07 - 29 Julho de Bailado de Companhia Nacional RIBEIRO PAULO Direção Artística de São Carlos Teatro Nacional DICKIE PATRICK FESTIVAL AO LARGO 2017

Ao Largo é o pulsar maior da Companhia. A edição deste ano do Festival homenageia dois São dias de celebração de todas as primaveras. grandes gigantes da Música do século XIX: Ao Largo e em Largo respiramos todos os sons Richard Wagner e Giuseppe Verdi, curiosamente e todos os gestos. ambos nascidos em 1813. De forma coletiva festeja-se a dança no seu expoente máximo com obras inspiradas dançadas O Largo de São Carlos é um local íntimo e cenário por intérpretes incontornáveis. perfeito para, uma vez mais, a música abandonar Em frente à casa onde nasceu Fernando Pessoa a sala principal do Teatro e fazer-se ouvir em homenageia-se o corpo e toda a sua dimensão plena rua. Há musica para todos os gostos – o poética!!! programa deste ano combina jazz, musicais da Broadway com Maurice Ravel, Leonard Bernstein A CNB entrega-se à maior homenagem que pode ou Frank Zappa. As honras de abertura deste ser feita à cidade que a acolhe. festival caberão à Orquestra Sinfónica Portuguesa dirigida por Joana Carneiro, a sua Maestrina No espaço de maior movimentação poética da Titular, e o Coro do Teatro ocupa o seu habitual cidade de Lisboa, os intérpretes da Companhia lugar de uma das estrelas principais, cantando Nacional de Bailado dão corpo à subjetividade um programa totalmente preenchido por obras maior da palavra e dançam, dançam, dançam…!!! de cada período importante da carreira de Giuseppe Verdi. Com eles, dançamos todos!!! O Festival ao Largo tornou-se um destino para todos aqueles que desejam viver a música clássica numa atmosfera verdadeiramente festiva e descontraída. Nestas noites quentes de verão, junte-se a nós e todos desfrutaremos de fantásticas emoções.

Paulo Ribeiro Patrick Dickie Diretor Artístico da Diretor Artístico do Companhia Nacional de Bailado Teatro Nacional de São Carlos pág. 04-07 pág. 24-27 MÚSICA MÚSICA BERNSTEIN ORQUESTRA CLÁSSICA E RAVEL DA MADEIRA

Orquestra Sinfónica Portuguesa Direção Musical Gianluca Marcianò Direção Musical Joana Carneiro

07-08 Julho Sexta-Feira e Sábado 19 Julho Quarta-Feira

pág. 08-11 pág. 28-29 MÚSICA MÚSICA FILARMÓNICA A TRIBUTE TO DE FRANK ZAPPA Direção Musical Avi Ostrowsky Brass Factory

11 Julho Terça-Feira 20 Julho Quinta-Feira

pág. 12-14 pág. 30-35 MÚSICA MÚSICA BEETHOVEN A VIDA DE VERDI E BRAHMS Coro do Teatro Nacional de São Carlos Orquestra Sinfónica Portuguesa Orquestra Metropolitana de Lisboa Direção Musical Andrea Sanguineti Direção Musical Pedro Amaral

12 Julho Quarta-Feira 21-22 Julho Sexta-Feira e Sábado

pág. 15-19 pág. 36-41 MÚSICA DANÇA NOITES DA COMPANHIA BROADWAY NACIONAL DE Coro do Teatro Nacional de São Carlos BAILADO Direção Musical Giovanni Andreoli

13 Julho Quinta-Feira 27-28-29 Julho Quinta-Feira, Sexta-Feira e Sábado

MÚSICA pág. 20-23 NOITE WAGNER Orquestra Sinfónica Portuguesa Direção Musical Justin Brown

14-15 Julho Sexta-Feira e Sábado MÚSICA 07-08 Julho 21:30

BERNSTEIN E RAVEL

Antecipando as comemorações do seu 100.º aniversário, Bernstein recebe Ravel para um programa de influência jazzística entre dois continentes. Rodrigues © David

Piano Pedro Costa Das composições mais marcantes da obra de Joly Braga Direção Musical Joana Carneiro Santos (1924-1988) destacam-se as 3 Aberturas Sinfónicas, peças de referência na Música Portuguesa do século passado. Orquestra Sinfónica Portuguesa A Abertura Sinfónica, n.º 3 , escrita em 1954, de inspiração Maestrina Titular Joana Carneiro vincadamente folclórica, faz desta obra um brilhante exercício sinfónico vibrante e pleno de energia rítmica.

Igualmente brilhantes e de energia contagiante são as Symphonic PROGRAMA: Dances, que Leonard Bernstein (1918-1990) em 1960 extraíu do seu musical de grande sucesso, West Side Story, escrito Joly Braga Santos (1924-1988) em 1957. Esta suite orquestral, animada pelo cool jazz e danças Abertura Sinfónica n.º 3, Op. 21 latinas, segue os principais episódios do drama de Romeu e Julieta, agora transferido para os bairros pobres de Manhattan. Leonard Bernstein (1918-1990) Symphonic Dances, West Side Story Recém-chegado da sua digressão pelos Estados Unidos, também Maurice Ravel (1875-1937) recorre a influências jazzísticas Maurice Ravel (1875-1937) para escrever, entre 1929 e 1931, o seu Concerto para Piano em Concerto para piano em Sol maior Sol maior. Estreado em Paris em janeiro de 1932 e de elevada dificuldade técnica, este concerto será interpretado pelo pianista Pedro Costa, vencedor em 2013 do Concurso de Interpretação do XV Festival do Estoril de 2013. Co-produção

FESTIVAL AO LARGO 2017 4 MÚSICA 07-08 Julho 21:30

Orquestra Sinfónica Portuguesa

Criada em 1993, a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) é um dos corpos artísticos do Teatro Nacional de São Carlos e tem vindo a desenvolver uma atividade sinfónica própria, incluindo uma programação regular de concertos, participações em festivais de música nacionais e internacionais. No âmbito de outras colaborações, destaque-se também a sua presença nos seguintes acontecimentos: 8.º Torneio Eurovisão de Jovens Músicos transmitido pela Eurovisão para cerca de quinze países (1996); concerto de encerramento do 47.º Festival Internacional de Música e Dança de Granada (1997); concerto de gala da Abertura da Feira do Livro de Frankfurt; concerto de encerramento da Expo’98; Festival de Música Contemporânea de Alicante (2000) e Festival de Teatro Clássico de Mérida (2003). Colabora regularmente com a Rádio e Televisão de Portugal através da transmissão dos seus concertos e óperas pela Antena 2, designadamente a realização da tetralogia O Anel do Nibelungo, transmitida na RTP2, e da participação em iniciativas da própria RTP, como o Prémio Pedro de Freitas Branco para Jovens Chefes de Orquestra, o Prémio Jovens Músicos-RDP e a Tribuna Internacional de Jovens Intérpretes. No âmbito das temporadas líricas e sinfónicas, a OSP tem-se apresentado sob a direção de notáveis maestros, como Rafael Frühbeck de Burgos, Alain Lombard, Nello Santi, Alberto Zedda, Harry Christophers, George Pehlivanian, Michel Plasson, Krzysztof Penderecki, Djansug Kakhidze, Milán Horvat, Jeffrey Tate e Iuri Ahronovitch, entre outros. A discografia da OSP conta com dois CD para a etiqueta Marco Polo, com as sinfonias n.os 1, 3, 5 e 6 de Joly Braga Santos, que gravou sob a direção do seu primeiro maestro titular, Álvaro Cassuto, e Crossing borders (obras de Wagner, Gershwin e Mendelssohn), sob a direção de Julia Jones, numa gravação ao vivo pela Antena 2. No cargo de maestro titular, seguiram-se José Ramón Encinar (1999-2001), Zoltán Peskó (2001-2004) e Julia Jones (2008-2011); Donato Renzetti desempenhou funções de primeiro maestro convidado entre 2005 e 2007. Atualmente, a direção musical está a cargo de Joana Carneiro.

FESTIVAL AO LARGO 2017 5 MÚSICA 07-08 Julho 21:30

Pedro Costa

Pedro Costa tem-se afirmado como do Prémio GDA, preparam agora uma uma referência da nova geração de gravação de um CD com obras portuguesas pianistas portugueses, especializado no inéditas para esta formação. Pedro Costa acompanhamento de cantores e música acompanha regularmente cantores como de câmara. Marina Pacheco, Ana Caseiro, Peixin Lee, Foi vencedor de importantes concursos Tiago Matos, Peter Kellner e André Baleiro. como o Concurso de Interpretação do Nos últimos quatro anos participou no Estoril, o Prémio Helena Sá e Costa, International Lied Master classes, em o Concurso Louis Spohr, em Kassel Bruxelas, liderado pelos cantores Udo (Alemanha), o Concurso New Tenuto Reinemann e Christianne Stotijn, onde teve (Bélgica), o Concurso Florinda Santos igualmente a oportunidade de trabalhar e o Concurso Internacional Cidade do com músicos como Anne Sophie von Otter, Fundão. Teve a oportunidade de tocar Peter Schreier, Ann Murray, Julius Drake, como solista com orquestras como Christoph Prégardien, Sir Thomas Allen, a Orquestra Filarmonia das Beiras, Mitsuko Shirai, Hartmut Höll, entre outros. a Orquestra de Câmara de Cascais Nascido em 1989, em Macau, é licenciado e Oeiras, a Orquestra da ESMAE, a pela ESMAE no Porto (na classe do Orkest der Lage Landen e a Koninklijke professor Luís Filipe Sá). Em 2015, Muziekkapel van de Gidsen. Atuou já terminou o Mestrado em Piano com em diversas salas europeias, colaborando distinção no Koninklijk Conservatorium com cantores e instrumentistas em Brussel, na Bélgica, na classe do professor festivais internacionais. Piet Kuijken. Atualmente encontra-se a É membro do Perspective Trio (com frequentar um mestrado especializado o oboísta Guilherme Sousa e o fagotista em acompanhamento de canto, na Paulo Ferreira) com quem venceu o Prémio Kunstuniversität Graz, na Áustria, na Jovens Músicos em 2015. Como vencedores classe do professor Joseph Breinl.

