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JANEIRO 1958 NUMERO 343

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N.0 345 • JANEIRO 1958 - ANO XXX • PREÇO 2|50 FUNDADOR; ENG. ALVARO DE UMA HENRIQUES DIRECTOR: ENG.0 ROBERTO DE ESPREGUEIRA MENDES EDITOR: DR. ÉLIO CARDOSO Propriedade da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses / Estação de Santa Apolónia / Lisboa Composto e Impresso nas Oficinas Gráficas da 'Gazeta dos Caminhos de Ferro» — R. da Horta Seca, 7 Tel. 20158 - Lisboa

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r AIS um ano se passou na ronda do tempo. E mais um ano se apresenta no calendário da vida. 0 que passou, teve a caracterizá-lo, essencial- mente, para além da cadência de trabalho fecundo que nos últimos anos tem distinguido a actividade ferroviária do Pais, o encerramento das comemorações com que foi festivamente celebrado em o centená- rio do caminho de ferro — comemorações culminadas com a inauguração, em 28 de Abril de 1957, do importante serviço de comboios eléctricos nas nossas linhas. 0 novo ano em que entramos, vai ser trilhado com a mesma regularidade e eficiência de trabalho que se conseguiu imprimir às anteriores jornadas. Disso estamos certos. Compro- va-o bem o conjunto das realizações que 1958 vai comportar, das quais não queremos deixar de destacar, como mais importantes, entre outras, o prosseguimento dos trabalhos de electrificação na , até Entroncamento ; a conclusão das obras das pontes da Beira Alta; a conti- nuação do programa de concentração oficinal nos núcleos do Barreiro, Entroncamento e Posto diesel de Contamil; o inicio do programa de metalização de carruagens; o seguimento das obras de remodelação da estação de Santa Apolónia e a conclusão do 1.° Plano de Fomento, cuja exe- cução se empreendeu em 1953 e através do qual o Governo da Nação tem facultado à C. P. ampla asssistência. Quer dizer, em Portugal como além-fronteiras, nos países de vanguarda ferroviária, o caminho de ferro não cessará de procurar adaptar-se, pelo constante aperfeiçamento dos seus meios, às exigências e necessidades da vida hodierna, servindo, na máxima medida das suas possibilidades, ioda a Nação — como é sua função e razão única de existência. No dealbar deste promissor ano, saudamos efusivamente todos os que trabalham no caminho de ferro, augurando-lhes as maiores prosperidades e venturas. Como antes, como sempre, sabemos poder contar com a boa-vontade, com a dedicação, com o denodado labor de todos os que servem a Companhia — e que continuando a honrar e dignificar a sua profis- são nos ajudam, nos animam a, confiantes, podermos cumprir a tarefa em que nos empenhamos.

R. DE ESPREGUEIRA MENDES Algumas Notas sobre a Estrutura do

Tráfego de Mercadorias na Rede da C. P.

Felo Prof. DOUTOR JOÃO FARIA LAPA

eEGUNDO dados fornecidos pelo do tráfego em grande velocidade: este passa

na Expansão do Turismo

Pelo Pr. CARLOS DE ALBUQUERQUE

OR esse mundo civilizado o Turis o Secretariado Nacional de Informação, Cul- mo está merecendo dos gover tura Popular e Turismo (S. N. I.), entre outras nantes a maior simpatia, jé missões promove a expansão do turismo, criando departamentos oficiais elabora os planos gerais, coordena os esfor- com o objectivo de promover c ços dos órgãos locais e das actividades que sua expansão, já facilitando a actividade das com ele mais estreitamente se relacionam de instituições particulares destinadas a fomen- forma a garantir a unidade do pensamento e tá-lo, já financiando-o, já incitando o investi- de acção. mento de capitais nas indústrias com ele rela- Recentemente foi criado o Conselho Na- cionadas, já disciplinando os seus principais cional de Turismo, importante órgão de con- elementos de actividade ('). sulta para assuntos relativos ao turismo e Tão elevado grau atingiu o interesse pú- constituído por representantes das indústrias blico pelo turismo, tão dilatada a sua expan- de transportes (ferroviárias, rodoviárias, ma- são que ultrapassou as fronteiras nacionais e rítimas e aéreas), da indústria hoteleira, das projectou-se no âmbito internacional. agências de Viagens e dos guias-intérpretes. Vemos, assim, o turismo ser objecto das Mas, perguntará o leitor menos Versado atenções das mais importantes organizações nestes assuntos, porque tanta simpatia, tanto internacionais, tais como a Comissão Econó- carinho pelo turismo ? mica para a Europa (C. E. E.), a Organização E que o turismo, esse fenómeno social da Europeia de Cooperação Económica (O. E. nossa época, como já foi designado, oferece C. E.) e a Organização das Nações Unidas tantas e tais Vantagens que bem justificam o para a Educação, Ciência e Cultura (U. N. interesse que provoca. Entre aquelas avultam E. S. C. O.). as culturais e as económicas. De facto, as No nosso País, desde há muitos anos que viagens de turismo proporcionam conheci- mentos directos que contribuem poderosa- mente para o aumento da cultura dos povos (') —No ano findo foram publicados em Portugal (cultura artística, científica, histórica, etc,). dois importantes diplomas legislativos tendentes a Produz o turismo afluxo de divisas es- disciplinar a actividade das «Agências de Viagens e trangeiras em tão alto grau, nalguns países, Turismo»; o decreto-Iei n.041 248, de 31 de Agosto e o decreto n.0 41 307, de 3 de Outubro. que ele constitui elemento Valioso da balança As Agências são importantes elementos de incre- de pagamentos. Ele estimula, também, a acti- mentação do turismo. vidade de muitas indústrias como as de hote- laria, artigos de viagem, dos transportes, e, nosso País se deve aos caminhos de ferro a em especial, o artezanato e o comércio. Nal- sua expansão. guns países, tais como a Suíça, os capitais De há muito que os caminhos de ferro investidos na indústria do turismo eievam-se Vêm estimulando o Turismo, já organizando a somas avultadas. Há ainda a registar o in- as Viagens, já organizando serviços especiais tenso trabalho que o turismo proporciona a por ocasião das grandes feiras e romarias, já uma parte da população activa. promovendo excursões a preços reduzidos, Estas considerações fazem-nos relembrar já orientando a sua política tarifária no sen- o papel eminentemente preponderante que os tido desejado, criando bilhetes de Veraneio, caminhos de ferro desempenharam na expan- de fim de semana, de grupos excursionistas, são do turismo. Foram, de facto, as facilida- quilométricos, etc. Mas o mais importante des que aqueles proporcionaram, quanto a impulso dado ao turismo social no nosso comodidade e a preços, que determinaram o País se deve primeiramente ao engenhoso impressionante desenvolvimento do turismo. empreendimento dos comboios-mistério, o Eles facilitaram as viagens às classes finan- primeiro dos quais circulou em 25 de Junho ceiramente menos favorecidas. de 1932 e depois à criação dos Expressos As Viagens que antes do aparecimento do Populares, que tanto interesse despertou no caminho de ferro podiam somente ser em- público, postos em circulação pela primeira preendidas pelas classes de maiores proven- vez em 7 de Agosto de 1933. tos, passaram a estar ao alcance da maioria. Tanto aqueles como estes comboios, faci- À medida que os caminhos de ferro alas- litando a preços módicos viagens de turismo, travam a sua rede e facilitavam as viagens, segundo plano cuidadosamente estabelecido, aumentava o número de turistas, que come- impulsionaram pelo elevado número de com- çaram a viajar agrupados, em excursões. Foi, participantes o turismo nacional e levaram a porém, após a primeira grande guerra mun- muitos o gosto de viajar. Ainda no ano findo dial que se definiu o turismo das grandes se realizaram dezenas de excursões promo- massas, o turismo social. vidas pelos nossos caminhos de ferro, dentro Os governos dos vários estados, reconhe- do patriótico propósito de dar a conhecer, a cendo a importância social e económica deste um maior número de portugueses, o seu turismo, facilitaram o seu desenvolvimento, País. chegando alguns a criar organismos, que tiveram renome, destinados a promover e a 2 2 ( )— Em Portugal a Fundação Nacional para a Ale- facilitar as viagens de trabalhadores ( ). gria no Trabalho (F. N. A. T.) tem, entre as suas mis- Portugal, como Vemos, não ficou indife- sões, o objectivo de promover viagens de turismo aos rente ao movimento turístico. Também no trabalhadores. Os I( i i ( \ i 11 i( s e o Mata

Pelo Eng.0 FREDERICO DE QUADROS ABRAGÃO

IA de Natal! Noite de Natal! resplandecente da Mãe e o olhar, feito de A «noite silenciosa», a «noi- pureza e ternura, das crianças. te santa», como lhe chama a A mesa é o ponto de reunião, mas não é linda canção alemã tão co- bem a ceia da Consoada que une naquela nhecida, é bem a noite da hora a Família; é o laço invisível, indestrutí- Família, aquela em que, do vel, dos corações que se amam, que se que- fundo ancestral da alma de cada um, sobe^ã rem, estremecem de saudade, saltam de ale- superfície esse duplo sentimento que sempre gria do presente ou batem inquietos do nos acompanha: a saudade dos que já parti- futuro. ram, a recordação dos ausentes e a alegria E, por toda a terra, há uma noite de paz, dos que podem ainda desejar uns aos outros: de perdão e de esperança. A terra parece «Feliz Natal» ! «Glória a Deus nas alturas e, dormir, silenciosa e grave. na terra, paz aos homens de boa vontade» ! Quase toda a terra... Há no Céu cânticos de anjos e na terra o Porque a essa hora, em que o fogo cre- gorjeio de cristal do riso das crianças —a pita na lareira e a sopa fumega na mesa da eterna alegria da vida —e o sorriso bondoso Consoada, a essa mesma hora, o rápido cor- e triste ou magoado e saudoso dos que, em re a 100 à hora, o Foguete desliza sereno torno do lume do mesmo braseiro, ficam de como um voo, o correio, pacato e pesadão, olhos perdidos no passado. não pára, não pode parar, na esteira dessas No lar de cada um, na grande maioria dos fitas de carris, a que o luar dá cintilações de lares, pelo menos daqueles que ainda sentem prata, e que parecem atraí-lo para sempre fu- — ainda têm a felicidade de sentir—que a girem à sua frente. vida é alguma coisa mais alto do que os in- Lá dentro, geralmente pouca gente, muito teresses, as lutas, os egoísmos, os despeitos, menos que o costume; só aqueles que uma as ambições, as rivalidades, nesses lares há necessidade ou um dever obrigam. um lume que arde em cada lareira e aquece a Mas na poderosa locomotiva, no comando casa e os corações; e, no lugar de honra, o da automotora, no desconforto do furgão, na ingénuo presépio em que o Menino dorme, torre dos sinais, na guarda das linhas, no ser- 6 entre a vaquinha e a jumenta, sob o olhar viço das estações, uns centos de homens- fiem Indiferentes nem insensíveis, estão sós, Ao humilde ferroviário, porém, isso pou- longe dos que lhes são queridos, atentos como co importa e nem tempo terá para em tal pen- em qualquer outro dia à comodidade, à se- sar, tão habitual, tão espontâneo, tão natu- gurança, à pontualidade. ral lhe parece o cumprimento da sua dura O fogo, que lhes encandesce a cara, não tarefa. é o das brasas da sua lareira ; a luz, que lhes O serviço bem feito, o dever cumprido, o recorta as silhuetas, não é a da sala familiar comboio a horas, a comodidade que ofereceu, onde os que lhes são queridos sentem a sua a segurança que garantiu, tanto lhe basta. falta, o seu grande ausente. E é isso, afinal, que faz o valor, a gran- Mas há outra chama que os ilumina, outro deza, a nobreza, o orgulho, a dignidade da fogo que os alimenta: a chama do dever, o sua profissão, do seu imétier d'homme». fogo da profissão, do brio profissional. Em algumas outras profissões, poucas, o É esse o Natal do ferroviário; Natal em mesmo acontece; mas que nos perdoem se que bem poucos pensam, dever que raros para a nossa velha sensibilidade de ferroviá- admiram, dedicação que nem todos agra- rio isto toma, aos nossos olhos, especial decem. relevo.

a Como em número ante- rior noticiámos, a C. P. jpgs.4^||j procedeu à substituição da ponte de Noémi, na Unha da Beira Alta, com que se concluiu o grupo de 12 pontes e pontões, cuja renovação a Com- .v. SíSí : HUSI panhia tomou a seu car- go. Eis mais alguns as- pectos dos importantes trabalhos, concluídos na i: presença do Direcfor- -Geral da C. P.

