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MILAGRES DA TELA k^AWW ACOIA ' à^mmmmW^^^^^W

Semanário de ARTE -ISÈmA^àm.ÍÍ&'tâ£BmmW ANO 30 * N.° 11, de 0 QUE NÃO CONSIGO 15 de março de 1951

AmmWKtt2fâfMmWf^mm^^Êr^Mm^^^ 7M\ SUMARIO: JéAm. FAZER NA VIDA REAL ¦ yi-t Milagres da tela (Leon Elia- char) 3 Em defesa de. Robert Mitchum (Antônio Rocha) 4 Desenho animado prá cabeça (Salvyano Cav.alcant i de Paiva)6 Quando canta o coração 8 Rádio (Armando Migueis) 10 Fred Astaire12 y Crônica de Buenos Aires 13 i Antologia dos cronistas cario- cas (Salvyano Cavalcanti de Paiva) I4 Casar com uma pequena, depois de meia-hora de conhecê-la. A dominadora (cine-romance)15 Cinema brasileiro 18 Encontrar o telefone sempre desocupado. Flashes 20 Vingança de El Mocho (resumo)25 Sofrer um desastre de automóvel e sair completamente ileso. Telas da cidade 29 i¦ Arquivo (Broocklyn Jack) ....32 Lutari corpo a corpo com um leão completamente desarmado. Eu e o leão. M.*!- da Cunha) ..33 ...» Música (Oswaldo "knock-out" Pausa para Meditação34 Botar um homem de noventa quilos com um simples sopapo Notícias 34 no queixo. • Ser admirado por milhares de meninas, sem ser bonitão. CAPA Ser um simples repórter policial e mandar no dono do jornal. Antony Curtis (Universal) Usar um terno novo de cinco em cinco minutos. A redação não se responsabiliza "Carne pelos trabalhos assinados. Fugir da Penitenciária sem ser Seca". Escorregar numa casca de banana e sair na primeira página dos jornais. EXPEDIENTE '¦i

¦ . Fundado em 1921 — Proprieda- Ouvir um político falar sério no Senado. de da COMPANHIA EDITORA AMERICANA. Diretor-presidente: Procurar uma notícia de interesse e encontrá-la no rádio logo que se aperte Gratuliano Brito. Diretor-secretá- rio- R. Peixoto de Alencar. En- o botão. de Maran- derêço: Rua Visconde — guape, 15- — Conseguir um táxi num dia de chuva. Brasil. Telefones: — Secretaria, 22-4447; Administração e Publici- "rounds" dade, 22-2550. Portaria, 22-5602. Apanhar durante catorze e ganhar a luta no último. ico: «Revista». • Endereço telegráf número avulso para todo o terri- e sair impune. tório brasileiro, Cr$ 30,00. Assi- Esquecer de pagar a conta num restaurante natura: Anual (52 números), Cr$ 140,00; Semestral (26 números), Pagar uma conta de cruzeiros com uma nola de duzentos e dizer Cr$ 70,00. Registrada: Anual, Cr$ "guarde quatro 170,00; Semestral, Cr$ 85,00. Es- satisfeito: o troco". trangeiro: Anual, Cr$ 270,00; Se- mestral, Cr$ 140,00. Número atra- Não ser incomodado credores. eado, Cr$ 3,50. Agentes em todas pelos as capitais e principais cidades do "visado" Brasil. Representantes: — Esta- Viajar de um país a outro e ter o passaporte em quinze segundos. dos Unidos da América do Norte/ Aguiar Mendonça, 19 West 44ta Street, New York City, N.Y. Em Tirar uma folha corrida sem correr. Portugal: Helena A. Lima, Ave- nida Fontes Pereira de Melo, 34, / no bolso, 2"? Distrito, Lisboa. África Orien- Ter sempre fósforos tal Portuguesa: D. Spanos, Caixa "boite", Postal 434, Lourenço Marques. Conseguir uma ótima mesa numa depois da meia-noite Uruguai: Moratório,& Cia., Cons- tituyente, 1746, Montevidéu. Su- cursai na Argentina: «Inter-Pren- Ser atendido com toda cortezia por um caixeiro de armazém sa», Florida, 229, Buenos Aires. Toda correspondência deve ser -"'¦enviada ao diretor. Escrever à máquina sem usar o retrocesso • Representante em São Paulo: A. Chegar na porta de um elevador e não encontrar fila Zambardino — Rua Capitão Saio- mão, 69 — Telefone: 4-1569. Encontrar sempre aposentos vagos nos hotéis. CORRESPONDENTE EM, HOLLYWOOD(v Casar com a filha do milionário. Por amor. VIOLET KINNEY T1IMOMAS KEENE Arranjar uma dactilógrafa bonita que saiba escrever a maquina CORRESPONDENTE EM PARIS JEAN DELMAB Acender o cigarro com isqueiro logo da primeira vez. Redator-Chefe da Publicidade: Severino Lopes Guimarães IMPORTANTE: O preço desta revista é de Cr$ 3,00 em todo o Brasil. Não é per- mitida a venda por quantia supe- rior à marcada na capa. leon eliachar

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EM DEFESA DE ROBERT MITCHUM

AMARGAS RECORDAÇÕES DE UM NATAL * UM HOMEM DE BOM CORAÇÃO * INCOMPREEN- O DEDICADO PAI DE FAMÍLIA DIDO PELA MAIORIA/É CONSIDERADO UM RE VOLTADp • "O QUE O PÚBLICO DESCONHECE * UM DOM DA NATUREZA: A COMPREENSÃO • AUTO- RESPEITO ACIMA DE TUDO", EIS O LEMA DE ROBERT MITCHUM De ANTÔNIO ROCHA

¦ :''y'y WÊÊÊÊmmÊÊmmmãm^ ^n^ r..';\V\.'\;>'„ ‡æ, y ._.&. BJ999999999fl9j9W9j^| BBSB8H BBéeKI - '*ji tifflk'- ' véspera de Natal do ano de 1935 e o mundo estava mergulhado entanto, o pensamento que lhes ocupava no momento fosse somente um. em Hosanas. Mas, naquela época, os Estados Unidos atravessavam Sim, pois enquanto o resto do mundo sorria e tinha um motivo para ficou registrado em seus continuar vivendo, aqueles não ERAum período de sua história econômica que três tinham coisíssima alguma. Não "Depressão". Este nome significa a de opu- sabiam o comeriam naquele dia. Não tinham anais pelo nome de queda que noção da côr ou lentos capitalistas, incapazes de sobreviver ao súbito baque que sofrerá forma da próxima roupa que vestiriam. Sentiam na mente o gosto e cujos resquícios ainda não haviam azedo de Natais também sorriam tinham a alma o país no início daquela década passados, quando e no futuro... sido banidos. Insuflada Três homens caminhavam em direção à fronteira da Califórnia, si- O destino não poderia ter sido mais caprichoso ao Juntar aqueles Talvez, no trôs Bêres tão diferentes. Um leneiosos e todos imersos em seus próprios pensamentos. dos elementos era alto, eério e caminhava A CENA MUDA — 15-3-51 — PáS- 4 »ir ¦fltf^Wrffrff* K^j^ÇS*íí »•"¦?!,¦;'•,«,? « !¦"! majestosamente. Se o observador nfto levasse em consideração os trapos que lhe cobriam o corpo c os sapatos que livravam os seus pés delicados do contacto com o chão duro e cheio de pedregulhos, poderia dizer que êle era um homem do distinção. Os seus cabelos prateados saiam de dentro de seu velho chapéu e êle andava eretamente. WÊÊ Um outro vestia um macacão de mescla azul e um chapéu de feltro estava enterrado em sua cabeça. Somente isso seria o bastante para RÜÜp; :, identificar aquele cavalheiro que vivia há já uns cinqüenta anos sobre »i»'%í a terra, mas o que realmente confirmava a sua profissão era o seu WÜmÊíL andar pausado e metódico como um homem empurrando um arado. m O terceiro membro, porém, não tinha nenhuma particularidade. Era jovem e alto. A sua expressão parecia clamar justiça contra a iniqüi- dade do mundo. Apesar de jovem, um aspecto de cansaço sombreava a sua face. E é dele que tratamos nesta história. O seu nome é Robert Mitchum. ¦y- yy Quando os três elementos se aproximaram da fronteira, foram bar- rados pelos guardas ali postados, a fim de impedir a entrada na Ca- três tinham motivos lifórnia de malandros e andarilhos. Mas todos 'Í0vyffi/$m0 ¦&%#*• plausíveis para penetrar no Estado. WÊzbÍP '?:#&#¦> O mais idoso e respeitável, explicou que era banqueiro em Nova :.:y>: ÜÉ York. No momento estava sem um banco, mas isso não importava. Desejava passar uma temporada na Califórnia em virtude de seu clima. O mais baixo e de pele bronzeada pelo sol, não poderia ter melhor iWãÊmÊ motivo para transpor as barreiras do Estado. Era um fazendeiro teXano e pretendia observar como se encontrava o mercado de suínos na Ca- lifórnia. O jovem, cujo nome é Robert Mitchum, não se fêz de rogado para expor o seu motivo: — Eu moro nesse pais, — disse êle — c quero dar uma olhadela wm no meu Oceano Pacifico. As razões que cada um externou não poderiam ser mais justas. Mas não no entender dos policiais. Estes trocaram olhares de mofa, me- nearam a cabeça e ordenaram aos três estranhos tipos da galeria hu- mana que voltassem pelo mesmo caminho por onde haviam caminhdo. Sem palavras (palavra nunca teve mais autoridade do que a polícia), os três viraram as costas aos guardas e se embrenharam no deserto. Depois de haver caminhado por mais ou menos uma milha, pa- raram e fizeram um fogo, em preparação para a noite fria que já avançava. Deitaram-se na areia, descansando a cabeça nas harmoniosas dunas e talvez cada um tenha pensado a mesma coisa. Embora agora não tivessem coisa alguma, quem seria capaz de afirmar que não con- seguiriam se houvessem podido entrar no. Estado dos laranjais? E' no lar aue Robert Mitchnm mostra a sua verdadeira personalidade. homem mistério dos filmes é, n» realidade, um pai extremoso. Os dois homens já estavam com cabelos encaneados e já se haviam O acostumado aos golpes traiçoeiros do destino. O rapaz ainda era jovem, embora os seus pés já o houvessem transportado às mais diversas para- gens e os seus olhos presenciado quadros que ficariam para sempre gravados em sua mente, ainda não aprendera da vida como saber su- portar os embates de uma força desconhecida. Para o resto de seus dias ficou no espírito de Robert Mitchum o estigma daquele adverso Natal. Um fato incompreendido sobre Robert Mitchum é que êle não é um homem duro. Um homem desta espécie não tem coração e êle teve a in- ¦ felicidade de ter aberto os olhos para o mundo com o dom natural da :¦:."¦-.. I compreensão. Alguns anos passados desde este reticente acontecimento, Wmâ Robert Mitchum entrou num bar decidido a se embriagar. Já tomara os primeiros goles da garrafa em sua frente, quando uma,moça se juntou -y-yymm a êle. Pouco depois, a garrafa já se encontrava quase vazia e Bob já ¦ y--yyyyyyyy ¦¦¦ ¦;¦ ¦.¦¦¦¦¦¦¦" ¦ ymyyyi começava a perder os sentidos. A moça notou isso e percebeu que êle - •• •^^^kmmmWmm^Êy::y^^^m^t ' já se encontrava em situação de suportar um pequeno roubo. Pôs a ., : y ¦MMIIfc Tifll''' T' mão em seu bolso para lhe tirar o maço de notas amassado que êle botara ali. Mas, ela estava enganada, pois êle notou isso e, com pulsos de ferro, segurou as suas mãos. A mocinha arregalou os olhos amedron- tadamente e a sua boca se abriu para uma súplica. Mitchum continuou sem dizer palavra. Meteu a mão em seu bolso e tirou todo o dinheiro e pôs na mão da moça, mandando que se retirasse com um olhar. Êle não nutre simpatia alguma ladrões, mas tinha em si o dom que o por ¦ ~- fazia compreender por que uma moça como aquela roubava. , 1 ¦¦-¦_<*í#$BÈÈammmm¥||S Hoje, Mitchum é um homem de caráter. Logrou vencer todas as ten- tações que ante êle se apresentavam. Com uma única exceção. Todos ainda se recordam de que há pouco mais de um ano êle foi sentenciado a sessenta dias de prisão por ser fumante de maconha. No entanto, o fato que passo a narrar talvez seja desconhecido de muitos. Mitchum é um negociante nato e sempre soube fazer uso desta qua- lidade. Honestamente, tem conseguido até a presente data manter a sua moral intacta em negócios, principalmente em virtude de sua sin- ceridade. Quando iniciava a sua carreira, como todo principiante, em qualquer profissão e em qualquer quadrante do universo, também foi explorado. Depois de terminar alguns filmes e quando o seu nome e a sua figura começaram a atrair freqüentadores aos cinemas, Mitchum compreendeu que era chegada a hora quando os magnatas deveriam tomar conheci- mento da idéia de que êle merecia ser pago de acordo com as suas pos- sibilidades. Assim, apanhando as receitas de seus filmes, dirigiu-se aos escritórios dos magnatas e apresentou as cifras. Quando os homens terminavam de passar uma vista no papel, êle demandava um ordenado justo ou voltaria a Long Beach e às caminhadas sem rumo através do pais. Quando surgiu o caso da maconha, Mitchum acabava de iniciar um filme. Nesta película já haviam sido investidos trezentos mil dólares e os magnatas se impacientaram quanto ao destino do astro à medida que o dia do julgamento se aproximava. Um dia antes de Mitchum ser levado ao Trihunal eles se reuniram. Logo oue deixou a prisão, Bob Mitchum voltou ao lar d» cabeça erguida (Cont. na pág. 24) Cometera um ftrro e nfto se envergonhara ao t*r d© papa-lo....

A CENA MTJDA — 15-3-51 — Pág. 5

-.' s, -.; .- ¦ .. ,t.\ o desenho animado uma Lotte Reinigher Koch e B. Bartosh SERÁ«arte menor»? Alguns afirmam fazem «misérias»! Da Áustria sur- que sim. Outros se atrevem a dizer gem para o mundo Ladislau Tus- que o desenho animado não é «cl- zynsky e Peter Eng; e o desenho nema». Esta tese deriva essencial- cada vez mais criava personalidade mente da posição formalística do como gênero cinematográfico de im- «cinema puro» e, em última aná- portância. Disney foi a grande re- lise, da «teoria de montage». Mas velação criando o «Camondongo não será isto uma contradição? Há Mickey», «Horácio Cavalinho», a ou não há montagem no desenho? «Vaca Arabela», o «Pateta», «Pluto» Os silogistas-tomistas aristotélicos e mais tarde o popular «Pato Do- usam de um sofisma para constatar nald», «Zé Carioca» e o «Galo Pan- que o desenho não é «cinema». Apa- :hito». Muito popular durante muito rentemente a teoria da montagem tempo foi a vampirosa Betty Boop, nega o desenho animado mas a his- de Fleischer, até que a Censura tória do cinema afirma o valor, a proibiu! E, naturalmente, o ainda força e a importância do desenho hoje conhecido e admirado Popeye. no desenvolvimento estético da Séti- Max Schlesinger dirigiu e vem rea- ma Arte. Logo, o desenho é arte e lizando desde aquela época as Lou- é cinema! ney Tunes Cartoons e Merry Me- A arte não é um fato abstrato, lodies, alguns dos quais nem eram mas um fato concreto, fruto de inteligentes, nem agradáveis. Estes uma atividade humana no quadro os grandes desenhos comerciais dos bem determinado das condições estúdios de Hollywood, em muitos históricas, econômicas e políticas. dos quais encontrávamos motivos Partindo dessa teoria chegamos à artísticos bem realizados. Tá? conclusão de que não existem artes Ainda no pré-guerra e durante, a maiores ou menores, e de que o Alemanha nos deu obras inconfun- desenho-animado é um dos aspec- díveis de Franz Masereel, B. Bar- tos da arte cinematográfica. In- tosch, Hans Richter (um dos maio- teressa? res pintores do mundo), Lore Bier- O desenho-animado nasceu com o ling, etc. Oscar Fischinger notabi próprio cinema. Explora o absurdo lizou-se nessa época com algumas como explora o real. Emile Cohl contribuições inestimáveis como foi o primeiro grande realizador aquela «Komposition in Blau», co- de desenhos-animados do mundo. lorida. Outros autores dignos de ei- Entre 1906 e 1912 produziu uma in- tação: Hans Held, Kurt Storden. finidade de películas sobre os mais Tá? variados temas e, levando-se em Na União Soviética também pro- conta a pobreza técnica com que grediu o desenho, sobretudo no contava, conseguiu ser de fato um que se refere ao conteúdo, sem que pioneiro atrevido, um fulano que a forma, por sua vez, estagnasse. pensava e concretizava coisas do Lucilla Cramer, Alexandre Ptchou- arco-da-velha na película. Outros co, Sarah Mokhil, A. Vanitchquirie, grandes pioneiros foram Windsor J. Solut, F. Crasni, P. Sasonoff, A McGay (autor de «Gertie, o Dino- Evmenenco, V. G. Souteef, V. e S. sáurio»), americano; Julius Pins- Bronmberg e Atamoff foram ai- chewer, alemão, que fabricou em guns dos realizadores mais prolí- 1911 os primeiros desenhos germâ- ficos da época. nicos; Earls Huurd; e o austra- Da França os desenhistas-anima- liano Pat Sullivan, autor do famoso dores mais notáveis foram: Hector Gato Felix. A arte cinematográfica Hoppin, Antony Gross, Alain de progredia e, simultaneamente o de- Saint-Ogan, Alex Alexeiff, Claire senho-animado, gênero essencial- Parker, Paul Grimault Da Itália, mente cinematográfico. Na era dos Fernando Cerchio, Gino Parenti, 1920 (década 20-30) apareceram Paul Goghi Faggioni, Sgrilli, Antônio Terry. Mas Fleischer, Iwerks e Rubino e Cario e Vittorio Cossio de- Walt Disney, nos Estados Unidos, vem ser mencionados como criado- todos autores ainda hoje bastante res que não alcançaram um nível populares mas positivamente deca- «cinematográfico» elevado em suas dentes; na Europa revelaram-se composições. Na Dinamarca Allan Bergdahl, dinamarquês; Bud Fish- Johnsen; na Holanda Wilva de JCiss er, inglês, criador dos célebres e Ruth Constantin têm feito expe- «Mutt & Jeff»; o russo Khodataev riências interessantes. Tá? mWêàmtê1.^^,ll,u"."'.''' e o sueco Jacobson. Na Alemanha (Cont. na pág. 26)

I - ¦¦' Sua Majestade, o Maior: Bugs Bunny e a respectiva cenoura. Walt Diney dos bons tempos: Mickey Mouso

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- " -¦•'" ;'' DESENHO ANIMADO -%;. PRA CABEÇA!

DE EMILE GOHL AOS MODERNOS AUTORES TCHECOS * DISNEY, ASCENÇÃO E QUEDA • i OS EXPERIMENTOS DE McLAREN E IORGEN ROOTS • DESENHO EM TODO O MUNDO • ARTE NACIONAL E ARTE COSMOPOLITA • PARA GENTE DE QUALQUER IDADE SALVYANO CAVALCANTI DE PAIVA ¦:.;. Especial para A CENA

— A CEJNA MUDA — 15-3-51 Pág. 6 ,Pateta: a arte da defesa própria, de Disney11

Os «astros» do momento: Tom e o inseparável Jerry.. Disney na decadência: Donald e o aracuã.

