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PretoPantoneRed032 XI COLÓQUIO DE OUTONO ORGANIZAÇÃO Ana Gabriela Macedo Carlos Mendes de Sousa Vítor Moura XI COLÓQUIO DE OUTONO XI COLÓQUIO CENTRO DE ESTUDOS HUMANÍSTICOS DA UNIVERSIDADE DO MINHO Estudos Performativos Global Performance . Political Performance Political Performance Political . Global Performance Global Performance Estudos Performativos Estudos Performativos EEstudosstudos PPerformativos-1.indderformativos-1.indd 2 225-10-20105-10-2010 223:20:143:20:14 XI COLÓQUIO DE OUTONO Estudos Performativos Global Performance ˙ Political Performance EEstudosstudos PPerformativos-1.indderformativos-1.indd 3 225-10-20105-10-2010 223:20:143:20:14 XI Colóquio de Outono ESTUDOS PERFORMATIVOS GLOBAL PERFORMANCE/POLITICAL PERFORMANCE Organização: Ana Gabriela Macedo; Carlos Mendes de Sousa e Vítor Moura Capa: Luis Cristóvam Edição do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho © EDIÇÕES HÚMUS, 2010 End. Postal: Apartado 7097 – 4764-908 Ribeirão – V.N. Famalicão Tel. 252 301 382 / Fax 252 317 555 E -mail: [email protected] Impressão: Papelmunde, SMG, Lda. – V. N. Famalicão 1.ª edição: Novembro 2010 Depósito legal: 318616/10 ISBN 978 -989 -8139 -58 -0 EEstudosstudos PPerformativos-1.indderformativos-1.indd 4 225-10-20105-10-2010 223:20:143:20:14 XI COLÓQUIO DE OUTONO Estudos Performativos Global Performance ˙ Political Performance ORGANIZAÇÃO Ana Gabriela Macedo Carlos Mendes de Sousa Vítor Moura (Revisão de textos de Bernarda Esteves) EEstudosstudos PPerformativos-1.indderformativos-1.indd 5 225-10-20105-10-2010 223:20:143:20:14 EEstudosstudos PPerformativos-1.indderformativos-1.indd 6 225-10-20105-10-2010 223:20:143:20:14 Este volume é dedicado à memória viva de Paulo Eduardo Carvalho “There would have been a time for such a word” Macbeth, Act V, v 18 EEstudosstudos PPerformativos-1.indderformativos-1.indd 7 225-10-20105-10-2010 223:20:143:20:14 EEstudosstudos PPerformativos-1.indderformativos-1.indd 8 225-10-20105-10-2010 223:20:143:20:14 Índice Introdução ANA GABRIELA MACEDO, CARLOS MENDES DE SOUSA E VÍTOR MOURA 11 Foreword ANA GABRIELA MACEDO 21 What’s wrong with “dirty” feelings? The case for pornography 23 RUWEN OGIEN “Doing Things with Words” Feminist Performative Translators 37 ELEONORA FEDERICI Performing Gender behind the Camera: Women Directors in Commercial Cinema 49 MARGARIDA ESTEVES PEREIRA Fluid Performances: women travel writers and their changing political roles 63 REBECCA KIRSTEIN HARWOOD A ‘escrita -corpo’ de Ana Hatherly: 75 MÁRCIA OLIVEIRA Eunice de Souza’s poetry: creating a public persona as feminist performance 85 JOANA PASSOS Reescrever diferenças, desconstruir hegemonias. 97 ELENA BRUGIONI Veracity and Mendacity 111 LAURIE BETH CLARK Options for Contemporary Dance Criticism 117 NOËL CARROLL Force Multiplier: what can performance do for and against torture? 137 MICHAEL PETERSON Ascensão e queda Muros, labirintos e as asas do desejo 153 ALFRED OPITZ Work of Mourning in Good bye, Lenin!, The Lives of Others and Sonnenallee 163 SVEN GRAMPP Perestroika: géneses, vivencias e leitura intramuros 179 NADEJDA IVANOVNA NAGOVITSINA MACHADO The Dead Weight of the Text: Narratives of The Merchant of Venice in performance 193 FRANCESCA RAYNER EEstudosstudos PPerformativos-1.indderformativos-1.indd 9 225-10-20105-10-2010 223:20:143:20:14 Shakespeare on fi lm: popularising the bard through a musical 205 BERNARDA ESTEVES The Performative Female Body in Helen Chadwick and Claude Cahun 213 MARIA LUÍSA COELHO Female stereotypes -based «personae» in women’s video art 223 TERESA FURTADO Satiric Language, Political Defi ance, and Cultural Change 235 MARIA GEORGINA RIBEIRO PINTO DE ABREU Defender a ópera contra os seus entusiastas: Musiktheater, de Walter Felsenstein a Peter Konwitschny 257 MÁRIO VIEIRA DE CARVALHO Performance Musical: O Papel do Intérprete na Música Erudita Ocidental 273 LUÍS PIPA História da interpretação como memória de civilização 285 ÂNGELO MARTINGO Christopher Wool: efeito e drible 299 EUNICE RIBEIRO A arte da representação 315 MARTA NUNES DA COSTA ‘I am the Voice of Fire’: Poetry as Political Performance in the Works 329 of Edith Sitwell and Stevie Smith PAULA ALEXANDRA V. R. GUIMARÃES Mesa -redonda “Artes em Diálogo” LUÍS FILIPE ROCHA 349 PAULO EDUARDO CARVALHO 355 Homenagem a Augusto Boal 360 HUGO CRUZ EEstudosstudos PPerformativos-1.indderformativos-1.indd 1100 225-10-20105-10-2010 223:20:143:20:14 XI Colóquio de Outono Estudos Performativos Global Performance ˙ Political Performance (…) a teoria ou a refl exão performativa apresenta -se como uma possibi- lidade de abordagem interdisciplinar eminentemente cultural – em oposição a estritamente estética – de uma vasta gama de fenómenos, desse modo propondo novas modalidades de leitura ou, pelo menos, de legibilidade