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Divertindo-se, pode ganhar dinheiro

PRÉMIOS—300$00

Os «FOGUETES», os mais velozes comboios que circulam em Portugal, foram encomendados no estran- geiro, em 1953. Asseguram 4 ligações diárias entre Lisboa e . Cada composição, com a lotação de 174 passageiros apenas em 1.® classe, é composta por duas automotoras diesel eléctricas, com a potência unitária de 505 c. v., e por um reboque intermédio. Os «FOGUETES podem atingir, em patamar, a . .... Velocidade de 120 Km/h. Como de costume, as respostas dos nossos assi- nantes devem ser-nos enviadas, em simples postal, até • ;' i ao fim do corrente mês. Os prémios serão sorteados entre os concorrentes que nos tiverem enviado res- postas certas. Resultado do Concurso n.0 5 Solução : D. José de Salamanca. Concorrentes premiados: —Custódio Bastos^s- criturário da Secção de V. O., Entroncamento; Antó- M 0 nio Lúcio, subchefe do distrito n. 429, Covelinhas; 0 João Alípici da Silva Júnior, operário ajudante de IM . "7 Telecomunicações, Barreiro. Oual o País de fabrico dos «Foguetes» ?

1 Se queres encontrar o m - infinito, per- corre o finito em todas as IMWi direcções Goethe

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■ Um bonito jardim: o do ■ depósito de máquinas, 8 ■BB na Régua NO PAÍS DOS SAMURAIS

a ARAS notícias chegam até nós sível mercê do enorme surto industrial do dos caminhos de ferro do fabu- País. E atente-se que somente a partir de loso arquipélago do Cipangu, 1868 é que os nipónicos tomaram contacto Fonte do Sol ou Pátria dos com o Mundo que os rodeia, Deuses. Talvez por ser dos O Japão é constituído por quatro grandes países mais distanciados dos grandes lares ilhas — Kiusiu, Honsiu, Sicocu e Hocaido—e da raça branca. E no entanto, a sua via férrea por mais 4 219 pequenas ilhas fundeadas em é das mais importantes do mundo — em técni- volta das maiorais. A ilha de Kiusiu é maior ca, em densidade de rede, em efectivo de que a Suíça e a de Honsiu é quase do tama- pessoal, em parque de material e até em trá- nho da Inglaterra. A sua área total é de fego movimentado. É talvez, também, por o 368.589 km2 e comporta 88 milhões de habi- Japão se ocultar na lonjura, que maior tem tantes. sido, para nós, o seu estranho feitiço. Terra cantada por Pierre Loti e Wences- Daqui a razão de apresentarmos, aos nos- lau de Morais, o Japão é ainda hoje um país sos leitores, algumas curiosas particularida- de lenda e de tradição; mas é também já, des, pouco ou nada conhecidas, da Rede apesar da derrota que sofreu, uma realidade nipónica — alinhavadas com elementos direc- bem viva, de economia em pleno ressurgi- tamente oriundos da Direcção-Qeral dos Ca- mento, que enfileira, com proeminência, ao minhos de Ferro Japoneses. lado dos potentados mundiais da vanguarda. Todos sabem que em 1543 aportou ao Chamemos-lhe a «Alemanha» do Extremo- Japão a primeira nau portuguesa e com ela Oriente. O seu exemplo é um ensinamento. alguns dos primeiros europeus que pisaram o Vale como uma evidência. Vale como uma solo nipónico. lição. Que depressa o Japão voltou ao «seu Todos sabem, também, que toda a histó- lugar ao sol» ! ria do Japão é uma história de sucessivos triunfos, fruto de uma assombrosa tenacidade, Descrição geral em que a sua poderosa indústria ocupa lugar A inauguração do caminho de ferro japo- fundamental. Senão, recapitulemos: Em 1894, nês remonta a 1872 — exactamente 12 de meteu-se na Guerra com a China e tomou-lhe Julho - ano em que o troço de Shimbashi vários territórios. Em 1904, lançou-se contra (em Tóquio) a Yokohama, com cerca de a Rússia e venceu-a no ano seguinte. Em 30 kms., foi aberto ao tráfego. Na fase inicial 1910, anexa a Coreia. Em 1914-18, junta-se era o Estado quem dirigia os caminhos de aos Aliados e ganha novos territórios. Em ferro, mas dificuldades financeiras levaram-no 1931 conquista a Manchúria e lança-se de a fomentar a construção de linhas férreas por novo em luta contra a China. Em 1941, lan- empresas particulares. Foi assim que a rede ça-se abertamente numa dura e longa guerra dos caminhos de ferro particulares chegou, de 4 anos contra os americanos — que difi- em dada altura, a exceder a do Estado, tanto cilmente o vence .. em extensão como em volume de tráfego. Toda esta impressionante movimentação Porém, em 1906, o Governo concentrou em do seu potente maquinismo bélico só foi pos- si as mais importantes companhias partícula" res e tornou-se responsável por todas as portam a média diária de 10 milhões de pas- principais linhas do Japão. sageiros e de 500000 toneladas de mercado- Em 1949, o Caminho de Ferro do Estado, rias, produzindo um rendimento anual de 21 que até então era financiado por uma conta milhões de contos. especial do Orçamento Nacional, foi trans- A rede do JNR compreende hoje cerca de formado em organismo público, com a deno- 77% da extensão total das vias férreas nipó- minação de Caminhos de Ferro Nacionais nicas e responde por 78% e 98«o do total Japoneses — em abreviatura JNR (Japonese do tráfego nacional, respectivamente expres- National Railways), como mundialmente é sos em passageiros-milhas e em toneladas- conhecido. -milhas de mercadorias; o restante é movi- Acompanhando o aumento da população e mentado pelas companhias de caminhos de da productividade da economia nacional, os ferro particulares que funcionam, na sua maior 85 anos da história dos JNR — cuja rede se parte, nas zonas suburbanas das grandes reparte por seis regiões subdivididas em 27 cidades. zonas com vários departamentos especializa- A rede ferroviária estende-se pelas quatro dos— têm sido de ascensão e incremento principais ilhas que formam o Japão. Estas contínuos. Hoje os JNR são a maior organi- ilhas estão ligadas entre si pelos JNR e, en- zação japonesa. O quadro do seu pessoal tre Honsiu e Kiusiu, por um túnel submarino efectivo ultrapassa 440 000 empregados. O seu inaugurado em 1942, com 3613 metros de parque de material atinge cerca de 5 400 lo- comprimento e que é o mais comprido túnel comotivas, 15000 carruagens e 106 000 va- submarino do mundo. A topografia acidentada gões, que circulando em 20 000 kms. de via, do país somente permite 25 % de linhas (34 000kms. considerada a via dupla), trans- planas e 66 % de rectas. Toda a via dos JNR é estreita (lm,067) e ?! 0 87 0 da sua quilometragem é de via simples. Os carris empregados são de 50, 37 e 30 kg/m, com a tendência, aliás universal, de se substituírem os carris leves pelos mais pesados, para facilitar a velocidade de trans- m portes de grandes cargas. A velocidade má- xima dos comboios de passageiros está hoje limitada a 95 km/h, com a intenção porém para se fixar, num futuro próximo, nos 120 km/horários. Todo o material rolante dos JNR tem sido equipado com engates automá- ticos desde 1925. Apesar da grande concorrência de outros meios de transporte, o volume do tráfego tem subido consideravelmente — o número de pas- sageiros transportados em 1956 foi três vezes superior ao de 1936 (ano normal anterior à guerra mundial) e para a tonelagem de mer- cadorias transportadas o aumento foi de 1,7. Durante o mesmo período, a quilometragem progrediu somente 15 %. A densidade do tráfego nas maiores linhas do Japão é extre- mamente alta, efectuando-se, frequentemente, 70 ou 80 comboios diários nas principais linhas de via simples. Um exemplo: os com- ■iftSl boios eléctricos suburbanos efectuam marchas sucessivas com um avanço de 110 segundos Os J. N. R. têm 39.505 pontes com uma extensão total de 723 km. A mais longa mede 1,230 m. nas horas de «ponta». Os JNR ganharam V .

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A rede electrificada nipónica totaliza hoje 1961 km. Eis o aspecto duma densa catenária dos J. N. R.

grande reputação pela pontualidade dos seus não têm carruagens de madeira, porque com- comboios, pontualidade que é, na realidade, pletaram o programa de metalização daquelas, a melhor garantia para um serviço regular de em 1955. Novos melhoramentos têm sido comboios, em vias demasiadamente movi- introduzidos na iluminação das carruagens de mentadas. 3.a classe e nas carruagens-camas, qualquer Tráfego de passageiros delas de novo modelo. A utilização de comboios no Japão é ele- Tráfego de mercadorias vadíssima, sendo hoje 44 vezes maior do que Com o aumento de produtividade da eco- em 1955. É excepcionalmente alto o número nomia nipónica, o volume de transporte de de comboios a preços reduzidos, os quais mercadorias subiu consideravelmente, mas absorvem 62 % do número total de passa- o transporte em P. V. constituiu sòmente 2% geiros transportados durante o ano. Dentro e da tonelagem total transportada em 1956, o nos subúrbios das grandes cidades, como que mostra uma decadência, devida, a maior Tóquio e Osaka, os comboios eléctricos, que parte das vezes, à concorrência feita por por vezes são formados com 16 carruagens, empresas particulares. Como contra-medida, transportam tal quantidade de passageiros, os JNR iniciaram, em 1952, um serviço de que nos ramais estão sendo utilizadas loco- expressos denominado LCL que não é carac- motivas «diesel» para desdobrar o serviço terizado sòmente pela velocidade mas, mor- terminal. Alguns comboios expressos «Tsu- mente, pela entrega a domicílio das remes- bame» (Andorinha), «Hato» (Pombo) e «Ka- sas, em serviço combinado com a camiona- mome» (Gaivota), oferecem serviço rápido e gem especializada. diurno através das principais cidades do cen- No que respeita à tonelagem de matérias tro e sul do Japão, enquanto que, para os primas transportadas, destaca-se a de carvão viajantes nocturnos, outros comboios rápidos de pedra e a de madeira para construção, prin- dispõem de compartimentos ou bejiches, cipalmente durante a estação do Outono em muitos dos quais com ar condicionado. Os que o volume dos produtos agrícolas pro- principais comboios de longo curso possuem gride. carruagens com assentos estofados e vagões- Os vagões são, a maior parte das vezes, restaurantes onde se servem pratos ociden- do tipo de 2 eixos e com a capacidade de 15 ais ou japoneses, a preços módicos. Têm toneladas. Os JNR são especialmente pro- res classes, mas os expressos «Tsubame» e curados para o transporte de géneros deterio- «Hato» só possuem l.a classe. ráveis, por isso têm um parque de 3 234 Nos comboios de passageiros, os JNR já vagões-frigorííicos, além de muitos outros 11 V

