AA AviaçãoAviação ComercialComercial dos nono BrasilBrasil vistavista pelospelos anúnciosanúncios

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, milhares de aviões de transporte utilizados na mesma foram vendidos a preço de banana, proporcionando à aviação brasileira uma chance de ouro para o seu desenvolvimento. Foram criadas dezenas de novas empresas, muitas de vida breve, aproveitando essa verdadeira liquidação de aeronaves. Este primeiro artigo enfatiza justamente essa fase nos anos 1940 e, em seguida, serão publicadas matérias das próximas décadas, enfocando a aviação comercial brasileira sob o prisma dos anúncios. Foi um trabalho hercúleo em sebos, sendo que milhares de páginas foram pesquisadas, especialmente em revistas como Cruzeiro, Manchete, Visão e Seleções Reader’s Digest, desta forma mostrando um aspecto desconhecido da história do transporte aéreo em nosso país. Matéria compilada por Carlos André Spagat. Anúncios de coleção da revista Flap 68 69 FLAP FLAP INTERNACIONAL INTERNACIONAL Complementando a campanha inicial para promover a linha São Paulo-Rio de Janeiro, em agosto de 1947 a Vasp alardeava os 20 mil voos operados nesta rota.

Em julho de 1947 a Vasp anunciava o aumento da frequência de voos para o Rio de Janeiro, com uma espantosa cifra de oito voos diários, operados com o moderno DC-3.

A Itaú foi formada no dia 30 de setembro de 1947, como subsidiária da Companhia de Cimento Itaú. Foi estruturada para transportar exclusivamente carga. A Itaú começou a operar em 1948 com uma razoável frota de nove aviões Curtiss C-46. Em 1950 já servia , Salvador, Recife, Fortaleza e Campo Grande, com seus voos partindo do Rio de Janeiro e de São Paulo, sua sede. A Nacional comprou a Itaú em outubro de 1955, quando a frota de aviões C-46 estava restringida a cinco unidades, redução causada por acidentes. Este anúncio da década de 1940 marca o início de suas atividades. >

70 71 FLAP FLAP INTERNACIONAL INTERNACIONAL No fim dos anos 1940, a informava ao público sua qualidade de pioneira do tráfego no Brasil. Pela primeira vez, uma companhia brasileira colocava sua frota no lado direito do anúncio.

Em 1945 surgiu a Linhas Aéreas Paulistas (LAP), que começou a voar com um Lockheed Hudson. Um ano depois, já como consequência da compra dos excedentes de guerra, a empresa tinha quatro DC-3 e voava de São Paulo para o Recife e para Campina Grande, na Paraíba. A companhia chegou a ter cinco DC-3 e um C-46. Em 1947, a LAP ligava também São Paulo ao Rio de Janeiro. Em 1948, sua linha litorânea para o norte já não ia até o Recife, ficando em Maceió, mas em 1950 foi estendida até Natal e Fortaleza. Em 1951, a companhia foi absorvida pelo Lóide Aéreo Nacional.

Em dezembro de 1949, a Nacional Transportes Aéreos lançava seus novos voos ligando São Paulo Os novos voos da Viação Aérea Brasil S.A., ao sul da Bahia, dando mais conhecida como Viabrás, ligando prosseguimento à sua a Goiás foram anunciados na expansão, sendo que já revista Guia Aeronáutico. ligava Minas Gerais e o Estado do Mato Grosso.

A Real publicou este anúncio por ocasião da aquisição do novo Bristol e foi uma das poucas companhias aéreas do mundo a utilizar esse tipo de aeronave para o transporte de passageiros, já que foi originalmente concebido como avião cargueiro. Os resultados foram tão desastrosos que logo após deixou de operar.

72 73 FLAP FLAP INTERNACIONAL INTERNACIONAL A Real anunciou, em 1949, um voo que ligava São Paulo ao Rio de Janeiro, saindo da capital paulista à 1 hora da manhã. Era o embrião do famoso voo Corujão, que a Sadia Transportes Aéreos reinventou muitos anos depois.

Em abril de 1946, Arnoldo Raposo Murtinho fundou a Viação Aérea Brasil S.A., que foi aprovada pelas autoridades aeronáuticas em agosto do mesmo ano e começou a voar em março do ano seguinte. Sua frota era de quatro C-47. A sigla que passou a constituir seu nome era Viabrás e seus voos saíam do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte para Rio Verde, em Goiás, com escala em Uberlândia, e para Goiânia. Voou também para o Mato Grosso. A empresa formou, em 1949, um consórcio com a Transportes Aéreos Nacional Ltda., pela qual foi absorvida.

A Central Aérea Ltda. foi uma companhia especializada em operações para o Mato Grosso. Sua licença de operação foi concedida em março de 1948 e a empresa, fundada imediatamente depois. Sua frota era composta de três DC-3, cujos voos começaram em junho, fazendo a rota A , em fins de 1949, > Rio-Belo Horizonte com várias escalas. Ainda em anunciava a sua expansão de rotas 1948, as linhas da empresa estenderam-se até ligando o norte, o centro e o sul do Goiás e Mato Grosso. A empresa foi absorvida Brasil, com um dos raríssimos anúncios pela Transportes Aéreos Nacional Ltda. em 1950. coloridos produzidos na época.

74 75 FLAP FLAP INTERNACIONAL INTERNACIONAL A Linhas Aéreas Paulistas apresentava o DC-3 como um avião silencioso, o que era uma grande mentira. Ele era extremamente barulhento e tinha muita lhes oferece as mesmas vibração. vantagens da

O sul de Minas foi servido pela Navegação Aérea de Varginha Ltda., que posteriormente se fundiu com a Trans- Continental, ligando o Rio de Janeiro a Alfenas e Varginha.

A Nacional dava extrema importância à sua rota do A Itaú Cargo fez um Rio São Francisco, na época anúncio com seu tarifário, considerado um voo de atitude de muita coragem integração nacional. em virtude da alta inflação na época, que impossibilitava mantê-lo por muito tempo.

A Trans-Continental, neste anúncio, divulgava seu mapa de rotas e dava ênfase ao conforto de seus aviões.

76 77 FLAP FLAP INTERNACIONAL INTERNACIONAL