04/04/18 ECONOMIA

As novas caras da economia Com a saída de Meirelles para disputar a eleição, os secretários Guardia e Mansueto devem assumir, respectivamente, os ministérios da Fazenda e do Planejamento. Para o setor privado, fundamental é que a atual agenda seja mantida

importante garantir uma sucessão 1966, Guardia é doutor em serena em postos estratégicos. Por economia pela USP. Tem um perfil conta disso, entregou pessoalmente discreto e uma forte ligação com o ao presidente Temer as peças que PSDB. Foi secretário do Tesouro ele considera ideais para a Nacional do governo Fernando montagem do quebra-cabeça da Henrique Cardoso, além de nova equipe. O mercado financeiro trabalhar na equipe do ministro da Guardia, na Fazenda: o atual aprova suas indicações, que têm Fazenda, Pedro Malan. Em São secretário-executivo é um defensor do como objetivo principal a Paulo, comandou a Secretaria livre-comércio e da simplificação blindagem do núcleo econômico tributária / Mansueto, no Planejamento: estadual da Fazenda no governo o atual secretário de acompanhamento de eventuais interferências Geraldo Alckmin, entre 2003 e fiscal defende as reformas estruturais e eleitorais. 2006. Na gestão de Meirelles na o corte de gastos (Crédito: Nelson Fazenda, poucas vezes foi possível Antoine/Fotoarena/Folhapress) As sugestões de Meirelles ouvir o secretário-executivo incluem a nomeação do secretário- comentando publicamente algum Leonardo Motta, Luís Artur executivo da pasta, Eduardo assunto. Uma delas aconteceu Nogueira Guardia, para a cadeira de ministro recentemente, quando o presidente da Fazenda, e a do secretário de americano Donald Trump anunciou Ao longo dos últimos meses, o Acompanhamento Fiscal, uma sobretaxa ao aço e ao ministro da Fazenda, Henrique Mansueto Almeida, para o cargo alumínio. “O efeito prático disso Meirelles, adiou o máximo que de ministro do Planejamento. é que pode desencadear uma guerra pôde o anúncio de sua pré- Dyogo de Oliveira, atual ministro comercial na reação de outros candidatura à Presidência da do Planejamento, iria para a países”, disse Guardia, no começo República. Em eventos presidência do BNDES. O de março, em evento na Advocacia empresariais, sempre que economista Paulo Rabello de Geral da República (AGU). “Isso sondado, apenas sorria e Castro, que vai disputar a eleição vai na contramão do livre- salientava que a decisão seria presidencial pelo PSC, deixou o comércio e do aumento do fluxo tomada até o dia 7 de abril, prazo comando do banco estatal na terça- de mercadorias, serviços e limite estabelecido pelo Tribunal feira 27. “Todos esses nomes são capitais, que é o que a gente Superior Eleitoral (TSE). Agora é tecnicamente competentes”, diz defende e entende que seja o oficial. O comandante da José Márcio Camargo, professor caminho para o desenvolvimento.” economia no governo Michel da PUC-Rio e economista-chefe da Temer, que vai trocar o PSD pelo Opus Gestão de Recursos. “Na Já Mansueto tem um perfil mais MDB, deixará o cargo nos Fazenda, o ideal é que o Guardia extrovertido e, na condição de próximos dias, algo que já era dado assuma, pois, sendo o atual especialista em contas públicas, como certo há muito tempo pelos secretário-executivo, ele tem uma sempre foi requisitado pela seus assessores mais próximos noção administrativa importante imprensa a dar opiniões sobre os (leia reportagem aqui). Com um para os poucos meses que restam problemas fiscais do País. currículo recheado de cargos de governo.” Nascido em Fortaleza, em 1967, é executivos nos setores público e mestre em economia pela USP e privado, Meirelles sabe como é Nascido em São Paulo, em 04/04/18 funcionário de carreira do Instituto importante é que o time econômico um ou dois cortes de 0,25 ponto de Pesquisa Econômica Aplicada continue blindado de eventuais percentual – nas próximas (Ipea). Assim como Guardia, interferências eleitorais. Há quase reuniões, segundo comunicado do participou da equipe do ex- um consenso dos especialistas de Comitê de Política Monetária ministro Malan. O cargo de que o ano de 2018 “já está dado”, (Copom). Na quarta-feira 28, o BC ministro do Planejamento, dado o ou seja, o Produto Interno Bruto anunciou uma drástica redução nos atual contexto desafiador para as (PIB) vai crescer perto de 3%, o depósitos compulsórios com o contas públicas, cairia como uma triplo do que foi registrado no ano objetivo de reduzir os juros luva para quem é expert em cortar passado. A maior preocupação bancários (leia quadro ao final da gastos. “É um ajuste gradual reside na campanha eleitoral. “O reportagem). Ilan, como é chamado porque vem da despesa, é muito PIB já está encomendado, a no mercado, rechaça prontamente mais lento, porque a despesa no inflação permanece sob controle, todas as especulações sobre o seu Brasil é muito engessada”, afirmou mas o câmbio pode estremecer se nome para o Ministério da Mansueto, no fim do ano passado, candidatos da extrema esquerda ou Fazenda. Sua gestão eficiente no ao comentar os resultados da extrema direita crescerem nas combate à inflação e na queda dos negativos das contas públicas. “É pesquisas”, diz José Cláudio juros levou, inclusive, o candidato muito difícil mexer nessa despesa Securato, presidente da Saint Paul do PSDB à Presidência, Geraldo sem antes ter um grande debate Escola de Negócios, que Alckmin, a cravar a manutenção público, um grande debate participou do programa “Papo de seu nome no BC num eventual democrático.” Economista”, na TV Dinheiro. mandato, a partir de 2019.