FESTIVAL AO LARGO 2017 6 MÚSICA 07-08 Julho 21:30

Joana Carneiro

Joana Carneiro é Maestrina Principal Yampolsky (Chicago), Mallory Thompson da Orquestra Sinfónica Portuguesa, (Chicago) e Jean Marc Burfin (Lisboa). Diretora Musical da Orquestra Sinfónica Joana Carneiro é Comendadora da Ordem de Berkeley, Maestrina Convidada da do Infante D. Henrique. Orquestra Gulbenkian e Diretora Artística do Estágio Gulbenkian para Orquestra. Recentemente dirigiu concertos com as Orquestras da Rádio Sueca, Gotemburgo, London Sinfonietta, Castilla y León Symphony, Royal Stockholm, Hong Kong, entre outras. Projetos futuros incluem concertos com a Orquestra Filarmónica de Los Angeles, Orquestra Sinfónica de São Francisco, Oslo, Rádio Sueca, Gotemburgo, Estocolmo, Helsínquia e Britten Sinfonia. Foi Maestrina Assistente da Filarmónica de Los Angeles, onde trabalhou com o seu mentor Esa-Pekka Salonen. Foi Maestrina Assistente da Los Angeles Chamber Orchestra e Diretora Musical da Campus (Michigan). Licenciou-se em Direção de Orquestra na Academia Nacional Superior de Orquestra. Estudou com Kenneth Kiesler (Michigan), Kurt Masur (Londres), Michael Tilson Thomas (Miami), Victor

FESTIVAL AO LARGO 2017 7 MÚSICA 11 Julho 21:30

FILARMÓNICA DE ZAGREB

A Orquestra Filarmónica de Zagreb e a poderosa sinfonia “Júpiter” de Mozart, eis o grande momento deste programa preominantemente clássico.

Violoncelo Jasen Chelfi É uma proposta para uma noite clássica que começa com uma Direção Musical Avi Ostrowsky obra de Luka Sorkočević (1734-1789), importante compositor croata nascido em . Escrita entre 1756 e 1760, a Sinfonia n.º 3 Orquestra Filarmónica de Zagreb em Ré maior, deixa transparecer as influências clássicas de uma Maestro Titular David Danzmayr Europa de então onde Gluck e Haydn eram nomes cimeiros e compositores que Sorkočević conheceu durante a sua estadia em Viena como embaixador da corte imperial. PROGRAMA: Franz Joseph Haydn (1732-1809) compôs, entre 1761 e 1765, Luka Sorkočević (1734-1789) os 3 andamentos em forma de sonata do seu Concerto para Sinfonia em Ré maior, n.º 3 violoncelo n.º 1 em Dó maior. Esta obra que se encontrava perdida e foi encontrada em 1961 no Museu Nacional de Praga, foi dedicada Franz Joseph Haydn (1732-1809) a Franz Weigl, amigo de longa data de Haydn e violoncelista da corte Concerto para violoncelo e orquestra de Nicolaus Esterházy. O solista será o violoncelista Jasen Chelfi. em Dó maior, n.º 1, Hob.VII:1 Outro compositor croata nascido em Dubrovnik foi Blagoje Bersa Blagoje Bersa (1873-1934) (1873-1934) que estudou em Zagreb e no Conservatório de Viena Idila com . A obra que ouviremos, Idila (Idílio) foi escrita em 1903, tendo como subtítulo “Il giorno delle mie nozze, op.25b”. Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) A Sinfonia em Dó maior n.º 41, “Júpiter”, é a última sinfonia Sinfonia em Dó maior, n.º 41, “Júpiter” composta por Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Com 4 andamentos, é a derradeira, mais longa e complexa sinfonia deste compositor austríaco que, durante o verão de 1788 e com 32 anos de idade, a completou em apenas 16 dias. Mozart morreria Apoio em Viena 3 anos mais tarde, e não há qualquer registo de que esta sinfonia tivesse sido estreada durante a vida do compositor.

FESTIVAL AO LARGO 2017 8 MÚSICA 11 Julho 21:30

Orquestra Filarmónica de Zagreb

Orquestra com mais de 100 anos de Pavarotti, Ivo Pogorelić, Montserrat e excelência. Em fevereiro de 2016, existência, é promotora da arte musical Caballe e Shlomo Mintz, entre tantos atuou na sala norte-americana mais na Croácia e uma embaixadora cultural mais. A temporada de 2011-12 foi marcada prestigiante: o New York Carnegie Hall. croata por todo o mundo. Iniciou a sua pelo reforço da colaboração com o maestro O concerto da manhã do dia de Ano atividade em 1871 e, em 1920, foi-lhe Dmitri Kitajenko, considerado um dos Novo em Salzburgo tornou-se num atribuída a designação que até hoje se grandes maestros de todos os tempos. Em evento imprescendível da sua temporada mantém. A sua história tem sido moldada julho de 2012, a Zagreb Philharmonic com concertística. A sua discografia com por notáveis maestros titulares como a Slovenian Philharmonic Orchestra, oito etiqueta croata e estrangeira (i.e., Virgin Friedrich Zaun, Milan Horvat, Lovro von cantores solistas e coro, num total de cerca Classics, Deutsche Grammophon, Naxos), Matačić, Mladen Bašić, Pavle Dešpalj, de mil cantores croatas e eslovenos, sob a consta com um vasto número de prémios Kazushi Òno, Pavel Kogan, Aleksander batuta do maestro russo Valery Gergiev, atribuídos, entre eles o prémio croata Rahbari e Vjekoslav Šutej e de distintos apresentaram Symphony of Thousands discográfico –Porin . Sob a liderança do maestros e compositores tais como do compositor Gustav Mahler. Já atuou seu novo maestro titular, David Danzmayr, Leopold Stokowski, Paul Kletzki, Sir em quase todos os países europeus e e do maestro Dmitri Kitajenko, o seu Malcom Sargent, Kurt Sanderling, Carlo participou em festivais como o Dubrovnik consultor artístico, a Zagreb Philharmonic Zecchi, Jean Martinon, Milan Sachs, Summer Festival e Music Biennale Zagreb. almejará pela continuidade da sua Krešimir Baranović, , A Zagreb Philharmonic dedica especial excelência artística. Stjepan Šulek, Milko Kelemen, Igor atenção à aproximação da música clássica Stravinski e Krzysztof Penderecki. Dentre às gerações mais novas, estimulando os mais recentes maestros convidados desta forma o seu interesse, ao realizar estão Dmitri Kitajenko, Lorin Maazel, anualmente o Children and Youth Music Leopold Hager, Uroš Lajovic, Valery Week. A colaboração habitual com a Gergiev, Marko Letonja, Sir Neville Zagreb Music Academy é uma importante Marriner. Teve também a honra de atividade da orquestra, pois dá a futuros acolher famosos solistas como Yehudi músicos profissionais a oportunidade Menuhin, Mstislav Rostropovich, Luciano de demonstrarem as suas capacidades

FESTIVAL AO LARGO 2017 9 MÚSICA 11 Julho 21:30

Jasen Chelfi

Terminou os seus estudos musicais básicos Diaphason, com a qual participa no na classe de Dobrila Berković Magdalenić. Festival Musical Indépendant Diapason. Matriculou-se na Zagreb Music Academy, em 1997, na classe de Nikola Ružević, concluindo os seus estudos, em 2001, na classe de Andrej Petrač. Durante o percurso da sua formação aperfeiçoou os seus conhecimentos com Valter Dešpalj, Ralph Kirschbaum, Steven Isselis, Silvia Sondeckiene, David Grigorijan, Vladimir Perlin, Eleonore Schoenfeld, Leslie Parnas, Jens Peter Maintz, Phillip Muller e Boris Pergamenchikov. Terminou a sua licenciatura na classe de Mario Brunello. Em 1999, juntamente com outro músico croata, tocou na Mahler Youth Orchestra sob a direção de Frantz Westler Mosta e Claudio Abaddo. É membro da Zagreb Philharmonic Orchestra desde 2002, e chefe de naipe desde 2004. Ensinou, desde 2010, na escola de verão de Pučišća na ilha de Brač. Premiado em diversas ocasiões pelas suas execuções como solista e em orquestras de música de câmara, é membro ativo dos Ensembles Cantus e Acoustic Project e membro da associação

FESTIVAL AO LARGO 2017 10 MÚSICA 11 Julho 21:30

Avi Ostrowsky

Natural de , concluiu os seus até 1984 e, em 1989, assumiu o cargo of Spring), sinfonias de Stravinsky, estudos na Rubin Academy of Telavive, de Diretor Musical e Maestro Titular na Petroushka e Mahler, a Sinfonia Fantástica onde foi aluno do Maestro Norwegian Radio Symphony Orchestra, de Berlioz, sinfonias de Schubert e e de Mordechai Seter. Após ter ganho até 1993. sinfonias de Shostakovich. o primeiro prémio para jovens maestros Dirigiu as mais prestigiantes orquestras atribuído pela Fundação Cultural mundiais, tanto em ópera como em Israel-América, mudou-se para Viena para concerto, das quais se destacam, estudar com Hans Swarowsky e concluiu London Symphony Orchestra, London os seus estudos na Music Academy Philharmonic Orchestra, Royal de Viena em 1968. Também estudou e Philharmonic, Philharmonia Orchestra trabalhou com o Maestro Franco Ferrara de Londres, BBC Philharmonic, em Itália. Em 1968, ganhou o 1.º prémio Amsterdam Philharmonic, Brussels no Nicolai Malko International Philharmonic Orchestra, Belgian National Competition for Young Conductors em Orchestra, Mariinsky Theater Symphony Copenhaga. No mesmo ano, tornou-se Orchestra, Academic Symphony Orchestra, Diretor Musical e Maestro Principal da La Fenice, Stockholm Philharmonic, Oslo Haifa Symphony Orchestra, cargo que Philharmonic, WDR Sinfonieorchester ocupou até 1972. Em 1970, fundou a Israel Köln, Stuttgart Philharmoniker, Kibbutz Orchestra e foi o seu Diretor Philharmonia Hungarica, Zagreb Musical e Maestro Titular até 1974 e, Philharmonic, Ofunam Philharmonic novamente, entre 1998 e 2003. Em 1973, do México, Mexico Philharmonic criou a Sinfonietta of Beer Sheva, tendo Orchestra, Bilkent Symphony Orchestra, sido o seu Diretor Musical e Maestro Israel Philharmonic, Jerusalem Symphony Titular até 1978, ano em que se tornou Orchestra, e Rishon Lezion Symphony. o Maestro Titular da Antwerp Da sua discografia constam alguns CD Philharmonic Orchestra, na Bélgica, e DVD, incluindo Stravinsky (The Rite

FESTIVAL AO LARGO 2017 11 MÚSICA 12 Julho 21:30

BEETHOVEN E BRAHMS

De Beethoven a Brahms: uma viagem conduzida pela Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Direção Musical Pedro Amaral A Abertura Egmont, Op. 84, de Ludwig van Beethoven (1770-1827) antecede um conjunto de peças de música incidental Orquestra Metropolitana de Lisboa que Beethoven escreveu, entre outubro de 1809 e junho de 1810, Diretor Artístico Pedro Amaral para a peça teatral homónima de Goethe, escritor muito admirado por Beethoven. A obra teatral narra a vida heróica do conde flamengo Egmont, e a música é animada pela convicção de Egmont – e de Beethoven – de que a morte não representa PROGRAMA: o fim do homem quando os seus ideais permanecem inalterados.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) Esta Abertura, composta durante as Guerras Napoleónicas, Abertura Egmont, Op. 84 é estilisticamente similar à Sinfonia n.º 5 que Beethoven escrevera 2 anos antes. Johannes Brahms (1833-1897) Sinfonia n.º 1, Op. 68 Já Johannes Brahms (1833-1897) passou pelo menos 15 anos até dar por concluídos os 4 andamentos da sua Sinfonia n.º1 em Dó menor, Op. 68. Os primeiros esboços remontam a 1854, mas a estreia ocorreu em novembro de 1876. Dadas as similaridades, foi inicialmente apelidada de “A Décima de Beethoven”, algo que irritava Brahms, pois via na sua obra tão-somente uma homenagem ao mestre de Bona.

