha) % N° Município Área (ha) % 1 Resende 7.350,00 55% 12 Petrópolis 180,48 1% 2 Paraíba do Sul 1.053,00 8% 13 Miguel Pereira 161,67 1% 3 Valença 870,00 6% 14 156,50 1% 4 660,00 5% 15 152,00 0% 5 632,00 5% 16 Mendes 30,00 0% 6 Três Rios 523,00 4% 17 Areal 28,00 0% 7 Barra do Piraí 395,00 3% 18 Engenheiro Paulo de Frontin 15,00 0% 8 Paty do Alferes 359,40 3% 19 Comendador Levy Gasparian 10,00 0% 9 Rio Claro 308,00 2% 20 5,00 0% 10 Piraí 269,20 2% 21 5,00 0% 11 250,00 1% TOTAL 13.411,25 ha

Tabela 11: Área Plantada (hectares) na Região Sul

Municípios da Região Sul - Área Plantada (ha) Barra Mansa vem se 1% 1% 1% 2% 2% destacando como forte 2% 3% produtor de Cedro 3% Australiano devido aos 4% trabalhos realizados por 5% uma empresa recentemente instalada 55% 5% no município. Atualmente, a área 6% plantada de Cedro é de 15 ha. 8%

Resende Paraíba do Sul Valença Volta Redonda Barra Mansa Três Rios Barra do Piraí Paty do Alferes Rio Claro Piraí Itatiaia Petrópolis Miguel Pereira Vassouras Rio das Flores Mendes Areal Engenheiro Paulo de Frontin Comendador Levy Gasparian Quatis Porto Real

15 Em Petrópolis os plantios de Eucalipto foram classificados em três grupos, de acordo com a sua finalidade: 1) Recuperação ambiental ou para usos como árvores adultas na indústria moveleira. Normalmente, são plantas antigas que estão servindo como “recuperação ambiental”, mas, podem ser cortadas e vendidas para indústria moveleira, como mourões, ou mesmo carvão. 2) Somente para recuperação ambiental: plantas muito antigas plantadas para segurar morros e barrancos. Não apresentam função econômica. 3) Plantio comercial. São plantas jovens (menos de 6/7 anos) plantadas com utilização de clones e podem ser comercializadas como carvão, escoras e lenha. Essa caracterização vem sendo verificada também no município de Resende. Sendo atualmente consideradas como reserva florestal porque os proprietários não receberam autorização de corte pelo órgão ambiental.

Floresta de Eucalipto em Petrópolis. Usada em Recuperação ambiental.

16

Floresta de Eucalipto em Resende. Era um plantio comercial, mas hoje compõe a Reserva Ambiental.

Floresta de Eucalipto em Resende. Plantio Comercial.

17

Floresta de Eucalipto em Resende. Plantio Comercial.

18 Região Serrana

Os cultivos de florestas nos municípios da Região Serrana, em 2018, ocuparam uma área de 5.353 ha, representando 21% do Estado (vide tabela 5). O município de Duas Barras se destacou com a maior área de silvicultura com 1.510 ha, onde participou com 28% da Região. Teresópolis com 1.067 ha participou com 20% em relação aos demais municípios da região. A venda para lenha, embora seja a menos rentável economicamente, ganhou força. Dos 153 produtores envolvidos na atividade, 110 produtores dedicam-se a comercialização da lenha. Os produtos oriundos da Silvicultura são: escora, lenha, mourão, carvão, palets e caxarias, chegando ao faturamento de R$ 1.575.415,00".

MUNICÍPIOS DA REGIÃO SERRANA ÁREA (ha) %

Duas Barras 1.510,00 28%

Teresópolis 1.067,00 20%

Santa Maria Madalena 892,90 17% 490,00 9% Sumidouro 299,83 6% Sapucaia 274,20 5% 200,00 4% São José do Vale do Rio Preto 164,00 3% Bom Jardim 126,00 2% Cantagalo 121,00 2% Cordeiro 65,00 1% Carmo 58,00 1% 48,00 1% São Sebastião do Alto 38,00 1% TOTAL DA REGIÃO 5.353,93

Tabela 12: Área Plantada (hectares) na Região Serrana

Eucalipto em Sumidouro. Plantio Comercial. (Fotos de Jader, supervisor local da Emater-Rio)

19 Municípios da Região Serrana - Área Plantada (ha)

1% 2% 2% 3% 4% 28% 5%

6%

9%

20%

17%

Duas Barras Teresópolis Santa Maria Madalena Nova Friburgo Sumidouro Sapucaia Trajano de Moraes São José do Vale do Rio Preto Bom Jardim Cantagalo Cordeiro Carmo Macuco São Sebastião do Alto

Floresta de Eucalipto em Duas Barras. Plantio comercial.

