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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Sílvio Sérgio Ferreira Pinheiro A democracia em uma formação social periférica, dependente e oligárquica: um estudo do Maranhão de 2002 a 2016 DOUTORADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS São Paulo 2018 Sílvio Sérgio Ferreira Pinheiro A democracia em uma formação social periférica, dependente e oligárquica: um estudo do Maranhão de 2002 a 2016 DOUTORADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS LINHA DE PESQUISA: Estado e Sistemas Sociopolíticos Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), como exigência parcial para obtenção do título de Doutor em Ciências Sociais, área de concentração: Política sob a orientação do Professor Doutor Edison Nunes. São Paulo 2018 Pinheiro, Sílvio Sérgio Ferreira. A democracia em uma formação social periférica, dependente e oligárquica: um estudo do Maranhão de 2002 a 2016. 261p. 2018. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP, São Paulo, 2018. Banca Examinadora ______________________________________ Prof. Dr. Edison Nunes (PUC-SP) ______________________________________ Profa. Dra. Lúcia Maria Machado Bógus (PUC-SP) ______________________________________ Prof. Dr. Ramon Casas Vilarino (PUC-SP) ______________________________________ Prof. Dr. Flávio José Soares (UFMA) ______________________________________ Prof. Dr. Emmanuel Silva Nunes de Oliveira Junior (USP) P654 Pinheiro, Sílvio Sérgio Ferreira A democracia de uma formação social periférica, dependente e oligárquica: um estudo do Maranhão de 2002 a 2016. – São Paulo: s.n., 2018. 261 p. ; 30 cm. Referências: 209-217 Orientador: Prof. Dr. Edison Nunes Tese (Doutorado em Ciências Sociais), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, 2018. 1. Estado. 2. Democracia. 3. Periferia. 4. Dependência. 5. Oligarquia CDD 300 Dedico esta tese especialmente ao meu guerreiro pai, Jacinto Martins Pinheiro (In memoriam), falecido em 14 de abril de 2017, período quando eu estava envolvido com a elaboração da pesquisa de campo. [...] Mas o negócio não é bem eu, é Mané, Pedro e Romão, que também foram meus colegas, e continuam no sertão, não puderam estudar, e nem sabem fazer baião [...]. “Minha História” — autoria do compositor maranhense João do Vale. Agradeço à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela Bolsa de Estudos concedida. AGRADECIMENTOS Incialmente, agradeço a Deus, a razão da nossa existência. Só posso dizer que sou um ser humano privilegiado. Embora o interesse tenha sido pessoal e a escolha esteja vinculada à militância social e política do pesquisador, muitos foram aqueles que contribuíram direta ou indiretamente para que eu chegasse até aqui. São tantos que espero não cometer injustiça, pois é sempre bom agradecer a quem acreditou e nos deu todo o apoio, incentivo e força nesta jornada. A família é o alicerce, por isso mais uma vez lembro-me do meu guerreiro e amado pai Jacinto Martins Pinheiro (In memoriam), e a minha valente e querida mãe Maria Sebastiana Ferreira Pinheiro. Mãe, estamos juntos, sempre! À minha querida esposa Ana Margarida por, mais uma vez estar lado a lado apoiando-me. Sou grato pelo estímulo, pela contribuição e paciência para comigo nos momentos da construção dessa tese. Sem ela, eu não chegaria até aqui. À minha sogra, Jandira Barbosa, meu muito obrigado. Aos meus queridos filhos, Luana, Lucas e Larissa; aos meus dez irmãos: Sílvia Cristina, Núbia, Nilma, Marconi, Marco Aurélio, Luciana, Gabriela, Rogério, Rafael, Patrícia e os sobrinhos Rildo, Ramon Caíque (In memoriam), Victor Hugo, Raíssa Bianca, Rômulo, Jonas, Maria Eduarda, Milena, Guilherme, Arthur e Sofia e a cunhada Tânia Maia, pessoas amadas e queridas. Ao meu orientador e amigo, professor Dr. Edison Nunes, que muito me ajudou para o desenvolvimento deste estudo, sou muito grato por tudo que você fez, sendo também paciente em todos os momentos de tensão que a escrita de uma tese acarreta. Ao querido amigo de longa data, Joan Botelho, que muito me incentivou a seguir lutando, e pelo caminho da educação, sua área de atuação por excelência. Ao amigo-irmão Cláudio Moraes e Prof. Antônio José pelas frutíferas companhias e apoio incondicional, e também pela leitura do texto, deu sugestões excelentes para a melhoria da pesquisa. Ao amigo Aos amigos Ricardo Serra e Fabi, pela boa convivência e apoio, no tempo em que residi em SP, vocês são seres humanos queridos e especiais. Ao Prof. Flávio Reis (UFMA), sua tese é fonte de inspiração nessa pesquisa, cuja categoria “oligarquia” é uma referência fundamental. E saúde e força; é o que lhe desejo sempre. Ao Prof. Dr. Ramon Casas Vilarino (PUC-SP) e Profa. Lúcia Maria Machado Bógus (PUC-SP), pelas