<<

Tiragem: 34943 Pág: 24

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Diária Área: 25,70 x 30,61 cm²

ID: 57044457 12-12-2014 Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 3 Esta erupção do vulcão da ilha do Fogo já foi mais destrutiva do que a de 1995

Duas povoações estão destruídas. Receia-se que outras na rota mais provável do rio de sejam apanhadas, até porque o vulcão se mantém em actividade Os últimos dois derrames de lava

CABO Ilha do Fogo Mosteiros VERDE OCEANO ATLÂNTICO

São Filipe Fonsaco 10 km

Bordeira

CHÃ DAS CALDEIRAS

Erupção de 2014

Bangaeira Portela Boca Fonte

Pico do Fogo 2829m

Erupção de 1995

1 km

Fonte: Serviço Copérnico para Gestão de Emergências; revista Finisterra XXX, 59-60, 1995 PÚBLICO O vulcão na noite de 28 de Novembro visto a 800 metros de distância; ao lado em baixo, a erupção no dia segu

cidade de Mosteiros. Outra parte ram como um chamariz para Chã das Quando olhamos para fotografi as ber como decorria a erupção, que Cabo Verde foi para centros de acolhimento em Caldeiras. “Desde 1995, a população que os jornais cabo-verdianos têm tipo de produtos produzia, apanhar Teresa Firmino e . Víti- mais do que duplicou”, refere José publicado, vemos que o derrame de amostras de rochas e cinzas vulcâ- mas mortais não há. Madeira, da Faculdade de Ciências lava envolveu as casas e prosseguiu nicas e documentar as observações Em 1995, o vulcão da ilha do Fogo, Chã das Caldeiras, que é uma de- da Universidade de Lisboa (FCUL) e caminho. Vista de cima, a crosta es- em fotografi a, vídeo e por escrito.” em Cabo Verde, acordou e manteve- pressão plana a cerca de 1600 metros do Instituto Dom Luiz (IDL), regressa- cura da lava surge pontilhada, aqui Estes cientistas também apoiaram se durante um mês e 24 dias a deitar de altura, está em grande parte ro- do há alguns dias a Portugal de uma e ali, pelo topo claro das casas, so- as equipas cabo-verdianas de moni- lava vinda das profundezas da Terra. deada por uma escarpa, designada missão científi ca ao vulcão. “Houve bressaindo como pepitas de choco- torização sísmica do vulcão, baseada Agora, passados 19 anos da erupção por , e que na parte mais a cooperação com os italianos para late branco numa bolacha. Além das numa rede já instalada, e de protec- anterior, voltou a dar sinais de vida alta atinge um quilómetro acima do se desenvolver a vinha e a área culti- casas, assim se perderam terras agrí- ção civil. Iam-lhes transmitindo infor- — e nos 19 dias em que tem estado a fundo plano. Aberta