W E B E R

FORTISSIMO Nº 22 — 2016 N M E N D E L S S

24/11 ALLEGRO 25/11 VIVACE O H N W A G N E R

MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DE MINAS GERAIS E CEMIG APRESENTAM

24/11 ALLEGRO 25/11 VIVACE

Nossos concertos são possíveis graças à Lei Rouanet e aos nossos patrocinadores. FOTO: EUGÊNIO SÁVIO Caros amigos e amigas,

Recebemos com alegria o pianista finlandês Antti Siirala, que nos brinda pela primeira vez com sua presença e interpreta o belo Concerto nº 2 de Felix Mendelssohn.

Marcos Arakaki, regente associado da Filarmônica, expõe três lados distintos do Romantismo do século XIX: a expressão clássica, mas subjetiva, da Italiana de Mendelssohn, a força dramática e incontida do famoso Prelúdio e morte por amor, do revolucionário Richard Wagner, e o romantismo tardio do austríaco Anton Webern.

Emoções das mais variadas nos esperam nesta noite de primavera. Preparam-se para elas.

FABIO MECHETTI Diretor Artístico e Regente Titular

3 FOTO: EUGÊNIO SÁVIO FOTO:

FABIO MECHETTI diretor artístico e regente titular

esde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular Dda Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e gravações para o selo Naxos.

Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais 4 de verão nos Estados Unidos, entre No Brasil, foi convidado a dirigir a eles os de Grant Park em Chicago Sinfônica Brasileira, a Estadual de e Chautauqua em Nova York. São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de Realizou diversos concertos no México, São Paulo e do Rio de Janeiro. Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu Trabalhou com artistas como Alicia as orquestras sinfônicas de Tóquio, de Larrocha, Thomas Hampson, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil a Orquestra da Rádio e TV Espanhola Shaham, Midori, Evelyn Glennie, em Madri, a Filarmônica de Auckland, Kathleen Battle, entre outros. Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá. Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos Vencedor do Concurso Internacional de dirigindo a Ópera de Washington. Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, No seu repertório destacam-se Mechetti dirige regularmente na produções de Tosca, Turandot, Carmem, Escandinávia, particularmente a Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a Madame Butterfly, O barbeiro de de Helsingborg, Suécia. Recentemente Sevilha, La Traviata e Otello. fez sua estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica de Tampere, e na Fabio Mechetti recebeu títulos Itália, dirigindo a Orquestra Sinfônica de mestrado em Regência e em de Roma. Em 2016 estreou com a Composição pela prestigiosa Filarmônica de Odense, na Dinamarca. Juilliard School de Nova York. 5 W M

W6 MARCOS ARAKAKI, regente ANTTI SIIRALA, piano

PROGRAMA

Anton WEBERN Passacaglia, op. 1

Felix MENDELSSOHN Concerto para piano nº 2 em ré menor, op. 40

Allegro appassionato Adagio – Molto sostenuto Finale – Presto scherzando

INTERVALO

Richard WAGNER M Tristão e Isolda: Prelúdio e morte por amor

Felix MENDELSSOHN Sinfonia nº 4 em Lá maior, op. 90, “Italiana”

Allegro vivace Andante con moto Con moto moderato Saltarello – Presto ARAKAKI MARCOS