FESTIVAL AO LARGO 2017 12 MÚSICA 12 Julho 21:30

Orquestra Metropolitana de Lisboa

A Orquestra Metropolitana de Lisboa e do qual a OML é orquestra residente. Hogwood, Theodor Guschlbauer, Michael mantém uma programação regular desde Cabe-lhe, ainda, a responsabilidade de Zilm, Emilio Pomàrico, Nicholas Kraemer, 1992, pelo que comemora, em 2017, assegurar uma programação regular junto Leonardo García Alarcón, Hans-Christoph 25 anos de vida. Os seus músicos de várias autarquias da região centro e Rademann, Victor Yampolsky, Joana asseguram uma intensa atividade na qual sul, para além de promover iniciativas de Carneiro e Pedro Neves ou os solistas a qualidade e a versatilidade têm presença descentralização cultural por todo o país. Monserrat Caballé, Kiri Te Kanawa, José constante, permitindo abordar géneros Desde o seu início, a Metropolitana é Cura, José Carreras, Felicity Lott, Elisabete diversos, proporcionando a criação de referência incontornável do panorama Matos, Leon Fleisher, Maria João Pires, novos públicos e a afirmação do caráter orquestral nacional. Apesar de sedeada em Artur Pizarro, Sequeira Costa, António inovador do projeto AMEC | Metropolitana, Lisboa, onde apresenta uma temporada Rosado, Jorge Moyano, Natalia Gutman, de que esta orquestra é a face mais visível. de cerca de três dezenas de concertos Gerardo Ribeiro, Anabela Chaves, António Nos programas sinfónicos, jovens com orquestra e dezenas de programas Menezes, Sol Gabetta, Michel Portal, intérpretes da Academia Nacional Superior de música de câmara, a OML estende Marlis Petersen, Dietrich Henschel e Mark de Orquestra juntam-se à Metropolitana, atualmente a sua área de influência a 12 Padmore, entre outros. cuja constituição regular integra já dos 18 concelhos da Área Metropolitana A Direção Artística da Orquestra músicos formados nesta escola, sinal da de Lisboa e às cidades do Porto, Coimbra, Metropolitana de Lisboa é, desde julho vitalidade da ponte única que aqui se faz Setúbal e Leiria. de 2013, assegurada pelo maestro e entre a prática e o ensino da música. Este Tem gravados mais de uma dezena de compositor Pedro Amaral. desígnio, que distingue a identidade da CD – um dos quais disco de platina – Metropolitana, por ser exemplo singular para diferentes editoras, incluindo a EMI no panorama musical internacional, Classics, a Naxos e a RCA Classics. complementa-se com a participação cívica, Ao longo destas duas décadas, colaborou que se traduz na apresentação frequente com inúmeros maestros e solistas de em eventos públicos relevantes, como o grande reputação no plano nacional e festival Dias da Música, que se realiza internacional, de que são exemplos os anualmente no Centro Cultural de Belém, maestros Pablo Heras-Casado, Christopher

FESTIVAL AO LARGO 2017 13 MÚSICA 12 Julho 21:30

Pedro Amaral

Compositor e maestro, Pedro Amaral é Momente e a problemática da forma na um dos músicos europeus mais ativos música serial. Em maio de 2010, estreou da nova geração. Inicia os estudos em em Londres a sua ópera O sonho, a partir composição como aluno privado de Lopes- de um drama inacabado de Fernando Graça, a partir de 1986, ao mesmo tempo Pessoa. Unanimemente aplaudida pela que prossegue a sua formação musical crítica, a obra foi apresentada em Londres geral, no Instituto Gregoriano (1989/91). e Lisboa. Como compositor e/ou maestro, Ingressa depois na Escola Superior Pedro Amaral trabalha regularmente de Música de Lisboa, em 1994, onde com diferentes ensembles e orquestras, conclui o curso de composição na classe nacionais e estrangeiros. Foi maestro do professor Christopher Bochmann. titular da Orquestra do Conservatório Instala-se em Paris, onde estuda com Nacional (2008/09) e do Sond’Ar-Te Emmanuel Nunes no Conservatório Electric Ensemble (2007/10). Desde o ano Superior, graduando-se com o Primeiro letivo de 2007/2008, é Professor Auxiliar Prémio em Composição por unanimidade da Universidade de Évora (Composição, do júri. Estuda ainda direção de orquestra Orquestração e disciplinas afins). Desde com Peter Eötvös (Eötvös Institute, 2000) julho de 2013, é diretor artístico da e Emilio Pomàrico (Scuola Civica de Milão, AMEC / Metropolitana. 2001). Paralelamente à sua formação musical prática, prossegue os estudos universitários na École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris obtendo, em 1998, o Mestrado em Musicologia Contemporânea com uma tese sobre Gruppen de K. Stockhausen e, em 2003, um doutoramento com uma tese sobre

FESTIVAL AO LARGO 2017 14 MÚSICA 13 Julho 21:30

NOITES DA BROADWAY

Os mais populares musicais de todos os tempos cantados pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos. © David Rodrigues © David

Piano Kodo Yamagishi 5. Andrew Lloyd Weber In Concert É praticamente impensável visitar Contrabaixo Miguel Menezes Superstar (Jesus Christ Super Star) Nova Iorque sem assistirmos a pelo Percussão Pedro Araújo e Silva Everything’s Alright (Jesus Christ menos um musical na Broadway, Direção Musical Giovanni Andreoli Super Star) nessa longa avenida nova-iorquina Don’t Cry for me Argentina (Evita) que ocupa um lugar de espetáculo Coro do Teatro Nacional de São Carlos Mister Mistoffelees (Cats) e fantasia no imaginário coletivo. Maestro Titular Giovanni Andreoli Memory (Cats) Foi cantada por Sinatra, Streisand Unexpected Song (Song and Dance) ou Ella Fitzgerald, e inspirou Think of me (The Phantom of the Opera) compositores norte-americanos PROGRAMA: Love changes everything (Aspects of como Gershwin, Cole Porter, Stephen Love) Sondheim, Leonard Bernstein, Alan 1. Broadway Blockbuster The Phantom of the Opera (The Menken ou Andrew Lloyd Weber para Phantom of the Opera) a criação de espetáculos musicais que 2. West Side Story se tornaram formas influentes da Leonard Bernstein (1918-1990) 6. Over the Rainbow cultura popular norte-americana. Tonight | I Feel Pretty | Maria | America Harold Arlen (1905-1986) One Hand, One Heart | Somewhere Nos seus mais de 40 teatros, iluminados 7. Moon River por néons durante 24 horas por 3. Beauty and the Beast Henry Mancini (1924-1994) dia, algumas dessas produções como Alan Menken (n.1949) West Side Story (1960), Hello Dolly Be our Guest | Belle | Something there 8. Theme from New York, New York (1964), Jesus Christ Superstar (1970), Gaston | The Mob Song John Kander (n. 1927) Cats (1981), The Phantom of the Beauty and the Beast Opera (1986) ou The Lion King (1997), 9. Cabaret – John Kander mantêm-se anos em cartaz 4. Disney on Stage e a adaptação ao cinema de alguns Hakuna Matata (The Lion King) destes musicais serviu para que Supercalifragilisticexpialidocious o seu sucesso fosse internacional. (Mary Poppins) Mesmo longe da Broadway, o Coro Trashin’the Camp (Tarzan) do Teatro Nacional de São Carlos, saberá seguramente recriar para todos nós a magia de alguns desses grandes êxitos dos musicais.

FESTIVAL AO LARGO 2017 15 MÚSICA 13 Julho 21:30

Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Criado em condições de efetividade em 1943, sob a direção de Mario Pellegrini, o Coro cumpre uma fase intensiva de assimilação do grande repertório operístico e de oratória. Entre 1962 e 1975, colaborou nas temporadas da Companhia Portuguesa de Ópera, sediada no Teatro da Trindade, deslocando-se com a mesma à Madeira, aos Açores, a Angola e a Oviedo (1965), a convite do Teatro Campoamor, e obtendo o Prémio de Música Clássica conferido pela Casa da Imprensa. Participou em estreias mundiais de autores portugueses, como Fernando Lopes-Graça (D. Duardos e Flérida) e António Victorino d’Almeida (Canto da Ocidental Praia). A plena afirmação artística do conjunto é creditada a Gianni Beltrami, a partir de 1985. Registe-se a participação na Grande missa dos mortos (Berlioz), em Turim. João Paulo Santos sucedeu a Beltrami, constituindo-se como o primeiro português no cargo. Sob a sua responsabilidade, registam-se vários êxitos: Mefistofele (Boito); Blimunda e Divara (Corghi); a Sinfonia n.º 2 de Mahler, com a Orquestra da Juventude das Comunidades Europeias; A Criação (Haydn); a cantata Faust e o Requiem de Schnittke; Perséphone e Le rossignol (Stravinsky); Evgeni Onegin (Tchaikovski); Les Troyens (Berlioz); Missa glagolítica (Janácek); Tannhäuser e Die Meistersinger von Nürnberg (Wagner); e Le grand macabre (Ligeti). Com o Requiem de Verdi, deslocou-se a Bruxelas (1991). O Coro tem atuado sob a direção de algumas das mais prestigiadas batutas, como Antonino Votto, Tullio Serafin, Vittorio Gui, Carlo Maria Giulini, Oliviero de Fabritiis, Otto Klemperer, Molinari-Pradelli, Franco Ghione, Alberto Erede, Alberto Zedda, Georg Solti, Nello Santi, Nicola Rescigno, Bruno Bartoletti, Heinrich Hollreiser, Richard Bonynge, García Navarro, Wolfgang Rennert, Rafael Frühbeck de Burgos, Franco Ferraris, James Conlon, Harry Christophers, Michel Plasson e Marc Minkowski, entre outros. Também foi dirigido em óperas e concertos pelos mais importantes maestros portugueses, com relevo para Pedro de Freitas Branco. Atualmente, a direção musical está a cargo de Giovanni Andreoli.

