Jornal Mensal de Actualidade Angolana

N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 EDIÇÃO GRATUITA www.embaixadadeangola.org EDIÇÃO DOS SERVIÇOS DE IMPRENSA DA EMBAIXADA DE EM PORTUGAL

CHEFE DE ESTADO CONVOCA CONSELHO DA REPÚBLICA ANGOLAANGOLA APROVAAPROVA PÁG. 4

ESTRATÉGIAESTRATÉGIA DEDE INCENTIVOINCENTIVO VICE-PRESIDENTE DEFENDE SISTEMA DE EDUCAÇÃO COMPETITIVO ANGOL ECONÓMICO É ECONÓMICO W

M 10 PÁG. 2 NOS A LISBOA COMEMORA 54º ANIVERSÁRIO DA LUTA ARMADA PÁG. 3 MEMÓRIAS: XISSA E O ZÉ DO TELHADO PEPETELA E ONDJAKI NO I ENCONTRO DE LITERATURA INFANTO-JUVENIL DA LUSOFONIA PÁG. 16 "SUPER LIBOLO" PREPAROU REVALIDAÇÃO DO “GIRABOLA”

PÁG. 5 NO ALGARVE ANGOLA VOTA BLATTER PARA MAISMAIS INFORMAÇÃO, INFORMAÇÃO, MAIS MAIS ANGOLA. ANGOLA. A PRESIDÊNCIA DA FIFA PÁG. 23

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NOTA DE REDACÇÃO NANA CERIMÓNIA CERIMÓNIA DE DE ABERTURA ABERTURA OFICIAL OFICIAL DO DO ANOANO LECTIVO LECTIVO 2015 2015 VICE-PRESIDENTE DEFENDE SISTEMA DE EDUCAÇÃO COMPETITIVO O Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, defendeu, no Soyo, um sistema de educação competitivo e que progrida no sentido de oferecer um ensino de qualidade, baseado em fundamentos de gestão cientí!ca e moderna.

iscursando na cerimónia de abertura Do!cial do ano lectivo 2015, Manuel essa segunda edição do mês (des- Vicente a!rmou que está em curso a Nde que o nosso/vosso Mwangolé passou para periocidade semanal, com elaboração do Plano Nacional de Desen- novas rúbricas e fundindo-se então ao volvimento da Educação até 2025, um Boletim “Angola Actualidade”, como par- instrumento para a gestão do sistema te da visão estratégica de informar o nosso público-alvo em tempo “real” e de educação a curto e médio prazo. “No útil das grandes realizações do nosso presente ano lectivo, os gestores das ins- Executivo), trazemos como capa a pre- tituições de ensino devem dirigir as suas paração, em terras algarvias, do Recre- ativo de Libolo, campeão do Girabola acções no sentido de consolidarem as li- da época passada, que tem intenção de deranças nas escolas, em prol da qualida- reconquistar o campeonato angolano de da educação”, disse o Vice-Presidente da I divisão. Com novo técnico, o francês da República, para quem todos os acto- Sébastien Desabre, em substituição do angolano Miller Gomes, que se demitiu res educativos devem conjugar sinergias para dar continuidade a sua formação, e convergir acções, para o sucesso do o “Super Libolo” esteve quatro sema- projecto educativo. Manuel Vicente lem- nas em terras lusas, com um balanço “altamente positivo”, pronto a atacar os brou que a revolução da qualidade na desa!os que se lhe surgirá. Damos ain- educação tem como alicerce principal o da destaque à cerimónia sobre a Luta professor, que ocupa o papel primordial Armada e a importância das associações comunitárias junto da comunidades, re- no processo educativo, e ao qual também alizada esta semana, em Lisboa, que compete motivar e criar as condições téc- marcou o início do ciclo de actividades nicas para que o conhecimento aconteça, programadas pela Embaixada de Angola incluindo a organização e sucesso dos em Portugal para as festividades do 54º aniversário da Luta Armada e os 40 alunos. O Vice-Presidente da República anos da Independência Nacional, onde, quali!cou a educação como um fenóme- ao fazer uso da palavra, o embaixa- no, e a escola como uma pequena comu- dor José Marcos Barrica a!rmou que os antigos combatentes “não devem nidade, onde a participação de todos os ser vistos como meros cidadãos, mas cidadãos é fundamental. Manuel Vicente sim ser lembrados e homenageados anunciou que, como medida para uma perpectuamente”. Em termos políticos, naquilo que tem sido a reacção do País melhor formação pro!ssional do corpo ao momento que enfrenta pela que- docente, o Ministério da Educação está cursos de quali!cação pedagógica, ten- são inseridas na formação contínua dos da do preço do barril do petróleo no a introduzir acções consubstanciadas na do em conta o recrutamento de futuros professores, o Executivo vai intensi!car o mercado internacional, o governador do rede!nição dos per!s de entrada, aná- docentes em regime de efectividade. Com trabalho metodológico e inspectivo nas Banco Nacional de Angola, José Pedro de Morais, garantiu aos deputados na lise dos currículos e a organização de estas acções e outras que brevemente escolas, e oferecer aos professores ferra- sessão plenária da Assembleia Nacional mentas para melhorar a qualidade das que o Executivo vai regular o sistema aulas, incentivando uma relação saudá- !nanceiro para torná-lo mais robusto e estável. Ainda ao nível do País, o vel entre alunos, professores, directores Vice-Presidente da República, Manuel e inspectores. Vicente, defendeu, no Soyo, um sistema de educação competitivo e que progri- REDE ESCOLAR EM TODO PAÍS da no sentido de oferecer um ensino de qualidade, baseado em fundamentos Como principais desa!os nos domínios de gestão cientí!ca e moderna, duran- do ensino, o Vice-Presidente da Repú- te a cerimónia de abertura o!cial do blica apontou a organização da rede ano lectivo 2015. Por cá, destacamos a entrevista ao presidente da Federação escolar em todo País, insu!ciência de das Associações Angolana em Portugal professores quali!cados, crianças fora do (FAAP), em fase de renovação, Jeróni- sistema de ensino, falta de envolvimento mo David, assim como uma reportagem efectuada na Quinta do Mocho, bairro dos pais e encarregados de educação na nos arredores de Lisboa, onde vive uma gestão da vida escolar, e êxodo de do- das mais representativas comunidades centes das zonas periféricas rurais para de imigrantes angolanos na diáspora. Fi- as cidades, sobretudo devido à falta de nalmente, em termos culturais, tivemos a participação do Pepetela e Ondjaki, o compromisso patriótico e pro!ssional primeiro como elemento da Comissão com a causa da educação. O Executivo, de Honra, no I Encontro de Literatura referiu, presta todo o apoio às estru- Infanto-Juvenil da Lusofonia, terminado no sábado passado. Já no capítulo des- turas da educação, para se encontrar portivo, realçamos também o facto de uma “estratégia concreta”, para a solução Angola ter decidido dar o seu voto a gradual dos problemas e desa!os iden- Joseph Blatter na corrida para a presi- dência da FIFA – uma posição de!nida ti!cados no âmbito da Avaliação Global de comum acordo por todos os países da Reforma Educativa. O Vice-Presidente membros da Confederação Africana de da República a!rmou que o sistema de Futebol (CAF). educação tem 203.877 trabalhadores, re- BOA LEITURA! presentando 54 por cento dos trabalha- dores da Função Pública. ] www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 OS Política AN 3

4 DE FEVEREIRO LISBOA COMEMORA 54º ANIVERSÁRIO DA LUTA ARMADA Uma cerimónia sobre a Luta Armada e a importâncias das associações comunitárias junto da comunidades, realizada esta semana, em Lisboa, marcou o início do ciclo de actividades programadas pela Embaixada de Angola em Portugal para as festividades do 54º aniversário da Luta Armada e os quarenta anos da Independência Nacional. o fazer uso da palavra, José Marcos Barrica, a!rmou que nas, cujo gesto de bravura foi o grito de libertação para que Aos antigos combatentes “não devem ser vistos como meros Angola hoje pudesse ser um País livre e independente”, a!ançou cidadãos, mas sim ser lembrados e homenageados perpetuamen- o embaixador José Marcos Barrica. A actividade, que visou cele- te, pois são por excelência o sustentáculo da nossa existência brar o início da Luta Armada (4 de Fevereiro) e os 40 anos da como nação independente, livre e soberana”. “Estamos num novo Independência (11 de Novembro), serviu também para a tomada contexto, novas gerações surgem, mas essas gerações não devem de posse dos membros da Assembleia Geral, Direcção e Conselho de modo algum perder o lastro da sua história, porque não há Fiscal da Associação dos Antigos Combatentes e Veteranos da presente que exista se não houver um passado, é este passado Pátria Angolanos em Portugal (ver pág.24). A cerimónia contou heróico protagonizado por homens e mulheres nas diferentes com a presença de diplomatas, entidades religiosas e civis, e frentes de luta, na clandestinidade, ou na luta armada nas cha- representantes de várias forças políticas.

ACTO CENTRAL EM MALANJE NOVAS REALIZAÇÕES

O município de Quiuaba Nzoji, na “Estamos a reconstruir e modernizar por causa da queda signi!cativa do região da Baixa de Cassanje, Malan- tudo o que estava destruído, ao mes- preço do petróleo, que vai obrigar je, acolheu o acto central do 4 de mo tempo que materializamos novas à redução das despesas públicas, o Fevereiro, data do início, em 1961, realizações”, realça o documento. O compromisso com o desenvolvimento da Luta Armada de Libertação Nacio- comunicado refere também a mensa- do País e que o combate à fome e nal, presidido pelo ministro Bornito gem de Ano Novo do Presidente da à pobreza continuam a ser metas a de Sousa. O bureau político do MPLA República, no qual a!rma: “O nosso alcançar. A inclusão social, acentua, é saúda numa mensagem os angolanos País começou a mudar para melhor. factor essencial para reforço da coe- no País e no estrangeiro e exorta-os As famílias começaram, progressiva- são nacional, consolidação da paz e a prosseguirem, com determinação e mente, a exercer o seu papel na so- o bem-estar dos angolanos. con!ança, a construção de um futuro ciedade e aumentou o nível cultural, de paz, concórdia e progresso social. depois daquele dia glorioso, Angola cientí!co e técnico dos angolanos”. No mesmo documento, divulgado a apresta-se a assinalar 40 anos de Inde- Na nova e paci!cada Angola de hoje, propósito dos 54 anos do início da pendência Nacional, dos quais 27 em a!rma a mensagem, há mais crianças Luta Armada de Libertação Nacional, guerra, que destruiu o tecido social nas escolas, mais técnicos e espe- o MPLA considera o 4 de Fevereiro e económico do País”. Não obstante cialistas angolanos nas empresas e “exemplo ímpar de patriotismo, amor tamanha adversidade, sob a liderança nas instituições administrativas, mais à Pátria e de coragem de muitos dos do MPLA, prossegue o comunicado, médicos e professores, a economia melhores !lhos de Angola que, num os angolanos preservaram a integri- cresceu e o prestígio do País au- contexto de luta desigual, iniciaram dade do solo pátrio e a liberdade tão mentou à escala mundial. O MPLA a grande caminhada contra o colo- duramente conquistada. O MPLA con- rea!rma no comunicado do seu bu- nialismo português, que culminou sidera que, 12 anos após a conquista reau político que, apesar de 2015 se com a proclamação da Independên- da paz de!nitiva, o “sangue mártir dos a!gurar difícil no plano económico, cia Nacional em 11 de Novembro de !lhos de Angola está a fazer brotar 1975”. O texto salienta que “54 anos um novo mundo e uma nova vida”.

SOBREVIVENTE DIZ TER VÁLIDO A PENA A CORAGEM MEMÓRIA DO ASSALTO À CASA RECLUSÃO

Integrante do “Processo dos 50”, José não hesita em considerar que o re- Diogo Ventura, à semelhança de ou- gime colonial terminou no primeiro tros companheiros de luta na clandes- trimestre de 1961. O que se seguiu, tinidade, encontrava-se preso quando a!rma, foi uma guerra num país ocu- foi desencadeado o ataque às cadeias pado por forças militares estrangei- dos colonialistas na madrugada do ras. “Em !nais dos anos 50 o regime dia 4 de Fevereiro de 1961. Disse que colonial estava no auge. Possuía um aquele acto conduziu à Proclamação sistema administrativo bem organiza- da Independência Nacional a 11 de do, económica e militarmente forte, Novembro de 1975. Depois daquele e em 1961, com o 4 de Fevereiro, e acto de heroísmo e outros que se posteriormente o duro golpe de 15 seguiram em períodos relativamente de Março no Norte de Angola, foi próximos, o regime colonial foi força- forçado a alterar a sua política em rela- do a alterar a sua política em relação ção a Angola”, lembrou. Conta que na a Angola. Aos 85 anos, e grande parte época os angolanos estavam privados A margem da celebração dos 54 anos consideração tudo o que já foi feito da vida dedicada à luta anti-colonial, o de direitos essenciais: “os angolanos do início da luta armada de libertação para não deixarem perder o esforço que levou a passar dez anos na prisão, estavam no cultivo do café, median- de Nacional, chamou de oportunis- da conquista da independência e con- divididos entre a Casa da Reclusão e te a !gura eufemística de contrato, tas e ambiciosos todos aqueles que tinuarem com a política. Para Pedro o campo de concentração do Tarrafal, no fundo, uma forma de encobrir ao de forma cínica ignoram a coragem Van-Dúnem, também sobrevivente do em Cabo Verde, José Diogo Ventura mundo a subjugação que vigorava”. dos bravos e combatentes angolanos. “4 de Fevereiro”, a data é histórica, Apelou aos jovens a serem organi- foi nesta altura em que um punhado zados, porque os mais velhos já de- de patriotas nacionalistas pegou em ram o primeiro passo de libertação catanas para enfrentar o exército por- de Angola, por isso, devem ter em tuguês fortemente armado. ]

www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 Política OS N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 4 AN RCA AGRADECE APOIO DE ANGOLA O primeiro ministro do Governo de Transição da República Centro Africana (RCA), Mahamat Kamoun, agradeceu todo o apoio que têm recebido de Angola para a estabilização daquele país. SECRETÁRIA DE ESTADO mensagem foi transmitida sábado (NEPAD), assim como o Comité de Defesa e A passado em Addis Abeba ao Vice- Segurança da União Africana debateu vários Presidente da República, Manuel Vicente. aspectos ligados aos con"itos armados que Mahamat Kamoun informou sobre os úl- ainda afectam o continente. Os estadistas timos desenvolvimentos da situação po- discutiram igualmente a questão das reso- NAS NAÇÕES UNIDAS lítica, num momento em que a grande luções da Comunidade de Desenvolvimento preocupação é fazer prevalecer o diálogo da África Austral (SADC) e da Conferência Executivo reiterou nas Nações capital humano e de vulnerabilidade necessário para a estabilização e paz. As Internacional da Região dos Grandes Lagos O Unidas, em Nova Iorque, a sua económica. A primeira indicação de autoridades da República Centro Africana (CIRGL) ligadas ao combate das “forças ne- aposta na diversi!cação da econo- Angola aconteceu em 2012 e a segun- estão a preparar a consulta popular que gativas”, que criam instabilidade na Repú- mia para a redução da dependência da deve ocorrer em Março próximo. culmina, dentro de dois meses, num Fó- blica Democrática do Congo, bem como o do petróleo. Esta a!rmação foi feita Ângela Bragança a!rmou que, apesar rum Nacional de reconciliação. “Este pro- problema do terrorismo no continente. Na pela secretária de Estado para a Co- da baixa acentuada do preço do petró- cesso de diálogo e reconciliação nacional reunião do Comité de Defesa e Segurança, operação, Ângela Bragança, durante leo no mercado internacional, Angola inscreve-se nas grandes linhas daquilo que os Chefes de Estado e de Governo decidiram uma reunião de peritos do Comité continua a desenvolver esforços para foi decidido e é feito com o apoio da co- a realização de uma operação militar, com munidade internacional”, acrescentou. Na vista a desarmar os rebeldes das Forças de Políticas de Desenvolvimento do reduzir a vulnerabilidade económica e audiência concedida por Manuel Vicente, Democráticas de Libertação do Ruanda, que Departamento sobre Questões Econó- melhorar o índice de desenvolvimen- que em Addis Abeba representou o Chefe insistem em desestabilizar a zona Leste da micas e Sociais da Organização das to humano, em conformidade com o de Estado na Cimeira, as partes trocaram República Democrática do Congo. ] Nações Unidas. A reunião serviu para Plano Nacional de Desenvolvimento impressões sobre a sessão especial consa- preparar a segunda indicação de An- elaborado pelo Executivo. Nas últimas grada à Conferência Internacional da Região gola como País elegível à graduação três décadas, apenas três países saíram dos Grandes Lagos e evocaram, igualmente, de Países Menos Avançados (PMA), do grupo dos países menos avança- os pontos que fazem parte da agenda da segundo os critérios de rendimento dos, Botswana, Cabo Verde e as Ilhas visita que a Presidente Catherine Samba- nacional bruto, per capita, índice de Maldivas. ] Panza efectua a Angola nos próximos dias. BALANÇO POSITIVO O ministro das Relações Exteriores, Geor- ges Chikoti, em jeito de balanço, consi- derou a Cimeira positiva. Apesar de ter sido proclamado 2015 o ano dedicado à mulher, foram os temas sobre o combate ao terrorismo, enquanto ameaça à paz no continente, que dominaram a discussão. Os participantes analisaram o actual qua- dro de aplicação do programa da Nova Parceria Para o Desenvolvimento de África