20

21 Região Centro

Na Região Centro, as áreas ocupadas com florestas plantadas foram de 3.591,69 ha, representando 14% do Estado. Na tabela 13 abaixo, estão às áreas por município. Podemos verificar que o município, com maior área de silvicultura da região é São Pedro da Aldeia com 1.000 ha, participando com 28% da região Centro.

MUNICÍPIOS DA REGIÃO CENTRO ÁREA (ha) %

São Pedro da Aldeia 1.000,00 27,84% Seropédica 942,00 26,23% Araruama 422,00 11,75% Silva Jardim 276,00 7,68% Casimiro de Abreu 239,00 6,65% Nova Iguaçu 230,00 6,40% São Gonçalo 166,00 4,62% 114,00 3,17% Itaboraí 76,19 2,12% Rio Bonito 37,00 1,03% 31,00 0,86% Rio de Janeiro 23,00 0,64% 17,50 0,49% Itaguaí 5,00 0,14%

Duque de Caxias 5,00 0,14%

Mangaratiba 4,00 0,11%

Japeri 4,00 0,11%

TOTAL DA REGIÃO 3.591,69

Tabela 13: Área Plantada (hectares) na Região Centro

Municípios da Região Centro - Área Plantada (ha)

1% São Pedro da Aldeia

3% 2% Seropédica 5% 28% 6% Araruama Silva Jardim 7% Casimiro de Abreu

Nova Iguaçu 8% São Gonçalo Cachoeiras de Macacu 12% 26% Itaboraí Rio Bonito

Cabo Frio

Rio de Janeiro

22

Foto com uma visão da Silvicultura de São Pedro da Aldeia.

Floresta de Eucalipto em São Pedro da Aldeia. Plantio comercial.

23 Região Norte

Na Região Norte, as áreas ocupadas com florestas plantadas totalizaram 1.815,00 ha, representando 7% do Estado. Na tabela 14 abaixo, estão às áreas por município. Podemos verificar que o município, com maior área de silvicultura da região é Rio das Ostras com 415 ha, participando com 23% na região.

MUNICÍPIOS DA REGIÃO NORTE ÁREA (ha) % Rio das Ostras 415 23%

Campos dos Goytacazes 405 22% Conceição de Macabú 404 22% São Francisco do Itabapoana 353 19%

Macaé 122 7% 35 2% São Fidélis 32 2% 25 1% Quissamã 24 1% TOTAL DA REGIÃO 1.815

Tabela 14: Área Plantada (hectares) na Região Norte

Municípios da Região Norte - Área Plantada (ha)

2% 1% 1% 2% Rio das Ostras 7% 23% Campos dos Goytacazes Conceição de Macabu 20% São Francisco de Itabapoana 22% Cardoso Moreira São Fidélis 22% Carapebus Quissamã São João da Barra

24 MAPA4:

Floresta de Eucalipto em Rio das Ostras cultivada para produção de celulose

25 Região Noroeste

Na Região Noroeste, as áreas ocupadas com florestas plantadas somam 1.299,27 ha, representando 5,10% do Estado. Na tabela 15 abaixo, estão às áreas por município. Podemos verificar que o município, com maior área de silvicultura da região é Itaperuna com 350 ha, participando com 27% na região.

MUNICÍPIOS DA REGIÃO ÁREA % NOROESTE (ha) Itaperuna 350,00 27% Varre Sai 300,00 23% 164,58 13% 131,5 10% Santo Antonio de Pádua 85,00 7% 70,00 5% Porciúncula 67,00 5% 59,00 5% Lage do Muriaé 45,00 3% 8,29 1% Natividade 16,00 1% São José de Ubá 3,00 0,2% TOTAL DA REGIÃO 1.299,37

Tabela 15: Área Plantada (hectares) na Região Noroeste

Municípios da Região Noroeste - Área Plantada (ha) 1% 1% 0% Itaperuna 3% 5% Varre-Sai 5% 27% 5% Bom Jesus do Itabapoana Miracema 7% Santo Antônio de Pádua Itaocara 10% Porciúncula 23% Cambuci 13% Laje do Muriaé Natividade Italva São José de Ubá

26

Floresta de Seringueira em Porciúncula. Imagem do Google Earth.

