Universidade Federal De Goiás Faculdade De Artes Visuais Programa De Pós-Graduação Em Arte E Cultura Visual
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ARTES VISUAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTE E CULTURA VISUAL BENEDITO FERREIRA DOS SANTOS NETO TRÊS REFLEXÕES SOBRE A DIREÇÃO DE ARTE NO CINEMA BRASILEIRO GOIÂNIA/GO 2019 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ARTES VISUAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTE E CULTURA VISUAL BENEDITO FERREIRA DOS SANTOS NETO TRÊS REFLEXÕES SOBRE A DIREÇÃO DE ARTE NO CINEMA BRASILEIRO Trabalho final de mestrado apresentado à Banca Examinadora do Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual – Mestrado da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás, como exigência parcial para obtenção do título de MESTRE EM ARTE E CULTURA VISUAL, linha de pesquisa Imagem, Cultura e Produção de Sentido, sob orientação do Prof. Dr. Samuel José Gilbert de Jesus. GOIÂNIA/GO 2019 Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor, através do Programa de Geração Automática do Sistema de Bibliotecas da UFG. Ferreira dos Santos Neto, Benedito Três reflexões sobre a direção de arte no cinema brasileiro [manuscrito] / Benedito Ferreira dos Santos Neto. - 2019. 138 f.: il. Orientador: Prof. Dr. Samuel José Gilbert de Jesus. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Artes Visuais (FAV), Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual, Goiânia, 2019. Bibliografia. Anexos. Inclui fotografias, lista de figuras. 1. Direção de arte. 2. Cenografia. 3. Cinema brasileiro. I. José Gilbert de Jesus, Samuel, orient. II. Título. CDU 7 para Ju e Dom, imagens que estão à minha espera AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, Prof. Dr. Samuel de Jesus, pela generosidade ao me acompanhar na escrita desta pesquisa. Aos professores Dr. José Ribeiro e Dr. Lisandro Nogueira, que gentilmente compuseram a banca de defesa, assim como as professoras suplentes, Dra. Alice Martins e Dra. Rosane Badan. Obrigado. Ao Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual da Universidade Federal de Goiás, pela acolhida de meus interesses. À Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás, que me recebeu com carinho, permitindo que novos estímulos fomentassem discussões que perpassam este texto. Em especial, à Fabiana Assis, amiga e parceira nesta empreitada de dois anos, sempre disponível para a escuta, qualidade decisiva para que eu chegasse até aqui. Aos professores Jô Levy, Carla Damião, Rodrigo Cássio, Carla de Abreu e Sandro de Oliveira, que acompanharam em tempos distintos parte do processo e que somam valiosas contribuições ao meu percurso acadêmico. Aos queridos amigos e amigas: obrigado pelo incentivo. A todas as pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho. E, finalmente, aos meus pais, que acreditam no ensino público, gratuito e de qualidade. RESUMO A pesquisa propõe identificar e refletir sobre as características que marcam o surgimento da direção de arte no cinema produzido no Brasil e seus procedimentos adotados nas décadas seguintes. A função, aproximada com a prática da encenação, utiliza-se das mais diversas formas de expressão para a elaboração de uma ou mais visualidades. É provável que a primeira produção a designar o crédito de diretor de arte seja El Justicero (Nelson Pereira dos Santos, 1967), que conta com a direção de arte de Luiz Carlos Ripper. Em 1974, o filme A Casa das Tentações, dirigido pelo cineasta e crítico de cinema Rubem Biáfora – responsável também pela cenografia da obra –, apresenta o crédito de diretor de arte a Rocco Biaggi, possível pseudônimo do diretor. Destaca-se ainda a direção de arte simbólica de O Gigante da América, dirigido por Júlio Bressane e lançado em 1978. A diversidade temática na década de 1980, evidente nas filmografias de Walter Hugo Khouri e Hector Babenco, demonstra uma intensidade nas experimentações, terreno fértil para o aprimoramento de diretores de arte, cenógrafos e figurinistas. Contudo, o estabelecimento da função no cinema brasileiro ocorre na década de 1990, por intermédio do processo de internacionalização das produções e o requerimento de uma imagem “bem-acabada”. Nessa perspectiva, acreditamos que o filme Central do Brasil (Walter Salles, 1998) revela características importantes da direção de arte do período. Palavras-chave: Direção de arte. Cenografia. Cinema brasileiro. ABSTRACT This research aims to identify and reflect upon the defining characteristics of the emergence of production design in Brazilian film and the procedures it adopted in the following decades. The function, related to the practice of staging, uses the most diverse forms of expression for the elaboration of one or more visualities. It is likely that the first film to assign a credit for production design in Brazil was El Justicero (Nelson Pereira