CHEFE DE ESTADO CONVOCA CONSELHO DA REPÚBLICA Chefe de Estado angolano, José do MPLA, Isaías Samakuva, presidente da O Eduardo dos Santos, convocou para UNITA, Abel Chivukuvuku, presidente da consultas o Conselho da República, órgão CASA-CE; Eduardo Kuangana, presidente colegial consultivo do Chefe de Estado, do PRS, e Lucas Ngonda, presidente da para esta terça-feira (dia 10). Os integran- FNLA. Além destes, e em conformidade tes do actual Conselho da República foram com o artigo 135º da Constituição, inte- designados, em Decreto Presidencial, em gram ainda o órgão colegial de consulta 29 de Janeiro de 2013. Dele fazem parte os cidadãos Domingos Cajama, Pedro José Manuel Domingos Vicente, Vice-Presidente Van-Dúnem, reverendo Augusto Chipesse, da República, Fernando da Piedade Dias reverendo Wanani Nunes Garcia, José Lu- dos Santos, Presidente da Assembleia Na- dovino Severino de Vasconcelos, Sérgio cional, Rui Constantino da Cruz Ferreira, Luther Rescova Joaquim, Maria da Concei- Presidente do Tribunal Constitucional e ção Pitra Pascoal, Manuel Alexandre Rodri- João Maria Moreira de Sousa, procurador- gues, Maria de Lourdes Cordeiro Alves e geral da República. Integram ainda o ór- Lotti Nolika. Mais pormenores na próxima gão Roberto de Almeida, vice-presidente edição. ] www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 OS Economia AN 5 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS APROVADA ESTRATÉGIA MAIS ESTÁVEIS DE INCENTIVO ECONÓMICO

governador do Banco Nacional O de Angola, José Pedro de Mo- rais, garantiu aos deputados na sessão plenária da Assembleia Nacional que o Executivo vai regular o sistema !- nanceiro para torná-lo mais robusto e estável. A proposta de Lei foi aprovada Conselho de Ministros aprovou, na petrolíferas (tributárias e patrimoniais). com votos favoráveis do MPLA, PRS O sexta-feira passada, em , uma Integram a referida estratégia, medidas e FNLA e abstenções da CASA-CE e estratégia que visa a revisão do Orçamen- que visam a aceleração da diversi!cação UNITA. José Pedro de Morais deu es- to Geral do Estado (OGE) e da Programa- da economia nacional, a manutenção do clarecimentos à Assembleia Nacional ção Macroeconómica para o ano 2015, ritmo de crescimento económico do País, durante o debate sobre a proposta de em sessão orientada pelo Presidente da a renegociação dos actuais acordos de Lei das Instituições Financeiras. A!r- pretende dotar o sistema !nanceiro República, José Eduardo dos Santos. A dívida e negociação de novos acordos. mou que as lições tiradas da recente de um instrumento de regulação mais referida estratégia tem entre os seus ob- Completa o plano, que visa fazer face à crise internacional e a evolução do moderno, para assegurar mais robus- jectivos a manutenção da estabilidade actual situação económica, o desenvolvi- mercado !nanceiro nacional, obriga o tez e garantir a estabilidade. Pretende do nível geral de preços, o controlo e a mento das acções diplomáticas necessá- Executivo a algumas reformas na Lei. igualmente ajustar a Lei das Institui- manutenção do nível das Reservas Inter- rias junto da comunidade internacional e O governador do Banco Nacional de ções Financeiras ao novo quadro legal nacionais Líquidas, bem como a redução organizações multilaterais para o alcance Angola, José Pedro de Morais, garan- do Mercado de Valores Mobiliários e da despesa pública. Prevê também o as- dos objectivos preconizados. Segundo o tiu que o Executivo com esta reforma instrumentos derivados. A Lei, disse o seguramento do funcionamento normal comunicado de imprensa da reunião, a governador do BNA, contém os instru- da Administração Pública, dos serviços de referida estratégia não "compromete os mentos de regulação das instituições saúde e educação, do aprovisionamento objectivos preconizados pelo Executivo !nanceiras que operam no mercado da Polícia Nacional, das Forças Armadas e de!nidos no Plano Nacional de médio angolano. José Pedro de Morais subli- Angolanas, dos serviços de segurança prazo 2013/2017", mas "contempla um nhou que a Lei em vigor estabelece e da assistência e protecção social. A conjunto de medidas conjunturais, es- os princípios fundamentais regulado- estratégia aprovada durante a primeira truturais, administrativas e político-diplo- res do sistema !nanceiro angolano sessão ordinária visa, igualmente, a ma- máticas". No âmbito da implementação e permitiu o avanço no modo de nutenção de recursos para atender as da estratégia, o Conselho de Ministros organização dos produtos e das ins- necessidades mínimas dos 54 programas aprovou a proposta de Revisão do OGE tituições !nanceiras. ] do sector social previstos no OGE 2015, de 2015, tendo decidido a sua remissão bem como o aumento das receitas não à apreciação da Assembleia Nacional. ] FINANÇAS TEM ESTRATÉGIA ACÇÕES DE CONTENÇÃO PARA CRISE DO PETRÓLEO PARA COMBATER A CRISE Angola deve estar concluída em Feverei- ro e vai implicar menos 1,457 triliões de kwanzas (12,3 mil milhões de euros) em ngola pode alcançar resultados as medidas de curto prazo destacam- receitas petrolíferas, com a previsão do A positivos a curto prazo com a se a redução da despesa pública em barril de crude a cair para 40 dólares aplicação de várias medidas que vi- relação à prevista no OGE/2015, o (4.187,56 kwanzas). Os dados constam sam mitigar os efeitos nefastos da aumento das receitas não petrolífe- de uma informação do Ministério das queda do preço do petróleo no mer- ras (tributárias e patrimoniais), assim Finanças e baseiam-se nos termos da cado mundial, que registou uma baixa como a manutenção do crescimento revisão do OGE para 2015, documento superior a 50 por cento desde Junho positivo da economia, ao redor dos aprovado sexta-feira em reunião da co- do ano passado. A a!rmação foi feita seis e sete por cento, ao mesmo tem- missão económica do Conselho de Mi- pelo economista Manuel Nunes Júnior po que se torna imperiosa a protecção ministro das Finanças, Armando nistros. “O Executivo tem uma estratégia quando dissertava sobre “As conse- dos programas do sector social. Para O Manuel, previu a semana passada para lidar com a situação”, a!rmou o quências da redução do preço do os objectivos com resultados a médio um quadro de estabilização na cotação ministro das Finanças, numa curta de- petróleo no mercado e na economia e longo prazos, Manuel Nunes Júnior internacional do barril de petróleo, mas claração aos jornalistas. Em causa está angolana”, por ocasião da abertura do apontou a necessidade da diversi!ca- garantiu que o Executivo tem uma estra- a forte queda na cotação internacional II curso de formação especial para ção da economia nacional para que tégia para lidar com a actual crise. Esta do barril de petróleo, que se situa actu- formadores e conferencistas do MPLA, Angola deixe de ser tão vulnerável posição foi assumida em Luanda quando almente abaixo dos 50 dólares (4.187,56 promovido pelo Centro de Formação a choques de baixa de preço do o governante foi instado por jornalistas kwanzas), quando no OGE de 2014 o Política do Partido (CEFOP). Para o an- petróleo, destinando os recursos do a comentar as previsões que apontam Executivo previa uma exportação a 98 tigo ministro de Estado da Coordena- Fundo Nacional do Desenvolvimento para uma subida da cotação do petró- dólares (10.259,52 kwanzas). ] ção Económica, que defende a revisão e mobilizando fontes de !nanciamen- leo no mercado internacional, a médio do Orçamento Geral de Estado para to privadas internas e externas para prazo. “Certamente, auguramos que um 2015, aprovado com uma previsão de projectos empresariais inseridos no quadro de estabilização se venha a ob- 81 dólares o barril do petróleo, as me- sector produtivo não mineral (agri- servar”, respondeu Armando Manuel, à didas devem visar a manutenção da cultura, pescas, indústria, comércio) margem da cerimónia de inauguração estabilidade do nível geral de preços, e de serviços mercantis (transportes das novas instalações do Instituto Geo- mantendo a in"ação num só dígito e logística, hotelaria e turismo, entre grá!co e Cadastral de Angola. A revisão (entre sete e nove por cento). Dentre outros). ] do Orçamento Geral do Estado (OGE) de

www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 Economia OS N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 6 AN MERCADO ANGOLANO LANÇADAS OPERAÇÕES MANTÉM A PROCURA ESTATÍSTICAS

O Executivo realiza este ano actividades estatísticas, com a produção do primeiro Índice de Preços ao Consumidor Agregado Nacional, inquéritos dos indicadores múltiplos demográ!cos ou da saúde, o inquérito do emprego e o inquérito combinado de despesas e receitas. ano de crise. “Devemos responder a este quadro de restrição orçamental com mais e!ciência na realização das nossas tarefas, daí a necessidade de abordar com profundidade e rigor as actividades do plano de acção para este ano e analisar com rigor os cus- tos envolvidos na realização de cada operação”, disse. O ministro sublinhou que as contas nacionais trimestrais, a preparação do censo agro-pecuário e a análise dos resultados do Censo Os níveis da procura do crude angolano, apesar da Geral da População e Habitação’ 2014 são operações e actividades estatís- baixa do preço do petróleo, mantêm-se inalteráveis, anúncio foi feito ontem, em Lu- O anda, pelo ministro do Planea- ticas que vão merecer mais atenção a!rmou o vice-presidente da Associação das Empresas mento e Desenvolvimento Territorial, ainda este ano. Job Graça anunciou Contratadas da Indústria Petrolífera Angolana (AECIPA). Job Graça, na abertura da reunião a entrada em funcionamento ainda do Conselho Nacional de Estatística. este ano de sete órgãos delegados do svaldo Inácio disse que o País vai mecanismos de redução de despesas, O ministro, que presidiu à reunião, Instituto Nacional de Estatística, para Ocontinuar a produzir a mesma quan- dimensionar a força de trabalho, aliviar informou que na agenda para este garantir maior descentralização da tidade de sempre, avaliada em mais de a tensão tributária para criar maias em- ano consta a execução da Estratégia produção da informação estatística, 1650 mil barris por dia. O vice-presidente presas e voltar ao anterior sistema de Nacional de Desenvolvimento à luz acrescentando que a descentralização da AECIPA, que falava após um encon- equilíbrio orçamental. O vice-director do de um plano de acção trienal, que já vai garantir mais exigência na coorde- tro dos membros da associação com a Serviço de Migração Estrangeira (SME), foi objecto de análise. Para este ano, nação metodológica e imprimir mais direcção dos Serviço de Emigração e que dirigiu o encontro, disse que aquela disse Job Graça, o plano de acção qualidade da informação estatística. ] Estrangeiros (SME) e representantes do instituição, além de velar pela segurança trienal da instituição tem activida- Ministério dos Petróleos, salientou que dos estrangeiros no País, garante a sua des imprescindíveis à execução da para equilibrar o orçamento face à baixa estabilidade nas empresas e nas plata- estratégia do sector e a realização do preço do petróleo, Angola deve criar formas petrolíferas. ] de operações estatísticas importan- tes para a consolidação do Sistema Estatístico Nacional e a melhoria da qualidade das estatísticas o!cias. O ministro lembrou que o Conselho Nacional de Estatística vai iniciar CENTROS DE INVESTIGAÇÃO a execução da sua estratégia num CIENTÍFICA

Executivo prevê construir este O ano centros de investigação COOPERAÇÃO TECNOLÓGICA cientí!ca e tecnológica nas provín- A ministra da Ciência e Tecnologia, Maria Cândida cias de Luanda, , Bengo e Teixeira, reforçou que o sector está empenhado na Lunda Sul, para aumentar o nível de pesquisa nos domínios da avicultu- cooperação para transferência de tecnologias com ra, segurança alimentar, agricultura, países como Coreia do Sul, China e Brasil. toxicologia e mudanças climáticas, anunciou em Luanda o director do Nacional de Desenvolvimento e Estra- ândida Teixeira anunciou a criação Gabinete de Estudos, Planeamento e tégia Nacional de Ciência e Tecnologia C do “Fundo de ciência e tecnologia” Estatística do Ministério da Ciência e e a aprofundar os mecanismos de e o Instituto Nacional de Conhecimento Tecnologia. João Venâncio, que falou coordenação do Sistema Nacional de Tradicional. A ministra informou que estes aos deputados da comissão de Am- Ciência, Tecnologia e Inovação. João dois projectos aguardam a aprovação da biente, Ciência e Tecnologia, Traba- Venâncio falou da aplicação do pro- comissão para a concertação social. O lho e Segurança Social, disse que são jecto “Ciência e tecnologia nas escolas secretário de Estado da Ciência e Tec- criadas as condições necessárias para - uma viagem ao Mundo da Ciência e nologia, João Teta, falou aos deputados promover o avanço cientí!co e tecno- Tecnologia”, que visa levar aos jovens sobre os fundamentos do Plano Nacional lógico do País, através da capacitação e adolescentes das 18 províncias do de Ciência e Tecnologia e Inovação. João e do reforço da base técnica e mate- País ferramentas que facilitem a esco- Teta disse que para este ano foram pro- analisa e procede à abertura das can- rial. O sector da Ciência e Tecnologia lha de uma carreira pro!ssional, bem postos 262 projectos, dos quais 138 foram didaturas dos projectos de investigação perspectiva também implementar o como o aumento dos conhecimentos aprovados, reprovados 64 e, em curso, cientí!ca e desenvolvimento tecnológico, Plano de Acção, alinhado com o Plano nas áreas de ciências e tecnologias. ] estão 60 projectos. João Teta lembrou provenientes de várias instituições de ca- que existe uma comissão técnica que rácter cientí!co. ] www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 OS Economia AN 7 ANGOLA APOSTA FIM DOS SUBSÍDIOS NA EXPORTAÇÃO DE DIAMANTES LAPIDADOS DO ESTADO À GASOLINA O Fundo Monetário Internacional (FMI) sugere a eliminação já em 2015 dos subsídios que o Estado despende com a gasolina e redução faseada, até 2020, nas subvenções aos restantes combustíveis. A informação consta de um relatório do FMI elaborado após uma visita de técnicos do organismo a Angola.

nados são consumidos pelos 40 por cento mais ricos, enquanto apenas sete por cento são consumidos pelos 40 por cento mais pobres”, lê-se no documento. Entre várias propostas, o plano de acção do FMI estabelece a eliminação, já este ano, dos subsídios à gasolina. Após dois aumentos em 2014, os primeiros em quatro anos, fábrica de lapidação de diamantes vez que fazer jóias é diferente da la- o litro de gasolina custa 90 kwanzas, A “Angola Polishing Diamonds” vai pidação. A fábrica vai passar a formar mas com a eliminação total do sub- exportar uma parte dos seus diamantes quadros nacionais para a produção de sídio público sobe para 111 kwanzas. lapidados, enquanto a outra serve para jóias. “Numa primeira fase, a fabricação de O FMI defende também um corte nos a fabricação de jóias, anunciou o presi- jóias é feita no exterior e depois pouco s preços da gasolina e do gasóleo subsídios que provoque o aumento dente do conselho de administração da a pouco é feita no País”, disse. O sector Oem Angola encontram-se 55 por do litro do gasóleo dos actuais 60 Endiama, António Carlos Sumbula. Em vai iniciar um processo de construção de cento e 67 por cento abaixo dos pre- kwanzas para 65 kwanzas, já este ano. declarações à imprensa na reabertura mais fábricas de lapidação, fazer parce- ços médios da África subsaariana, se- Novo aumento é proposto para 2018, da fábrica de lapidação, Carlos Sumbula rias internacionais e nacionais para se gundo os dados citados no relatório, para 90 kwanzas, e no ano seguinte, explicou que ao vender diamantes lapi- fazer cada vez mais jóias para o mercado referentes a 2014, estimando-se que para 120 kwanzas. Com estas medidas, dados há um valor acrescentado em rela- nacional e internacional. Em relação à dez por cento do consumo seja con- no âmbito de um plano a vigorar até ção aos diamantes brutos e vender jóias comercialização das jóias, Carlos Sumbula trabandeado para os países vizinhos. 2020, o FMI estima que a poupança com diamantes lapidados, há um valor informou que existe o interesse de algu- Estes subsídios permitem manter os orçamental líquida resultante da refor- acrescentado em relação aos diamantes mas empresas francesas comercializarem preços arti!cialmente baixos e custa- ma pode chegar aos 2,0 por cento do lapidados. Segundo Carlos Sumbula, a as jóias angolanas em Mónaco e Cannes, ram 3,7 por cento do Produto Interno PIB. “Esta cifra leva em conta o consu- fábrica vai produzir jóias com parceiros pelo que, disse, “já temos orientações do Bruto (PIB) em 2014, mas bene!ciam mo de combustíveis pelo Governo e internacionais, que não especi!cou, uma Executivo para o efeito”. ] essencialmente os mais abastados, se- a redução dos subsídios que eleva a gundo o relatório. “Aproximadamente despesa pública com os combustíveis 80 por cento dos combustíveis re!- utilizados pelo sector público. ] QUENIANOS DISPOSTOS OPORTUNIDADES FAVORECEM A INVESTIR EM ANGOLA CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL embaixador de Angola no Qué- indicando que numa primeira fase são maior igualdade no acesso efectivo O nia, Virgílio de Faria, a!rmou que emitidos vistos de curta duração. Devi- A às oportunidades pode possibilitar aumenta todos os dias a procura de do à procura constante de vistos e o o crescimento equilibrado e sustentável vistos por parte de quenianos ávidos interesse dos quenianos em investir em de Angola, concluíram os participantes de investir no sector turístico angolano. território angolano, a frequência dos na quinta edição da Semana Social Na- “A procura é de quenianos potencial- voos semanais deve subir de dois para cional que terminou sábado último em mente ricos que querem seis. A abertura da representa- Luanda. Sob o lema “Igualdade de Opor- investir em Angola, nos ção diplomática angolana no tunidades”, a Semana Social Nacional foi mais variados sectores, Quénia reforça as relações uma iniciativa da Conferência Episcopal sobretudo turístico”, entre os dois Estados, de Angola e São Tomé (CEAST) e or- indicou recente- sobretudo na vertente ganizada pela Mosaiko Instituto para a a identi!cação das principais preocupa- mente à imprensa política e económi- Cidadania. Entre as conclusões, constam o ções e necessidades reais sentidas pelas o diplomata ango- ca. “Vamos primeiro reconhecimento da igualdade de género comunidades para superar as di!culdades lano, no !nal da consolidar as relações como factor de justiça social e o impor- que enfrentam. “As enormes desigualda- visita de trabalho na vertente política e tante papel que as mulheres angolanas des de acesso à informação constituem que o Presidente da depois avançar para a desempenham para o desenvolvimento um sério obstáculo ao desenvolvimento Assembleia Nacional, económica”, declarou o sustentável e harmonioso do País. Os sustentável de Angola, privando muitos Fernando da Piedade embaixador aos jornalistas. participantes vindos de diferentes pro- cidadãos de informação vital para me- Dias dos Santos, efectuou O embaixador também con- víncias de Angola concluíram também lhorarem as suas condições de vida e durante a semana !nda ao vidou os empresários angolanos que é importante fazer um diagnóstico exercerem o seu direito de cidadania”, ] Quénia. Virgílio de Faria anunciou a a investirem no Quénia, sobretudo nos social participativo, sério e profundo para referiu. abertura o!cial da Embaixada no Qué- sectores da construção, comércio, res- nia nas primeiras semanas de Fevereiro, tauração e agro-indústria. ] www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 Economia OS N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 8 AN MAIS INVESTIMENTOS CHINESES INVESTEM DOS ESTADOS UNIDOS NA AGRO-INDÚSTRIA