Floresta de Seringueira em Porciúncula, vista na imagem de satélite anterior e nesta fotografia do Street View, 2015.

27 Faturamento da Silvicultura no Estado do Rio de Janeiro Nos gráficos e tabelas abaixo se encontram as informações sobre o faturamento obtido pela atividade da silvicultura no Estado do Rio de Janeiro no ano de 2018, que obteve valores da ordem de R$ 28.824.627,15. Destaque para o Eucalipto que obteve o melhor faturamento, R$ 28,3 milhões. Os principais produtos que mais contribuíram para o faturamento bruto estadual foram: lenha, tora e mourão com R$ 9,3, R$ 4,8 e R$ 4,3 milhões, respectivamente. A região do Estado que obteve maior faturamento nesta atividade foi a Baixadas Litorâneas com R$ 13,8 milhões, sendo a cultura do Eucalipto, no município de São Pedro da Aldeia, responsável pela produção de 144 mil m³ de lenha (R$ 75,00/m³) e toras (R$ 80,00/m³), colhidos em 530 ha, resultando no maior faturamento para o setor no Estado com R$ 9,3 milhões, representando 32% do total do Estado.

CULTURA FATURAMENTO FLORESTAL (R$) Faturamento por Cultura Florestal Eucalipto R$ 28.351.327,15 no Estado (R$) Pinus R$ 245.000,00 1% 1% 0% Seringueira R$ 151.800,00 Sabiá R$ 76.500,00 Eucalipto TOTAL GERAL R$ 28.824.627,15 Pinus

Tabela 16: Faturamento por Cultura Florestal Seringueira Sabia 98%

Faturamento no Estado (R$)

PRODUTOS FATURAMENTO FLORESTAIS (R$) Faturamento por Produtos Florestais no lenha R$ 9.342.653,55 2% Estado (R$) lenha 1% 0% tora R$ 4.806.800,00 tora 6% mourão R$ 4.277.791,60 8% mourão 32% mad._construção mad. construção R$ 3.003.980,00 9% palets e caixarias R$ 2.596.040,00 palets_e_caixarias carvão carvão R$ 2.176.262,00 10% escoras escoras R$ 1.674.780,25 17% celulose 15% celulose R$ 594.519,75 ind._moveleira ind. moveleira R$ 200.000,00 coágulo coágulo R$ 151.800,00 TOTAL GERAL R$ 28.824.627,15 Faturamento no Estado (R$)

Tabela 17: Faturamento por Produto Florestal

28 Culturas para Produção de Palmito

Estabelecimentos A produção de Palmito no Estado do Rio de Janeiro é proveniente do cultivo de palmeiras das espécies Açaí, Pupunha e Palmeira Real Australiana. Nos municípios de e Paraty a cultura de Açaí é a responsável pela maior parte da produção, seguidas pelas culturas da Pupunha e Palmeira Real. Na tabela abaixo podemos verificar que Angra dos Reis e Paraty são os municípios com maior número de estabelecimentos, totalizando 337 produtores de palmito. A participação de Angra dos Reis é de 57,5% do Estado e Paraty com 24,3% é o segundo com maior número de estabelecimentos por município.

MUNICÍPIO ESTABELECIMENTOS Nº Angra dos Reis 237 Paraty 100 24 18 Cachoeiras de Macacu 11 Silva Jardim 7 5 Saquarema 4 Vassouras 3 Valença 2 Plantio de Pupunha em Silva Jardim Rio Claro 1 TOTAL 412

Estabelecimentos por Município

Angra dos Reis 1,2% 2,7%1,7% Paraty 4,4% 1,0% Mangaratiba 5,8% Magé Cachoeiras de Macacu 24,3% 57,5% Silva Jardim Guapimirim Saquarema Vassouras Valença Rio Claro

29 Produção Quanto a produção verificou-se que Paraty e Angra dos Reis são os municípios com maior produção do Estado. A participação de Paraty na produção do Estado é de 33,23% com 732 toneladas produzidos em 2018. Seguido por Angra dos Reis com 24,3% da produção do Estado com 690 toneladas.

