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38681463.Pdf View metadata, citation and similar papers at core.ac.uk brought to you by CORE provided by Portal do Conhecimento INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA IVETE MARIA FORTES ÉVORA A Produção da Aguardente na Ilha de Santo Antão e o seu Contrabando nos meados do século XX: um olhar histórico Licenciatura em Ensino de História Praia, Setembro de 2006 INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA IVETE MARIA FORTES ÉVORA A produção da aguardente na ilha de Santo Antão e seu contrabando nos meados do século XX: um olhar histórico Licenciatura em Ensino de História Praia, Setembro de 2006 IVETE MARIA FORTES ÉVORA A produção da aguardente na ilha de Santo Antão e seu contrabando nos meados do século XX: um olhar histórico Trabalho monográfico apresentado ao Instituto Superior de Educação para a obtenção do grau de Licenciatura em Ensino de História sob a orientação do Dr. José Silva Évora. ISE, Setembro de 2006 Ivete Maria Fortes Évora A produção da aguardente na ilha de Santo Antão, e seu contrabando nos meados do século XX: um olhar histórico Aprovado pelos membros do júri e homologado pelo Presidente do Instituto Superior de Educação, como requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciatura em Ensino de História O JÚRI _____________________________________ _____________________________________ ______________________________________ ISE, _____ de __________de 2006. I Dedicatória À minha mãe Bibi, à qual devo a razão da minha existência e que nos momentos mais difíceis esteve sempre presente. À minha filha Andreia, ao meu namorado César e aos meus irmãos, que sempre se preocuparam com a minha formação. II Agradecimentos O trabalho que aqui se apresenta, da completa responsabilidade da autora, só se concretizou e atingiu o ponto final, devido ao contributo e apoio de várias pessoas, que eu gostaria de agradecer imensamente, e isso só poderá ser feita através de curtas palavras. Sendo assim, um agradecimento muito especial e particular ao meu professor e orientador Dr. José Silva Évora, pela paciência e disponibilidade que teve ao longo da elaboração do trabalho. No geral agradeço, aos senhores: Domingos Santos, João Nascimento Jesus, José Angelina Santos, Manuel Nascimento, Pires Ferreira, Rosa Francisca Fortes, Zacarias Delgado, Carlos Fortes, pelas entrevistas que me concederam, que foram importantes e sem as quais o presente trabalho não poderia ser realizado. Ainda aos senhores Jorge Pires, Lauro pela documentação facultada. Às minhas colegas Lanísia, Joanita, Solange, e Marilda, pelo incentivo e apoio moral que sempre me concederam, durante a realização do trabalho. Aos professores: Dr. Sena Monteiro, Doutor Daniel Medina, Mestre Lourenço Gomes, Mestre Baltazar Neves, os quais não podia deixar de agradecer, pelas orientações concedidas. Aos que de uma forma ou de outra contribuíram para que o trabalho fosse uma realidade, um muito obrigado. INDICE Paginas Introdução ---------------------------------------------------------------------------------------------1 CAPITULO I 1 - Enquadramento Histórico e geográfico ------------------------------------------------------ 3 1.1 – Enquadramento Geográfico ------------------------------------------------------------------- 3 1.2 – Enquadramento Histórico ---------------------------------------------------------------------- 5 CAPITULO II 2 - Santo Antão nos meados do século XX -------------------------------------------------------- 8 2.1 – Aspectos da economia --------------------------------------------------------------------------- 8 2.2 – Impacto da agricultura --------------------------------------------------------------------------- 11 2.3 – O cultivo da cana sacarina: um exemplo de Monocultura na ilha de Santo Antão ------13 CAPITULO III 3 - O fabrico da aguardente e seu consumo na e fora da Ilha -------------------------------- 19 3.1 – Caracterização dos espaços de produção ----------------------------------------------------- 19 3.2 – Produção da aguardente ------------------------------------------------------------------------- 21 3.2.1 – A fermentação --------------------------------------------------------------------------------- 22 3.2.2 – A destilação da calda ------------------------------------------------------------------------- 23 3.3 – A comercialização na e fora da Ilha ---------------------------------------------------------- 24 3.4 – Impacto do seu consumo ----------------------------------------------------------------------- 26 CAPITULO IV 4 - O contrabando da aguardente na ilha de santo Antão ------------------------------------ 29 4.1 – Regulamentação de fiscalização da aguardente nas ilhas de Cabo Verde --------------- 29 4.1.1 – Imposto ----------------------------------------------------------------------------------------- 