FESTIVAL AO LARGO 2017 16 MÚSICA 13 Julho 21:30

Kodo Miguel Yamagishi Menezes

Natural do Japão, começou os seus convidado no Departamento de Música Natural de Leiria, inicia cedo os seus estudos de piano e teoria musical aos da Universidade de Évora e, desde 2015, estudos musicais em Lisboa, aprendendo 7 anos de idade. Entre 1988 e 2002, Diretor da Orquestra da Universidade. contrabaixo clássico na Escola de Música em Viena, estudou piano, pedagogia Em 2002, dirigiu concertos de Salão do Conservatório da capital, em simultâneo instrumental, canto, composição e com a Orquestra de Salão de Merano. De com o jazz, no Hot Club de Lisboa. Esta manteve sempre os seus estudos em 2003 a 2004 foi Maestro Correpetidor vontade de abordar o contrabaixo em direção orquestral no Conservatório e Kapellmeister no Pfalztheater em variadas linguagens musicais distintas de Viena e na Universidade de Música Kaiserslautern, onde dirigiu récitas de é algo que acompanha o músico desde o de Viena, tendo-lhes dado sequência óperas em várias cidades alemãs. Na início da sua carreira. Estuda em Londres com o mestrado na mesma instituição. Áustria, entre 1997 e 2002, colaborou em na Trinity College of Music, iniciando o Dirigiu a orquestra Pro-arte Wien de montagens de várias óperas. Em 2000, foi ensino superior em contrabaixo clássico, Universidade de Música, Orquestra o maestro da produção da ópera L’enfant onde tem a oportunidade de tocar em Filarmónica do Estado de Cidade Oradea, et les sortilèges, em Tübingen; em 2006, diversas orquestras e ensembles. Estuda Orquestra Sinfónica do Cairo, Orquestra foi finalista (2.º lugar) do “Concurso e aperfeiçoa os seus conhecimentos com Sinfónica Szombathely, Orquestra Internacional de Direção Orquestral Corin Long, Manuel Rêgo, Iouri Axenov, do Teatro de Ópera “Pfalztheater”, Prémio OSESP” em São Paulo; em 2009, Marc Ramirez, Rinat Ibragimov e Josef Orquestra Sinfónica do Estado de São dirigiu o Coro do Teatro de Ópera do Niederhammer na área clássica. Estuda Paulo, Orquestra Sinfónica Portuguesa Estado em Istambul, Devlet Opera ve jazz com Nelson Cascais e Ken Filiano. e Orquestra Sinfónica do Ginásio Ópera Ballesi, e foi Maestro Correpetidor para É um músico ativo no clássico, jazz e world da qual foi Maestro Titular. Desde a o Festival de Mozart na Corunha. music, atividade que partilha com o ensino temporada de 2004/05 que desempenha do instrumento e da prática orquestral em as funções de Maestro Assistente no comunidades oriundas de bairros sociais e Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa. economicamente desfavorecidos de Lisboa. Com o Coro do Teatro Nacional de São Carlos dirigiu e acompanhou a piano vários concertos. É, desde 2009, Assistente

FESTIVAL AO LARGO 2017 17 MÚSICA 13 Julho 21:30

Pedro Araújo e Silva

Nasceu em Braga, tendo-se iniciado na música da Madeira, OrchestrUtópica. Colaborou pela mão do seu avô Francisco Guilherme. também com o agrupamento Divino Sospiro Estudou no Conservatório de Música Calouste e Ensemble Português de Trombones com Gulbenkian em Braga. É diplomado pela quem gravou um CD, Orquestra de Sonhos Escola Profissional de Música de Espinho, na participando na gravação ao vivo de um DVD classe de Miguel Bernat. Frequentou o Curso com Da Weasel. Participou em master classes Livre de Percussão na Escola Superior de de percussão com Robert Van Sice, Emannuel Música Artes e Espectáculo do Porto e Curso Séjourné, Miguel Bernat, Graham Jones, Jan Superior de Instrumentista de Orquestra na Pustjens, com os percussionistas Allen Otte, Academia Nacional Superior de Orquestra, James Culley e Rusty Burge, The Percussion na classe do Prof. Jean-François Lézé. Neste Group (Cincinatti) e com Nicolas Martanciow momento é aluno na Escola Superior de (solista da Orquestra de Paris). Música de Lisboa na classe do Prof. Carlos É, desde outubro de 2000, Solista B na Voss. Colaborou com o Grupo de Percussão e Orquestra Sinfónica Portuguesa. Fez parte Orquestra de Câmara e Grupo de Percussão do Ensemble RAUM como baterista, tal da Escola Profissional de Música de Espinho, como do grupo “Lisbon Underground Music com o Grupo de Percussão da Escola Superior Ensemble” (Lume). É membro fundador do de Música Artes e Espectáculo do Porto, “4º Tempo” movimento cultural de Braga. Ensemble Metropolitano de Percussões, Orientou a IV e V oficina musical na classe com a Orquestra do Norte, com o Quarteto de percussão em Montalvo e participou como de Jazz Nova Blue. Colaborou nas orquestras professor no 2º Encontro Académico de dos programas de televisão Parque Maior, Percussão de Setúbal. É baterista do quarteto Globos de Ouro e Dá-me Música. Colabora de cordas “CORVOS” desde 2006. É professor regularmente com a Orquestra Metropolitana na Academia Nacional Superior de Orquestra de Lisboa, Orquestra Nacional do Porto, (Metropolitana), na classe de percussão, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Clássica desde 2008.

FESTIVAL AO LARGO 2017 18 MÚSICA 13 Julho 21:30

Giovanni Andreoli

Estudou Piano, Composição e Direção de La bohème (Teatro Grande de Brescia, Coral e de Orquestra. Colaborou na RAI com Giuseppe Sabbatini; em Lanciano, de Milão, Arena de Verona e Teatros La com a Orquestra Giovanile Internazionale). Fenice de Veneza e Carlo Felice de Génova. Gravou para a BMG Ricordi, Fonit Trabalhou com os maestros Delman, Muti, Cetra e Mondo Musica Munchen, entre Chailly, Barshai, Karabtchevski, Arena, outras obras, Orfeo cantando... tolse Santi, Campori, R. Abbado e Renzetti. (A. Guarnieri) na RAI de Florença (1996) Na Bienal de Música de Veneza, estreou e os Carmina Burana com o Teatro La mundialmente obras de Guarnieri, Fenice. De 1994 a 2004, foi o responsável De Pablo, Clementi e Manzoni. Dirigiu artístico pela temporada lírica do Teatro os Carmina Burana e a Petite messe Grande de Brescia. Em 2006, iniciou a sua solennelle (coro e orquestra do La Fenice); colaboração com a Companhia de Ópera L’esperienza corale nel ‘900 italiano Portuguesa, dirigindo Madama Butterfly, (Dallapiccola, Rota e Petrassi); L’ elisir La traviata e o Requiem de Verdi em Lisboa d’amore, em Reiquiavique; Missa da e no Festival de Óbidos. Retomou, em coroação (Mozart) e Missa n.º 9 (Haydn), janeiro de 2011, o cargo de maestro titular em São Paulo; Via crucis (Liszt), em do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, Orvieto; Les noces (Stravinski), no Festival que já ocupara entre 2004 e 2008. de Granada; Otello (Rossini), no Theater an der Wien; a primeira audição moderna da Missa amabilis e Missa dolorosa de Caldara (orquestra e coro do La Fenice); Il barbiere di Siviglia (Teatro dei Vittoriale, Gardone- Riviera); La traviata (Teatro Real de Copenhaga); Una cosa rara de Soler (Teatro Goldoni, Veneza); duas produções

FESTIVAL AO LARGO 2017 19 FESTIVAL AO LARGO 2017 Imolação deBrünnhilde) Scheite schichtetmirdort(CenaFinal, Götterdämmerung: Schlussszene: de SiegfriedpeloReno) Siegfried’s Rheinfahrt(Aviagem Götterdämmerung: (A magiadeSexta-feira Santa) Parsifal: Karfeitagszauber Mild undleise(PrelúdioeCenafinal) Tristan undIsolde,PreludeeLiebestod: Abertura Die MeistersingervonNürnberg, Richard Wagner (1813-1883) PROGRAMA: Maestrina TitularJoana Carneiro Orquestra SinfónicaPortuguesa Direção MusicalJustinBrown Soprano RachelNicholls orquestra eumpoderoso soprano. Viagem intensa para uma grande WAGNER NOITE MÚSICA que finaliza a Tetralogia ao amanhecer, Brünnhilde envia Siegfried para novas aventuras, em em 1865 equefoi apresentada esteano na temporada do TNSC, ou medieval de quaisquer poderes mágicos ousobrenaturais como no drama cantor. Eis uma ópera de Wagner povoada porgente comum,sem em meados do século XVI, viajou pela Alemanha como mestre centra-se na personagem real de Hans Sachs, sapateiro-poeta que, é aúnica comédia da maturidade de Richard Wagner. Ahistória para além de ser uma das mais longas óperas do repertório lírico, O concerto encerra comdois excertos de ano antes da morte do compositor. para cena queseestreou no Bayreuth Festspielhaus, em 1882, um declaradamente cristã,Wagner preferiu classificá-la de obra sacra funerária do seuamado Siegfried. 14-15 Julho Viagem de Siegfried pelo Reno pelo Siegfried de Viagem Meistersinger Die Imolação Parsifal , em queaheroína éconsumida pelas chamas da pira , essa longa viagem espiritual que,dada amensagem Tristan und Isolde und Tristan , ópera em 3atosestreada em Munique em 1868, O Anel do Nibelungo do Anel O , eno último ato, , estreada também em Munique em Götterdämmerung : no primeiro ato, Cena Final da da Final Cena 21:30 , ópera 20

© David Rodrigues MÚSICA 14-15 Julho 21:30

Orquestra Sinfónica Portuguesa

Criada em 1993, a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) é um dos corpos artísticos do Teatro Nacional de São Carlos e tem vindo a desenvolver uma atividade sinfónica própria, incluindo uma programação regular de concertos, participações em festivais de música nacionais e internacionais. No âmbito de outras colaborações, destaque-se também a sua presença nos seguintes acontecimentos: 8.º Torneio Eurovisão de Jovens Músicos transmitido pela Eurovisão para cerca de quinze países (1996); concerto de encerramento do 47.º Festival Internacional de Música e Dança de Granada (1997); concerto de gala da Abertura da Feira do Livro de Frankfurt; concerto de encerramento da Expo’98; Festival de Música Contemporânea de Alicante (2000) e Festival de Teatro Clássico de Mérida (2003). Colabora regularmente com a Rádio e Televisão de Portugal através da transmissão dos seus concertos e óperas pela Antena 2, designadamente a realização da tetralogia O Anel do Nibelungo, transmitida na RTP2, e da participação em iniciativas da própria RTP, como o Prémio Pedro de Freitas Branco para Jovens Chefes de Orquestra, o Prémio Jovens Músicos-RDP e a Tribuna Internacional de Jovens Intérpretes. No âmbito das temporadas líricas e sinfónicas, a OSP tem-se apresentado sob a direção de notáveis maestros, como Rafael Frühbeck de Burgos, Alain Lombard, Nello Santi, Alberto Zedda, Harry Christophers, George Pehlivanian, Michel Plasson, Krzysztof Penderecki, Djansug Kakhidze, Milán Horvat, Jeffrey Tate e Iuri Ahronovitch, entre outros. A discografia da OSP conta com dois CD para a etiqueta Marco Polo, com as sinfonias n.os 1, 3, 5 e 6 de Joly Braga Santos, que gravou sob a direção do seu primeiro maestro titular, Álvaro Cassuto, e Crossing borders (obras de Wagner, Gershwin e Mendelssohn), sob a direção de Julia Jones, numa gravação ao vivo pela Antena 2. No cargo de maestro titular, seguiram-se José Ramón Encinar (1999-2001), Zoltán Peskó (2001-2004) e Julia Jones (2008-2011); Donato Renzetti desempenhou funções de primeiro maestro convidado entre 2005 e 2007. Atualmente, a direção musical está a cargo de Joana Carneiro.

