Universidade De Brasília Faculdade De Ciência Da Informação Programa De Pós-Graduação Em Ciência Da Informação

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Universidade De Brasília Faculdade De Ciência Da Informação Programa De Pós-Graduação Em Ciência Da Informação Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação DIRLENE SANTOS BARROS A LEI BRASILEIRA DE ACESSO À INFORMAÇÃO: Uma análise da sua construção, do contexto nacional ao contexto político oligárquico do estado do Maranhão (2009-2014) Brasília, DF 2017 DIRLENE SANTOS BARROS A LEI BRASILEIRA DE ACESSO À INFORMAÇÃO: Uma análise da sua construção, do contexto nacional ao contexto político oligárquico do estado do Maranhão (2009-2014) Tese apresentada ao curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de Brasília, como requisito à obtenção do título de Doutor em Ciência da Informação. Brasília, 28 de abril de 2017. Área de Concentração: Gestão da Informação. Linha de Pesquisa: Organização da Informação. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Georgete Medleg Rodrigues. Brasília, DF 2017 B277l Barros, Dirlene Santos A lei brasileira de acesso à informação: uma análise da sua construção, do contexto nacional ao contexto político oligárquico do estado do Maranhão (2009- 2014) / Dirlene Santos Barros. – 2017. 274 f.; 30 cm. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Georgete Medleg Rodrigues. Tese (Doutorado) – Universidade de Brasília, Faculdade de Ciência da Informação, Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Brasília, 2016. 1. Discurso político – Bancada federal maranhense. 2. Discurso midiático – Grupo Mirante. 3. Discurso Midiático – jornal O Imparcial. 4. Lei de Acesso à Informação. 5. Poder Executivo maranhense – Roseana Sarney (2009/2014). 6. Projeto de Lei n.219/2003 . I. Rodrigues, Georgete Medleg. II. Título. FOLHA DE APROVAÇÃO CDU 02:342.7(81) À minha mãe, Dalila Santos Barros, minha maior referência de vida. Doutora com louvor na arte de amar e educar os filhos sem perder a linha do limite. A primeira que proporcionou o acesso à informação através da Educação. AGRADECIMENTOS A concretização deste doutorado ocorreu em diferentes momentos com fortes intensidades: expectativas, cansaço, insegurança, alegrias, encontros, desencontros... Foram vários momentos que se traduziram como persistentes. Foram quatro anos que (re) aprendi a solicitar, a receber, a aceitar e que bem se traduzem nas sábias palavras de Saint-Exupéry “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós. Agradeço a Deus, minha inspiração a prosseguir, presença onipresente que transforma minhas incompletudes e ansiedades em forças; A minha família, pais – Domingos Barros e Dalila Barros – pelas lutas diárias, pelo amor incondicional e pela presença quando a ausência foi determinada pela distância; irmãos e irmãs, meus anjos sem asas, pelo terno e forte apoio e presença em todas as circunstâncias da minha vida; aos meus sobrinhos e sobrinhas, luzes da minha vida, sorrisos reluzentes que sempre me encorajam; cunhados e cunhadas, tios e tias, primos e primas, pela torcida e pelas palavras de encorajamento; À minha orientadora, professora Dr.ª Georgete Medleg Rodrigues, pela tranquilidade – que lhe é inerente – durante todo o processo de construção desta tese, pela segura orientação, pela sensibilidade humana e acadêmica nas leituras dos meus escritos, pelos freios necessários em minhas análises por vezes exageradas; pelas indicações bibliográficas que propiciaram diálogos e reflexões em nossas conversas (orientação) sobre a tese; pelos seus ensinamentos, pela sua terna presença em minha vida; Aos professores doutores, Renato Tarciso Barbosa e Elen Cristina Geraldes, pela leitura atenta, pelas críticas e pelas sugestões pontuais na banca de qualificação e às professoras doutoras Eliane Braga e Terezinha Elisabeth da Silva, pela leitura criteriosa desta pesquisa na banca examinadora final; A Universidade Federal do Maranhão, particularmente, aos meus colegas do Departamento de Biblioteconomia, pela liberação dos quatro anos de doutorado e pelo apoio na realização deste doutorado; a Universidade de Brasília, pelo corpo docente singular e competente que contribuíram para minha formação em nível de doutorado e, especialmente, a Vivian Miatelo, secretaria do Programa de Pós- Graduação em Ciência da Informação pela disponibilidade e competência em resolver as questões relativas a Pós; À Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico Tecnológico do Maranhão, pela concessão de bolsa de estudo; Às professoras Aldinar Bottenttuit, Clea Nunes, Jaciara Januário, Mary Ferreira e Raimunda Ribeiro pelo apoio, pelas contribuições, pela confiança e pela amizade; Ao grupo de pesquisa Estado, Informação e Sociedade, pelas valiosas discussões e sugestões na elaboração desta pesquisa; As professoras Ilza Ewerton e Mônica Cruz, do Departamento