História , Memória E Patrimônio

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

História , Memória E Patrimônio Universidade e lugares de memória Reitor Aloísio Teixeira Vice-Reitora Sylvia da Silveira de Mello Vargas Pró-Reitora de Graduação Belkis Valdman Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa Ângela Uller Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Carlos Antônio Levi da Conceição Pró-Reitor de Pessoal Luiz Afonso Henrique Mariz Pró-Reitora de Extensão Laura Tavares Prefeito da Cidade Universitária Hélio de Mattos Alves Coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura Beatriz Resende Coordenadora do Sistema de Bibliotecas e Informação Paula Maria Abrantes Cotta de Mello Série Memória, documentação e pesquisa, 2 Universidade e lugares de memória Organização Antonio José Barbosa de Oliveira UFRJ / FCC / SiBI Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI/UFRJ) Copyright FCC-SIBI/UFRJ, 2008 Impressão Walprint Gráfica e Editora Capa e Diagramação Guilherme Tomaz Organização Antonio José Barbosa de Oliveira Revisão Antonio José Barbosa de Oliveira Nilce Nunes Lima Revisão de Referências Elaine Baptista de Matos Paula Eneida de Oliveira Os conceitos emitidos neste livro são de inteira responsabilidade dos autores Ficha catalográfica elaborada pela Divisão de Processamento Técnico – SiBI/UFRJ Universidade e lugares de memória / organizado por U58 Antonio José Barbosa de Oliveira. – Rio de Janeiro: Universi- dade Federal do Rio de Janeiro, Fórum de Ciência e Cultura, Sistema de Bibliotecas e Informação, 2008. 320 p. : il. ; 21cm. -- (Memória, documentação e pesquisa) ISBN: 978-85-7108-328-8 1. Universidade-história. 2.Memória coletiva – Congressos. 3. Memória coletiva - Universidade. I. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fórum de Ciência e Cultura. Sistema de Bibliotecas e Informação. II. Série. CDD: 378.10981 Aos autores Sumário Apresentação Aloísio Teixeira 13 História, Memória e Patrimônio Manoel Luiz Salgado Guimarães 17 História, memória e instituições: algumas reflexões teórico-metodológicas para os trabalhos do Projeto Memória SiBI / UFRJ 41 Antonio José Barbosa de Oliveira Memória, Discursos e Instituições Diana de Souza Pinto 63 Memória, preservação e uso das edificações históricas da UFRJ Maria Ângela Dias 81 Museu da Escola Politécnica: o espaço de construção da memória da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro Heloi José Fernandes Moreira e Luiz Antonio Salgado Neto 95 Museu da Química Professor Athos da Silveira Ramos: a memória da Química no Rio de Janeiro 115 Júlio Carlos Afonso Quando um museu dá samba: a popularização do Museu Nacional da UFRJ no carnaval carioca 127 Regina Dantas O Museu D. João VI da Escola de Belas Artes da UFRJ: memória institucional Angela Ancora da Luz 145 Arquitetura e acervos x Acervo de arquitetura Elizabete R. de Campos Martins , João Cláudio Parucher e Cláudio M. Viana 157 Memória do trabalho, memória sindical, memória política: o Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro Elina G. da Fonte Pessanha e Marcos Aurélio Santana Rodrigues 171 O Centro de Documentação da Escola de Enfermagem Anna Nery Maria da Luz Barbosa Gomes e Sandra Cristina Demetrio de Moraes 191 A Escola de Música da UFRJ e suas coleções especiais André Cardoso 203 O PROEDES – Programa de Estudos e Documentação Educação e Sociedade: origens e desenvolvimento Maria de Lourdes de Albuquerque Fávero 221 Perfis e trajetórias dos professores universitários do curso de História no Rio de Janeiro Marieta de Moraes Ferreira 235 A preservação da memória através das coleções pessoais depositadas na UFRJ: o caso da Coleção Afonso Carlos Marques dos Santos 269 José Tavares da Silva Filho, Rosane Cristina de Oliveira e Andréa Côrtes Torres O Acervo INEP na UFRJ : 30 anos... e muita história pra contar Maria Cristina Rangel Jardim 279 Arquivos de Cultura Contemporânea: uma experiência de pesquisa e documentação Cristina Barros Barreto 291 O SINTUFRJ e a memória dos servidores técnico-administrativos em Educação Ana Maria Ribeiro 303 Os Autores 315 13 Apresentação Não poderia haver local mais apropriado para a realização da abertura do II Seminário Memória, Documentação e Pesquisa — A Universidade e os seus lugares de Memória — promovido pelo SiBI do que o Salão Dourado deste histórico prédio da Praia Vermelha. Aqui, protegido pela estátua de D.Pedro II imberbe, e encarando a estátua de José Clemente Pereira (também conhecido como José Pequeno) — provedor da Santa Casa de Misericórdia, que foi quem doou este terreno ao imperador para que aqui fosse construído um hospital, um asilo de loucos, o Hospital de Alienados de Pedro II. Estas estátuas já estavam aqui quando o Reitor Pedro Calmon assegurou a posse deste espaço para a Universidade do Brasil no final dos anos 40 do século passado, tendo sido preservadas. E estão aqui até hoje como símbolo da continuidade histórica desse espaço que é um importante lugar da memória de nossa Universidade. O local escolhido tem um significado simbólico muito grande, porque vivemos hoje, na universidade pública federal brasileira, e em particular em nossa Universidade Federal do Rio de Janeiro, um momento único de nossa história. E a possibilidade de realizarmos um seminário como esse, em que voltamos nosso olhar para a memória, para o passado