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Atrevimentos em longa-metragem: «A Gata Borralheira» O rato Timóteo, personagem disneyano de «»

A CENA MUDA — 15-3-51 — Pág. 7 CINE^^^¦^¦^^¦iB>^>BaBBBHiK^BBBBBaBBBmmãmmmmmm>«MBBB«ã«BnBm«BaBBBBmmm«HB>>m^B>mm«BaB^ ROMANCE

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onze meses — bem, em e até mesmo continuou ção deste mento para outro, era espessa pela Quando ela entrou, Billy ficou verdade, onze meses e três jeito a família chegou ao intensidade da EM quando emoção que sentia. olhando para um vácuo e mur- semanas sem importância — antiquado hotel onde e ma- —¦ Puxa papai ! Você parece... marnvi- murou como se falasse si Patti Robinson seria para uma moça de mãe foram imediatamente rodea- lhosa... mesmo: dezoito anos de idade. dos por alegres amigos, dando-lhes Patti sorriu-lhe irônica fria- —- e Puxa, no verão passado ela No entanto, pensou ela indig- as boas-vindas. mente, certa de que aquele sorriso bem que era do barulho. O nada, a sua família ainda a tra- Melba, balançando que os braços es- já era bastante expressivo. E aconteceu a ela, afinal? tava como se fosse uma acenava pequena palhafatosamente, para quando êle lhe rogou para passea- —- Idade! — Melba lhe infor- de catorze anos, como a sua irmã Billy Finlay, o garoto rem depois do — por quem juntos jantar, a mou. Ela pensa que tem dezoito Melba. Como mamãe ainda a fa- estava apaixonada, e êle, por sua sua vista se baixou significativa- anos e sabe você zia usar aqueles terríveis que só tem de- vestidos vez, estava apaixonado por Patti. mente para as suas calças curtas. zesseis. juvenis quando ela já tinha quase Esta, no entanto, o de ²Lamento, Billy, já pusera mas tenho um Mais tarde, quando Melba e Patti dezoito anos de idade, era outro lado êle ter somente compromisso por dezesseis importante. desarrumavam as malas, alguém motivo a tornar enraivecida. anos ²Tão — para e ser uma criança. cedo? protestou Billy, bateu à Patti — porta e atirou os Agora, como em todas as férias do Billy Finlay! — gritou Melba. caindo das nuvens. Então, com- braços em torno da mocinha que papai, a família se ia locomover — Êle cresceu um — ela pé! pa- preendendo para onde ela olhava, entrou, gritando excitadamente: - Kissa-mee-in-the-Catskills, um recia para tão orgulhosa como se fosse acrescentou, deculpando-se: — Que "Valerie". lugar onde nada de interessante responsável pessoalmente por esse posso fazer se meu pai ainda não — Como você está mudada! -¦¦ acontecia e os homens eram sem- crescimento. me deixa usar calças compridas exclamou ela, admirando Patti. -- os mesmos... Ignorando pre a apaixonada Melba, por mais um ano? Puxa, você está bonita! Durante toda a viagem no bote, êle cumprimentou Patti, ²Os e sua voz, pais são tão pueris... — Patti disse alegremente, contente W~ Patti ainda mantinha estampado beirando os limites de mudança, comiserou Patti, com uma doçura com os elogios de suo amiga de na face ar de insatisfa- ameaçava o mesmo passar a fina de um mo- adulta.* dezoito anos :

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²Acompanhamos a sua excur- seu respeito? Ora, eu era multo são pelos jornais. mais bonito tinha a idade : y'. - quando r— Oh, aquilo... respondeu Título dele, não era? — original: Valerie casualnientc. Depois de O sorriso de mamãe era deli- se estar no palco desde que se "TWO ciosamente jovem. tem seis anos, uma excursão é npe- WEEKS WITH LOVE" ²Sim, querido. Muito mais! nas como outra qualquer. Numa ²Mas I voz baixa e sufocada, Patti com John Barrymore? K L JE N C O : pediu: —• Êle foi bastante camarada. ²Querem — dar-me um instante? Não cia admitiu reluntantemen- Patti Bobinson JAN POWELL Quando ela se levantou e le, não conlrace-nara — pas- com êle. Demi Armendez RICAEDO MONTALBÀN sou pela mesa dos Armendez, deu Morro no prólogo. Papai Bobinson LOUIS CALHEBN um esbarrão no garçâo, entornan- Melba perguntou inocentemente: Mamãe Bobinson ANN HABDING ²Algum do a tapioca na mesa do rapaz, dos espectadores lhe dó Mr. Fínlay CLINTON SUNDBEBG sujando o seu terno imaculada- um tiro? Melba Bobinson DEBBIE BEYNOLDS mente limpo. Valerie disse insinuànteménte: Billy Finlay CABLETON ²Tenho CAPENTEB Saiu praticamente correndo jda muito para lhe con- Valerie Stresemann PHILLYS KIBK sala, a face lívida de humilhação. tar, mas temos de esperar até que McCormick Bobinson GABY GBAY E tudo o que ela desejava no mim- não estejam aqui grandes ouvi Enrico Bobinson TOMMY BETTIG do era continuar correndo até dos... ¦— Melba que ignorando a in- o povo do hotel houvesse ficado sinuação, continuou calmamente Uma produção da Metro-Goldwyn-Mayer — Produção de Jack perdido na distância. desarrumando as malas. — Mamãe Cummings — Direção de Boy Bowland — Cenário de John E' claro que ela não podia fazer ainda está Seja boazinha jogando. Larkin e Dorothy Kinslay — Baseado numa histótria de isso, mas podia muito bem escon- e me amarre. John Larkin. der-se onde não tivesse de vi r Deixando cair o "Valerie seu quimono aquele tal de Demi Armendez e florido, revelou um fino a sua arrogância. Se havia um !u- casaco e um espartilho que ar- gar onde estava certa de que êle rançou um grito de admiração de não viria era o salão, onde as Patti: — "E' lindol" de sra. Armendez,, de Cuba — deria tocá-la com suas mãos. Quase crianças da idade de Billy e de Mudando de assunto rápida- Valerie disse desdenhosamente. Um não podia engolir. Nenhuma Melba se juntavam em volta do mente, Patti per- perguntou- se havia olhar calculista espraiara-se por da de apetite, contudo, perturbava piano. Deprimida, Patti ficou es- alguma cara nova hotel. pelo seus olhos e ela anunciou, já sain • Melba, que se servia generosa- perando-os. — ²Nem uma alma — deplorou do do quarto: Não devo deixar mente dos pratos que Billy, obri-. Ali, mais tarde, recebeu uma vi- Valerie. — Falam de uma escas- mamãe esperando por mim. Obri- gado a trabalhar durante as re- sita de Valerie, que lhe disse: sez de homens — ela sorriu adul- gado por me amarrar, querida. feições, lhe passava. ²Você é uma pobre criatura! lamente pueril e acrescentou: — Quando ela tinha saído, Melba Não que êle a estivesse noíando. Que impressão você deu! olhou curiosamente Mas isso não é tão terrível para para o rosto Muito ao contrário, sussurrava para Patti concordou dolorosamente. você, que ainda não está nem mes- de sua irmã: Patti: ²Não foi terrível? Nunca mais ino no mais velho. ²O que você vai usar? ²Quer nadar amanhã comigo? poderei olhar de frente nova- grupo ²Não — ²Tenho quase dezoito anos I sei respondeu Patti Patti abanou-se com o seu leque. mente. retrucou Patti indignada: friamente. Que diferença fazia se ²Sinceramente, não sei dizer. ²Se eu fosse você ficaria longe Mas Melba seria acurada. escolhesse qualquer um de seus ²Eu posso ir! ¦— exclamou vi- de seu caminho. Êle parecia bas- r— Sim, dentro de onze meses. vestidos juvenis, pomo se tal ho- vãmente Melba. tante aborrecido. mem do mundo a notasse dentro de ²Você Valerie docemente aderiu: Mas, como todos os hóspedes no já foi apresentada? um deles 1 ²Naturalmente. ¦—¦ Sei como você se sente, que- qualquer recinto, Billy estava olhando Êle pediu para Mas, ela com súbita de- para rida. Mas, dezessete anos não tor- pensqu a onde, finalmente, a sra. ser apresentado a mim. Foi bas- terminação, com espartilhos porta, na uma pessoa adulta. Não é ra- ou Armendez e o seu simpático filhe tante adulto. Bonitas maneiras! não, ela o encontraria de um modo zoável. Quando você estiver no apareceram, caminhando em dire- Um cavalheiro! qualquer! Mas, Patti não a estava es- grupo mais velho compreenderá ção à mesa próxima aos Robin- isto... Muito antes do jantar, quase todo sons. cutando. Mais uma vez era avas- ¦—¦ Se você me perguntar, — res- o mundo no hotel já sabia que o —• Patti, cala essa boca, menina salada pela terrível obsessão de mungou Melba — muita gente o que seu nome era Demi Armendez e ²reprovou a sra. Robinson. En- fugir. Pois, imaculadamente, vestin- outro tem verdadeiramente é medo de que se encontrava no país a fim tão, quando Patti começou a ba- do palito, Demi entrava no concorrência. de representar os vastos interês- lançar febrilmente o seu leque: — salão, procurando alguém, isto é, Valerie, é claro, concluiu Patti, e Neste instante, a buzina fanhosa ses de seu pai na indústria. Viera Cuidado, você está jogando miga- de um carro atraiu as três moci- a Catskills apenas para visitar a lhas nas calças de seu por uma porta se esgueirou para pai. a varanda. nhas à janela. Os carros eram sua mãe. ²Afinal, o que é que ela tem? uma novidade naquele tempo e ²indagou Quando finalmente os hóspedes finalmente o sr. Ro- Mas êle continuou seguindo-a, em frente ao hotel quando parou se juntaram na sala, notava-se ter binson. gritando por seu nome e dizendo já os hóspedes estavam todos na Em sua voz clara e alta, Melba a andava todo - havido maior apuro no vestir-se que procurando por porta. o Valerie ¦— Patti ob- explicou: lugar. para jantar. ²E' —- Um homem saiu de trás do servou — estava sedutora com a aquele novo cubano... ai.' Por... mim...? — logrou volante, removou os seus óculos. sua blusa de rendas, deixando ver (esse ai foi devido a um belis- pronunciar Patti. Naquele instante, todas as hós- de seu níveo colo, inspirando cão...) . ²Em todos os lugares! Mas você parte — pedes perderam o interesse no o interesse de qualquer homem. Papai indagou com sua voz es- havia desaparecido! tirou o carro, pois êle era jovem — talvez Que maravilha era o seu cabelo tentórica: leque de Patti de dentro de seu pa- litó. — com uns vinte e cinco anos — ondeado, elaboradamente posto ²Que novo cubano? Queria devolver isto, c com umas feições morenas bastan- cima! E, embora estivesse vi- ²Papai, — era de- para reassegurá-la em virtude o para por favor! — te simpáticas e um aspecto de ho- vãmente entregue a uma alegre pa- sesperado o sussurro de Patti. — pequeno acidente. . . êle se re- mem do mundo. lestra com sua mãe, o seu olhar Êle está logo atrás de você. cusou escutar as suas desculpas — Patti quase gritou: pairava na mesa dos Armendez, Para aumentar o seu desespero. gaguejadas. Foi culpa minha. A sua maneira, —- Quem você acha que sejo ainda desocupada. papai olhou para trás e examinou o seu sorriso êle? U'a mesa tão próxima da dos o rapaz de alto a baixo. amigável, imediatamente transfor- ²Deve ser parente daquela tal Robinson que, se o quisesse, po- ²Que 6 tão extraordinário ;i (Cont. na pág. 27)

A CENA MUDA — 15-3-51 — Pág. 9 ^^¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦PlfllPBI*^^^^^"¦¦' ¦¦¦¦ ¦ ¦•¦¦¦¦¦• J -• - • ‡1M4jjpJUHPMPIWP ¦:-';-" Bff~**: '_¦.*¦ ' ¦ *;^' ¦, " ¦ " ¦' * •' ¦¦¦.,¦¦:¦»¦-¦¦ ¦•¦ ¦¦-*¦;-¦-*..¦' ""¦'..'"'. **' ¦*.*'"' ' '^.'.-". * * "^ *.' ~ Y-" *. ~. L * * ' ¦ ••''" • ****** ' * ¦ ",*¦ ¦_ '." '"^K^••¦'"¦' ;•¦¦- _ * .."- - ** / • *•*,*•-." .-¦'' ;v . : ^ ¦ ^ : æ¦ i'' v *¦-- V'-' ¦¦¦'-l *"*5r ¦ - - T ¦C-"*LV ~" ¦-. .V*^ :¦/¦-?*"-* ^. ,- -. ,:fc*

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'¦"*¦B ^B BiillilllPiiB ^^yM^^^^^^^mmtmm^^^W UWÈÊmm^ál ¦¦í__j:l_'' —^^^^^^^^^K"*"^^^^^^^^MJ^g: i MIGUEIS ¦HBV ^^^^^^^^ ARMANDO CONFISSÃO CONVERSA FIADA 'E' isso mesmo. Não existem fronteiras para o rádio. Êle tanto fura cordões de isola- do Arranca informações tex- mento, como faz madrugar os graudos governo. ^^^^^^^^^^^^^^bJL^J-WLm^Ê^M^M^Aí *mmm*ér^^^mk V^^| Blfl iB^ttl Belinda da e, fantasma, aparece onde nem sempre é tuais de qualquer política qual %m#MM^m8m\m\%y*''¦mi:Èm aguardado. Ânsia de não perder oportunidade. Sede de furo. Vontade de mostrar ao ci- '¦*fHp*-¦ '•Btí-' dadão deste século que, à esta altura, êle já avançou outro. Em matéria de reportagem, ¦K^^Jf^^':^' •'Í>*^^^B ação e audácia. Assim, tem acontecido nos grandes momentos. flWÊkmmiiSá^m^mmMmK^'' sobra-lhes dinamismo, lilllififlBB ¦¦§*BB a avalanche de visitantes ilustres. Espalhou a palavra m^ Mwmmv ^-*j? m\ m Êle esteve em Itu, acompanhando WÊ%- '^B^mm\fU **^"***^B mm WW y%%' WW- Vargas, alimentando esperanças e quebrando ambições. Compareceu às solenidades de posse -"^mWm\r^B do presidente eleito, dando em primeira mão os nomes das personalidades escolhidas para a formação do ministério. Vibrou com os acontecimentos carnavalescos, saindo à rua ^L\:m\ seus para compartilhar do entusiasmo reinante entre os foliões. Pôs em campo profis- sionais, quando do acidente do bondinho do Pão de Açúcar. Dele, por sinal, partiram me- informando ao Brasil inteirinho dos momen- •Be ¦- didas de colaboração. Ajudou no que pôde, tos vividos pelos dezoito passageiros do carro acidentado. Não faltou, ainda, quando o fo- estava, coladinho com go ameaçava lamber todo um quarteirão da Avenida Rio Branco. Ali OSWALDO GOTJVÊA Dona Felicidade foi feliz os, uombeiros, fornecendo detalhes da luta entre o fogo e a água. Esticando seus fios, e arrefecendo o deses- quais poderosas artérias, êle ia. tranqüilizando espíritos inquietos OSWALDO GOUVÊA, PRESENTE- pêro dos que sofreram as conseqüências do incêndio. MENTE, TRABALHA NA RÁDIO O rádio, nos dias que correm, vive no meio da massa. Libertou-se, em parte, do noti- CLUBE DO BRASIL. • AUTOR DE ter a ciário telegráfico. Quer ver de perto e sentir o fato, a fim de que o ouvinte possa VÁRIAS NOVELAS E DE INÚME- RESPONDE, impressão exata do que está acontecendo. Para tanto, reúne os bigs da reportagem. Pes- ROS PROGRAMAS, "MOVI- Âs vezes, AGORA, PELO ÊXITO DE soai que vive farejando acontecimentos para narrar ao público. participando da reporta- MENTO ESCOLAR", UMA DIVUL- dos fatos, sofrem-lhes as conseqüências. Raul Brunini, por exemplo, quando DO ENSINO, leito do Pronto Socorro. E' que GAÇÃO DE COISAS gem sobre o desastre ferroviário do Méier, acabou num COM CONSELHOS PEDAGÓGICOS o imprevisto o aguardava. Porém, apezar do seu padecimento físico, estava satisfeito em PARA ALUNOS, PROFESSORES E Brunini, ter cumprido a missão que lhe fora confiada, qual seja a de bem informar. Como PAIS. * É DE OSWALDO GOUVÊA nem desanima diante das dificuldades. ..;•': a maioria de «rádio-repórteres» não olha o perigo, A CONFISSÃO QUE SE SEGUE: a Forjados no cadinho da luta, eles, cada vez mais, empenham-se para dar ao ouvinte, reside o notícia em primeira mão do que vai pela face da terra. E' nesse trabalho que — Não sei mesmo por que e como re- escrever novelas o rádio. Eu das reportagens radiofônicas. solvi para êxito nunca pensara que um dia pudesse vir a escrever, aliás, para o rádio em geral. Vivia de minha carreira jornalística e nos meus momentos de devaneio fazia êsse motivo, empreendeu a viagem de volta, a os meus versos — êsses mesmos versos notícias, somente fim de reassumir seu posto na B.B.C Enquan- que todos os homens fazem, quando Sete to isso, Murilo de Carvalho mostra seu desa- ainda podem sonhar. •k Zilah Fonseca, de intérprete de nossos rít- grado pela famosa emissora britânica, afirman- Um dia, porém, a Rádio Mayrink"Tea- mos passou a rádio atriz, estrelando do não mais desejar permanecer como comenta- Veiga abriu um concurso para seu 4».'. populares o elenco da Tamoio. Agora, convidada para in- rista de bali et. *• Guilherme Manes substituiu tro Pelos Ares", de que eu era um gran- tegrar o novo «cast» mayrinquiano, ei-la assi- a Matos Peixoto na direção da Rádio Mauá. de apreciador. Paulo Magalhães escre- nando contrato como cantora. Sua experiência Desfizeram-se, dessa maneira, os boatos desen- veu um primeiro ato de uma peça. Os no teatro-cego, ao que tudo indica, não lhe contrados sobre a escola do novo diretor da candidatos escreveriam o primeiro e se- trouxe grandes louros. Daí, o retorno ao sam- PRH-8. Alguns, até à última hora, acredita- gundo atos, concorrendo a dois prêmios. Madame Osvaldo Luís volta a cantar, gê- vam na nomeação de Dilo Guardiã que, na ges- Eu andava em sérias aperturas na- ba. concorrer. A nero em que obteve cartaz. Jc Depois daquela tão Honório Monteiro, desempenhou importan- queles tempos e "Donaresolvi história de «vai, não vai», Carmélia Alves aca- te cargo no gabinete do ministro. Agora, com peça chamava-se Felicidade". Foi bou indo para a Rádio Nacional. Isto, quando Guilherme Manes, vamos esperar novidades. meu primeiro trabalho radiofônico, o Gilberto Martins empenha-se na seleção dos -* O caso Dalva-Herivelto, como era esperado, terceiro ato da peça, que foi premiado áureos elementos para o microfone PRA-9. E' redundou num despacho do Juiz da Quarta Va- e me deu, também, a oportunidade de mais na Família, mandando recolher os filhos do trabalhar como redator da PRA-9. E que a popular estrela acredita possibi- ra de — PRE-8 do que no ressurgimento da casal a um estabelecimento de ensino. Termi- mais que isso a felicidade de ter sido lidade da aquele velho veterana Mayrink Veiga... * Antônio Maria, na, assim, a primeira parte desse rumuroso dra- amigo de Plácido Ferreira, da Tupi, voltou a responder pela ma, cujos personagens são figuras populares em sempre jovem, que me animou, encora- big produtor o difícil ingresso no rd- confecção do notável «Vamos dar um giro». nosso rádio. * Anselmo Domingos iniciou, jando-me para a escrever novo programa. quando à frente da direção da Tamoio, as no- dio. Além disso, passou A novela escrevi não Título: «Minha vida é assim» Dorival Caími velas religiosas. Mais tarde, novos produtores primeira que foi cartaz. A assinatura de Antônio surgiram para explorar o gênero, recolhendo- para a Mayrink. Teófilo de Barros Fi- participa desse lho dirigia a Tupi e certa Maria, porém, basta para que o recomendemos se Anselmo Domingos. Agora, porém, convida- perguntou-me, A.B.C.R. vez, se eu transpor o sem- aos ouvintes. * Maria Helena de Carvalho pre- do por Vitor Costa, o presidente da queria "Viagenspara fe PRE-8 és- fio, em capítulos, as Maravi- feriu Londres a,Belo Horizonte, embora o ma- passará a produzir para o elenco da no Ramos seja o maioral da Inconfidência. Por se estilo de novela#. (Cont. na pág. 26")

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mwÊmW^:0:Wwm jS^mmmf» 1 W»¦ ^^WaWSSm^mM^ • I ¦ I ¦'iJlXÊKmmmmmmf l'i'!l .^V^Àl H/jS/'"lI^S mmW''tíuV DE QUINTA A QUARTA-FEIRA *¦/¦/;¦jt:tii uÊm m9 æ' .'^'r nftP?MM?tf/ffjjff'g2Í^pM mws-flS'!'

TÍTULO EMISSOBA DIAS — HOBABIOS

RADIO TEATRO LÍRICO Quintas feiras, às Rádio Roquetè Pinto 21,05 VAMOS DAR UM GIRO Sextas-feiras, às Rádio Tupi 22,0(1 NÃO ESTAMOS SÓS Sábados, às Rádio Nacional 21,05 PROGRAMAS JÓIAS MUSICAIS Domingos, às Rádio Globo 23,00 m-mWÊL 'JWbÍlJyÊm..... mmmyjmLyÊÊ'MÊmmm^^^m^^^^^^^Êdl GALHO DE URTIGA Segundas-feiras, às Rádio Mayrink Veiga 18,45 CABMELIA ALVES acabou indo... FRANÇA ETERNA Terças-feiras, às Rádio Ministério 21,30 ^mWPm^m^Ê\m?MWmtM^mm&lmm&^-'m&s. - MÚSICA PARA MILHÕES Quartas-feiras, às *tM¥tMmm\WmMmrtí?wÊTlmwm^^^^^^mnmai^a^aamm^imlÊmmmmmammmaa\mtmÍ^m Emissora Continental 21,30 T&m\?'f'\tt\'£'v'' ^^^*^*^^^^í'^^¦RPwm £m^nS8£MLW3t:'~- Tff^ff^fiJrMni^ffP^ ^Ê m\

O ENSAIO COMEÇA ÀS QUATRO Terças, quintas e sábados, Rádio Mayrink Veiga às 12,30

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O DIREITO DE NASCER Segundas, quartas e sextas, NOVELAS Rádio Nacional às 20,00

SOLIDÃO Segundas, quartas e sextas Rádio Globo às 14,30

DALVA DE OLIVEIBA era uma vez dois meninos BIOGRAFIA SINTÉTICA Lúcia Delor: Sílvia Autuori: Graziela Sahirno: FORA DA ONDA Carmelia Alves; Lourdinha Bitencouil; Linda José Antônio, ali por volta de 192.'-!. viu seu Batista. nome figurar na fachada do Teatro Nacional de São Carlos, como participante da lírica oficial. COM VISTAS Â CENTRAI. DO BRASH. Cantou, então, as óperas «Werther», «Bodas de O elemento feminino, por exemplo, é grande. Fígaro», «Vida Breve», «Entre Giestas» e «Ser- Eis uma pequena parcela: Dalva de Oliveira, Em seu número de março-abril, o boletim d'A rana», sendo que as duas últimas de autores hoje «Rainha do Rádio»: Zilah Fonseca, intér- Voz da América, publica uma notícia que bem interessar portugueses. Levado pelo sucesso, não tardou prete dos ritmos populares; Sagramor de Seu- pode aos diretores da nossa princi- a ingressai- na Emissora Nacional de Lisboa, na vero, reeleita para o legislativo carioca: Dir- pai ferrovia, ora sofrendo freqüentes acidentes. Ei-la: Os qual foi eleito, através de severo plebiscito, o cinha Batista; Neusa Maria; Marlene; Lúcia maquinistas que transitam em trens melhor artista de 1947. Em 1950 coube-lhe, ain- Helena; Lú Mariyal, agora trabalhando em rá- a grandes velocidades terão breve a proteçãt de um "sinaleiro da. o prêmio de popularidade em Lodo o terri- dió-teatro; Maravilha Rodrigues: Tina Vita: de rádio contra desastres, se as estradas tório português. adotarem essa nova invenção. José Antônio, que ora nos visita, alia. a mú- O departamento de patentes dos Estados Uni- sica erudita à música popular, interpretando-as dos conferiu há pouco uma carta de invenção a de maneira agradável. Desse modo, em seu re- Paul N. Brannarh, de Duquense. Estado chi Pensilvânia, concernente pertório figuram páginas como «Paixão Segun- a úm aparelho de rá- do São João», cie Bach; «Estações», de Haendel dio de alta freqüência que serve para avisar um e tantas outras composições. Também a música maquinista se há algum trem à frente do seu. e, se houver, folclórica e popular do velho Portugal encon- a que distância se acha. tram-se na bagagem do jovem artista que, pre- Esse invento virá substituir o sistema de se- sentemente, canta para os brasileiros. gurança ferroviário agora em uso. pelo qual a O tenor português, fora da atividade artísti- linha é dividida em «blocos», havendo sinais ea, é terceiroauista de eletro-técniea do Insti- luminosos para avisar a aproximação de outro tuto Superior Técnico de Lisboa. trem. O aparelho de Mr. Brennam emite em «eco» ' ELAS NASCERAM EM S. PAULO -; automático de rádio de um trem para outro. FjmVmm Na cabine do maquinista. um indicador traduz São Paulo, indiscutivelmente, é o maior abas- JL/L o tempo requerido para o éco retornar de uma tecedor cio «broadeasting» carioca. Contam-se dada distância, sendo o resultado lido num mos- JOSÉ ANTÔNIO as dezenas os que nasceram na terra da garoa. estuda eletro-téoniea trador».