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«Expresso»'. Tóquio-Mikko, a tracção diesel com ventiladores. Os comboios «expressos seu emprego será ampliado no futuro, porque especiais» possuem frigoríficos para o trans- os JNR estão já construindo carruagens espe- porte rápido de produtos marítimos do porto ciais para este fim. para o mercado, o que constitui uma forma Oficinas especial e muito característica do tráfego de mercadorias japonês. A reparação do material circulante é efec- A média de rotação dos vagões de merca- tuada em 26 oficinas com trabalho manual dorias foi em 1956 de 3,59 por dia. Grandes especializado. A remodelação e a reconstru- centros, tais como, Suita (Osaka) e Shintsu- ção do material é também feita nas oficinas. rumi (Tóquio) manobram, respectivamente, Todo o material novo é, porém, fabricado por 7 000 e 6 000 unidades por dia. empresas particulares. Tem-se procurado di- O serviço de contentores é praticado minuir o tempo de estadia do material cir- somente em pequena escala no Japão, mas o culante nas oficinas e, presentemente, oito

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O «Tsubame» (An4orinha), em plena via dias de exame geral às locomotivas a vapor ção legal, os agentes dos JNR organizaram e eléctricas, tornou-se norma geral nosJNR. um Sindicato que tem desempenhado um papel muito activo e importante no partido Instituto de Investigafão Técnica trabalhista do Japão. Ferroviária As características principais destes Sin- O principal objectivo deste utilíssimo Ins- dicatos são: a concessão de crédito nos tituto, que está localizado em Tóquio, é inte- estabelecimentos de venda e o estabeleci- grar os estudos científicos mais recentes, de mento de contratos colectivos de trabalho. todo o mundo, na rede ferroviária, e desen- Devido à natureza pública dos Sindicatos,- volver os resultados de investigação, para proíbiram-lhes, porém, o direito à greve. fins práticos. A aplicação dos estudos abrange Os JNR têm um programa de instrução e todos os campos da ciência. O trabalho de auxílio, para os seus empregados, muito investigação é executado em 34 laboratórios vasto. Com esses fins estabeleceram uma do Instituto. Alguns dos trabalhos são pu- Escola Cenlral de Caminhos de Ferro em

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Aspecto interior duma carruagem de 2.a classe blicados na revista «The Railway Technlcal Tóquio, 8 escolas em secções, 23 escolas Research». para operários, oficinas para aprendizes, es- colas para instrutores e correspondentes, bem Pessoal — Condições de trabalho — como programas de conferências para o pes- Assistência soal de inspecção. O número de ferroviários atingiu o má- Os JNR forneceram aos seus empregados ximo em 1947, quando havia ao todo 610 543; 77 140 casas, incluindo apartamentos, em ci- porém, 100 000 empregados, aproximada- mento armado, além de 1621 dormitórios. Na mente, saíram em 1949. O número de empre- assistência médica, os JNR possuem 44 hos- gados baixou assim, mas o volume do trá- pitais, 6 dos quais são para tuberculosos, 145 fego subiu e a produção, por empregado, em clínicas e 7 casas de saúde, para os aciden- 1956, quase dobrou em relação a 1936, ape- tados. Fornecem remédios gratuitamente e sar da redução de 20% a 30% efectuada cuidam dos seus empregados com atenção. nas horas de trabalho, ao abrigo da Lei es- Estabelecida em 1907, a Associação Mú- tatuída em 1947. tua de Auxílio dos JNR tem proporcionado Terminada a última guerra, por disposi- uma espécie de seguro social para paga- Carruagem-restaurante

mento de pensões aos empregados reforma- alterou a situação. Esta desfavorável situação dos, e ainda concessão de subsídios por de finanças foi devida às baixas tarifas e redu- morte ou acidente no trabalho. A contribui- ções concedidas; os tarifários aplicados para ção para a Associação é feita pelos JNR e passageiros e para mercadorias aumentaram, pelos próprios agentes. respectivamente, de 113 e 168 vezes, desde 1936 a 1956; em igual período, o aumento Finanças do preço do carvão e aço comprado pelos Da escala de valor financeiro dos JNR JNR foi de 506 e 368 vezes, respectivamente. pode ter-se ideia pelo facto das suas receitas Por outro lado, somas importantíssimas e despesas elevarem-se a 1/4 dos valores do são desviadas para satisfazer o fundo de as- Orçamento de Despesas Japonês. sistência ao pessoal e levar a cabo o pro- Durante os anos anteriores à guerra, os grama de modernização dos JNR. JNR tiveram um saldo positivo, mas a guerra Os fundos para ocorrer às despesas dos

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14 Uma cabine de sinalização JNR que atíngerti aproxímadameníe 50 000 A parte da rede ferroviária já electrificada milhões de «yen» anuais, (4 milhões de con- totalizou 1961 quilómetros, em 1956, corres- tos), provêm de três fontes: receitas da ex- pondendo a cerca de um décimo do traçado ploração, empréstimos concedidos pelo Es- quilométrico. O programa prevê a electrifica- tado, e emissão de obrigações, a última das ção de mais 1670 quilómetros, com um au- quais foi feita em 1953. Prevê-se que as des- mento de 635 novas locomotivas eléctricas, pesas se reduzirão, não só pelo aumento dos bem como da difusão da dieselização com serviços electrificados, como pela possibili- 530 locomotivas diesel e 1750 automotoras. dade de recurso a concessão de emprésti- Além das economias que obviamente re- mos que assegurem juros remuneradores. resultam do emprego da força motriz eléctrica e do desvio do carvão japonês para outras Programa de modernização indústrias, a electrificação vai dar ao Japão o benefício de aumentar a velocidade e o Após a guerra, o ressurgimento da econo- poder de tracção ferroviários. mia nipónica foi, como já dissemos, notável Em virtude dos êxitos obtidos até agora e a produção industrial veio mesmo ultrapas- com corrente industrial de frequência alterna sar os planos de antes da guerra. em locomotivas eléctricas moderníssimas, o A fim de satisfazer a crescente exigência futuro da electrificação nipónica é aguardado dos transportes e modernizar a sua rede, os com grande interesse. JNR estabeleceram um programa quinquenal Mais de 500 000 milhões de «yen» (40 mi- de modernização (1957-1961). A parte essen- lhões de contos) serão investidos em todo o cial deste programa consiste na moderniza- o programa, o qual inclui, entre outros, a ção da força motriz utilizada. Isso implica a aquisição de locomotivas eléctricas potentes electrificação de todas as linhas principais, e a vasta compra de carruagens e vagões. electrificação ou dieselização de linhas secun- Os técnicos japoneses prevêm que, concluído dárias, emprego de locomotivas diesel nos este programa quinquenal, a capacidade de ramais e a expansão do serviço múltiplo de transporte ferroviário sofrerá um aumento de comboios eléctricos nos subúrbios das prin- 25 a 30%. cipais cidades. E. C.

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Grandioso aspecto dum depósito de material nas imediações de Tóquio Condensado por JOSÉ JÚLIO MOREIRA

■ O título de Príncipe das Astúrias, que se a ligação da sua rede ferroviária com o aplica ao filho primogénito dos monarcas espa- Tibet, o chamado «.Tecto do Mundo*. nhóis, existe desde a época do rei castelhano A via férrea terá de atravessar duas cor- D. Jaime I (1388). dilheiras com 4.500 metros de altura, o que Ao mesmo tempo que era atribuído o título, oferecerá aos engenheiros problemas formi- dava-se ao herdeiro da coroa um morgado em dáveis para resolver. terras asturianas. ■ Foi embarcado no Japão, com destino ■ A França acaba de lançar uma grande ao «Salon» de Automóveis de Paris, o «Alsi», novidade: o disco-catálogo. Contém várias carro japonês quase todo feito à mão (o que «amostras* de música,para auxiliar o cliente não admira, visto a mão-de-obra no Japão a escolher rapidamente. ser de preço muito baixo). O carro tem a frente idêntica ao «Fre- » O novo bombardeiro americano — o B 58 gate» e a trazeira semelhante ao «Versailles», Husíler — apresenta as seguintes característi- cas, que há alguns anos atrás pareceriam in- Diz-se, na Holanda, que este belo país verosímeis : duas vezes a velocidade do som; ■ tem uma «.cidade como porto* (Amsterdão) três homens de equipagem; quatro reactores ; e um «porto como cidade* (Roterdão). um combustível especial concentrado, que dis- pensa o reabastecimento em voo. ■ Este ano, a «Cidade Santa da França» m É de 825 o número de estações e apea- (Lourdes) festejará, a partir de Maio, o 1.° deiros da rede da C. P. centenário das aparições. Prevêem-se já 940 comboios especiais para ■ Para uma vida de 70 anos, calcula-se peregrinos. Serão adaptadas a carruagens- que o homem ingere, aproximadamente, 15,000 -hospital 20 composições, que terão 40 «cou- litros de água, café, leite, etc., quanto a lí- quidos. A quantidade de sólidos anda à volta chettes», cozinha, ar condicionado, sala de operações e de clínica assistencial. É prová- de: 1.000 kg. de gorduras, 7.000 kg. de pão, 2.000 quilos de carne, 4.000 kg. de peixe, vel que Sua Santidade, o Papa, se desloque, 6.000 kg. de batatas, 1.000 kg. de açúcar, por essa ocasião, a Lourdes. sal e chá, e algumas toneladas mais de ou- tros produtos alimentícios, perfazendo um ■ As moscas são alérgicas, como se sabe, peso total da ordem dos 70.000 kg. Isto re- à cor azul. Isto tem levado os lavradores presenta 1.000 Vezes o próprio peso e volume franceses a pintarem os interiores dos seus estábulos com essa cor. do homem. Se houvesse que transportar todas estas ■ Em Bonna, Alemanha, cerca de 22 so- subsistências, seria necessário um comboio ciedades femininas protestaram por não haver completo, composto de uns 30 vagões. uma mulher no elenco do actual ministério. ■ A China projecta construir o Caminho Resposta imediata do Chanceler Adenauer: 16 de Ferro mais alto do Mundo, para fazer «Elas não percebem nada de política!». NOS BASTIDORES