FOTO: RAFAEL MOTTA Marcos Arakaki é regente associado da Petrobras Sinfônica, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e colabora Experimental de Repertório, orquestras com a Orquestra desde 2011. Bacharel de Câmara da Cidade de Curitiba e da em música pela Universidade Estadual Osesp, Camerata Fukuda, dentre outras. Paulista, na classe de violino do professor No exterior, dirigiu as orquestras Ayrton Pinto, em 2004 concluiu o Filarmônica de Buenos Aires, mestrado em Regência Orquestral Sinfônica de Xalapa, Filarmônica pela Universidade de Massachusetts, da Universidade Autônoma do México, Estados Unidos. Participou do Aspen Kharkiv Philharmonic da Ucrânia Music Festival and School (2005), e a Boshlav Martinu Philharmonic recebendo orientações de David Zinman da República Tcheca. na American Academy of Conducting at Aspen, nos Estados Unidos, além Marcos Arakaki acompanhou de masterclasses com os maestros Kurt importantes artistas do cenário Masur, Charles Dutoit e Sir Neville erudito, como Gabriela Montero, Marriner. Sua trajetória artística é Sergio Tiempo, Anna Vinnitskaya, marcada por prêmios como o do Sofya Gulyak, Ricardo Castro, 1º Concurso Nacional Eleazar de Carvalho Rachel Barton Pine, Chloë Hanslip, para Jovens Regentes, promovido pela Luíz Filíp, entre outros. Orquestra Petrobras Sinfônica em 2001, e o Prêmio Camargo Guarnieri, concedido Ao longo dos últimos dez anos, pelo Festival Internacional de Campos do Marcos Arakaki tem contribuído de Jordão em 2009, ambos como primeiro forma decisiva para a formação de novas colocado. Foi também semifinalista no plateias, por meio de apresentações 3º Concurso Internacional Eduardo Mata, didáticas, bem como para a difusão da realizado na Cidade do México em 2007. música de concertos através de turnês a mais de setenta cidades brasileiras. Atua, Além da Orquestra Filarmônica de ainda, como coordenador pedagógico, Minas Gerais, Marcos Arakaki tem professor e palestrante em diversos dirigido outras importantes orquestras projetos culturais e em instituições tanto no Brasil como no exterior. como Casa do Saber do Rio de Janeiro, Estão entre elas as orquestras sinfônicas programa Jovens Talentos de Furnas, Brasileira (OSB), do Estado de São Paulo Música na Estrada, Universidade (Osesp), do Teatro Nacional Claudio Federal da Paraíba, Universidade Santoro, do Paraná, de Campinas, do Federal do Rio Grande do Norte, Espírito Santo, da Paraíba, da Universidade Universidade Federal de Roraima e de São Paulo, a Filarmônica de Goiás, em vários conservatórios brasileiros. 9 SIIRALA ANTTI

FOTO: VOLKER BEUSHAUSEN Classificado em primeiro lugar em Xavier Roth, Esa-Pekka Salonen, Jukka- três concursos internacionais de piano, Pekka Saraste, Lan Shui, Mario Venzago, incluindo a prestigiosa Competição Hugh Wolff e Xian Zhang. Também teve de Leeds, o finlandês Antti Siirala se colaborações de sucesso com pianistas estabeleceu como um dos melhores como Emanuel Ax, Yefim Bronfman, pianistas de sua geração. Além de uma Hélène Grimaud e Ivo Pogorelich. estreia impressionante com a Sinfônica de São Francisco, sob regência de Osmo Siirala foi um dos quatro artistas Vänskä, ele se apresentou nos Estados selecionados pela série de recitais de Unidos com as sinfônicas de Detroit, piano da Filarmônica de Berlim, junto Indianápolis, Jacksonville, Knoxville e com Pierre Laurent Aimard, Lang Lang e Nova Jersey, com a Filarmônica da Martin Helmchen. Ele tocou no Kölner Louisiana e com a Mostly Mozart Orchestra Philharmonie, no Concertgebouw, no Lincoln Center. Nesta temporada, Festival de Lucerna, Schumannfest, estreia com a Orquestra de Sarasota. Tonhalle de Zurique e Wigmore Hall, além de salas em Bruxelas, Milão, Detroit Ao redor do mundo, Siirala já se e Nova York. Na música de câmara, apresentou com as sinfônicas de Bamberg, Siirala tem colaborações com Jan Vogler, da BBC de Londres, de Birmingham, de grupo Moritzburg, Caroline Widmann, São Petersburgo, de Viena e de Cingapura; Christian Poltera e Lawrence Power. orquestras do Festival de Budapeste, da Rádio Finlandesa, da Rádio de Seu álbum de estreia com trabalhos de Frankfurt, da Rádio Sueca, de Melbourne, Schubert para a Naxos e sua gravação de de Queensland, NDR de Hannover, Brahms para a Ondine foram Escolha do WDR de Colônia, SWR de Freiburg e Editor da revista Gramophone; a Piano Baden-Baden, Nacional Real Escocesa; News deu ao disco de Brahms sua nota mais Sinfônica Alemã de Berlim, Sinfônica alta em interpretação. Ele também gravou NHK; Deutsche Staatsphilharmonie Beethoven para os selos AVIE e Sony. e filarmônicas de Liverpool e do Novo Japão; Residentie Orkest de Brahms e Beethoven estão no centro do Haia e Tonhalle-Orchester Zürich. repertório de Siirala, mas sua compreensão e compromisso com a música chegam O pianista esteve sob regência de Paavo à música nova. Ele estreou obras de Berglund, , Semyon Walter Gieseler, Kuldar Sink, Uljas Bychkov, Stéphane Denève, Thierry Pulkkis, Kalevi Aho e Kaijo Saariaho. Fischer, Mikko Franck, Michael Gielen, Miguel Harth-Bedoya, Pietari Inkinen, Em 2013, tornou-se professor de piano Kristjan Järvi, Neemi Järvi, , no Hochschule für Musik und Theater, Susanna Mälkki, , François- em Munique. 11 Anton WEBERN Áustria, 1883 – 1945

