1 O Discurso Do Politicamente Correto

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1 O Discurso Do Politicamente Correto O DISCURSO DO POLITICAMENTE CORRETO “CUSTE O QUE CUSTAR” (CQC)? Danielle Christiane da Silva Viveiros Universidade Federal de São Carlos – UFSCar – Brasil ([email protected]) RESUMO: O humor sempre teve espaço considerável nas relações humanas como expressão da subjetividade. Desse modo, o objetivo deste trabalho é analisar as celeumas em torno do ―politicamente incorreto‖ nos discursos humorísticos dos programas de comédia brasileira (―CQC‖, ―Comédia MTV‖, ―Legendários‖ e ―Pânico na TV‖) que têm uma forma discursiva polêmica, entretanto, muito fecunda em produzir reflexões via sua crítica ácida e corrosiva. Esses discursos humorísticos serão analisados como forma ou tipos de discurso que podem permitir uma produção de sentido contra- hegemônica ou diferenciada dos discursos dominantes, estando em consonância com a possibilidade de reflexões ocasionadas pelo cômico, a propósito da sociedade, do conhecimento, dos preconceitos e do cotidiano. PALAVRAS-CHAVE: Politicamente Incorreto; Educação e Alteridade; Discurso Humorístico. INTRODUÇÃO Os discursos humorísticos, após momentos de maior ou menor aceitação, repressão e difusão, passam a ser, na atualidade, uma das principais formas de mediação das relações entre as pessoas, permeando e estando presente em diversas esferas sociais e discursivas. O trecho abaixo foi extraído do livro ―O riso: ensaio sobre a significação do cômico‖, uma reunião de três artigos publicados por Bergson, em 1899, que constituem um verdadeiro tratado sobre o humor. Chamamos atenção para isto: não há comicidade fora do que é propriamente humano. Uma paisagem poderá ser bela, graciosa, sublime, insignificante ou feia, porém jamais risível. Riremos de um animal, mas porque teremos surpreendido nele uma atitude de homem ou certa expressão humana. Riremos de um chapéu, mas no caso o cômico não será um pedaço de feltro ou palha, senão a forma que alguém lhe deu, o molde da fantasia humana que ele assumiu. Como é possível que fato tão importante, em sua simplicidade, não tenha merecido atenção mais acurada dos filósofos? Já se definiu o homem como "um animal que ri". Poderia também ter sido definido como um animal que faz rir, pois se outro animal o conseguisse, ou algum objeto inanimado, seria por semelhança com o homem, pela característica impressa pelo homem ou pelo uso que o homem dele faz. (BERGSON, Henri. O Riso: ensaio sobre a significação do cômico. Rio de Janeiro: Zahar, 1987). O tema abordado pelo filósofo permanece atual, como se pode depreender do aumento significativo do espaço social reservado às manifestações humorísticas. No Brasil, muito se produz em matéria de humor. Nos jornais de grande circulação, 1 escritores e chargistas fazem diariamente a crônica bem humorada da política e dos costumes. Emissoras de rádio destinam espaços valorizados a programas que debatem temas atuais em uma atmosfera descontraída, com estímulo a brincadeiras e a comentários jocosos. Emissoras de televisão, além de contarem com os tradicionais programas humorísticos, têm investido em novos formatos, como entrevistas com apresentadores comediantes e programas que fazem um misto de jornalismo e humor. Casas de teatro têm sido palco para um novo grupo de humoristas, que, com apenas um microfone e um pedestal divertem plateias cada vez mais numerosas, ou seja, o humor de ―cara limpa‖ (sem personagem ou figurino especial) e muitas histórias para contar (stand-up comedy). Os textos são críticos, com humor baseado nas reflexões do cotidiano, experiências pessoais e ―neuroses urbanas‖. Na internet, além dos sites que reproduzem piadas de autoria desconhecida, há os que apresentam uma produção própria, com textos, vídeos e charges, satirizando principalmente políticos e celebridades. Entretanto, segundo Gruda (2013), se, ao longo do tempo, esse gênero textual esteve ligado à profanação, ao caos, à injúria, à virulência, ―ao baixo‖, sobressaindo-se pelo viés crítico impulsionado por tais características, atualmente, em nossa ―Sociedade Humorística‖ como denomina Lipovetsky (2005), o discurso humorístico é enfraquecido no seu poder combativo e contestador ao passar, majoritariamente, a ter como características: uma postura light; ser meramente lúdico; e tornar-se cínico (BIRMANN apud KUPERMAN, 2003). Assim, no contemporâneo o humor tem seus sentidos e propósitos primordiais silenciados, pois se em outros tempos estava ligado ao escárnio, à crítica ácida e agressiva, ao riso zombeteiro e ao discurso não oficial, o humor atual acaba por se tornar instrumento do esvaziamento de sentido tão em voga no contemporâneo. As ideologias, as posições e discursos [então] são neutralizados pelos gracejos lúdicos e divertidos [...]