Várias empresas da China vão investir este ano no Uíge em sectores socioeconómicos e de infra-estruturas, multinacional norte-americana para o transporte de minérios. Uma vez anunciou o embaixador daquele país numa audiência A General Electric (GE) pretende concluídas as obras de reconstrução consolidar a sua posição no mercado dos caminhos-de-ferro, com especial que lhe foi concedida pelo vice-governador provincial angolano e explorar novas áreas de enfoque para a linha ferroviária do cor- para o sector económico e produtivo. actuação, disse ontem Je#rey Immelt, o redor de desenvolvimento do Lobito, a número um da companhia especializa- visita de Je#rey Immelt levanta expec- da em serviços e tecnologia, que actua tativas em relação ao acordo sobre o ao Kexiang, que visitou a província do nos domínios da agricultura, pecuária, em Angola nos sectores do petróleo, fornecimento das locomotivas. Je#rey Uíge durante dois dias, mencionou turismo, energia e águas”, que podem gás, transportes aéreo e ferroviário e Immelt não avançou qualquer dado G como prioritários os sectores da agri- ajudar a melhorar o desenvolvimento da saúde. Em declarações à imprensa após sobre o assunto, limitando-se a mani- cultura, indústria, construção civil, obras província e do próprio País. O embaixa- ser recebido no Palácio da Cidade Alta, festar "forte esperança" de em breve públicas, energia, água e turismo. Kexiang dor, que esteve no Uíge para identi!car pelo Presidente da República, José Edu- anunciar um "importante investimento manifestou o interesse dos empresários as potencialidades para investimentos, ardo dos Santos, Immelt considerou no sector ferroviário", pois, como dis- chineses no encontro que teve com o veri!cou igualmente o andamento dos o encontro uma "boa oportunidade" se, é intenção da GE ajudar Angola vice–governador provincial para o sec- projectos em curso nos quais participam para actualizar e passar em revista tudo a tornar-se um "centro de transporte tor económico e produtivo no quadro empresas do seu país, como é o caso da o que já foi feito e traçar estratégias regional". "Acreditamos que se conti- da visita de 48 horas que efectuou à produção de arroz na planície do Lusse- para novos investimentos. O empre- nuarmos a apostar na modernização província do Uíge. O diplomata referiu lua, Sanza Pombo, e as obras de cons- sário lembrou a visita que efectuou do sector ferroviário e noutras áreas, “as enormes potencialidades na província trução de várias infra-estruturas sociais. ] a Angola, há dois anos, em que se como a saúde, estaremos a alavancar chegou a anunciar a intenção de com- cada vez mais os investimentos", referiu pra de locomotivas da GE, sobretudo Je#rey Immelt. ] REDUZIRAM AS REMESSAS DE BANCO ANGOLANO ANGOLA PARA PORTUGAL

s remessas enviadas no ano pas- 47,7 por cento (12 milhões de euros). A sado até Novembro de Angola Até então, os valores tinham vindo IMPEDE COLAPSO DO BPI para Portugal registaram uma queda sempre a subir, re"exo do "uxo de de 14,3 por cento, equivalente a 38,6 mão-de-obra a emigrar para Angola. milhões de euros, em relação a igual Mesmo entre 2009 e 2010, anos em período de 2013. Os últimos dados que Angola foi afectada pela crise o!ciais disponíveis referem que foram !nanceira e pela baixa do preço do enviados para Portugal 213,6 milhões petróleo, as remessas continuaram a de euros nos 11 primeiros meses de subir até atingirem ao pico em 2013. 2014 e que a tendência de descida co- Agora, entrou-se numa fase descen- meçou a desenhar-se em Março após dente, enquadrada por uma descida uma ligeira subida dos dois meses na venda de petróleo nos primeiros anteriores. Setembro foi a excepção, meses de 2014 (por questões de com uma subida de 5 por cento (cerca produção) e pela queda abrupta da de um milhão de euros), após Maio cotação daquela matéria-prima nos Banco de Fomento Angola (BFA) im- gola. Globalmente, o banco fechou 2014 ter registado a maior queda: menos últimos meses do mesmo ano. ] O pediu que o Banco Português de com um prejuízo de 161,6 milhões de Investimento (BPI) atingisse o colapso euros devido à actividade em Portugal em 2014, ao contribuir com um lucro que “incorporou 264,3 milhões de euros de 116,9 milhões de euros, disse o seu associados a custos e perdas não recor- presidente executivo. Fernando Ulrich rentes”. Fernando Ulric salientou que sem a!rmou que este exercício apresentou este impacto, o BPI perdia 23 milhões um prejuízo consolidado de 161,6 mi- de euros na actividade em Portugal. lhões de euros. A actividade internacional O presidente do Banco Português de do banco português, referiu, contribuiu Investimento garantiu que a instituição com um lucro de 126,1 milhões de eu- que preside tem todas as condições para ros, na quase totalidade provenientes de mobilizar os recursos necessários para a Angola, onde o Banco BPI controla 50,1 operação, até mesmo através do mercado por cento do Banco de Fomento de An- de capitais. ] www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 OS Economia AN 9

Guia de Bagagem

CLASSE BAGAGEM BAGAGEM DE PORÃO DE CABINE ECONÓMICA 2 PC - 23 KG 5 KG EXECUTIVA 2 PC - 23 KG 7 KG PRIMEIRA 3 PC - 23 KG 10 KG INFANT 1 PC - 10 KG

EXCESSO DE BAGAGEM CHECK IN COMPRA ANTECIPADA Volume adicional até 23 kg 180 EUR 160 EUR Volume adicional até 32 kg 280 EUR 250 EUR Exc em volume até 23 kg (de 23 a 32 Kg) 100 EUR 90 EUR

VOLUMES COM MAIS DE 32 KG DEVEM SER DESPACHADOS COMO CARGA

www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 Sociedade OS N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 10 AN

JERÓNIMO DAVID, PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES ANGOLANAS EM PORTUGAL “ERA PRECISO CRIAR UM MOVIMENTO ASSOCIATIVO ANGOLANO FORTE” A comunidade angolana radicada em Portugal conta com os préstimos de da Federação das Associações Angolana em Portugal (FAAP), em fase de renovação. Os desa!os são enormes, sobretudo na área social, a!rma o seu presidente, Jerónimo David, dirigente associativo que faz parte de uma equipa empenhada em trabalhar com as instituições angolanas em benefício dos angolanos na diáspora. A Federação congregou na fase inicial 85 associações angolanas, do norte a sul de Portugal. Hoje estão no activo cerca de 65, incluindo organizações eclesiásticas. A congregação das associações unimo-nos e demos continuidade ao angolanas em federação e a projecto. sua reestruração em curso foi a resposta adequada para responder “PROPONHO A ADOPÇÃO DE UMA VER- de forma mais eficaz os problemas BA PARA AJUDAR OS PROBLEMAS SO- da comunidade em Portugal? CIAIS DAS COMUNIDADES” Sim. Foi uma solução mais equilibrada. No âmbito das suas competências, As associações estavam muito dispersas. hoje, qual é a prioridade? Quais Havia soluções de carácter comum, de são as reais necessidades ou um só voz, e nós tínhamos di!culdades problemas que a comunidade de alguém se apresentar em nome de angolana enfrenta em Portugal? Portuguesa) já não têm que contactar apoiar um grupo de jovens angolanos na todos porque não tinha legitimidade Para já a prioridade é a restruturação. A associações dispersas no seu trabalho in- área da música. Estamos a acompanhá- para tal. Quando alguém o fazia sem Federação !cou 13 anos sem funcionar. tensivo com a comunidade. A Federação los, são jovens de risco. Temos outro a legitimidade dos outros havia o pro- Tomámos posse em 2013 e aí encontrá- tem sido o elo de ligação, representando projecto para a recolha de produtos de saúde, nomeadamente gases, pró- blema de interpretação díspare sobre mos muitas debilidades administrativas. todas as associções junto das institui- teses, medicamentos, entre outros, de aquelas pessoas ou indivúduos que Os estatutos assim como as actas ante- ções, quer a nível de actividades com que Angola precisa muito. Por exemplo, apareciam a falar em nome dos outros. riores não estavam disponíveis; perde- crianças, quer a nível da mobilização de para atender crianças vítimas de quei- Havia uma contradição. Até quando es- ram-se todos os documentos relativos pessoas para serem legalizadas, quer a maduras. São pequenos apoios que nós tivéssemos a fazer um projecto envol- a todo o trabalho feito anteriormente. nível de actividades sociais e desporti- aqui na diáspora conseguimos arranjar vendo os outros indirectamente isso a A Federação não estava inscrita nas Fi- vas. Há mecanismos de articulação com muitos não agradava. Então, entende- o Consulado, por exemplo, para apoiar através de recolha de donativos. Enten- nanças, não tinha número de contribuin- demos que esta é uma das formas de mos que havia necessidade de fazer te. Tivemos que criar um novo dossier. alguém que precisa de documentação, uma Federação. Na altura eu fazia parte alguém em di!culdade que precisa de contribuirmos para ajudar os angolanos Praticamente, iniciámos este mandato a mais necessitados. de um grupo que tinha um movimento estruturar toda a máquina administra- regressar a Angola porque aqui não associativo muito forte, que incluia a tiva, o que facilita a nossa atividade e consegue emprego. Anteriormente já Ou seja, o objectivo é fazer sentir Associação de Defesa dos Angolanos, nos credibibiliza legalmente. havia estes procedimentos mas apenas em Angola a utilidade de ter em a Associação Apoios Sem Limite, entre com associações mais credíveis. Com a Porugal um movimento associativo outras que estavam no activo. A Fede- É uma reorganização que se Federação, estas responsabilidades são também atento à situação dos mais ração já existia mas não estava muito impunha porque traria mais mais sólidas, a credibilidade é maior. vulneráveis? visível. O então Embaixador de Angola vantagens em benefício da “AINDA TEMOS ALGUMA FRAGILIDADE em Portugal, Assunção dos Anjos, es- comunidade? De certa maneira. Queremos fazer com tava muito envolvido nesse projecto e NO SEIO DO MOVIMENTO ASSOCIATIVO” que em Angola se sinta o benefício das foi assim que entendemos criar uma Há vantagens. Até ao presente mo- acções da Federação, porque ela está a A relação com as instituições é a Federação. Foi dalí que a Consul Geral mento a Federação tem tido um papel trabalhar com a comunidade local mas mais desejada? na altura, Elizabete Simbrão, disse que fundamental, porque desde que tomá- também com preocupação em relação já existia uma Federação (…), mas esta mos posse os consulados e a Embaixa- Por exemplo, depois de concluirmos o ao país de origem. Esta foi sempre a podia desmoronar-se. Convergímo-nos da, bem como a Missão de Angola na processo de organização administrativa tradição da imigração. Os portugueses depois da eleição do corpo directivo, CPLP (Comunidade dos Países de Língua estamos a fazer um projecto com vista a emigraram para países como a Fran- www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 OS Sociedade AN 11

ça mas sempre enviaram recursos e houver uma rubrica especí!ca para o efei- oportunidade de emprego em quando esses quadros regressam fragili- bens para o seu País natal. Também to, o Consulado terá muitas di!culdades Portugal? zam a comunidade que aqui está. não queremos fugir à regra. Propuse- para fazer face aos problemas sociais dos Nós temos sido procurados por várias mos uma audiência com o presidente angolanos na diáspora. Às vezes são pro- O que é que se pode esperar da pessoas que sentem necessidade de re- da INFARMEDE, Autoridade Nacional do blemas muito concretos, que precisam Federação neste 2015? Quais as gressar. A solução não é imediata porque Medicamento e Produtos de Saúde I.P., de uma atenção adequada ou de uma prioridades? as nossas condições, do ponto de vista um instituto português que trabalha na resposta imediata. A Embaixada não tem económico-!nanceiro não são equilibra- A Federação faz 20 anos em Setembro área dos medicamentos em Lisboa, para uma função administrativa para atender das. Bene!ciamos do estatuto de direito deste ano. Já conversámos com algumas concertamos uma parceria com o objeti- as situações que vão surgindo. Mesmo português e como tal temos direito a das pessoas mais antigas do nosso mo- vo de angariar ofertas em fármacos que assim, em Julho passado já tivemos uma candidaturas para satisfazer as necessida- vimento associativo com as quais lançá- serão canalizados para Angola. reunião com o senhor Embaixador, Prof. des das comunidades aqui residentes. Só mos a ideia de celebrar este marco com Dr. José Marcos Barrica, para explicar a que neste momento não há candidaturas um fórum, mas isso passa por apoios Com esta conjuntura de crise em situação. Mas é de referir que também e !nanciamento para projetos nas áreas !nanceiros. Não temos muita certeza Portugal, há muitos imigrantes, há problemas de estruturação no Depar- sociais. Isso não ajuda muito a encontrar de algum apoio que possa ser possí- não só angolanos, a enfrentarem tamento das Comunidades em Angola, soluções para casos de angolanos em vel mobilizar no País de acolhimento dificuldades económicas sérias, que durante muito tempo não funcionou di!culdade. Ainda temos alguma fragili- devido à crise económica. No País de algumas gritantes até por falta devidamente. É uma estrutura que devia dade no seio do movimento associativo. origem, Angola, temos o problema da de emprego. As associações estão ter uma ligação forte com a diáspora O maior problema que enfrentamos é na crise provocada pela queda do preço do atentas a esta realidade em busca para a resolução dos problemas das co- área social. A Federação ajuda a orientar petróleo. Infelizmente, como o petróleo de respostas? munidades angolanas. É uma estrutura as pessoas. Temos pessoas com proble- tem sido o suporte mais importante para que deve zelar por isso, sublinhar quais A Federação está atenta e muito pre- mas que diariamente me consultam. Eu a estabilidade do Orçamento Geral do são as necessidades e fazer propostas ao ocupada com este problema. Por isso próprio canalizo propostas, quer no aspe- Estado Angolano acreditamos que va- Ministério competente, incluindo propos- temos articulação concertada com a to jurídico quer no plano social e psico- mos ter muito mais di!culdades. Mas, tas para o OGE. É o Departamento que Embaixada e os consulados de Angola, lógico, para as orientar. Temos parcerias da conversa que tivemos com o senhor deve fazer o inquérito dos problemas da estruturas que têm uma vertente polí- com muitas instituições que nos ajudam, Embaixador Marcos Barrica, percebemos comunidade no estrangeiro. Quando esta tica e administrativa, mas também de mas as questões de natureza jurídica são que com poucos recursos poderemos ser estrutura não funciona é um problema responsabilidade pública, com pendor as mais gritantes. Muitos precisam de mais racionais e mais e!cientes. Acredi- gritante para as comunidades, porque social. Nesta vertente da responsabi- advogados, de um técnico quali!cado tamos, com o trabalho perspectivado em ainda que elas queiram empolgar algu- lidade social, estas instituições estão na área que lhes possa dar informação parceria com as instituições consulares e ma manifestação de solução nesse sen- muito disponíveis. Têm muita vontade correcta. Não temos associações com diplomáticas, que sobretudo no aniver- tido há sempre uma di!culdade porque mas a vontade para atender os pro- um departamento jurídido consistente. sário da Federação será possível fazer não sabem com quem falar e a quem blemas não depende só delas. Nós, a Os nossos quadros angolanos quando um fórum onde poderemos concertar responsabilizar. nível de !nanciamento, temos muitas se formam regressam logo para o País. ideias, discutir os problemas e sermos debilidades que ultrapassam, em certa A Federação tem sido procurada Às vezes nem fazem estágio aqui, por- um canal de solução de vários questões medida, as condições dos consulados ou por angolanos que querem que devia-se aproveitar o momento de que temos de enfrentar quer no país de da Embaixada, porque são respostas que regressar a Angola, por falta de estágio para dar consulta aos outros. E origem quer no país de acolhimento. não estão contempladas no Orçamento Geral do Estado (OGE). Este é um pro- blema que tem de ser debatido entre o Estado Angolano e Comunidade cá, representada pela Federação, no sentido de acertamos os pormenores muito mais concretos e e!cazes porque há ango- lanos aqui que precisam de apoio a diversos níveis, sobretudo na vertente social. Os consulados de Angola fazem um grande esforço no sentido de se concretizar algumas soluções, mesmo não estando as rubricas contempladas no OGE angolano. “O MOVIMENTO ASSOCIATIVO ERA A MINHA PRIORIDADE” O que é que sugere em concreto? Adoptar-se uma verba para ajudar a resol- ver os problemas sociais das comunida- des angolanas no estrangeiro. O próprio Consulado deve ter !nanciamento para apoiar projectos sociais, sem que isso lhe cause algum problema com o Estado Angolano, porque tais projectos estariam orçados. Se dentro do orçamento não

QUEM É QUEM?