PASSACAGLIA, OP. 1 (1908) 15 min

A Passacaglia, op. 1, marca a conclusão dos estudos musicais de Webern sob a supervisão direta de Schoenberg. Nessa obra, o tema parece evocar os passos de uma caminhada que, ao longo da peça, mostra o compositor tributário da tradição romântica, em especial a que remonta a Mahler e Brahms. No entanto, essa tradição se apresenta, aqui, sob a forte influência do diálogo já estabelecido por Schoenberg e do expressionismo schoenberguiano, presente em obras do mestre, tais como a Primeira Sinfonia de Câmara e o Segundo Quarteto de Cordas. A exemplo do professor, que falava abertamente de sua fecunda relação dialógica com a tradição, Webern assimila e incorpora, mas também responde e transforma.

A Passacaglia surpreende o ouvinte, quando confrontada com a evolução da obra weberniana. A ela não são estranhos o arroubo e as passagens eloquentes, de orquestração mahleriana. Passagens desse tipo ficam muito em evidência nos pontos culminantes das seções inicial e final da obra. Tais seções exploram os limites da tonalidade de ré menor, diga-se, de passagem, uma tonalidade especialmente cara a obras da maturidade de Mahler. A seção central, contrastante, tem algo do pathos brahmsiano que, vale dizer, percorre toda a Passacaglia e aflora de modo especial no cantabile de inúmeros gestos melódicos, entregues, sobretudo, aos instrumentos de sopro.

Mas a filiação pós-romântica daPassacaglia não exclui elementos composicionais caros ao estilo que marcaria a evolução da linguagem composicional de Webern. O próprio tema, anunciado pelas cordas, em pizzicato, valoriza um elemento essencial da poética weberniana: o silêncio, carregado de expressividade e de expectativa, que valoriza cada novo som apresentado em um movimento lento e uniforme. Na estruturação melódica desse tema, de apenas oito notas – 12 W INSTRUMENTAÇÃO Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, a exemplo de inúmeros temas da tímpanos, percussão, harpa, cordas. passacalhas barrocas –, chama atenção, primeiramente, a estruturação PARA OUVIR melódica, que parte da tônica (ré) e a CD Webern – Complete Works, op. 1-op. 31 ela retorna, após anunciar, através de – London Symphony Orchestra and others – Pierre Boulez, regente – Sony Classical – um lá bemol, estranho à tonalidade de 2013 (3 discos) ré menor, que estamos, desde já, diante de uma tonalidade expandida. Outra PARA ASSISTIR WDR Sinfonieorchester Köln – Jukka-Pekka importante característica dessa melodia Saraste, regente | Acesse: fil.mg/wpassacaglia é, à exceção da tônica, a não repetição de notas, princípio composicional caro PARA LER Oliver Neighbour; Paul Griffiths; George Perle aos compositores da Segunda Escola de – Segunda Escola Vienense – Série The New Viena. Nesse sentido, a própria escolha Grove – L&PM Editores – 1990 da passacalha, que tem como base a técnica da variação, parece consequente, pelo discurso que evita o retorno.

Podemos constatar ainda que, já nas primeiras variações, Webern acrescenta ao tema, como a um cantus firmus, outros materiais melódicos, e o faz com o domínio do contraponto e da concisão de escritura que prefigura aspectos distintivos de outras obras suas. Ao acrescentarmos que, não raro, uma orquestração de meias tintas, caracterizada pela limpidez e transparência, veicula a ideia musical através do essencial, temos outra evidência de que já estamos diante do compositor que não cessaria de nos surpreender. Ao ouvinte, fica o convite para a fruição da Passacaglia e das demais obras às quais Anton Webern OILIAM LANNA Compositor, professor imprimiu sua personalíssima da Escola de Música da Universidade linguagem composicional. Federal de Minas Gerais. W13 Felix MENDELSSOHN Alemanha, 1809 – 1847