A CENA MUDA — 15-3-51 Pá? 11 mmmmmmmmmmmm. ¦i^ii-f-.-v--;^.* «¦*>¦>.'*:¦ C:Wd"WSrpíÜ*

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Buenos — Aires, fevereiro. Ao Io ano de 20 em que Buenos Ai- travam nos cinemas dez ou iniciar-se por este século, Buenos Ai- res só quer teatro nacional e em vinte centavos, igualmente se ofe- res, que" mantinha ainda as tra- que quase todos os palcos porte- reciam pelo mesmo preço funções dições de Grande Aldeia, não era nhos reflexam o êxito do tango teatrais nos salões de subúrbios. '* a cidade universal WM^BK ^kmm^rriPl^mmmmmmM^mWyJ í**^ t TTà\^^^^9^ de 1950, com e os delírios do primeiro após- O cinema argentino surge lá pelo vários milhões de habitantes. Nas guerra (cabarets, champagne, nu- ano de 1910 com toscos filmes sô- artes do espetáculo — teatro e ci- dêz de coristas, paraísos artifi- bre La Pampa e o Gaúcho. — Os nema este meio século na Ar- ciais), até afundar-se e dissolver- progressos do cinema argenti- se gentina caracteriza pelos con- se no caos político-social e inte- no se hajam limitados ao poder trastes e fenômenos mais extra- lectual de 1930 (Data esta em que econômico e alguma técnica. E ordinários. Assim, o desenvolvi- se adverte com evidência o pro- isto é tanto mais evidente — o mento total do país — povoação, gresso econômico do cinema ar- poder em cifras do cinema argen- indústria, comércio, cultura, etc. gentino). Atualmente Buenos Ai- ti;.o — se fizemos uma — compa- é paralelamente igual em gran- res, com mais de quatro milhões ração com métodos, estilo, orga- deza e opulência ao desenvolvi- de habitantes, conta somente com nização econômica e publicitária, mento da cinematografia, porém vinte e seis teatros, ou seja três desde os começos da cinemato- resulta retrógrado e decadente no vezes mais do que em 1900. En- grafia platense. Na hora inicial que respeita ao teatro. A Argen- tretanto, possui 209 cinemas na não existiam estúdios nem em- tina é em 1900 o único país õa capital e 2.184 em todo o país o presas. Logo veio Max Glusks- América — que vê surgir um autên- qual demonstra com o argu- man —, e as pequenas películas tico teatro nacional que apaixona mento decisivo das cifras — que se filmavam integralmente em ex- as masass populares, enquanto hoje o espetáculo realmente po- tèriores, em ranchos e modestas que o cinema não é ainda conhe- pular na Argentina é o cinema e casas. A produção do melhor fil- cido. Por outro lado, no extremo que o teatro passou a ser uma ar- me não chegava a custar dez mil IMPR. 18 ANOS ° COMF? NACIONAL norte do continente se verifica o te para minorias seletas, o qual pesos (20 contos) e os grandes ar- fenômeno contrário: no de 1900 justifica que se intelectualize e tistas que foram Florêncio Par- os Estados Unidos carece de tea- pretenda dramatizar a metapsíqui- ravicini e Orfília Rico — astros tro próprio, porém, o cineiria é já ca e a metafísica, como uma arte máximos do teatro e da incipien- uma arte nacional. O século XX para «novatos». são Quais as te cinematografia argentina de FONE começa 22- 87Q^ na Argentina com o pro- causas, e em que razões se fun- quarenta anos atrás—, poucas vê- digioso florescimento de um tea- dam a decadência atual do teatro zes receberam mil pesos (2 con- rjiUiiijiifcq tro inspirado em heróis, tipos, e a enorme difusão e a preferên- tos) por filme... quando conse- lendas, costumes, idéias e senti- cia das massas populares pelo ci- guiam cobrar. Também é certo mentos autóctones, enquanto que nema? Este complexo problema que os grandes êxitos cinemato- — o cinema como temos dito ¦— se tem debatido já em todos seus gráficos de então davam de lucro — é ainda totalmente ignorado. Nos aspectos social, artístico, eco- diariamente oitenta pesos (150 primeiros anos do século se co- nômico, psicológico, cultural, etc. cruzeiros). Hoje. ao contrário, — o nheceram em Buenos Aires os e seria ocioso renovar, nesta cinema argentino mobiliza cifras primeiros filmes do selo Pathé crônica sua análise. Mas queria- altíssimas em comparação a aque- de Paris, que exibiam peças cô- mos referir-nos apenas sobre dois Ias. Por cada interpretação num micas com o elegante e gracioso ângulos do problema. As massas filme Luís Sandrini, Hugo dei Max Linder e outras curtas, com populares preferem hoje o cine- Garril ou Zully Moreno, cobram QUÊBâ DOS CAKLOS famosos artistas ma, não de cem como Sarah porque este seja mais mil pesos (mais de duzen- Cdlvicie Bernhard. No gênero da produ- fácil de entender, senão porque tos contos). Neste momento se precoce ção teatral argentina as despro- o cinema oferece espetáculos ade- estão filmando obras argentinas porções entre 1900 e o momento quados para cada idade e para ca- cujo custo se acercam aos três iMiM>''->V WEsm atual são impressionantes. Ao co- da nível cultural. Ao cinema co- milhões de pesos (seis milhões de ALEXANDRE meçar o século, Buenos Aires ti- meçamos a ir antes do que a es- cruzeiros). Mas, com freqüência, BELEZA] nha 23 teatros, mas nenhum de- cola: já na primeira infância te- não são os filmes mais caros os ?£m INSUPf RÁVEl dicado a produção nacional. Nos mos adquirido o costume do ci- que mais benefícios produzem. CABEIOSb ii . palcos portenhos se ofereciam com nema, que não abandonamos jà- Temos o caso do filme «Bola de H« Cinqüenta anos preferência obras espanholas. O mais. O cinema do nosso bairro Trapo» (sobre futebol), cuja fil- teatro argentino somente se vira fez as delícias de nossa infância, magem custou duzentos mil pe- livre da influência da península com suas famosas películas poli- sos (400 contos') e chegou a dar em 1901, quando Ezequiel Soria — ciais o de aventuras seriadas, de milhão e meio de ganâncias. E de regresso da Europa, onde estu- terríveis bandidos e arrojados para terminar, em contraste com «cow-bois». dou e assimilou as técnicas e as Ao contrário, só co- os oitenta pesos diários (160 cru- AOS ASSINANTES E orientações da literatura drama- meçamos a ir ao teatro depois da zeiros) que arrecadava antiga- DISTRIBUIDORES DES- tica e as artes cênicas em Madri primeira calça comprida, quando e Paris — organiza com Mariano já nos cremos pessoas sérias e in- mente um cinema, exibindo fil- TA REVISTA Galé o primeiro elenco teatral ar- telectuais. Nem sequer a econo- mes, hoje, somente uma película mia influi seriamente Rogamos indiquem sem- gentino para cultivar exclusiva- na difusão no dia de estréia rende 17 mil mente o repertório nacional. Com atual do cinema. Os cinemas de pesos (34 contos) e na pre, com as suas remessas Ezequiel Soria, o teatro argenti- bairros são agora tão caros como primeira no inicia uma trajetória rutilan- os do centro. E se anos atrás a semana passa a render cento e de dinheiro, nome e ende- te, meteórlca, que culmina lá pe- garotada — com seus pais — en- sessenta mil pesos (320 contos1» rêço certos.

A CENA MUDA — 15-3-51 - Pag 13

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A N TO LO G ¦IIIIMIIil

real: José Augusto Fa- Altura: mais alto do que Mickey ria do Amaral. Assina sem- Rooney e mais baixo do que Gary NOME XII pro Van Jafa. E' natural da Cooper. Cabelos e olhos castanhos. Cidade do Salvador, Bahia com h. Sócio da Associação Brasileira de a 4 de janeiro de 1924. Desceu- Cronistas Cinematográficos e do dência: tradicionalmente compli- VAN JAFA Círculo de Estudos Cinematográ- cada. Segundo o prprio Van Jafa, ficos. concorreram o sou nasci- para usar as mãos somente para co Olivier, John Huston, Orson Acredita sinceramente no cinema para escrever monto: fadas, mágicos e mágicas, e acariciar.. . Wellcs, Viltorio de Sica, Julien Du- nacional. Pratos tudo le- vivier. Não cita o nome espetáculos de circo e um iioueo preferidos: que próprio por Gosta de ver os outros pratica- nha chocolate. Diariamente, toma não ter ainda dirigido nada... de genialidade com raízes plan- "ídolo, rem esportes... grandes goles de chocolate, à tar- Filmoteca escolhida: — só suporta tadas na decadência do Ocidente, "Cidadão De ginástica sueca outras dinha, com convidados ilustres. amante e herói", Kane", é também sem Spengler. Em palavras: "Ladrões "O Ingrid Bergman, que gi- um bom burguês... Tem sangue Bebe rum com chá e toma muitos de Bicicletas", Bou- nástica mental. . . copos de uísque cheios de leite. . . levard do Crime", "Hamlet", "Hen- "A internacional (português por obri-' Colaborou em Tarde", da Não tem de raça: riquo V", "Em "Diário "Vamos gação, francês por parentesco, in- preconceito qualquer parte da Bahia, da Bahia", não criou o mundo. . . Europa", "A Grande Valsa". "A glês por hipismo, holandês muito Ler", Manhã" (suplemento li- "Letras particularmente por uma vaca...). terário c Artes"), A CENA Além de cronista cinematográfico MUDA, "Carioca". Faz comentários é funcionário público, üniversità- de cinema na última revista, atual- rio, cursando a Faculdade. Nacio- mente. "Ronda uai de Direito, poeta com livro Livro publicado: dos publicado, escritor a cinco miiui- leus olhos". A publicar: um ro- tos da Glória, etc., etc, principai- mance ainda sem título e um li- "As mente etc. ... Interessa-se pelo ei- vro de poemas: Mães Terrí- nema desde que o cinema começou veis", em contraposição aos pais a ter interesse por êle. Na literá- de Jean Cocteau. . . lura estrangeira aprecia: Aldous Escuta rádio quando os progra- Huxley (integral), Bernard Shaw mas são inteligentes, o que é bem com restrições, Jean Cocteau com- raro, em sua opinião. Oficialmente ple-ta-men-te, Antoine de St. Exu- ouve a Rádio Ministério da Edu- pery de ponta a ponta, Oscar Wilde cação. para dias de chuva e Shakespearc Dorme sempre tarde, acorda para toda a vida. Do Brasil cs- quando pode. colhe alguns, sempre limitando os Não fuma, a não ser cigarros de que estão fora e os que estão den- chocolate Kopenhagen. . . Não joga. tro do cemitério. Dos de dentro: Atores e atrizes prediletos: Ingrid Machado de Assis, Ruy Barbosa. Bergman, Orson Weiles, Greta Gar- Raul de Leoni, Castro Alves, Olavo ho, Jean-Louis Barrault, Charles Bilac e Euclides da Cunha. !>'>s Chaplin, Laurence Olivier, Katha- de fora: Manuel Bandeira, Adal- rine Hepburn, Lnise Rainer, Bette "Renegado") gisa Nery, Carlos (o Davis, Marlenc Dietrich, Clifton Drummond de Andrade e Vinícius YVebbs, Joan Grawford, Alida Valli. de Moraes. Reside, no centro da cidade, mas Em teatro, gosta de Robert Sher- nunca vai à praia. wood, Patrick Hamilton, Jean Coc-- E' a favor das coisas atômicas, toou, . mas contra a bomba! "ü Adora música clássica, elegendo ANTOLOGIA: que a vida.. seus preferidos Beethoven, Tschai- me neijou" kowiski, Rimski-Korsakov, Rach- Certos filmes atrasam e outros, maninoff, Liszt, Caxaturian (Kha- realizados posteriormente, chegam ehathurian), Wagner, llavel e Mus- primeiro. Os cartazes em inglês sorvsque (Mussorwsky) . "O de que a vida me negou" anun- Limita-se a "ouvir" música po- ciam que estão reunidos os ar tis- pular. . . tas de "Terceiro Homem" num Idiomas que entende, para uso novo sucesso. "0 Terceiro Homem" interno: português, espanhol, fran- é um filme, inglês com Jpseph cês c inglês. Cotten, Valli, Orson Weiles e Tre- Gosta muito de : tem pintura vor Howard muito credenciado por tendências a grandes para pin- onde passou. Os americanos, em tura, é um entusiasta permanente vista do sucesso da dupla român- das artes-plásticas, também pinta, tica, reuniu a belíssima Alida Valli além sete, do cerâmica. Entre os i'. o correto Joscph Cotten num dra- autores Van queridos estão Gogh, ma de uma inconsistência compro-- Botticelli, Gauguin, Portinari, Tho- metedora. Não há nada onde mas Byron, Frederico Bas- por Carlos se lhe Tudo é vazio, e sem tos, Picasso, pegue. Salvador Dali, Mar- expressão. Uma história de uma garet Spence c Hercio Caldas. falta de história que dá pena. O Tem viajado o suficiente tò por artificialismo é tamanho que a di- das as latitudes do sonho, não tem reção- do veterano Robert Steven- complexos de itinerários. Sabe que son nada conseguiu salvar. Sle- um dia irá à lua para fazer o "week-end" venson, que conta com alguns su- por lá, alguém o es- cessos,. desde "Jane Eyre" nada unia pera no espaço, e tem grande mais realizou representasse Marte, que curiosidade pelo planeta uma nota mais digna de sua assi- recusado vários apesar de haver iialura. Argumentos assim com- convites do seu amigo Flash Gor- Organização de SALVYANO CAVALCANTI prometem qualquer diretor. Joseph don trabalhar na Hollywood DE PAIVA para Charge de JAIMESON Cotten nada tem para fazer que marciana. . . não se repelir". Essa italiana me- Na História do Mundo admira: Coisas que detesta: livros mal Religião: educado na católica ro- morável, Valli, beleza e arte con- .Jesus Cristo, Sócrates, Platão (poi escritos, filmes mal feilos, uma mana, acredita em todas as reli- jugadas, empresta a sua formo- Leonardo mulher sura ter revelado Sócrates), sem elegância, um amigo giões desde que sejam para o bem sem oportunidade para seu Henri "O Da Vinci, Alberto Einstein, que não desconfie que êle seja sé- e professa particularmente o cris- talento. que a vida me negou" Bergson, Voltaire, o Pato Dona 1 d rio. tianismo eclético. . . foi apenas uma promessa. Mas, e Jo, um seu particular amigo. Diretores de cinema prediletos: Solteiro, até quando só Deus Alida Valli. . ." Van Jafa tem calma suficiente Mareei Carne, Sam Wood, Lauren- sabe.. . ("Carioca", 15 - fevereiro - 1951) Ú

A CENA MUDA — 16-3-51 — Pág, 14

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'::<¦; quarto, em seu arranjo formal, %?y-<ã dava a impressão de beleza — O até que se compreendia que ali não havia nenhuma afeição, nem trans- mitia nenhum sentimento de boas- vindas. 0 quarto era meramente uma moldura para a mulher, cuja beleza M»a»3M mmmnmmmfygzmmm.¦fc.MmtmmmmSfmte . ym\ burilada não revelava nenhum traço ¦ -Wk'& -y%. m Wm- WKk+WmM»'-¦. ' sâÈàmA de sentimento emocional. A mulher wW&^WmÊÊÊí ' ¦ '-ímzÊbLBT lêM>yy W:-'' lÉlÊÊm***,!* ¦' ^^M^^ííimmm EÜ WW.> mÊkWÊmwlmmWm 7 \\ mm^mmmmi^ÈÉmWAWÊ se casara com Walter que Craig sò- mWmmmmW tmm- "™mWMBHmmWÊÊÍÈÊimW?^êmmmÊMmmy:mÊÊM WÊmmm mente segurança — WxmmWmmW -, HB por por bens que 1 I , »hEmPvJti ^3 tão fielmente refletiam em sua perso- B1P1 nalidadc. Divertido com a sua beleza clássica, Walter confundira malícia com candura, arrogância por pose. O quarto, do qual ela se orgulhava, pa- recia apenas unia prova de seu de- sejo de Bj^H ^Wfi&?'£> perfeição. w^Emm\\\\\mm\m\\\\\\\\m\''-mmí£ WLWBBaC^BaSmw^m\m\mm\^^^m\WmSm\\mííMj^^^^^S^^^mm\ mwmVítÍ&.>Áy.™4&<&™33Bmu MB ¦feí::::;'-';'Y jfl B^V BHBHriU^#^LBl A moça, descendo a escadaria po- Wk\-;"y.y ¦ ¦ lida, nem ao menos olhou para o a'S^ • «¦"'''''''BF'lfl radiante de carinho e ordem, '''''''TãifíSm]¦ quarto, mm y>ws&e&^•¦¦p^jhh^^^ k ^^^*wi %H BTe^v" - «úsalBl H^^íálllPfl ««édS Br ' ¦'-JB^BBaBBBaB'SB| quando o atravessou. A sua expressão üi ¦^'.41 SP»'/^Mmff^^^*"™l BT '"''li demonstrava preocupação, quando ela falou com uma apressada criada. XmWWm WWmm^^^^ B ²Lottie, conseguiu encontrar mais pápêl-lenço?* ²Ainda não tive tempo de pro- curar, Miss Raymond. Tive de en- graxàr estes sapatos... Quando ela subiu a escadaria com os sapatos na mão, Clare Raymond gritou para a cozinha: ²Mrs. Harold, a senhora terminou de passar roupa? Uma governante de meia-idade, agradável, apareceu com uma braçada de roupa recentemente lavada, e Clare contentemente tirou de suas mãos.

«Saia desta casa amanhã nela manhã!» Harriet ordenou Walter e Mrs. Fenwick conversavam aírradàvelmente zangadamente. como se fossem velhos amigos.

¦ ¦aWWMW8ifa&?3$3JBK^jílfciiffi^^' > &KgBBfcw;i£w&Sb ;;>«<•: W^imWÊÊmmm\mWÍyM * B?'?^BBaa«matí^^í?-;'>'í ¦" k| JlBsÉlÈÉÉÍÍ Srelililik "í'v' ••;r''!-: ^^^ ¦ ^v.K :- ;T.:^"*aiSN Kl ¦B61BP- ;.^KattMif^^HHHHI ¦N8lip^lli '** B^t^tJnHI^P^^LíBBBr BSiülRI Pv^f<'^^^^à'1 SB-111 mWmmWmmWWmmmmmmm^mmW*H^i-i^-^ P^BWk,íR.

