The Case of Machado De Assis 609
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123 - Marechal Floriano Vieira Peixoto
123 - Marechal Floriano Vieira Peixoto Dados Biográficos Nascimento - 30 de abril de 1839, no engenho do Riacho Grande, em Ipioca - AL. Filiação - Manuel Vieira de Araújo Peixoto e Ana Joaquina de Albuquerque Peixoto. Formação e atividades principais - Fez o curso primário em Maceió. Aos 16 anos, dirigiu-se para o Rio de Janeiro, onde se matriculou no Colégio São Pedro de Alcântara. Assentou praça em 1857, como voluntário, no 1º Batalhão de Artilharia a Pé. Em 1861 ingressou na Escola Militar, tirou o curso de Artilharia e bacharelou-se em matemática e ciências físicas; em 2 de dezembro de 1861, foi promovido a Segundo-Tenente, e a 30 de dezembro de 1863 a Primeiro-Tenente. A carreira militar de Floriano Peixoto foi brilhante. Estava adido ao 2º Batalhão de Infantaria em Bagé-RS, quando irrompeu a Guerra da Tríplice Aliança. Ao ser a província invadida pelos paraguaios, assumiu o comando de uma flotilha armada de improviso - composta pelo vapor Uruguai, o "capitânia", e mais dois lanchões - cuja resistência às tropas inimigas, que marchavam pelas duas margens do rio Uruguai, muito contribuiu para a retomada de Uruguaiana. Comissionado a 29 de setembro de 1865, foi efetivado no posto de Capitão a 22 de janeiro de 1866. Comissionado como Major, participou de todos os grandes feitos das armas patrícias em dezembro de 1868, sobressaindo em especial em Avaí e sendo confirmado, por bravura, naquele posto a 20 de fevereiro de 1869. Destacou-se, a seguir, sob as ordens de Osório, no Passo da Pátria e, mais, em Estero Bellaco, Tuiuti, Tuiu-Cuê, Avaí, Lomas Valentinas, Angustura, Peribebuí, Campo Grande, Passo da Taquara - quase todas as batalhas mais importantes da guerra, até o desfecho, em Cerro Corá (de onde trouxe como lembrança a manta do cavalo de Solano López). -
De Machado De Assis a Carlos Sussekind Markus Lasch
Manicômios, pseudo(auto)biografias e narradores pouco confiáveis: de Machado de Assis a Carlos Sussekind Markus Lasch Depois que a crítica norte-americana Helen Caldwell1 procedeu, em sua leitura de Dom Casmurro de 1960, a uma defesa ampla de Capitu, ar- gumentando que todos os indícios de seu adultério dependiam no romance exclusivamente do ponto de vista do narrador em primeira pessoa, Bentinho, e que portanto estes indícios não eram suficientes e muito menos provas conclusivas, a pouca confiabilidade do narrador machadiano tornou-se moeda mais ou menos corrente na crítica2. Principalmente em relação aos romances em primeira pessoa da segunda fase do autor3 e em específico nos casos de Bentinho e Brás Cubas, boa parte dos especialistas observou que a perspectiva do narrador não condizia com aquilo que a estrutura geral do texto permitia inferir. Chegou-se nisso a posições extremas como a de John Gledson, que, partidário de um intencionalismo confesso, propôs em sua leitura de Dom Casmurro não só a dissociação das instâncias, mas a oposição sistemática dos propósitos do autor e de seus narradores em primeira pessoa. Machado estaria bem distante não apenas do ponto de vista de Bentinho, mas igualmente das intenções de Brás Cubas, do Conselheiro Aires e do padre de Casa velha4. Curiosamente, esta questão do narrador parece ter pesado um tanto menos nas leituras do Memorial de Aires. Embora o último romance de Ma- chado seja, por seu foco narrativo em primeira pessoa, via de regra associado 1 Cf. Caldwell, O Otelo brasileiro de Machado de Assis. 2 Este estudo é decorrente de uma pesquisa mais ampla sobre as “Representações do sujeito nos romances de Robert Menasse e Carlos Sussekind”, financiada pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). -
REPÚBLICA SIM, ESCRAVIDÃO NÃO: O Republicanismo De José Do Patrocínio E Sua Vivência Na República