Jerónimo David é, desde Junho de 2013, na construção civil. Era o sector que acolhia grande ção Apoio Sem Limite, da qual ainda faço parte presidente da Federação das Associações Angolanas, parte da mão-de-obra imigrante. Pelo seu espírito e donde venho para a federação. Na altura era a que soma quase 20 anos de existência. Aos 39 anos batalhador, veio a inserir-se no mundo académico minha prioridade. Depois, com as experiências que de idade, sempre esteve ligado ao movimento asso- para prosseguir os estudos. Foi a partir dessa altura começámos a adquirir, estendemos a actividade para ciativo. Foi escolhido para candidato a Presidente da que sentiu plena necessidade de se incorporar na outras dimensões», salienta. O modelo inspirador Junta de Freguesia de Frielas, Conselho de Loures, nas vida associativa, em defesa da causa dos angolanos. era a Associação Cabo-verdiana de Lisboa, das mais eleições autárquicas de 2009, como Cabeça de Lista «Tínhamos muitos jovens com problemas de exclu- antigas, que já tinha larga experiência na matéria. pelo Partido Social Democrata (PSD). Actualmente é são. As soluções eram muito problemáticas tendo Era preciso criar um movimento associativo ango- membro da Assembleia de Freguesia de Santo Antó- em conta que, na altura, as políticas de imigração lano forte, sobretudo na área juvenil, procurando nio dos Cavaleiros e Frielas, e ainda Conselheiro de eram muito restritivas», explica. «O movimento asso- resolver os problemas da comunidade em grupo. Angola no Conselho para as Migrações junto do Alto ciativo era a solução», precisa convicto de ter feito a Assim, teriam respostas mais e!cazes do que tratar Comissariado para as Migrações, I.P. Quando chegou a opção certa. «Inicialmente, criámos uma associação as questões de forma isolada, considera Jerónimo Portugal, onde vive há 17 anos, começou a trabalhar que trabalhava com os jovens – a ASLI - Associa- David, natural do Cuanza- Norte. ]

www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 Sociedade OS N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 12 AN CONSULADO GERAL DE LISBOA MAIS 300 MIL EMPREGOS RETOMA ACTOS CONSULARES MASSIVOS CRIADOS EM 2014

total, criou 32 por cento dos em- pregos, a Energia e Águas 22 por cento e os Transportes 15 por cento. Os números do mercado de empre- go apontam para 371.957 agentes e funcionários civis em 2014, sendo 64 por cento do género masculino e 36 isboa - O Consulado Geral de Angola integrantes ainda vivem indocumentados. do feminino, nos órgãos e serviços L em Lisboa retoma, no próximo dia Estes cidadãos indocumentados, impossi- da administração central (11,6 por 14 de Fevereiro, a realização de mais bilitados de regularização do seu estado cento) e locais (88,4 por cento). O um acto consular gratuito massivo, diri- de residência em Portugal, enfrentam as ministro Pitra Neto esclareceu que os gido à comunidade angolana baseada na consequências de desintegração social, sectores da função pública onde mais Grande Lisboa. O acto será realizado pelo com destaque para o desemprego, num se vincularam quadros efectivos são sector migratório do Consulado Geral de país (Portugal) que tem vivido das piores os da Educação (54 por cento) e Saú- Angola em Lisboa das 9h00 às 14h00. crises económicas. Estes actos são vistos de (14 por cento). A Escola Nacional A iniciativa, sobretudo, da emissão ou como veículo de reaproximação da co- de Administração, no cumprimento reemissão de passaportes levada a cabo munidade junto dos serviços consulares dos objectivos de!nidos no Plano por aquela chancelaria consular, de forma de Angola e meio para garantir a plena Nacional de Formação de Quadros, gratuita, tem sido aplaudida pela comu- cidadania dos angolanos emigrados em ministrou 229 cursos e organizou nidade angolana, onde muitos dos seus Portugal. ] dez conferências temáticas, com a ministro da Administração Pú- participação de 4.619 agentes ad- O blica Trabalho e Segurança So- ministrativos, funcionários públicos cial, António Pitra Neto, anunciou, e trabalhadores de empresas. Pitra em Caxito, que no ano passado fo- Neto informou que estão em funcio- ram criados 306.957 novos postos namento os Centros Locais de Empre- de trabalho nos sectores primário, endedorismo e Serviços de Emprego secundário, terciário e nos serviços em Benguela, Cabinda, Cuanza Norte, públicos. Pitra Neto informou que Cuanza Sul, Huambo, Huíla Malanje, o sector do Comércio, do número Moxico e Uíge. ] LANÇADO PLANO DE PROTECÇÃO INGLÊS EM CABINDA COM APOIO NORTE-AMERICANO DAS ZONAS COSTEIRAS Um protocolo para o ensino da língua inglesa no Instituto Superior de Ciências de Educação de Cabinda foi, esta semana, rubricado entre a embaixada dos EUA em Angola, e a Universidade 11 de Novembro, em cerimónia testemunhada pela governadora Aldina da Lomba.

lém de estabelecer condições para Ministério do Ambiente apresen- e objectivos do Plano Nacional de A a aprendizagem da língua inglesa, O tou em Luanda o Projecto Na- Desenvolvimento 2013/2017, particu- o protocolo garante a mobilização de cional de Adaptação e Reforço das larmente no tocante à integração e professores. Apoiar a Universidade 11 de Capacidades das Zonas Costeiras. O conciliação dos aspectos ambientais Novembro em seminários de formação projecto destina-se a identi!car as em todos os planos e programas de dirigidos aos professores de inglês e das necessidades urgentes de adaptação desenvolvimento económico e social. escolas de ensino médio em Cabinda, nos países menos avançados e propor De acordo com o chefe do gabinete constitui outra valência do protocolo, as intervenções necessárias, de acordo das alterações climáticas, Giza Martins, que também prevê programas de for- com o mandato da Conferência das no !nal do mês de Março o Projecto mação da língua inglesa naquela institui- Partes. Avaliado em mais de seis mi- é submetido à avaliação da identidade ção superior de ensino. A embaixadora lhões de dólares, o Projecto é uma !nanciadora (GEF). “Este é o primeiro norte-americana em Angola, Helen La iniciativa do Ministério do Ambiente, evento de auscultação a nível nacio- Lime, que rubricou o protocolo, valo- em colaboração com o Programa das nal e as contribuições que saírem da- rizou a aprendizagem da língua ingle- Nações Unidas para o Ambiente e qui são apresentadas dentro de dois sa nas instituições escolares angolanas, o Programa das Nações Unidas para meses e submetidas à avaliação da salientando que “o inglês permite usar o Desenvolvimento (PNUD). Alinhado identidade !nanciadora. Contamos, a chave que abre um mundo cheio de inglesa. O reitor em exercício da Univer- com a Estratégia Nacional de Desen- no !nal do segundo semestre deste oportunidades”. A embaixadora Helen sidade 11 de Novembro, Luzaiadi André, volvimento a longo prazo, o projecto ano, começarmos a implementar o La Lime entregou à Universidade 11 de referiu que o protocolo é uma mais-valia contribui para o alcance das metas Projecto”, disse. ] Novembro livros académicos de língua para a instituição. ] www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 OS Sociedade AN 13

DIVIDIDOS POR DUAS GEOGRAFIAS ANGOLANOS EM PORTUGAL ENTRE FICAR OU REGRESSAR Longe do País que os viu nascer, os cerca de 30 mil angolanos radicados em Portugal transportam sempre consigo o desejo do regresso. Mas, razões de ordem !nanceira di!cultam a concretização do plano de alguns, como constatámos na reportagem efectuada na Quinta do Mocho, bairro nos arredores de Lisboa onde vive uma das mais representativas comunidades de imigrantes angolanos na diáspora.

Angola. «Tão cedo não…; não arriscaria nesta altura, porque os meus !lhos ain- da são pequenos e não tenho lá casa», justi!ca. «Requer uma adaptação e não sei o que vou encontrar». Ir a Angola, como projecta, será para ver a família e voltar. Com a grave crise económica e !nanceira que levou o Governo por- tuguês a pedir ajuda externa em 2011, degradaram-se as condições de emprega- bilidade. A conjuntura no país acolhedor levou ao encerramento de muitas empre- ábado, a manhã ainda ia a meio. Na sas do ramo da construção civil e obras S Quinta do Mocho, em Sacavém, que públicas e consequentemente a redução alguns preferem chamar de Terraços da das oportunidades de emprego que havia Ponte, a vida nas ruas parece pacata. Mui- antes, mesmo na área doméstica. Devido tos dos residentes foram trabalhar até o a esta dura realidade, muitos imigrantes !nal do dia para o sustento. Para outros decidiram regressar aos seus países de como Rosa Lourença Cristóvão, é dia de origem. Nos últimos quatro anos, Portugal descanso, que também aproveitam para perdeu mais de 50 mil imigrantes, o cor- os afazeres domésticos. Esta angolana de respondente a 10 por cento, segundo os Luanda, pai de Malanje e mãe de Piri dados do último relatório da Organização de vida. Trabalhou na construção civil, Dembos, vive há 14 anos em Portugal, para a Cooperação e Desenvolvimento emigrou para Espanha e França e voltou a para onde emigrou quando em Angola, Económico (OCDE). Actualmente, vivem Lisboa, mas o desa!o era estudar. «O meu entre 1998 e 1999, não era fácil encontrar no país cerca de 400 mil cidadãos es- objetivo foi sempre um dia me formar. emprego. Trabalhava numa empresa que trangeiros contra os 454 mil que aqui Não foi fácil, mas apostei nisso», revela. faliu. «As condições de emprego foram viviam em 2009, quando despoletou a Arranjou trabalho como taxista para po- se deteriorando. Sem oportunidades e crise. Rosa Cristóvão conhece muitos der pagar os estudos. Neste momento é com um !lho pequenino [de dois anos] conterrâneos seus que querem voltar a licenciado em gestão de empresas. «Va- resolvi emigrar», explica ao Mwangolé. Angola, mas que não conseguem por falta leu a pena o esforço», a!rma sorridente. «Vim para Portugal tentar a sorte como de recursos !nanceiros. Há imigrantes em Hoje, está com disponibilidade imediata toda a gente fez». Em sua casa, onde nos situação ilegal. «Somos a nacionalidade se alguma empresa o quiser contratar. acolheu com simpatia, os vasos de "ores com mais di!culdade em nos legalizar, na Quinta do Mocho, onde recomeçou a à entrada a ladearem a porta principal e porque, dizem, isso tem a ver com acor- vida com muitas di!culdades. «Havia falta as cores das paredes da sala transmitem dos que Angola não assinou», adianta. de condições», lembra. «Mas, como tinha alegria. Na estante algumas peças deco- Diz também que há pessoas doentes e «SOMOS A NACIONALIDADE COM MAIS visão de futuro e um objectivo a atin- rativas ilustram algum gosto pelas artes. outras a viverem como mendigos, em gir fui conseguindo o que consegui até DIFICULDADE EM NOS LEGALIZAR» Entre estas, a estatueta de “O Pensador”, situação de desespero, para as quais apela chegar ao patamar que cheguei», a!rma de origem tchokwe, que hoje constitui o apoio da Embaixada ou de instituições ROSA CRISTÓVÃO orgulhosa. Rosa diz ter uma vida estável, uma referência da cultura angolana. Foi da sociedade civil. A Federação das Asso- mas está desempregada. Em Cuba, onde neste ambiente acolhedor que Rosa Cris- ciações Angolanas em Portugal, dirigida esteve oito anos, fez um curso médio de Se isso não acontecer irá a Luanda tentar a tóvão nos foi contando a sua história de por Jerónimo David, conhece a realidade na área da !ação textil. sorte, uma vez que o mercado de trabalho imigrante, agora mãe de três !lhos – o e faz o que pode para acudir algumas das em Portugal continua difícil. «Mesmo para Antunes, de 17, o Rui, de 12 e o Waldemar, situações, de acordo com os meios e ca- fazer um estágio, que para mim seria uma com 9 anos de idade. pacidade disponíveis. Um grupo de jovens mais-valia, está di!cil», lamenta, uma vez «O MEU OBJETIVO FOI SEMPRE solidários do bairro mobiliza donativos, que estes não são remunerados. Por isso Quando chegou a Portugal, o principal sobretudo em alimentos, para distribuir UM DIA ME FORMAR. sugere, além das feiras de emprego que se entrave foi a legalização. Lembra aqueles às famílias mais necessitadas. dias em que dormiu na rua. O compa- NÃO FOI FÁCIL, MAS APOSTEI NISSO» organizam em Portugal, a criação de uma nheiro, que então tinha residência legal, ESTUDAR, FORMAR-SE base de dados no Consulado de Angola não a ajudou nesse sentido. Instalou-se ANTÓNIO LOPES sobre os recursos humanos quali!cados E REGRESSAR… disponíveis para consulta por parte das António Lopes, taxista com quem conver- empresas interessadas. De acordo com Cá em Portugal bene!ciou de outra for- sámos à saída do onde habita Rosa, está a Organização Mundial das Migrações mação como operador informático co- entre os angolanos que fazem planos para (OIM), 412 cidadãos estrangeiros requere- !nanciado pela Embaixada de Angola. voltar ao País natal, de onde saiu há 18 ram auxílio para o retorno voluntário aos Também fez, na Escola de Hotelaria da anos. «A família já lá está», conta. Este países de origem em 2014. Do total, 18 Pontinha, um curso de serviço de ban- cidadão nacional também residente na eram angolanos, o correspondente a 4,4 quete e decoração de eventos. «Portugal Quinta do Mocho veio para Portugal, via por cento. Entre 2010 e 2013, a OIM apoio devia dar mais oportunidade às pessoas Brasil, à procura de melhores condições o regresso a Angola de 112 nacionais. ] como eu e muitas mais», desabafa. «Acho que tenho possibilidades de ir mais além», acrescenta. «O facto de sermos imigrantes obriga-nos a batalhar muito para conse- guirmos algo». DESEMPREGO PREOCUPANTE Determinada quanto aos objectivos, entre os quais o de dar uma educação adequa- da aos seus progenitores, Rosa não pensa para já deixar Portugal para regressar a

www.embaixadadeangola.org NGOL A É W Conselho M 10 Jurídico OS N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 14 AN CONHEÇA OS PROCEDIMENTOS DA LEI DA NACIONALIDADE (LEI ORGÂNICA N.º 2/2006, DE 17 DE ABRIL), ENTRADA EM VIGOR A 15 DE DEZEMBRO DE 2006

Pela Lei Orgânica n.º 2/2006, de 17 de Abril, foram introduzidas alterações à Lei n.º 37/81, de 3 de Outubro (Lei da Nacionalidade) que modi!caram substancialmente os regimes da atribuição e da aquisição da nacionalidade portuguesa.