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fcle tiveri iun^ conferência com Mr. Fenwik, Todo o mundo está respondeu suem- num sanatório imediatamentenão, não havia explicon-'he Walter. lamente Mrs. Harold. nada que èle pudesse fazer, para ajudá-la a ar- Ilarriet Craig estava telefonando para o es- rumar-se. - - Não agora. Está na hora de sair Lottie a de se desmanchai' em critério de seu esposo. E, assim parecia ponto como a sala para a estação. lágrimas quando recomeçou a subir. Ia em baixo era uma moldura a sua be-- para Vim para casa logo que pudedisse èle. A cigarra, de. repente, tocou e, apanhando o leza, ela também era uma dama digna de qual- *Glarc Estávamos fazendo um teste com o novo am- fone, pediu a Mrs. Harold atender moldura. É tão acentuada era a noção para quer plifiçado:-. Não pude arredar o pé do labora- à Responde ao telefone o clío- Harriet nutria em relação à sua beleza porta. pareceu que tório até que tudo estivesse terminadocomo cada, tinha certeza, pois, Mrs. Craig desejava que fizera o seu auto-retrato, pondo ênfase nas o seu silêncio continuasse, èle exclamou, des- uma sala cie não linhas estar c um compartimento. clássicas artisticamente gravadas cm sua ciilpando-se: — Isto talvez seja a coisa mais face. Somente ura mestre de Enquanto isso, Mrs. Harold admitia na sala psicologia poderia importante posta na rua este ano pela com- ler a vontade de era uma atraente mulher que parecia estar entran- poder que soletrado em panhia e é tudo trabalho meu. Se eii houvesse seus do nos seus trinta anos. carregando uma bra- lábios rubros. saído, êlcs teriam de fazer tudo novamente cada Ela falava ao telefone com a sua voz mo- de flores. amanhã. Eu simplesmente não me podia re- ²Estive no jardim hoje de manhã, - disse dulada. tirar. ela — flores • ²O escritório de Mr. Craig, obséquio... -— e estas estavam tão bonitas que por Querido, não lhe pedi para fazer isso Mrs. com a sua mão livre, Clare entrou. pensei que firaig... quando a voz. de Harriet era tão razoavelmente doce que ela indicou uma caixa sapatos Mrs. Harold. recebeu as flores apreciativa- de meio-cheia tornou a sua explicação coisa supérflua. — Cia- entre as outras bagagens. — Você termi- — mente. pode re, exclamou elaé melhor que você apa- ²Ora, nar aquilo. Lottie isto foi um gesto bastanle gentil da é desajeitada de uma maneira nhe imediatamente o seu chapéu e casaco. incrível. senhora, Mrs. Frjazier! — Mns, Harriet, ainda não arrumei minhas Falando ao telefone, deu início à eonversaçár Uma vnz .clara c imperiosa atravessou o es- coisas — exclamou nervosamente Clare, fechan- com o escritório do esposo: — Miss Stanley, a paço : rio a caixa de sapatos. que horas meu marido deixou a fábrica?... mas Claré! Você quer ciar um pulinhò aqui em Ninguém poderia ter deixado de notar a su- já faz mais de uma hora que telefonei. A se- cima para me ajudar? perlatjva paciência de Harriet. nhor.ita lhe. deu o meu recado imediatamente? Pois não, Harrie.fsuspirou Olarc, â me- F' melhor que você se apresse(mando sem levantar a voz: nem um ela dida que Lottie, com uma expressão de náti- pouquinho, Clare deixou o quarto. Harriet suspirou: — Você acusara Miss Stanley de negligência.Com-' trago nervoso, caminha vagarosamente compreende como :is coisas correram aqui hoje para a Muito obrigada. cozinha. preendo. de manhã. Após terminada a breve virou-se '• ²A palestra, , Lamento que. não estivessemurmurou mãe de Mrs. Craig está doenteMrs. Clare: 'Mrs. para Walter, desembaraçado de Harold explicou a Frazicr., •— Ela vai apa- ²Que. qualquer senso de você conseguiu informar-se sobre n defesa. nhar um trem.'. minha reserva de passagem? ftle os seus braços em redor ²Como lamento!a voz Ue Mrs. Frazier ²Somente pôs de Harriet nos conseguiram um comparti- e ela — se inclinou para êle, murmurando: carregava uma dose de simpatia. Bem, vou mento — um medo lndisfarçável ensombrou as indo. Mrs. Craig deve estai' bastante preo- faces da moça. cupada. ²- Eu mesma deveria ter telefonado — as suas Título ori/rinal: palavras não continham nenhuma crítica, em "HARRIET verdade, mas Clare, acostumada com Harriet, GRAIG" sentiu que as suas mãos, ao fazer o embrulho, V' se. enrijeceram repentinamente. Tomando-lhc de- L K N C O : lieadamenle o sapato da mão, Harriet disse: Harriet Graig .loan Crawford Xáo, querida. E' desse jeito que eu quero. Walter Graig Wendell Corey Uma voz .masculina, e Célia Fenwick ....Lucile Watsoii grave profunda, falou Billy Birkmire rle fora: — "Harriet!" . Allyn Joslyn Wes Miller William Bishop ²Aqui, Walterrespondeu ela sem tirai Clare Raymond ..K.T. Stevens Mrs. Harold os olhos do que estava fazendo. Viola Roache Hehry Fenwick . Raymond Walter Craig no Greenleaf entrou quarto. Sem ser sim- Lottie Kiien Corby pá tico, no sentido convencional da palavra, as Mrs. Frazim ....Fiòna 0'Sh'ieI suas feições irregulares o tornavam atraente. Danny Frazier . . Tatrick Mitchell Dr. Lambert ....Kathéririe Warren Querida, — toda a sua solicitude era Ira- duzida apenas com essa palavra - lamento Iin filme d?» Goíúmbià Pictüres — Pro- muito o que aconteceu com a sua mãe.. F.la está ducão de William Dozicr — Direção de Vincent Shermàn — pior? Cenário de Anne Froeticlt e James Gunn — Baseada Harriet, na virando-se, soergueu relutantemente li peça vencedora do Prêmio Nobel «Oràijr's rosto êle W'ife» de (ícor^o «Voe»"- não está dizendo oue fica =*-n cozinha!» para que a beijasse. Kelly. Wes ;»eríf imtou a Claré. Não estou certa . Mas lenho de interna Ia A CENA MUDA ]ú-:"i-51Pá^'. ti ;'^p - • - :x*# -.

Eu não JÊÈ podia suportar o pensamento <íi mãe çstliyu inlernada. Conversando sobre o sua você que não estaria aqui para dizer-me adeus. mãe nò consultório da /dra. Lnmhcrt, Harriet íMÊ Você sabe que é esta a primeira vez que nos deixou de Indo o caso de Walter e de Mrs. separamos desde que nos casamos. Harold. - Por tempo você ficará quanto fora'? A apatia de sua mãeum recolhimento para Unia semana ou Mmm uns dez dias no máximo. o mundo interiorera um modo de fugir ' o céu r : yy saberá onde estarei.de minuto a minuto á realidade —~ explicou a doutora. 1 yyWÈÊ Mas, quando eu quiser poderei comunicar-me ²E' culpa meu - %yãm^ de pai! exclamou Har- >* com você. Se você não estiver no escritório - 1 dei- riet indignada. Eu tinha catorze anos quando, xará um recado dizendo onde está, não é, meu êle nos deixou. Pouco lhe interessava se mor- beijinho? lêssemos de fome! A senhora não faz a menor --Pode ficar descansada; carregarei um le- idéia do que passou minha mãe... do que nós lefone comigo — redarguiu êle, sorrindo. duas — passamos. E' melhor você as malas no A sua voz era suave e agradável. que ponha A voz da dra. Lambert era estranhamente- «Ò escritório carro -- disse ela, olhando o relógio. d* Mr. Graig-, nor favor». para calma quando ela fêz algumas sôbrc Tenho de falar com Mrs. Harold. perguntas o próprio casamento de Harriet. Assim, em meio a instruções trens. e pedindo mil ²A senhora tem filhos? Não gosto da sensação de que ^ntou pondo cuidados para com o esposo, Harriet minha vida nas mãos de alguém. partiu, —• Não - respondeu Harriet, fugindo ao olhai para regressar alguns dias antes da data A Dra. Lambert ter tido muito que lixo da psicóloga. poderia tra- marcara. Não que a saúde, de sua mãe acusasse •-- balho ao analisar a de Harriet Não há nada hereditário sobre a doença etc personalidade qualquer melhora. Muito ao contraído. se tivesse ouvido Vendo o sua mãe. Espero a senhora não estas palavras.. Mas. Clare estado de saúde que tenha ne- de sua genitora, Harriet tinha nhum receio. estava imersa em seus próprios pensamentos. até mesmo se decidido a mais ²Náo — Quando você se casou, sentiu xx permanecer por é isso.replicou Harriet, com uma alguma coisa alguns dias. Mas, somente acalentou esta idéia mais ou menos assim? aparente relutância c arrependimento. — Mr. até Gare, depois quando de ter sido ordenada Craig não deseja nenhum. Uma curiosidade amalgamnda com um ligeiro telefonar Êle... não gosta para para Walter, lhe veio dizer que de crianças. sarcasmo brilhou nos olhos de Harriet. êle não pudera ser encontrado em nenhum lugar. Não me dig;i que você está em Clare a estava esperando do lado pensando R ela não lograra uma ligação com Mrs. Harold, de fora do casamento ! Você não consultório. está pensando seriamente a lim de saber onde êle se encontrava. naquele — rapaz que trabalha com Walter... ou Mrs. Frazier não viu Mrs. Harold. Ela Você quer dizer que não tem ninguém cm será que está? casa?duas linhas disse que náo viu ninguém cm casa por esses profundas se curvaram em Somente o vi unia vez ale volta dias. agôYa. Mas toda dos lábios de Harriet. moça Ciarei Tomaremos pensa cm casamento... às vezes. telefone para aquela tal de Mrs. o trem de volta à noite - ex- Mas elas náo deviam agarrar-se ò primeira Frazier se mudou a casa vizinha. clamou decididamente Harriet, com os olhos es- que para Des- oportunidade que surge — a boca de Harriet se cubra se... Mrs. Harold está lá. curos de raiva. E, frisou ela, não seria, necessá- Não quero retorceu.Uma mulher necessita de segurança, que meus empregados andem espalhados rio telegrafar para Walter sobre a sua volta por ela mesma tinha segurança antes de se ter lodo o bairro.9 inesperada . casado.Tinha um emprego. Numa lavande- Harriet tinha um compromisso com u doutora Naquela noite, .ela olhou tanto para a paisa- ria. mas esperei até o surgimento cie um homem Lambert, a psicóloga do sanatário onde; a sua gem que se descortinava, que Clara perguntou: que nu: poderia dar—tudo o que eu desejava, i Você não está nem um pouquinho pre o- de quem eu poderia ter certeza. Harriet voltou cupada com Walter, está? Harriet náo se dava inesperadamente da visita que muito a fazer confidêu- tizera a sua mãe e Náo —- encontrou :-. cnsa numa ver- mas havia uma tensão cm sua face. cias i\ sua jovem prima, que com cia já resi- dadeira bagunça. Walter fizera uma farra Estava apenas pensando que não gosto de (Cont. na pày. 22 1 ''Má:;S3Sv^:'^6^^^í»S^^6íií''v' ) < --^liàSSü 5* >>?!'c-<<>* ywéií'^^A%8smmzyj&m; i^^immw^^mmt

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•¦¦¦¦ --'Jbw- -wWr- 榦¦'¦'• W^ '"'-if:-'^:'M.- Durante uma visita de Elvira Paaã a Maristela, Marisa Prad<{> esti-éo vemos da esquerda Alberto para a direita, Atili, de «Terra, a< n pre •/'-',;"æ*«|Íf^-:&:'à Elvira, Moacir Fenelon, Mário Civelli. Alberto ,>;$T !.'"": Pieralisi. A Maristela tem em preparo dois fil- pronto para ^ lanç ¦'.• '¦: -.^-"""'ilSBl^)l mes: «Suzana e o Presidente» e <;0 Comprador colhida m '*&£BH para do ai ^r^^MagtajBÉiBl Ba^^^ Jjísêt-' - de Fazendas», este último com Procóido Ferreira Fubá», nroí >Wl>V<»>rfa>^^sSmWÊSÊ lraaWaBBHBa»r^»a»la«mW»Qaa«Wpa«««aM»^a«««WÊmmW'~A*'iâÊ'æ « II+Bf ra"PImwr' v. 9lâVBH qBBWWfw |(||M'|i.iPaMllalaBaWB^B^B^B^B^Brtl TWWafllfa

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Se? B$^'^•***sí!' * >?'"BPlllllllk --9¦ CINEMA "¦>?¦- * --^Bla^Bn^' I -'^-t«Hj^^XjjUlt-HltaWBBagfíffiÉ^SraEaWIB^B Hí.«'s ¦» jBKSg-jBjjMBf< II equipe de técnicos da Vera Cruz, demonstrou sua capacidade em «Caiçara» '' que já UIfS'. ¦ •7~ffBMpfflP%flBB^BB™ e «Painel», solidária com a orientação de produção da companhia, acaba de renovar J>l- TÔDA-a seus contratos, assegurando assim o alto nível técnico das suas futuras produções. KSb:"í;'%» " ' - ISWÈÊÊÊmmw^Q•' --•-!I Esses técnicos são: Lima Barreto, Adolfo Celi e Tom Payne, diretores; Oswaid Ilaffen- ü Br H IhííÍíÍííIPP'-: richter, editor; Frik Rasmússen, engenheiro de som; Henry C. Fowle, iluminador; Nigel BF^lw^.-:-. ¦ "'BBBmWÉÍ C. Huke e Jacques Debenzelins, operadores; Editli Gaffenriotter e Rex Ensleiht. cor L^feÉlbP^^P tadores; Jerry e Valery Fletchcr, maquiladores; Michael Stoll e Owe Schirm, técnico de som.

"""" "'' "jMBfttf^^BnfflBlBmlffl^ jffij^^K.-**^^ * ***" "'•'''¦ ^-; ^^^^^^B^Pp^ffW^Ba^BalllBa««««««««««««««««^B^Bla««BBB^B^B»^ üi *J JJS-iffi-i^BtCIDlaCj^lK A «Vera Cruz» lançará dentro em breve sua segunda produção: «Terra éj >empre Terra», filme baseado na peça teatral «Paiol Velho», do repertório do Teatro Brasl iro de Comédia, de São Paulo, de autoria de Abílio Pereira de Almeida. A ação do filme se desenrola numa fazenda de café da velha zona paulista. í ' diza, em primeiro plano, duas paixões em estado primário: é o amor de uma mulheí mcon- m wmm m +I dicional, sem requintes, pelo seu príncipe encantado; é o amor de um homem pel !erra, ^^'TlBMTtBlWBWHLFfflB^^^^^^m^rTl^^ lavoura; f^ag^B Bay.. ¦.., - JgMKÍBHB^aá?^'-^-'^'::;AwUButf»'''^--v'^ pela e é a fraqueza de outro, já educado no meio civilizado, pouco afei^l ã luta kf- " fllw&wyy.í&í~y-~."v,;-3^^bSs$a contra a terra ou terra. Muito -' pela realismo e muita humanidade. |||§§§||ÍF . -^^^^^Bffl^S^fflS^^y^^^^f^P^- -,f/^ ^^W-^tSJBate^,,T >^^^^^^^p Elenco: R^^^^tt^^igBMa^y'-^^^BHHWK8S-MHP^^^^^^ffJLhKatibii'''>>x^'.-^^M)«Í4mhM Abílio Pereira de Almeida e Mário Sérgio nos principais papéis mascuiln ;: Ma- *Èlianel \\Wm£M¥&mÊ.3H[kíIpíãBM« risa Prado e Ruth de Sousa, nos papéis femininos, com a colaboração de age; a «estrela» de «Caiçara» e «Angela». Música de Guerra Peixe. Produção de CavaHãnti direção de Tom Payne.i mmmWmWflflmmkWAm^'.,-'jttB£wBlBBL^ii^í^^^wTSíSSBÍ ‡I g^aaiBiiBWffiii ii I MiPjji JJ sr !^^?^ Anselmo Duarte é o novo contratado da Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Será c hí^k^íIII^H»^b^bSBH intérprete principal de «Tico Tico no Fubá», produção de Fernando' de Barros o jvdolfe |m> '4y/:ãm\'¦'wÊÈMmmM Cell, que conta episódios da vida do Zcquinha de Abreu, o autor'da famosa melodia. Anselmo Duarte, cedido pela Atlântida, firmou contrato com a «Vera Cruz», noa escri- tórios da Universal Filmes, no Rio, na presença do seu diretor geral, sr. MichaeV Bergher. .Va presença de Francisco Zampari, Tônia Carrero assina contrato com u Vera Cruz para filmar Logo que termine ô seu último filme na Atlântida, Anselmo Duarte se tij sferiré «Tico-Tico no Fubá» para São;'Paulo, a fim de cumprir o seu compromisso com a «Verá Cruz». Êle si o Ze- •

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Práãrfl istreou j n» cinema como estrída Anselmo Duarte é apresentado « Eliane Eage, rra, a< npre Terra», que se encontra no intervalo das filmagens de «Angela», da Ve- | ra Cruz. para s .BBBBbT^':!«bF>;-:' ¦ 3b RASILEIRO BBBKS&vtfN-:-:-* ¦ F-«BHnKj ¦&,, jBBT:-: -x ~::BBBBr^Bl ¦llli jM ^'.:ffJP:i1 em «Cai-;ara» de Abreu, no filme musical «Tico-Tico bbb¥&;:':::^3gflHg&,^x: ¦ '$7 liBK'1H quinha no Fubá», cujas primeiras cenas foram ro- h, . . iB% *?-?%nü.«BJ >a de renovar dadas nos últimos dias de fevereiro. Possivelmente parte do filme será feita :in location». ^"^ as produções, em Santa Rita do Passa Quatro, cidade natal do famoso autor da mais conhecida HiÉà* Bi %55éí# 1 ÍP*% rj iwaid Haffen- música brasileira. inador; Nigel • •,*2r^'53BB Ensleiht. cor W^^B Brk §chiqp de som. Mais de duzentas composições de Zèquinha de Abreu estão sendo examinadas por Rada- mês Gnatalli, diretor musical do filme «Tico-Tico no Fubá». Adianta-se. que além da co- nhecida melodia que dá o nome ao filmo, Radamés escolheu a valsa «Branca». Mais seis ou oito composições s-">rão apresentadas na película, em suas versões originais ou grandes •ra arranjos. e | Sempre Brasil iro • I de Lima Barreto, depois de «Painel», unanimemente apreciado Lata; F c.-üiza, pela critica, já produziu um segundo documentário a «Vera Cruz». «Santuário» conta riulheí iucón- para a história de um preto vai visitar a Igreja de Congonhas do Campo. Os do Aleijadinho são o mo- >m peí (erra, que profetas tivo do filme e ser considerado o melhor documentário feito sobre a afei^l a luta principal poae já ,í obra do famoso escultor mineiro. m iscuiiri s; Ma- I ílianel «gé- a O QUE VAI TELA «MARISTELA» Gawajftnti e .( «Presença de Anita», já se encontra em sua fase final. Terminada a dublagem está j sondo gravado o som, devendo ser lançado dentro de poucos dias, em nossos cinemas. Cruz. Será o Enquanto isso, ultima-se na cidade do Americana «A Carne», da Brasil Art-Filmes. Fil- rros o Adolfo mada pela equipe da Maristela, e em seus estúdios no Jaçanã, prossegue ativamente melodia, a rodagem da deliciosa comédia «Susanã c o Presidente», um argumento de Ruggero iz», nos escri- Jacobbi e Gino de Sanctis, com diálogos de Alfredo Palácios e Armando Couto. ;haeV Bergher.

Fernando de Ba rros t* Guilherme Vera Nunes, estréia exclusiva da Maristela, fará o papel de Susana, mocinha ingênua, de Almeida, ftste último será di- se til Uerirá que desiludida do amor, trocou a- cldad'»zinha do interior pela cidade grande, onde acaba retor de diálogos do filme da Vera •Sl.e (Cont. na si o Ze- pág. 34) Cruz, «Tico-Tieo no Fubá» '¦'¦"'•-' " '-i ^^^^^^ v .'*'"'..¦'. ¦;¦'¦¦ :;'•¦¦:..''..'''''' •:' -'^ -¦"•'-¦ ¦U^:;'!-;^^^^^-'.. ¦¦¦'•''- ¦" ¦¦ '¦ífi

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>ada menos oue sessenta e seis homens foram mobilizados nara as til- maçens «in location» no rio Wailua. Na foto vemos Esther Williams e fiowaid Keel. num «momento amoroso», diante das câmeras. Grande multidão de nativos da ilha se aglomerou oor tr:;s .das maquinas en- O.uanto Robert Alton diri-ia o espetáculo. Trata-se do filme em tecni- color «Pajran L.pve Som;», da Rletro.

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datas de começo das primei- na novela, do mesmo nome. de ASras sete películas de 1951 do Budd Schulberg. S?u diretor será programa de e Norman anunciado posteriormente: data do ¦Ti Krasna acabam de ser anunciadas começo: 2-1-1951. & \ por êsses produtores. Assim se com- «Eres.e-nt for Katy». Argumento pleta a primeira etapa da hercúlea original o direção de George Beck. tarefa de organização da nova uni- Produtor: Stanley Rubin. Data: dade independente, que dá início 1-2-1951. K¦>'•'.¦":: :''. ¦ ..,¦¦¦&:¦¦'¦ ;->;:;>-i *¦ ..¦.;:' ->y-."^ .:;>¦..:>; >:: Lewis Waltzer. Direção :-^V-'!íi gráficos já escritos, ou de Curtis :^ :.¦¦¦'¦';*-. quase já ?^ V' í£ím£;- escritos, Wald e Krasna estão pre- Bérnhardt. Data: 1-2-1951. parando mais outros seis. O con- «Sizc 12*. Argumento original de trato estabelecido entre êsses pro- Jeromo W.êidmah. Data do começo: dutores e estipula 1-2-1951. í produção de 60 fitas em cinco «üGirls Wanted». História original anos, à razão de 12 por ano. Essas do Lloyd Shearer. Produtor asso- produções e ás suas datas cie int- ciado: Maré Daniels. Data: 15-2-51. cio são as seguintes: * «Cowpoke», argumento original Moira Sheárer, a formosa baila- de David Dortor e Claude Stanush j fina que tanto sucesso teve I>avis, no momento em recebia um diploma no Jíette aue pela sua soberba diretor, Robert Parrish; data de filme «Red Shoes», foi contratada ^performance em «A Malvada». A grande trágica da tela parece oue se início: 15-12-1950. desta vez, essa Delícula vera sendo calorosameutti pelo produtor Samuel Goldwyn, freabilita pois aplaudi- *The po pela crítica. Alguns afirmam que este é o melhor trabalho de Bétte harder thsy fali», argu- para tomar parte na sua em toda sua carreira. Veremos. — (Foto 20th Fox) mento de Alfred próxima Jfayos, baseado película, baseada na vida do poeta JENA MUDA 15-3-51 — Pá£\ 2ü '•««•A"!