A exploração económica em

regime de comando centralizado

COMO é de todos conhecido, o custo da mao-de- Nos primórdios do caminho de ferro em que os -obra nos Estados Unidos da América do Norte problemas que aqui nos ocupam se poderiam consi- é extremamente elevado. Esta circunstância derar como praticamente inexistentes, era forçoso, obriga todas as actividades industriais daquele país a para assegurar a diminuta circulação ferroviária procurarem, através duma adequada mecanização e desses tempos, recorrer a grande número de agentes. automatização, evitar, na medida do possível, a inter- O contínuo incremento do tráfego ferroviário cedo venção humana, Visto esta elevar apreciavelmente o demonstrou, porém, a ineficácia do regime que conhe- custo dos seus produtos. A grande indústria que são ceu nos Estados Unidos uma mais rápida evolução. em todos os países os Caminhos de Ferro não poderia A solução finalmente adoptada Além-Atlântico foi o deixar de adoptar também a mesma política, tanto chamado Disputehing-System logo um pouco copiado mais que é daquelas em que se torna necessário, para e imitado por toda a parte e que posteriormente atin- assegurar o seu perfeito funcionamento, um maior giu uma maior perfeição com o Comando Centrali- contingente de pessoal: a via e as obras, uma vez zado de Tráfego (que, com a predilecção americana construídas, necessitam de ser conservadas e repara- por abreviaturas, é muitas vezes designado apenas das; o material tractor e circulante tem de ser cons- pelas iniciais C. T. C.J. tantemente vigiado e cuidado; e a ex|oloração ferro- Fundamentalmente, consiste o Dispatching-Sys- viária é, na prática, inexequível sem a permanente acção de bom número de agentes. Esta situação dos caminhos de ferro, indústria em que, tanto a produção, que constitui a chamada explo- ração técnica, como a venda, que recebe o nome de exploração comercial, não dispensam, como acabámos de salientar, uma mâo-de-obra considerável, fez pen- sar, desde há muito, na forma de se conseguir a redu- ção desta de modo a obter uma exploração racional- mente eficaz e económica, sobretudo nos países em que ela constituía avultada percentagem das despesas das empresas ferroviárias, Como é natural, pelo que atrás indicámos, foi aos Estados Unidos que o pro- blema desde sempre mais interessou. Tendo em conta as inúmeras particularidades da grande indústria ferroviária, adaptaram-se a esta os métodos seguidos pela generalidade das restantes indústrias. Não nos ocuparemos aqui das modernas soluções seguidas em algumas actividades ferroviárias, através das quais as diferentes empresas americanas conseguiram reduzir a números incrivelmente baixos o efectivo de pessoal por quilómetro de rede explo- lada. Apenas vamos tratar daquelas que foram adopta- das para realizar com maior segurança, eficiência e Aspecto do gabinete da Direcção economia, a circulação dos comboios. — Única da Estrela de Évora 17 tem em concentrar ó comanáo de toda a circulação duma área mais ou menos extensa, segundo a impor- tância das linhas que compreende, nas mãos dum agente único que, para o efeito, dispõe de adequadas comunicações telefónicas com todas as estações, depósitos de máquinas e outros postos interessados aos quais transmite as suas or ens em função das informações que deles recebe. No caso do C. T. C., í. x '■ tanto estas informações como aquelas ordens são recebidas e dadas directa e automaticamente visto que liiiiiiii no posto que o dispatcher — assim se chama esse ... agente único — ocupa, se tem, graças a um quadro 11 luminoso, toda a informação concernente à circulação dos comboios na zona que dele depende, sendo :í: 'S ' ■ ■ ■ desse posto igualmente possível a manobra de todas as agulhas e sinais dessa área. As vantagens destes sistemas são tão evidentes que ocioso se torna enumerá-las aqui. Por isso, não tardaram eles a ser seguidos na quase totalidade dos outros países, embora, como é natural, em diversas escalas. Entre nós, tem a C. P. projectadas instalações de C. T. C. nas linhas do Minho (até Viana do Cas- telo ) e, do Douro (até Régua ) e no ramal de Vendas Novas, que serão uma realidade num futuro pró- ximo. Os primeiros dois troços têm um intenso tráfego e, sendo de via única, requeririam, com os métodos de Trecho do quadro esquemático visual da Direcção exploração clássicos, a sua duplicação ■, o C. T. C. — Única da Estrela de Évora permitirá obter os mesmos resultados, evitando-a. Conseguir-se-á, assim, uma melhoria maior de explo- da circulação de comboios e assuntos correlativos ração com menor despesa. No ramal de Vendas Novas, efectuado por agentes reguladores colocados em por possuir desvios para cruzamentos e ultrapassagens pontos convenientes da nossa rede; outra, o regime desguarnecidos de pessoal e estar quase nas mesmas de comando centralizado das linhas de exploração condições, obter-se-ão também resultados de maior económica. É desta última que trataremos no presente interesse. artigo. Aproveitaremos esta oportunidade para refe- O Díspatching-System foi realizado no nossa rirmos que, nas linhas em que a exploração económica País de duas formas diferentes: uma, o comando integral não é aplicável, se tem adoptado — e, de futuro, se estenderá a muitos outros pontos da nossa rede — o regime das estações em eclipse com o qual se conseguem parte dos resultados de exploração eco- nómica. m\ í A existência, na nossa rede, de linhas de pequena densidade de tráfego e de ramais de relativamente curta extensão, em que a exploração ferroviária clás- sica requeria exagerado número de agentes em relação ao serviço que na realidade havia que assegurar, conduziu os dirigentes da C. P. à ideia de instaurar em tais partes da nossa rede um sistema especial de exploração que seguisse o mais de perto possível o que era praticado nos Estados Unidos a fim de, com ele, além das vantagens obtidas pela regulação da circulação, se lograssem conseguir substânciais econó- mias nos gastos gerais de exploração. Foi esta a ideia que inspirou o estabelecimento da exploração econó- mica em regime de comando centralizado (1) nas

(1) — Está prevista, nos nossos textos regulamentares sobre a matéria, a adopção doutro regime de exploração económica, o de bastão-piloto, destinado a ramais de curta extensão. Será este regime adoptado nos ramais de Tomar (onde já estão montadas as instalações respectivas que em breve começarão a funcionar) do Seixal, de Montijo, de O chefe do comboio dá a partida a unia automotora Montemor e de Aljustrel, Como actualmente não funciona em construída nas oficinas da Companhia nenhuma parte da nossa rede, não nos ocuparemos dele aqui. iínhas e ramais qãe esfaVam nas condições atrás agentes do quadro da Companbia e os seus cfiefeS citadas. entendem-se com o Dirigente-Unico em tudo o que se Os estudos sobre a exploração económica, cuja refere à circulação dos comboios. aplicação constitui um verdadeiro êxito, devem-se ao Nas estações términus, que são aquelas em que distinto eng.0 Azevedo Nazaré, Subchefe da Divisão finalizam as linhas sem que haja entroncamento com de Exploração, e foram efectuados em 1936. outras, o serviço é assegurado pelos seus agentes — Porém a primeira linha equipada em conformidade que são do quadro — mas as funções relativas à circu- e assim explorada que foi o ramal da Lousã no troço lação dos comboios são executadas pelos chefes des- de Coimbra-C. (exclusive) a Serpins, apenas começou tes antes da sua partida ou depois da sua chegada. a funcionar em 1947. Seguiram-se o Alto-Leste (troço Os chefes dos comboios são agentes destacados da entre Torre das Vargens (exclusive) do quadro das estações (geralmente factores de 2.a e Elvas e ramal de Portalegre-Estação) em 1947, e a classe) que cumulam as funções usuais dos condutores «Estrela» de Évora (linha de Évora e ramais de Mora e aquelas que, sendo na exploração clássica atribuídas e Reguengos) em 1951. aos chefes de estação, são, na exploração económica, Está projectada a aplicação da exploração econó- confiadas àqueles agentes. Os chefes dos comboios mica em comando centralizado às linhas afluentes do distinguem-se por serem portadores de uma braçadeira Douro (Tâmega, Corgo, Tua e Sabor), à linha do azul com uma chapa metálica tendo as iniciais CC. Minho de Viana do Castelo a Monção, à do Douro de No que se segue teremos ocasião de nos referir às Régua a Barca de Alva, à do Dão, à do Vale do Vouga funções próprias dos chefes dos comboios. de Sernada a Viseu e ao . As estações-centro, de bifurcação e términus es- Nalgumas destas linhas já estão em curso de tão protegidas por sinais, normalmente fechados, for- montagem as instalações respectivas. mados por um alvo quadrado móvel, pintado de ver- Vamos, em seguida, descrever muito sucintamente melho com cercadura branca e preta, chamados sinais não só a organização do serviço nestas linhas como principais. Quando abertos, (alvo paralelo à via ou, de também as instalações especiais de que foram dotadas noite, luz verde) estes sinais autorizam a entrada na as suas estações para o assegurar. estação; quando fechados (alvo perpendicular à via Como se disse, a circulação nas linhas sujeitas ao ou, de noite, luz vermelha), comandam paragem abso- regime de exploração económica é comandada de um luta antes de atingidos. Estes sinais são anunciados, posto central por um agente (em geral, com a catego- a distâncias variáveis segundo os casos, por postes ria de chefe de estação) denominado Dirigente-Único indicadores de aproximação formados por colunas e que, para fàcilmente poder ser distinguido, usa, além e alvos de betão caiados de branco, tendo estes últi- da sua farda habitual, uma braçadeira azul com uma mos, com a forma quadrada e pintados em preto, sinais chapa metálica estrelada com um «D» no centro. Este convencionais (providos de catafotes para aumento da agente é, nalguns casos, assistido por outros, com Visibilidade nocturna) que indicam a categoria da esta- categoria de chefes ou de factores de 1." classe, que ção. Para as estações centro e de bifurcação têm a tomam o nome de encarregados de circulação. torma Y invertido ou direito conforme as bifurcações As estaçôes-sedes do Dirigente-Único têm o nome existentes nessas estações são abordadas do próprio de estaçôes-centro e foram escolhidas de*ntre as mais importantes: Coimbra-C. para o ramal da Lousã, Portalegre para o Alto-Leste e Évora para a sua «estrela». No gabinete do Dirigente-Unico, existe sempre um quadro mural onde se acham representadas esque- màticamente as instalações das linhas sob o seu comando. A secretária onde toma lugar o Dirigente- -Unico faceja esse quadro e sobre ela existe um telefone de chamadas selectivas que o põe em comu- nicação com os depósitos de máquinas e estações daquelas linhas e reciprocamente estas com ele. Nas estações-centro, o serviço é dirigido por um chefe que se ocupa igualmente da circulação dos comboios mediante prévio entendimento com o Diri- gente-Unico e sob as ordens deste. As demais estações das linhas sujeitas ao regime de exploração económica classificam-se em quatro outras categorias: de bifurcação, términus, de cru- zamentos e satélites, segundo a sua situação, inter- venção na circulação e guarnecimento em pessoal. As estações de bifurcação são, como o nome indica, aquelas em que há entroncamentos com outras linhas quer sujeitas à exploração económica quer sub- metidas à exploração clássica. Estão guarnecidas por Na linha da Lousã um automotorista conduz uma automotora «Allan» ladc ou do lado aposto ao da bifurcação; párââs esta- agente sérVè-se duma chaVé especial (chave dé cruza^ ções términus são constituídos por um T. mento) que ficando presa na fechadura, não permite As estações cuja situação as não faz entrar em abrir mais do que um sinal de cada vez. Entrado o pri- nenhuma das categorias anteriores foram classificadas meiro comboio é o chefe deste, portador doutra chave em razão da importância do seu tráfego e da sua loca- de cruzamento, que tem de abrir o sinal do lado oposto lização em duas categorias; estações de cruzamento para a entrada da outra circulação. e estações satélites. As agulhas de que estão munidas as vias de circu- As estações de cruzamento são guarnecidas por lação das estações de cruzamento (a da esquerda, no agentes do quadro (factores de 2.® classe, em geral) sentido da marcha dos comboios) são talonáveis com que se encarregam apenas das relações comerciais dispositivo de mola de retrocesso, o que permite dis- com Público e executam as limitadas funções relativas pensar os agulheiros. Para efectuar ultrapassagens à circulação dos comboios indicados a seguir; nestas estações, há que resguardar o primeiro comboio A sinabzação destas estações é constituída por de recuo na linha afecta à circulação de sentido indicadores de aproximação cujo alvo ostenta um X oposto. seguidos de dois sinais móveis montados no mesmo As estações satélites dependem das de cruza-