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CENTRO DE ESTUDOS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA RITA DE CÁSSIA AZEVEDO FERREIRA DE VASCONCELOS REPÚBLICA SIM, ESCRAVIDÃO NÃO: O Republicanismo de José do Patrocínio e sua vivência na República Niterói 2011 2 RITA DE CÁSSIA AZEVEDO FERREIRA DE VASCONCELOS REPÚBLICA SIM, ESCRAVIDÃO NÃO: O Republicanismo de José do Patrocínio e sua vivência na República Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense. Mestrado em História Contemporânea I na Universidade Federal Fluminense. Orientador: Prof. Dr. Humberto Fernandes Machado 3 Niterói 2011 Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoatá V331 Vasconcelos, Rita de Cássia Azevedo Ferreira de. República sim, escravidão não: o republicanismo de José do Patrocínio e sua vivência na República / Rita de Cássia Azevedo Ferreira de Vasconcelos. – 2011. 214 f. Orientador: Humberto Fernandes Machado. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2011. Bibliografia: f. 208-214. 1. Abolição da escravatura, 1888. 2. Proclamação da República, 1889. 3. Patrocínio, José do, 1854-1905. I. Machado, Humberto Fernandes. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. III. Título. CDD 981.04 4 REPÚBLICA SIM, ESCRAVIDÃO NÃO: O Republicanismo de José do Patrocínio e sua vivência na República Rita de Cássia Azevedo Ferreira de Vasconcelos Dissertação de Mestrado -
Ufal Faculdade De Letras – Fale Programa De Pós-Graduação Em Letras E Linguística – Ppgll
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL FACULDADE DE LETRAS – FALE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGUÍSTICA – PPGLL LEANDRO DOS SANTOS SILVA UM ZOOLÓGICO EM MACHADO DE ASSIS: OS ANIMAIS NA CONSTRUÇÃO DA FILOSOFIA MACHADIANA MACEIÓ 2019 LEANDRO DOS SANTOS SILVA UM ZOOLÓGICO EM MACHADO DE ASSIS: OS ANIMAIS NA CONSTRUÇÃO DA FILOSOFIA MACHADIANA Trabalho apresentado ao Programa de Pós- Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de Alagoas, como requisito para obtenção do grau de mestre. Orientadora: Profª. Drª. Susana Souto Silva MACEIÓ 2019 Catalogação na fonte Universidade Federal de Alagoas Biblioteca Central Divisão de Tratamento Técnico Bibliotecária Responsável: Helena Cristina Pimentel do Vale – CRB4 - 661 S586u Silva, Leandro dos Santos. Um zoológico em Machado de Assis : os animais na construção da filosofia machadiana / Leandro dos Santos Silva. – 2019. 122 f. Orientadora: Susana Souto Silva. Dissertação (mestrado em Linguística) – Universidade Federal de Alagoas. Faculdade de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística. Maceió, 2019. Bibliografia: f. 115-122. 1. Assis, Machado de, 1839-1908 – Crítica e interpretação. 2. Animais na literatura. 3. Zoocrítica. 4. Literatura brasileira. I. Título. CDU: 82.09:869.0(81) FOLHA DE APROVAÇÃO LEANDRO DOS SANTOS SILVA UM ZOOLÓGICO EM MACHADO DE ASSIS: OS ANIMAIS NA CONSTRUÇÃO DA FILOSOFIA MACHADIANA Dissertação submetida ao corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de Alagoas e aprovada em 23 de abril de 2019. Banca Examinadora: ____________________________________________________________ Profª. Drª. Susana Souto Silva – Orientadora (PPGLL/Ufal) ____________________________________________________________ Prof. Drª. Gilda de Albuquerque Vilela Brandão – Titular (PPGLL/UFAL) ____________________________________________________________ Prof. Dr. -
O Mártir, O Humanista, O Pedagogo: a Contemporaneidade De Rui
O mártir, o humanista, o pedagogo: a contemporaneidade de Rui Barbosa e a educação nas comemorações do centenário de seu nascimento (1949)1 Martyr, humanist, pedagogue: the contemporaneity of Rui Barbosa and the Education in the commemorations of the centenary of his birth (1949) Luciano Mendes de Faria Filho2 RESUMO Este artigo busca analisar as intervenções de três intelectuais brasileiros – Clemente Mariani, Lourenço Filho e Fernando Azevedo – na celebração do centenário de Rui Barbosa em 1949. Mais especificamente, analisa como eles abordam a questão da educação na obra de Rui Barbosa. O texto esta- belece uma relação entre as celebrações do centenário e a publicação das Obras Completas de Rui Barbosa, atividade esta cujo investimento inicial data do final da década de 1930 e que logrou publicar o primeiro tomo das obras em 1942. Ambos os movimentos – a publicação das Obras Completas e a celebração do centenário – fazem parte de um mesmo investimento de demonstrar, a um só tempo, a atuação marcante do jurista, político e inte- lectual baiano na defesa das mais nobres causas, dentre elas a da educação, 1 Este texto é fruto do trabalho desenvolvido como parte de minhas atividades de Pós- -Doutoramento junto ao Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB) sob supervisão da Prof.