CONCERTO PARA PIANO Nº 2 EM RÉ MENOR, OP. 40 (1837) 25 min

O ano de 1835 marcou o início de uma venturosa fase para o compositor alemão Felix Mendelssohn. Ele fora convidado a dirigir a Sociedade dos Concertos da Gewandhaus, de Leipzig, obtendo extraordinário êxito. O sucesso naquela cidade carregava um significado especial para Mendelssohn: lá, um século antes, vivera seu ídolo, Johann Sebastian Bach. O ambiente de Leipzig inspirou Mendelssohn a compor uma grande obra de estilo bachiano, o Oratório São Paulo, concluído em 1836. A obra foi executada durante o Festival de Birmingham de 1837, na Inglaterra. Nessa ocasião, Mendelssohn também estreou seu Concerto para piano n° 2. A essa altura de sua vida, ele já possuía reputação internacional tanto como pianista quanto como compositor, sendo particularmente popular na Inglaterra vitoriana, e firmara-se como um hábil compositor de concertos, gênero ao qual dedicou dezenas de criações. Para piano e orquestra já havia composto o Capricho Brilhante, o Rondó Brilhante e o Concerto n° 1, além do Concerto em lá menor e outros dois concertos para dois pianos.

Embora o período de Leipzig representasse prestígio profissional para Mendelssohn, foi marcado pela morte de seu pai, fato que o abateu profundamente. O alento foi trazido pelo amor de Cécile Charlotte Sophie Jeanrenaud, com quem Mendelssohn se casou em 1837. No Concerto para piano n° 2, iniciado durante a lua de mel, podem ser percebidos elementos exteriores como a tragédia da morte, representada pela tonalidade de ré menor, e momentos calorosamente românticos e suaves, pintados em tonalidades maiores. Na introdução, as primeiras intervenções do piano são hesitantes, e o material melódico é sugerido em poucas notas. Após trinta compassos, uma cascata de oitavas do piano impulsiona toda a orquestra a expor integralmente o tema. Esse material temático sofrerá variações, que se desenvolverão em imitações contrapontísticas e figurações melódicas no piano, com alternância das mãos, à maneira de Liszt e Thalberg. M14 INSTRUMENTAÇÃO 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.

PARA OUVIR CD The Romantic Piano Concerto – vol. 17: Felix Mendelssohn – City of Birmingham Symphony Orchestra – Lawrence Foster, regente – Stephen Hough, piano – Hyperion – 1997 Os solos do piano, no entanto, em simplificada escrita coral, limitarão PARA ASSISTIR o caráter virtuosístico do Concerto nº 2 Orquestra da Rádio e Televisão Espanhola – Jozsef Horvath, regente – em relação ao seu predecessor, Fernando Cruz, piano (1º movimento) o Concerto nº 1. O compositor Acesse: fil.mg/mpiano2 Robert Schumann, na sua crítica PARA LER ao Concerto nº 2 de Mendelssohn, Attila C. Sampaio; Dietmar Holland – enganou-se ao considerá-lo uma obra Guia Básico dos Concertos – Civilização menor: “uma produção dos grandes Brasileira – 1995 mestres enquanto se recuperam de grandes esforços”. Na verdade, Mendelssohn debruçou-se sobre o Concerto nº 2 por mais de seis meses, fato incomum se levada em conta sua facilidade inventiva.

O Adagio, ligado ao Allegro appasionato por introspectivos arpejos do piano, inicia-se quase desapercebidamente. Nele, a escrita da parte solista assemelha-se às Canções sem Palavras, famoso conjunto de peças para piano de Mendelssohn. O ambiente plácido e devocional do Adagio logo dá lugar ao rítmico Finale. O romantismo apaixonado cede à alegria radiante. A sobriedade do arpejo descendente em ré menor, que introduzira o MARCELO CORRÊA Pianista, Mestre primeiro movimento, se dissipa em em Piano pela Universidade Federal de um vibrante arpejo ascendente em Minas Gerais, professor na Universidade ré maior, concluindo o concerto. do Estado de Minas Gerais. M15 Richard WAGNER Alemanha, 1813 – Itália, 1883

TRISTÃO E ISOLDA: PRELÚDIO E MORTE POR AMOR (1857/1859) 17 min

De Debussy a Schoenberg – para apenas mencionar dois polos diametralmente opostos –, todas as vozes aclamam Tristão e Isolda em uníssono. Debussy vai duas vezes em peregrinação a Bayreuth, depois de assistir ao Tristão em Viena, em 1882. Se, depois, ele toma um caminho muito diferente, é inegável que o contato com Wagner lhe propôs importantes ferramentas para libertar-se das funções tonais e da retórica do desenvolvimento temático. Os wagnerianos e, pouco mais tarde, a Segunda Escola de Viena, consideram Tristão e Isolda o anúncio profético dos caminhos musicais futuros: nessa obra, o trabalho audacioso com encadeamentos cromáticos potencializa a função expressiva, leva o sistema tonal aos seus limites mais extremos, esgota os recursos da harmonia – vedando-lhe a estabilidade – e inaugura as premissas de uma possível dissolução da tonalidade, mais tarde concretizada.