a leste, zona em vada aumentou. A procura turística colas, a adega de Chã das Caldeiras, mações sobre as suas observações e expelir lava já foi mais destrutivo do que a escarpa já não existe, a caldeira também aumentou. A população jo- o edifício do Parque Natural da ilha previsões para as horas seguintes. Ao que em toda a erupção de há quase vulcânica tem cerca de nove quiló- vem da Portela e Bangaeira trabalha do Fogo, estradas. terreno acorreu ainda outra equipa 20 anos. metros de comprimento e dois de lar- como guias — a fazer caminhadas, a ir portuguesa, reunida num consórcio A lava já destruiu duas povoações gura. Do fundo da caldeira ergue-se ao vulcão, a subir a Bordeira.” “Destruição maior” de instituições como o Instituto Por- — a Portela e Bangaeira —, enquanto um grande cone — o Pico do Fogo, Mais gente num local perigoso pela Para José Madeira, tratou-se de um tuguês do Mar e da Atmosfera, o Ins- em 1995 atingiu uma meia dúzia de que é o vulcão e o ponto mais alto presença de um vulcão activo, ain- reencontro com o vulcão. A erupção tituto Superior Técnico, a Universida- casas. Coladas uma à outra, a Por- da ilha, com 2829 metros. Desde a da que costume estar adormecido anterior já o tinha levado até lá, ago- de da Beira Interior ou o Laboratório tela e a Bangaeira fi cam dentro da erupção anterior, Chã das Caldeiras durante dezenas de anos, é sinóni- ra foi com outro geólogo português, Nacional de Energia e Geologia, para caldeira vulcânica da ilha do Fogo, foi-se enchendo de gente. mo do aumento do risco associado Ricardo Ramalho, da Universidade monitorização sísmica e geodésica conhecida por Chã das Caldeiras. O cultivo da vinha e a produção a uma erupção. Esta foi uma das ra- de Bristol (Reino Unido), revezados do vulcão. Instalaram estações sís- Até há menos de um mês viviam ali de vinho, num dos poucos locais em zões por que, desta vez, o derrame depois por outro geólogo da FCUL micas, reforçando a rede existente, cerca de 1300 pessoas, que tiveram Cabo Verde onde isso é possível, e o de lava chegou às casas e as engoliu. e dois geofísicos do Instituto Supe- e estações geodésicas, para medir as de ser deslocadas para outros locais, turismo tornaram-se actividades eco- Primeiro à Portela, mais a sul, depois rior de Engenharia de Lisboa. “O deformações do terreno. Todas estas a maior parte para o antigo liceu da nómicas importantes que funciona- à Bangaeira, mais a norte. nosso principal objectivo era perce- informações ajudam a perceber co- Tiragem: 34943 Pág: 25

