Um Norte Para O Romance Brasileiro: Franklin Távora Entre Os Primeiros Folcloristas

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Um Norte Para O Romance Brasileiro: Franklin Távora Entre Os Primeiros Folcloristas Cristina Betioli Ribeiro UM NORTE PARA O ROMANCE BRASILEIRO: FRANKLIN TÁVORA ENTRE OS PRIMEIROS FOLCLORISTAS Tese apresentada ao programa de Teoria e História Literária do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), como requisito para obtenção do título de Doutor em Teoria e História Literária, na área de Literatura Brasileira. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Márcia Azevedo de Abreu Instituto de Estudos da Linguagem Unicamp - Fapesp Campinas / 2008 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca do IEL - Unicamp Ribeiro, Cristina Betioli. Um norte para o romance brasileiro : Franklin Távora entre os R354N primeiros folcloristas / Cristina Betioli Ribeiro. -- Campinas, SP : [s.n.], 2008. Orientador : Márcia Azevedo de Abreu. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem. 1. Tavora, Franklin, 1842-1888 - Crítica e interpretação. 2. Ficção brasileira - História e crítica. 3. Folclore. 4. Século XIX. I. Abreu, Márcia. II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem. III. Título. oe/iel Título em inglês: North’s popular customs in brazilian novel: Franklin Távora and the first folklorists. Palavras-chaves em inglês (Keywords): Tavora, Franklin, 1842-1888 - Criticism and interpretation; Brazilian fiction - History and criticism; Folklore; Nineteenth century. Área de concentração: Literatura Brasileira. Titulação: Doutor em Teoria e História Literária. Banca examinadora: Profa. Dra. Márcia Azevedo de Abreu (orientadora), Prof. Dr. Eduardo Vieira Martins, Profa. Dra. Martha Campos Abreu, Profa. Dra. Orna Messer Levin e Prof. Dr. Pedro Brum Santos. Data da defesa: 29/04/2008. Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Teoria e História Literária. 2 3 4 RESUMO Esta tese baseia-se no estudo e análise do conjunto de romances de Franklin Távora, denominado por ele de Literatura do Norte. O principal objetivo é mostrar em que medida o autor se vale da cultura popular, das memórias e da cor local nortistas como instrumentos para fundar história e literatura nacionais. Nesta perspectiva, apresentamos as principais discussões sobre folclore e nacionalidade, as idéias fundamentais da Escola de Recife e a interação do romancista com o pensamento da “geração de 70” do século XIX. Além de focalizar a trajetória intelectual do escritor, examinamos o seu conhecido embate com José de Alencar, travado nas Cartas a Cincinato, e os métodos de composição que foram sendo sedimentados na sua prosa de ficção, ao longo de suas críticas e no seu projeto literário. Por fim, apresentamos as análises dos cinco romances da Literatura do Norte: O Cabeleira, O Matuto, Lourenço, Um Casamento no arrabalde e O Sacrifício. ABSTRACT This thesis intends to investigate the literary project of Franklin Távora, that he called by Literatura do Norte. The most important objective is to show how folklore, memories and local colors of North are utilized to build national history and literature. In this way, we introduce the principal discussions about folklore and nationality, the fundamental ideas of Escola de Recife and how the author is envolved by 70th generation of XIXth century. Moreover, we examine the polemic with José de Alencar, in Cartas a Cincinato, and the creation methods developed by Távora in his criticism and literary project. At last, we analyse the five novels of Literatura do Norte: O Cabeleira, O Matuto, Lourenço, Um Casamento no arrabalde e O Sacrifício. 5 6 Os guerreiros de minha terra já nascem feitos. Não aprenderam esgrima nem tiveram instrução... Brigar é do seu destino: – Cabeleira! – Conselheiro! – Tempestade! – Lampião! Os guerreiros de minha terra já nascem feitos: – Cabeleira! – Conselheiro! – Tempestade! – Lampião! (Ascenso Ferreira, “Minha terra”, Catimbó, 1927) A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo na língua errada do povo Língua certa do povo Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil (Manuel Bandeira, “Evocação do Recife”, Libertinagem, 1930) A preferência pela literatura oral, primeiro leite da cultura humana, existe em todas as bibliografias. É o elemento vivo e harmonioso que ambienta a criança e acompanha, obstinadamente, o homem, numa ressonância de memória e saudade. O folclore é a única disciplina que dispensa inicialmente o auxílio alheio para sua comprovação. (Luiz da Câmara Cascudo, “O Folclore: literatura oral e literatura popular”, A Literatura no Brasil, 1955) 7 8 AGRADECIMENTOS À Márcia Abreu, admirável professora e amiga, com quem finalizo o ciclo decano de uma orientação cercada de profissionalismo, seriedade e bem-estar. Além da gratidão, ficará uma grande saudade desta convivência, tão determinante na minha formação. Aos