A manutenção da estabilidade Questões eleitorais à parte, a macroeconômica num ano eleitoral nova equipe econômica tem pela depende da credibilidade da frente nove meses de muito equipe. Nesse quesito, o presidente trabalho. O maior desafio será do Banco Central, , é driblar o calendário apertado, que considerado peça-chave. Eleito terá a Copa do Mundo e a O ministro do Planejamento, Dyogo Empreendedor do Ano pela campanha eleitoral como de Oliveira, é cotado para ocupar a DINHEIRO em 2017, o obstáculos às votações no presidência do BNDES, no lugar de economista recebeu, no dia 15 de Congresso Nacional. A agenda é Paulo Rabello de Castro, que se lançou pré-candidato à Presidência pelo PSC março, o prêmio de melhor extensa e inclui a reforma (Crédito:Wenderson Araujo) banqueiro do mundo, oferecido Tributária, a reoneração da folha pela publicação britânica The de pagamentos e a autonomia do O martelo será batido pelo Banker, especializada em finanças Banco Central (confira quadro presidente Temer nos próximos internacionais e pertencente ao acima). Para o setor produtivo, o dias, mas, segundo um assessor do Financial Times. Tamanho projeto mais importante é o da Palácio do Planalto, não deve prestígio tem contribuído, simplificação, tema que mereceu haver surpresas. “A equipe inclusive, para a ancoragem um comentário de Guardia, durante econômica operou com benigna das expectativas evento da AGU, que garantiu que extraordinária eficiência”, afirmou inflacionárias, abrindo caminho a mudança não é para aumentar a Temer, na segunda-feira 26, após para a queda recorde da taxa arrecadação. reunião com empresários na básica de juros (Selic). Fecomercio-SP. “Não pode “A reforma do PIS/Cofins é quebrar essa equipe por nós neutra”, afirmou Guardia, que deve montada no início do governo.” Atualmente em 6,50% ao ano, empunhar essa bandeira caso seja Para o mercado financeiro, o mais a Selic pode cair um pouco mais – efetivado como ministro da 04/04/18