FESTIVAL AO LARGO 2017 21 MÚSICA 14-15 Julho 21:30

Rachel Nicholls

Recentemente descrita pelo “The Observer” Bird de Nicola Lefanu com a BBC SO, como “magnifica, de voz cheia, de uma Wesendonck Lieder no Festival de St. flexibilidade precisa e poderosa”, Rachel Endellion 2013 e o Requiem de Verdi no Nicholls é atualmente reconhecida como Cadogan Hall. É convidada a apresentar-se um dos melhores sopranos dramáticos da regularmente em concertos e já colaborou sua geração. Natural de Bedford, ganhou com orquestras tais como a Bach em 2013 uma bolsa da Opera Awards Collegium Japan, BBC Symphony, Britten Foudation Bursary para estudar com a Sinfonia, City of Birmingham Symphony, Dame Anne Evans. Compromissos recentes London Philharmonic, Orchestra of the e futuros incluem Isolde (Tristan und Age of the Enlightenment, Philharmonia, Isolde) para o Théâtre des Champs Elysées, Royal Scottish National Orchestra, Royal Oper Stuttgart, Teatro dell’Opera di Roma, Philharmonic e em recitais na Wigmore Badische Staatstheater Karlsruhe, Yomiuri Hall, em Londres. Nippon Symphony Orchestra e Grange Park, o papel titular de Elektra para o Theater Basel, Fidelio para a Lithuanian National Opera, Guinevere (Gawain) para a BBC Symphony Orchestra, Lady Macbeth (Macbeth) para a Badisches Staatstheater Karlsruhe e NI Opera, Eva (Die Meistersinger von Nürnberg) para a Badisches Staatstheater Karlsruhe e English National Opera, Isolde (Liebestod) e The Spirit of England de Elgar sob a direção de Sir Mark Elder com a Orquestra Hallé, a estreia mundial de The Crimson

FESTIVAL AO LARGO 2017 22 MÚSICA 14-15 Julho 21:30

Justin Brown

Aclamado internacionalmente tanto pelo e regressará à Odense Symphony, Badische repertório concertístico como operático, Staatskapelle e Alabama Symphony. Justin Brown é Diretor Musical do Dirigiu ópera na English National Opera, Badisches Staatstheater Karlsruhe, na Scottish Opera, Covent Garden, Santa Alemanha, e Diretor Musical Laureado Fé, La Monnaie, Staatsoper Stuttgart, da Alabama Symphony Orchestra, nos Opéra de Strasbourg e Norwegian Opera. Estados Unidos da América. Durante Como maestro convidado, Justin Brown esta temporada, Justin Brown deu já colaborou com algumas das mais continuidade ao novo Anel do Nibelungo importantes orquestras mundiais, entre de Karlsruhe, com as óperas Die Walküre e as quais, London Symphony Orchestra, Siegrfried. Também comissariou e fez BBC Symphony e City of Birmingham a estreia mundial da primeira ópera Symphony, as orquestras de Cincinnati, de Avner Dorman – Wahnfried –, que foi Colorado, Indianápolis e Dallas, Oslo aplaudida como obra-prima pela imprensa Philharmonic, Finnish Radio Symphony, especializada. Regressou à Calgary Bergen Philharmonic, Swedish Chamber Philharmonic, e estreou-se com Orchestra, St. Petersburg Philharmonic, a Tatarstan National Orchestra, na Rússia. Dresden Philharmonic e Netherlands Radio A temporada de 2017-18 será marcada Symphony. por duas importantes estreias: a direção musical de Figaro Gets a Divorce de Langer no Grand Théâtre de Genève (dirigiu a estreia mundial desta produção na Welsh National Opera) e a sua estreia na Oper Frankfurt dirigindo Ivan Susanin de Glinka. Completará o Anel do Nibelungo de Karlsruhe com Götterdämmerung

FESTIVAL AO LARGO 2017 23 MÚSICA 19 Julho 21:30

ORQUESTRA CLÁSSICA DA MADEIRA

A Orquestra Clássica da Madeira num programa que reúne algumas das obras favoritas dos grandes concertos de verão.

Violoncelo Alexander Buzlov Staccato Brilhante, Op. 69, de Joly Braga Santos (1924-1988) dura Direção Musical Gianluca Marcianò apenas 2 escassos minutos e foi a última obra deste compositor. Encomendada pelo maestro Álvaro Cassuto para a estreia da Orquestra Clássica da Madeira então recém formada Nova Filarmonia Portuguesa, notabiliza-se por uma extraordinária precisão e por uma textura rítmica muito simples. Joly Braga Santos completou a partitura em abril de 1988, e a obra foi estreada no mês seguinte.

PROGRAMA: O Concerto para violoncelo em Mi menor, Op. 85 foi escrito em 1919 por Edward Elgar (1857-1934) no rescaldo da Primeira Joly Braga Santos (1924-1988) Guerra Mundial. A estreia não foi auspiciosa, e a obra só alcançou Staccato Brilhante Op. 69 merecida notoriedade em meados dos anos Cinquenta graças à interpretação de Jacqueline du Pré. Edward Elgar (1857-1934) Concerto para violoncelo A Abertura de Guilherme Tell, a última ópera de Gioachino em Mi menor, Op.85 Rossini (1792-1868) estreada em Paris em 1829, e o Intermezzo de Cavalleria Rusticana, o único verdadeiro sucesso da carreira Gioachino Rossini (1792-1868) de Pietro Mascagni (1863-1945), estreada em Roma em 1890, são Abertura, Guilherme Tell duas popularíssimas peças que antecederão outra igualmente famosa: a Abertura da Cavalaria Ligeira, opereta do compositor Pietro Mascagni (1863-1945) Franz Suppé (1819-1895) estreada no Carltheater de Viena, em Intermezzo, Cavalleria Rusticana março de 1866.

Franz von Suppé (1819-1895) Abertura Cavalaria Ligeira

FESTIVAL AO LARGO 2017 24 MÚSICA 19 Julho 21:30

Orquestra Clássica da Madeira

Inicialmente constituída como Orquestra de Câmara da Madeira, fundada a 13 de fevereiro de 1964 pelo Prof. Jorge Madeira Carneiro, a Orquestra Clássica da Madeira (OCM) é uma das mais antigas do país em atividade. Presentemente, é gerida e dinamizada pela Associação Notas e Sinfonias Atlânticas (ANSA). A partir de 1995, e graças ao apoio decisivo do Governo Regional da Madeira, passa a designar-se Orquestra Clássica da Madeira, data a partir da qual se assiste a uma maior profissionalização com a entrada de mais instrumentistas e com a aquisição de instrumentos e equipamentos. Ao longo do seu percurso, a OCM realizou concertos a nível nacional e internacional, festivais em Madrid, Roma e Macau, este último por ocasião de uma digressão pela Ásia. Em 1998, gravou um CD com o violinista Zakhar Bron e, em 2005, uma série de 5 CD com solistas portugueses, numa edição com obras de W. A. Mozart para a EMI Classics. Foi dirigida pelos maestros titulares Zoltán Santa, Roberto Pérez e Rui Massena e por maestros convidados nomeadamente, Gunther Arglebe, Silva Pereira, Fernando Eldoro, Merete Ellegaard, Paul Andreas Mahr, Manuel Ivo Cruz, Miguel Graça Moura, Álvaro Cassuto, Jaap Schröder, Luiz Isquierdo, Joana Carneiro, Cesário Costa, Paolo Olmi, Jean-Sébastian Béreau, Maurizio Dini Ciacci, Francesco La Vecchia, David Giménez. Passados 53 anos de atividade, a Orquestra Clássica da Madeira abraça, neste momento, um arrojado projeto artístico proporcionando uma temporada rica em programas do período clássico, romântico e contemporâneo, onde terá a oportunidade de interpretar variadas obras em estreia mundial.

FESTIVAL AO LARGO 2017 25 MÚSICA 19 Julho 21:30

Alexander Buzlov

Nascido em Moscovo em 1983, é um dos Yakov Kreizberg (EUA), E. Tobacco em Giverny e Montpellier (França), mais ativos e talentosos violoncelistas da (Bulgária) e Mitiyoshi Inoue (Japão). Crescendo (Israel), Chanel, Ginza (Japão) nova geração, e representa com honra A sua estreia no prestigiado Carnegie e Seiji Ozawa Academy (Suiça). a Escola Russa de Interpretação nos Hall teve lugar em 2005, mesmo ano em principais palcos mundiais. Uma das que participou na gala Lincoln Center em mais recentes conquistas veio com a sua Nova Iorque com a Orquestra de Saint participação no Emanuel Feuermann Cello Luke’s sob a batuta de Leonard Slatkin. Competition, em Berlim em novembro 2010, “Dos numerosos jovens intérpretes que onde foi galardoado com o Grand Prix e o estiveram em palco nos recentes anos com Prémio do Público. É formado pela escola a Utah Chamber Orchestra. Alexander de música e Colégio Conservatório Estatal Buzlov é o mais hábil e talentoso”, Tchaikovsky de Moscovo e prosseguiu a escreve um jornal americano em 2007. sua formação com Mstislav Rostropovich, Tem atuado com músicos aclamados Daniil Shafran, Natalia Shakhovskaya, como Natalia Gutman, Yuri Bashmet, Boris Talalay, Eberhard Finke e Bernard Alexei Lyubimov, Vasily Lobanov e Greenhouse. Entre 1996 e 2008 recebeu Tatiana Grindenko; e participado em muitas e importantes distinções, na festivais internacionais como Musical Rússia, Alemanha, Suiça, entre outros. Kremlin, Moscow Autumn, December Tocou a solo com todas as orquestras Evenings of Svyatoslav Richter e Ars de destaque Russas, e trabalhou com Longa (Moscovo), the White Nights, variados maestros tais como Mark Arts Square and Musical Olympus (São Gorenstein, Yuri Bashmet, Valery Gergiev, Petersburgo), Festivals em Ludwigsburg Vladimir Spivakov, Vladimir Fedoseyev, e Usedom (Alemanha), Colmar (França), Yuri Temirkanov, Konstantin Orbelian, a Oleg Kagan Memorial Festivals em Leonard Slatkin, Thomas Sanderling, Moscovo e Kreuth (Alemanha), festivias Maria Eklund, Claudio Vandelli (Itália), internacionais de música de câmara,