. (GRUDA, 2011, p.29) A profusão dessas manifestações revela uma ampla liberdade de expressão, para cuja conquista o humor também teve sua parcela de contribuição. Jornalistas, escritores e comediantes saúdam essa liberdade, entendendo que o espaço para o humor não está a serviço apenas da diversão, mas também da crítica social. Há, contudo, quem considere que, no exercício dessa liberdade, excessos estejam sendo cometidos. Em resposta a isso, alguns afirmam não ser possível provocar o riso sem incomodar, já que o humor se constrói a partir de um olhar crítico sobre o comportamento humano. 2 Assim, o objetivo deste trabalho é analisar as discussões em torno do ―politicamente incorreto‖ nos discursos humorísticos dos programas de comédia brasileira (―CQC‖, ―Comédia MTV‖, ―Legendários‖ e ―Pânico na TV‖) que têm uma forma discursiva polêmica, entretanto, muito fecunda em produzir reflexões via sua crítica ácida e corrosiva, analisando alguns de seus desdobramentos e inserções na atualidade. 1. O PAPEL E OS LIMITES DO HUMOR NA SOCIEDADE De acordo com Gruda (2013), anteriormente vivia-se em uma sociedade do conflito, onde as diferenças eram acirradas e os antagonismos sociais geravam embates, desordem e revoluções e na qual o humor crítico e agressivo, embora combatido pelos poderes e normatizações instituídas, tinha seu espaço e funções. Porém, a passagem para uma sociedade do consenso (e humorística), dominada pelo respeito exacerbado a diferença e por um discurso ético moralizante extremista, o humor para poder ser aceito deve, de fato, ter reios, regras e parâmetros de ―boa conduta‖ estabelecidos a priori e, tal qual a maioria das coisas no e do mundo atual, a comicidade também tem de estar adequada, fundamentada e sintonizada ao discurso do politicamente correto. Atualmente, tudo está ―vigiado‖ pelo politicamente correto, o qual se julga, como discute Paula (2008), ser um tipo de discurso muito mais fascista do que aqueles ligados a censura imposta por ditadores, por exemplo. Pois, ao contrário do discurso dos regimes ditatoriais onde se ordena de forma explícita como as coisas devem/podem ou não devem/não podem ser, o que possibilita identificar, driblar e combater as opressões sofridas, o politicamente correto se impõe ao permear sub-repticiamente todas as práticas sociais e discursivas, o que acaba por inviabilizar e condenar previamente quaisquer comportamentos ou falas que não estejam de acordo com os moldes que este estabelece. De fato, o movimento em defesa de um uso politicamente correto da linguagem fornece evidências vivas em favor da teoria da Análise do Discurso (AD) e, em especial, da afirmação de Bakhtin segundo a qual o signo não reflete, mas refrata a realidade, tornando-se, por consequência, uma arena da luta de classes (BAKHTIN/VOLOSHINOV, 1981, p. 46) Assim, suas implicações para as teorias do sentido são óbvias: mostra-se de forma muito clara como se dá a disputa pelo sentido de 3 certas palavras, pois o movimento consiste em grande parte nessa luta e na denúncia dos efeitos de sentido que o uso de certas formas implica. Para Possenti e Baronas (2006, p. 49), tais palavras, cujo uso e cujo sentido se disputa, permitem assistir a várias micro-histórias semânticas de alto valor epistemológico, já que exibem claramente o processo de criação de certos efeitos de sentido. Além disso, e de forma talvez mais interessante, os dados manifestam discordâncias mesmo entre locutores que aparentemente deveriam estar do mesmo lado, se só houvesse dois lados, sobre quais sejam as palavras mais adequadas e quais os seus reais sentidos. Segundo o pensador francês C. Lefort (1994 apud POSSSENTI; BARONAS, 2006, p. 52), o movimento do politicamente correto "é um fenômeno americano, anglo- saxônico, que é insuportável, mas que é interessante na medida em que parece traduzir algo de muito antigo em certa tradição de seita nos Estados Unidos. Como se tudo precisasse passar por uma regra para poder existir." Para outros, o fenômeno até pode ser tipicamente americano, mas isso não implica necessariamente a conotação de seita que Lefort lhe atribui. O filósofo Renato Janine Ribeiro (1992 apud POSSSENTI; BARONAS, 2006, p. 52), por exemplo, assinala que o movimento pode apresentar problemas, mas é resultado da organização das minorias, e que, se é fraco no Brasil, isso se deve mais a suas virtudes que a seus defeitos. Sua pouca força resultaria do fato de que as minorias aqui são pouco organizadas. Os textos que contêm elementos relevantes, e dos quais se pretende esboçar uma análise neste trabalho, mostram claramente que há grupos organizados em torno dos sentidos das palavras e que lutam para que alguns sejam vitoriosos e outros, eliminados. Segundo esta perspectiva, considera-se realista pensar que se trata de exemplos vivos de que a significação só pode ser explicada através de uma história, concebida
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