e entre essas alterações destaca- dência, independentemente de título, à naturalização, constitui, aliás, outra Outro aspecto inovador consiste na D se, pela relevância que assume, o ao tempo do nascimento do filho, importante inovação, introduzida pela equiparação da união de facto ao ca- reforço do princípio do ius soli, (direito bem como aos nascidos no territó- referida Lei Orgânica n.º 2/2006, de 17 samento, para efeitos de aquisição da do solo), o que constitui a concretização rio português, filhos de estrangeiros de Abril. nacionalidade portuguesa, por parte do do objectivo, assumido no Programa do que se não encontrem ao serviço do cidadão estrangeiro que viva com um Acresce que, de um modo geral, fo- Governo, do reconhecimento de um es- respectivo Estado, se declararem que cidadão nacional, desde que judicial- ram simultaneamente diminuídas exi- tatuto de cidadania a quem tem fortes querem ser portugueses, desde que, mente reconhecido. gências, tendo sido introduzido, para laços com Portugal. no momento do nascimento, um dos efeitos de atribuição ou de aquisição A nova lei da nacionalidade também progenitores aqui resida legalmente Com efeito, as modificações demo- da nacionalidade, um novo conceito de vem bene!ciar os emigrantes portu- há, pelo menos, cinco anos. gráficas, ocorridas nos últimos anos, residência legal no território português, gueses de 2.ª geração, permitindo-lhes determinaram que muitos descenden- Por sua vez, no domínio da aquisição cuja prova pode ser efectuada através um acesso mais fácil à aquisição da tes de imigrantes, embora sendo es- da nacionalidade foi consagrado um de qualquer título ou visto válido, e nacionalidade, desde que comprovem trangeiros, nunca tenham conhecido direito subjectivo à naturalização por não apenas mediante autorização de que têm um ascendente em 2.º grau outro país, além de Portugal, onde parte dos menores nascidos no terri- residência, desde que !que preenchi- com nacionalidade portuguesa. nasceram. tório português, !lhos de estrangeiros, do o requisito do tempo de residência Finalmente, o Serviço de Estrangeiros e se, no momento do pedido, um dos necessário. Neste contexto, e revertendo como Fronteiras deixa de aceitar e instruir os progenitores aqui residir legalmente há um importante factor de combate à Por outro lado, nos casos de naturaliza- pedidos de aquisição da nacionalidade cinco anos ou se o menor aqui tiver exclusão social, pela nova lei é atri- ção de estrangeiro residente legal em por naturalização, passando esta compe- concluído o primeiro ciclo do ensino buída a nacionalidade portuguesa de território português, deixa de existir a tência para as conservatórias do registo básico. origem aos nascidos no território por- discriminação em função da nacionali- civil e para a Conservatória dos Registos tuguês, filhos de estrangeiros, se pelo A limitação da discricionariedade, atra- dade do país de origem, passando a Centrais que concentra assim todos os menos um dos progenitores também vés do reconhecimento, em diversas ser exigido, para todos, seis anos de pedidos de atribuição e de aquisição da aqui tiver nascido e aqui tiver resi- situações, de um direito subjectivo residência. nacionalidade portuguesa. ] www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 OS África AN 15

POR PERSEGUIR LIDERANÇAS AFRICANAS ONU APOIA COMBATE ÁFRICA PODE ABANDONAR TRIBUNAL DE HAIA AO BOKO HARAM O novo presidente da União Africana, Robert Mugabe, anunciou que África pode desvincular-se do Tribunal Secretário-Geral das Nações Unidas cipar nesta força conjunta com “conselheiros Oelogiou, em Addis Abeba, a decisão e apoio logístico”. Pelo menos 13 mil pesso- Penal Internacional (TPI) e propôs a criação de um da União Africana (UA) de criar uma força as morreram e mais de um milhão tiveram Tribunal de Justiça e Direitos Humanos para África. regional de 7.500 soldados para lutar contra de abandonar as casas desde o início da o Boko Haram. “Saúdo a decisão da UA ofensiva dos rebeldes, em 2009. O auge decisão pode ser formalizada em e dos países da região de criarem uma do Boko Haram transformou-se numa crise A Junho, na próxima cimeira da orga- força multinacional contra o Boko Haram”, regional que afecta directamente a Nigéria, nização. Na Cimeira da União Africana, disse Ban Ki-moon, à margem da cimeira Camarões, Níger e Chade que, juntamente que terminou no passado !m-de-sema- da organização pan-africana. “Cometeram com o Benim, decidiram criar uma força na, os líderes africanos exigiram que brutalidades inomináveis. Estes terroristas conjunta de 7.500 soldados. A proposta o TPI deixe de perseguir as lideranças devem ser combatidos com uma coopera- foi apoiada pela UA, que pretende o aval africanas e cancele ou suspenda os ção regional e internacional”, declarou. No do Conselho de Segurança da ONU, assim processos que pendem sobre alguns altos dirigentes do continente, como o âmbito daquela cooperação, a aviação do como uma ajuda económica para !nanciar ] Presidente Omar Bashir, do Sudão, e o Chade bombardeou a cidade nigeriana de a missão militar. vice-presidente queniano William Ruto. Gamboru, base do Boko Haram, na fron- A União Africana acusa o TPI de visar “um grave risco para a paz e segurança teira com Camarões, onde o grupo teve os líderes africanos de forma despro- em África e no Mundo”. O Presidente confrontos com soldados do primeiro da- porcional. Até agora o Tribunal indiciou do Quénia garantiu já um milhão de queles países, anunciaram fontes militares apenas líderes africanos, embora meta- dólares para a instalação do Tribunal de N’Damena e de Yaundé. Após dois dias de dos oito casos que tem em mãos de Justiça e Direitos Humanos de África de combates nos Camarões, o Exército cha- tenha sido encaminhada ao TPI pelos proposto por Robert Mugabe. Os diri- diano disse ter sofrido uma baixa e abatido próprios governos africanos. A União gentes africanos denunciam a prática, 123 elementos do Boko Haram. Uma fonte Africana analisa desde 2013 uma possí- pelo TPI, de “colonialismo judicial” Em diplomática revelou que a ONU pode parti- vel saída do TPI, instituição que muitos 2013, a União Africana debateu o tipo de líderes de África acusam de os perseguir relações que a organização continental, e de “actuar injustamente em África”. O que conta com 34 dos 122 países do Presidente do Quénia, Uhuru Kenyat- mundo que rati!caram o Estatuto de ta, que também já foi indiciado por Roma, que fundou o TPI, deve manter aquele Tribunal, quali!cou o TPI como com o Tribunal Internacional. ] ÁFRICA DO SUL LIBERTA AUTOR DE ASSASSINATOS E TORTURAS ZÂMBIA: EDGAR LUNGU ministro sul-africano da Justiça conce- theid, que vigorou de 1948 a 1994. A TRC O deu liberdade condicional a Eugene amnistiou-o de muitos dos crimes, incluin- de Kock, coronel sul-africano da Polícia do os atentados à bomba e 12 assassinatos do apartheid conhecido como o assassino de militantes anti-apartheid, mas a não o MUDA CONSTITUIÇÃO número um ao serviço do regime de segre- de assassinato de cinco homens em 1992. novo Presidente da Zâmbia, Edgar poder ao Presidente Lungu. Estiveram gação, que estava preso desde 1994. “No A TRC considerou que neste caso que as O Lungu, já foi empossado no cargo igualmente presentes na cerimónia de interesse da reconciliação nacional, decidi vítimas não tinham nenhuma relação com após prestar juramento em Lusaka, para posse, organizada no Heroes Stadium da colocar De Kock em liberdade condicio- a guerrilha anti-apartheid e que os crimes desempenhar as funções de Chefe de Es- capital, Lusaka, o ministro dos Negócios Es- nal”, declarou o ministro Michael Masutha. não tinham portanto justi!cação política. tado após vencer as eleições. Edgar Lungu trangeiros do Malawi, George Chaponda, o De Kock foi condenado em 1996 a duas Durante o julgamento, assim como perante é o sexto Chefe de Estado da Zâmbia. O ex-Presidente da Zâmbia, Kenneth Kaunda, penas de prisão perpétua e a 212 anos a TRC, De Kock, que se classi!cou como seu partido, a Frente Patriótica (no poder) o ex-Presidente zambiano Rupiah Banda, e de cadeia pelo trabalho que desenvolveu “assassino de Estado”, forneceu bastantes venceu com uma curta margem as eleições a antiga primeira dama zambiana, Christine no comando de uma unidade antiterroris- pormenores sobre as atrocidades cometi- organizadas a 20 de Janeiro na sequência Kasebe Sata. No seu discurso, o Presidente ta da Polícia, que reprimia opositores ao das pela unidade secreta a que perten- da morte, a 28 de Outubro, do Presidente Lungu comprometeu-se dotar o país de regime racista. O ex-coronel do regime cia, justi!cando-as com “o cumprimento Michael Sata. O Presidente interino, Guy uma nova Constituição antes da realização de segregação racial reconheceu mais de ordens políticas”. O debate sobre os crimes Scott, presente na cerimónia de investi- das eleições gerais previstas para 2016 e dura ao lado do Presidente zimbabweano, revelou que vai imediatamente designar o 100 casos de assassinato, tortura e fraude do regime do apartheid reavivou-se nos Robert Mugabe, que é igualmente Presi- advogado Ngosa Simbyakula, ministro do diante da Comissão para a Verdade e a últimos dias na África do Sul. Para muitos, dente em exercício da Comunidade de Interior para trabalhar com o Ministério Reconciliação (TRC), criada em 1995 para os assassinatos, sequestros e torturas de Desenvolvimento da África Austral (SADC), da Justiça para garantir a promulgação esclarecer e, em alguns casos, perdoar os De Kock são crimes “demasiado odiosos entregou simbolicamente os símbolos do da nova Constituição. ] que confessaram crimes durante o apar- para serem perdoados”. ]

EX-DIRECTOR OMS/ÁFRICA MANDATO DE SAMBO ELOGIADO PELA OMS

Directora-geral da instituição reconhe- na OMS remonta ao ano de 1978, em re- das doenças transmissíveis diminuiu, as- A ceu a forte liderança do ex-director presentação de Angola, no Conselho Exe- sim como a taxa de mortalidade materno- Luís Gomes Sambo, director do Comité cutivo, quando alguns países lutavam pela infantil. Luís Gomes Sambo, que referiu Regional da Organização Mundial da Saú- independência. “Nessa altura, o peso das haver ainda muito a fazer para resolver de (OMS) para África, cessou o!cialmente doenças transmissíveis era elevado, prin- problemas fundamentais de saúde pública as funções durante a 136ª Sessão do Co- cipalmente o sarampo, poliomielite, tosse em África, pediu, na ocasião, aos Estados mité Executivo da agência especializada convulsa e paludismo, muito frequentes africanos e à comunidade internacional das Nações Unidas, que decorre em Ge- entre os africanos”, disse. O ex-director que respondam aos desa!os do futuro nebra, Suíça. O médico angolano a!rmou do Comité Regional da OMS para África e intervenham mais nos sistemas nacio- no discurso de despedida que deixa a sublinhou que nos últimos anos houve nais de saúde para poderem ter maior organização com o sentimento do dever “progressos signi!cativos em termos de desempenho e capacidade de adaptação cumprido e que a experiência de trabalho saúde pública em África” e que o peso ao contexto mundial e de cada país. ]

www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 Cultura OS N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 16 AN MEMÓRIAS: XISSA E O ZÉ DO TELHADO lhamos à nossa volta. Xissa, antigo e nas regiões portuguesas o acompanhou nas li- O Posto de Chissa, pertinho de Cacu- da Beira Alta e Beira Baixa. des de comerciante de lama. Em frente a esta campa, o espanto Assaltava os ricos e, con- borracha, carne, mar- de quem não conhece a história do tam os historiadores, dis- !m e peles. Percorren- homem recordado em Portugal como tribuía pelo menos uma do grande parte das um defensor dos pobres é imediato: quinta parte dos tesouros terras do centro de An- este lugar, no meio da província de amealhados pelos pobres, gola, acabou por acei- Malanje, foi a última casa do famoso Zé pelos mais velhos e doen- tar o convite do seu do Telhado, o Robin Wood português tes. Rapidamente ganhou amigo para terminar do século XIX. José Teixeira da Silva é Os habitantes de Xissa preservam a memória fama e tornou-se num alvo com o ziguezaguear também !gura mítica em Angola. de Zé do Telhado © Carlos Lousada a abater pelas autoridades. pela então colónia e Era amigo dos jovens, foi o meu avô Em 1859, ao tentar fugir estabelecer-se em Xis- que me contou. Andava sempre atrás para o Brasil escondido na sa, de onde Bandy era dos elefantes. Ele era grande, gigante carga de um navio, foi apa- natural. Viajou por Ma- mesmo, e falava kimbundo. Depois, já nhado e detido na cadeia lanje e Cassange, até doente, o soba deu-lhe medicamento da Relação, no Porto, onde chegar ao pequeno conviveu com o escritor Campa de Zé do Telhado quimbo. Em pouco caseiro e tratou-o. Escreveu um papel © Carlos Lousada a dizer que quando morresse, queria Camilo Castelo Branco. A tempo, já tinha cuba- ser enterrado aqui. E depois morreu. sentença foi radical, mas normal para a ta. Contam os livros que comandou Os caminhos de Malanje são de uma beleza O povo cuida da campa dele. É um época: desterro em Angola. Ao chegar uma legião de caçadores, e que fazia impressionante © Carlos Lousada/ Austral lugar muito importante, porque tem a Luanda, foi enviado para a cárcere negócios em terras distantes, onde !- muita história.” da Fortaleza de São Miguel, de onde cava várias semanas, antes de regres- Quando visitei Xissa, em 2006, encontrei saiu algum tempo depois. sar a Xissa, onde acabou por falecer. o soba cujo nome, em vergonhosa con- E ali está o túmulo, simples, aparen- A memória deste personagem natural tra-regra jornalística, não apontei. Mas temente comum, preservado pelos do verde Minho português, guardam- sei a idade: 75 anos. Com voz orgulhosa, guardiães de Xissa. É o ponto !nal de na os naturais desta pequena aldeia falava do grande herói da aldeia: “O uma vida atribulada, que começou em malanjina. E apesar de algumas versões Telhado era um Comandante que veio Castelões de Recezinhos, em Pena!el, falarem de Zé do Telhado como um por motivos de guerra. Quando chegou, norte de Portugal. José Teixeira da Silva terrível criminoso que chegou a lutar encontrou o Soba Congolo, que era o – conhecido por Zé do Telhado, porque com os sobas da Baixa do Cassange, dono desta área. Acabou por !car por vivia na única casa de telha da aldeia a verdade é que a história contada de aqui. Ele veio do norte, trazia com ele – é uma das !guras mais míticas do boca em boca nestas paragens remo- um grupo de portugueses. Trouxe para Aldeia a caminho de Xissa imaginário popular português (e dos © Carlos Lousada/ Austral tas de Malanje, recordam-no como um aqui os dele e pediu ao soba de Xissa naturais de Xissa). Homem do campo homem de coração imenso. O cuidado para !car”. De dedo em riste, continuou: e castrador de animais, tornou-se salte- Após uma passagem pelo presídio do com que velam a campa deste perso- “Ele vivia em paz com o povo. Brinca- ador de uma quadrilha sanguinária que Ambriz e por Benguela, conheceu Ban- nagem tremendo, comum a Portugal e va com as crianças. Não deixou !lho. lançou o terror no vale do rio Sousa, dy, um guia natural de Malanje, que Angola, é prova disso. ]