FESTIVAL AO LARGO 2017 26 MÚSICA 19 Julho 21:30

Gianluca Marcianò

Nascido em 1976, em La Spezia, Itália, Zagreb, o mais jovem até então a assumir iniciou os estudos de piano aos cinco esse cargo. É frequentemente convidado anos de idade, tendo prosseguido a sua para dirigir a Chamber Orchestra of formação na Academia de Música de Slovenian Soloists KOS, Romanian Florença, com Piernarciso Masi, Dmitri Philharmonic Ion Dimitrescu, Ploiest Bashkirov, Joaquín Achúcarro, Paolo Philharmonic, Orchestra Gli Armonici, Restanie e Massimiliano Damerini. Kamerata Kiev, e a Orchestra Ente De Como prodígio no piano durante a sua Carolis - Sassari. Em 2007, estreou-se juventude, ganhou diversos concursos no Poly Theater, em Pequim dirigindo nacionais e internacionais e, desde então, o Drama Dance, na Opera Orchestra em apresentou-se em algumas das mais Pequim. Presentemente é o principal famosas salas de concerto em todo o maestro convidado, cargo que nunca mundo. Como maestro e diretor artístico havia sido ocupado por nenhum ocidental. dirigiu no Teatro Regio em Parma, no Em novembro de 2007, estreou-se como Teatro Carlo Felice em Génova; no Maggio maestro de ópera italiana no Teatro Verdi Musicale Fiorentino, e no Concurso em Sassari com a estreia italiana de Internacional Beato Pio IX, em Roma. Debussy La Damoiselle Élue e de Poulenc Em 2002, foi convidado pela SNG Opera Les Mamelles de Tirésias. Recentemente, Ballet Ljubljana, Eslovénia, para assistente Marcianò regressou de Pequim, no qual do Maestro Loris Voltolini. Em 2005, dirigiu um concerto de gala com Andrea cooperou com o Maestro Dieter Rossberg Bocelli e a Orquestra Sinfónica de Pequim. para Faust e Die Rheinnixen de Offenbach, Teve igualmente a sua estreia operática tendo recebido um agradecimento especial no Reino Unido com a realização de da Boosey & Hawkes pelo seu trabalho La traviata no Festival Orchestra em no projeto. Em janeiro 2009, assume a Longborough. função de diretor musical da HNK Opera

FESTIVAL AO LARGO 2017 27 MÚSICA 20 Julho 21:30

A TRIBUTE TO FRANK ZAPPA

Uma homenagem ao grande músico norte-americano por elementos solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Brass Factory Frank Zappa (1940-1993), compositor autodidata, cantor, produtor discográfico, desenhador, realizador e ativista, foi seguramente um génio musical do século XX. Ao longo de uma carreira de 30 anos, a sua obra inspirada maioritariamente pela música de Varèse, PROGRAMA: Stravinsky e Webern, assenta-se também no jazz moderno e na música freak de então. Caracterizada pelo virtuosismo musical, Igor’s Boogie Frank Zappa / arr. Lino Guerreiro colagem musical, improvisação e experimentação sonora, há na Oh No obra de Zappa um constante apelo ao anticonformismo numa Frank Zappa / arr. Lino Guerreiro sátira da cultura norte-americana. A Tribute to Frank Zappa Montana Frank Zappa / arr. Lino Guerreiro revisitará alguns momentos musicais deste compositor por solistas Dirty Love da Orquestra Metropolitana de Lisboa que se juntaram em 2011 Frank Zappa / arr. Lino Guerreiro para se apresentarem na 3.ª edição do Zappamundo – Festival Peaches en Regalia Frank Zappa / arr. Lino Guerreiro Internacional de Música Frank Zappa. Desde então, têm percorrido The Idiot Bastard Son diversos palcos interpretando a música deste notável compositor Frank Zappa / arr. Lino Guerreiro norte-americano. The Black Page #1 e #2 Frank Zappa / arr. Marco Fernandes Uncle Meat Frank Zappa / arr. Lino Guerreiro Mother People Frank Zappa / arr. Lino Guerreiro Absolutely Free Frank Zappa / arr. Lino Guerreiro Zappa Medley Frank Zappa / arr. Sérgio Charrinho - Harry, You’re a Beast - The Orange County Lumber Truck - T’Mershi Duween - Dupree’s Paradise Purple Haze Jimmy Hendrix / arr. Lino Guerreiro

FESTIVAL AO LARGO 2017 28 MÚSICA 20 Julho 21:30

Brass Factory

Surgem em 2011 como Solistas da Metropolitana, para se apresentarem na 3.ª edição do Zappamundo – Festival Internacional de Música de Frank Zappa. Desde então, têm percorrido vários palcos apresentando a música de Frank Zappa. Em finais de 2016 adicionaram a guitarra à sua formação, criando assim uma sonoridade muito característica e pessoal, à semelhança dos coletivos que acompanharam Frank Zappa. Após vários concertos, surge o primeiro trabalho discográfico deste grupo, reunindo alguns dos melhores temas de Zappa, num disco de tributo cheio de ritmo e cor.

Sérgio Charrinho, trompete, 1.º solista Reinaldo Guerreiro, trombone e freelancer Marco Fernandes, bateria, freelancer da Orquestra Metropolitana de Lisboa nas principais orquestras portuguesas. nas principais orquestras portuguesas. e professor na Academia Nacional É professor de trombone e orquestra na É professor coordenador na Metropolitana Superior de Orquestra; Academia Nacional Superior de Orquestra e professor assistente convidado no e Escola Profissional Metropolitana; Departamento de Música da Escola d’Artes Ricardo Carvalho, trompete, músico da Universidade de Évora. Artista das da Banda Sinfónica da Guarda Nacional Adélio Carneiro, tuba, freelancer nas marcas Innovative Percussion, Majestic Republicana e freelancer nas principais principais orquestras portuguesas e Percussion e Zildjian Company. orquestras portuguesas; professor de tuba na Escola Superior de Música de Lisboa, Universidade do Minho Rodrigo Carreira, trompa, freelancer e Escola Profissional Metropolitana; nas principais orquestras portuguesas e professor na Escola de Música do José Dias, guitarra, professor na Academia Conservatório Nacional; de Música de Alcochete e membro do Quarteto de Guitarras de Lisboa, “Os Máquinistas” e “Novos Restelos”;

FESTIVAL AO LARGO 2017 29 um dos seusmaiores êxitos. FESTIVAL AO LARGO 2017 Maestrina TitularJoana Carneiro Orquestra SinfónicaPortuguesa Maestro TitularGiovanniAndreoli Coro doTeatroNacionaldeSãoCarlos Direção MusicalAndreaSanguineti Barítono Roland Wood Soprano CristianaOliveira se inicia e culmina com um autêntico Festival Verdi que Em poucomais de uma hora, VERDI DEA VIDA MÚSICA Nabucco , 21-22 Julho Nabucco –Va,pensiero Falstaff –Èsognoorealtá? Otello –AveMaria Aida –Gloriaall’EgittoadIside Don Carlo–Oascolta quest’ora bruna Simone Boccanegra–Comein degli angeli La forzadeldestino–Vergine macchiavi Un balloinmaschera–Erituche I VespriSicilianni–Abertura La traviata–Addiodelpassato notturne spoglie Il trovatore –Vedi lefosche Sì, vendetta Rigoletto –Tuttelefeste altempio… Macbeth –Patriaoppressa cento leggiadrevergini Il Corsaro–Alfinquestocorsaro… Ernani –SiridestiilleondiCastiglia Nabucco –Abertura Giuseppe Verdi(1813-1901) PROGRAMA: do génio imortal de Giuseppe Verdi. algumas das mais conhecidas óperas interpretando árias, duetosecoros de convida-nos auma viagem cronológica do Teatro Nacional de São Carlos, barítono Roland Wood eoCoro O soprano Cristiana Oliveira, o dos teatros líricos de todo omundo. regular nos cartazes das temporadas (1887), ocupam igualmente umlugar pouco mais tardias tais como mais representadas. Porém, obras um seu período intermédio porventura as (ambas de 1853),são três óperas do hoje, nos encanta ecomove. galeria de heróis eheroínas que,ainda música sacra –soma uma vasta as poucas incursões no domínio da 1893), asua vasta obra –excetuando (1851), ( patriótica nas margens do Eufrates de milhares de italianos. Da exortação e mágicos de Windsor ( Risorgimento seu tempo, uma figura política do compositor de ópera italiano foi, no de ser omais respeitado epopular Giuseppe Verdi (1813-1901), para além Carlo del destino del Nabucco (1867,versão italiana) ou Il trovatore Il , 1842) aosbosquessombrios (1861), idolatrada porcentenas e Aida La traviata La (1871), (1871), Falstaff Rigoletto 21:30 La forza forza La Don Don , Otello

30

© David Rodrigues MÚSICA 21-22 Julho 21:30

Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Criado em condições de efetividade em 1943, sob a direção de Mario Pellegrini, o Coro cumpre uma fase intensiva de assimilação do grande repertório operístico e de oratória. Entre 1962 e 1975, colaborou nas temporadas da Companhia Portuguesa de Ópera, sediada no Teatro da Trindade, deslocando-se com a mesma à Madeira, aos Açores, a Angola e a Oviedo (1965), a convite do Teatro Campoamor, e obtendo o Prémio de Música Clássica conferido pela Casa da Imprensa. Participou em estreias mundiais de autores portugueses, como Fernando Lopes-Graça (D. Duardos e Flérida) e António Victorino d’Almeida (Canto da Ocidental Praia). A plena afirmação artística do conjunto é creditada a Gianni Beltrami, a partir de 1985. Registe-se a participação na Grande missa dos mortos (Berlioz), em Turim. João Paulo Santos sucedeu a Beltrami, constituindo-se como o primeiro português no cargo. Sob a sua responsabilidade, registam-se vários êxitos: Mefistofele (Boito); Blimunda e Divara (Corghi); a Sinfonia n.º 2 de Mahler, com a Orquestra da Juventude das Comunidades Europeias; A Criação (Haydn); a cantata Faust e o Requiem de Schnittke; Perséphone e Le rossignol (Stravinsky); Evgeni Onegin (Tchaikovski); Les Troyens (Berlioz); Missa glagolítica (Janácek); Tannhäuser e Die Meistersinger von Nürnberg (Wagner); e Le grand macabre (Ligeti). Com o Requiem de Verdi, deslocou-se a Bruxelas (1991). O Coro tem atuado sob a direção de algumas das mais prestigiadas batutas, como Antonino Votto, Tullio Serafin, Vittorio Gui, Carlo Maria Giulini, Oliviero de Fabritiis, Otto Klemperer, Molinari-Pradelli, Franco Ghione, Alberto Erede, Alberto Zedda, Georg Solti, Nello Santi, Nicola Rescigno, Bruno Bartoletti, Heinrich Hollreiser, Richard Bonynge, García Navarro, Wolfgang Rennert, Rafael Frühbeck de Burgos, Franco Ferraris, James Conlon, Harry Christophers, Michel Plasson e Marc Minkowski, entre outros. Também foi dirigido em óperas e concertos pelos mais importantes maestros portugueses, com relevo para Pedro de Freitas Branco. Atualmente, a direção musical está a cargo de Giovanni Andreoli.

