Cqc – Custe O Que Custar O Jornalismo Como Entretenimento E Espetáculo 1

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Cqc – Custe O Que Custar O Jornalismo Como Entretenimento E Espetáculo 1 CQC – CUSTE O QUE CUSTAR O JORNALISMO COMO ENTRETENIMENTO E ESPETÁCULO 1 2 Luiza Lusvarghi RESUMO: A cultura do fast food e de franquias como Big Brother agora também se estende aos formatos televisivos jornalísticos. Da mesma forma que ocorre com o entretenimento, a franquia possibilita a uma rede menor, sobretudo na televisão, preencher uma grade com novidades. O que vem causando polêmica é a adoção desta estratégia, tradicionalmente aplicada a formatos de entretenimento, dentro do jornalismo. O CQC é uma franquia latina, criada pela Eyeworks-Cuatro Cabezas, uma produtora argentina, que já comercializou o formato para a Espanha, Chile, Argentina e Brasil, e que vem conquistando, sobretudo, os adolescentes, pela sua identidade visual. PALAVRAS-CHAVE: notícia-mercadoria; franquia; infotenimento: telejornalismo. 1 Este artigo foi parcialmente baseado em comunicação oral apresentada durante o IV Encontro de Pesquisadores do Núcleo Alterjor, realizado em junho na ECA USP. 2 Doutora em Ciências da Comunicação pela ECA-USP e professora da Uninove/SP. E-mail: [email protected] Revista ALTERJOR Grupo de Estudos Alterjor: Jornalismo Popular e Alternativo (ECA-USP) Ano 03– Volume 01 Edição 05 – Janeiro-Junho de 2012 Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900 1. Introdução Hoje, tornou-se comum ouvir a expressão jornalismo alternativo surgir quase como sinônimo de novas tecnologias, redes sociais e programas de entretenimento na televisão. Humoristas, atrizes, todo mundo faz jornalismo em praticamente todas as atrações da grade de emissoras de sinal aberto e a cabo. A web, certamente, ajuda a promover essa “expansão”. Mesmo que os dados sobre banda larga e equipamentos pessoais não cheguem a ser alarmantes no Brasil, por exemplo, sabe-se hoje que as pessoas acessam a web e as redes em seu trabalho, e que algumas empresas usam essas ferramentas em sua comunicação externa e interna, da mesma forma que os grandes grupos de mídia, e os movimentos sociais, o que amplia o seu alcance. A ideia de que as redes sociais, por si só, efetivamente representam uma nova forma de organização social e política também é recorrente. Episódios como a convocação feita através do Facebook para um protesto em São Paulo contra a Associação de Moradores de Higienópolis, empenhada em suspender a construção de uma nova estação do metrô, somente reforçam essa visão. 2 Se os estudos sobre imprensa não possuem uma larga tradição no Brasil, o fato é que são ainda mais raros no caso específico do jornalismo alternativo. Uma referência neste campo é o trabalho de Bernardo Kucinski, publicado em “Jornalistas e revolucionários : nos tempos da imprensa alternativa”. A maioria dos estudos sobre História da comunicação no Brasil nem sequer menciona esses jornais alternativos, que se tornaram referência para o entendimento da imprensa brasileira nos anos 1970, inclusive pela dificuldade de encontrar documentos para a pesquisa. Um a cada dois jornais não chegava ao primeiro ano de existência. Apenas 25 jornais, sobreviveram a até cinco anos (KUCINSKI, 2003). Opinião, Movimento, Em Tempo, além de O Pasquim, Bondinho, Versus, Coojornal e Repórter, que foram responsáveis por revelar muitos dos jornalistas que hoje possuem destaque na grande imprensa. O processo de abertura política, ao longo da década de 80, acabou por transferir o engajamento político e a comunicação voltada para o ativismo para órgãos de sindicatos, algumas Ongs e partidos políticos. Revista ALTERJOR Grupo de Estudos Alterjor: Jornalismo Popular e Alternativo (ECA-USP) Ano 03– Volume 01 Edição 05 – Janeiro-Junho de 2012 Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900 Kucinski distingue a imprensa alternativa em dois segmentos, o primeiro predominantemente político, com raízes nos ideais de valorização do nacional e do popular dos anos 1950, e o segundo com raízes nos movimentos de contracultura norte- americanos e, através deles, no orientalismo, no anarquismo e no existencialismo de Jean-Paul Sartre. Rejeitavam a primazia do discurso ideológico, sendo mais voltados à crítica aos costumes e à ruptura cultural. Entre meados de 60 e o final da década de 70 no Brasil, conhecidos como os “anos de chumbo” da ditadura militar , o termo imprensa alternativa tornou-se corriqueiro para designar jornais tão distintos quanto o irreverente Pasquim e o tradicional Movimento. Para Bernardo Kucinski (2003), a imprensa alternativa seria resultante da articulação de duas forças: o desejo das esquerdas de protagonizar as transformações a que se propunham em sua busca de espaços alternativos à grande imprensa e à universidade, e da oposição ao