da cultura. (Paulo Eduardo Carvalho) O XI Colóquio de Outono promovido pelo Centro de Estudos Humanísti- cos da Universidade do Minho, subordinado ao tema “Estudos Performati- vos. Global Performance / Political Performance”, realizou -se entre 10 e 12 de Dezembro de 2009. O tema deste Colóquio cujas comunicações compilamos no volume que agora apresentamos foi, a vários títulos, pertinente e estratégico, tanto a nível pedagógico (articulando -se com a criação de um novo curso em prepa- ração no ILCH), como no âmbito da investigação, dada a sua natureza inter e transdisciplinar. O programa organizado foi vasto e muito diversifi cado, contemplando as várias áreas de investigação no CEHUM, incluindo mesmo as recém -criadas áreas no âmbito das Artes, nomeadamente a Música, assim como os mais recentes debates a nível internacional que os diversos espe- cialistas convidados nos trouxeram. O Colóquio incluiu, na sua globalidade, uma vasta gama de temas no âmbito da Estética e da Ética; painéis incidindo sobre distintas áreas no âmbito dos Estudos Performativos (teatro, música, cinema, dança, video -arte), e outras sessões temáticas, nomeadamente EEstudosstudos PPerformativos-1.indderformativos-1.indd 1111 225-10-20105-10-2010 223:20:143:20:14 12 Global Performance | Political Performance sobre Estudos de Género e Performance, bem como uma sessão em torno da “Queda do Muro de Berlim”. Integrando este Colóquio sobre Estudos Performativos como uma parte crucial da análise e debate sobre o “estado da arte” nesta matéria, tiveram lugar duas mesas -redondas, a primeira intitulada “Artes em Diálogo”, mode- rada por Ana Gabriela Macedo, Vítor Moura e Sérgio Sousa, com intervenções de Joana Domingues, José Capela, Amélia Muge, Fernando Matos Oliveira, Luís Filipe Rocha e Paulo Eduardo Carvalho. Os textos dos dois últimos inter- venientes integram esta publicação. Uma segunda mesa -redonda, intitulada “Teatro e Contemporaneidade”, teve como intervenientes Nuno Cardoso, Jacinto Lucas Pires, João Manuel Oliveira e Filomena Louro, e foi moderada por Francesca Rayner. Em articu- lação com este painel, o actor e encenador Hugo Cruz fez uma intervenção de homenagem a Augusto Boal, cujo testemunho incluímos neste volume. Afi gura -se -nos pertinente recordar hoje, tal como afi rmou Roselee Gol- dberg na Introdução ao seu pioneiro estudo sobre performance, intitulado Performance Art from Futurism to the Present (1979; 1988), que, pela sua natureza intrínseca, a performance desafi a defi nições precisas ou simplistas, para além da simples declaração de que se trata de “arte viva” feita por artis- tas. Qualquer defi nição mais restrita negaria de imediato a viabilidade da própria performance, visto que ela se fundamenta numa variedade de disci- plinas e de media – a poesia, a narrativa, a música, a dança, a arquitectura, a pintura, assim como o vídeo, o cinema, os slides – articulando -as numa imensa possibilidade combinatória. Na realidade, nenhuma outra forma de expressão artística se traduz num manifesto tão desterritorializado, tão sem fronteiras, já que cada performer inscreve a sua defi nição no próprio pro- cesso de execução da arte que cria. “A vida é o próprio tema fulcral da perfor- mance”, tal como afi rma Goldberg. Passamos agora a uma breve sinopse dos textos contidos neste volume. O artigo de Ruwen Ogien desafi a os fundamentos das várias tentativas de classifi car aquilo a que normalmente se chama “pornografi a”, fazendo -o a partir de um ponto de vista fi losófi co próximo do Utilitarismo. O autor começa por tentar evidenciar que não é possível apresentar um conjunto de condições necessárias e conjuntamente sufi cientes para caracterizar com rigor, em compreensão e em extensão, o domínio dos objectos pornográfi - cos. Em particular, Ruwen Ogien analisa a fronteira dúbia entre “pornogra- fi a” e “erotismo”, duvidando da pertinência da categoria do “artístico”, que, EEstudosstudos PPerformativos-1.indderformativos-1.indd 1122 225-10-20105-10-2010 223:20:143:20:14 XI Colóquio de Outono | Estudos Performativos 13 segundo muitos, serviria para distinguir esses dois géneros de representação sexual, desconfi ando da capacidade dos “juízes” para avaliar da qualidade do valor artístico dos objectos, e levantando sérios obstáculos à ideia segundo a qual existiria uma diferença “moral” entre erotismo e pornografi a. Numa segunda etapa, Ogien utiliza o célebre Princípio do Dano de John Stuart Mill como alicerce daquilo a que chama uma ética minimalista, por oposição às éticas perfeccionistas, paternalistas e coercitivas. É à luz dessa ética minimal que Ogien tenta ilibar a pornografi a das acusações que lhe são normalmente dirigidas (designadamente, a partir dos sectores feministas e conservado- res), com um enfoque especial sobre o argumento que defende que a porno-