ª Lucília Almeida Neves, a quem agradeço pela acolhida e pela troca de ideias. A pesquisa contou com o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e com a colaboração dos colegas do Centro de Pesquisa em História da Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e dos funcionários e pesquisadoras da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), sem os quais a pesquisa não teria sido possível. -
Raul Pompéia
I Carioca Coleção Biblioteca Carioca Coleção Biblioteca Carioca Coleção Biblioteca Carioca C 'eçãoBiblioteca Carioca Coleção Biblioteca Carioca Coleção Biblioteca Carioca Coleção Bibliorec ,:'arioca Coleção Biblioteca Carioca Coleção Biblioreca Carioca Coleção Bibliofeca Carioca Coleq (7 Bjbliotecq Carioca Coleção Biblioteca CariocaColeçãoBiblioteca CariocaColeçüo Biblioteca ('L fl f~caColeção Biblioteca Carioca Coleção Biblioteca Carioca Coleção Biblioteca Carioca ColeqW (9ibliotecaCa Bibliotem I<1i "oca coleçã rioca Co1i.q 1 Biblioteca C o Bihliotecc~i arioca Cole ão Bibliorec Cariocu C 'o/ cão Bibliote a Carioca ('c eção Bibl~ol ca Cilrioca < ~)leçãoBibliot oleção Biblil '?ca ~arioca eca Carioc í'oleçüo Bibli Coleção Bih, iotecu Carioc otecu Cario jii Coleção Bib a Coleção Hi, (ioreca Cario liofeca Curr, .a Coleção Bi cu.Coleção (l ~lio~ecaCari hliofeca C'ot )L'CI Coleção oca Cole(,üi '3ihlioreca Ca Bihliotecu í ; 'ioca Coleçã Raul Pompéia rioca Co1q.t I i Biblioteca C o Bibliotecrr í 1 rriocu Coleç arioca Cola io Biblioteca ão Bibliotcc~ , .'urioca Cole Carioca Cole ' .ão Bihliotec ção Bibliotec r Carioca Col a Carioca ('o 2 ycio Bibliote eção Bibliolt .a Carioca C ca Cariocu í J jleçüo Bibliot oleção Biblro raCarioca C ecaCariocu ': rjlecão Bibliot oleção Biblio xuCariocaC J olqão Bibliot oleçãoecaCariow Biblio JcaCariocaC ecaCariocu oleção Biblio, ecaCariocu í oleção Biblio, oleção Biblioteca Carioca Coleção Biblioteca Carioca Coleção Bibliofeca Carioc; teca Carioca Coleção Biblioteca Carioca Coleção Biblioteca Carioca Coleçüo Biblic; -
Um Fabulador Da Nacionalidade José De Alencar
95 UM FABULADOR DA NACIONALIDADE JOSÉ DE ALENCAR Elvya Shirley Ribeiro Pereira Prof. Assistente do Departamento de Letras e Artes Doutoranda em Literatura Brasileira - PUC/RJ RESUMO — A natureza , a história, a motogênese, os ideais, o sonho, a evasão e a utopia são forças simbólicas e retóricas que circulam e dimensionam o ideário ramântico europeu. Esses, quando aportam no Brasil, interagem com a literatura que tematiza (desde o descobrimento) o índio e a natureza local. Essa interação revela-se produtiva e alcança grande singuralidade no projeto nacionalista e nas fábulas da nação enredadas pelo polêmico José de Alencar autodenominado o piguara da literatura brasileira. ABSTRACT — Nature, history, motogenesis, ideals, dream, evasion and utopia are rhetorical and symbolical forces which go around and give measurements to the European romantic ideation. Brought to Brasil, these ones interact with a sort of literature which (since the discovery) has as its theme the Brazilian indians and nature. This interaction reveals itself producing and reaches a remarkable position in the nationalist project and in the nation fables by the polemical José de Alencar who used to call himself the piguara of Brazilian literature. José de Alencar, que na “Última carta sobre A Confederação dos Tamoios” critica Gonçalves de Magalhães por ocupar-se, no poema, “com um certo Brás Cubas” (personagem menor), fala, na sua autobiografia literária “Como e porque sou romancista”, que dese- jaria fazer-se “escritor póstumo, trocando de boa-vontade os favores do presente pelas severidades do futuro”. Temos aqui elementos para inferir uma ligação entre a figura fundadora de Alencar e as Memórias póstumas de Brás Cubas, obra do seu amigo e admirador Machado de Assis, que inaugura uma nova etapa na literatura brasileira. -
José De Alencar: Nacionalista Ou Fabulista?