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Diária Área: 25,70 x 30,75 cm²

ID: 57044457 12-12-2014 Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 3 19 são os dias, completados hoje de manhã, que o vulcão da ilha do Fogo entrou em erupção, ao fim de 19 anos de dormência

JOSÉ MADEIRA/FCUL/IDL logo nesse ano na revista portugue- ver derramamento de lava. As frentes sa de geografi a Finisterra, por Eze- estão estagnadas, mas não signifi ca “Nunca vi uma coisa assim” quiel Correia e Fernando Costa, do que não venham a ser reactivadas”, Instituto de Investigação Científi ca e informa José Madeira. Tropical, em Lisboa. Estão em risco outras povoações? Cristiano Silva vive a dez quilómetros “Há o perigo de o derrame de lava Dois ramos de lava percorrer os dois quilómetros até à de Chã das Caldeiras, onde fica o vulcão Outros factores contribuíram para vertente que segue directamente pa- a maior destruição provocada pela ra o mar”, responde o geólogo. “Se os 56 anos que tem, já depois das populações actual erupção. Tal como em 1995, a lava continuar a avançar e seguir passados quase na maioria terem sido afastadas. “Nos a nova erupção começou no sopé do o trajecto mais plausível, a principal Ndo tempo na Ilha do Fogo, primeiros dias, muitas pessoas Pico do Fogo. “A lava de 1995 preen- povoação que pode estar em perigo é Cristiano Silva nunca resistiram, não queriam sair, na cheu a zona mais deprimida da Chã, Fonsaco, a sul da cidade de Mosteiros viu uma coisa assim. Não viu, fé que seria possível regressar à na proximidade do grande cone, e e já próxima do nível do mar”, acres- nem ouviu dos avós que lhe normalidade.” a erupção deste ano não tinha para centa, dizendo que pelo caminho há contavam como o vulcão da ilha Não foi. E uns dias depois onde se espalhar e deu origem a uma várias casas dispersas. surpreendeu os habitantes em todos estavam longe. Ficaram língua mais alongada e que chegou Um dos jornais cabo-verdianos, 1951. sem nada: as casas e o mais rapidamente à Portela.” A Semana, escrevia na quarta-feira Nesse ano, a lava destruiu espaço “onde muitos jovens Logo no primeiro dia da erupção, que as autoridades cabo-verdianas mais do que em 1995, apesar conseguiram cimentar as na manhã de 23 de Novembro, o rio tinham dado o alerta de que a lava de Chã das Caldeiras ser então suas vidas, com a agricultura”. de lava ramifi cou-se em dois ramos: podia atingir, além de Fonsaco, o uma zona com muito poucas “As pessoas estão tristes e “Um foi para sul e morreu a um quiló- povoado de Cutelo Alto. E que já ha- pessoas e ainda menos casas. revoltadas porque esta é uma metro e tal e o outro foi em direcção à via moradores destas localidades no Nem em 1951, nem em 1995, a parte da ilha onde têm a sua Portela, passou por cima do derrame concelho de Mosteiros a transferir os lava percorreu tanto espaço e de economia, sem dependerem de de 1995 e correu encostado a ele.” seus bens para outros locais. “Prefi - forma tão persistente como nas ninguém”, conta Cristiano Silva. Estas erupções são de tipo fi ssural: ro jogar pelo seguro e não desafi ar a últimas quase três semanas. Já lá A sua associação comunitária “Abre-se uma fi ssura no terreno, a la- natureza, porque ela é imprevisível”, vão 19 dias desde que se ouviu Avançar para a Frente é uma va jorra e organiza-se em bocas erup- disse um dos moradores de Fonsaco, o rufar dos primeiros sinais da das muitas organizações da tivas — focos eruptivos — e é a partir Bento Andrade. intensa erupção. sociedade civil envolvidas daí que começa a ser construído um Além de Cutelo Alto e Fonsaco, “Nunca vivemos aqui uma num amplo movimento de cone”, explica ainda o geólogo. “Ini- o presidente substituto da Câmara situação destas, com um vulcão solidariedade no qual também cialmente, esta erupção teve uns sete Municipal dos Mosteiros, Jaime Mon- desta dimensão. Nem presenciei participam empresas e focos eruptivos ao longo da fi ssura e, teiro, adiantou ao mesmo jornal que nem ouvi dos meus avós nem de empresários, com a distribuição progressivamente, alguns deixaram os povoados de Monte Barro, Boca ninguém da ilha”, diz Cristiano de cabazes de alimentos, roupas de estar activos. Nos últimos dias, Curral e Queimada Trás também es- Silva. Lembra-se, sim, de o e bens de primeira necessidade