FESTIVAL AO LARGO 2017 31 MÚSICA 21-22 Julho 21:30

Orquestra Sinfónica Portuguesa

Criada em 1993, a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) é um dos corpos artísticos do Teatro Nacional de São Carlos e tem vindo a desenvolver uma atividade sinfónica própria, incluindo uma programação regular de concertos, participações em festivais de música nacionais e internacionais. No âmbito de outras colaborações, destaque-se também a sua presença nos seguintes acontecimentos: 8.º Torneio Eurovisão de Jovens Músicos transmitido pela Eurovisão para cerca de quinze países (1996); concerto de encerramento do 47.º Festival Internacional de Música e Dança de Granada (1997); concerto de gala da Abertura da Feira do Livro de Frankfurt; concerto de encerramento da Expo’98; Festival de Música Contemporânea de Alicante (2000) e Festival de Teatro Clássico de Mérida (2003). Colabora regularmente com a Rádio e Televisão de Portugal através da transmissão dos seus concertos e óperas pela Antena 2, designadamente a realização da tetralogia O Anel do Nibelungo, transmitida na RTP2, e da participação em iniciativas da própria RTP, como o Prémio Pedro de Freitas Branco para Jovens Chefes de Orquestra, o Prémio Jovens Músicos-RDP e a Tribuna Internacional de Jovens Intérpretes. No âmbito das temporadas líricas e sinfónicas, a OSP tem-se apresentado sob a direção de notáveis maestros, como Rafael Frühbeck de Burgos, Alain Lombard, Nello Santi, Alberto Zedda, Harry Christophers, George Pehlivanian, Michel Plasson, Krzysztof Penderecki, Djansug Kakhidze, Milán Horvat, Jeffrey Tate e Iuri Ahronovitch, entre outros. A discografia da OSP conta com dois CD para a etiqueta Marco Polo, com as sinfonias n.os 1, 3, 5 e 6 de Joly Braga Santos, que gravou sob a direção do seu primeiro maestro titular, Álvaro Cassuto, e Crossing borders (obras de Wagner, Gershwin e Mendelssohn), sob a direção de Julia Jones, numa gravação ao vivo pela Antena 2. No cargo de maestro titular, seguiram-se José Ramón Encinar (1999-2001), Zoltán Peskó (2001-2004) e Julia Jones (2008-2011); Donato Renzetti desempenhou funções de primeiro maestro convidado entre 2005 e 2007. Atualmente, a direção musical está a cargo de Joana Carneiro.

FESTIVAL AO LARGO 2017 32 MÚSICA 21-22 Julho 21:30

Cristiana Oliveira

Vencedora de vários prémios internacionais várias salas e eventos de referência no domínio da interpretação, tem nacional e internacionaL, vários recebido aclamadas críticas na imprensa festivais em Barcelona, Northwest Opera especializada. Apresentou-se em vários Ireland, Teatro Nacional de São Carlos, recitais de lieder em Portugal, Espanha, Centro Cultural de Belém, Coliseu do Itália e Estados Unidos da América, Porto, Aula Magna, entre outros, com destacando-se neste campo com a aclamados maestros e encenadores interpretação das quatro últimas canções de renome. de Richard Strauss. Estreou o ciclo Quatro canções para Inês de António Chagas Rosa. Com um crescente reconhecimento na interpretação de Oratória foi solista no Requiem e Missa da Coroação de Mozart, Oratória de Natal de Saint-Saëns, Requiem de Bomtempo, Requiem de Verdi, Stabat Mater de Dvořák, Stabat Mater de Rossini e Requiem de Dvořák. É, no entanto, na ópera que mais se tem destacado, entre outros, nos papéis de Marie em La fille du régiment de Donizetti; Madame Cortese em Il viaggio a Reims de Rossini; Micaela em Carmen de Bizet; Sophie em Werther; Gilda em Rigoletto de Verdi e Violetta em La traviata. Nas suas interpretações operáticas teve oportunidade de se apresentar em

FESTIVAL AO LARGO 2017 33 MÚSICA 21-22 Julho 21:30

Roland Wood

O barítono inglês Roland Wood Louis, Albert (Werther), Robert Storch estreou-se na Royal Opera House, em (Intermezzo) e Conte di Luna 2015, como Roucher (Andrea Chénier) (Il trovatore) para a Scottish Opera, e, desde então, já aí regressou para Giorgio Germont (La traviata) para a desempenhar Ford (Falstaff). Natural Santa Fé Opera e Opera North, Renato de Berkshire, estudou no Royal Northern (Un ballo in maschera) para a Canadian College of Music e no National Opera Opera Company, Enrico (Lucia di Studio. Em 2000, ganhou o 2º prémio Lammermoor), Giorgio Germont nos “Kathleen Ferrier Awards”. (La traviata), Don Giovanni e Eugene Entre 2002 e 2004, foi cantor principal Onegin para a English Touring Opera na Scottish Opera desempenhando e Papageno para a Opera Holland Park. Dr. Falke (Die Fledermaus) e Papageno (Die Zauberflöte). Em 2003, representou o Reino Unido na “BBC Cardiff Singer of the World”. Canta regularmente na English National Opera, em papéis como Kissinger (Nixon in China), Marcello (La bohéme), Alfio Cavalleria( Rusticana), Zurga (Les pêcheurs de perles), Paolo Albiani (Simon Boccanegra), Conde Almaviva (Le nozze di Figaro), Speaker e Papageno (Die Zauberflöte), Bunyan/ Pilgrim (The Pilgrim’s Progress), Don Fernando (Fidelio) e Oedipus (Thebans). Compromissos internacionais incluem Macbeth para a Opera Theatre of St.

FESTIVAL AO LARGO 2017 34 MÚSICA 21-22 Julho 21:30

Andrea Sanguineti

Aplaudido pela crítica e pelo público e foram algumas das óperas que dirigiu considerado pelos especialistas como um recentemente, com solistas como Annette dos maestros mais promissores da sua Dasch, Lucio Gallo, Stefania Bonfadelli, geração, Andrea Sanguineti foi muito Silvia Tro Santafé, Simone Alaimo, Franco recentemente denominado de “génio” pelo Farina e Albert Pesendorfer. No campo programa de rádio Deutschlandradio- concertístico, Andrea Sanguinetti expande Kultur, por ocasião da produção de o seu repertório principal, abrangendo The Dead City de Korngold. É atualmente desde as sinfonias de Beethoven e Brahms Diretor Geral Musical de G. Hauptmann até às composições mais vanguardistas Theater Görlitz-Zittau e Maestro Titular como Turangalîla-Symphonie de Olivier da Neue Lausitzer Philharmonie. É muito Messiaen, Prométhée de Skrjabin ou o solicitado como maestro convidado por Concerto para Orquestra (de Marco Polo) alguns importantes teatros, festivais e de Tan Dun. orquestras, como Oper Graz, Oper Leipzig, Nationaltheater Mannheim, Enescu Philharmonie em Bucareste, RSO Radio Symphony Orchestra em Viena e Teatro Massimo Bellini na Catânia. O seu vasto repertório varia entre operetas vienenses e óperas alemãs, tais como Tristan und Isolde ou Tannhäuser, sem descurar os estilos francês e italiano e a ópera contemporânea. Carmen, L’Africaine, La traviata, Il trovatore, La Cenerentola, Il viaggio a Reims, La forza del destino, Macbeth e Powder Her Face

FESTIVAL AO LARGO 2017 35 FESTIVAL AO LARGO 2017 diversos autores Música colagemdecomposições Assistente doCoreógrafoErezZohar Desenho deLuzBambi Coreografia eFigurinosOhadNaharin Minus 16 Desenho deLuzNunoMeira Som DavidCunningham Direção eFigurinosJoão Penalva Coreografia RuiLopesGraça Quinze Bailarinos inequívoco foi marcante. temporadas recentes cujosucesso a CNB apresenta duas obras de Na celebração dos seus40 anos, BAILADO NACIONAL DE COMPANHIA DANÇA E tempo queexplora acapacidade técnica dos seusintérpretes. narrativa mas quenos dá uma diversidade de leituras aomesmo do português Rui LopesGraça, uma peça comuma ausência de Paulo Ribeiro em fazer o público dançar. dança contemporânea, queconfirma nesta peça asua habilidade 27-28-29 Julho e aversatilidade de uma grande companhia. os seus40 anos, preparámos duas obras querefletem a dimensão Para estaedição do Festival aoLargo, em queaCNB comemora Minus 16 Minus do israelita Ohad Naharin, uma grande referência da Quinze Bailarinos Quinze 22:00 , 36

© Bruno Simão DANÇA 27-28-29 Julho 22:00

Quinze Minus 16 Bailarinos

Quinze bailarinos é uma versão para espetáculos ao ar livre do bailado Quinze bailarinos e Ohad Naharin é um dos mais reconhecidos tempo incerto, estreado pela CNB em setembro de 2016 no Teatro Camões. Quinze bailarinos coreógrafos contemporâneos a nível procura estimular a relação individual do espetador com a presença em palco de quinze mundial. Sobre Minus 16, o atual diretor bailarinos associados temporariamente a luz e som, mas sem o fio condutor de uma artístico da companhia israelita Batsheva narrativa. Neste contexto, será o espaço sonoro concebido por David Cunningham a diz “não é um novo trabalho, é mais uma induzir o espetador a percorrer múltiplos caminhos individuais, próximos e longínquos, reconstrução: gosto de pegar em peças nem sempre reconhecíveis, porventura misteriosos, ameaçadores ou jubilantes. ou secções de peças minhas e trabalhá- Até que ponto acontecimentos independentes mas simultâneos conseguem capturar las de novo, reorganizá-las criando a a atenção de uma audiência e estimular a imaginação individual de cada um de nós? possibilidade de as ver sobre um outro O trabalho coreográfico vai confrontar o público com os limites da sua imaginação. ângulo. Isso ensina-me sempre algo novo Levado por uma sucessão de imagens suscitadas pelo som, o espetador projetará a sua sobre o meu trabalho e a composição. própria narrativa no confronto com a coreografia em que não se vislumbra qualquer teia Nesta peça eu peguei em diferentes secções dramática. Esta é a experiência que se oferece a um espetador emancipado que aceita o de diferentes trabalhos meus. Foi como se desafio de assistir a um espetáculo em que o aliciante papel de criador é oferecido à sua eu estivesse apenas a contar o princípio imaginação. ou o meio, ou o fim de várias histórias os quais depois de organizados resultam num Rui Lopes Graça / João Penalva trabalho tão ou mais coerente do que o original.”