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Uma das automotoras «Allan» (holandesas) que asseguram a quase totalidade do serviço de passageiros na linha da Lousã poste; um deles (o mais baixo) é o atrás citado sinal mento, de bifurcação, centro ou términus colaterais e principal que mantém as suas funções de protecção podem ser guarnecidas por agentes do quadro (facto- da estação mas está normalmente aberto; o outro res de 2.0 ou de 3.a classe) ou por encarregados con- (mais elevado) tem o nome de sinal de cruzamento e é tratados pela Companhia. Estes asseguram unicamente formado por um alvo quadrado de diagonal vertical e as relações com o Público, podendo, em caso de dúvi- pintado em xadrez de vermelho e branco com uma cer- da, consultar as estações de que dependem (pela linha cadura branca e preta. Quando aberto (de noite, luz telefónica ónibus) ou o Dirigente-Unico (pela linha amarela), permite a entrada na estação; quando fecha- telefónica selectiva) e, por intermédio deste, o encar- do (de noite, luz vermelha), comanda paragem absoluta regado de contabilidade da estação-centro, para a re- antes de atingido. solução de problemas mais complicados que porven- Além das estaçôes-centro e de bifurcação, são tura lhes apareçam. estas as únicas estações habilitadas a efectuar os cru- Embora podendo possuir mais vias, apenas a con- zamentos normais de comboios. No caso de haver um tígua ao edifício de passageiros está afecta à circula- cruzamento numa destas estações, o Dirigente-Único ção normal de comboios. Segundo essa via é a directa indica ao respectivo encarregado o lado donde deve ou uma das desviadas, assim o respectivo indicador de abrir o primeiro sinal de cruzamento. Para isso, esse aproximação tem um traço vertical ou inclinado. A este sinal segue-se o sinal principal, normalmente se vê, fica assim garantida a inexequibilidade regula- aberto. mentar destas operações pelos encarregados das esta- Nestas estações só podem efectuar-se resguardos ções, visto que não lhes é distribuída a chave piloto, de comboios para resguardos ou, excepcionalmente e mediante autorização do Dirigente-Único, para cruza- * * * mentos os quais, neste caso, se podem fazer sem para- O sistema de exploração económica possibilitou gem de outra circulação. Para tal, uma Vez entrado o à Companhia a obtenção de apreciáveis economias comboio que se pretende resguardar (1), o seu chefe nos gastos ordinários de exploração e uma melhoria fecha os sinais principais com uma chave (chamada sensível na qualidade do serviço oferecido ao Público. piloto ou de secção) que apenas é distribuída aos che- Aquelas economias obtiveram-se sobretudo graças à fes dos comboios. Isto feito, ficam libertadas as chaves substancial redução de pessoal conseguida e à supres- que permitem manobrar as agulhas e calços de limite. são dos encargos de ordem social com os encarrega- Terminado o resguardo ou a manobra e voltados esses dos contratados. A segurança dá circulação foi aumen- aparelhos à posição normal, o chefe do comboio intro- tada com os encravamentos montados e, através da duz as respectivas chaves nos seus lugares normais e centralização do comando, facilitou-se em muito o tra- pode então retirar a sua chave piloto, para o que temi balho dos agentes. Melhoraram-se assim apreciàvel- necessariamente, de reabrir os sinais principais. Como mente as condições de exploração e o Público conti- nuou a ser servido com a proficiência com que a Companhia pretende caracterizar todos os seus ser- (1) — Este mesmo procedimento permite manobrar com viços. qualquer comboio e é igualmente aplicável às estaçOes de cru- zamento, no caso de manobras, Simões do Rosário

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O «Edeliveiss» magnífico ramo holandês dos T E E (Trans-Europa-Express) que circula entre Zurique e Amsterdão Thomas Cook

terá sido o inventor do turismo?

A palavra «turismo» é de origem inglesa beber em público era muito mais fácil do que e o homem que veio dar-lhe novo sen- não fumar e não beber em particular. tido é também um inglês — Thomas Encorajado por este primórdio, Cook partiu Cook. à conquista das Ilhas Britânicas. Nessa época, Representante típico das classes médias apesar dos caminhos de ferro, 90% dos ingle- inglesas do século passado, Thomas Cook ses não tinham saído da localidade de origem. lançou o «slogan»: Todo o mundo per- Só os marinheiros viajavam. Os outros cida- tence a todo o mundo. Foi o profeta do dãos nasciam e morriam onde tinham visto a turismo maciço e, como na sua época as via- luz dos seus dias. Depois do primeiro êxito, gens individuais custavam caro, teve a extraor- o puritano de Leicester começou a sentir-se dinária ideia de organizar excursões colectivas. como que apertado na Grã-Bretanha. A iniciativa de Cook tinha, inicialmente, um A exposição internacional organizada em fio moral. A sua intenção era facultar aos ingle- 1855 em Paris, nos campos Eiíseos, e inau- ses a visita a países estrangeiros, a fim de que, gurada pelo imperador Napoleão III e pela após terem percorrido o mundo e contemplado a imperatriz Eugênia, permitiu a Cook conven- sua imperfeição, regressassem ainda mais cons- cer os seus compatriotas a passar a Mancha, cientes das íntegras e inegáveis qualidades não somente para fazerem negócio mas tam- da sua pátria. Britânicos de todas as cate- bém para satisfazerem a sua curiosidade. As gorias sociais devem visitar Paris, escreve autoridades inglesas fizeram todo o possível Cook num artigo publicado na revista «The para impedir os excursionistas de partir. Os Excursionisí», a fim de tomarem consciência ingleses devem ficar na Inglaterra: não de- dos vícios e dos erros que obscurecem cl vem transformar-se em vagabundos, afirma- glória da. França. Em matéria de cortesia vam as autoridades. As companhias que con- têm os franceses muito que ensinar, mas em trolavam o tráfego na Mancha receberam matéria de moralidade, os ingleses não ordem de recusar o embarque dos clientes de podem senão confirmar as suas habituais Cook. Apesar das dificuldades, o profeta do normas ante o espectáculo que lhes é oferto. turismo popular conseguiu fazer chegar a Paris Cook era também um adepto da tempe- 2.000 turistas ingleses. rança. Não bebia nem fumava. De resto, a Pouco a pouco, o puritano Cook tornou-se ideia das viagens colectivas começou a traba- organizador da maior parte das grandes via- Ihar-lhe o espírito a quando de uma reunião gens do seu tempo. Quando o príncipe de da Liga de Temperança, de Leicester, cidade Gales tomou o nome de Eduardo VII, ordenou onde exercia a profissão de marceneiro. Se- a Cook a organização duma viagem às índias gundo ele, a solidão era o maior inimigo da para recreio dos príncipes. A fim de receber virtude. Entregue a si mesmo, o ser humano Suas Altezas Reais com todas as honras devi- dá-se a todos os vícios, principalmente do das à sua categoria, o mago do turismo popu- alcoolismo e do tabaco, afirmava Cook. O lar alugou 25 marajás, 10 elefantes e 25 tigres! primeiro comboio turístico que organizou, par- A expedição foi um êxito para Cook e tiu de Leicester para o porto de Longhborough, para a Coroa Britânica. A imprensa de todo em 1841. Era composto por abonadores da o mundo foi unânime em louvar os talentos revista «O Anti-íumador e Anti-alcoólico». do organizador e o Kaiser pediu-lhe que A viagem obteve grande êxito, pois os parti- organizasse uma expedição ao Médio-Orien- cipantes verificaram que não fumar e não te. O imperador da Alemanha visitou as Pirâmides e os Lugares Santos, acompa- ocorreu com o sr. Picolini, agente em Roma nhado dum cortejo de 100 pachás turcos e dos herdeiros de Thomas Cook. Em 1939, o egípcios, figurantes cuidadosamente esco- sr. Picolini teve de organizar a viagem à Eu- lhidos por Cook, e duma caravana de 100 ropa do príncipe de Kapurtala, o mais rico camelos. Abdul Hamid, o último sultão da senhor das índias de antes-da-guerra. Este, Sublime Porta, pôs tendas dum luxo oriental apenas chegado à Cidade Eterna requereu com à disposição dos seus reais hóspedes. Mas urgência a presença do Papa, a do Rei Vítor- esta expedição teve uma consequência infeliz Emanuel e a de Mussolini. Este último estava para o pioneiro do turismo colectivo. Tendo-se em Bremen avistando-se com Hitler; o rei obstinado em não beber senão água, o filho Vitor-Emanuel encontrava-se algures no norte de Cook apanhou o tifo e morreu na Palestina. de Itália e Pio XH descansava em Castelo Desta feita, a temperança revelou-se nefasta ! Gandolfo. Por outro lado, Thomas Cook, que conduzira O príncipe hindu conveio em deslocar-se um soberano estrangeiro através de regiões até à residência de Verão do Papa, mas queria que penetravam na esfera de interesses bri- apresentar-lhe, no decurso da audiência, as tânicos foi acusado de favorecer o «Drang dançarinas nuas e os cantores que as acom- nach Osten» germânico. A revista «Pnnch» panhavam. Após ter sido ameaçado de lança- cognominou a viagem do Kaiser à Palestina mento aos leões, se um dia se aventurasse a como «cruzada Cook and Company». aparecer na índia, o sr. Picolini conseguiu fazer renunciar o príncipe ao seu propósito. O Czar das Rússias visita a Inglaterra Em Castelo Gandolfo, o Sumo Pontífice rece- Não estava ainda completamente abafado beu cordialmente o peregrino do Oriente que, este escândalo quando Cook foi convidado a em vez das encantadoras dançarinas húris, ir ao Buckingham Palace para ser encarregado deveu ouvir o hino do Vaticano cantado pelo da visita da família do Czar à Inglaterra. coro da Capela Sixtina. A tarefa não era fácil. Posto em comuni- Porém, para contentar o ilustre turista, cação com a direcção dos caminhos de ferro Picolini alugou um teatro em Roma e enviou russos, Cook foi informado do seguinte: sem- convites ao grande mundo, a fim de que as pre que o Czar e a sua família decidiam ir em graciosas dançarinas nuas pudessem exibir o viagem, três comboios esperavam por ele, na seu talento ante um público europeu, natural- estação de S. Petersburgo !!! mente entusiasmado. Se era cometido um atentada contra um destes comboios, havia duas probabilidades O «can-can» não convém a senhoras sobre três de suas majestades não se encon- Para Thomas Cook e para os seus suces- trarem a bordo. Relativamente ao transporte sores, organizar viagens reais não passava por barco, que devia conduzir o Czar à Grã- de hábil propaganda. Os clientes de base eram -Bretanha, as precauções dos órgãos de turistas da classe média que, no século XIX, segurança russos eram as mesmas. Deste representavam um novo tipo de viajantes modo, o príncipe de Gales arriscava-se a não tementes da geografia, desconfiando de tudo saber nem o porto nem o barco em que, efec- e todos e almejando percorrer o mundo no tivamente, se encontravam os hóspedes que meio de uma equipa de guias. ia acolher. Cook não conseguiu converter à tempe- Cook foi pedir conselho ao embaixador da rança os seus clientes. O álcool e o cigarro Rússia em Londres. Meu bom amigo, fazeis- não seriam, de resto, os seus únicos inimigos. -me perguntas bem indiscretas, respondeu o Às damas que formavam parte dos grupos que embaixador. Nesse caso, a cerimónia da ele canalizava para Paris, ministrava as se- recepção será anulada, replicou Cook. A guintes directrizes: ameaça sortiu efeito e o príncipe de Gales Uma «lady» pode entrar nos melhores pôde dirigir-se ao verdadeiro porto e ao ver- cafés parisienses e, mesmo, sentar-se a uma dadeiro barco que transportava o verdadeiro mesa de esplanada. Mas uma «lady» não Czar. deve entrar jamais num café que esteja A última aventura com uma cabeça-coroada situado na parte norte dos boulevardes, entre a Ópera e a rua Saint-Dinis. A maioria des- sentações espalhadas por todo o mundo, trans- ses estabelecimentos apresenta atracções porta anualmente mais de 12 milhões de pes- que chocam o bom gosto. O i-can-cam dan- soas. A agência Hilton, de Nova Iorque, já çado por profissionais é uma exibição con- vende férias no Chile, no México, na Noruega, tra-natura, levando à dissolução dos costu- no Hawai, como se se tratasse da Côte de mes. Em dez espectadores, nove são homens Azur, de Paris ou de Capri. Com a entrada atraídos por uma curiosidade indigna e em acção dos aviões gigantes, à volta de 1960, inadmissível. a fase do turismo continental será ultrapas- Apesar deste puritanismo extremo, Cook sada. Para encher os colossos do ar convidar- conseguiu uma grande vitória: substituir o -nos-ão os turistas a passar o Verão em Hono- anterior turismo aristocrático por um turismo lulu e a praticar desportos de Inverno no de massas. Os viajantes deixam de buscar o Aconcágua. Enquanto aguardam, com a maior repouso e procuram divertir-se, sobem às mon- confiança, tal fase, os sucessores de Thomas tanhas no Inverno, invadem as praias, no Cook a nada se furtam para chamar a aten- Verão; incapazes de permanecer mais de três, ção dos turistas. Assim, uma agência alemã quatro dias no mesmo lugar, vão de paisagem oferece aos clientes uma viagem a África — e em paisagem, pensando em adquirir o máximo um elefante!!! Ao turista, é garantida a morte de conhecimentos num mínimo de tempo. do paquiderme por tiro disparado do seu pró- O turismo transformou-se numa formidável prio fusil e o porte até ao país natal dos den- indústria de que ninguém, a começar pelo tes da vítima, para que sirvam de trofeu de Estado, se desinteressa. Só a Agência Wagon- caça, na sala de estar da sua habitação... -Lits-Cook, com as suas milhares de repre- (Do Jornal «O Volante»)