O resultado expressivo dos cromatismos em Tristão e Isolda tem nitidamente uma função dramática: a expectativa constante da resolução das dissonâncias, incessantemente adiada, é um procedimento capaz de criar o clima de tensão propício à paixão trágica e aos estados de crise. A lenda medieval que intitula a ópera de Wagner talvez não pudesse ter achado recurso musical mais adequado. A despeito dessa inventividade tamanha e de seu lugar fundamental dentre os maiores monumentos musicais do Ocidente, Tristão e Isolda não é a última ópera do compositor. Estreada em Munique, em 1865, sob a regência de Hans von Bülow, a ela sucederam ainda Os Mestres Cantores de Nurembergue (1868), Siegfried e O Crepúsculo dos Deuses (terceira e quarta partes, respectivamente, do ciclo O Anel do Nibelungo, ambas estreadas em 1876) e Parsifal (1882).

No entanto, mais que na tetralogia do Anel, é em Parsifal e em Tristão que a música de Wagner encontra a sua expressão mais genuína. 16 W INSTRUMENTAÇÃO Piccolo, 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 3 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, No Prelúdio de Tristão e Isolda, a tímpanos, harpa, cordas. indefinição tonal que se instala desde

os três primeiros compassos – nos PARA OUVIR quais uma curta e angulosa melodia CD Richard Wagner – Tannhäuser; desemboca em um acorde ambíguo, Siegfried Idyll; Tristan und Isolde – Orquestra Filarmônica de Viena – Herbert von Karajan, que não se resolve por completo – gera regente – Jessye Norman, soprano – tamanha tensão e causa uma impressão Deutsche Grammophon – 1988 dramática tão impactante que deixa PARA ASSISTIR estarrecido até o ouvinte mais atual. Chicago Symphony Orchestra – Georg Solti, regente | Acesse: fil.mg/wtristaoeisolda O par formado pelo prelúdio de Tristão PARA LER e a ária final da ópera transformaram-se, Roger Scruton – Death-Devoted Heart: desde muito cedo, pelas mãos do Sex and the Sacred in Wagner’s Tristan and próprio Wagner, em uma única peça Isolde – Oxford University Press – 2012 de concerto. Na verdade, essa combinação foi executada pela primeira vez em 1862, três anos antes da estreia da ópera propriamente dita. Há, para ela, duas versões: uma que inclui a voz na parte final e outra puramente orquestral. Chamado pelo próprio Wagner de Transfiguração (Verklärung), o extático e pungente cântico entoado por Isolda diante do cadáver de Tristão revela, dela, os sentimentos mais íntimos e, por isso mesmo, os menos definidos. Nesse cântico, Isolda se transporta para um estado em que amor, dissolução, união e morte magicamente se integram, onde o mar se confunde com o próprio universo. Mesmo sem voz, a versão orquestral do Mild und leise é sólida o MOACYR LATERZA FILHO Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua suficiente para garantir – integralmente Portuguesa, professor da Universidade do – o impacto dramático desse trecho Estado de Minas Gerais e da Fundação de antológico da obra de Wagner. Educação Artística. W17 Felix MENDELSSOHN Alemanha, 1809 – 1847

SINFONIA Nº 4 EM LÁ MAIOR, OP. 90, “ITALIANA” (1833/1834) 27 min

A Sinfonia Italiana é originária da viagem de três anos que Mendelssohn empreendeu pela Europa, aos vinte anos de idade, patrocinado pelo pai, um rico banqueiro de Berlim. Ao visitar a Itália, ele se encantou com as obras de arte, a beleza natural, o clima ensolarado e a contagiante alegria dos italianos, e logo começou a esboçar uma nova sinfonia.