30 4.1.2 – Licença para destilação ----------------------------------------------------------------------- 30 4.2 – Legislação de proibição do fabrico da aguardente em Cabo Verde -----------------------36 4.3 – Início do contrabando e suas consequências na ilha de Santo Antão --------------------- 38 4.4 - Legalização da produção do fabrico da aguardente ----------------------------------------- 44 Conclusão ----------------------------------------------------------------------------------------------- 47 Bibliografia --------------------------------------------------------------------------------------------- 50 Anexos A produção da aguardente na Ilha de Santo Antão, e seu contrabando nos meados do Século: XX: um olhar histórico 1 Introdução O trabalho que ora apresentamos insere-se no âmbito das exigências curriculares do ISE, como requisito parcial para a obtenção do grau de licenciatura em ensino de história. Para o efeito propusemos como tema, a produção da aguardente na ilha de Santo Antão, e o seu contrabando nos meados do século XX, assunto tão falado na e fora da ilha, mas muito pouco tratado na nossa historiografia, sendo essa, uma das razões da escolha. Sendo assim, quisemos no fim do curso de Ensino de História dar o nosso contributo, ainda que modesto sobre esta matéria, procurando dentro do possível, lançar um olhar sobre um dos aspectos que parece-nos mais marcantes na história contemporânea de Santo Antão. Pela documentação consultada nomeadamente os Boletins Oficiais da então Colónia de Cabo Verde, foi-nos possível seguir o percurso histórico por que passou a produção da aguardente, pelo menos, no que diz respeito à legislação e regulamentação sobre esta matéria. Para além da documentação consultada, para a elaboração deste trabalho, recorremos a pesquisas de campo nomeadamente as entrevistas, que foram aplicadas às pessoas que de uma forma ou de outra estiveram ligadas ao fenómeno. Os objectivos traçados para a elaboração deste trabalho foram: - Conhecer o impacto socio-económico da produção da aguardente na ilha de Santo Antão; - Explicar as razões que levaram o governo de então a proibir o fabrico da aguardente e, finalmente, analisar as consequências do contrabando deste produto. Ivete Maria Fortes Évora A produção da aguardente na Ilha de Santo Antão, e seu contrabando nos meados do Século: XX: um olhar histórico 2 O referido trabalho encontra-se compartimentado em quatro capítulos, estes subdivididos em sub-capítulos, com excepção das partes reservadas à introdução, conclusão, bibliografia e anexos. Assim, no primeiro capítulo trabalhámos o enquadramento histórico e geográfico de Santo Antão, onde fizemos um breve resumo daquilo que foi a descoberta e o povoamento da ilha; No segundo capítulo falámos de Santo Antão nos meados do século XX, realçando alguns aspectos da economia e da sociedade e o cultivo da cana sacarina na ilha; No terceiro capitulo abordámos a produção/fabrico da aguardente e o seu consumo na e fora da ilha, onde tentámos demonstrar todo o processo de fabrico deste produto, sua comercialização, bem como o impacto do seu consumo. Finalmente no quarto e último capítulo levantámos a problemática do contrabando nos meados do século XX, tentando sempre que possível explicar os motivos que levaram o então governador da Colónia de Cabo Verde a proibir o fabrico da aguardente. Ivete Maria Fortes Évora A produção da aguardente na Ilha de Santo Antão, e seu contrabando nos meados do Século: XX: um olhar histórico 3 CAPÍTULO I Enquadramento Histórico e Geográfico da Ilha de Santo Antão 1.1 - Enquadramento Geográfico Situado na parte mais setentrional do arquipélago de Cabo Verde, a ilha de Santo Antão faz parte do grupo das ilhas de Barlavento, com uma superfície de 779 Km2. É a segunda em dimensão, depois da ilha de Santiago. O seu ponto mais alto é o Topo de Coroa com 1979 metros de altitude, situa-se na parte Oeste da Ilha e é a segunda maior altitude do arquipélago, depois da Ilha do Fogo. Situa-se no “Atlântico Médio, a cerca de 450Km da Costa Africana entre os paralelos 16°55’ Norte no Extremo Sul e 17°12’ de latitude Norte no extremo Norte e os meridianos 24°58’ no Extremo Este e 25°22’ de longitude W G, no Extremo oeste, delimitados respectivamente pela Ponta do Sol, Ponta Cais dos Fortes, Ponta Chã de Mangrade e ponta da salina1. A ilha tem um relevo bastante acidentado, principalmente nas regiões norte e nordeste. É a mais montanhosa do arquipélago de Cabo Verde, com muitas serras e cordilheiras, entre os quais encontram-se os vales que nas épocas “das-águas” correm caudalosamente: Ribeira Grande, Ribeira da Torre, Ribeira do Paúl, Ribeira de Duque, Ribeira da Garça entre outros. Tem 42.750 Km de comprimento e 23.970 Km de largura.
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