MUNICÍPIO PRODUÇÃO ( t ) Paraty 732,00 Angra dos Reis 690,00 Silva Jardim 468,00 Vassouras 68,50 Mangaratiba 62,00 Magé 49,00 Cachoeiras de Macacu 41,00 Guapimirim 31,35 Valença 26,48 Saquarema 19,20 Rio Claro 15,48 TOTAL 2.203,01 Hastes de Palmito Pupunha preparados para comercialização (Magé)

Produção por Município 1,42% 1,86% 1,20% 0,87% Paraty 2,2% 0,70% 2,81% Angra dos Reis 3,11% Silva Jardim 33,23% Vassouras 21,24% Mangaratiba Magé Cachoeiras de Macacu 31,32% Guapimirim Valença Saquarema Rio Claro

30 Área Colhida e Plantada Os três maiores municípios com área plantada de palmeiras para produção de palmito são: Angra dos Reis, Paraty e Silva Jardim, com 192, 130 e 122 hectares, respectivamente. A participação desses em relação ao Estado é de, respectivamente, 33,3%, 22,5% e 21,1%. Os três municípios representam 76,9% da área plantada no

Estado.

ÁREA PLANTADA E MUNICÍPIO COLHIDA* ( ha ) Angra dos Reis 192,00 Paraty 130,00 Silva Jardim 122,00 Cachoeiras de Macacu 47,50 Mangaratiba 31,00 Guapimirim 16,30 Magé 15,00 Vassouras 11,60 Valença 7,20 Saquarema 2,30 Rio Claro 2,00 Cultivo de Pupunha em Silva Jardim recentemente TOTAL 576,90 implantado. * As colheitas de palmito ocorrem em toda área plantada.

Área Plantada e Colhida por Município Angra dos Reis 2,0% 1,2% 2,6% 0,4% Paraty 2,8% 0,3% Silva Jardim 5,4% Cachoeiras de Macacu 8,2% 33,3% Mangaratiba Guapimirim 21,1% Magé 22,5% Vassouras Valença Saquarema Rio Claro

31 Faturamento Na mesma tendência dos indicadores anteriormente discutidos os três municípios com maior produção no Estado, são os de maior faturamento, totalizado faturamento bruto de R$ 29.542.000,00, representando 87,5% do faturamento estadual com a produção de palmito.

MUNICÍPIO FATURAMENTO ( R$ ) Paraty R$ 13.300.000,00 Angra dos Reis R$ 13.110.000,00 Silva Jardim R$ 3.132.000,00 Mangaratiba R$ 1.046.000,00 Vassouras R$ 827.500,00 Magé R$ 738.500,00 Saquarema R$ 518.400,00 Valença R$ 486.300,00 Guapimirim R$ 313.500,00 Cachoeiras de Macacu R$ 200.000,00 Rio Claro R$ 76.784,00

TOTAL R$ 33.748.984,00 Floresta de Pupunha para palmito em Angra dos Reis

Faturamento por Município 1,5% 1,4% 0,9% Paraty 2,5% 0,6% 2,2% 0,2% Angra dos Reis 3,1% Silva Jardim 9,3% 39,4% Mangaratiba Vassouras Magé 38,8% Saquarema Valença Guapimirim Cachoeiras de Macacu Rio Claro

32 Extrativismo da Aroeia (Schinus terebinthifolius ) para Pimenta Rosa A EMATER-RIO, desde 2017, vem desenvolvendo em São Pedro da Aldeia, projeto piloto sobre a cadeia produtiva da Aroeira (Schinus terebinthifolius). Este trabalho vem sendo realizado por diversas instituições integrantes ao Grupo de Trabalho da Aroeira. Criado em 2016 pelo Ministério da Agricultura (MAPA) o GT- Aroeira é constituído pelas seguintes instituições: MAPA, INCRA, IFRJ, Jardim Botânico, FIOCRUZ, EMBRAPA, INEA, Secretaria Municipal de Agricultura de São Pedro da Aldeia, SENAR-RJ e Instituto Maniva.

O Programa Rio Rural investiu até 2018 cerca 190 mil reais em infraestrutura para beneficiamento da Pimenta Rosa no âmbito do projeto de incentivo a cadeia produtiva da Aroeira. A microbacia beneficiada foi a do Baixo Uma, onde está situado o Assentamento Ademar Moreira. Os incentivos beneficiaram 21 produtores rurais, mas, espera-se que este número aumente assim que os trabalhos de processamento da pimenta rosa começarem a funcionar plenamente.