Fazenda. “A alíquota nominal irá Causou irritação dentro do bilhões devolvidos ao Sistema subir, mas alíquota efetiva será a governo o resultado da pesquisa Financeiro Nacional”, escreveu o mesma.” A maior dificuldade é mensal do Banco Central (BC) BC, em nota, ao divulgar a medida. convencer os governadores de que sobre os juros bancários, os Estados não perderão receita. divulgada na segunda-feira 26. Em Em tese, com mais recursos Outro tema caro à equipe fevereiro, pelo segundo mês para emprestar, os bancos poderão econômica é a reforma da consecutivo, as taxas de juros cobrar menos juros de seus Previdência Social, que deve ser cobradas de consumidores e clientes. Há, no entanto, o risco de feita apenas em 2019, pelo empresas subiram, num contexto as instituições comprarem títulos próximo presidente. “Se não em que a taxa básica (Selic) não públicos em vez de ofertar mais fizermos reformas, melhorarmos a para de cair – está em 6,5% ao ano, crédito. A decisão sobre se este carga tributária, abrirmos a o menor patamar da história. Três dinheiro vai para a população ou economia e não completarmos o dias depois, o presidente do BC, para o governo vai depender dos ajuste fiscal, não vamos crescer Ilan Goldfajn, anunciou uma tesoureiros. No mercado mais de 2%”, diz Mansueto, que redução drástica no recolhimento financeiro, o sentimento geral é de está de malas prontas para se dos depósitos compulsórios. que o BC está preocupado com o transferir ao Ministério do Trata-se do dinheiro que os bancos ritmo lento da atividade Planejamento. “Com as reformas, são obrigados a deixar guardado, econômica, não restringindo o seu podemos crescer tranquilamente sem poder emprestar aos clientes. olhar às questões inflacionárias. mais de 3,5%.” A alíquota dos depósitos à vista Na pior das hipóteses, se os bancos caiu de 40% para 25%; a dos preferirem comprar mais títulos BC declara guerra aos juros depósitos da poupança de 21% públicos, haverá um efeito altos para 20%; e no caso da poupança secundário de queda na curva de rural, de 24,5% para 20%. “O juros do mercado. De uma forma impacto agregado das medidas ou de outra, o BC declarou guerra pode ser estimado em R$ 25,7 aos juros altos. 04/04/18 Valor Econômico 02/04/18 BRASIL

Dyogo vai para BNDES e Colnago assume pasta

Por Cristiane Bonfanti e Fabio O anúncio foi feito durante Graner | De Brasília reunião realizada com ministros e o presidente no Palácio do Jaburu. Segundo Jucá, 14 O Palácio do Planalto confirmou ministro deverão ser anunciados. ontem que o atual ministro do Ainda não foi confirmada a Planejamento, Dyogo Oliveira, nomeação do secretário-executivo assumirá o comando do BNDES e do ministério da Fazenda, Eduardo que o atual secretário-executivo, Guardia, para substituir o ministro Esteves Colnago Júnior, ficará com , que deve assinar o comando da pasta. amanhã a filiação ao MDB e pretende disputar a presidência da A nomeação de Colnago foi feita República ou compor a chapa de por sugestão de Dyogo, que tem Michel Temer como vice. A previsão apoio do líder do governo no é que Guardia e Colnago tomem Senado, Romero Jucá (MDB-RR). posse na quinta-feira. O novo ministro é economista e funcionário de carreira do Banco Além de Dyogo e Colnago, o Central, embora desde 2004 exerça governo já havia confirmado no funções nos ministérios do sábado que assumirá Planejamento e da Fazenda. Neste hoje como novo ministro da Saúde. último, chegou ao cargo de Ele deixa o comando da Caixa secretário-executivo adjunto em Econômica Federal e assume o lugar 2016, tendo antes ocupado outros de Ricardo Barros (PP-PR), que cargos de direção na secretaria deixa o cargo para disputar as executiva e na de política eleições deste ano. econômica, onde atuou em assuntos dos mercados financeiro e de A Caixa passa a ser presidida por capitais. Nelson Antônio de Souza, atual vice- presidente de Habitação do banco. No Planejamento, Colnago tem Também foi anunciada a nomeação sido o braço direito de Dyogo, que do atual diretor-geral do agora vai para o BNDES (cujo Departamento Nacional de conselho de administração é Infraestrutura de Transportes presidido por Colnago) substituir (DNIT), Valter Casimiro Silveira, Paulo Rabello de Castro. Uma das substituir Maurício Quintella como missões do novo titular do banco ministro dos Transportes. será pacificar o ambiente interno, que voltou a se deteriorar quando ficaram claras as intenções eleitorais de Rabello de Castro. FOLHA DE SÃO PAULO 02/04/18 MERCADO

Temer confirma Colnago no Planejamento e Dyogo no BNDES

Trocas no governo respeitam Ministérios, motivadas pela saída de Prestes a assumir o banco de calendário que impede a ocupação ministros que serão candidatos em fomento, Dyogo afirma que uma de dos cargos por quem deseja ser outubro. Pela regra, membros do suas prioridades será reforçar a candidato nas eleições deste ano Poder Executivo precisam deixar os atuação em parcerias com o cargos atê 7 de abril. mercado financeiro. O objetivo, O presidente Michel Temer segundo ele, ê garantir mais recursos fechou neste domingo (Io) a As mudanças apresentadas neste ao BNDES e, desse modo, “ampliar formação da trinca econômica do domingo já estavam definidas e foram o investimento, principalmente em governo federal. antecipadas pela Folha. infraestrutura”.