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O fotógrafo do estúdio bateu esta chapa nouc.os minutos antes da câmara começar a rodar uma das cenas da película «Três Segredos», da Warner Bros , com Eleaiiora Parker, Ror.v 3Iallinson e Patrícia Neal. Como se vê, um monumental «set» foi construído em poucos dias com todas as ca- rácterístlcas necessárias. A ficção se transforma em realidade.

e novelista dinamarquês Hans iiicolor da RKO Radio, em que o Christian Anderson, celebrado autor notável cantor figurará ao lado da de histórias infantis. linda Janet Léigh. Miss Shearer virá aos Estados Já passa de um milhão o número

Unidos no outono próximo, para fa- de exemplares vendidos dessa po- x L?r M zer a película, durante um período pular canção. de férias que lhe será concedido pelo Ballet Sadler's Wells. A interessante bailarina fará o pa- Jerr Wald e pei de Blanchette, e trabalhará ao adquiriram os direitos da novela lado de um ator cinematográfico de cClash by Night», que apresentada., renome, o como qual não foi ainda esco- peca na Broadway, em 1941. '¦¦ísÊ Iludo, entretanto. Samuel Goldwyn com Tallullah Bankead, obteve um anunciou que investirá nessa pró- enorme sucesso. ywm xima produção entre três e quatro, Wald e Krasna. quo esperam le- milhões de dólares. O filme será var o drama à tela em 1951, estão <*m técnicolor. procurando uma estrela de primei- ra grandeza para interpretar o prin- eipal papel feminino, tendo de- Edvvard Newhouse, novelista, foi já cidido dar o principal papel mas- contratado por Samuel Goldwyn pa- culino a Robert Ryan. Na estréia ra escrever os cenários cinemato- da peca, na Broadway, Robert de- gráficos de «I want you», drama sô- gempenhava um papel menos impor- bre a mobilização da juventude nor- tante nessa poça. O ator Lee J. te-arriéricana. Cobb representou o papel Goldwyn adquiriu os direitos do princi- pai no palco, mas Robert Ryan novo livro de New House, «Many atuou tão bem nossa peca que, em. are de histórias curtas, called», pu- conseqüência de seu desempenho, bliçadas na revista New Yorker» e obteve um longo contrato em Hol- o autor fará as respectivas adapta- iywood com a RKO Radio. ções jiara a tela. Como em suas outras produções. Wald e Krasna, segundo anunciam, Tuny Martin cantará «Thero!s nn contratarão para seus filmes os Tomorrow», a canção por êle gra- melhores elencos e os melhores diretores, mas deixarão dar Gregory Peck foi considerado, nor inúmeras revistas agremiações, vada que bateu o recorde de venda não de mo o «ator mais e co- oportunidade1 popular de 1950». Na foto. vemo-lo recebendo um troféu nos últimos anos, na sua próxima também aoss que se qu< lhe foi conferido pelos Críticos — mu Cinematográficos de Nova York. por fita, Two Tickets to Broadway», revelem novos talentos como trabalho em «Twelye 0'Clock High». Gregorv está filmando atual- mente na Fox, «David grande realização musical em toe- escritores, atores >¦ diretores. and Bathseba». e esta justamente com os trajes usados nessa fita.

A CENA MUDA 15-3-51 Pág, 21 j*:3sJ$P?^

como uma menina hipno- A DOMINADORA por ter saudades dos velhos tempos quando oro na semana passada ' um solteirão como Billy Birkmlre... tizada! Br (Cont. da pág. 17) **.—-• ²Creio acostumar com isso. WÊmi Querida, eu não trocaria a minha vida que nos devemos brevemen- ilia há bastante tempo o cujos contínuos ser- d'agora antiga nada deste mundo! - Provavelmente, vamos perdê-la muito pela por como vieos como criada, companheira, secretária e Walter tomou-a em seus braços e murmurou em te. Quando o amor atinge tipos esquisitos tempo. Ficarei realmente mocinha de recados, Harriet não poderia esque- seu ouvido. — Chega de separações. Vamos ficar esses dois. não perde uma semana e êle cer tão facilmente. Aliás, ela não estava la- juntos por algum tempo. surpreendido se passar-se feito o de um zcndo confidencias e simplesmente pensava em Harriet ainda não dera por terminada a sua não tiver primeiro pagamento voz alta. desumana campanha. Quando os dois desceram par de anéis! mais tarde, depois de Walter c Claro ela amava Walter, assegurou-lhe para tomar café, o garotlnho de Mrs. Frazier, Foi muito que os seus aposentos Harriet friamente. Dari, correu para pedir emprestado a Walter as Harriet se terem retirado para nW|/ notou os dois ha- -— Mas a mulher depende inteiramente do histórias em quadrinhos. Parecia que, enquanto que Clare voltou. Quando que que c desceu as es- amor de um só homem ela e uma tola, o ela estava afastada, êle se tornar» um verda- viam entrado, vestiu um casaco por fora da sala onde mesmo caso se dando com os homens. Uni hn- deiro admirador de seu marido. cadas, ficando do lado de k.;. • mem tem amigos e ambições e isto é impor- ²Aquele menino está ficando mais bacana os dois se encontravam. — comentou Walter Wes se estava inclinando na lareira c Claire lante para èle. Mas uma mulher inteligente re- cada dia que passai quando o conhece a coisa mais para um ho-" o garoto saiu. advertiu: que preciosa " ²Tenha não derrubar este vaso, mem deve ser a sua esposa — assim, ela nc- - Como vai a mãe dele? Encontrei algumas cuidado para mais Clare do qualquer cessita livrá-lo de tudo e de alguém que pudesse de suas flores na sala. pois significa para que no mundo. Amanhã, infelizmente, mudar isso. Walter então lhe contou que um dia travara outra coisa no ficar em casa e dar unia olhadela nos • Ela acrescentou, de uma maneira que se po- conhecimento com ela enquanto se encontrava terei de o seu na cozinha., dera denominar de divertida, que agira desta jardim. Como lhe houvesse dito que andamento* fôrma com Walter: rádio estava com um ligeiro defeito, êle se Wes parecia perturbado: para --• Você dizer na cozinha? ²Mas, você não supõe que eu o deixe en- prontificara a consertá-lo e, como recompensa, quer que fica Clare explicou era aquela a tender isso, supõe"! — a sua expressão se tor- elá lhe dera aquelas flores. Lealmente, que Clare trouxe única maneira como a Harriet o favor ^ nara até certo ponto amarga. - E' melhor quo Walter suspirou aliviado quando pagar ela lhe fizera, dando-lhe um lugar em sua o destino de um casamento esteja nas mãos do o café: que Puxa. sucesso você fêz com Wes casa, desde os seus haviam morrido, no uma mulher do que nas de qualquer homem. . . que que pais ano anterior. Veja o que aconteceu com minha mãe! Miller, hein? — Os olhos de Clare se incendiaram de Foi quando Wes abraçou Clare no sofá que |rag;t:-',.'.- ²Mas o seu casamento é tão perfeito! pro- prazer e o desajentado casal testou Clare. — Nunca vi um marido mais de- e Harriet disse'asperamente ao marido: Harriet apareceu, quando exclamou: votado a sua esposa do Walter com você. ²- Deixe de brincar com Clare, Walter! se levantou, ela que - - você estava com alguém, ²Sim, êle é bastante devotado a mim - Não estou brincando! . exclamou Walter. Não sábia que murmurou orgulhosamente Harriet, sorrindo de •¦— iMe quer outro encontro. Clare. ²- - Clare apresentou Wes e Har- satisfação. E por falar em encontro, exclamou vi- Desajeitadamente, ••£;:-¦¦ ' vãmente Harriet, mudar de assunto — com riet o cumprimentou delicadamente. Ela éxpli- r9 - . Quando chegaram a casa, bem cedo na mn- para cou ouvira alguém fechar a e descera nhã seguinte, o aspecto de Harriet parecia dizei qual loura anda Billy Birkmirc por estes dias? que porta Clare lhe fazer ura chá. ela se encontrava disposta a enfrentar que.)- Walter sorriu. Afinal, Billy chegara à cidade para pedir a para que ²Mas, não faz mal. Eu mesma faço. situação. somente ontem à tarde para umas pequenas fé- quer ²Tenho de ir-me -- exclamou Wes cohstrán- E a sua fúria recrudesceu quando notou qiu- rias. "living Êle "fundo uma festa fora dada em seu room" — me tirou do da mala"! Junta- gidameute. uma expressão de divertimento nos olho» em seu "living room"! Cálices haviam sido dei- mps toda a turma velha e então compreendi Havia Harriet, a mocinha voltou. xados em todos os lugares. Os cinzeiros estavam como tinha sentido falta deles 1 de quando ver- ²Quer dizer... você está nele transbordando de cinzas. As cadeiras e ai mo- — Pensei que você tivesse dito que em que- pondo suas esperançasHarriet dispensou fadas haviam sido tiradas de seus lugares usuais dade somente sentira falta de mim. todas as ²Você Clare fêz e deixadas em meio à desarrumação. sabe, querida, os Tiltons disseram a oferta que para preparar-lhe nos vêem há mais de um ano. E os chá. — Isso era apenas uma desculpa. Eu es- Fichas de pôquer descansavam espalhadas sò- que já não esperando você... depois bre uma mesa. Scguf fers. . . não tem estado aqui por mais de tava mesmo era por me disse. ²Devo chamar Mrs. Harold? — perguntou dois anos. Há qualquer coisa errada, Harriet. do que Walter ²Que foi êle disse?indagou Clare Clare, notando a aproximação de uma tormenta. Sei que nós não os convidamos para nos visitar, que ²Ela não está aqui — redarguiu Harriet. - mas eles, tampouco, nos convidaram. Por quê? nervosa. Ela não ousaria deixar isto da maneira como De. acordo com o seu modo brusco, Harriet Harriet falou com desdém fastidioso: — se encontra. pôs a sua xicara na mesa. Era simples ex- ²Perguntei a Walter se Wes era um rapaz "E Enquanto Clare tentava colocar as coisas em plicou — eles jamais gostaram dela. Não que sério, êle sorriu e respondeu: se êle não seus devidos lugares, ela subiu para o seu quar- ela se importasse: fôr? Um namoro com um sujeito que sabe agir ²Qual mulher ansiaria ter aquela to. Nisso notou algumas flores num vaso e gri- a que por talvez seja bom para Clare." Veja o aconteceu ontem tou historicamente: turma em sua casa? que ²Mas, êle me parece. . . tão decente! ver a minha casa transfor- ²Jogue isso fora! à noite. Não quero —- Este é o seu planoHarriet deu de om- Walter ainda estava dormindo quando ela en- rnada numa taberna! bros. — Creio ano isso se chama botar você sua mãe trou em seu quarto. Mexeu-se na cama à medida Quando Walter argumentou que a numa atmosfera de segurança. Os homens não se alegrara a velha turma fre- que ela levantava as venezianas. Abrindo os sempre quando são pessoas muito sensíveis, Clare. Discutem olhos e notando uma figura conhecida, Walter quentava a sua casa, Harriet notou que estava todas as coisas agradàvelmente satisfeitos — ela o canal errado e tentou imediatamente gritou, à medida que pulava da cama: seguindo virou-se, como se não tivesse ouvido um soluço ²Harriet! E' você mesma? — ele a tomou de corrigir o rumo da conversa. da moça. - O dia de hoje foi bastante cansa- ²Não festas! Por em seus braços. -*- Como vai a minha bela é que eu não goste, de dar tivo. Tive de fazer tudo para a festa sozinha. falávamos exatamente esposinha?? E por que não me comunicou que falar nisso, Clare e eu Sc ela tivesse um grupo de criadas, a festa assunto no trem. — Clare fêz uma m ia voltar antes da data marcada? sobre esse não poderia ter decorrido superficialmente mais ²Tentei telefonar ontem à tarde — murniu- cara de espanto, que Harriet ignorou: r— Pensei calma. — Não havia viv'alma em dar uma festa no sábado. . . m rou ela friamente. que pudéssemos Havia motivos pesar também. Por Sem Walter desse coisa, no final de para casa. Onde estava Mrs. Harold todo esse tempo? que pela exemplo, Harriet não tinha contado com Mrs. ²Oh, lhe disse o week- da lista de convidados, não restava eu que podia passar preparação Fenwick — a esposa do patrão de WTalter, uma 3? • uma coisa? Billy Birk- um só nome dos componentes da velha turma de end fora de casa. Sabe de vigorosa mulher de seus setenta anos — que cidade ontem — de volta do Walter. Para a exclusão de cada jum deles Har- mire apareceu na se dava tão bem com Walter que se retirou ime- — em a noite com êle... riet apresentava uma razão e, no final, os con- Japão e pensei passar diatamente com êle para palestrar. Desafian- Ao invés disso, fizemos aqui uma festa vidados eram todos elementos de uma geração "gin fora. do-o para Um jogo de rummy", ela anun- — a sua exuberância desapare- que não ocuparia um lugar no mundo por de... pôquer... ciou que gostava de beber enquanto jogava. êle inspirou um respiro de culpa. muito tempo. Dentre êlcs constava Mr. Fenwick. ceu quando Harriet, dirigindo-se para a cozinha para apa- Oh, Está muito ruim, lá em baixo? — o de Walter. "brandy", céus! patrão nhar a garrafa de chegou exatamente expressão da esposa, êle disse: Harriet argumentou gentilmente: cônscio da fria no momento em que Lottie dizia para Mrs. - - Gostaria êle visse a bela casa — Sinto muito, querida. Sei como você se que que Harold: você tem. sente. . . ²- Pobre Miss Baymond! Está tão infeliz! Creio Walter Mas. . . ²Transformando a nossa casa numa barata quis protestai-. ela está tendo dificuldades com o seu na- Harriet não olhou Clare nos dias se- que casa de jogos para uma malta de estranhos! para morado. a sua triste idéia, com muitos bons olhos, pois a mocinha Não é somente asquerosa guintes ²Tenho certeza que isto não entristece Mrs. % falta respeito estava saindo toda noite com Wes Miller, enge- como também uma grande de para Craig — redarguiu a governanta. Sorriu e ex- som de Walter no laboratório, e até comigo ! nheiro de clamou: —- Sc Miss Baymond saísse de casa ver ela estava apaixona- Que você pensa que aconteceu? Foi ape- uma criança podia que ela teria de se avir apenas com duas criadas! êle. nas um jogo de pôquer. Não havia ninguém dinha por Em seu nervosismo, vendo Harriet entrar. . apenas o Uma noite, antes do planejado jantar, nova- aqui que você não conhecesse. pes- Lottie derrubou uma preciosíssima xicara, redu- . saiu com Wes. Harriet, entrando na soai. mente Clare zindo-a a de inspecionar a cozinha, disse a pedacinhos. ²Lamento que lenha pensado certas coisas. sala, depois Nãn Walter: ²Já é de mais para me pedir para agüentar Alegro-me porque sei que você se divertiu. você se estava ²Lamento tê-lo esquecido, querido, mas es- e desculpar a sua estupidez e falta de jeito por sinceramente, no quanto — pensei, ocupada. E Clare ajudou-me tanto mais tempo - disse ela a Lottie. Prepare; divertindo sem minha pessoa Oh, níio o culpo tava muito

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ns suas coisas e saia desta casa amanhã i(e tinha sido esperta em escolher Walter a para adquira a nftva manhã! viagem. Na mesa de jogo, Walter e Mrs. Fenwick pa- Wallcr pôs o seu copo no balão e, levantando- Icslravam amigavelmente, como velhos amigos, se, exclamou: Êle não fazia a menor idéia de que fora prática- ²Ela vai ter um visitante. mente forçado a invejava Billy dizer o quanto Foi um pouquinho antes do jantar, que Har- Blrkmlre, "hall", que ia para ò Japão no próximo riet encontrou o garoto Billy Frazer no mês. esperando por Walter para lhe pedir que con- ²Estou interessado no novo sistema de am- sertasse o seu rádio. — Mr. Craig — disse Har- — plificação de som que vamos apresentar ali — riet asperamente não chegaria a casa tão confessou Walter. — Em verdade, é uma espécie cedo. —'- então, dirigindo-se para a cozinha, ela de criação minha — êle admitiu que nunca saíra repreendeu Mrs. Harold por ter deixado o pe- do país. — Aliás, quase que nunca estive cm queno entrar. lugar algum. Eu não gostaria de deixar Harriet, ²Esta não é a sua casa ! é claro, mas creio que tenho tim ligeiro caso ²O que eu esqueço sempre é que esta casa de coçeira de viagem. não pertence mais a Mr. Craig — a paciência de Mrs. Harold terminou nesse instante. — —• Por que vocês não têm nenhuma criança? Deste momento em diante não sou mais sua empre- ²0 médico disse Harriet não con- que pode gada. ceber. "brandy", Walter não voltou muito disposto. Em ver- Harriet, entrando com o sorriu ai- dade, êle estivera bebendo e explicou à sua ale- tlsticamentc: gre esposa que tivera uma conferência com Mr. ²Pensei até que já houvesem terminado o Fenwick e Mr. Fenwick lhe informara que êle jogo. não mais ia ser enviado para ó Japão. Mrs. Fenwick era infénsa a insinuações. Antes que Harriet pudesse responder, Mrs. '— Harold, vestida para sair, apareceu para se des- AlODADE Acabamos de começar um segundo jogo... pedir. Quando Walter se espantou, Mrs. Harold ] No carro dos Femvicks, a caminho de casa, simplesmente retrucou : Mrs. Fenwick disse que Walter seria um valioso —¦ Pergunte a Mrs. Craig! elemento para ser enviado para o Japão. E o Ela fizera tudo evitar PARIS** que podia para que valor obser- esposo, que sempre dera grande, às ela se despedisse, protestou Harriet, logo após vações da esposa, prometeu enviá-lo para o Mrs. Harold ter saído. Waltor estava zangado. À VENDA haverem chegado a casa. ?!'-;fj ¦ Jopão antes de Virando-se pára Clare, perguntou bruscamente: em todas as Bancas Harriet ouviu incrèdulamente a história que ²Por Wes Mil- Walter lhe contou. Tinha um encontro e talvez que você não telefonou para ler? Êle deixou o número do telefone. este encontro destruísse, tudo o que ela pequeno Harriet talvez Mrs. Harold ti- construíra tão cuidadosamente, tão inescrupulo- explicou que vesse esquecido de dar o recado. samente. Mesmo quando Walter falava jubilosa- Walter estava zangado de mais acreditar DE SENHORAS E VERRUGAS mente de sua sorte, ela se estava preparando para em Harriet. Ao contrário, um sorriso apareceu EUMIHAC&Q GâRSK]!0H SEM CICATRIZES para lutar contra essa idéia. KLOTZ em seu rosto : __GUILHERME A sua primeira tentativa foi jogar com as suas AVJ3RIG.LUIZ ANTÔNIO.4289-5. PAULO ²Wes emoções. Nenhuma promoção, nenhum aumento me disse que havia falado com você! Peca prospectos ¦'Ti de salários, ela lhe disse roucamente, valia a — Walter virou-se novamente para Clare. — 1 separação de ambos. Tinham bastante dinheiro Pensei que você gostasse dele. Êle tinha boas e. o que mais poderiam desejar? Então, ela re- intenções. humilhada, mas de cabeça erguida, informou a solveu usar de bravura. Através de lágrimas, Harriet ia Wes. ²Harriet me contou o que verdadeiramente que procurar anunciou: Wes a meu respeito! — soluçando, Clare Harriet havia subido êle voltou. Em- ²Mas... se você é certo, pensa quando pensa que quero deixou a sala. bora Walter tivesse bebido mais, estava em Agora vá o mude de que vá... para quarto, completa de suas faculdades. Proposita- roupa lhe um cocktail. —¦ Que disse você a ela?indagou Walter posse que eu prepararei damente apanhou o valiosíssimo vaso de Harriet O telefone tilintou. Era Wes. Não, Clare não quietamente. e o quebrou na lareira. estava. Sim... ela lhe telefonará logo que voltar. —¦ Deus é quem sabe... disse-lhe que o en- não dele, explicou A moça desceu as escadarias correndo, per- corajasse! —¦ Harriet assumiu uma atitude de Quebrou-o porque gostava Walter calmamente, ela desceu as esca- guntando esperançosamente se havia sido Wes angélica inocência. — Certamente, Clare andara quando tias correndo. Walter acabava de uma Miller. Harriet meneou a cabeça: sonhando coisas. passar ²Não, era mim. . hora numa casa onde se respirava amizade e querida, para nos Um ódio latente se debuxou selvagemente isto lhe tinha restaurado a perspectiva. No dia seguinte, em ação os seus planos. pôs olhos de Walter. ²Eu Primeiro, telefonando para Walter e lhe convi- não gosto de meu quinhão da pechincha. —¦ Você mentiu Clare c está mentindo dando almoçar juntos, foi informada de para Para mim já é de mais. para mesmo. Você mentiu me con- êle ia ficar no laboratório várias horas. agorinha quando Segurando os pedaços do vaso, Harriet usou que por cabeça. tou que Mrs. Harold estava com dor de a sua última tática. Informou a Walter que Então ela se dirigiu ao escritório particular Mentiu quando me telefonou hoje de manhã o médico lhe dissera que ela podia ter filhos, de Mr. Fenwick, tremer de receio. foi parecendo para ver se. o campo estava aberto. Você mas quando êle tentou telefonar para o médico Não queria contar uma história ao patrão de uma mulher valente ao aceitar um homem como ela lhe arrancou o telefone da mão. Não, ex- Walter e isto a tornava nervosa. Afinal, expli- eu. Velho Beberrão Craig, o homem que não con- clamou ela o controle, o médico não "Craig perdendo cou que, Walter não devia manejar com nenhum segue viver sem álcool. Dedos de Seda", lhe dissera coisíssima alguma. Ninguém lhe dinheiro da firma enquanto se encontrasse no . . o homem a quem não se pode confiar dinheiro. precisava dizer coisa alguma. Ela poderia ter Japão. Não é que êle fosse desonesto, mas q.uan- Não adiantava negar e, finalmente, Harriet tido filhos quando bem quisesse. De qual ma- do ela não estava por perto êle se misturava admitiu se havia avistado com Mr. Fenwick, neira poderia uma mulher se proteger e se com más companhias e começava a beber, per- que mas apenas se certificar de Walter es- livrar de ter filhos senão através da desonesti- dendo a noção de todas as coisas. para que taria em boas mãos. Ela pôs o rosto nas mãos dade, do adultério? Ela descobrira tudo o que No passado, êle perdera no jogo todos os la- e os seus ombros tremeram enquanto hipócrita- tinha a descobrir sobre o amor, no dia em que tifúndios que a.sua mãe lhe. deixara; Mrs. Ha- mente soluçava. seu pai saíra de casa. Ela e sua mãe haviam rold lhe dissera isso. E havia certas coisas que quase morrido de fome. Rudemente, êle arrancou as mãos que cobriam ela não podia repetir. E' claro que Mr. Fenwick ²E a sua face, e notou os seus olhos estavam isso o que vocês homens chamam de amor! era devia decidir se Walter era digpo que quem secos. Walter fitou os seus olhos nela friamente e do risco. Mas ela, avisando-o, simplesmente sem nenhuma simpatia nem piedade: cumprira o seu dever. Antes de sair, ela fez ²De quantas maneiras você pode mentir, ²Creio é essa a vez você com que Mr. Fenwick prometesse nada dizer Harriet? E de onde lhe veio a idéia de. pensar que primeira que me diz a verdade. a Walter de sua visita. que é tão superior a ponto de poder dirigir a Compreendo-o agora e me vida de um homem? apiedo de você. Mas não posso deixar que você Walter sentiu o impacto daquela conversação destrua a minha vida. Mandarei apanhar as bar compa- ²Bem, é você se Você mais tarde, quando entrou num em e de que que queixa? minhas coisas amanhã de manhã. nhia de Billy para tomar um drink. teve o seu quinhão da pechincha. —• Mas você voltará. Você não me esquecerá — ²Então você tem de ²Não compreendo murmurou êle morosa- é essa a opinião que tão facilmente. mente. — Êle dava a impressão de me estava casamento? que Walter parou no umbral da porta: fazendo um favor, anunciando que a viagem A campainha tocou. Era o pequeno Billy Fra- ²Eu não disse que a posso esquecer. Mas adiada indefinidamente. foi zier perguntando se êle podia consertar o seu eu não voltarei. rádio. Walter disse que iria num minuto. Vi- Um momento depois de êle. haver saido, lágri- —- Quem quer que tenha sido, deve ter vindo rando-se Harriet informou-lhe voltaria mas correram face de Harriet. Então, ela entre a hora do almoço e. três horas da tarde para que pela dentro de alguns instantes. subiu as escadas crectamente. . . —. observou Billy — pois no almoço Mr. Fenwick estivera gahando-se em como a sua senhora Antes de Walter voltar, Clare saiu. Não mais (Tradução e adaptação de Antônio Rocha*