Durante a execução do projeto foi realizado pelo INEA o inventário florestal das Aroeiras com objetivo de constituir o primeiro Plano de Manejo Florestal da Aroeira no Brasil. Também foram realizados cursos sobre boas práticas de extrativismo da aroeira para produção da pimenta rosa, fruto da aroeira. Este trabalho foi patrocinado e coordenado pelo SENAR-RJ.

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Estabelecimentos Estimativas indicam que possa existir cerca 350 pessoas envolvidas no extrativismo da pimenta rosa somente em Cabo Frio e São Pedro da Aldeia. Somente em São Pedro da Aldeia acredita-se que existam 130 pessoas trabalhando com aroeira.

Área de Exploração A região possui em torno de 1.000 hectares de área nativa explorável, englobando os municípios de São Pedro da Aldeia, , Araruama, Cabo Frio e Armação dos Búzios. No âmbito do Projeto Piloto, os resultados preliminares do inventário florestal foram realizados no Assentamento Ademar Moreira. O inventário florestal teve como objetivo avaliar e quantificar os indivíduos de Aroeira (Schinus terebintifolius), numa área 393,50 hectares da Reserva Legal do assentamento, sendo encontrados cerca de 35.344 indivíduos de Aroeira, com potencial produtivo de 85 toneladas por safra, já descontando os 20% dos frutos que não serão coletados a título de manutenção de alimentação para a avifauna e dispersão da espécie.

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Produção Estima-se uma produção anual de frutos da pimenta rosa coletados de aproximadamente 100 toneladas somente nos municípios de Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Búzios e Araruama. Contudo, estes dados podem ser muito maiores. Conforme já relatado, somente no Assentamento Rural Ademar Moreira (imagem acima) foi encontrado um potencial produtivo de 85 toneladas por safra. Em 2018 os produtores do Assentamento Ademar Moreira não realizaram coleta e por isso não foi possível contabilizar a produção.

35 Período de Coleta Conforme as condições climáticas do ano os frutos da aroeira se tornam maduros durante o período que vai de Maio até o mês de Agosto. Em condições de alto índice pluviométrico neste período a produção ficou prejudica devido à impossibilidade de secagem natural dos frutos.

Podas na Ocasião das Coletas Basicamente, a forma de realização das coletas é através de podas, nas partes finais dos galhos, nas plantas, estimulando novas brotações de galhos produtivos para o próximo ano. Na realização do corte dos galhos (podas) utilizam-se diversas ferramentas como: tesoura de poda, facão, pequenos serrotes e podão (bico de papagaio). Além destas, apesar de não recomendadas por prejudicarem o desenvolvimento da planta para o ano seguinte, são utilizadas a foice e o machado. Os cortes de galhos muito grossos prejudicam intensamente as novas brotações. Pois diminuem a copa da planta e, consequentemente, o volume de raízes. Em resumo, podemos dizer que a poda correta estimula a multiplicação de galhos novos. Como a inflorescência nasce no ramo brotado, daquele ano, ocorre um aumento proporcional da quantidade de frutos. Consequentemente, aumento anual progressivo da produção por planta, ano após ano. Permitindo, desta forma, aumento na quantidade coletada.

Coleta, Limpeza e Comercialização As partes da planta coletada para retirada dos frutos são levadas para um local onde é realizada a separação destes dos galhos em lonas ou plásticos, por meio de bateção, os frutos são separados dos galhos por bateção com vara, sendo um açoite de forma moderada para evitar dano excessivo aos frutos. Após etapa é feita a abanação para separação dos frutos dos fragmentos, para retirada, em parte, dos restos de galhos, folhas e outras impurezas. Após este processo, são embalados em sacos, cestos, lonas, etc. e transportados para o local de comercialização. Neste, são feitas pesagens para finalizar os procedimentos da venda, ou seja, remuneração dos catadores (extrativistas) da aroeira. Antes dos frutos seguirem para a indústria processadora e exportadora é feita a secagem, embalagem em caixas plásticas e carregamento nos caminhões tipo baú para o transporte.

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Faturamento O valor médio por quilo de frutos “in natura”, comercializados através da empresa Agro Rosa do Espírito Santo, gira em torno de R$ 3,50, resultando em faturamento anual aproximado de R$ 350.000,00.