Nos primeiros meses do ano de 1831, Mendelssohn faz menção, em várias cartas, à sinfonia que estava compondo e que desejava fosse uma obra alegre. Mas ele sentia que só conseguiria terminá-la após visitar Nápoles, cidade onde seria capaz de absorver, por completo, o espírito italiano. Ao que tudo indica, ele não conseguiu terminá-la na Itália, porque, em uma carta à irmã, de 21 de janeiro de 1832, de Paris, deixa claro haver abandonado a composição da Sinfonia Italiana para terminar a abertura da cantata Die erste Walpurgisnacht, op. 60. Constantemente insatisfeito com a obra, Mendelssohn fez correções até abril de 1833, quando a levou consigo para a estreia, em Londres, no dia 13 de maio, com a Sociedade Filarmônica de Londres, sob sua direção. Embora a Sinfonia tenha sido recebida com grande entusiasmo, Mendelssohn, alguns anos mais tarde, tirou-a de circulação para revisões e nunca se viu satisfeito com o resultado. A obra só foi editada após a sua morte.

O primeiro movimento é extremamente alegre. Sua natureza festiva é apresentada logo no início. O segundo movimento, de acordo com as cartas de Mendelssohn à irmã, foi o último a ser composto. Seu caráter introspectivo contrasta com a atmosfera brilhante do primeiro movimento. O terceiro movimento é uma espécie de minueto. Doce e bucólico, carrega certa nostalgia da época em que essa dança figurava nas sinfonias vienenses. O quarto movimento é um saltarello, dança leve e alegre, típica da Itália, dançada por casais, de mãos dadas, realizando uma série de pequenos saltos (do italiano saltare). O saltarello da M18 INSTRUMENTAÇÃO 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.

PARA OUVIR CD Mendelssohn – Symphonies nos. 3 & 4 , Scottish & Italian – The Chamber Orchestra of Europe – Nikolaus Harnoncourt, regente – Teldec – 2013

PARA ASSISTR Sinfonia nº 4, extremamente dinâmico, é Orquestra Sinfônica Nacional da Rai – de uma energia incrível, do início ao fim. Rafael Frühbeck de Burgos, regente Acesse: fil.mg/msinf4

As cinco sinfonias de Mendelssohn são PARA LER numeradas pela ordem de publicação, Larry L. Todd – Mendelssohn: a life in music – Oxford University Press – 2003 e não de composição. Pela ordem de composição teríamos a seguinte Larry L. Todd (ed.) – Mendelssohn and his sequência: sinfonias números 1, 5, 4, world – Princeton University Press – 1991 2 e 3. A primeira sinfonia, composta em 1824, foi também a primeira a ser editada (1830), por isso recebeu o nome de Sinfonia nº 1. Em 1830, Mendelssohn compôs uma segunda sinfonia, que receberia o nome de Sinfonia nº 5 por ter sido a última a ser publicada (apenas em 1868, vinte e um anos após a morte do compositor).

Sua terceira sinfonia, hoje conhecida como Sinfonia nº 4, “Italiana”, foi publicada quatro anos após a morte do compositor, em 1851. A cantata sinfônica Lobgesang, composta em 1840 e segunda a ser publicada (1841), foi considerada sua Sinfonia nº 2. E sua quinta e última sinfonia, que, com a Italiana, é uma das mais GUILHERME NASCIMENTO Compositor, Doutor em Música pela executadas, composta em 1842 e Unicamp, professor na Escola de Música publicada no mesmo ano, recebeu o da UEMG, autor dos livros Os sapatos nome de Sinfonia nº 3, “Escocesa”. floridos não voam e Música menor. M19 FOTO: DANIELA PAOLIELLO DANIELA FOTO:

20 MB e Orquestra Filarmônica, uma parceria que soa como música para os seus ouvidos. Foto: Eugênio Sávio Eugênio Foto:

Patrocinar a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais nas séries Allegro e Vivace é estar afinado com a cultura.