mantiveram-se quatro focos.” tavam em zona de risco. Neste ca- movimento das apenas às mais de 1300 pessoas Três dos focos, situados em cotas so, poderão ser afectadas cerca de durar seis dias. Ao fim desse desalojadas. mais altas, apresentavam uma acti- 500 casas habitadas e 2100 pessoas. tempo, as lavas acalmaram. Cristiano Silva acredita, vidade mais explosiva: além de cin- E Mosteiros, a segunda maior ci- “Ficaram estagnadas, libertando recorrendo às informações de zas, projectavam bombas vulcânicas, dade da ilha, está na rota do rio de gases, como agora”, contou uma equipa da Universidade fragmentos de lava incandescente, lava? “Atingir Mosteiros é um cenário nesta quinta-feira pelo telefone de Cabo Verde, que o vulcão uinte vista da povoação da Portela a 300 ou 400 metros de altura. De- pouco plausível, quase impossível. a partir de Santa Catarina, fique activo, no máximo, 56 pois de uma trajectória balística, Era preciso que a erupção se manti- município a dez quilómetros dias, desde a primeira hora mo poderá evoluir a erupção. essas bombas ou caíam nas proxi- vesse durante muitos meses”, diz o de Chã das Caldeiras onde se da primeira erupção: 9h45 da É pois muito do relato de José Ma- midades da cratera ou a distâncias geólogo português. encontra o vulcão. manhã do dia 23 de Novembro. deira sobre o que conhece do vul- até a uns 500 metros. “É assim que Pelos registos históricos, as erup- Não ousa prever uma “Era um sábado.” Na véspera cão e o que observou nos seis dias o cone é constituído: resulta da acu- ções do vulcão do Fogo prolongam- data para o fim, depois das à noite, as povoações mais que esteve na ilha e nas oito ou no- mulação desses materiais projecta- se, em média, por dois meses. A par- populações terem sido de novo próximas sentiram os primeiros ve vezes que subiu até Chã das Cal- dos de modo explosivo”, explica o tir de meados do século XV, quando surpreendidas no dia 30 de sinais, um som fundo e uma deiras, aproximando-se da erupção geólogo. “O cone da erupção actual Cabo Verde foi descoberto e povoa- Novembro quando tudo parecia vibração constante. Hoje estão até a uns 800 metros, que aqui fi ca. está a formar-se encostado ao cone do, há registo de umas 25 erupções. calmo dois dias antes. Nesse dia, acolhidas em centros ou em “Em 1995, o derrame de lava fi cou de 1995, do lado sudeste. É a mes- Algumas são meras referências em a erupção ressurgiu com toda a casa de familiares, à espera relativamente próximo mas não des- ma estrutura que foi activada. O cone livros de bordo. A partir do século força e foi então que provocou do fim que quase ninguém truiu nada na Portela”, conta o geólo- que está em construção está a sobre- XVIII, os registos são mais comple- o maior rasto de destruição, consegue prever. go. “Essa erupção destruiu a estrada por-se em parte ao cone de 1995.” tos, culminado com as erupções bem JOSÉ MADEIRA/FCUL/IDL de entrada em Chã [das Caldeiras], Quanto ao quarto foco eruptivo, documentadas de 1951 (pelo geógrafo meia dúzia de casas e o edifício da está a originar o rio de lava que tem português Orlando Ribeiro) e de 1995. antiga adega de Boca Forte, que era escorrido pela depressão de Chã das Este é o único vulcão de Cabo Ver- uma pequena localidade onde havia Caldeiras. Nesta actividade vulcâni- de com actividade desde o povoa- nascentes [de água] e um sistema de ca dita “efusiva”, a lava corre líqui- mento das ilhas. “As ilhas de Santo cisternas”, relata. “Hoje, como a Chã da pelo chão. Nos últimos dias, tem Antão e Brava não têm erupções des- cresceu e havia mais construção, a avançado mais lentamente, mas de o povoamento, mas têm potencial destruição foi muitíssimo maior.” encontra-se já a norte da Bangaeira, para produzir erupções no futuro.” Em 1995, viviam ali cerca de 650 em direcção à encosta da ilha onde a E desta erupção que continua bem pessoas. Foi essa a população evacu- Bordeira não existe e o caminho até viva, José Madeira e o colega trouxe- ada de Chã das Caldeiras pelas enti- ao mar tem assim a vida facilitada. ram na mala algumas das suas ma- dades cabo-verdianas, segundo uma “Continua a actividade explosiva, as nifestações. “Colhemos uns 50 a 60 descrição dessa erupção publicada cinzas e as bombas. Continua a ha- quilos de amostras.” Tiragem: 34943 Pág: 1