Os homens ligados aos destinos do caminho de ferro não deixam amortecer dentro de si o ânimo que sempre os têm impelido a prosseguir e a procurar tentar melhor. R. de Espregueira Mendes

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Um novo tipo de comboio eléctrico suíço Manuel Macias

NAQUELA manhã de 23 de Outubro re- vizinho se multiplicavam, pela necessidade de tiniu, uma vez mais, o telefone. dar realização, primeiro, e depois manter, Madrid chamava. Feita rápida iden- a circulação dos então chamados «comboios- tificação da voz amiga, ela trans- -bloco», para ocorrer ao fluxo do nosso País mite com emoção a noticia brutal, na sua fria para a Suíça, surgido como resultado do es- realidade: morrera Manuel Macias. tado de guerra em que se encontrava quase Afeitos, desde há uma vintena de anos, toda a Europa. As reuniões sucediam-se a ritmo acelerado e decorriam em ambiente de certo nervosismo, sobretudo porque importava chegar a soluções concretas com a extrema rapidez que as circunstâncias impunham. Vas- concelos Correia, ao tempo Presidente do Conselho de Administração da Companhia e da sua Comissão Executiva, presidia a essas reuniões e nelas teve muitas vezes ocasião de reconhecer aquelas qualidades de Manuel Macias e de a elas render justa homenagem. Dotado de inteligência a um tempo profunda, meditativa e sagaz, constituía inefável prazer ouvi-lo discretear com a clareza, método e lógica que lhe eram particulares, ou reconhe- cer a facilidade com que se assenhoreava de qualquer matéria a ele exposta. E era um amigo devotado de Portugal e dos ferroviá- rios portugueses. Evitava desde há alguns anos, e com pertinácia, as viagens a países estrangeiros; nos últimos tempos raro era vê-lo em conferências ferroviárias que se realizassem fora de Espanha. Só uma excep- ção admitia — a do nosso País. Conferência que em Portugal se realizasse, já se contava de antemão com a sua, aliás muito grata, presença. E era sempre com esfusiante e espontânea alegria que correspondia, à che- gada, à nossa calorosa e cordial recepção. E ao seu convívio, tornara-se para nós familiar era sempre com voto e promessa de volta a presença daquele espírito moço, que estoi- breve, que se separava temporariamente de camente e com fidalga elegância sabia ocul- nós. Quando, em 1952, lhe sugerimos a ne- tar aos olhos de profanos a mágoa perene de cessidade de regularmente se realizarem con- rude golpe desferido contra um dos seus en- ferências entre os serviços comerciais, da tes mais queridos. De uma galhardia, finura e Renfe e da C. P., logo abraçou a ideia, lhe afabilidade de trato invulgares, conhecemo-lo incutiu entusiasmo e lhe emprestou denodado naqueles tempos, já recuados, em que os concurso, com a promessa que a nenhuma contactos com os caminhos de ferro do país deixaria de assistir. E cumpriu; desde então, com'absoluta regularidade, essas conferencias cial da mesma Companhia. Criada a Renfe, se têm realizado em cada ano, alternadamente chefiou a sua Divisão Comercial e depois o em Espanha e em Portugal, e valorizadas com seu Departamento Comercial. a sua presença, mesmo a última, no ano Em 1950 ascendeu a Subdirector, conti- passado, não obstante ter deixado de desem- nuando encarregado da chefia do mesmo De- penhar as funções de Chefe do Departamento partamento até 1956, em que passou às ordens Comercial, por ter ascendido às de Subdirec- imediatas da Direcção. Fez parte, desde 1945, tor. Já havia anunciado a sua assistência — do Conselho Superior de Caminhos de Ferro sempre fiel à amizade por nós — à que se e de Transportes por Estrada, ao serviço do realizou no mês passado; a Providência não qual, e como representante da Renfe, prestou lhe consentiu cumprir a promessa. valiosa colaboração na preparação das leis Morreu Manuel Macias. Faleceu — e em- vigentes de coordenação dos transportes ter- pregamos o termo com plena propriedade — restres. De 1947 a 1951, foi agregado, como um distinto ferroviário e um grande amigo engenheiro de l.a classe, à Direcção Geral nosso. Que a Providência lhe faculte a paz, de Caminhos de Ferro e Transportes por Es- na medida em que nós lhe dedicávamos pro- trada e naquele último ano foi nomeado re- funda e sincera amizade. presentante do Ministério das Obras Públicas Aos corpos directivos da Renfe, em es- no Conselho Directivo do Instituto de Cré- pecial à sua Direcção; ao Departamento dito para a Reconstrução Nacional. Comercial; à família ferroviária de Espanha ; Além de ferroviário, e dos mais distintos, a todos os familiares de Macias, apresen- Manuel Macias era professor da Escola Es- tamos a expressão do nosso sentimento e pecial de Caminhos, Canais e Portos, fun- de profundo pesar. ções que conquistara por concurso em 1947. * * * Era conselheiro da Sociedade de Autotrans- porte Turístico Espanhol (Atesa) e da Socie- Manuel Macias, de nome completo Manuel dade de Estudos de Material Auxiliar de Macias Alonso, entrara ao serviço da Com- Transportes (Semat) e vogal da Câmara da panhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Indústria e Comércio, de Madrid. Espanha em 1920; em 1930 foi nomeado Chefe de Serviço adjunto à Divisão Comer- J. FARIA LAPA

tugal-Espanha reali/ou-se, em fins de Dezembro últi- mo, em Palma de Maiorca. Da delegação Portuguesa fizeram parte além do Chefe da Divisão de Exploração OTICIARIO e do Chefe do Serviço Comercial e do Tráfego, os Srs. Dr. Cândido dos Reis e Frederico Pires. — Por motivo do falecimento do Presidente do Sindicato Nacional dos Ferroviários do Centro de Por- tugal foi nomeado para a Presidência o factor de 1.° A Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos classe de Lisboa-P., Gonçalo Correia. Os restantes Nacionais firmou contrato com o escultor António cargos ficaram assim distribuídos; Tesoureiro; João Lagos Henric|ues, pela importância de 400 contos, para Rocha Soares, chefe de Lanço, de Campolide; Secre- a execução de 4 baixos-relevos de granito para as fa- tário: António Pereira Ribeiro, aspirante de Via e chadas laterais do edifício principal da nossa estação Obras de Lisboa P.; Vogais; Guilherme Duarte, chefe de Vilar-Formoso. de 2.a classe da Sociedade Estoril e João Seiras, - Deslocaram-se a Paris, em meados do mês findo, fogueiro de l.a classe, de Lisboa-P. para tomarem parte nas reuniões do Comité de Gerên- — Foi designado para representar os trabalhado- cia e Assembleia Geral da U. I. C. os Srs. Eng.os Espre- res ferroviários no decurso da actual VII Legislatura gueira Mendes, Director-Geral da C. P. e Branco da Camâra Corporativa, o presidente da Direcção da Cabral, Secretário-Geral União dos Sindicatos doa Ferroviários, J. Lourenço — A VI Conferência Comercial Ferroviária Por- de Moura. 0 Divisão da Exploração tigo, isto é, entrega à automotora n. 211 o mod. M Serviço de Movimento 117 em vez do mod. M 126. 0 0 À estação de Fátima incumbe dar cumprimento Pergunta n. 261/Cons. n. 2034— Quando um 0 comboio seja rebocado por duas locomotivas em todo ao estabelecido no art. 62.° do referido Regulamento, ou em parte do seu trajecto e sendo cu não necessá- estabelecendo o mod. M 127 e também o mod. M 116 rias as duas, qual é considerada a máquina titular do sempre que o cruzamento for alterado. comboio e em qual deve ser inscrita a carga rebo- Serviço da Fiscalização das Receitas cada ? Pergunta n.0 313/Cons. 1800 — Uma remessa che- Resposta — O artigo 106.° das Instruções Gerais gou a destino às 16 horas dum dia útil, por exemplo sobre o serviço de maquinistas e fogueire s esclarece à terça feira ; quando é que a mesma começa a vencer que a locomotiva que segue imediatamente ao com- armazenagem ? boio cliama-se titular e a da frente dupla. A meu ver e sempre assim tenho procedido, co- meça a contar para o efeito de cobrança a partir das 0,00 horas de 6.a feira. Ill Peço o favor de ser esclarecido. Pergunta n.0 262/Cons. n.0 2037 — A automotora Resposta — Considerando, como se infere da n." 621 circula à partida de Miranda do Corvo com 5 pergunta apresentada, que se trata de mercadoria minutos de atraso; tem paragem condicional em cujo prazo gratuito de armazenagem é de 48 horas, Padrão não a efectuou por não haver passageiros a que a descarga foi efectuada no próprio dia da che- embarcar ou desembarcar, chegou ao apeadeiro do gada da remessa e que os dias de 4.a e 5.a feira não Arneiro às 9h;5, ou seja com 1 minuto de ganho. eram de feriado, o prazo gratuito de arrrazenagem A quem deve ser atribuído? À Tracção quede termina efectivamente às 24 horas de 5.a feira. facto fez o trajecto em menos 1 minuto ou ao Movi- Nota-se ao consluente que o assunto está devida- mento por não haver passageiros e que motivou a mente esclarecido nas págs. n.os 181 a 183 das Instru- antecipação. ções Complementares ao Livro E-ll. Resposta — O tempo (um minuto) foi ganho em trânsito, isto é, entre Miranda do Corvo e o apea- deiro de Arneiro, deve portanto ser marcado à Trac- Ill ção. Pergunta n.0 314/Con8. n.0 1809— Peço dizer-me se está certo o processo de taxa a seguir indicado: Ill Pequena velocidade, de Bragança para Viseu, um Pergunta r.0 263/Cons. n.0 2038 — Tendo a auto- chassi de veículos sem rodas com 3150 quilos, com motora n.0 211 cruzamento fixado na estação de Fá- 8 metros de comprimento, carregado em 2 vagões, tima com um comboio de serviço, que se efectua entre uma caixa com molas de suspensão para veículos com n Pampilhosa e a Pedreira de Fátima, e que por mo- 51 quilos. tivo de atraso do referido comboio, foi o cruzamento Carga e descarga pelos Donos alterado para Caxarias, deve a estação de Fátima Distância 434 Km 0 estabelecer mod. M117, cruzamento na sua própria Chassi — Tarifa Geral 1." classe com 15 /o estação, ou competirá a Paialvo? Preço (566170 -f 566170 x 15) X 5,15 . . - 1 328$38 Artigo 62.° do Regulamento 2. Peso real 100 Julgo que a estação de Fátima apenas estabelece Peso Virtual 3(.6$70 x 8,85 — 3 245$50 os mods. 116 e 127 com observação neste que está por Evoluções e manobras — 8$00 x 12 T. . = 96|100 chegar o comboio de serviço. Trasbordo (16$00+ 16100) X 12 T. . • . = 584100 Resposta — Sempre que seja posto em circulação Caixa: o comboio de serviço a que o consulente se refere, a Tarifa Geral 2." classe, 336123 > 0,06 .= 2U|18 estação de Fátima deve fazer seguir o seu anúncio a Manutenção 18$OOxO,C6 ...... = 1|08 Paialvo, a fim de esta estação dar cumprimento ao Trasbordo (16100+16$.C0)> 0,06 . . . = 1192 estabelecido no art.0 65.° do Regulamento 2 (Instru- Registo e aviso de chegada...... 8$00 0 ção n. 2504), devendo esta estação proceder de har- Arredondamento $04 monia com o estipulado no último período deste ar- Total 5 084$90 ^7 Resposta— Está certo o processo de taxa apre- sentado se, como se infere das indicações do consu- BOM HUMOR... lente, as molas de suspensão não eram pertences do chassi.