A CENA MUDA — 15-8-51 — Pág 23 ¦ü^-¦-«•¦i»— ¦¦ ¦MIMnWHW i :-.'¦'¦¦ ¦ X"-

¦--.¦'-:.: iii IV . I ¦ EM DEFESA DE ROBERT "PNEUMATIR" (Cont. da pág'. 5) Pistola Quando Mitchum falou na probabilidade de ser sentenciado, eles argu- montaram quase que cm uníssono: PATENTEADA EM TODOS OS PAÍSES ²Vocô tem o melhor advogado do Estado. Será uma sopa para file, A Pistola metralhadora atira 500 balins sem necessl- Mltchum. Vocô se livrará. — respon- carregar. Ar comprimido novo processo ²Eu náo me quero livrar. Em verdade, eu desejo pagar dade de por e a sua íf£* ¦ ' deu file secamente, embora os seus olhos continuassem parados fisionomia impassível. — Ainda tenho o desejo de viver o resto de serei alvo de tra- f~fifePT meus dias de cabeça erguida. Os jornais dizem que tamento especial. Aviso-lhes que não desejo isso./ Os magnatas da RKO se inflamaram e todos começaram a falar ao U. mesmo tempo. Finalmente, Howard Hughes, um grande amigo e admi- \( rador de Mitchum, exigiu silêncio e deu a opinião definitiva: ²Êle está certo. ²E o filme? — indagou um dos "bigshots". ²O filme que vá para o inferno — exclamou Hughes. — Será ter- minado quando file voltar da prisão, recomeçado ou jogado na lata de lixo antes de seu regresso. O auto-respeito de um homem é mais impor- **••>• • • • ^^£**^ tante do que qualquer película. Corte da pistola Desde então Mitchum ainda vê reforçado o seu direito de continuar de cabeça erguida. Êle reconhece errou, mas sente dentro de si a Permite o tiro ao alvo no interior de sua residência. Alcance que haver crime contra a sociedade. Hoje, é o regulável 10, 20 e 30 metros. A mais satisfação de pago pelo seu para pistola perfeita que único RKO ousa dizer "não" á se construiu no Não tem móveis, nem molas. homem dentro dos estádios da que gênero. peças Hughes. Garantida contra qualquer defeito. Fabricada em várias cores Robert Mitchum 6 possuidor também de uma grande humildade, da FABRICADA POR qual faz uso quando necessário. E' desta maneira que age quando as ALFREDO ELLIS Cr CIA. LTDA. circunstâncias exigem, principalmente em se tratando de sua esposa RUA URUGUAIANA, 104 e de sua família. Mas, apesar de saber reconhecer os seus erros e ter — a coragem de pedir desculpas, não resta a menor dúvida de que é êle quem Tel. 43-0766 RIO tem a palavra definitiva em sua família c o sujeito a quem compete tomar Estojo contendo uma pistola, uma desentupidor, uma alça decisões. de mura 2.000 balins com 2 membranas sobressalentes Depois de sua mais amarga experiência diante da vida, Bob se tornou um indivíduo mais interessado em sua vida particular. Agora, por Cr$ 250.00 pelo REEMBOLSO POSTAL exemplo, está pensando em comprar um lote adjacente ao terreno onde Caixa de munição com 2.000 balins, c/2 membranas lobressalente» construiu a sua casa. Apenas não tem o dinheiro suficiente, mas tem Cr$ 15.00 uma garantia de tempo indeterminada. A "garantia" está em cima de uma mesa em sua sala de visitas e é um enorme saxofone dourado. Peço-lhes enviar-me oelo Serviço de REEMBOLSO POS- Quando os seus garotos notam que há alguém olhando para o ter- TAL. serri aumento dê despesa, a PISTOLA «PNEUMA reno muito interessado, vem correndo avisar ao papai Mitchum. Este TIP^>, conforme indicação abaixo: apanha o saxofone e sopra até ficar com a face rubra pelo esforço. Nome (Cont. na pág. 26) Endereço Cidade Estado MÚSICA (Cont. da pág. 33) oficiais, como Violeta Coelho Neto de Freitas — Maria Sá Earp — Maria Henriques — Paulo Fortes — Sílvio Vieira — Guilherme Damiano, bem como a outros de Belo Horizonte, como Lia Sal- gado e João Décimo Bréscia, e de São Paulo, como Mary Gazzi — Agnes Ayres — Paulo Ansaldi — Américo Basso — Ondino Righi, já convidados e, também, o tenor Assis Pacheco, ora atu- ando com grande sucesso nos teatros da Itália. A parte cênica está merecendo as atenções da Comissão Artís- tica e Cultural do Teatro, tendo sido convidados como «regisseus» os srs. George Werner Hammer e Carlos Marchese, e, para cola- borar nas óperas francesas, a célebre artista Solânge Petit Re- a sua naux, tendo as óperas nacionais a valiosa colaboração dos conhe- ^^KlfÉftS^csquedda cimentos cênicos e artísticos dos consagrados artistas brasileiros «KfS^WlpENE ÍNTIMA Carmen Gomes e Reis e Silva. A montagem cênica das óperas será supervisada pelo cenotéc- nico Mário Conde. Para regentes, foram convidados grandes no- mes, como Oliviere de Fabrittis, do Teatro da ópera de Roma; Eduardo Guarniéri, atualmente em «tournée» de concertos na Eu- ropa; Nino Stinco, atualmente diretor do Teatro «Sodré», de Montevidéu, e , que astará brevemente de regresso da sua vitoriosa excursão, sendo certa a inclusão de, ~^-~ pelo menos, dois regentes dessa «5»áL'*W~>T 'VVV5'1~ I i C=C V? — categoria. WfâmMn?i\* v* O repertório, como já foi anunciado, será escolhido entre «Noz- ze di FJgaro», de Mozart; «La Serva Padrona», de Pergolesi; «Orfeu», de Gluck «Falstaff», de Verdi; «Soror Angélica» e «Gian- ni Schicchi», de Puccini; «Boris Goudonow», de Moussorgsky; «Mignon», de • Thomas, além de «reprises» de óperas mais co- nhecidas, como «Guarani», «Lo Schiavo», «Aida», «Thais», «Car- men», «Rigoleto» e outras. A inauguração da Temporada está marcada para a última semana do mês em curso. * MÚSICA BRASILEIRA SOB A REGÊNCIA DE SIR MALCOLM SAR- GENT: — No Hall do Festival de Londres, a ser inaugurado em dezembro próximo, apresentar-se-á em um importante concerto de música brasileira o notável maestro Malcolm Sargent, que realizou no ano passado uma excursão pela América Latina. ANTÍSSÉPTICO A Orquestra Sinfônica da BBC de Londres, deverá ser incluída, - assim como um violinista e um pianista de renome. Aguarda-se ADSTRINGENTE também a presença do compositor brasileiro Villa-Lobos, para conduzir os seus próprios trabalhos. O concerto terá o patrocí- BACTERICSDA nio da Sociedade Anglo-Brasileira. * ARTISTAS ESPANHÓIS EM EXCURSÃO: — Partiram de Barcelona, pelo «Cabo de Hor- nos», rumo a América do Sul, os artistas espanhóis Carmem Mo- reli e Pepe Blanco, que deverão apresentar-se em várias repúbll- cas sul-americanas, inclusive, provavelmente, no Brasil.

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E EL n pun 1 a ambição do ouro trouxe os conquistadores espanhóis ao Novo Mundo, os grupos de bandidos tiveram tal aumento que QUANDOpoderiam estes travar armas com os militares. Nenhuma cidade ou vilarejo ficava impune nessa era de terror... Cavalgando furiosamente sobre o povo de uma colônia na costa do nordeste da América do Sul, vamos encontrar o bandido terrorista El Mocho. Alguém que possui boas razões para lembrar-se de El Mocho é o aventureiro Francisco Suarez, pois vira seu pai ser assassinado pelo chefe dos bandidos há cerca de um mês, tendo então jurado vingar-se. Fazendo-se passar por Don Careless, êle procura proteger o povo con- tra os assassinos. El Mocho, que fora «morto» para benefício do povo, é agora o aju- dante de ordens, sob o suposto nome de Tenente Hernandez, do pode- roso Coronel Luiz Corral. O governador da colônia. Don Rafael Moreno está completamente influenciado pelo Coronel, tendo declarado sua in- tenção de passar sua autoridade às mãos de Corral, logo que este se case com sua filha, a encantadora Marie. Nessa ocasião, El Mocho tor- nar-se-á coronel e chefe das forças armadas. Certa noite, numa estalagem à beira da estrada. Don Careless encon- tra o Coronel quando este procura tirar vantagem desleal de um jovem colonista francês chamado André Le Blanc. Don Careless salva a vida do jovem e desafia Corral para bater-se num duelo em lugar reservado. Isto é um rude golpe para a reputação do Coronel que é tido como o mais hábil esgrimista da colônia, porém resolve fazer uso de Careless que vinha gabandò-se de suas conquistas amorosas... Corral pretende casar-se com sua amante, a Condessa Yvone. Êle pen-

(Cont. na p᧠26 > -HP "^^'BBBHBBBSÍ 'H^BiSBB-"-"" "" ü 'BI'M ' '•jüjeT^^:'-^à BHB: IS» fgB^ScHlJoCT^^^^F^^-^¦•..:—*¦" .^^"^EfflÇc'- »¦ -:>i4Mfei^'i- • Hü JPf wÈ M ¦¦ am WmÊÊ. '.'-¦^eÜI Sr^B'¦- ¦¦¦¦¦:WtiÊÈ$fcrmWl- MmWte*1: WÈ: SHSBBí lllPIllliliP' i^^gprv-sJS ....¦;.'

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Assim é Robert Mitchum na intimidade. Aqui êle não tem nenhum VINGANÇA DE EL MOCHO receio em demonstrar a sua verdadeira personalidade. Um homem- (.Cont. da pág. 25) êle não é nenhum mistério a ¦ mistério para muitos, mas certamente para Dorothy, os seus dois filhos, nem para as dezenas de sa que, se Maria o desprezar por outro, Don Moreno o fará de qualquer sua esposa para a cerca de sua casa para maneira regente da colônia, e ainda ganhará Yvone na transação. Dessa crianças da vizinhança que, diariamente, pulam forma, êle aposta com o aventureiro de que Don Careless deve manter tomar um banho em sua piscina... seu criado sua gabolice ganhando o coração de Maria, ou tornar-se par- ticular. Com pequeno trabalho Careless consegue, conquistar o coração jovem, dência com respeito a Disney (isto ficando igualmente apaixonado por ela. Mas, o seu sentimento de hon- DESENHO ANIMADO é, fora da órbita de influência de 6) ra sufoca suas intenções e êle deixa que Corral saiba que êle não mais (Cont. da pág. Disney) demonstra uma coisa a à longa fará a corte à Maria. O ciúme incita Yvone a revelar a natureza do seu Depois que se dedicou nosso ver essencial: demonstra que de «Branca de ódio à Maria que, imediatamente, informa seu pai de que não se casará metragem, a partir o desenho animado é, mais do que até à recente com o Coronel Corral. Neve e os sete anões» um cinema interpretado por atores, Don Rafael recusa a aceitar as informações de Corral e, nesse meio «Gata Borralheira» (Cinderella), uma arte profundamente nacional. caminhou vertical e tempo, Corral com a ajuda de El Mocho e seus sequazes, promove um Walt Disney O desenho animado floresce ali O horizontalmente para a decadência. golpe e apodera-se do controle dos destinos governamentais. gover- onde os artistas refutam o cosmo- homem virou «produtor», nada nador é morto, porém Maria foge ajudada pela arrependida Yvone e vai O politismo de marca disneyana para mais realizou de artisticamente dig- para os braços de Don Careless. Este e Le Blanc conseguem subjugar buscar abrigo nas raízes da cultura e «maluqueceu», né? as tropas de Corral, e quando termina o tiroteio que se trava o Coro- no, «enricou» nacional». Fato objetivo que ne- um desenhozinho duro, nel e EI Mocho estão mortos! Nunca mais nhum disneyano pode refutar sem de fato, né? xilográfico, áspero cair no ridículo ou na grosseria dos e traça- Nunca mais tons delicados míopes mentais. dos com inteligência, né? Jamais Provas do dizemos, né? Vo- ri gráfico sádico e feroz de Dubout, que EM DEFESA DE ROBERT e finíssimo cês querem provas? Pois, olhem, o (Cont. da pág. 24) jamais o rococó satírico e Grinberg, né? Como es- fenômeno foi observado recentemen- Há tempo uma senhora interessada na compra da terra ex- de Vano pouco creveu há algum tempo na revista te. Na Tchecoslováquia, por exem- clamou espantada ao ouvir o saxofone: «Cinema» Glauco Viazzi: «O exame pio, artistas como Trnka, Hoffman, ²Minha Nossa Senhora! Será que isso é assim o dia inteiro? dos melhores desenhos animados Müller, Brdecka e Kandl renuncia- Do quarto de Bob Mitchum veio uma voz familiar e sardônica: ...... criados em condições de indepen- ram ã imitação disneyana e tirando ²Pode ficar certa que sim, Madame. Pode ficar certa que sim!

"Trinta sobre Tóquio", acontece a muito escritor. Já sei que outro", segundos "Os se o mesmo CONFISSÃO "Sempre em meu coração", fidalgos está no íntimo, perguntando (Cont. da pág."Vinte 11) "Promessa" e. . . também ocorreu a mim... E' exato... lhosas", de Júlio Verne. Fiz as da Casa Mourisca", que di- sei mais? Fiz tantas novelas. Muitas novelas escrevi para ganhar mil léguas submarinas". Olavo de Bar- nheiro. Mas fiz muita coisa espontânea- ros deu-me o impulso do seu entusias- Alguém me perguntou, certa vez, qual convicção, por de- eu da novela. Ora, mente, por gosto, por mo. Joãor Caspary fêz uma reportagem o conceito que fazia vaneio, por capricho literário. Esses tra- fantástica, descendo ao fundo do mar, positivamente, não há coisa mais sem Novela é um trabalho que balhos, na maioria dos casos, estão ain- em plena baía de Guanabara, antes do conceito... . Os gos- ?v Filho defendeu- se escreve por inspiração do momento, da guardados. patrocinadores I; lançamento. Brandão dos his- cômico... com a de despertar inte- Iam mais das tragédias, grilinhos Is:1 me num esplêndido papel preocupação téricos, das lágrimas, dos crimes Iene- As "Viagens Maravilhosas" ficaram in- rêsse, para um público desconhecido, "Vinte e diferentes... brosos. E nós, que escrevemos novelas, terrompidas nas mil léguas sub- ávido de emoções novas repertó- "As e às vezes, se escreve também sem devemos ler sempre um grande marinas". Fiz, então, mulheres"O de que, todos os bronze", depois. "Remorso", caso do inspiração, por falta de dinheiro, como rio para gostos.