PEPETELA E ONDJAKI NO I ENCONTRO WALDEMAR BASTOS LEVA ANGOLA A LOS ANGELES DE LITERATURA INFANTO-JUVENIL DA LUSOFONIA aldemar Bastos foi um dos desta- samba e fado a serem predominantes, epetela e Ondjaki, o primeiro como W ques do Festival de Sacred World ao longo do concerto do músico an- Pelemento da Comissão de Honra, par- Music, realizado no !nal de semana, no golano. “Clássicos da minha Alma”, que ticiparam, em Portugal, no I Encontro Aratani Japan American Theater, em inclui temas da banda Ngola Ritmos, de Literatura Infanto-Juvenil da Luso- Los Angeles, nos EUA. O cantor privi- tem participações do pianista japo- fonia, terminou no sábado passado. O legiou os temas do disco “Clássicos da nês Darek Nakamoto, do guitarrista encontro de Literatura que decorre nos Minha Alma”, gravado com a Orquestra norte-americano Michel Long e de concelhos de Cascais, Oeiras, Lisboa e Sinfónica de Londres, alguns dos quais músicos latino-americanos. Waldemar Amadora, promovido pela Fundação “O interpretados com alterações melódi- Bastos, tido como um dos ícones da Século”, com apoio da Câmara Municipal cas. O espectáculo, que registou casa música angolana, nasceu em Mbanza da capital daquele país, que reúne escrito- cheia, disse o artista, mostrou, por in- Congo. É o autor dos álbuns “Estamos res, ilustradores, contadores de histórias, termédio de temas clássicos da músi- Juntos” (1983), “Angola Minha Namo- editores, estudiosos e animadores, inclui ca angolana, um pouco da essência rada” (1989), “Pitanga Madura” (1992), ] a apresentação de livros em escolas. da cultura nacional, mas em versões “Pretaluz” (1997), “Renascence” (2004) universais, com o blue, jazz, semba, e “Love is Blindness” (2008). ] “OMBELA - A ORIGEM DAS CHUVAS”, DE ONDJAKI MBANZA CONGO NA UNESCO “ mbela - A Origem mação à natureza e ser candidatura da zona histórica de da UNESCO, a delegação foi recebida pela Odas Chuvas”, de “uma auto-aprendizagem A Mbanza Congo a Património Mundial especialista património cultural de gestão Ondjaki, com o qual ven- sobre as emoções”. Ond- da UNESCO foi entregue formalmente, em de risco, Luba Janikova Caris, que elogiou ceu o Prémio Caxinde do jaki atribui a uma menina, Paris, na sede da agência da ONU res- o trabalho desenvolvido por Angola. Tam- Conto Infantil, foi apre- !lha de deuses, o poder ponsável pela Educação, Ciência e Cultura, bém foi recebida por Fumiko Ohinata, do sentado pelo próprio au- da criação da chuva, por que enchem rios e lagos. sete anos depois do início do projecto. Programa de Cultura da secção do Patrimó- tor no I Encontro de Lite- intermédio da tristeza e “Ombela”, que signi!ca “Mbanza Congo: Cidade a Desenterrar para nio Cultural Imaterial, com quem falou de ratura Infanto-Juvenil da das lágrimas salgadas, “chuva” em umbundo e Preservar” foi entregue por uma delega- questões relativas ao projecto de reforço Lusofonia. O livro, apre- que enchem oceanos. O propõe aos leitores uma ção do Ministério da Cultura constituída das capacidades nos países lusófonos a sentado no Brasil e em pai dela é que a ensina aproximação à natureza e pela directora do Instituto Nacional do nível do património imaterial. O projecto Angola, onde ganhou o que “a tristeza faz parte uma auto-aprendizagem Património Cultural, Maria da Piedade de “Mbanza Congo: Cidade a Desenterrar para Prémio Caxinde do Conto da vida” e que também se sobre as emoções, tem Jesus, e pela coordenadora cientí!ca do Preservar”, cujo principal objectivo é que a Infantil pela história que pode chorar de felicida- ilustrações de Rachel projecto, Sónia da Silva Domingos. A de- capital da província do Zaire seja conside- incentiva maior aproxi- de, com lágrimas doces Caiano. ] legação angolana foi recebida no sector da rada património mundial da UNESCO foi Cultura do Centro do Património Mundial lançado o!cialmente em 2007. ] www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 OS Cultura AN 17 FILMES AFRICANOS NO BRASIL O Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) em Brasília promove pela primeira vez de 11 a 16 de Fevereiro a Mostra de Filmes Africanos Lusófonos, “Vidas Em Português”, com películas de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. mostra, realizada em parceria com a reformatórios para serem reeducadas. Ou- A Cinemateca da Embaixada da França tro !lme do realizador, “O Grande Bazar”, no Brasil e com o apoio da Cinemateca incluído na programação, fala da amizade Africana do Instituto Francês, apresenta e superação de personagens contrastan- nove !lmes, entre os quais se contam tes. Ainda na !cção, Sol de Carvalho e “Comboio da Canhoca”, de Orlando For- Flora Gomes, em “Jardim do Outro Ho- tunato, e “O Grande Kilapy”, de Zezé mem”, partem do olhar de uma prota- Gamboa. Os laços entre o Brasil, Angola, gonista mulher para re"ectirem sobre a Moçambique e Guiné-Bissau vão além da condição da juventude em Moçambique. língua e herança portuguesa e fomentam A Guiné-Bissau está representada com o um intercâmbio cultural que re"ecte a !lme musical “Nha Fala”. Outro realizador identidade de cada país. “A Virgem Marga- a falar da mulher é o moçambicano Mi- rida”, do realizador Licínio Azevedo, resga- ckey Fonseca, no !lme “Mahla”, que aborda ta um episódio da história moçambicana, o impacto social de uma gravidez numa quando prostitutas eram enviadas para família desestruturada. ]

TOP RÁDIO LUANDA KYAKU KYADAFF E ARY OS MAIS PREMIADOS Poema Os músicos Kyaku Kyada" e Ary foram as !guras da noite da edição 2014 Pedaços de homem do Top Rádio Luanda, ao vencerem em três categorias cada um, cuja gala de que sou premiação se realizou na noite de sábado, no cine Tropical, em Luanda. Desfeitos em pedaços yaku Kyada# conquistou os troféus três décadas no music hall nacional, de homem que sou K de Melhor Voz Masculina Revela- iniciado nos anos 80. O fundador do ção do ano, Melhor Kizomba e Voz SSP, visivelmente feliz e sem muitas às vezes pergunto-me Masculina do ano, com o tema “Entre palavras para dizer, dedicou o prémio se ainda respiro. 7 e 7 Rosa”, enquanto Ary venceu as ao seu avô Mendes de Carvalho e aos categorias de Melhor Folclore do ano, seus fãs, por ser o primeiro troféu des- Creio que sinto dentro com a canção “Pelo menos 50”, dueto ta natureza que recebe. O prémio de de mim badaladas com Titica, Melhor Vídeo Clipe de pro- Melhor Rapper do ano foi atribuído ao dução nacional, com o mesmo tema, músico Yannic, dos Afro Man. O troféu do bater do coração e Melhor Show, realizado pela LS Re- de Melhor do R&B do ano !cou com que pede afogadamente publicano, no Cine Atlântico. Big Nelo, Cef, enquanto na categoria de Afro um dos melhores rapper do País, foi o House do ano foi entregue a Bebucho oxigénio para sobreviver. grande vencedor da categoria Prémio que Cuia, autor do tema “Encosta na obreiro do grande sucesso que está a O não querer morrer Carreira, segundo a organização, por dama do outro”. Yuri da Cunha, um dos ter com os temas “Eu Falhei”, “Eu Can- ser um músico regular da sua geração. grandes porta-bandeira da música na- sada” e “Te Quero Bué”. Titita venceu nesta praia!... Big Nelo revelou que o prémio digni- cional, arrebatou o troféu na categoria na categoria de Melhor Semba com o É ainda construir !ca o sucesso que granjeou durante de Melhor Versão, da canção originária tema “Makongo”, com a participação de “Regressa”, de Euclides da Lomba. No Paulo Flores. A organização distinguiu os pedaços de homem kuduro, Karliteira com o “Botão” supe- com diploma de mérito alguns centros que sou e vestir o colete rou Noite e Dia, com o tema “Pisou culturais da capital, que regularmente de salvavidas e nadar Bico”. Gabriel Tchiema venceu em duas promovem espectáculos para divulgar categorias, a saber: a de Melhor Pro- a música nacional, com destaque para até à margem do rio dução Discográ!ca do ano e Afro Jazz. o Centro Recreativo Kilamba, Casa 70, grande correr dentro A voz feminina do ano foi atribuída Resort Ban Tu, O Cantinho de Catete e a Anna Joyce, autora de “Melhor que a Associação Chá de Caxinde. Os pro- de mim. Tu”. Bruna Tatiana com “Meu Tudo” foi dutores e compositores Kenny Bus, Pu- António Calaff considerada a Voz Feminina do ano. nidor, Dj Mania, Chico Viega e Heavy C Ela agradeceu Matias Damásio por ser receberam menções honrosas. ] (29/7/11),

MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA ocaliza-se na cidade de Benguela e edifício passou a pertencer à Alfândega. Ltem um acervo de 9.150 peças. O Em 1976, foi neste edifício criado o Museu edifício onde funciona é da transição do Nacional de Arqueologia. O trabalho do século XVII para o XVIII, onde os escravos Museu Nacional de Arqueologia come- eram armazenados temporariamente, até çou a fazer-se sentir no País em 1979 serem exportados para a América. Cons- quando a direcção daquela instituição truído de blocos de pedra calcária, tem ofereceu uma peça ao Presidente António portões e gradeamentos de ferro maciço. Agostinho Neto, na sua última visita a Depois do !m do trá!co de escravos, o Benguela. ]

www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 Lusofonia OS N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 18 AN CABO-VERDE RETOMA LIGAÇÃO CPLP APELA À AJUDA PARA BISSAU HUMANITÁRIA DE EMERGÊNCIA A Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) vai reiniciar a sua escala para Bissau, Providence (Rhode Island/ secretário executivo da Comu- Estados Unidos) e Recife e aumentar as ligações com O nidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, Portugal a partir de 1 de Junho, anunciou o presidente apelou aos membros da comunida- da companhia, João Pereira Silva. de lusófona para apoiarem Moçambi- ereira Silva con!rmou igualmente do clima económico em Cabo Verde mos- que, onde as cheias já causaram 117 que a partir de Praia a companhia tra que no quarto trimestre de 2014 o mortos. “Em meu nome pessoal e de P vai oferecer destinos europeus (Lisboa, país manteve a tendência descendente todo o secretariado executivo da CPLP, Madrid, Milão e Paris) e para Fortaleza e dos últimos trimestres e registou o valor apelo aos nossos Estados membros, Recife, no Brasil, além das ligações com a aos nossos governos e aos nossos mais baixo desde o início da série. Os África Ocidental que devem ser alargadas resultados do Inquérito de Conjuntura às cidadãos para a mobilização em torno com a retoma dos voos para a capital da Empresas do Instituto Nacional de Estatís- da rápida normalização da vida, das Guiné-Bissau, que se juntam aos que já infra-estruturas e das actividades em existem para Dacar (Senegal). O presiden- tica, relativo ao último trimestre de 2014, Moçambique”, a!rmou Murade Murar- te, impõe a nossa solidariedade para te da TACV disse que a empresa está a indicam igualmente que o indicador do gy, em comunicado. O responsável da com o empenho do Governo e povo construir o “hub Cabo Verde, mantendo, clima económico evoluiu negativamen- CPLP acrescentou: “Tenho a certeza moçambicanos em dar uma respos- em simultâneo, o nosso objectivo de de- te, em relação ao período homólogo de que, juntos, vamos conseguir apoiar ta a estes trágicos acontecimentos”, sempenhar um papel central no sector da 2013 e que a conjuntura económica é a contínua consolidação do trajecto a!rmou o secretário executivo da aviação na nossa sub-região”. O indicador desfavorável. ] do desenvolvimento e prosperidade comunidade lusófona. Desde o dia económica e social deste nosso Esta- 12 de Janeiro, as cheias que atingem do membro”. Murargy esteve em Mo- o centro e norte de Moçambique já çambique nas últimas duas semanas, causaram 117 mortos, dos quais 93 onde se deslocou para assistir à posse na província de Zambézia, existindo do Presidente Filipe Nyusi, no dia 15 ainda relatos de cerca de 50 desa- parecidos. Mais de 150 mil pessoas GUTERRES COM MANDATO de Janeiro, e a!rmou ter constatado, “com profunda consternação”, a se- foram desalojadas pelas cheias que veridade das forças da natureza. “A afectaram as províncias da Zambézia emergência enfrentada em Moçam- (124,3 mil pessoas), Nampula (19,5 DE ALTO-COMISSÁRIO PROLONGADO bique com as cheias e inundações, mil), Niassa (12,8 mil), Cabo Delgado sobretudo nas regiões centro e nor- (169), Sofala (145) e Tete (45). ] Assembleia-Geral da Organização A das Nações Unidas (ONU) apro- vou a proposta do Secretário-Geral para prolongar até ao !nal do ano o mandato do Alto Comissário das AFONSO DHLAKAMA Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o antigo primeiro-ministro português António Guterres, uma medida que a ONU justi!ca com o agravamento do problema dos refu- giados em todo o mundo. António partilhar os custos da assistência a re- «MOÇAMBIQUE Guterres desempenhou o cargo num fugiados. O delegado da República da primeiro mandato de 15 de Junho de Coreia realçou que o seu país apoiou 2005 até 14 de Junho de 2010, tendo a extensão do mandato de Guterres, NÃO TERÁ PROBLEMAS» sido eleito para um segundo mandato tendo em conta o sério problema que válido até 14 de Junho de 2015. Na as- os refugiados enfrentam actualmente. sembleia da ONU o representante da Também o delegado português na O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, Turquia aplaudiu a decisão e, notando Assembleia-Geral da ONU manifestou reuniu-se no passado sábado com o Presidente que o seu país se tornou o segundo o seu apoio à prorrogação das funções maior refúgio de cidadãos deslocados, de António Guterres. Con"itos na Síria moçambicano, Filipe Nyusi. instou a comunidade internacional a e Iraque agravaram a crise. ]

as duas horas e meia de conversa Dpouco se sabe, apenas que "tudo correu bem". O líder da Renamo, Afon- so Dhlakama, saiu satisfeito da primeira reunião, assegurando que “o país não FMI TEM DÚVIDAS SOBRE terá problemas” e anunciando o !m do boicote do maior partido de oposição ao parlamento. “O país não terá problemas, porque da maneira como nos conhece- DÍVIDA PORTUGUESA mos, como conversámos - muitas horas Fundo Monetário Internacional levan- crescimento no médio prazo”, mas o Fundo os dois -, tudo correu bem”, disse Afon- O tou várias dúvidas sobre a sustenta- Monetário Internacional (FMI), sente que so Dhlakama, que evitou pormenorizar bilidade da dívida pública, num contexto a “proximidade de eleições” está a reduzir o conteúdo das duas horas e meia de de enfraquecimento da economia (cresci- a ambição do Governo, como também vê reunião com Nyusi, decorrida num hotel mento de 1,2 em vez de 1,5 por cento) um enfraquecimento do consenso políti- de Maputo. ] e de relaxamento no dé!ce (3,4 em vez co em torno das reformas. “As condições de 2,7 por cento, como diz o Governo), !nanceiras têm continuado a melhorar, refere o primeiro relatório de avaliação mas existe risco de reversão em caso de pós-programa, divulgado pela instituição. ausência de mais reformas no contexto O FMI estima que o rácio da dívida, em- de um fardo de dívida signi!cativo”, diz o bora esteja a registar descida, !ca pelos Fundo. O FMI defende assim que é preciso 125,7 por cento do PIB. O Governo fala “assegurar a sustentabilidade orçamental em 123,7 por cento. “A sustentabilidade tendo em conta a dinâmica vulnerável da da dívida assenta em mais reformas estru- dívida portuguesa e as enormes necessi- turais de suporte à competitividade e ao dades de !nanciamento”. ] www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 OS Lusofonia AN 19 LANÇADO GUIA DE RECURSOS ON-LINE CABO VERDE COM MAIOR A CPLP e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançaram um Guia de LIBERDADE ECONÓMICA Recursos on-line para um melhor entendimento da discriminação no mundo do trabalho, pretendendo ser um valioso contributo para apoiar a ação dos constituintes tripartidos dos países que constituem o espaço da CPLP. CPLP tem vindo a reforçar o acom- e jurídica entre os Estados membros A panhamento da temática da Igual- com vista ao aperfeiçoamento dos qua- dade de Género e Descriminação com dros legais em matéria de combate a a aprovação, em 2010, de um Plano todas as formas de violência contra as abo Verde é o terceiro país africa- mundial, o 60º lugar numa lista de Estratégico de Cooperação para esta mulheres. A temática da Igualdade de Cno mais bem classi!cado no Índice 178 países analisados. No ano passa- área (PECIGEM/CPLP), focando-se em 11 Género e Descriminação, que enquadra da Liberdade Económica 2015, divul- do, Cabo Verde já tinha sido colocado eixos que integram áreas prioritárias de a disponibilização do Guia de Recursos, gado há dias pela Heritage Foundation no Top 20 do ranking das Liberdades atuação no domínio da igualdade de gé- foi uma das escolhidas para celebrar (Fundação Herança). Na classi!cação Económicas na categoria dos melhores nero e do empoderamento das mulheres o décimo aniversário da assinatura do relativa à liberdade económica no ano reformadores, com uma subida de 16,4 nos Estados membros. Está, também, em Memorando de Entendimento entre a que agora se inicia, o arquipélago ca- pontos em relação a 2013. A Herita- curso, o reforço da cooperação técnica CPLP e a OIT. ] bo-verdiano regista uma pontuação ge Foundation, que mede a liberda- global de 66,4, num total de 100, o de económica no mundo, destaca os que representa uma subida de 0,3 em avanços de Cabo Verde em termos relação ao ranking referente a 2014. A de estabilidade monetária, direitos de nível do continente africano é ultra- propriedade, liberdade, corrupção e passado apenas pelas ilhas Maurícias Estado de Direito. A fundação destaca CPLP TEM DE SER (dez) e pelo Botswana (36), enquanto o facto de o arquipélago ter regista- entre os países lusófonos é o melhor do, nos últimos cinco anos, avanços classi!cado, estando inclusive à frente consideráveis, re"ectindo melhorias de ABSOLUTAMENTE UMA PRIORIDADE de Portugal, que ocupa a 64ª posição, base ampla em pelo menos seis das e dos demais países lusófonos como dez liberdades económicas analisadas, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambi- incluindo a liberdade de investimento, António Costa defende aliás que não há que e São Tomé e Príncipe. No mes- !scal e a protecção dos direitos de mo índice, Cabo Verde ocupa, a nível propriedade. ] qualquer conexão entre o reforço da cidadania lusófona e as preocupações da UE em matéria de terrorismo ou do espaço Schengen que tem revelado grande e!cácia. correlação entre uma coisa e outra ANTÓNIO COSTA A é para Costa mais um pretexto para os inimigos de Schengen do que uma realidade. António Costa era mi- QUER NOVAS REGRAS nistro da Administração Interna e foi nessa qualidade que durante a presi- dência europeia de Portugal em 2007 FAVORÁVEIS AOS presidiu ao alargamento do sistema Schengen a vários países do Leste. A ampliação deste espaço de cidadania lusófona não se confunde no entanto IMIGRANTES com o sistema Schengen propriamente secretário-geral do Partido Socia- démicas no alarga mento recíproco dos dito porque todos terão de continu- O lista (PS) português, candidato a direitos políticos dos lusófonos e na cha- ar a preencher os respetivos vistos. A primeiro-ministro do partido às próximas mada portabilidade dos direitos sociais questão coloca se ao nível de qualquer eleições legislativas portuguesas, tem em que permitirá por exemplo que quem português, brasileiro, angolano ou ti- agenda a construção de um "pilar da se reforme no Brasil possa bene!ciar da morense, por exemplo, poder usufruir cidadania" no espaço lusófono, destinado reforma em Portugal e vice-versa ou em em termos recíprocos de um mesmo a corresponder ao que são as necessi- qualquer outro país da CPLP. Depois da conjunto de direitos de cidadania in- dades sentidas pelos cidadãos da CPLP. dimensão política e económica da CPLP dependentemente do país onde viva. ] António Costa aproveitou a ida a Cabo é fundamental criar um pilar de cidadania Verde para participar no congresso do com vários componentes, a!rmou Antó- PAICV partido no Governo para apresen- nio Costa ao Expresso a propósito desta tar uma das medidas que pretendem ser sua medida, a primeira concreta que se um pilar da política externa do próximo conhece no caso de um futuro Governo ciclo governativo do Partido Socialista PS em matéria de política externa pelo uma espécie de Schengen lusófono que menos. Que ela seja anunciada num mo- INCENTIVAR A IMIGRAÇÃO não implica a concessão de vistos mas mento em que na Europa se limitam a atribuição de uma série de facilidades ou pretendem limitar direitos a extra- rata se de criar um corpo estatu- que todavia não sabe ainda como será e direitos pela simples razão de se ser europeus é justi!cado pelo líder socialista T tário que altere a relação que hoje a reação dos parceiros da CPLP. É um um cidadão de um país lusófono. A ideia pelo facto de as relações de Portugal existe da mera cooperação política e trabalho que se tem que fazer, re- que consta da sua Agenda para a Déca- transcenderem as mantidas no âmbito da económica, 100 por cento sujeita a conhece. A apresentação da proposta da traduz se na concessão prioritária de UE sendo que as que existem no espaço incidentes políticos ou ao preço do em Cabo Verde, um dos países com autorização de residência na facilitação da lusofonia são um dado permanente e barril do petróleo, assentando-a numa mais nacionais em Portugal, será um do reconhecimento das quali!cações aca- uma mais-valia no contexto europeu. ] base mais duradoura, defende Costa primeiro teste. ]

www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 Curiosidades OS N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 20 AN