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Pergunta n.0 315/Cons. n.0 1810 — Agradeço di- zer-me se está certo o processo de taxa a seguir indi- cado: Pequena Velocidade, de Canal-Caveira para Al- cácer do Sal, uma debulhadora agrícola com 5500 s quilos, com 10 metros de comprimento e carregada em 2 vagões. Carga pelo expedidor e descarga pela Com- panhia. Distância 52 Km. Debulhadora, 1." classe da Tarifa Geral com 25% „ 30$ 10 X 25) X 5,50 Peso real (30110-|- jõo ~ 206594 Sem palavras.. Peso virtual, 30$10 X 6,50 = I95$65 402$59 10 % de abatimento 40$26 362$33 Revtificafão Evoluções e manobras 8ÍOOX 12 T. . . . 96|00 Descarga 5$00 X 12 T = 60$00 Por lapso de revisão saiu no «Boletim da C. P.» n.0 341, do mês de Novembro p. passado, a Consulta Registo e aviso de chegada 8$00 0 0 526$33 n. 1948, Pergunta n. 307, com resposta baseada nas Arredondamento $07 disposições insertas na Tarifa de Vagões Particulares, Total 526$40 que Vigorou até 31 de Julho de 1957. De harmonia com as disposições da nova Tarifa, Resposta - Está certo o processo de taxa apre- em vigor desde 1 de Agosto de 1957, o processo de sentado. taxa apresentado pelo consulente está certo.

O comboio Mistral, o mais rápido de todos quantos circulam nas r linhas dos caminhos de ferro franceses. O «Bo- letim da C. P.» referir- m -se-á desenvolvidamente a estes caminhos de fer- ro em número próximo.

28 Desportistas ferroviários

Por J. MATOS SERRAS

organização desportiva na- membro do Conselho Técnico, o Chefe de Secção do cional necessita, para seu bom Movimento, Eduardo Fernandes. Como director da funcionamento, do contributo secção de basquetebol do Benfica surge-nos Augusto de Vários elementos sem os Carreira Tomás, escriturário no Serviço Central do quais sucumbiria à luz da nas- Pessoal. Também o colaborador deste Boletim, João cença. Assemelha-se, mesmo, Baptista Carvalho dos Santos, chefe de escritório na a uma complicada máquina, Contabilidade e Finanças, é dirigente de eleição, sendo quão difícil de comandar um dos introdutores do basquetebol em Portugal, e por umas vezes, como de fácil manejo noutros momentos. Várias Vezes presidente da Assembleia Geral do Atlé- Muitas pessoas, no entanto, apercebem-se das dificul- tico. O Eng.0 Sousa Pires tem dado o melhor do seu dades que urge Vencer para lograr trilhar o atapetado esforço em vários cargos no desporto portuense. Em caminho que permite levar a efeito a realização de director da Comissão Distrital de árbitros de futebol uma pugna desportiva. de Setúbal está Ezequiel da Costa Cavaco, desenhador Dir-se-á, porém, em plano oposto e com inusitado de Material e Tracção, que já foi delegado técnico da despropósito, é certo, que nada mais simples se ofe- Federação da modalidade. O vice-presidente da direc- rece a um cotejo supérfluo... Isso, todavia, não cor- ção do Luso do Barreiro é o contramestre Paulo Ma- responde à realidade dos factos, e só assim pensa ria Fernandes, a cujos corpos gerentes pertence ainda quem, por hábito, na posição cómoda de espectador, o operário António Teixeira. Figura de realce na Vida se deleita criticando desfavoràvelmente tudo e todos, do Sporting da Covilhã, em épocas sucessivas, foi o ve- esquecendo quanto esforço houve que despender para rificador de receitas em Elvas, Alberto Maria Canhão. "ie proporcionar o espectáculo, dando aso a poder Podemos também anotar, como dirigente e treinador urdir quantos comentários lhe afloram à mente, nem do Atlético do Cacém, o Chefe de Secção de Compras sempre calma para uma apreciação lógica. e Recepção, João Nicolau dos Santos. Do Conselho Este artigo visa, objectivamente, à concretização Fiscal da Associação de Ténis de Mesa do Porto faz de uma ideia há muito latente no espírito do autor. parte o escriturário dos Serviços Centrais, Mário Trata-se de ajuizar, ainda que sem a preocupação de Moura, ao passo que no Atlético de Queluz está o uma rigidez difícil de controlar, o contributo empres- chefe de secção Fernando Vicente Pereira. tado pelos ferroviários portugueses ao Desporto. Dada » * * a dispersão de locais onde se alarga a área de actividade profissional da classe, foi ingente a realiza- Também o jornalismo da especialidade conta com Çao da tarefa de que nos incumbiram e a que, muito o concurso de vários ferroviários, no número dos quais gostosamente, metemos ombros. Muitos foram os cole- se inclui o autor destas linhas. gas de cujo labor desportivo tomámos conhecimento. No «Mundo Desportivo» trabalham; Manuel Mota, Todos os que não forem abarcados por este artigo subchefe de escritório na Via e Obras : Diamantino e se julguem com direito a ser citados, não vejam Dias, Pedro Rocha e Matos Serras, escriturários, res- no facto motivo para melindre, porquanto era suma- pectivamente, no Serviço Central do Pessoal, Fiscali- mente impossível elaborar um trabalho exacto. zação das Receitas e Secretaria da Direcção-Geral; Queremos ainda referir a circunstância de, por e António Dias, factor na estação de Lisboa-P.. Além motivos óbvios, termos de colocar em plano secundá- dos indicados, há ainda os escriturários Antero Fer- 'lo a actividade dos Grupos Desportivos da Empresa, nandes e José Maria Prado, que são correspondentes, pois apenas pretendemos focar os préstimos dos fer- pela ordem citada, no Entroncamento e Santarém. roviários em prol do Desporto, na generalidade. No jornal «Record» colaboram Eduardo Guita e * * » Ulpiano Abreu, ambos escriturários no Serviço Cen- tral do Pessoal. Começaremos por dar a primazia ao Sector Admi- Quanto ao «Diário de Lisboa», encontramos João nistrativo, e nesse aspecto encontramos, em lugar de Dias, Chefe de Secção na Via e Obras, e os escriturá- 0 honra, o professor Eng. André Navarro, chefe de ser- rios do Serviço Central do Pessoal, João Lopes e Rui V| Ç0, a quem coube a distinção de dirigir a Federação Dias. Portuguesa de Futebol. Segue-se o Eng." Mário Barata, Também o delegado do «Norte Desportivo» no da Via e Obras, que figura no elenco directivo do Algarve é nosso companheiro de profissão ; trata-se Sporting. Ainda na Federação de Futebol temos, como do escriturário António Augusto dos Santos. O tri-semanário «A Bola» tem como correspon- José Valente, operários, respectivamente, em Cam- dente no Entroncamento o escriturário Eduardo Brito. panhã e Barreiro. Além deles, também Olávio Silva, * * Germano Silva e Manuel Rodrigues, todos operários da Tracção, se dedicaram ao popular desporto da «bola Como mais popular de todas as modalidades des- ao cesto». Os dois primeiros como praticantes e o portivas, o futebol conta grande numero de ferroviá- segundo, além disso, como treinador. Quanto a árbitros rios entre os árbitros. Senão, vejamos. Só nas Oficinas temos, Berardo Soeiro, operário nas Oficinas do Bar- da tracção no Barreiro, dedicam-se à arbitragem os reiro, e João Policarpo, escriturário em Santa Apoló- seguintes operários: Marques Lobato, Leopoldo Mala- nia, pertencentes às Associações de Lisboa e Setúbal. cuto, José Violas, António Pereira, José Noronha, Jo- * * * sué Franco, José Encarnação Salgado, Armando Serpa, Álvaro de Carvalho e Augusto António dos Santos. Nem só no fubebol e basquetebol encontramos Mas à Associação de Setúbal pertence ainda o árbitro ferroviários. Em várias outras modalidades eles estão, Sebastião Jacinto Pássaro, escriturário nos S. Centrais. ou estiveram, presentes. Assim : Árbitros da A. F. Santarém são os escriturários Clau- O inspector de tracção Carlos Marques foi nos dimiro Rosa e José Braz. E da de Lisboa — Salvador seus tempos um atleta de nome. Ainda no Atletismo, Garcia, Francisco Qezaro, Barão Primo, José Baltazar, o chefe de secção do Movimento Fernando Sanches António Pereira, José Abreu e António M. Anastácio, Lopes distinguiu-se. E, mais recentemente, o escritu- todos escriturários. Também o revisor de bilhetes João rário José Mealha, com a camisola do Sporting, deu Palmeiro é árbitro de Setúbal, enquanto que Mário que falar... Mendonça, do quadro nacional de Juízes da ].a Divi- Especialista em Pesos e Alteres foi José Lopes são, é encarregado de obras em Évora. Esteves, escriturário na Fiscalização das Receitas. Além dos árbitros indicados, houve ainda três que José Júlio Moreira, colaborador assíduo do nosso mereceram a escolha para internacionais e já deixaram Boletim e chefe de escritório na Contabilidade e Fi- a actividade. São eles, o chefe de secção Carlos Ca- nanças, é inspector de educação física e professor nuto, o chefe de brigada Libertino Domingues e o competente. escrevente Paulo de Oliveira, que trabalham, respec- Nome sobejamente conhecido no meio desportivo tivamente, na Calçada do Duque, Figueira da Foz e é o de Manuel Marques, enfermeiro reformado, e mas- Entroncamento. Também foram árbitros de primeiro sagista do Sporting e da Selecção Nacional de Futebol. plano, Nuno de Freitas, chefe de secção na Via e Obras, No aspecto de fiscalização, temos António Augus- e Mário Ribeiro Sanches, escriturário no Serviço to Nunes, chefe de secção, que é chefe da organização Comercial e do Tráfego. desportiva do Benfica; António Domingues, chefe de secção reformado e fiscal da Asssociação de futebol * * * de Setúbal; António Nascimento Pinto, escriturário Depois dos árbitros surgem os jogadores de fute- fiscal do Benfica, e Fernando Fernandes Farinha, es- bol. Os mais conhecidos, por actuarem na prova máxi- criturário, porteiro no Sporting. ma, são Ricardo Vale, Francisco Correia, Carlos Silva Anos atrás distinguiu-se como ciclista Jaime Perei- e Albino Lança, todos operários do Material e Trac- ra, escriturário na Fiscalização das Receitas. ção. Entre os que abandonaram a actividade estão Ainda no ciclismo, registe-se que o actual tesou- Alexandre Baptista, Pedro Pireza (internacional), Raul reiro da Federação é o chefe de secção, José Antó- Baptista, João Pireza e Pinto Machado, operários da nio Martins. Tracção, e Bento de Almeida, adido técnico do Ser- Para terminar, diremos que entre os vários entu- viço de Estudos. siastas que se dedicaram ao Remo, chegaram a inter- * * * nacionais, José Leite de Carvalho, escriturário na Tracção; Carlos Castanheira, inspector técnico; Ar- Depois do futebol surge o basquetebol. Como inter- mando Carrão, Rosa Limpo e Baltazar Martins, ope- nacionais deste jogo temos a anotar, Abílio Serafim e rários do Material e Tracção.