A CENA MUDA — 15-3-51 ~ Pág. 26 yyyy-

Valerie entrou A noite, num cantinho escuro e '•Wmí 1 seus temas, o estilo e a substân- Mas, como se o próprio destino Foi então que os maravilhosa- deserto da varanda, Patti eome- cia da verdadeira tradição e da ver- estivesse conspirando contra ela,* n'água e a cortou seguras e har- çou a interpretar o seu papel de M^mW dadeira cultura tchecoslovaca, ele. mamãe veio para a varanda e lhe mente com braçadas moniosas. Theda Bara. Dirigindo-se a um varam o desenho-animado a um pia- disse gentilmente: com tons lü * ²Más noticias, Hora Também Patti sabia que Melba. imaginário pretendente no maravilhoso (na forma) e feita querida. tinha certeza, condu- a cama — e, como se vendo Billy à distância, havia es- guturais que, uma arte especificamente nacional de ir para e sedução. si só, não fosse uma dela debaixo do balde ziam mistério e profundamente popular (no fun- aquilo, por quecido-se do meio das tre- humilhação, virou-se para correr atrás dele. Somente Subitamente, do). Mas á decadência de Disney tremenda para voz real de Demi lhe res- falando de adulto sabia que estava sufocando e vas, a H ocorre no próprio país. Sim, na Demi, para A sua mão, automática- Estados Uni- adulto: — Meninas em crescimento, gritou imediatamente por socorro: pondeu. América mesma, nos mente, foi levada para a sua boca dos onde artistas como Fred Quim- você sabe... No entanto, foi seu pai que, pas- — local nesse instante, num gesto de desânimo e vergo- by e Tex Avery (um sádicos, ²Como lamento 1 murmurou sando pelo pouco balde, en- nha, antes de ela declarar drama- é verdade, e um tanto cosmopolitas, Valerie, com uma simpatia espúria. tirou-a debaixo do hotel, Patti soergueu a água já estava perigosa- ti camente: mas bem mais «ianques» — no que Dentro do quanto ²Você Então conhece o face rebelde os seus mente ouviu? o têrmó importa de mais nacional, uma para próxima. A verdadeira eu. A ²Você poderia ter-se afogado! meu segredo. de menos «imperial», de mais demo- pais. eu conservo escondida do ²Mas êle me convidou pri- ²Quero afogar-me! — respon- que crático), autores dos modernos de- mundo! Sou como um "iceberg". meiro! deu Patti tragicamente, esquecendo senhos de Tom & Jerry (O Gato e o Somente um de mim apa- ²Êle é tão velho vocêl — um momento antes, quinto Rato, popularíssimos nestas bandas para que, gritara rece à superfície I lembrou-lhe. — Você ainda socorro, com as lágrimas afo- ocidentais), demonstram profunda papai por ²Imagine só! — Demi parecia tem muito tempo. os seus olhos. — E, originalidade, sem qualquer toque gando quando impressionado. — Você acha que Isto aconteceu à noite. E Patti me afogar, espero o meu maio de influência disneyana. E o cria- que os outros se inte- não que no dia seguinte venha dar aos de mamãe! — quatro-quintos dor do incrível Buggs Bunny, o coe- pensara pés ressariam em dar um passeio de lho, certamente até agora o cine- seria muito pior. Este pensamento agora, chorando, ela contou ao lhe ocorreu se decidiu a arrancou canoa? pintor que melhor compreendeu as quando papai as gargalhadas que ²Puxa, isso é maravilhoso! — /"¦ acompanhar os outros e ir apareceu com aquele mise- possibilidades humorísticas de um jovens quando Theda Bara tinha morrido um bo- a Estranhamente, em- rável maio. — Todas as minhas tipo de desenho-animado. para praia. cado rapidamente. Mas não era bora sempre se houvesse preo- amigas se vestem como se- Õ desenho-animado começou como jovens tarde de mais fingir medo cupado e se sentisse deprimida nhoras e eu sou tratada como se para uma arte para adultos e crianças. Patti, confessou suas outras roupas, Patti nun- criança! e pestanejando, Em algum tempo chegou a se tornar por fosse uma incapacidade de nadar. um segundo às acalmou. uma total «complemento de programa» para ca deu pensamento Papai a ²Mas, não teria medo algum com suas roupas de banho. Pelo menos, ¦— Não deve ser assim tão ruim crianças. Mais tarde caminhou para você. o lado oposto: arte somente para até que se juntou aos rapazes e — mas, quando ela se ergueu, êle — Se ela estava despertando o seu adultos, sem qualquer participação moças mais velhos e um jovem disse pensativamente: Ou será? bastante ²Katie! — cavalheirismo, êle, com da criança na descoberta do seu chamado Eddie Gavin gritou: exclamou êle indig- este fato. a ma- êxito, conseguiu esconder mistério (Fantasia» e «Dois sujeitos — Dêem uma espiada naquele nadamente quando se juntou verdadei- — comprar um Em verdade, parecia fabulosos», de Walt Disney, por saco de batatas! Onde você conse- mãe. Você tem de e desapontado. Patti! 0 ela ramente aborrecido exemplo). Mas o verdadeiro cami- este maio? novo maio para que ²O — explicou êle — era guiu um saco de ba- lago, nho do desenho-animado é congre- Com as da turma possui mais parece fundo andar de canoa gargalhadas filha não é um saco muito para gar multidões de qualquer idade ecoando em seus ouvidos, Patti tas. E minha ela não sabia nadar e batatas! já que na apreciação da arte e da diversão. a Melba e seus irmãos de havia o risco do barco afundar. juntou-se Mas, a indignação de mamãe era Os discípulos de Disney bem que menores na parte da praia das Então, como se por mera casua- se podem livrar da influência de- crianças. Sentando-se igual à sua. apareceu. Os Robin- pesadamente ²O você ela lidade, Valerie cadentista do gênio!... A liberta- à sua irmã lamentou mise- que quer que sons nunca o se algo junto "Olha andar por perdoariam ção dos criadores de Buggs Bun- ràvelmente: só para mim." faça... pavoneando-se acontecesse a Patti. Mas ela sa- como aquela boba Valerie? ny e Tom & Jerry já constitui Melba olhou para o seu maio aí bia nadar. liber- Penso que deveria botar o seu ca- meio-caminho andado, né? A amorfo e sem nenhuma compai- Não havia nenhuma saída para ¦¦-'3 cima, botar den- tação mais completa, aqui no Oci- xão: belo para para Demi e Patti observou que êle barriga. E a dente, porém, pertence a McLaren, ²Terrível! Se eu você fosse não tro a sua primeira nem mesmo tentou. coisa de você tiver noção, o canadense, e Jorgen Roots, o di- deixaria ninguém me ver dentro que ela algum rapaz abobalhado apare- Com o coração despedaçado namarquês («Opus 1»). Interessa, disso... saírem de braços dados cera e a pedirá em casamento! E' os olhou né? Patti suspirou subitamente e ar- direção ao lago. E enquanto isso o que você deseja? — inda- em regalou os olhos. Em sua direção, ouvia a risada de Valerie, uma — gou mamãe, depois de uma pausa NOTA O material fotográfico de braços dados, vinham cami- sombra de dúvida penetrou em ilustrar este artigo foi nhando Demi e Valerie. teatral. para pela praia ²Ela criança 1 — seu cérebro... tarde de mais. In- cedido o braço de Melba, rogan- é apenas uma gentilmente pelas Agarrou alar- quieta e descontente, finalmente agências locais da RKO Radio desesperadamente: Aquilo fora o bastante para do-lhe — você é uma caminhou para o pequeno cais, Fiims, Metro-Goldwyn-Mayer — Depressa! Cubra-me com mar papai. Katie, 1 Bastante esperta para contemplar tristemente a água e Warner Bros. South Films areia. Enterre-me! mulher esperta. saber o é melhor para iluminada pelo luar. Inc. Os garotos estavam cavando um para que com o seu fracasso a nossa filha. Deixo Patti em Preocupada buraco na areia e ela se meteu aproximou-se de mais suas mãos. sentimental, dentro dele, enquanto Melba apres- e caiu n'água. Se Patti também descobrisse que da extremidade sadamente a cobria. Melba termi- mesmo instante apareceu o se encontrava nas mãos de Valerie, Neste CANTA... nou o trabalho botando o balde Demi. QUANDO se teria sentido lisonjeada em per- bote de (Cont. da pág. 9) em sua cabeça, exatamente quando acreditando ela não ceber a sua amiga a conside- Demi, que o embaraçoso episódio num Demi e Valerie apareciam. Demi que nadar, tirou o seu casaco e maram rava uma rival Mas essa sabia sem importância, parou para admirar outra obra de perigosa. em seu socorro. acidentezinho que idéia nunca lhe ocorreu. De modo mergulhou ter acontecido a arquitetura que os garotos esta- Mas, sua surpresa foi poderia qualquer "Mor- se sentiu quando Valerie grande E, êle acrescentou, desta ma- vam edificando e perguntou: que grata a viu subir à superfície e, um. foi bastante amiga a ponto de lhe quando neira, não tivera de comer a sua ro do Castelo?" braçadas seguras, nadar em — dar conselhos. com tapioca. — Gostaria ²Não — respondeu Richy. à a alcan- detestável — Você sabe, Patti, querida, se direção praia. Quando muito mais de saborear uma de O Castelo Robinson. foi imediatamente seguida você intrigar um homem çou, por "ice sodas". ²Oh, você é o irmão de Patti quiser correu em sua suas cream — como Demi, tem de Demi, que perse- ²Há uma sorveteria na ei- Robinson? — perguntou Demi. sofisticado aprender a a sua perso- guição. Onde é que ela está escondendo-se? projetar — O você dizer... dade... — nalidade. Você está insuflada de que queria ofereceu o braço, dizendo: ²Oh, debaixo de baldes... — Demi, cansado — Êle lhe latente, mas tem de se abanar gaguejou ²Faremos um brinde ao nosso respondeu Melba aèreamente. fogo me disse não sabia um Adote uma maneira quando que então... Valerie puxou a manga do casaco pouco. morro só de encontro... mais sedutora. Aja misteriosa- nadar? Quase que Patti estava mergulhada em êx- de Demi e disse impacientemente: susto — e cobrindo-a com o co- ²Vamos embora. mente e como se fosse uma mu- tase, embora o seu prazer hou- como bertor de um cavalo que estava Não esperou estivesse muito lher do mundo, como... yesse de ter uma curta duração, que próximo, Demi continuou severa- de Melba dizer: Theda Bara. Theda é o perfeito - pois Valerie, tinha vindo também longe para mente: — Você precisa de uma ²Uma criança horrível! exemplo para você. Ed, depois para a varanda e com uma casua- Demi onde o boa surrai Patti lhe ²Acho-a' engraçada — Demi de você ter posto conse- lidade estudada, quando tente inspirar-lhe o seu Com os dentes tremendo, iam tomar uma soda, sorriu. — E' uma família muito deseja, anunciou que instinto Se há uma coisa guiu gaguejar: deliciosamente: encantadora. protetor. — terrivelmente. Juro! disse estrangeiros é uma... Lamento ²Adoraria tomar uma! — e Patti não pôde compreender por que gostam apenas... bem, ninguém uma trepadeira... Eu estava tomando o outro braço de Demi, que, à beira d'água, Valerie fingiu uma moça deva ser Puxa, Valerie! — Como, pensou concebe que a Patti sucintamente: — medo, até que Demi exclamou: independente. Capaz de nadar.. . perguntou ²Ora, você me desa- ela, isso nunca lhe ocorrera. — Querida, não é um pouquinho tar- Valerie, coisas como essa. Valerie é quem a impressão você Nem ao menos sei como agrade- de para você? ponta! Tinha que diz... ²Não sei o você fosse independente e auto-confian- cê-la. Oh, — Demi murmurmou va- que quer — necessidade, — retorquiu Patti no mesmo te. Todas as qualidades que ad- Não há querida.. dizer! ²Valerie èra tão modesta! (Cont. na pág. 31) tom de voz. • miro na mulher americana!

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Daí o seu nervosismo em descobrir o culpado, os xar o pó de arroz não há melhor qup motivos que o induziram a tal gesto, etc. Uma série de seqüências rápidas, com muito movimento o próprio LEITE DE ARROZ. O seu e muita ação, levam-no a descobrir o culpado e exterminá-lo. As cenas de amor, quase todas, uso constante remove as partículas são vividas através de ligações telefônicas, que unem a história. São as partes fracas do filme, mortas e queimadas da pele, sardas, mas necessárias, no ponto de vista do cenarista. A ação se desenrola quase que inteiramente manchas, panos e cravos, tornando-a em San Francisco. Não há sequer uma pista, mas esta surge, espontaneamente, e a solução vem lisa, macia, aveludada e eliminando caminhando com displicência e com lógica — se descontarmos alguns pequenos e insigni- o cheiro desagradável do suor. ficantes chavões, bem disfarçados pela direção de Mate. Ernest Laszlo, o diretor de fotografia, (Exigir a embalagem verde) movimenta a câmara com rara habilidade, tanto em exteriores (filmados «in loco») como em interiores, muito bem iluminados c de grande efeito plástico. Sirva-nos como exemplo, aquelas MULTIFARMA corridas alucinadas pelas calçadas de S. Francisco, abrindo caminho entre a multidão; as cenas Praça Patriarca, 26 — 2« — sala 6 — no interior do bar «Fishman», onde um grupo de negros executa frenèticamente um número São Paulo de jazz, num ambiente enfumaçado e vibrante, com cortes precisos e «closes» altamente sugestivos, Remessas pelo Reembolso fazendo crescer a angústia dentro do espectador, até ao momento em que se consuma o crime: a perseguição de um psicopata sanguinário que culmina num baleamento dentro de uma loja comercial, dentro da noite; a perseguição na fábrica, do assassino ainda desconhecido pela vítima; o encontro final entre o criminoso descoberto e a vítima que está com as horas con- tadas, e muitas outras seqüências que fazem desse filme um espetáculo bem apreciável. A mú> sica, escrita e dirigida por Dimitri Tiomkin, é altamente sugestiva e valoriza muitas seqüências, colocando-o na categoria de um dos melhores compositores de Hollywood. Edmond 0'Birne, um bom ator, tem um desempenho satisfatório. Pamela Britton pouco faz. Luther & beleza Adler aparece pouco, com discreção. Neville Brand está ótimo. Espetáculo policial dos melhores. DOS SEIOS DBUBÉL-HORMON nv/iv#Yivn^ Tantos fãs do gênero como entusiastas de cinema não devem perdê-lo. Quando o busto for insuficiente ou sem íirmeza, ub» BÍL-HORMON n» 1; e guando for ao contrário, demasiada- Cotação artística: 4 Cotação comercial: 3 nente volumoao, u«e BÉL-HORMON n» 2. BÍL-HORMON, à base de hormô- nios, 6 um preparado modernísaimo, eficient®, d® aplicação local e resulta- ¦Joà imediato». Adquira-o nas farmá- cia» e drogaria» ou pelo Correio BÉL-HORMON Distribuidores para PERDIDAMENTE TUA todo o Brasil: Soe. ísst Farmacêutica Qntn- ¦— Metro) tino Pinheiro (A Life of Her Own Ltda; Ena da '>¦-¦ ¦ tÊÈÊÊÊÊÊSS f££?£iWk. Carioca, SS ~- íy-wir^'' - / -. -\ Rio de Espetáculo lacrimogêneo que explora mais uma vez o «triângulo amoroso». Jovem for- Mm iÊÊÊW^&h. Janeiro ÊÊ WÊÊF-~ - Ibw mosa chega a Nova York para vencer como modelo. Vence, mas sua felicidade não consiste nisso. Encontra num jovem milionário o amor puro e desinteressado. Mas há um obstáculo: o homem é casado. Para dar o toque sentimental, sua esposa é uma inválida, o que necessita não só do seu se interpõe em suas vidas e ambos resolvem . ______— — — — jt.-*'i— — amor como do seu amparo. Uma série de incidentes estão bem Soe. Farmacêutica Quintino Pinheiro separar-se, pois a mulher resolve não destruir um lar. Psicologicamente, os tipos não — enviar-me Reem- um «clima» ao filme, não o consegue Lítda. Queiram -Hdrò "BÊL-HOR-pelo definidos, e, apesar do esforço de George Cukor em dar bolso Poetai um d« do cenário como interpretação demasiadamente frágil M0N" n» totalmente, tanto por deficiência pela de Lana Turner, de tamanha responsabilidade jamais poderia ser interpretado por NOMH -... • • ‡ pois papel ela. Ray Milland é o milionário. No «cast» estão ainda Louis Calhem, Ann Dvorak, Barry KVA¦'..-_. N« Sullivan e Jean Hagen. Espetáculo simplesmente razoável, recomendado ao público feminino, CIDADE! ...... ESTADO não muito exigente.

todo o Brasil Cr$ 50,00 jPíec» para Cotação artística: 2 Cotação comercial: 3

A CENA MUDA 15-3--51 .— JP&g • 28 O MUNDO E' CULPADO . -k (Outrage — R.K.O.i

Dizia a publicidade que esta história foi tirada dos arquivos policiais norte-americanos. Con- tudo, da forma que foi cenarizada, mais pareceu-nos um argumento forjado em Hollywood, onde tudo"nos parece falso e convencional. Psicologicamente, Ida Lupino (diretora) esforçou-se para Utíemedi dar um sentido humano aos seus personagens, mas seu sacrifício foi inútil, pois a película não convence de forma alguma. Mala Powers, jovem estreante que vive o papel de uma pequena Com violentada não convence, absolutamente, e o seu drama íntimo parece-nos demasiadamente í/e fiança, forcado. Contudo e uma película que prende os espíritos menos esclarecidos e as platéias femininas mais inter asadas. Como diretora, Ida Lupino revela-se segura, em alguns momentos, mas não consegue identificar os seus personagens com o drama que realmente vivem. Só no.« resta esperar por seus próximos trabalhos. Cotação artística: 2 Cotação comercial: 2

x {MM, \\ \\\ DEPORTADO (Deported — CI. International)

Robert Siodmak não tem revelado, em seus últimos trabalhos, o vigor e o entusiasmo impreg- "••ados em celulóides que o colocaram na posição de um dos melhores diretores de suspense do cinema moderno. «Deportado» é uma espécie de filme sémi-documentário, que focaliza o pro- blema do mercado negro na Itália de após-guerra. Mas há em. tudo isso uma história de amor que absorveu demasiadamente as atenções do cenarista, transformando uma história que poderia ter sido boa, num espetáculo sofrível. Jeff Chandler, um ator de futuro, porta-se bem, mas não se sente, muito à vontade. Alida Valli, bonita, apesar de viúva e sempre fotografada em trajes pretos, que mais realçam 3ua pele alva. seus olhos. Ah! os olhos de Alida não me deixaram tempo para observar mais nada... Cotação artística: 2W Cotação comercial: 2

' ''ii1 ESTRANHA CARAVANA (The Fighting Kentukian, Republic>v ¦:ym

História estilo íarwest, cujo elenco é encabeçado pelo simpático e desperdiçado John Wayne. Vera Ralston é a mocinha — e que mocinha! Mas para cúmulo do azar, o gordo Oliver Hardy também aparece para fazer aqueles seus trejeitos infames de vinte anos atrás. Sincera- mente, não suportamos nem vinte minutos de filme. Saímos. Aconselhamos aos leitores que nem entrem. Cotação artística: 0 Cotação comercial: 1

DE CORPO E ALMA (Fll fret by Fox»

Dos tecnicolores musicais aparecidos ultimamente, êstè é dos piores. Incluindo-se, é claro, o intragável «A Cegonha demora-se». Por incrível que pareça, este ainda é pior. Apesar da deli- cada e sorridente June Haver estar no cast, ao lado do simpático William Lundingan e da ex-loura Gloria de Haven. O filme 6 um amontoado de músicas, sem dança e sem apresentação artística de espécie alguma. Salva-se apenas a gue dá o título ao filme. Harry James aparece com sua orquestra, mas já não é um ídolo, como o era a 10 anos atrás. Sopra o pistão com força e nos enche os ouvidos. Pode-se passar sem o filme. Perfeitamente.

Cotação artística: 1 Cotação comercial: 2

NEVE E SANGUE (The White T<»wer — R.K.O.)

Argumento desenrolado inteiramente nos Alpes Suíços e rodado, tanto quanto possível, nas belíssimas paisagens de neve, esplendidamente fotografadas em atraente e vistoso tecnicolor O «astro» do filme é a própria paisagem. Contudo, há um vislumbre de história, com inclinação a uma filosofia de cinema, onde, por meio de diálogos, por vezes longos, tenta explicar-nos que a felicidade consiste em paz de espírito. Trata-se de uma expedição que resolve escalar a Torre Branca, a não sei quantos metros de altitude. Seis pessoas, cada qual com um objetivo. A história de amor é encaixada sem cerimônia e tudo acaba como esperamos que acabe. Direção correta de Ted Tedzlaf, com alguns momentos de suspense e nervosismo. Não é de suas me- lhores obras, mas revela nele um homem inteligente e um bom diretor. Faz o que pode com o cenário. E consegue um filme apreciável.

Cotação artística: 2V4 Cotação comercial: 2

A CENA MUDA 15-3-51 Pág. 2i NÃO SOBROU UM FXEMPLAR EM 19 5 0!

ESTE ANO DEZ VEZES M ELHOR!

ÀNUÂRIO DO

â

OS LEITORES EXIGIRAxVl E ESTA EDIÇÃO VAI ABAFAR A BANCA S \'i Breve - em todo o Brasil!