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Diária Área: 5,46 x 10,00 cm²

ID: 57044457 12-12-2014 Âmbito: Informação Geral Corte: 3 de 3

Esta erupção da ilha do Fogo destruiu mais que a de 1995 Já foram arrasadas duas povoações e receia-se que outras, na rota provável do rio de lava, sejam apanhadas, até porque o vulcão continua activo p24/25

OJE Semanal Tiragem: 8500 Pág: 18 País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 26,00 x 32,20 cm²

ID: 57044417 12-12-2014 Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 3

reportagem

ERUPÇÃO EM CABO VERDE Apagadas do mapa. Vulcão do Fogo arrasa aldeias e projetos de vida

Sem casa, sem pertences, sem as suas árvores de fruto, a sua agricultura de subsistência. Assim ficaram os habitantes de Portela e Bangaeira, onde a lava engoliu a adega do vinho do Fogo. Em risco estão também Cutelo Alto e Fonsaco, os povoados de Monte Barro, Boca Curral e Queimada Trás.

CARLOS CALDEIRA [email protected]

PORTELA E BANGAEIRA ENGOLIDAS PELA LAVA A erupção do Vulcão do Fogo, em Cabo Verde, adquiriu proporções catastróficas com a destruição das povoações da Portela e Bangaeira, afetando profundamente a população destas localidades. De facto, o que, depois dos primeiros dias de atividade vulcânica, restava das habitações e infra- estruturas, foi destruído quase por completo no domingo passado pelo rápido avanço das lavas, que cobrem agora uma área muito significativa da Chã da Caldeira e fizeram diminuir significativamente a área dos campos agrícolas. A erupção começou na quarta-feira a dar algumas tréguas, com a JOSÉ MADEIRA, JOÃO MATA, diminuição da taxa de extrusão de lava, ainda que PEDRO SILVA E MÁRIO MOREIRA acompanhada de libertação significativa de gases. Uma equipa de geofísicos e geólogos da Faculdade Uma equipa de geofísicos e geólogos da Faculdade de Ciências da de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e do Universidade de Lisboa (FCUL) e do Instituto Superior de Engenharia Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), de Lisboa (ISEL), todos investigadores do Instituto Dom Luiz (IDL), efetuou observações de natureza vulcanológica e constituída por José Madeira (FCUL-IDL), João Mata (FCUL-IDL), recolha de amostras rochosas e dados para estudos Pedro Silva (ISEL-IDL) e Mário Moreira (ISEL-IDL), em associação geoquímicos e geofísicos. Com estes estudos com Ricardo Ramalho da Universidade de Bristol, tem acompanhado pretende-se aumentar o conhecimento sobre a o desenrolar dos acontecimentos desde o dia 26 de novembro. evolução vulcânica desta ilha. OJE Semanal Tiragem: 8500 Pág: 19 País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 26,00 x 31,84 cm²

ID: 57044417 12-12-2014 Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 2 de 3

Além das localidades de Cutelo Alto e Fonsaco, os povoados de Monte Barro, Boca Curral e Queimada Trás estão também em zona de risco. Serão mais de 500 casas e 2100 pessoas afetadas.

Os materiais produzidos pela erupção ocupam já uma área superior à afetada pela erupção de 1995 que durou 51 dias. Estas erupções vêm no seguimento de atividade vulcânica muito significativa (mais de 20 eventos) registada desde o início da colonização do arquipélago em meados do séc. XV.

Moradores de Cutelo Alto e Fonsaco, depois do alerta, abandona- ram as casas em segurança e com os seus pertences, para que não se repita o que aconteceu em Portela e Bangaeira.

Não há vítimas a lamentar, pese embora, a dificuldade de alguns habitantes menos conformados com os efeitos destruidores deste evento vulcânico, em abandonar as suas habitações. Ficaram quase 1.500 pes- soas desalojadas, sem casa e sem as suas terras agrícolas de subsistência. Tudo engolido pela lava.

As autoridades sanitárias cabo-verdianas estão preocupadas com eventuais efeitos psicológicos e traumas provocadas pela mu- dança de locais de residências dos desalojados do vulcão do Fogo.

A lava cortou estradas, entrou pelo Parque Natural, galgou casas O governo de Cabo Verde montou um gabinete de crise para lidar com a situação. A equipa vai elaborar um de apoio à agricultura e destruiu a Adega Cooperativa de Chã plano para realojar os cidadãos que ficaram sem casa e para construir as infraestruturas necessárias. De das Caldeiras e dizimou parcialmente a povoação de Cova Tina. Portugal partiu a fragata Álvares Cabral, com telecomunicações, um helicóptero e camas e cobertores. OJE Semanal Tiragem: 8500 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 5,95 x 4,22 cm²

ID: 57044417 12-12-2014 Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 3 de 3 OJE NA ILHA DO FOGO. O MEDO, O DRAMA E AS IMAGENS ÚNICAS P18 e 19