FESTIVAL AO LARGO 2017 37 DANÇA 27-28-29 Julho 22:00

Companhia Nacional de Bailado

A Companhia Nacional de Bailado (CNB) foi à criação. O resultado é um reportório Ohad Naharin, William Forsythe, Anne criada em 1977 e é o organismo português acentuadamente eclético, que atravessa Teresa De Keersmaeker e Akram Khan, de referência em dança clássica. Sediada em séculos, estilos e técnicas, enquanto e coreógrafos portugueses como Armando Lisboa, é a única companhia estatal com mantém uma forte marca identitária Jorge, Fernando Lima, Carlos Trincheiras, uma programação de dança em Portugal e portuguesa e europeia. Rui Lopes Graça, Olga Roriz, Vasco também a única com um corpo permanente Assim, da sua história fazem parte as Wellenkamp, Paulo Ribeiro, Rui Horta, Clara de artistas, que lhe permite garantir primeiras produções profissionais em Andermatt ou Fernando Duarte, entre outros. temporadas regulares de espetáculos no Portugal de bailados clássicos em versão A diversidade estética, alimentada também Teatro Camões (depois de, nas suas duas integral, como La Fille Mal Gardée, O Lago por uma intensa ligação da dança com primeiras décadas, a principal sala da dos Cisnes, Dom Quixote, La Sylphide, outras expressões artísticas – música, companhia ter sido o Teatro Nacional La Bayadère, Paquita, Coppélia, Romeu e cinema, drama, poesia, fotografia –, resulta São Carlos), e um pouco por todo o país Julieta, O Pássaro de Fogo ou A Sagração numa companhia reconhecidamente (Portugal continental e ilhas), além das da Primavera, bem como um continuado atual, atenta às suas responsabilidades digressões ao estrangeiro. investimento na revisão e releitura destas patrimoniais e simultaneamente muito Fundada por iniciativa governamental com obras canónicas, através de encomendas a aberta à influência de jovens criadores, objetivos de serviço público, a companhia criadores que as reinterpretam à luz dos incluindo coreógrafos, dramaturgos e tem duas missões, que se complementam: nossos dias, frequentemente em diálogo compositores emergentes. uma de índole patrimonial, a preservação e com a História do país. Paulo Ribeiro é o diretor artístico da divulgação do reportório balético mundial, Os espetáculos da CNB ao longo destes companhia, sucedendo a Luísa Taveira através da produção de espetáculos de 40 anos incluem trabalhos da autoria de (2010-2016 e 1999-2000), Vasco Wellenkamp bailado clássico; e a permanente atualização destacados coreógrafos internacionais como (2007-2010), Mehmet Balkan (2002-2007), desta forma de arte, com a apresentação de George Balanchine, Vaslav Nijinsky, Serge Marc Jonkers (2001-2002), Jorge Salavisa coreografias modernas e contemporâneas Lifar, Kurt Jooss, José Limón, Lar Lubovitch, (1996-1999), Isabel Santa Rosa (1994-1996) e de coreógrafos nacionais e estrangeiros, Michael Corder, Hans van Manen, Robert Armando Jorge (1978-1993). algumas das quais concebidas para a CNB North, Heinz Spöerli, Nacho Duato, Mauro no âmbito da sua política de incentivo Bigonzetti, Henri Oguike, Cayetano Soto,

FESTIVAL AO LARGO 2017 38 DANÇA 27-28-29 Julho 22:00

Rui Lopes Graça

Rui Lopes Graça, natural de Torres Novas, da Cultura e Centro Cultural de Belém. formou-se em dança como bolseiro da Os seus trabalhos têm sido apresentados Escola do Ballet Gulbenkian e do Centro nos EUA, Holanda, Escócia, Espanha, de Formação Profissional da Companhia França, Noruega, Moçambique, Angola, Nacional de Bailado. Em 1985, ingressou Itália, Cuba, Israel, México e Turquia. no elenco desta companhia e tornou-se Atualmente, é coordenador de Projetos bailarino solista em 1996. Dançou grande Especiais da Companhia Nacional de parte do repertório da CNB, em bailados Bailado. Para além da sua atividade como clássicos e contemporâneos. Em julho de coreógrafo, é convidado regularmente 1999, participou no Curso Internacional a lecionar na Escola Superior de Dança e para Coreógrafos e Compositores da na Universidade de Stavanger na Noruega. Universidade de Bretton Hall, em É detentor do Prémio Sociedade Inglaterra, dirigido por Robert Cohan, Portuguesa de Autores na categoria Nigel Osborne, Ivan Kramar e Gale Law. Melhor Coreografia de 2012, comPerda Desde 1996, tem coreografado para a Preciosa para a Companhia Nacional Companhia Nacional de Bailado, como de Bailado, em parceria com André coreógrafo convidado e residente, Ballet e. Teodósio. Gulbenkian, Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, Ballet da Ópera de Estrasburgo, Grupo Dançando com a Diferença, Companhia Nacional de Canto e Dança de Moçambique, Companhia de Dança Contemporânea de Angola e Companhia Rui Lopes Graça, entre outras. Coreografou igualmente para a Expo’98, Porto 2001 Capital Europeia

FESTIVAL AO LARGO 2017 39 DANÇA 27-28-29 Julho 22:00

João Penalva

João Penalva nasceu em Lisboa, em 1949. Camden Arts Centre, South London Gallery, Vive e trabalha em Londres desde 1976. Royal Festival Hall e Courtauld Institute, Iniciou os seus estudos de dança em e em Glasgow, na Tramway. O trabalho 1968, com David Boswell e Anna Ivanova de João Penalva tem sido apresentado no Teatro Nacional de São Carlos, que também em instituições por todo o mundo: continuou em Londres, na London School Trondheim Kunstmuseum, Noruega; of Contemporary Dance. Nos anos 70, foi Ludwig Museum, Budapeste; The Power bailarino das companhias de Pina Bausch, Plant, Toronto; Irish Museum of Modern de Gerhard Bohner e de Jean Pomares, para Art; Kiasma Museum, Helsínquia; Museu a qual realizou também cenários e figurinos. Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid; Estudou artes plásticas na Chelsea School of Lunds Konsthall, Suécia; na Berlinische Art, em Londres, de 1976 a 1981, ano em que Galerie, em Munique, na Haus der Kunst, em iniciou a carreira como artista plástico. O seu Essen, no Museum Folkwang, em Dusseldorf, trabalho inclui pintura, fotografia, som, filme no Kunstsammlung Nordrhein Westfalen, em e instalação. Em Portugal, expôs no Museu Dresden, no Staatliche Kunstsammlungen, Nacional de Arte Contemporânea – Museu no Württembergischer Kunstverein; em do Chiado, em 2012 e 2004, no Museu de Sydney, no Museum of Contemporary Art, Serralves, em 2013 e 2005, no Centro de Arte e em Melbourne, no Australian Centre for Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Contemporary Art; em Seul, no National em 2011 e 1999, no Museu Coleção Berardo, Museum of Modern and Contemporary Art; em 2011, no Museu da Cidade, Lisboa, em e em Taipé, no Museum of Contemporary 1996, e no Centro Cultural de Belém, em 1999 Art. João Penalva é representado pela Galeria e 1994. Representou Portugal na Bienal de Filomena Soares, em Lisboa, Galerie Thomas Veneza, em 2001, e na Bienal de São Paulo, Schulte, em Berlim, Barbara Gross Galerie, em 1996. O seu trabalho foi apresentado em em Munique, e Simon Lee Gallery, em Londres na Tate Modern, Hayward Gallery, Londres e Hong Kong.

FESTIVAL AO LARGO 2017 40 DANÇA 27-28-29 Julho 22:00

Ohad Naharin

Ohad Naharin tem sido aclamado como também pioneiro na criação de uma Juilliard. É regularmente premiado pelo um dos mais proeminentes coreógrafos inovadora linguagem de movimento: Gaga, seu trabalho, tendo recebido, em 2017, contemporâneos mundiais. Diretor que enfatiza a exploração da sensação o prémio Ruth Page. A partir do mesmo artístico da companhia de dança israelita e disponibilidade para o movimento, ano, passa a fazer parte do projeto Rolex Batsheva, desde 1990, tem-na guiado tornando-se no método principal de treino Mentor-Protégé Arts Iniciative e será segundo uma visão artística audaz e para os bailarinos da Batsheva. Os talentos mentor do jovem bailarino sul-africano, revigorado o seu repertório com as suas de Naharin fizeram-no acumular uma Londiwe Khoza. coreografias cativantes. Naharin criou série de prémios e menções honrosas. mais de 30 trabalhos para a companhia Em Israel, recebeu o Doutoramento principal e para o agrupamento júnior, Honoris Causa de Filosofia pelo Instituto Batsheva Ensemble. Ohad Naharin nasceu da Ciência de Weizmann, o prestigiado em 1952, em Kibbutz Mizra e iniciou os prémio israelita para Dança, o prémio seus estudos com a companhia de dança da Jewish Culture Achievement atribuído Batscheva, em 1974. No seu primeiro ano, pela Fundação da Cultura Judaica, o Martha Graham convidou-o para se juntar Doutoramento Honoris Causa de Filosofia à sua companhia em Nova Iorque. Nessa pela Universidade Hebraica e ainda o cidade estudou na Escola do American prémio EMET na categoria de Arte e Ballet, com uma bolsa da America-Israel Cultura. Naharin foi também condecorado Cultural Foundation, treinou no Juilliard com a Ordem de Cavaleiro das Artes e das School e apurou a sua técnica com Maggie Letras pelo governo francês, recebeu em Black e David Howard. Em 1980, formou dois anos consecutivos o prémio New York a Companhia de Dança Ohad Naharin. Dance and Performance – Bessie, o prémio Recebeu encomendas de companhias Lifetime Achievement do Festival de Dança de renome mundial como a Companhia Americana Samuel H. Scripps, o prémio de Dança Contemporânea Kibbutz e da Dance Magazine e, em 2013, o seu mais Nederlands Dans Theater. Naharin foi recente Doutoramento Honoris Causa, pela

FESTIVAL AO LARGO 2017 41 07 - 29 Julho www.facebook.com/festivalaolargo www.festivalaolargo.pt Media Partner Companhia NacionaldeBailado Mecenas principalda Apoio Institucional Patrocinador Principal Hotel Oficial