Foi oficializado que o ministro do Na dança das cadeiras, o líder do Participaram do encontro os Planejamento, Dyogo Oliveira, governo no Senado, Romero Jucá ministros assumirá a presidência do BNDES (MDB-RR), ê tido como vitorioso, (Secretaria-Geral), Eliseu Pa-dilha (Banco Nacional de porque conseguiu colocar Dyogo no (Casa Civil), Carlos Ma-run Desenvolvimento Econômico e BNDES, em uma tentativa de liberar (Secretaria de Governo), Gustavo Social). O atual secretário-executivo recursos que os políticos reclamam Rocha (Direitos Humanos) e Dyogo, da pasta, Esteves Colnago, será que a atual gestão travou. além de Jucá e do deputado Darcísio promovido ao posto de ministro. Pe-rondi (MDB-RS). Jucá aceitou deslocar Dyogo Em reunião com autoridades no para o comando do banco porque Temer usou a reunião para Palácio do Jaburu, residência oficial teve o compromisso de Temer de discutir outros temas. Um dos de Temer, ficou decidido que ele e que Colnago seria o sucessor no assuntos foi o possível reajuste no Mei-relles vão bater o martelo nesta Planejamento. Meirelles, que queria Bolsa Família. segunda-feira (2) sobre o comando Man-sueto na pasta, se contentou do Ministério da Fazenda, que ficará com Guardia na Fazenda. Assim se Segundo Perondi, o clima no com o atual secretário-executivo da fechou a equipe. Jaburu “distensionou” desde quinta- pasta, Eduardo Guardia. feira, quando amigos de Temer foram O comando do BNDES foi presos pela PF. (MARINA DIAS, O anúncio ê parte do processo deixado por Paulo Rabello de BERNARDO CARAM E de substituições na Esplanada dos Castro, que será candidato à ÂNGELA BOLDRINI) Presidência da República. O ESTADO DE S. PAULO 02/04/18 NOTAS & INFORMAÇÕES

Rigidez e ineficiência

Ainda que as propostas e programas do governo de exercícios seguintes. Considerados os restos a pagar, sejam os mais adequados aos interesses do País e que a parcela engessada do Orçamento de 2017 chegou a seus executores sejam os mais honestos e competentes, 97,6%. condições estruturais fizeram com que o efeito prático dessa combinação política e administrativamente ideal Houve no ano passado tentativa de elaboração e tenda a ser limitado. aprovação de um conjunto de medidas destinadas a reduzir o excesso de rigidez e de vinculação dos recursos O regime fiscal criado pela Constituição de 1988 e orçamentários, mas o tema nem sempre é bem visto entre consolidado pela legislação ordinária dos últimos 30 anos os parlamentares. Reduzir o nível de engessamento do engessou de tal modo o Orçamento da União que muito Orçamento da União implica, por exemplo, reduzir ou pouco dos recursos totais sobra para ser aplicado em extinguir a obrigatoriedade da destinação de determinada programas e projetos novos. Quase tudo que é colocado parcela dos recursos orçamentários para esta ou aquela no cofre do Tesouro Nacional já chega com destinação finalidade, como educação, saúde ou programas de determinada. assistência social.