JOSÉ DE ALENCAR: NACIONALISTA OU FABULISTA? PETRAGLIA, Benito (UFF) José de Alencar (1829-1877) é um dos nossos escritores de mais alentada fortuna crítica. Autor canonizado, lido nas escolas e universidades, tido como o real fundador do nosso romance, é natural que assim seja. Logo, não seria fácil apresentar uma abordagem inteiramente original a respeito de sua obra. A parcial originalidade deste artigo, se me for permitida a expressão, está em seu enfoque e em sua conclusão. Faz-se uma espécie de recolha de algumas das principais análises feitas acerca do autor de Senhora. Recolha orientada para um determinado aspecto de sua produção literária – os chamados romances “primitivos” e “históricos”, segundo a própria denominação dada por ele e aqui representados por Iracema.(1865) Dentro dos limites dessa orientação, cada um tomará a si compor uma espécie de prato crítico. E, de acordo com a escolha dos ingredientes, é possível distinguir o paladar ideológico do comensal. Eu, por exemplo, formaria meu prato com o caldo grosso de Augusto Meyer, a pitada dialética de Alfredo Bosi e o sal da malícia de Machado de Assis. As análises da obra de Alencar parecem, de modo geral, tender a ver nela menos o aspecto romanesco do que o de formação da nacionalidade. Creio, com Augusto Meyer, que esta não é uma visão adequada, ou, ao menos, não se pode pretender exclusiva. Aliás, “não saber adaptar-se à pers- pectiva ideal que uma obra exige para ser bem contemplada, parece-me um dos pecados mortais da crítica.”(MEYER, 1958, p. 8). Truísmo? Não, se considerarmos o atual estágio dos estudos literários; a meu ver, são palavras de bronze, que merecem ficar gravadas como verdadeira lei do ato crítico. -
Entre a Pena E a Espada. Literatura E Política No Governo De Floriano Peixoto: Uma Análise Do Jornal O Combate (1892) ENTRE a PENA E a ESPADA
Entre a pena e a espada. Literatura e política no governo de Floriano Peixoto: uma análise do jornal O Combate (1892) ENTRE A PENA E A ESPADA. LITERATURA E POLÍTICA NO GOVERNO DE FLORIANO PEIXOTO: UMA ANÁLISE DO JORNAL O COMBATE (1892) RESUMO Este artigo trata da atuação de um grupo de escritores no Rio de Janeiro durante os primeiros anos da República. Devido à oposição política que fizeram ao então presidente Floriano Peixoto, Olavo Bilac, Pardal Mallet, Luís Murat e José do Patrocínio sofreram intensa represália entre 1892-1893: foram presos e desterrados. A análise do jornal O Combate, publicado durante o primeiro semestre de 1892, foi a estratégia escolhida para a compreensão do conflito entre este grupo de literatos e o governo federal, apresentando o teor e a origem das críticas direcionadas a Floriano Peixoto através da imprensa. PALAVRAS-CHAVE Literatos; Governo Floriano Peixoto; Imprensa 1 Ana Carolina Feracin da Silva ENTRE A PENA E A ESPADA. LITERATURA E POLÍTICA NO GOVERNO DE FLORIANO PEIXOTO: UMA ANÁLISE DO JORNAL O COMBATE (1892)2 O incidente havido entre os Srs. Drs. Raul Pompéia e Olavo Bilac foi ontem honrosamente liquidado para ambos. Embora estivesse na primeira página de O Combate, essa nota não chamava muita atenção entre os vários artigos, crônicas e o noticiário daquele 22 de março de 1892. Talvez fosse essa mesma a intenção dos principais redatores do jornal, Pardal Mallet e o próprio Olavo Bilac que, sem maiores comentários, davam o caso por encerrado. No entanto, por trás de tal publicação estavam fatos que se agravavam já há algumas semanas e cujo desfecho se dera na noite anterior, quando Raul Pompéia e Olavo Bilac se encontraram no ateliê dos irmãos Bernadelli para um duelo com espadas.3 Porém, quando estava tudo pronto, com a presença dos padrinhos e do médico, o Dr. -
O Lugar Do Folhetim Traduzido No Sistema Literário Brasileiro