sistema representado pelo regime militar e às limitações à produção intelectual-jornalística. Sendo assim, a expressão não teria mais sentido hoje, num Brasil governado sob uma democracia neoliberal. Outros intelectuais fazem coro a esse conceito de jornalismo alternativo no Brasil, como o próprio Alberto Dines, editor do 3 Jornal do Brasil naquele período de restrições impostas pela cartilha do AI-5, por acreditar que dificilmente a imprensa atual poderia ter a mesma expressão da imprensa “nanica” da década de 70. A discussão sobre o telejornalismo do período, personificado como a Rede Globo, foi relegado à tarja de “imprensa oficial”, pelo seu aspecto colaboracionista, e experiências instigantes como a primeira fase do projeto Globo Repórter, ou ainda o telejornalismo público da TV Cultura, vêm sendo objeto de estudos mais recentemente, sobretudo a partir da década de 90. Ainda assim, nenhuma destas experiências certamente mereceria o adjetivo de “alternativo”, nos moldes da mídia impressa, que era economicamente independente de grandes conglomerados e vínculos institucionais. O objetivo principal deste artigo é discutir de que forma o conceito de jornalismo alternativo elaborado por Kucinski poderia ser aplicado ao telejornalismo contemporâneo. Se levarmos em conta os conceitos de Kucinski, de uma certa forma, o videoativismo encarnado pelos produtoras de vídeo independente e pelos movimentos políticos na década de 80, no Brasil, seriam os mais fiéis herdeiros dos conceitos de Revista ALTERJOR Grupo de Estudos Alterjor: Jornalismo Popular e Alternativo (ECA-USP) Ano 03– Volume 01 Edição 05 – Janeiro-Junho de 2012 Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900 mídia alternativa aplicados à imprensa nanica da década de 70. Assim, o telejornalismo alternativo, na atualidade, seria possivelmente um rótulo destinado a programas que de uma certa forma, são tributários daqueles movimentos. Uma referência forte, num primeiro momento, recairia certamente sobre a figura polêmica de Marcelo Tas, da extinta Olhar Eletrônico, atualmente apresentador da franquia de jornalismo CQC, programa frequentemente citado entre os jovens como exemplo de jornalismo alternativo. 1.1 Jornalismo e videoativismo Sobre o papel do vídeo independente no período imediatamente posterior, os estudos são ainda mais escassos. É fundamental analisar o papel do vídeo independente para o telejornalismo atual e para o jornalismo audiovisual, dentro da mesma perspectiva dada por Kucinski à imprensa alternativa impressa. Ao longo da década de 80, o vídeo-ativismo desenvolveu papel fundamental na renovação das ideias políticas, mas também na forma de se produzir reportagens e documentários. Fazer televisão fora da televisão (SANTORO, 1989) foi o grande mote da década que culminaria com as primeiras eleições diretas da história do país. O baixo custo e a facilidade operacional 4 incentivavam a independência, na produção. No cinema mundial, o primeiro a realçar esse papel iconoclasta do vídeo foi o cineasta Jean-Luc Godard, ao propor, a um grupo de estudantes, em 1969, em Montreal, que tomassem em mãos um dos instrumentos do poder – um equipamento de vídeo. Neste período, vão surgir diversas experiências de vídeo-ativismo como TV Viva (Olinda, PE); TV Maxabomba (Rio); TV dos Trabalhadores (Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo); TV Bixiga, ligada ao Museu Memória do Bixiga, em São Paulo, a primeira emissora de bairro; a TV dos Bancários, ligada ao Sindicato dos Bancários; a Lilith Vídeo, formada por militantes feministas; o Cecip – Centro de Criação da Imagem Popular, surgido por ocasião da convocação de uma greve geral em 1986, e que tem como um dos fundadores o documentarista Eduardo Coutinho. Em 1986, foi criada, ainda, a ABVMP – Associação Brasileira de Vídeo do Movimento Popular (SANTORO, 1989). Os principais fatores a estimular esse movimento no Brasil foram o surgi-mento de novas tecnologias, o apoio de entidades internacionais, como a Fundação Ford, para esses movimentos, o processo de redemocratização; o Movimento de “Diretas” Já em Revista ALTERJOR Grupo de Estudos Alterjor: Jornalismo Popular e Alternativo (ECA-USP) Ano 03– Volume 01 Edição 05 – Janeiro-Junho de 2012 Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900 84; o descaso da Rede Globo diante destas mudanças, o que gerou uma crise de credibilidade na cobertura. A TV Gazeta, em São Paulo, possuía um espaço, o Programa Ondas Livres (86) e depois o TV MIX, com os repórteres-abelha fazendo videoreportagens, um conceito então inédito em jornalismo no Brasil, sobre politica e comportamento. A TV Gazeta, sob a gestão de Jorge da Cunha Lima, a partir de 1987: funcionou como um centro experimental de televisão e vídeo. Fernando Meireles, Serginho Groissman,
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