<"• mente, li, quando chegou a sua dela porque ela náo usa um da- Nem mesmo com Billy ela ter- QUANDO CANTA... minaria a sentença. Mas, papai, vez de dançar com Patti, pergun- apertadores de corpo! E' (Cont. da pág. 27) queles tendo-a ouvido, dirigiu-se deter- tou bastante alto todos eu dô uma mfiozinha para que tempo que minadamente para a cidade. Ha- garosamcntc, enquanto a compre- escutassem: para o bem-estar de nossos filhos! via um par de espartilhos na vi- ensão engatinhava dentro de seu da "drugstore". Para — ²A sua mãe sabe que vocô — Creio, — mamãe disse fria- trina papai cérebro ela diz? "cabecinha todas essas coisas eram iguais. E saiu, menina? mente — que aquela Para Patti o sorriso que se de- a caixeira, pensando que êle sabia vermelha" teria sido melhor! —¦ buxou em seus lábios pareceu a Ainda pior, Patti ouviu Valerie o que estava comprando, não men- coisa mais maravilhosa que jamais cochichando com Demi e, infeliz- ela sorriu ante a sua insistência cionou que se tratava de um espar- se apertam se lhe acontecera. mente, não escutou o seu impa- de que inventara a história. — tilho cirúrgico, que a o usa se ahaixar. Mas, a sua alegria era prema- ciente e incompreensível: Para uma mulher que não existiu, pessoa que tura. Havia esquecido-se do Baile ²Mas ela tem de usá-los? você a descreveu maravilhosa- Patti gritou extática quando pa- do Quatro de Julho, o lhe entregou o presente. E para qual Humilhada, correu o seu mente! pai Demi ia levar Valerie. Os seus pára quando êle lhe sussurrou que ela pais estavam certos de que ela iria quarto e se lançou, chorando, na E, com a dignidade ultrajada, poderia usar o vestido preto de coração com Billy, mas ela se rebelou. cama. E quando papai entrou, a ela se retirou para passar a noite soirée da mamãe, o seu deu uns apressados. ²Que papel eu não faria, en- sua dor sufocadamente foi exter- nos aposentos de suas filhas. pulinhos trando no baile com uma criança Não somente mas também nada. À noite seguinte deveria haver papai, ainda usando calças curtas? Billy foi movido pela infelici- ²A minha reputação nos um Show de Variedades, feito ex- E, se ela não ²Seria muito mais inteligente dade de Patti. po- Catskills está arruinada! Sou a "mais no show, Vale- e atrairia menos atenção do clusivamente pelos hóspedes deria tomar parte que tampouco, se entrasse de braços única moça com quase dezoito anos talentosos. Demi e Valerie foram rie não tomaria pensou dados com leal. Escon- um adulto — Nunca êle determinadamente respondeu mamãe que não tem um espartilho! escalados para darem uma exibi- de Vale- firmemente. deu os sapatos de dança posso aparecer a gente decente no- ção de tango. À tardinha, Billy a rie. Mas, Melba, sabendo que o Ela estava levando Demi muito vãmente em minha vida! procurou e implorou a Patti para pai de Billy lhe arrancaria a ver- a sério, ralhou. outro lugar. m papai As suas lágrimas transformaram juntos fazerem um número de dade, escondeu-os em ²Você o diretor se viu no mato- ainda terá um bocado o num homem inútil, canto e dança. Quando de namorados antes de encontrar papai que sem-cachorro, isto é, quando Va- se tornou em acusador se — de aquele que lhe serve 1 — concluiu quando Bem que eu gostaria, Billy, lerie teve um súbito ataque se retirou papai. confrontou com mamãe: mas não aparecerei em público no- temperamentalismo e "estelarmente'% Melba sugeriu que —¦ O senhor — Toda a está vãmente até tenha um teve um bocado de gente galhofando que par... Patti fazer o número com namoradas poderia antes de encontrar ma- Demi. Acaso ela não vira todos mãe? — indagou Patti. os ensaios? '¦— — Mas, claro! afirmou papai. mais tarde Billy obser- Pestanejou Quando os olhos para mamãe. vou a expressão de contentamento ²Havia uma "cabecinha verme- "barulho". que se espraiara pela face de Patti lha" do Olhos grandes esta se encontrava em com- "chuchu" — quando e castanhos. Um 1 de de Demi, decidiu apagá-la dentro de sua imaginação até ar- ESTÁ À VENDAO panhia de sua vida permanentemente. E, rahjou um nome. Beulab. Ela pela primeira vez, viu verdadeira- fora louca por êle, soluçou papai. mente Melba. ²Pensei minha vida tivesse que JWAUE EU SEI TUDO — O que você vai fazer depois terminado quando ela casou. Mas, "show"? — "dando do indagou a pequena. ainda continuo duro". O PARA 1951 •vi O brilho de Melba era triunfal. mesmo negócio acontecerá com CONTENDO ENTRE MIL E UMA ATRAÇÕES você. Esquecerá tudo a respeito A dança no palco alcançou o "gringo" A história completa do «Tempo» e a ciência da sua seu climax, com Demi dobrando desse — contente, com medida. Previsões sobre o futuro do nosso planeta a manufatura de sua imaginação, Patti para trás num apoteótico fi- — — o horror de Patti, virou-se para mamãe: — Não é A kl O Aeronáutico Científico nal. Mas, para verdade, Katie? fl N II Artístico — Esportivo — Ca- ela não se conseguia endireitar. M Mesmo quando as cortinas ha- — Exatamente como você se es- tólicO — Protestante — Israe- - - p--*t> "cabecinha viam caído, com uma trovoada de queceu da vermelha do lita — Muçulmano — CALENDÁRIOS aplausos, ela não se podia mover. barulho" — respondeu mamãe ciu- — — Protestante — Muçulma- mentadmente. Católico Quando papai e mamãe chega- no — Israelita — Perpétuo das festas ram aos bastidores, Demi implo- Mais tarde, quando Patti estava móveis. rava: — "Patti, o que você tem?" tristemente sentada em seu quarto, — ²Leve-a o camarim — Billy apareceu, para avisar que sa- E mais: — 1 comédia — 1 romance completo 0.«- para m mortos do ano — Os campeões do ano — Contos — ordenou mamãe. bia onde conseguir um par de cal- Charadas — Adivinhações — Provérbios — Lendas - m ças compridas, para levá-la ao Histórias infantis e deslumbrantes páginas colorida.* Lá, enquanto papai e Demi es- baile. peravam do lado de fora, ansio- PREÇO — Cr$ 20,00 es- Mas, ás calças emprestadas fo- samente, ela desfez os nós do ¦ exclamando: .: ram um fracasso, pois Billy esque- Façam desde já seus pedidos à partilho, cera os suspensórios e elas esta- COMPANHIA EDITORA AMERICANA ²Um espartilho cirúrgico! O vam caindo alarmantemente. Exas- devia mandar examinar a Rua Visconde de Marangnape, 15 — Rio de Janeiro seu pai perada, ela o mandou arranjar um cabeça — meneou a cabeça auto- ENCONTRA-SE EM TODAS AS LIVRARIAS E — par de suspensórios e o esperaria BANCAS DE JORNAIS DO BRASIL. acusadoramente." Eu o deveria na varanda do lado de fora do ter escolhido. Compraremos um salão de danças. La Belle Mode amanhã — e Patti ficar com o vestido de soirée Billy não reapareceu, pois, seu podia sempre. — Você o usa ® pai, furioso, ao ter conhecimento preto para eu. que fora desobedecido ho que con- melhor que cerne às calças, mandou que fi- Até mesmo para mamãe, Patti casse no quarto. havia crescido. Mas, a noite de maravilhas ainda não O tempo que Patti passou es- surpresas e terminado. Do lado de.fora, perando-o na varanda lhe pareceu COMO APRENDER A DANÇAR havia 4» EDICAO AMPLIADA no corredor, Demi estava dizendo uma eternidade e durante todo esse Com a nova dança, «Baião», Samba tempo ficou olhando, através da TANGO liso, e os últimos passos de Bolero, para papai: SWING contendo 120 janela, Demi dançando com Va- BOLERO Rumba, Swing, gráficos, — No meu pais é costume pedir BAIÃO 330 passos, facilitando as senhoritas e as lerie. cavalheiros a aprenderem em suas pró- permissão para visitar quando \.:'m RUMBA homem são se- Então, saindo para respirar o CONG A prias casas em 10 dias apenas, no prin- intenções de um VALSA cípio sem companheiro ou companhei- rias. . . ar fesco, Demi a encontrou e, MARCHA ra. Método de ritmos modernos pelo quando a música recomeçou, le- A Mi) SAMBA Ia lu Prof. Gino Fornaciari, Diretor e Prof. Juntando-se a êlcs, mamãe sor- vou-a em seus braços o salão. FOX-TROT do «CURSO PRATICO DE DANÇAS maternalmente ao bo- para SAMBA LISO RITZ». Aulas particulares, rua da Li- riu suave e O mundo parecia maravilhoso para berdade, 120. — Preço: Cr$ 45,00 — tar a mão de Patti sobre a de Patti. C Pedidos pelo reembolso postal — com Demi. Então, não menos radiante, ür^&-£> o autor >— Caixa Postal, 649 — São Ela sabia Quando Valerie a viu com Demi Paulo. ela olhou para papai. nunca existira sussurrou qualquer coisa para o A venda também, nas Livrarias e Casas de Música de São Paulo. todo o tempo que "cabecinha vermelha". seu par, fazendo-o rir desabrida- nenhuma

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GRABLE nasceu em St. Louis, Missouri, Estados Unidos da América do BETTYNorte em 1916. Tem cabelos louros lindíssimos, olhos azuis celestiais, é divor- ¦ BETTY ciada de Jackie Coogan e casada com Harry James (o primeiro, ex-menino pro- dígio e atual milionário, o o segundo um corneteiro comercial que os falsos apre- ciadores de jazz costumam colocar no topo das seleções...) Do seu segundo matri- mônio nasceram duas filhas que dificilmente conseguirão possuir um par de per- nas tão perfeito, duradouro e valioso como o da mamãe... Betty Grable, artista por acaso, aparenta ser o tipo da mulher bonita sem um pingo de massa cinzenta no crâneo... Mesmo assim, não é possível desgostar dela. Porque Betty é mesmo, como diz o meu camarada Y. Maia, «um bichinho», um bichinho de quem a gente não exige nada, exceto que se movimente à vontade... Confesso que sou apreciador de todos os seus filmes, não porque valham um caracol, mas por causa das pernas, das pernas, das pernas, meus amigos!... Fox, United Artists, Metro, Paramount, RKO Rádio foram as companhias para quem ela andou filmando nestes seus vinte e um anos de carreira cinematográfica. E aqui vai a relagão das películas: «A Ca- minho de Hollywood» e «Whooppee» (1930); «O Meu Boi Morreu» (1932); «Folias de Estudantes», (1933); «A Alegre Divorciada», «No Ritmo do Jazz», «O Preço da Klh"^^ Inocência» (1934); «Colégio de Sapequismo», «Os Reincidentes» (1935); Nas Águas da Esquadra», «Amor nos Bastidores», «Loucuras de Estudantes» (1936); «Na Reta da Chegada» (1937); Uma só vez na vida», «Caloura entre Calouros», «Jazz-Acade- mia», «Quero um marido» (1938); Ela prefere um atleta», «Terror dos Maridos» (1939); «Serenata Tropical», «A Vida é uma Canção» (1940); «Sob o luar de Miami», «Quem matou Vicky?» (1941); «Canção do Havaí», «Um ianque na RAF», «Rapso- dia da Ribalta», «Minha Secretária Brasileira» (1942); «Turbilhão», «Rosa, a revol- tosa» (1943); «A Preferida», «Quatro mopas num jeep», (1944); «Mulheres e Diamanr tes», «As Irmãs Dolly» (1945); «Sua alteza a secretária» (1946); «E os anos passa- ram» (1947); «A Condessa se rende», «Quando sorri o amor» (1948); «Esta loura é um demônio», «Noiva que não beija» (1949); «A Cegonha Demora-se» (1950); «Call B^'-iiPll™mWÈÊÊÊÊ^ài.m ^ me Mister» e «Meet me after the show (1951).

a 3 de março de 1918, NASCEUno Rio, D.F., Brasil. E' advogado e teria sido ape- RIBEIRO nas isso se numa das festas de fim-de-ano não fosse notada a sua atuação entre outros rapazes e FORTES moças que participavam de um festival. Ribeiro Fortes matricu- lou-se no Curso do Serviço Nacio- nal de Teatro procurando entrar em contacto mais direto com- a arte de representar. No convívio com professores, condiscípulos e atores famosos dos nossos palcos, Ribeiro Fortes tomou gosto pelo teatro. Entrou para o elenco de 'representou Dulcina, com quem «César e Cleopatra». Largou en- tão toda atividade extra-artística pedindo demissão do cargo que Àm\mWm%' f desempenhava no Ministério da 0WÊÊm mÊkW&lí - y Marinha. Na troupe de Dulcina o rapaz apareceu ainda em «Bo- das de Sangue», de Lorca, «Des- Ám\vÊÊÈÊÊÊÊr lumbramento» de Keith Winter, «Anfitrião 38», de Giradoux e ou- trás que marcaram época. Em se- guida recebeu convite para atuar no rádio e hoje é radiator da Tu- pi. Voltou ao teatro para repre- sentar com Morineau «Os filhos de Eduardo» e «Catarina da Rús- I sia». Sua estréia no cinema ocor- re em «O Meu Dia Chegará», a co- I média da Nova Terra dirigido por Tálamo. Ribeiro Fortes é ai- to, moreno, simpático, usa bigo- des bem aparados, tem cabelos e olhos negros.

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OSWALDO DA CUNHA INICIO DE TEMPORADA agora, definitivamente todos os vestígios '£«S5£>.-:-x.v.,.¦¦:¦¦..-:¦.-:.> .¦:./:w;;;,:'v";. x :,y-'?wK§wS&^- ¦''' " ¦¦¦'¦¦ ¦:¦:¦:¦?*?.¦¦ ¦¦.<•?¦:¦.5£??'J* do período carnavalesco que interpõe à vida da cidade, em DESAPARECIDOStodos os seus aspectos, uma prejudicial interrupção, come- çam a esborçar-se os primeiros movimentos para o início da temporada que constitue sem dúxida o ponto máximo de nos- sas atividades artísticas. Algumas iniciativas encontram-se já L *iJllBSllfflnHllffr:YmmêÊyW&ÊJmSmm B.Ü8 - -- em franco desenvolvimento, como ò Teatro Experimental de ópe- ra, que vem realizando uma série de espetáculos populares num dos nossos teatros; outras anunciam o início de suas atividades para breve, como a Temporada de Arte Nacional, que segundo tudo indica, deverá estrear na última semana deste mês, apre- Xi4 sentando no nosso Teatro Municipal um vasto e variado reper- tório de óperas, todas elas interpretadas por artistas nacionais. Outras iniciativas de vulto deverão ser tomadas por sociedades especializadas, continuando no seu meritório trabalho de apre- sentar às nossa platéias, artistas de méritos incontestáveis e de renome internacional. Tal é o caso da A.B.C., que entre vá- rias atrações do seu explendido programa, à exemplo decanos anteriores, vem de anunciar a apresentação de, entre outros ar- tistas, os notáveis pianistas Rubinstein e Backauss. Naturalmente no seu devido tempo, teremos conhecimento de empreendimen- tos outros que trarão à nossa presença cantores, pianistas, bai- larinos e demais famosos in- novo, bonitão, mas um bocado másculo, também. Dele já vimos térpretes da arte universal. ATOR«Monstros de um Mundo Perdido», «Legião Invencível» e «Caravana Aguardemos, pois, e façamos de Bravos». Boa pinta, trabalha direitinho. Não sabemos porém, votos para que as apresenta- á altura das nos- onde nem quando nasceu. Contratado, atualmente de John Ford, da Ar- ções estejam sas exigentes e não da RKO Radio. Um dos poucos atores novos, de Hollywood, que platéias gossy, nos decepcionem, como acon- é, absolutamente, «coca-cola» de aparenta ter talento, de fato. Não galã teco algumas vezes. que anda infestado o mercado... A semelhança física com John Wayne e muito grande. Mas Ben Johnson tem personalidade. O que já significa multo, né? NOTICIÁRIO j^ljtt^K 4ÍmTv^yW.:. ':^^Ê^^^^^^Bmmmmt^^y- TEMPORADA DE ARTE NACIONAL PARA 1951 Segundo comunicação rece- bida, os trabalhos de preparo e seleção dos cantores que de- /erão participar da Temporada Prosseguindo na série de re- Arte Nacional citais que vem realizando na de prosseguem França, a • pianista Madalena sem interrupção e com a maior TagliaferTo apresentou-se no intensidade. mês próximo findo, em Paris, JOAN LESLIE maestro executando o Primeiro Concerto Sob a supervisão do em Dó Maior, de Bethoven, com Sílvio Piergili, coordenador ar- a Orquestra dos Concertos Pas- tístico da Comissão Artística deloups, sob a regência do Leslie em De- Joan e Cultural do Teatro Munici- maestro Pierre Devaux. Unidos, NASCEUtroit, 111., Estados pai, os regentes José Torre e a 26 de janeiro de 1925. Santiago Guerra e os maestros preparadores André Vivante, Olhos de âmbar, cabelos casta- Cleofe Person de Matos, Mário Bruno e Ella Podorelsky, vêm se nhos-dourados. Mede 5 pés e 4 desvelando em consecutivos ensaios, na organização final das deverão figurar na Temporada. polegadas de altura. Bonitinha óperas e dos artistas que Assim é as óperas já anunciadas, está sendo prepa- que só vendo. O meu amigo Ge- que, para rado numeroso de cantores, devendo a escolha final ser rald Connor considera-a um au- grupo após acurados estudos das características e especialidades Está no cinema feita têntico pudim... de cada cantor, qualidades essas indicativas para os personagens Entre os seus filmes desde 1938. das óperas que deverão ser levadas à cena, de maneira que se mais notáveis figuram: «A Dama adaptem, na forma mais real, ao «physique du role» de cada um das Camélias», «Conquistadores deles, nos diferentes papéis.« do Ar», «Correspondente estran- São os seguintes os artistas que desde já estão sendo prepara- — geiro», «Carnaval na Neve», «Fio- dos e selecionados para as diversas óperas anunciadas senho- resta Encantada», «último Refú- ras: Nadir de Melo Couto — Lena Monteiro de Barros — Alaide — Figueiredo — Lucy Politano — Darcila Bar- gio», «Tragédia do Circo», «Ado- Briani Nadir de — — — Irmgard Muller rável Vagabundo», «Canção da ros Vanda Bonfim Kleusa de Pennafort ²Carmen Pimentel — Helena Pimentel — Rose Krakauer — Vitória», «Sargento York», Assim Sobral — Giselda Fonseca — Lia Roberti — Zuleika Ne- «E' dificil ser Carmen é que elas gostam», ves — Gisela Hafner — Alzira Ribeiro — Cecília Guimarães Mota de feliz», «Tudo por ti», «Forja ²Rosita de Souza — Cacilda Bhering — Olga Maria Schroeter Heróis», «Graças a minha boa e Laura Neto do Vale; e senhores: Luís Nascimento — Raul Gon- estrela», «Rapsódia Azul», «Um çalves — Carlos Walter — Isauro Camino — Alfredo Colósimo — sonho em Hollywood», «Fantasia Edson Macedo — Vicente Cunha — Edgar Veloso — Newton de de Amor», «Juventude Impetuo- Paiva — Jorge Bailly — Neylton Martins — Geraldo Chagas — sa», «Cindirela Jones», «Janie se Antônio Lembo — Ernesto de Marco — Nestor Caparelli e outros. a ai- casa», «Um trono por um amor», Vários papéis de «protagonista» serão confiados, também, relevo nas temporadas «O destino se repete», «Alma sem guns artistas que apareceram com notável na 24) pudor» e «A Flor dos Maridos», (Cont. pág.

A CENA MUDA — 15-3-51 — Páff. 33 CINEMA BRASILEIRO (Cont. da pág. 19)

•Y&£[email protected]¦¦¦ Ag ^BvBBj ¦*•'. Bfll fl^|^B ¦¦¦'¦;''^^^HBV^K^»í|;^^B ¦¦'¦>' H^SIfl sendo novamente atingida pelas setas do tra- vesso e irrequieto Cupido. Trata-se de «Susana e o Presidente», segundo filme da Maristela.

«O Comprador de Fazendas», baseado no cqn- te do mesmo nome, de Monteiro Lobato, já se encontra em preparo, devendo iniciar-se dentro de pouco tempo. Êsse filme marcará a volta de Procópio Ferreira ao cinema, desta vez ao lado de Henriette Morineau. A êsse respeito, disse o grande ator do teatro brasileiro: — «Farei um filme com a «Maristela», baseado num conto do inesquecível Monteiro Lobato — «O Comprador de Fazendas», dirigido por Alberto Pieralisi, e acho que dará um bom filme. O autor, a compa- nhia de Morineau, as intenções honestas da Ma- ristela, de fazer filmes honestes, levaram-me a aceitar. Logo que termine a minha atual tem- porada, farei a película. Espero que ela venha consolidar a posição sólida que o cinema bra- sileiro está tentando adquirir.»

Alberto Cavalcanti, o cineasta patrício que conquistou fama nos estúdios ingleses, esteve em visita aos estúdios dá Cinematográfica Ma- ristela, no Jaçanã, admirando-se ao constatar os altos recursos técnicos de que a Companhia dis- põe, afirmando estar satisfeito por poder veri- ficar que a indústria cinematográfica brasileira hoje pode considerar-se uma realidade.

Silvana Mangano, de volta do festival cinemato- gráfico de Punta dei Leste, na vizinha república uruguaia, visitou os estúdios da Maristela, em companhia de seu marido, o produtor Dino De Laurentis, que nos deu «O Bandido», «Brigante Mussolini» e agora «Arroz Amargo», e do sr. Cario Ponti, produtor de «Um Ianque na Itália», «As Misérias de Mrs. Traver», e do notável ca- mera-man Aldo Tonti, responsável pela fotografia de «Caravaggio», primeiro prêmio no Festival de Veneza, «O Bandido» e outros. Silvana Man- gano foi recebida por Alberto Audrá, diretor- presidente da Maristela, Mário Audrá Jr., dire- tor-gerente e Mário Civelli, diretor-geral de pro- dução. Após percorrer demoradamente os estú- dios da companhia, mostrou-se encantada com tudo quanto lhe foi dado ver. Lamentou a atriz não poder permanecer entre nós como era seu desejo, devido aos compromissos que ainda a prendem aos estúdios italianos. Mas em princí- pios de 1952 vindouro ela ficará livre, e então contaremos com sua presença entre nós, e pos- slvelmente numa co-produção «Maristela-Ponti- De Laurentis». fwy-y <

«Meu Destino é Pecar», o famoso romance de Suzana Flag, que tanto sucesso obteve em todo o Brasil, será filmado pela Maristela em co-pro- dução com Manoel Peluffo, diretor recém-chegado do México.

Carlos Ortiz, o conhecido crítico cinematográ- fico, professor do seminário de cinema, que aca- m ba de dirigir «Alameda da Saudade», foi contra- ii- ' tado p?la Maristela. Carlos Ortiz — estreará na Maristela como assistente de direção no filmo «Meu Destino é Pecar», baseado no livro de Suzana Flag. íl

Alex Viany está a caminho do êxito. Mário Civelli está decidido a abrir as portas dos ee- túdios aos valores jovens do Brasil. Para início, Alex Viany terá o seu argumento «última Noite» MARIE WILSON — (Paramount) filmado pela Maristela. — N A CENA MUDA — 15-3-51 Pág. 34 DE SABOR BEM NOSSO... iam.rtia brasileira» „ o licor da .mm Há quarenta anos o Licor de Cacau Dubar vem deliciando WU; Jjf o paladar dos que sabem escolher. Peça Licor de Cacau Dubar e estará «$Sfe t,-SSB m& í pedindo o melhor. '.y>êíÈW :^l WfâÈÊmiy IP . WmÊk ¦: 589HI I 5 «:: BBS^ Ijr LdnH i §5&":vv> 3&0& $5ͧ£ LICOR § Pi LI *ffifeí.,Xt {.:%»$» DE CACAU mm I x:'i 11 DUBAR 1 tu InR^' 1

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