21 FOTO: RAFAEL MOTTA RAFAEL FOTO:

22 23 Orquestra

Filarmônica de DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR Minas Gerais Fabio Mechetti

REGENTE ASSOCIADO Marcos Arakaki

PRIMEIROS VIOLINOS VIOLONCELOS TROMPAS GERENTE Anthony Flint – Spalla Philip Hansen * Alma Maria Liebrecht * Jussan Fernandes Rommel Fernandes – Felix Drake *** Evgueni Gerassimov *** Spalla Associado Camila Pacífico Gustavo Garcia Trindade INSPETORA Ara Harutyunyan – Camilla Ribeiro José Francisco dos Santos Karolina Lima Spalla Assistente Eduardo Swerts Lucas Filho Ana Paula Schmidt Emilia Neves Fabio Ogata ASSISTENTE Ana Zivkovic Lina Radovanovic ADMINISTRATIVA Arthur Vieira Terto Robson Fonseca TROMPETES Débora Vieira Bojana Pantovic William Neres Marlon Humphreys * Dante Bertolino Érico Fonseca ** ARQUIVISTA Hyu-Kyung Jung CONTRABAIXOS Daniel Leal *** Ana Lúcia Kobayashi Joanna Bello Nilson Bellotto * Tássio Furtado Roberta Arruda André Geiger *** ASSISTENTES Rodrigo Bustamante Marcelo Cunha TROMBONES Claudio Starlino Rodrigo M. Braga Marcos Lemes Mark John Mulley * Jônatas Reis Rodrigo de Oliveira Pablo Guiñez Diego Ribeiro ** Rossini Parucci Wagner Mayer *** SUPERVISOR DE SEGUNDOS VIOLINOS Walace Mariano Renato Lisboa MONTAGEM Frank Haemmer * Rodrigo Castro Leonidas Cáceres *** FLAUTAS TUBA Gideôni Loamir Cássia Lima * Eleilton Cruz * MONTADORES Jovana Trifunovic Renata Xavier *** André Barbosa Luka Milanovic Alexandre Braga TÍMPANOS Hélio Sardinha Martha de Moura Pacífico Elena Suchkova Patricio Hernández Jeferson Silva Matheus Braga Pradenas * Klênio Carvalho Radmila Bocev OBOÉS Risbleiz Aguiar Rodolfo Toffolo Alexandre Barros * PERCUSSÃO Tiago Ellwanger Israel Muniz Rafael Alberto * Valentina Gostilovitch Moisés Pena Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto VIOLAS CLARINETES Werner Silveira João Carlos Ferreira * Marcus Julius Lander * Roberto Papi *** Jonatas Bueno *** HARPA Flávia Motta Ney Franco Diana Todorova **** Gerry Varona Alexandre Silva Gilberto Paganini TECLADOS Juan Díaz FAGOTES Ayumi Shigeta * Katarzyna Druzd Catherine Carignan * Luciano Gatelli Victor Morais *** Marcelo Nébias Andrew Huntriss Nathan Medina Francisco Silva

* principal ** principal associado *** principal assistente **** músico convidado GOVERNADOR DO ESTADO SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS DE MINAS GERAIS Fernando Damata Pimentel Angelo Oswaldo de Araújo Santos VICE-GOVERNADOR DO ESTADO SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DE MINAS GERAIS DE CULTURA DE MINAS GERAIS Antônio Andrade João Batista Miguel Instituto Cultural Filarmônica (Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)

Conselho Equipe Técnica ASSISTENTE DE AUXILIARES DE Administrativo PRODUÇÃO SERVIÇOS GERAIS GERENTE DE Rildo Lopez Ailda Conceição PRESIDENTE EMÉRITO COMUNICAÇÃO Rose Mary de Castro Jacques Schwartzman Merrina Godinho Delgado Equipe MENSAGEIROS PRESIDENTE GERENTE DE Administrativa Bruno Rodrigues Roberto Mário Soares PRODUÇÃO MUSICAL Douglas Conrado Claudia da Silva GERENTE CONSELHEIROS Guimarães ADMINISTRATIVO- MENOR APRENDIZ Angela Gutierrez FINANCEIRA Yana Araújo Berenice Menegale ASSESSORA DE Ana Lúcia Carvalho Bruno Volpini PROGRAMAÇÃO Celina Szrvinsk MUSICAL GERENTE DE Sala Minas Fernando de Almeida Gabriela Souza RECURSOS HUMANOS Gerais Ítalo Gaetani Quézia Macedo Silva Marco Antônio Pepino PRODUTORES GERENTE DE Mauricio Freire Luis Otávio Rezende ANALISTAS INFRAESTRUTURA Mauro Borges Narren Felipe ADMINISTRATIVOS Renato Bretas Octávio Elísio João Paulo de Oliveira Paulo Brant ANALISTAS DE Paulo Baraldi GERENTE DE Sérgio Pena COMUNICAÇÃO OPERAÇÕES Marciana Toledo ANALISTA CONTÁBIL Jorge Correia (Publicidade) Graziela Coelho Diretoria Mariana Garcia TÉCNICO DE ÁUDIO E Executiva (Multimídia) SECRETÁRIA EXECUTIVA ILUMINAÇÃO Renata Gibson Flaviana Mendes Mauro Rodrigues DIRETOR PRESIDENTE Renata Romeiro Diomar Silveira (Design gráfico) ASSISTENTE TÉCNICO DE ADMINISTRATIVA ILUMINAÇÃO E ÁUDIO DIRETOR ANALISTA DE Cristiane Reis Rafael Franca ADMINISTRATIVO- MARKETING DE FINANCEIRO RELACIONAMENTO ASSISTENTE DE ASSISTENTE Estêvão Fiuza Mônica Moreira RECURSOS HUMANOS OPERACIONAL Vivian Figueiredo Rodrigo Brandão DIRETORA DE ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO MARKETING E RECEPCIONISTAS Lizonete Prates Siqueira Jacqueline Guimarães PROJETOS FORTISSIMO Meire Gonçalves Ferreira Itamara Kelly novembro Mariana Theodorica nº 22 / 2016 AUXILIAR DIRETORA DE ISSN 2357-7258 MARKETING E PROJETOS ASSISTENTE DE ADMINISTRATIVO Zilka Caribé MARKETING DE Pedro Almeida EDITORA Merrina RELACIONAMENTO Godinho Delgado DIRETOR DE Eularino Pereira EDIÇÃO DE TEXTO OPERAÇÕES Berenice Menegale Ivar Siewers