Unidade de Beneficiamento do Projeto Piloto A unidade de beneficiamento de Pimenta Rosa está com 102 m2 de área construída, com sala de recepção e armazenagem de frutos, sala de secagem e classificação, sala de embalagem, armazenagem e expedição. A área externa, contará com um galpão de armazenagem das mesas de colheita (102 m²), recepção dos sacos de pimenta não beneficiada, uma estufa de secagem ao sol (189 m²) e um terreiro de secagem aberto.

A unidade de beneficiamento concluída terá condição de beneficiar 50 toneladas por ano e atender todas as exigências legais quanto ao manejo florestal e a comercialização de temperos/condimentos/alimentos. O que muda com a beneficiadora? Antes, toda a produção de Pimenta Rosa coletada era vendida de forma ilegal, comercializada sem secagem e sem classificação. Isso atraía empresas de fora do estado do Rio de Janeiro, que pagavam um baixo valor pelos frutos de aroeira, algo em torno de R$ 5 reais por kg. Porém, agora, como 100% da Pimenta Rosa pode ser comercializada de forma legalizada e com a devida secagem e classificação, a expectativa é de valores significativamente superiores. Identificamos preços ao consumidor, no mercado internacional, desde $ 140 dólares o kg nos Estados Unidos a 232 € euros o kg na França. Os preços no varejo brasileiro são tão altos quanto os do mercado internacional e variam desde R$ 240,00 a R$ 1.487,00 reais o Kg, em função da embalagem, marca e mercado de comercialização.

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Potenciais culinários A aroeira vem sendo utilizada como condimento aromático para carnes, peixes, frutos do mar, produção de embutidos e outros alimentos. Constitui-se um tempero usado em diversos pratos da culinária francesa para ressaltar o aroma e o sabor em diversas carnes.

Autores e Técnicos Especializados Marília Grasiela Oliveira da Silva – Engenheira Agrônoma e Extensionista Rural da EMATER-RIO de São Pedro da Aldeia Dimas Tadeu - Técnico Agrícola e Extensionista Rural da EMATER-RIO, atualmente exerce função de Secretário Municipal de Agricultura de São Pedro da Aldeia Oduvaldo Gonçalves de Oliveira - Engenheiro Agrônomo e Extensionista Rural da EMATER-RIO de Casimiro de Abreu

38 Bibliografia Consultada

1) AGUIAR, A.V.; SOUSA, V.A. E SHIMIZU, J.Y. Cultivo de Pinus. Embrapa Florestas, Sistema de Produção 5, 2ª edição, Brasília, DF, ISSN 1678-8281, Junho de 2014.

2) BARBOSA, T.R.L.; SILVA, M.P.S. e BARROSO, D.G. Plantio do Sabiazeiro em Pequenas e Médias Propriedades, Manual Técnico nº 2, UENF, Rio Rural, SDS, SEAPPA, Niterói, RJ, ISSN 1983-5671, julho de 2008.

3) FIGUEIRA, I. V. O. F. e MARTINS, R. N. Silvicultura Econômica no Estado no Rio de Janeiro - Estudos de Desenvolvimento para o Estado do Rio de Janeiro Nº 5, FIRJAN, SEBRAE-RJ, Dez. 2009.

4) FIGUEIRA, I. V. O. F e MARTINS, R. N. Estudos de Mercado - Consumo de Produtos de Base Florestal, FIRJAN, 2012.

5) OLIVEIRA, A. B., CRUZ, R. B. e CARMO, C. A. F. S. A. Seringueira no Estado do Rio de Janeiro. PESAGRO-RIO - Nº 15 - Niterói - RJ, ISSN 1983-6015, novembro de 2009.

6) SOUZA, J.C.A.V.; BARROSO, D.G. e CARNEIRO, J.G.A. Cedro Australiano (Toona ciliata), Manual Técnico nº 21, PESAGRO-RIO, Rio Rural, SDS, SEAPPA, Niterói, RJ, ISSN 1983-5671, julho de 2010.

Arquivos das Bibliografias

1. Cultivo de Pinus

2. Plantio do Sabiazeiro em Pequenas e Médias Propriedades

3. Silvicultura Econômica - Estudos de Desenvolvimento - Rio de Janeiro Nº 5

4. Consumo de Produtos de Base Florestal

5. Seringueira no Estado do Rio de Janeiro

6. Cedro Australiano (Toona ciliata)

39 Anexo: Planilha com os dados originais do levantamento de 2018

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