professores Eduardo Vieira Martins, Jefferson Cano, Luiz Carlos Dantas (in memoriam), Martha Abreu, Maria Lídia Maretti, Marisa Lajolo, Orna Messer Levin e Pedro Brum, por todas as atenções e contribuições no processo de construção deste trabalho e na defesa desta tese. Aos acervos e instituições de pesquisa visitados: Arquivo da Academia Brasileira de Letras (Rio de Janeiro), Arquivo Edgard Leuenroth - AEL (Unicamp), Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (Recife), Biblioteca da Faculdade de Direito do Recife, Biblioteca do Instituto de Estudos Brasileiros - IEB (Usp), Biblioteca Mário de Andrade (São Paulo), Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro), Biblioteca Pública de Pernambuco, Fundação Joaquim Nabuco (Recife), Gabinete Português de Leitura (Recife e Rio de Janeiro), Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (Rio de Janeiro), Instituto Histórico e Geográfico Pernambucano. Fico grata, em especial, ao atendimento prestimoso de Aurileide e Luís, da ABL, e do César, da FUNDAJ. Às criteriosas sugestões de leitura de Hebe Cristina da Silva, pesquisadora incansável que não teme o trabalho. Também a ela, o empréstimo de uma parte do seu rico material de pesquisa sobre José de Alencar. Às contribuições de Rubiana Barreiros e Valéria Augusti que, gentilmente, também me cederam textos levantados em suas singulares investigações de fontes. 9 Aos queridos amigos Humberto Filho e Ozângela Arruda, entusiastas das Letras, que também colaboraram com verdadeiros achados para a minha pesquisa, em Fortaleza. Dois grandes encontros de amizade em minha vida, há quilômetros de saudades. À “força jovem” de Débora Bondance e Regiane Mançano, pura vitalidade para o nosso grupo de pesquisadores. Ao acolhimento de Juliana Queiroz e Pascoal Farinaccio, durante minhas estadias no Rio de Janeiro. À Lucila Bassan, pela hospedagem numa Florianópolis que me pareceu ainda mais graciosa na sua companhia, durante o III Simpósio Nacional de História Cultural, em 2006. Neste congresso, também a presença de minha cara companheira de pesquisa, Simone Mendonça, trouxe mais calor àqueles dias frios. Aos queridos Vanessa Cristina e Emerson Tin, Gustavo Conde e Maria Luíza, Guilherme Nicésio e Ana Paula Saraiva, Luís Fernando e Josiane Telles, Raquel Afonso. Por todos os bons momentos e emoções que florescem da nossa amizade. À minha família, com todo coração. Em especial à minha irmã, Carolina Betioli, presença firme em todas as alegrias e dificuldades. Ao lado dela, Paulo Fisch e as meninas dos meus olhos, Yara e Cecília – com quem experimentei minhas vezes de mãe –, colorem os meus dias. Ao apoio incondicional de Pedro Marques, meu amor e companheiro de todas as estações. Como diz uma canção mineira, quando ele “dá um beijo, dá abrigo”. À Fapesp, pelo apoio financeiro no desenvolvimento deste trabalho. 10 ÍNDICE Apresentação.........................................................................................................13 Capítulo Primeiro. Considerações sobre folclore e nacionalidade na literatura brasileira do séc. XIX I. A Trajetória do nacional rumo à cultura popular.................................................19 II. Os Primeiros folcloristas: principais contribuições para o estudo da cultura e da literatura nacional.............................................................................................34 Capítulo Segundo. Franklin Távora no Cenário da Corte Imperial I. Notícia biográfica de Franklin Távora: o projeto literário na trajetória intelectual.....55 II. Folclore e nacionalidade no romance: o projeto literário de Franklin Távora e o embate com José de Alencar..............................................................................64 III. Ainda o projeto literário: um contestador por dentro da tradição.........................97 Capítulo Terceiro. Uma nova fórmula para o novo gênero: a Literatura do Norte no romance I. A Literatura do Norte em ação.......................................................................107 II. O Cabeleira: primogênito de uma literatura nacional........................................109 III. O Matuto e Lourenço: irmãos de O Cabeleira.................................................133 IV. Um Casamento no arrabalde e O Sacrifício: o crescente apelo às convenções do gênero..........................................................................................................162 V. Recepção: o impacto da Literatura do Norte...................................................181 Considerações Finais............................................................................................205 Bibliografia...........................................................................................................211 11 12 APRESENTAÇÃO Desdobramento da pesquisa de mestrado 1 , cujo trabalho exaustivo de localização,
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