Eu Sou O Último Judeu

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Eu Sou O Último Judeu Chil Rajchman Eu sou o último judeu Treblinka (1942-1943) Prefácio Annette Wieviorka Diretora de Pesquisas do Centre National de la Recherche Scientifique Tradução André Telles A todos a quem não foi possível contar. Andrés, Daniel, José Rajchman. “Mesmo quando terrível, o escritor deve dizer a verdade, e o leitor, conhecê-la. Esquivar-se, fechar os olhos, passar adiante é insultar a memória dos que pereceram.” VASSILI GROSSMAN “Terminara a época em que os dias se sucediam vivos, preciosos, únicos: o futuro erguia-se à nossa frente, cinza e sem contornos, como uma invencível barreira. Para nós, a história tinha parado.” PRIMO LEVI Mapa da Polônia em 1943 Sumário Prefácio, por Annette Wieviorka 1. Em vagões chumbados rumo a um destino desconhecido 2. Entramos num bosque. Uma imagem da morte. Os homens à direita, as mulheres à esquerda! 3. Descrição do campo 4. Viro tonsurador 5. A primeira noite no galpão. Moyshe Etinger conta que sobreviveu e que não se perdoa por isso. Outros fazem a prece do fim do dia e recitam o kaddish 6. Trabalho como tonsurador. O vestido da minha irmã. A última vontade de uma velha senhora. As gargalhadas de uma adolescente. Cantamos 7. Novos comboios. O shema-Israel nas câmaras de gás. Nossa primeira decisão de fugir. Meus últimos dias no campo nº 1 8. Treblinka – campo nº 2. Viro carregador de cadáveres. Arrancamos os dentes de ouro da boca dos mortos. A técnica de carregar cadáveres 9. O companheiro Yankel me escolhe como parceiro. Sonho com minha mãe morta. O corredor dos judeus enforcados 10. Partimos em colunas para o trabalho. A bebida sanguinolenta do meu vizinho. O salto na piscina profunda 11. Sou lotado na brigada dos dentistas. Quarenta e oito horas nas câmaras de gás. A corrida louca antes e depois do gás. A técnica “dentária”. Sou espancado por ter deixado passar dentes de ouro 12. Os judeus de Ostrowiec são levados à noite para as câmaras de gás. Eles resistem. Mathias, comandante do campo, é ferido… Uma nova distração. Escaramuça dentro das câmaras de gás 13. A vida no galpão. A epidemia de tifo. O Lazarett 14. O Obersturmführer Franz e seu cachorro Bari. Os assassinos bebem em homenagem à chegada de judeus ingleses. Um novo “especialista” 15. Cerca de 250.000 corpos esfumam-se no ar. Comboios de judeus búlgaros. E sempre a música… 16. Uma fogueira ainda mais eficaz é construída. Alguns dias sem comboios. Somos informados da revolta do gueto de Varsóvia. Os vestígios da matança são apagados. Plantamos tremoços. Himmler visita Treblinka 17. Um dia de grande calor. “Bugigangas”. Mikolai e Ivan. O assassino Tsake-tsake 18. Preparamos a revolta. Pessah no galpão. O levante de Treblinka 19. Batemos à casa de um camponês. Os assassinos nos procuram. Tomo o rumo de Varsóvia. Conheço um homem… Querem me entregar à polícia. Chego a Varsóvia Bibliografia Créditos iconográficos Agradecimentos Prefácio “Os vagões tristes me carregam para lá. Eles vêm de toda parte: do leste e do oeste, do norte e do sul. De dia e de noite, seja qual for a estação: primavera, verão, outono, inverno. Os comboios chegam lá abarrotados, incessantemente, e Treblinka prospera mais a cada dia que passa. Quanto mais comboios chegam, mais Treblinka consegue absorvê-los.” Desde a abertura deste depoimento, escrito originalmente em íidiche, língua materna do narrador, o “eu” desaparece no encadeamento alucinado de trens deslizando para um destino coletivo: Treblinka. Transportam para a usina da morte incontáveis carregamentos de criaturas imediatamente tragadas pela máquina. Chil Rajchman foi um de seus raros sobreviventes. Após a insurreição do campo, em 2 de agosto de 1943 – seu segundo nascimento, como ele diz num depoimento –,1 ele vai de esconderijo em esconderijo, o último deles em Varsóvia. A guerra ainda não terminou, e ele registra num caderno o relato dos dez meses que passou em Treblinka. Esse texto pertence a uma categoria de escritos reduzida e bastante particular: a daqueles redigidos na sombra trazida pela morte, antes do fim da guerra, para preservar o rastro de acontecimentos que desafiam a imaginação. Dois outros textos desse gênero chegaram até nós. Calel Perechodnik, ex-policial judeu no gueto de Otwock, um balneário a poucos quilômetros de Varsóvia, escapou ao “expurgo” do local, refugiou-se – após diversas peregrinações – na Varsóvia “ariana” e do esconderijo redigiu em polonês seu livro, publicado sob o título Sou um assassino?.2 Simha Guterman, por sua vez, escapou com seu filho do “expurgo” do gueto de Plock e escreveu recordações que ocultou fragmentariamente pelos caminhos que o levaram a Varsóvia. Tanto ele quanto Calel Perechodnik pereceram na insurreição da cidade.3 Nesses três textos, os autores ofuscam-se diante do que pretendem descrever. A violência, a crueza do relato, a falta de indulgência ou de mascaramento sobre o que eles fizeram só se