CASOS DE OBESIDADE INFANTIL SONDA DA AGÊNCIA AMERICANA COMEÇAM DURANTE A GRAVIDEZ PRESTES A CHEGAR A PLUTÃO m estudo da Universidade de Sou- tudos anteriores já tinham avaliado aque- Uthampton reforça as evidências de les factores de risco individualmente, mas que a obesidade infantil pode ser preveni- raras vezes foram analisados os efeitos nave New Horizons, da NASA, que que começam !nalmente a acontecer”, da antes e durante a gravidez, bem como no seu todo. ] A em nove anos percorreu 4,8 mil declarou o cientista Hal Weaver, do nos primeiros anos de vida. Cientistas milhões de quilómetros em direcção a Laboratório de Física Aplicada da Uni- daquela universidade britânica a!rmam Plutão, está quase no !m da trajectó- versidade Johns Hopkins, que participa que quatro factores de risco maternos - ria e já começou a fotografar aquele no projecto. “Os próximos sete meses obesidade, aumento excessivo de peso mundo misterioso, inexplorado e ge- vão ser basicamente uma corrida até à na gravidez, tabagismo e baixo nível de lado classi!cado como “planeta anão”. linha de chegada”, disse e salientou que vitamina D - associados a um período As primeiras fotos não devem revelar anseia pelo “momento de transformar de amamentação de menos de um mês nada além de pontos brilhantes, pois Plutão num mundo real”. ] podem provocar a obesidade infantil. Es- a nave ainda está a mais de 160 mi- lhões de quilómetros de Plutão, mas as imagens vão ajudar os cientistas a calcular a distância remanescente e manter o robot no caminho certo para um sobrevoo em Julho. Esta é a primeira viagem da humanidade até BEBÉS VISTOS NO VENTRE Plutão e os cientistas estão ansiosos para começar a explorar. “A New Ho- ma técnica australiana desenhou reforço do elo entre pais e !lhos, é rizons tem sido uma missão de gra- um equipamento que, a concre- mais fácil detectar eventuais compli- U ti!cação adiada em muitos aspectos, tizar-se, pode mudar para sempre a cações pré-natais ou problemas do forma como se vive a gravidez. O feto. A técnica, especialista em de- invento consiste numa cinta que senhar equipamentos médicos, criou vem equipada com um ecrã "exível este conceito como um projecto da e ultra-sons para as mães e os pais tese que realizou para a University of acompanharem o crescimento do South Wales (Austrália) em 2011.“Ppa- bebé em tempo real. Por enquanto, ra evitar os problemas associados a BONS AMIGOS AJUDAM trata-se apenas de um conceito, mas uma exposição prolongada aos ultra- de acordo com informação dada pela sons, impôs ao aparelho um limite de inventora, o equipamento já existe e frequência de dez MHz, e um tempo A COMBATER STRESS E INFECÇÕES está pronto a ser aplicado. É construí- de visualização diário máximo de 20 essoas com laços sociais e amizades servados principalmente entre membros do com têxteis inteligentes capazes de minutos”. O controlo destas especi!- integrar ecrãs "exíveis e a tecnologia cações de segurança é monitorizado P fortes sofrem menos de infecções, da mesma família e entre machos com de ecogra!a. Desta forma, além do pelo próprio equipamento. ] doenças cardiovasculares e de stress. A ligações afectivas fortes, semelhantes às conclusão é de um estudo da Universi- relações de amizade entre os humanos. dade de Gottingen e do German Primate A equipa analisou vários indicadores de Center, na Alemanha. A investigação foi níveis de stress como sinais de agressão feita com recurso a um grupo de macacos ou reacções nervosas a temperaturas bai- de Gibraltar, que têm um comportamen- xas, explica a equipa da universidade em NOVOS VÍRUS to social idêntico ao dos humanos, e comunicado. ] publicada no jornal “Proceedings of the NO MORCEGO National Academy of Sciences of the USA”. De acordo com os investigadores, nvestigadores da presença do vírus do África do Sul. O ser humano pode contrair as ligações sociais têm um efeito directo Iébola em morcegos identi!caram 16 ébola a partir de morcegos, que são hos- nos níveis de “stress” e ansiedade dos outros semelhantes que podem infectar pedeiros do vírus, assim como de outros macacos, já que as relações mais fortes humanos e potencialmente causar surtos animais, a!rmou, numa conferência de levam a que estes indicadores diminuam. idênticos ao que se regista na África Oci- imprensa, o professor Nigel Lightfoot. Os laços sociais entre primatas foram ob- dental, disse em Londres, um especialista O mesmo professor referiu que os in- em segurança de saúde. Os novos vírus vestigadores lhe revelaram a descoberta foram identi!cados por cientistas do Ins- de 16 vírus prestes a espalharem-se em tituto Nacional de Doenças Infecciosas da humanos e causar a próxima epidemia. ] AGÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PÂNCREAS ARTIFICIAL CRITICA ESTUDO SOBRE O CANCRO

Organização Mundial da Saúde IMPLANTADO NUMA CRIANÇA A (OMS) contesta um estudo da ma criança australiana de quatro vulsões e uma possível morte”, salienta o Universidade Johns Hopkins, EUA, pu- U anos, Xavier Hames, recebeu um pân- comunicado. A Fundação de Pesquisa de blicado na revista cientí!ca “Science”, creas arti!cial, o que foi classi!cado pelos Diabetes Juvenil (JDRF), organização sem que conclui que a maioria dos tipos especialistas como o primeiro caso no !ns lucrativos, que !nanciou o projecto, de cancro começa por acaso e in- mundo no tratamento de diabetes tipo 1, indicou que a tecnologia monitoriza os dependentemente do estilo de vida anunciou o hospital que fez a operação. níveis de glicose e interrompe o forneci- das pessoas. A crítica ao resultado da O pâncreas arti!cial implantado, parecido mento de insulina até 30 minutos antes investigação, que surgiu menos de 15 com um leitor MP3, está conectado ao de haver um ataque hipoglicémico. ] dias após a sua publicação, é feita pela corpo através de vários tubos enxertados Agência Internacional para Pesquisa sob a pele da criança. em Cancro, que faz parte da Orga- tante renovação no corpo humano e “O aparelho reproduz a função biológica nização Mundial da Saúde. O estudo que quanto mais se dividem maior é do pâncreas para prever os níveis baixos diz que 65 por cento dos casos de o risco de ocorrer uma mutação, um de glicose e deter a administração de in- cancro são resultado de uma espécie defeito genético aleatório que pro- sulina”, a!rma um comunicado do depar- de lotaria no processo de divisão das voca a doença. O risco de alguém tamento de Saúde da Austrália Ocidental. células tronco. Os cientistas a!rmam desenvolver cancro é, garantem, na “Isto evita as consequências graves do que aquelas células estão em cons- maioria das vezes pura falta de sorte. ] baixo nível de glicose, como coma, con- www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 OS Mundo AN 21 HAVANA DEFINE TEMAS DE DISCUSSÕES soberania e o ordenamento interno de Cuba “não a equipa de negociação de Cuba no diálogo com os da melhor maneira as oportunidades que eles podem A são negociáveis” no processo de restabelecimento de Estados Unidos para a normalização de relações. Disse apresentar-nos”, a!rmou a diplomata cubana. À pergunta relações com os Estados Unidos, a!rmou a directora para que “fora isso, tudo o resto, tudo aquilo que não atente se está optimista ou pessimista com o processo, Jose!na a América do Norte do Ministério das Relações Exterio- contra a soberania de um Estado, pode fazer parte de um Vidal disse que está num meio-termo: “Não posso dizer res cubano, Jose!na Vidal, numa entrevista à televisão processo de negociação”. Cuba está focada numa nova que estou totalmente optimista, porque há coisas que do seu país. “As questões de ordem interna em Cuba e “interessante” etapa iniciada com os Estados Unidos, saem do meu controlo, nem tudo é controlado pela não são negociáveis, como não são negociáveis para com as “melhores intenções” e com “espírito construtivo”, parte cubana. São dois países e do lado dos Estados nenhum outro país. Não são tratadas neste processo de mas consciente dos desa!os, di!culdades e diferenças Unidos há um Governo, um Congresso, uma sociedade, negociação questões de carácter interno ou questões que separam os dois países. “Estamos a ser bastante um contexto político. Mas também não posso dizer que voltadas a promover mudanças no nosso ordenamento realistas. Vamos tentar avançar o máximo possível na estou pessimista, caso contrário não tínhamos chegado interno”, disse a diplomata cubana. Jose!na Vidal lidera solução dos problemas e, ao mesmo tempo, aproveitar ao ponto em que estamos”. ]

EUA RECUSAM DEVOLVER GORBACHEV ALERTA PARA RISCO ex-líder soviético, Mikhail Gor- O bachev, acusou o Governo dos GUANTÁNAMO Estados Unidos de arrastar a Rússia para uma nova Guerra Fria, que pode s esforços para recompor os laços AMÉRICA LATINA APOIA resultar num confronto bélico. “So- entre Estados Unidos e Cuba não vão mente se ouve falar de sanções dos O América Latina e Caraíbas deram o seu convencer Washington a devolver a Hava- Estados Unidos e da União Europeia na o controlo da base de Guantánamo, no apoio a Cuba e aos Estados Unidos nas negociações para normalizar as re- contra a Rússia. Perderam completa- extremo sudeste da ilha, anunciou a Casa mente a cabeça?”, questionou Gorba- Branca. “O Presidente pensa realmente lações bilaterais, no encerramento da que a prisão da base de Guantánamo cimeira de dois dias da Comunidade chev numa entrevista à agência de deve ser encerrada. Mas a base naval não dos Estados Latino-Americanos e das notícias Interfax. “Os Estados Unidos é algo que desejamos encerrar”, disse o Caraíbas, realizada na Costa Rica. Diri- já nos arrastaram, há muito, para uma ganhar. “Para onde é que isto nos porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest. gida ao restabelecimento das relações nova Guerra Fria”, lembrou o “pai da vai levar? Uma Guerra Fria já está a Esse território inclui uma importante base entre Cuba e Estados Unidos, a decla- Perestroika”, respeitado no Ocidente ser travada abertamente. O que vai naval e um polémico centro militar de ração especial da cimeira também fez pelo papel que teve na queda do acontecer depois?”, continuou a per- detenção. A cadeia começou a ser utili- um apelo à suspensão do embargo Muro de Berlim em 1989. Washing- guntar. Infelizmente, prosseguiu, não zada para manter reclusos suspeitos de norte-americano que pesa sobre Cuba ton, disse Mikhail Gorbachev, 83 posso a!rmar com certeza que uma terrorismo apenas quatro meses depois desde 1962. Essa é apenas uma das Guerra Fria não leva a uma guerra 27 declarações especiais emitidas pela anos, conduz-nos a uma nova Guerra dos atentados de 11 do Setembro, em de verdade, mas temo que corram cimeira. Nos dois dias de trabalhos fo- Fria, tentando abertamente aplicar a 2001. O Presidente Barack Obama já o risco. ] deixou clara a sua intenção de fazer o ram tratados temas que vão do apoio à sua genial ideia de sempre querer que for necessário para encerrar o local, Argentina na negociação da dívida com determinação que ganhou destaque no os “fundos abutres” até à luta contra seu último discurso anual sobre o Estado o terrorismo e contra a corrupção. A da União. Estados Unidos e Cuba surpre- Comunidade dos Estados Latino-Ame- enderam o mundo em 17 de Dezembro ricanos e das Caraíbas aprovou uma passado, ao revelarem a intenção de pôr declaração política de 93 parágrafos, !m a meio século de desentendimentos e que traça acções para alcançar alianças normalizar as relações diplomáticas, num regionais com outros blocos e países, acordo selado num histórico telefonema combater a mudança climática e erra- GOVERNO DA GRÉCIA entre Obama e Raúl Castro. dicar a pobreza extrema. ] DIZ BASTA À TROIKA PRIMEIRO-MINISTRO JAPONÊS ministro grego das Finanças anun- mas perdeu o entusiasmo no encontro O ciou ao presidente do Eurogrupo, com o ministro das Finanças Yanis Varou- num encontro sobre a estratégia de Ate- fakis. O presidente do Eurogrupo disse LAMENTA MORTE DE REFÉM nas, a um mês de terminar o programa que “o mais importante é que a Grécia de resgate da União Europeia ao país, o permaneça no caminho da recuperação, !m das negociações com a Troika. Yanis “o que requer compromissos com um primeiro-ministro do Japão, Varoufakis rea!rmou que a Grécia está processo de reformas e de sustentabili- O Shinzo Abe, quali!cou de “des- disponível a renegociar a reestruturação dade !nanceira”. ] prezível” a decapitação do jornalista da dívida, mas recusa o prolongamento japonês Kenji Goto pelo Estado Is- do plano de assistência !nanceira ao país. lâmico (EI), pouco depois do grupo Também a!rmou que o Governo do seu terrorista colocar na Internet um país está aberto ao diálogo com a Eu- vídeo que aparentemente mostra ropa, mas “não pretende cooperar com a execução. “Estou realmente indig- uma comissão tripartida, cujo objectivo nado com este acto terrorista vil e é desenvolver um programa antieuropeu”. desprezível. Nunca vamos perdoar es- que Tóquio pagasse 200 milhões de As palavras do ministro grego das Finaças, tes terroristas”, disse em tom pesado dólares em troca de não assassinar Yanis Varoufakis, criaram um ambiente de Abe em declarações publicadas pela Goto, capturado em Outubro do ano tensão, que deixa antever negociações imprensa japonesa. O EI divulgou o passado, e outro cidadão japonês, complicadas. Alguns analistas a!rmaram vídeo, de um minuto de duração, Haruna Yukawa, que foi executado ter começado “o braço-de-ferro entre o e cuja veracidade ainda estava a no sábado passado (dia 3/2). Após Governo grego e os parceiros europeus”. ser analisada pelas autoridades de o assassinato de Haruna Yukawa, a O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijs- diversos países. “Quando penso na rebelião do EI exigiu a libertação da selbloem, voltou a dizer que Atenas tem família (de Goto), não tenho palavras. terrorista Sajida al Rishawi, condena- de respeitar os acordos assinados com Não posso senão sentir uma enor- da à morte na Jordânia, para liber- os parceiros. Jeroen Dijsselbloem pare- me pena pela maneira como tudo tar Goto. Desde então, os Governos cia animado após ter sido recebido pelo acabou”, acrescentou Abe. O EI en- do Japão e da Jordânia mantinham chefe do Governo grego, Alexis Tsipras, viou há 11 dias, coincidindo com a negociações para libertar Goto e o viagem de Abe ao Médio Oriente, piloto jordaniano Moaz Kasasbeh, nas um primeiro vídeo no qual exigia mãos do EI na Síria. ] www.embaixadadeangola.org NGOL A É W Espaço M 10 Infantil OS N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 22 AN