dos Santos, 1967), where Luiz Carlos Ripper is credited as production designer. In 1974, the film A Casa das Tentações, directed by filmmaker and film critic Rubem Biáfora - also responsible for set design - enlists a credit for Rocco Biaggi, possibly a pseudonym of the director himself, as production designer. Also noteworthy is the symbolic art direction of O Gigante da América, directed by Julio Bressane and released in 1978. The thematic diversity of the 1980s, obvious in the filmographies of Walter Hugo Khouri and Hector Babenco, displays an intensity in experimentation, a fertile ground for the development of production designers, set designers and costume designers. However, the actual establishment of the function in Brazilian film really takes place in the 1990s, through the internationalization of productions and the requirement for a "well-finished" image. From this perspective, we believe the film Central Station (Walter Salles, 1998) to disclose important characteristics in the production design of that period. Keywords: Production Design. Set Design. Brazilian cinema. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Materiais e técnicas diversas - Cenas reproduzidas de O Gigante da América (Júlio Bressane, 1978). Fonte: Reprodução a partir do filme. ..................... 17 Figura 2 – A neve em Olga (Jayme Monjardim, 2004). Fonte: Reprodução a partir do filme. .......................................................................................................................... 22 Figura 3 - Crédito a diretor de arte em El Justicero (1967). Fonte: Reprodução a partir do filme. ............................................................................................................ 24 Figura 4 - Longo plano de abertura em El Justicero (1978). Fonte: Reprodução a partir do filme. ............................................................................................................ 31 Figura 5 – As linhas nos cenários de El Justicero (1978). Fonte: Reprodução a partir do filme. ..................................................................................................................... 33 Figura 6 – Cristo crucificado - Cenas de A Casa das Tentações (Rubem Biáfora, 1974). Fonte: Reprodução a partir do filme. .............................................................. 38 Figura 7 – Formas mitológicas - Cenas de A Casa das Tentações (Rubem Biáfora, 1974). Fonte: Reprodução a partir do filme. .............................................................. 39 Figura 8 - Close-ups em Central do Brasil (1998). Fonte: Reprodução a partir do filme. .......................................................................................................................... 49 Figura 9 – Feito à mão – Cartelas iniciais de Central do Brasil (1998). Fonte: Reprodução a partir do filme. .................................................................................... 52 Figura 10 – Os ambientes de Dora – Cenas de Central do Brasil (1998). Fonte: Reprodução a partir do filme. .................................................................................... 54 Figura 11 – Objetos do apartamento de Dora em Central do Brasil (1998). Fonte: Reprodução a partir do filme. .................................................................................... 56 Figura 12 – Dora e as paisagens - Cenas de Central do Brasil (1998). Fonte: Reprodução a partir do filme. .................................................................................... 58 Figura 13 – O apartamento de Paco e sua mãe - Cenas de Terra Estrangeira (1995). Fonte: Reprodução a partir do filme. ......................................................................... 59 Figura 14 - Croquis da diretora de arte Carla Caffé para Central do Brasil (1998). Fonte: CARNEIRO e BERNSTEIN (1998). ............................................................... 62 Figura 15 – O uso das cores na cenografia - Cenas de Central do Brasil (1998). Fonte: Reprodução a partir do filme. ......................................................................... 63 Figura 16 – A maquiagem e a dramaturgia - Cenas de Central do Brasil (1998). Fonte: Reprodução a partir do filme. ......................................................................... 64 Figura 17 – Novo ponto de vista - Cenas de Central do Brasil (1998). Fonte: Reprodução a partir do filme. .................................................................................... 66 Figura 18 – Juntos no novo lar de Josué - Cena de Central do Brasil (1998). Fonte: Reprodução a partir do filme. .................................................................................... 68 Figura 19 – Fim de filme - Cena de Central do Brasil (1998). Fonte: Reprodução a partir do filme. ...........................................................................................................