Graphos. João Pessoa, v. 8, n. 1, Jan./Jul./2006 – ISSN 1516-1536 43 O LUGAR DO FOLHETIM TRADUZIDO NO SISTEMA LITERÁRIO BRASILEIRO Maria Cristina BATALHA1 RESUMO Através do instrumental teórico proposto por Itamar Even-Zohar e Pierre Bourdieu, o artigo busca examinar o papel que os folhetins de origem francesa exerceram sobre o sistema literário brasileiro no século XIX, período de formação da chamada literatura nacional, as conseqüências sobre o nascente gênero romance e os primórdios da crônica entre nós. Essas traduções contribuíram significativamente para a consolidação de um sistema literário ainda insipiente, para a autonomia do escritor e para a formação de um público leitor. PALAVRAS-CHAVE: tradução; folhetim; polissistema ABSTRACT Using the theorical perspectives of Itamar Even-Zohar and Pierre Bourdieu, this work aims to examine the role the French feuilleton played in the Brasilian literary system in the nineteenth century, when the so-called national literature was being formed, and also to analyze its consequences that act in the early novel genre and the beginning of the chronicles among us.The translation of those novels strongly contributed to the consolidation of a literary system still insipient at that time, to the autonomy of the writer as well as to the formation of the reader. KEYWORDS: translation; feuilleton; polysystem Dentre os ensaístas que mais diretamente se debruçaram sobre as relações entre a literatura e a história destaca-se o nome de Itamar Even-Zohar (1990) que, partindo das reflexões teóricas do formalista russo Tynianov, elaborou a Teoria dos Polissistemas. Esse conceito permite estudar a história da literatura, não apenas em sua dimensão diacrônica, mas também integrar sua dimensão sincrônica através da história das múltiplas linhas de força e seus deslocamentos. -
Três Eventos Da História Brasileira Nos Romances De Coelho Neto
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Redalyc.MACHADO DE ASSIS
Revista Prâksis ISSN: 1807-1112 [email protected] Centro Universitário Feevale Brasil Czarnobay Perrot, Andrea MACHADO DE ASSIS: PERCURSOS NA HISTORIOGRAFIA LITERÁRIA Revista Prâksis, vol. 2, julio-diciembre, 2010, pp. 49-56 Centro Universitário Feevale Novo Hamburgo, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=525552623008 Como citar este artigo Número completo Sistema de Informação Científica Mais artigos Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Home da revista no Redalyc Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto Prâksis - Revista do ICHLA MACHADO DE ASSIS: PERCURSOS NA HISTORIOGRAFIA LITERÁRIA Andrea Czarnobay Perrot1 RESUMO O presente ensaio propõe-se a trilhar alguns dos percursos da história da crítica machadiana chegando até Roberto Schwarz, este tido como representante de uma corrente crítica denominada perspectiva formativa da literatura brasileira. Para tanto, foram estudados alguns dos importantes críticos da obra de Machado de Assis, através de seus trabalhos mais relevantes, como Antonio Candido, Augusto Meyer, Raymundo Faoro, Antônio Carlos Secchin, Alfredo Pujol e José Guilherme Merquior. Pretende-se, com esse trabalho de compilação, identificar sob quais aspectos a perspectiva formativa difere- se das demais linhas da crítica machadiana, bem como identificar os aspectos dessa perspectiva encontrados na literatura de Machado de Assis, tomando como ponto de apoio para exemplificação a novela O Alienista e os romances Quincas Borba e Memórias Póstumas de Brás Cubas, além de obras de autores da literatura universal tidos como influências explícitas do fazer literário machadiano. Palavras-chave: Machado de Assis. Crítica. Historiografia. Perspectiva Formativa. ABSTRACT The present essay intends to cover the history of criticism about Machado de Assis, coming to Roberto Schwarz, this one had as representative of a critical tradition called perspective formative of brazilian literature.