Ilustrações: Mariana Simões 25 FOTO: ALEXANDRE REZENDE FOTO:

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1 e 2 / dez, 20h30 PRESTO • Séries de assinatura: Allegro, Vivace, Prokofiev VELOCE Presto, Veloce, Fora de Série • Concertos para a Juventude 9 / dez, 20h30 FORA DE • Clássicos na Praça 10 / dez, 18h SÉRIE Mozart — Último capítulo • Concertos Didáticos • Festival Tinta Fresca • Laboratório de Regência 15 e 16 / dez, 20h30 ALLEGRO Mahler VIVACE • Turnês estaduais • Turnês nacionais e internacionais Veja detalhes em filarmonica.art.br/ • Concertos de Câmara concertos/agenda-de-concertos. Visite filarmonica.art.br/ filarmonica/sobre-a-filarmonica e conheça cada uma delas.

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CONCERTOS COMENTADOS 0 PROGRAMA DE CONCERTOS Agora você pode assistir a palestras sobre temas dos concertos das séries Allegro, O Fortissimo é uma publicação indexada Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem aos sistemas nacionais e internacionais de na Sala de Recepções, à esquerda do catalogação. Elaborado com a participação foyer principal, das 19h30 às 20h, para de especialistas, ele oferece uma as primeiras 65 pessoas a chegar. oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Mas, caso não precise dele após o CUMPRIMENTOS concerto, por favor, devolva-o nas caixas Após o concerto, caso queira receptoras para que possamos reaproveitá-lo. cumprimentar os músicos e convidados, dirija-se à Sala de Recepções. O Fortissimo também está disponível no formato digital em nosso site www.filarmonica.art.br. ESTACIONAMENTO Para seu conforto e segurança, a Sala Minas Gerais possui estacionamento, e seu ingresso dá direito ao preço especial de R$ 15 para o período do concerto.

PONTUALIDADE CONVERSA Uma vez iniciado um concerto, qualquer A experiência do concerto inclui o encontro movimentação perturba a execução da com outras pessoas. Aproveite essa troca obra. Seja pontual e respeite o fechamento antes da apresentação e no seu intervalo, das portas após o terceiro sinal. Se tiver mas nunca converse ou faça comentários que trocar de lugar ou sair antes do final da durante a execução das obras. Lembre-se apresentação, aguarde o término de uma peça. de que o silêncio é o espaço da música.

APARELHOS CELULARES CRIANÇAS Confira e não se esqueça, por Caso esteja acompanhado por criança, favor, de desligar o seu celular ou escolha assentos próximos aos corredores. qualquer outro aparelho sonoro. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.

FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEO COMIDAS E BEBIDAS Não são permitidas durante os concertos. Seu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.

APLAUSOS Aplauda apenas no final das obras. TOSSE Veja no programa o número de Perturba a concentração dos músicos movimentos de cada uma e fique de e da plateia. Tente controlá-la com olho na atitude e gestos do regente. a ajuda de um lenço ou pastilha.

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