de Letras da UFMA, pelas conversas e reflexões que muito contribuíram para uma aproximação da Análise de Discurso; À minha família de Brasília, fruto do doutorado, amizades que sempre me acompanharam: Alessandra Rodrigues (amiga-irmã de todas as horas); Aluf Alba (amiga de grandes descobertas); Mônica Tenaglia (amiga sempre presente); Carlos Juvêncio – amigo/irmão - e Bárbara (amigos de longas conversas regadas a muitas risadas); Alcione Santiago (amiga de muitas circunstâncias); Valmira Perruchi (amiga sempre disponível); Maria Ivonete (amiga de muitos sorrisos); Aos meus parentes, Isaías e Rosângela Agrícola, presença fraterna que me acolheu desde da minha chegada a Brasília; Aos meus amigos Antônio José Soares, Daniella Pereira, Gisele Reis, Vanessa Alexandre e Yvana Buhaten, pelo afeto, respeito e incentivo em momentos que eu queria fraquejar; Ao Praesidium Nossa Senhora da Anunciação, família na fé, que sempre rezaram por mim e torceram pela concretização deste momento; A Vera Giust, alegria em forma de pessoa, que tornou a correção desta tese mais leve e pelas palavras de ânimo; Ao Arquivo Público do Estado do Maranhão e a Biblioteca Pública do Estado do Maranhão pelo espaço cedido e pelas fontes de informação para a realização do levantamento documental; A Igor Almeida, pelas informações precisas sobre o Grupo Mirante e a Maurício Morais e Anna Caroline Mendes pelos auxílios no levantamento dos dados; Por fim, a todos que direta e indiretamente, contribuíram para a elaboração desta tese. Nas favelas, no Senado Sujeira pra todo lado Ninguém respeita a Constituição Mas todos acreditam no futuro da nação Que país é esse? Que país é esse? Que país é esse? No Amazonas, no Araguaia iá, iá Na baixada fluminense Mato Grosso, Minas Gerais E no Nordeste tudo em paz Na morte eu descanso Mas o sangue anda solto Manchando os papéis, documentos fiéis Ao descanso do patrão Que país é esse? Que país é esse? Que país é esse? Que país é esse? Terceiro mundo… (RENATO RUSSO, 1978) RESUMO Esta tese tem como objetivo geral compreender a Lei brasileira de acesso à informação na perspectiva de sua construção no contexto nacional enfocando em particular o contexto político oligárquico do estado do Maranhão no período compreendido entre 2009 e 2014. A hipótese central norteadora dessa pesquisa é a de que, no plano nacional, a construção da lei brasileira de acesso à informação foi objeto de muitos debates por atores da sociedade civil organizada e órgãos representantes do executivo federal bem como no Congresso Nacional, mas que, no caso específico do estado do Maranhão, a configuração política oligárquica daquele estado parece ter influenciado a quase ausência de divulgação da lei pela mídia local, bem como no comportamento da bancada do Estado no Congresso Nacional, desde o processo de discussão da lei até sua aprovação e implementação. Inicialmente, contextualiza-se a construção do direito à informação no Brasil, do processo de debates à implementação da lei de acesso à informação, bem como a situação nos estados brasileiros. Em seguida, é analisado o contexto específico do estado Maranhão. O córpus da pesquisa compreendeu documentos, discursos políticos dos parlamentares maranhenses na Câmara dos Deputados e no Senado Federal e matérias publicadas na imprensa do Maranhão; documentos oficiais, como atas, relatórios, Projeto de Lei, etc. da Controladoria Geral da União, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A análise dos discursos baseou-se no método da Análise de Discurso (AD) de linha francesa, que destacou duas categorias principais nos discursos políticos e midiáticos: publicidade e silêncio. Verifica-se que o discurso dos parlamentares da bancada federal maranhense sobre a regulamentação do direito de acesso à informação no Brasil se traduziu em forma de silêncio contínuo, refletindo a postura do Executivo Estadual maranhense no período estudado. Este silêncio repercute no discurso midiático representado pelo Grupo Mirante (jornal O Estado do Maranhão e o portal Imirante) traduzido na ausência de visibilidade do Projeto de Lei que deu origem à Lei de Acesso à Informação. A lei e os discursos veiculados pelo jornal O Imparcial tiveram maior incidência na categoria publicidade. Conclui-se que embora o jornal O Imparcial tenha evidenciado a regulamentação do direito à informação, o silêncio sobre a LAI foi predominante no Maranhão, o que o colocou à margem das discussões e implementação da lei. A questão central desta investigação corroborada ao se constatar que a LAI alcançou espaço nas agendas políticas e sociais em âmbito nacional com o envolvimento de parlamentares, atores sociais e institucionais. Adicionado às pressões internacionais possibilitaram uma efetividade na positivação do direito ao acesso à informação, bem como sua implementação. No caso particular
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