Essa fatia de dinheiro que os técnicos chamam de Como descreve o estudo do Tesouro, o processo é “carimbado”, pela obrigatoriedade de sua destinação, já longo: “Desde a Constituição Federal de 1988, o era grande no início do século e vem crescendo de orçamento público brasileiro vem sofrendo processo maneira contínua. Se esse processo não for contido, intenso de engessamento, resultante da propagação de investimentos novos em áreas essenciais para o despesas obrigatórias e de transferências constitucionais crescimento e modernização da economia e para o bem- e legais, de regras de indexação de despesas, de estar da população poderão ser comprometidos. obrigatoriedade de aplicação mínima de recursos em alguns setores e de criação de receitas vinculadas a De acordo com estudo que acaba de ser divulgado determinados gastos, o que limita a capacidade do Estado pela Secretaria do Tesouro Nacional (Relatório Fiscal de realizar políticas públicas e de realocação de recursos do Tesouro Nacional 2017), o nível de engessamento para o cumprimento de metas fiscais”. do Orçamento da União, isto é, da parcela de recursos cuja destinação está previamente determinada, chegou a O Tesouro criou uma escala para estabelecer o grau 93,7% do total de despesas no ano passado. Esse de dureza do engessamento orçamentário. No nível 5, o montante equivaleu a 18,3% do Produto Interno Bruto mais resistente, estão benefícios previdenciários e (PIB) estimado para 2017. assistenciais, folha de pessoal, abono e seguro- desemprego e emendas parlamentares obrigatórias. No Em 2001, essa fatia já era bem significativa, pois ano passado, esses gastos representaram 80,5% do correspondia a 85,6% das despesas orçamentárias, e, Orçamento. como mostra o relatório do Tesouro, alcançou um nível tão alto que ameaça inviabilizar iniciativas do governo Despesas de custeio de saúde e educação, para as que impliquem gastos fora daqueles previamente quais a legislação destina uma fatia fixa das receitas determinados. É, de fato, cada vez menor a margem líquidas, estão classificadas no nível 4, e responderam orçamentária para a cobertura de despesas não por 9,8% das despesas no ano passado. O nível 1, das obrigatórias, chamadas de despesas discricionárias. despesas de livre decisão do governo, se limitou a 2,4% do total. “Para pagar gastos obrigatórios, teremos de Essa margem se estreita mais quando se levam em cortar investimentos, programas sociais e políticas conta os restos a pagar inscritos e não cancelados, que importantes, como ciência e tecnologia”, observou o correspondem a despesas empenhadas, mas não pagas economista Marcos Lisboa, que foi secretário de Política no mesmo exercício e que, por isso, oneram orçamentos Econômica do Ministério da Fazenda. O ESTADO DE S. PAULO 02/04/18 COLUNA DO ESTADÃO

ANDREZA MATAIS E MARCELO DE MORAIS

» Metas. Ao ser escolhido para o dirigir o BNDES, Dyogo Oliveira recebeu a missão de ampliar a gama de produtos e se aproximar mais do mercado financeiro privado. Temer pediu que trate o banco com mais carinho que Paulo Rabello. O ESTADO DE S. PAULO 02/04/18 ECONOMIA

Colnago vai substituir Dyogo no Planejamento

Governo confirmou ontem que Conalgo sob o argumento de que a atual secretário-executivo vai escolha dele dará sentido de assumir a pasta; Dyogo Oliveira continuidade aos trabalhos, já que deixará o ministério para Conalgo conhece bem o comandar o BNDES funcionamento da pasta e é funcionário público há mais de 20 O Palácio do Planalto anos. confirmou ontem que o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Economista com mestrado em Gestão, Dyogo Oliveira, assumirá Ciências Públicas, Colnago a presidência do Banco Nacional atuajunto à área econômica do de Desenvolvimento Econômico e governo desde 1996, quando Social (BNDES). Para substituir iniciou carreira de analista no Dyogo como ministro do Tesouro Nacional. É analista do Planejamento, foi escolhido Es- Banco Central desde 1998 e teves Colnago, atual secretário- assumiu coordenações de áreas da executivo da Pasta. As Fazenda de 2004 a 2015. informações foram divulgadas por meio de nota à imprensa. Colnago acompanhou a ascensão de Dyogo Oliveira na A decisão foi sacramentada em administração pública e também reunião do presidente Michel atuou como seu secretário- Temer com ministros no Palácio executivo adjunto tanto na Fazenda do Jaburu. O ministro da Fazenda, quanto no Planejamento. Ele Henrique Meirelles, tentava também é presidente do Conselho emplacar o secretário de de Administração do BNDES e Acompanhamento Fiscal da membro do Conselho de Fazenda, Mansueto Almeida, para Administração da Eletrobrás. / o cargo. Carla Araújo,

Segundo apurou o Estadão/ EDUARDO RODRIGUES E Broadcast, no entanto, Oliveira LORENNA RODRIGUES defendeu a permanência de