Dentre as comunicações por terra, o caminho de ferro, dadas as suas possibilidades de assegurar, como nenhum outro, o trans- porte de grandes massas de passageiros e mercadorias, deve ser considerado a sua espinha dorsal. Tudo quanto se faça em seu beneficio — é a Bem da Nação! Gen. Manuel Gomas de Araújo Ministro das Comunicações AGENTES QUE COMPLETARAM 40 ANOS DE SERVIÇO

Martinho Armando Maçaroca Gualdino Lopes Marinho — mmmm — Chefe de estação de 5." classe Chefe de estação de 3." classe em em Ramalhal. Admitido como pra- Lanhelas. Admitido como prati- f* • x ticante em 1 de Outubro de 1917, cante em 1 de Outubro de 1917,a nomeado aspirante em 1 de Julho foi promovido a factor de 3. m de 1918, promovido a factor de 3.a classe em 9 de Julho de 1919, a classe, em 1 de Janeiro de 1920, a factor de 2.a classe em 30 de Ju- factor de 2.a classe em 1 de Ja- nho de 1925, a factor de l.a classe neiro de 1926, a factor de 3.a clas- em 1 de Março de 1928, e a che^ se em 1 de Janeiro de 1941, e a de 3.° classe em 1 de Janeiro de chefe de 3." classe em 1 de Dezem- 1950. Em virtude do A. C. T., bro de 1952. Ema virtude do A. C. passou a chefe de estação de 3." Tv passou a chefe de estação de 3. classe, a partir classe, a partir de 1 de Julho de 1955. de 1 de Julho de 1955.

Amílcar de Carvalho — Bilhe- Crisóstomo da Silva - Ser- teiro principal de Braga. Admi- vente de l.a classe em Braga tido como praticante em 13 de Admitido como limpador provi- Outubro de 1917, promovido a fac- sório em 19 de Outubro de 1917, tor de 3." classe em 9 de Julho de nomeado carregador de estação I 1919, a factor de 2.fl classe em 8 em 4 de Abril de 1921, passou de Julho de 1921, passou a bilhe- a porteiro em 21 de Julho de 1927. teiro de 2.0 classe em 5 de Dezem- Em virtude do A. C. T. passou a bro de 1924, a bilheteiro de l." servente de l.a classe, a partir de classe em 1 de Julho de 1928, e 1 de Julho de 1955. ■ a bilheteiro em 1 de Janeiro de 1939. Flondório Pinto Ribeiro — E m ílio Fernandes Lírio — Servente de 1." classe em Porto Contínuo de 1." classe em Cam- de Rei. Admitido como carrega- panhã. Admitido como carrega- dor eventual em 23 de Outubro dor eventual em 20 de Outubro de ,7. Ã de 1917, nomeado carregador em 1917, nomeado contínuo de 2.a em 13 de Fevereiro do 1925. Em classe em 1 de Janeiro de 1942, virtude do A. C. T„ passou a ser- e a contínuo de l.a classe em I de vente de l.a classe, a partir de 1 Janeiro de 1948. de Julho de 1955. 1/

Tomé Pinheiro de Almeida — Admitido em 20 de Maio de 50 ANOS DE SERVIÇO 1916, foi nomeado factor de 5.a ■ «Sti g| classe em 1 de Janeiro de 1920. Passou a empregado de 2.a classe Manuel Martins Entrudo Jú- eni 1 de Janeiro de 1926. Promo- nior — Inspector de Zona da Ex- vido a empregado de I a classe ploração em Barreiro. Admitido em 1 de Janeiro de 1931, a empre- como praticante em 10 de Agosto gado principal em 1 de Janeiro de 1907, foi promovido a factor a A. de 1 39 e finalmente a chefe de de 3. classe em 8 de Julho de secção no Serviço deFiscalização 1908, a factor de 2.a classe em 22 das Receitas em 1 de Janeiro de Julho de 1909, a factor de l.a de 1952. classe em 4 de Dezembro de 1912, passou a fiel de estação de 2.a Fernando Augusto Monteiro classe em 15 de Abril de 1914, a — Escriturário de l.a classe em fiel de estação de l.a classe em Campanhã. Admitido como prati- 9 de Julho de 1917; foi promovido a chefe de 4." clas- SKs cante em 13 de Outubro de 1917, se em 2 de Novembro de 1917, a chefe de 3." classe foi promovido a factor de 3.a clas- em 8 de Novembro de 1919, a chefe de2.a classe em 31 se em 9 de Julho de 1919, a fac- de Março de 1925; passou a chefe de escritório em 1 tor de 2 a classe em 8 do Janeiro de Julho de 1927, a chefe de escritório de 2.a classe de 1925, a factor de l.a classe em em 1 de Janeiro de 1929, e a chefe de escritório de 1 de Março de 1928, passou a em- ].a classe em 1 de Janeiro de 1931. Depois de transitar pregado de 2.a classe em 1 de Ja- por outras categorias foi nomeado Inspector principal neiro de 1945 e a empregado de a em 1 de Janeiro de 1944. Em virtude do A. C. T. pas- pni , , l. classe em 1 de Julho de 1946. sou a Inspector principal da Exploração emj de Julho virtude do A. C. T., passou a escriturário de l.n aasse a de 1955, e a Inspector de Zona de Exploração em 1 de Partir de 1 de Julho de 1955. Outubro de 1955. 31 Tabela de Preços dos Armazéns de Víveres

Açúcar: Branco. . . 6$60 Farinheiras 16$50-- ]6$80 e 20100 Corrente ...... 5$30 Feijão; Branco . . . . 3$60 Aguardente . . 7S10 » apatalado . . . 5120 Alpista . . 4$20 » «Fidalgo» ...... 4$60 Arroz; Gigante de l.a . . 6180 » miúdo...... 3130 Gigante de 2.a . . 5170 Catarino . . . 3|90 Mercantil . . 5$20 Manteiga ...... 4150 Aveia • . . 1$90 Grão » . . 3$90 Azeite Extra . . 13$70 Manteiga . . . 40$00 Bacalhau: Islândia crescido . . 17140 Margarina («Chefe» e «Vaqueiro») . . . . 5$00 Nacional miúdo ...... 12$f0 Massas ; Cotovelos de l.a ...... 7$80 » corrente . . . 13140 » » 2.a ...... 5180 » crescido . . . . . 14$40 Esparguete. . . . » . . . 9150 Noruega corrente . . . . , 15190 Luxo Banha derretida . . 14$40 » » em rama • . . . 12190 Meadas de l.a . . . 8|00 Batata . . ]$00 Mel (em frascos) , . . 11155 Bolachas; Agua e Sal . , 14$10 Oleo de Mendobi Amaretis . . 23120 Ovomaltine . . . 25100 Amêndoa . . 18$50 Pão (carcassas) Araruta ...... ■ . 29$00 » (a) Baunilha . . 37J30 » (b) Champagne . . 19110 Petróleo Milho . 20130 Queijo (tipo Flamengo) ...... 28$80 Negrita . . 11160 (Quinta da Tapada) . . . . . 22$80 Palermos ...... 21120 Serra . . . 28$80 Cabeça e chispe. • . . ]4!00 « Cacau puro . . 40180 Sabão Offenbach . . . 5$90 » baunilhado . . 50$60 Toucinho; entremeado . . . 15$30 Café (mistura extra) . . 15$80 gordo ...... 10$60 Castanha . ■ 2100 Vinho (branco e tinto) Cevada torrada e moída : Avulso . . . 5150 Carnes verdes: Pacotes . . . . 1180 Vaca limpa . . . 2S$80 Chouriço de carne: a granel...... 36,100 » de l.a, c/ osso. . . . 22$20 a enlatado. . . • . ■ 56$?0 » » 2. , « » ...... 15160 Chouriço de sangue . . 21$20 Carneiro, perna e lombo . . . . . 20$00 Colorau doce EEE . . 18$10 » pá e costeletas . . . . . 18$40 » extra . . 15$00 » peito . . . ' . . . . 14$40 Farinhas: «Amparo» ' . 16185 de pau 4$70 (a) — Em Lisboa e Cacém «53» (b) — Nos restantes Armazéns

Além dos géneros, são distribuídos TECIDOS, CALÇADO, MALHAS, LOUÇAS e variadíssimos outros artigos de necessidades normais, procedentes directamente das Fábricas e por esse facto por preços bastante módicos.

SUMÁRIO MENSAGEM DO ANO NOVO, por R. de Espre^ueira Mendes ALGUMAS NOTAS SOBRE A ESTRU- TURA DO TRÁFEGO DE MERCADORIAS NA REDE DA C. P., pelo Prof Doutor João Faria Lapa -ít O CAMINHO DE FERRO NA EXPANSÃO DO TURISMO, pelo Dr. Carlos de Albuquerque & OS FERRO- VIÁRIOS E O NATAL, pelo Eng.0 Frederico de Quadros Abragão *$1 OS NOSSOS CONCURSOS NO PAÍS DOS SAMURAIS-CAMINHOS DE FERRO DO SOL NASCENTE & TALVEZ NÃO SAJBA QUE..., Condensado por José Júlio Moreira $ NOS BASTIDORES DO NOSSO MEIO - A EXPLORAÇÃO ECONÓ- MICA EM REGIME DE COMANDO CENTRALIZADO # THOMAS COOK TERÁ SIDO O INVENTOR DO TURISMO? ^ MANUEL MACIAS -fe NOTICIÁRIO DIVERSO st- PERGUNTAS E RESPOSTAS st- BOM HUMOR... DESPORTISTAS FERROVIÁRIOS, por J. Matos Serras -S PESSOAL & TABELA DE PREÇOS DOS ARMAZÉNS DE VÍVERES NA CAPA : Desenho de Celestino Teixeira i r

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