BRINCAR E APRENDER CONSELHOS CARTAS DOS AMIGUINHOS DENTRO DO CARRO iaja no banco de trás HISTÓRIAS COM OS ANIMAIS ADIVINHAS V e sempre com o cinto de segurança e dispositivo 1. Porque a Coca-Cola e a Fanta sempre se deram bem? apropriado, caso contrário, s minhas colegas mostraram- um livro com histórias de animais, basta existir um pequeno A me a página para crianças chamadas fábulas. Eu gostava de 2. O que é que há na cabeça, mas não é cabelo; há no poço, choque para seres projec- publicada todas as semanas no saber se nós em Angola também mas não é água? tado ou projectada com maior diário de notícias do país, temos fábulas. Gosto muito desses eu gostei muito e falei ao meu pai. contos em que os animais também muita força. 3. Muda de forma a toda a hora. Foi água, e água será. De onde Agora todos os domingos o meu sabem falar. veio, não ignora, mas nunca sabe aonde vai. O que é? Procura não desviar a pai compra o Jornal de Angola Se puderem, nos próximos nú- atenção do condutor com para eu poder ler o “Recreio” e meros do “Recreio” publiquem 4. Qual é o apelido de uma pessoa que racha madeira? em sido uma alegria. brincadeiras ruidosas ou também fábulas. Os animais são gritos, pois ele necessita Aqui no há muitas crian- muito engraçados e aprendemos 5. Sou !lho de pais cantantes, minha mãe não tem dentes nem de prestar muita atenção ças que lêem o jornal só por causa com eles, porque o mundo em nenhum dos meus parentes, eu sou calvo e de rosto alto. da página dedicada às crianças. que vivem é diferente do nosso Quem sou? ao trânsito. Ainda bem que tiveram essa ideia mas os problemas são os mes- Não mexas nas portas ou porque precisamos de aprender mos. O meu pai disse-me que na 6. O que é que nunca está no princípio nem no !m? janelas do carro, nem co- coisas novas e importantes para cultura angolana há fábulas, então a nossa vida. acredito que em breve o cantinho 7. O que é que põe o mundo a dançar, tem notas e não é dinheiro?

loques a cabeça, pés ou da pequenada vai nos alegrar com Todas as semanas eu e as minhas música. A 7. ; meio O 6. ovo; O 5. Machado; 4.

mãos fora da janela, po- ] . oqe e Fna uba a oa oa 2 A er Ç; . nuvem; A 3. “Ç”; letra A 2. cola; Coca a quebra, Fanta a se Porque 1. muitas fábulas angolanas. Soluções: des magoar-te seriamen- amigas lemos os contos populares angolanos. Gosto muito das histó- te em caso de haver um rias, mas este Natal ofereceram-me Martinho Epalanga | 12 Anos | Lubango acidente. ] PROVÉRBIO Jamais te desesperes face às sombrias a"ições da vida, pois das SABIAS QUE… nuvens mais negras cai água límpida e fecunda. ] t 2VBOEP FN QFSJHP  PT FMFGBOUFT GPSNBN VN DÓSDVMP FN RVF PT mais fortes protegem os mais fracos. VAMOS COLORIR t 0QBWÍPNBDIPQPTTVJEV[FOUBTQFOBTMPOHBTFDPMPSJEBTOBDBVEB t " QSFHVJÎB NPWJNFOUBTF EF OPJUF F EPSNF EF EJB TFNQSF NBJT de 18 horas). Tem um pescoço que pode virar até 180 graus. Assim, não precisa de mexer o corpo para ver tudo o que está a acontecer ao seu redor. t 6N BWFTUSV[ NFEF EF   B   NFUSPT EF BMUVSB  P NFTNP tamanho de um camelo. As girafas atingem sete metros, o mesmo que um prédio de dois andares. ]

CONTOS POPULARES ANGOLANOS HISTÓRIA BÍBLICA O REI ADÚLTERO QUE DITOU A SUA PRÓPRIA SENTENÇA DE MORTE avia um rei cujo exército desabasse sobre a cabeça do rei! ralmente possuiria sua esposa, e, que tivesses a recompensa de es- acção. O rei se casou com a viú- Hestava em guerra contra os E agora? Como seria quando o quando voltasse da guerra e a tar em tua casa, com tua mulher? va. En!m, tudo resolvido, pensou que tentavam invadir suas terras. marido voltasse da guerra, e en- encontrasse grávida, pensaria que Que fazes deitado à porta do meu ele. Passado algum tempo, quan- Aquele rei era um excelente sol- contrasse sua mulher grávida? a fecundara no dia de sua folga. palácio? - disse o rei, indignado. do novamente a paz reinava no dado sentindo-se cansado per- Certamente a levaria à Corte e, Assim o soldado foi, por ordem - Majestade, sinto-me honrado por país, sentado o soberano no seu manecia no palácio, recebendo de acordo com as leis, ela seria real, levado ao palácio. Após ter tudo quanto Vossa Excelência me trono, um profeta lhe apresentou notícias da frente de batalha por declarada adúltera e punida com tido a honra de jantar com o rei, proporcionou. Ocorre, porém, que uma causa curiosa: intermédio dos seus mensageiros. a morte! recebeu ordem para que aprovei- ontem à noite, quando deixava - Apenas uma ovelha, uma única Um belo dia, enquanto passeava Como salvá-la e também a criança, tasse a sua folga em casa, com a o palácio, senti-me imensamente ovelha, era tudo o que um dos no terraço do seu palácio, avistou sem revelar o pecado que havia esposa. Ao se despedir do solda- pesaroso pelo fato de estar indo servos !éis de Vossa Majestade por cima do muro uma mulher que cometido? O rei estava a"ito, sem do, o rei tinha a certeza de que ao encontro da mulher que amo, possuía. O pobre homem cuida- se banhava em sua casa. Impressio- poder se consultar com qualquer tudo estava resolvido. Na manhã enquanto meus companheiros dor- va dela com todo o amor, pois nado com a sua beleza, o rei logo um dos seus conselheiros ou sú- seguinte, porém, teve uma grande miam ao relento da noite, acam- era tudo quanto tinha na vida. tratou de trazê-la à sua presença. bitos! Foi então que teve uma surpresa. “Sua Majestade” encon- pados pelas colinas, lutando pela Amava-a como o bem mais pre- Ao conversar com ela, soube que ideia para encobrir o problema. trou o !el soldado dormindo à paz do nosso país. Decidi, portanto, cioso que Deus lhe dera. Um dia, se tratava da esposa de um dos Por que não chamar o soldado ur- porta do palácio. dormir à porta do palácio, a !m de um homem rico, dono de vastos seus mais valorosos soldados, o gentemente, e darlhe alguns dias - O que é isto, homem? Não te que de alguma forma, ao sentir o rebanhos, tendo recebido visitas qual se encontrava, juntamente de folga? Vindo para casa, natu- trouxe eu de volta da guerra para vento da noite, pudesse comparti- em sua casa, não querendo se com o restante do exército, no lhar a dor dos meus companheiros. desfazer de uma das suas ovelhas, campo de batalha. Aproveitando- -Respondeu o soldado. mandou que apanhassem e pre- se da situação, o rei tomou aquela O rei se sentiu envergonhado. O parassem a ovelha daquele pobre mulher e passou a noite com ele que dizer a tão nobre guerreiro? homem. no palácio. Mais do que nunca passou a te- Interrompendo, o rei indignado No dia seguinte, o rei a despe- mêlo. Não podendo quebrar a sua exclamou: - Que caia sobre mim diu- a bem cedo, procurando !delidade para com os seus com- a punição de Deus se ainda hoje esquecer o facto. O rei já nem panheiros de guerra, ele o enviou eu não tirar a cabeça de tal ho- se lembrava mais daquela noite, de volta à frente de combate. mem! Toda a Corte se calou diante até que um belo dia, porém, a Antes de partir, porém, o rei lhe do furor do rei. O homem que mulher retornou ao palácio. A"ita, deu uma carta lacrada, para ser cometeu tamanho desatino jamais desejava uma audiência particular entregue ao comandante do exér- escaparia com vida. Antes que os com “Sua Majestade”. Alegava que cito. Sem saber, o soldado levou soldados saíssem em busca do tal o assunto era muito grave. O so- sua própria sentença de morte. criminoso, o profeta disse ao rei: berano a recebeu em particular. A carta determinava que ele fos- - És tu o homem a quem me re- Assim que ela entrou, revelou que se colocado na frente mais cruel !ro, ó rei! E com as tuas próprias estava grávida. Foi como se o céu da batalha. Lá, veio a morrer em palavras condenaste a ti mesmo! ] www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 N.º 78 t2015 tFevereiro tSemana 2 OS Desporto AN 23 "SUPER LIBOLO" PREPAROU REVALIDAÇÃO DO “GIRABOLA” NO ALGARVE O Recreativo de Libolo cumpriu até à semana um ciclo de pré-época, visando, sobretudo, a reconquista do campeonato angolano da primeira divisão, o Girabola, ganhado no ano passado sob comando técnico do angolano Miller Gomes, que se demitiu do cargo para dar continuidade a sua formação na Europa, tendo sido substituído pelo francês Sébastien Desabre (ver peça a abaixo). JOGOS DE PREPARAÇÃO Para o Recreativo do Libolo, nesta altura de pré-temporada, os resultados são pouco ou nada importantes, embora reconheça que vitórias trazem sempre semblantes mais sorridentes no rosto de todos. Depois de uma derrota, ante o Vilafranquense e de um empate (contra o Ferreiras), ao terceiro jogo, ante o Moura, equipa da II Divisão portuguesa, que se deslocou do Alentejo até ao Algarve, para disputar este encontro amigável, a equipa do Libolo começou, já, a melhorar a sua produtividade e, so- bretudo, o capítulo da !nalização, onde havia sido muito perdulários nos encontros ara o clube, após quatro semanas de anteriores. Futebol rápido, com transições P trabalho em conjunto, o balanço que defesa-ataque e cruzamentos perfeitos fo- se faz do estágio algarvio foi “altamen- ram a tónica deste encontro, em termos te positivo”. Para além das componentes ofensivos. Já ao nível da defesa, a con- técnico-tácticas e da carga física a que os centração nas bolas paradas e marcações jogadores foram sujeitos para estarem em certas aos extremos adversários, funcio- CÔNSUL CONVIVE COM PLANTEL plenas condições, a integração do grupo naram na perfeição. Com tanto domínio, foi uma das prioridades do novo treinador o resultado acabou por se avolumar e diante de um grupo que vai ganhando cada chegou a expressivos 5-1, com os golos cônsul geral de Angola no Algarve, Luís Galiano, vez mais coesão, espírito de conquista e do LIBOLO a serem marcados por Chico, O acompanhado do seu vice, Alberto Severino, à ambição competitiva. Natael, Diawara, Valdinho e Fredy. ] convite da direcção do Libolo, efectuou uma visita ao plantel, privando com jogadores, técnicos e sta# directivo, médico e administrativo. Na ocasião, Luís Ga- liano expressou palavras elogiosas ao clube, sobretudo pelo que tem feito pelo nome de Angola. O gesto SÉBASTIEN DESABRE foi do agrado da direcção do Recreativo do Libolo. ]

ÚLTIMAÚLTIMA O NOVO TREINADOR HORAHORA CÔTE D`IVOIRE CAMPEÃ AFRICANA epois de confirmada a saída do ango- mas também nos Camarões, onde esteve selecção da Côte D` Ivoire conquistou de as duas equipas não terem consegui- D lano Miller Gomes, o Libolo contrac- ao serviço do Coton Sport de Garoua e, A pela segunda vez a Taça das Nações do marcar qualquer golo nos 90 minutos tou para uma temporada o treinador fran- por último, pelo Esperance de Tunis, onde Africanas, ao vencer o Ghana por 9-8, no regulamentares e no prolongamento. ] cês Sébastien Desabre, visando enfrentar conquistou o último campeonato nacional desempate por pontapés da marca da os novos desafios, quer a nível nacional, tunisino. Também nos Camarões, havia grande penalidade, em Bata, na Guiné mas também no contexto africano. De- conquistado, em 2013, o título nacional. Equatorial. A formação mar!nense, que sabre tem um vasto percurso em África, A sua carreira de treinador iniciou-se em falhou as duas primeiras tentativas na com passagens de sucesso em por clubes França, há 11 anos atrás, corria a época “lotaria”, repetiu o triunfo de 1992, tam- como o Asec Mimosas da Cote D'Ivoire, de 2004. ] bém conquistado nos penáltis e face aos ghaneses, então por 11-10, no Senegal. O encontro foi resolvido nos penáltis, depois BASQUETEBOL ANGOLA VOTA BLATTER EMANUEL TROVOADA PARA A PRESIDÊNCIA DA FIFA REGRESSA A CABO VERDE responsável pelas relações internacionais da Federa- treinador angolano Emanuel Trovoada regressa ao comando ção Angolana de Futebol, João Lusevikueno, revela QUATRO CANDIDATURAS O técnico da selecção de basquetebol de Cabo Verde, para que a decisão está tomada e não será alterada. O voto O Comité Eleitoral Ad-hoc da FIFA con!rmou ter O de Angola para a presidência da FIFA irá para o actual recebido quatro candidaturas, entre elas a de Luís orientá-la nos jogos das eliminatórias para o Campeonato Afri- presidente que se recandidata a um quinto mandato – Figo, à presidência do organismo, encaminhando- cano de Basquetebol (Afrobasket - 2015), a decorrer na cidade uma posição de!nida de comum acordo por todos os as agora para o Comité de Ética. Segundo os da Praia de 11 a 20 de Fevereiro próximo. Emanuel Trovoada países membros da Confederação Africana de Futebol procedimentos habituais, as candidaturas são de- foi o técnico que levou Cabo Verde a conquistar uma medalha (CAF). “Os 54 países membros da CAF tinham já de!nido positadas no Comité Eleitoral Ad-hoc, presidido de bronze no Afrobasket'2007, em Angola, o que é até agora uma tendência de voto a favor de Blatter. Estamos no pelo suíço Domenico Scala, que as reencaminha o maior feito do arquipélago cabo-verdiano nesta modalidade. continente africano e portanto, diplomaticamente, não ao Comité de Ética, cujo aval é necessário para No entanto, o treinador acabou por deixar o comando técnico seria bom para nós ter uma tendência contrária. Como que os candidatos possam concorrer à presidên- da selecção cabo-verdiana, em 2008, para orientar a equipa tal, a posição é a favor de Joseph Blatter”, sublinha. Lu- cia da FIFA. Ao antigo internacional português angolana do Sporting de Benguela. O presidente da Federação sevikueno diz não acreditar que o facto de a candidatura juntam-se o actual presidente, Joseph Blatter, Cabo-verdiana de Basquetebol (FCBB), Kitana Cabral, disse que de Figo ter sido apresentada a pouco dias do prazo limite que concorre a um quinto mandato, Michel van ainda não se sabe se é Trovoada a orientar a equipa cabo- Praag, presidente da federação holandesa, e o possa de alguma forma alterar o posicionamento dos verdiana, caso consiga quali!car-se para a fase !nal do Afro- príncipe Ali bin Al Hussein da Jordânia, vice- países africanos. “Penso que isso não vai acontecer. Há basket - 2015, em Agosto, na Tunísia. “Chegámos a um acordo presidente da FIFA. uma concertação feita e programas delineados. Tomámos com Trovoada para esta fase de quali!cação, mas está tudo em conhecimento da candidatura de Luís Figo, um ex-jogador Momentos antes do Comité Eleitoral Ad-hoc ter aberto”, admitiu Kitana Cabral, avançando que a FCBB está ainda e uma pessoa que todos nós admiramos muito, mas há con!rmado as quatro candidaturas, o francês em fase de negociação com o actual seleccionador Alex Nwor. ] um compromisso para com a candidatura de Blatter por Jérôme Champagne anunciou desistência, por parte da CAF, onde estamos integrados, e é essa a nossa não ter conseguido reunir as assinaturas de cinco tendência de voto”, detalha. federações !liadas na FIFA. ] www.embaixadadeangola.org NGOL A É W M 10 Destaques OS 24 AN VETERANOS DA PÁTRIA CRIARAM ASSOCIAÇÃO EM PORTUGAL

direcção da Associação Vete- dência Nacional (11 de Novembro). A ranos da Pátria Angolanos em A Associação Veteranos da Pátria An- Portugal tomou posse em Lisboa e já golanos em Portugal quer ser “par- está a trabalhar para a promoção da ceira social” e sem carácter político. solidariedade e a integração social Reúne no seu seio “todos aqueles dos seus membros. Rosa da Silva que combateram por Angola” e fa- Almeida é o presidente da Mesa da miliares directos (esposa e filhos), Assembleia-Geral, Eduardo Jacinto tencionando fomentar e promover o Francisco, foi eleito presidente da espírito de companheirismo, amiza- Direcção e Kiassekoka João preside de e cooperação. A cerimónia teve a do Conselho Fiscal. O acto marcou presença do embaixador de Angola a abertura dos festejos, em Portu- em Portugal, José Marcos Barrica, re- gal, do 54º aniversário do início da presentantes consulares, movimento Luta Armada de Libertação (4 de associativo e responsáveis em Por- Fevereiro) e os 40 anos da Indepen- tugal do MPLA, UNITA e CASA-CE. ]

A FECHAR IN MENSAGEM DE ANO NOVO PROFERIDA PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS «Eu con!o na sabedoria e no talento dos angolanos. Não tenho dúvidas que, graças ao seu trabalho, à sua criatividade e ao seu empenho e patriotismo, eles vão cumprir as suas obrigações, dando assim, cada um ao seu nível, um contributo inestimável para a consolidação e desenvolvimento da Nação angolana». ]

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