excelentes sugestões para a melhoria da pesquisa na época do exame de qualificação. Ao historiador e Prof. Flávio José Soares (UFMA), conterrâneo, e Prof. Emmanuel Silva Nunes de Oliveira Junior (USP), por aceitarem o nosso convite para compor a banca de defesa final. Ao Prof. Jáder (UFMA), pelo trabalho de revisão do texto. A todos os membros da Comissão Organizadora do nosso I Seminário Científico Nacional – Estado, Cultura Políticas, Desigualdades e Desenvolvimento, em parceria com a UFMA e PUC-SP, realizado em agosto de 2016, no Auditório Central da UFMA, em São Luís (MA): Prof. Edison Nunes (PUC-SP), Prof. Antônio José (UFMA), Prof. Josenildo de Jesus Pereira (UFMA), Profa. Júlia Kátia (UFMA), Prof. Cláudio Moraes (IFMA), Profa. Ana Margarida Barbosa Santos (MP), Luana Caroline Santos Pinheiro (Graduanda de Biologia em UFMA), Henrique Carneiro (Graduando em Economia - UFMA), evento que contou com o imprescindível apoio da CAPES e da FAPEMA. Ao Henri Acselrad (UFRJ), Rosane Borges (USP), Júlio Rocha (UFBA), Marcelo Paixão (UFRJ-TEXAS), Prof. Horácio Antunes (UFMA), Profa. Maria Mary Ferreira (UFMA), pela participação nas mesas de debates do nosso Seminário, na condição de pesquisadores convidados, evento que muito contribuiu com a minha tese, meu agradecimento. Meu agradecimento aos professores Luiz Alves Ferreira (UFMA), Wagner Cabral (UFMA), Francisco Valdério (UEMA), Manoel Barros (UFMA), Hugo Freitas (UFMA), Carlos Agostinho Almeida Couto (UFMA), pelos bons encontros, e sempre com ricos debates sobre o nosso Maranhão e a política contemporânea. Muito obrigado, aprendo muito com vocês. Aos analistas técnicos do IBGE-MA, José Reinaldo Júnior e João Ricardo, que, assim como no mestrado, contribuíram também no meu doutorado, prestando esclarecedoras informações. Aos militantes dos movimentos sociais, políticos e pesquisadores- intelectuais que se dispuseram a conceder entrevistas, muito grato. Esta tese só foi possível graças à bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), que garantiu a minha condição de cursar o Doutorado na PUC, meus agradecimentos. Aos companheiros de velhas e novas lutas no Maranhão, Domingos Dutra, Bira do Pindaré, Franklin Douglas, Jomar Fernandes, Francisco Gonçalves, Augusto Lobato, Ricardo Ferro, Anthony Dantas, Shirley Martins, Nonato Moraes, Bernardo Felipe, Márcio Jardim, Genilson Alves, Arnaldo Colaço e Davi Telles, agradeço o apoio. A todos colegas do Doutorado em Ciências Sociais da PUC-SP, turma 2014, pelas boas convivências na vida acadêmica. Aos integrantes desta conceituada instituição de ensino, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), na pessoa da professora e coordenadora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, Profa. Vera Chaia, bem como à secretária e o secretário queridos Kátia e Rafael, e a todos que direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho, muito obrigado por tudo. Pinheiro, Silvio Sérgio Ferreira. A democracia em uma formação social periférica, dependente e oligárquica: um estudo do Maranhão de 2002 a 2016. 261p. 2018. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP, São Paulo, 2018. RESUMO O estudo ora apresentado analisa a democracia em um estado com formação social periférica, dependente e oligárquica: o Maranhão. A perspectiva é como pensar um futuro melhor para um estado que possui uma sociedade com baixa diversificação social, clivada por grandes desigualdades, com assimetria étnico-racial, e uma democracia caracterizada fundamentalmente por relações oligárquicas, de cultura política de base familiar, de parentela e patrimonialista, por meio de práticas autoritárias. Mais do que uma tese, trata-se aqui de um desafio para se entender a imbricação de oligarquia e cultura política de base familiar e de parentela relacionada com a ideia de elite política. O que motivou este estudo foi a evidência de que a literatura existente não aborda como essas categorias influenciam ou não uma democracia com maior intensidade no estado. Diante disso, delimitou-se o campo de alcance da pesquisa para o período contemporâneo, portanto, no século XXI, e no Maranhão, sendo formulada a pergunta central: será que a presença de famílias com histórico de práticas que podem ser caracterizadas como oligárquicas no estado do Maranhão, tem um papel essencial na formação e na configuração da democracia que hoje se apresenta? A pesquisa tem por objetivo geral: investigar a democracia e sua imbricação com modelo oligárquico, no período de 2002 a 2016. E como objetivos específicos: a) realizar uma breve atualização da trajetória política de José Sarney enquanto líder do grupo no Maranhão; b) descrever como se forjou e consolidou a contradição da aliança de Lula e Sarney para o