explicam pela incerteza sobre sua própria sobrevivência. Os fatos que eles descrevem prevalecem sobre o desejo de construir uma imagem de si ou de suscitar simpatia ou compaixão. Chil Rajchman conservou consigo esse depoimento, primeiro na Polônia, depois pelos caminhos da emigração que o levaram a Montevidéu, no Uruguai, onde formou uma família e construiu uma vida profissional. Buscou dá-lo a público? Nada é menos certo. Como seus companheiros, Rajchman testemunhou, porém tardiamente, nos Estados Unidos – por ocasião do processo de desnaturalização de Ivan Demjanjuk,a em quem ele julgara reconhecer o terrível Ivan que acionava o gás em Treblinka – e depois em Jerusalém, no julgamento deste último. Para o Uruguai, tornou-se então a grande figura do sobrevivente. Só hoje é possível lê-lo. A terrível beleza e a força desse curto relato residem na imprecisão alucinada, que traduz o que foi a vida em Treblinka, sem que outros testemunhos ou conhecimentos científicos interfiram. Homens correm incessantemente sob chicotadas, tosam cabelos de mulheres, arrancam dentes de cadáveres, voltam a correr transportando corpos decompostos. No texto de Chil Rajchman, poucos nomes – Kurt Franz, naturalmente, e seu cão Bari; Mathias, provavelmente designando o SS Arthur Matthes; alguns epítetos, como é caro ao iídiche: o SS torna-se o “assassino”, o homem encarregado de aperfeiçoar a incineração de centenas de milhares de corpos em putrefação, cuja identidade os detentos ignoram (provavelmente Herbert Floss), e que inventa um engenhoso sistema de incineração utilizando trilhos é apelidado ironicamente de “o Artista”. Da mesma forma, vemos poucas datas nesse relato, excetuando-se a da revolta de 2 de agosto de 1943, que fez incontáveis mortos mas permitiu a evasão de algumas centenas de detentos então presentes no campo. Muitos foram mortos. A maioria destes foi recapturada após uma gigantesca batida; algumas dezenas ainda viviam depois da guerra. Para saber mais sobre o autor, é necessário remeter-se a outras fontes.4 Chil Rajchman nasceu em Lodz, na Polônia, em 14 de junho de 1914. Lá morou com o pai, as três irmãs e os dois irmãos até a guerra, tendo sua mãe falecido em 1931. Lodz situava-se no Wartherland, parte oriental da Polônia anexada à Alemanha e rebatizada como Litzmannstadt. Um de seus irmãos conseguiu alcançar a parte da Polônia anexada à União Soviética, onde sobreviveu à guerra. Em outubro de 1939, Chil e sua irmã mais nova – a mais velha era casada – chegam à cidade de Pruszkow, a uns 20km de Varsóvia no Governo Geral. O restante da família permanece em Lodz, sendo logo confinada no gueto. Chil é requisitado durante um tempo para trabalhos forçados, enquanto sua irmã é despachada para o gueto de Varsóvia, onde ele a reencontra quando a brigada do trabalho de Pruszkow é dissolvida e todos os judeus são para lá encaminhados. Por caminhos sobre os quais ele não dá nenhuma explicação, numa data que ignoramos, consegue arranjar documentos e, sempre com a irmã, alcança a cidade de Ostrow Lubleski, cerca de 30km a nordeste de Lublin. Do tempo que lá passou com a irmã, guarda a lembrança de uma vida sem sofrimento e sem fome. Até o momento em que os alemães decidem que a região deve ser judenfrei, expurgada dos judeus. Com a irmã e todos os judeus dos lugarejos circundantes, é conduzido a Lubartow. É quando começa o relato: “Os vagões tristes me carregam para lá.” Lá: Treblinka, lugar sobre o qual ele não sabe nada. Chil Rajchman viveu o inferno de Treblinka, para repetir o título da brochura5 que Vassili Grossman – na época correspondente de guerra para a imprensa soviética e corresponsável, com Ilya Ehrenbourg, pelo Livro negro que recolheu depoimentos sobre a destruição dos judeus da União Soviética – dedicou ao campo em 1944, a partir dos depoimentos que ele mesmo reunira e também de declarações escritas coligidas pela Comissão de Investigação dos Crimes Alemães na Polônia.b O escritor fornece uma descrição arrebatadora do local onde aporta em setembro de 1944: “A leste de Varsóvia, nas margens do Bug ocidental, estendem-se areias e pântanos, densas florestas de pinheiros e folhagens. Nessa terra indigente, as aldeias são raras: o homem evita os caminhos árduos onde o pé chafurda, onde a roda mergulha até a medula na areia profunda.” Ali, na linha férrea de Siedlce, acha-se a estaçãozinha ferroviária de Treblinka, a uns 60km de Varsóvia, não longe do entroncamento de Malkinia, por onde passam as ferrovias de Varsóvia, Bialystok, Siedlce, Lomza. Uma paisagem monótona, “pinheiros e areia, areia e pinheiros, com algumas poucas touceiras de urzes, um arbusto ressequido, uma parada morosa, uma cruzamento de linhas … uma agulha de via única partindo da estação para se embrenhar no bosque entre os pinheiros que a espremiam dos dois lados. Essa agulha conduzia a uma fábrica de areia branca usada nas construções industriais e urbanas.
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