portanto, exige de nós que olhemos tam- bém para o futuro. Passado e futuro são referências muito fortes na vida dos homens e das mulheres. Mas passado e futuro se ligam por aquilo que é mais fugidio, aquilo a que chamamos de presente. O presente é alguma coisa que se esvai continuamente. Amanhã o hoje será ontem e, portanto, já será passado. E, se o presente é importante quando olhamos para o passado, também o é quando pensamos no futuro. O presente pode ser uma conclusão renova- dora da trajetória anterior ou pode ser uma simples continuidade 13 de alguma coisa da qual temos pouca consciência e pouca capa- cidade de intervir. Ao mesmo tempo o presente é o momento em que tomamos decisões que influenciarão significativamente na construção dos dias que virão. Pensar o passado é certamente pensar a história e pensar a história não é pensar o passado somente como coisa vivida, mas sobretudo como coisa pensada. Quando olhamos a história da nossa universidade, reverencian- do os lugares de sua memória, nos defrontaremos com uma história de êxitos e de fracassos, uma história de conquistas e carências. Certamente, se cada um de nós, nos pequenos espaços que ocupa- mos em nossa universidade, pensarmos o passado, seremos capazes de lembrar de um sem fim de micro-histórias de êxito. Na trajetória histórica dos quase noventa anos de nossa Universidade, alcança- mos inúmeros êxitos nestes microespaços. Mas, ao olharmos para a universidade como instituição que tem uma macro-história e não apenas um somatório de micro-histórias, observaremos que essa imensa coleção de microêxitos não redundou num macroêxito. Não há dúvida de que somos uma das universidades mais importantes do país. Uma grande universidade que se destaca pela qualidade de seu ensino de graduação e de pós-graduação, bem como pela pesquisa e por suas iniciativas no campo da extensão. Mas, ainda assim, quando medimos o que fazemos pelo critério da eficácia social da nossa ação, deveremos reconhecer que estamos ainda muito longe de uma história verdadeiramente exitosa. A uni- versidade que temos hoje, qualquer que seja a composição do seu corpo discente, ainda é uma instituição de elite num país carente de educação, carente de iniciativas inovadoras, carente de uma universidade que seja capaz de abrigar no seu interior, não uns poucos jovens, mas muito mais jovens do que os que hoje têm acesso a ela. Olhar a história por este duplo olhar, o olhar da micro-historia dos êxitos individuais dos pequenos grupos e o olhar apurado da macro-história, da eficácia social de nossa ação, nos faz ter a certeza 14 15 de que é preciso aproveitar esse momento único, este presente fugidio que se esvai a cada minuto, para construirmos alguma coisa nova na UFRJ. Nós estamos aqui reverenciando a memória e os espaços de memória, mas, ao mesmo tempo, temos que olhar para o amanhã, definindo se este amanhã será apenas uma reprodução do passado, de um passado permeado de micro-histórias de êxitos, ou se será o amanhã de uma universidade nova, aberta, democrática, crítica, humanista, capaz de se defrontar e resolver os problemas da integração dos conhecimentos e da universalização do ensino superior. Entre este passado com suas glórias, conquistas, vitórias, fracassos e carências e esse amanhã que está em aberto, encon- tra-se o hoje, o presente e os nossos desafios. E é neste hoje que precisamos tomar as nossas decisões. Reproduziremos o passado ou construiremos uma universidade nova, diferente da que temos? Espero que este seminário, ao aprofundar o conhecimento que temos da nossa instituição, dos seus espaços e da sua memória, possa contribuir não só para uma maior consciência do que fomos, mas, sobretudo, para criar uma nova consciência daquilo que temos que ser. Aloísio Teixeira Discurso de abertura do II Seminário Memória, documentação e pesquisa. A universidade e os seus lugares de Memória. SIBI/UFRJ 15 de abril de 2008 – Fórum de Ciência e Cultura 14 15 17 História , Memória e Patrimônio Manoel Luiz Salgado Guimarães 1. O problema Em recente e instigante livro publicado acerca dos desafios contemporâneos para a escrita da História, o historiador francês Christophe Prochasson1 argumenta que estaríamos sob um novo regime de escrita, segundo o qual, ao historiador de ofício seria exigido cada vez mais uma escrita submetida aos ditames dos afetos, sejam eles derivados de engajamentos políticos específicos, de crenças particulares ou mesmo derivados de um convite à indivi- dualidade do historiador. Este seria instado a mostrar-se através do seu texto, postura bastante diversa daquela que o obrigava a escon- der-se por trás da pesquisa científica. Esse novo regime emocional, segundo as palavras do historiador francês, supõe determinados constrangimentos às narrativas do passado assim como fazem um apelo à dimensão cada vez mais autoral do texto historiográfico.
Recommended publications
  • Rudeza E Sutileza Da Memória Dominante Em Motta Coqueiro Ou a Pena De Morte
    128 Revista Magistro - ISSN: 2178-7956 www.unigranrio.br O lugar pertinente ao negro: rudeza e sutileza da memória dominante em Motta Coqueiro ou a pena de morte. Marcos Teixeira de Souza – Unigranrio José Geraldo da Rocha - Unigranrio RESUMO: A subalternidade a respeito do negro na sociedade brasileira perpassa, em grande medida, pela perpetuação de uma memória coletiva dominante, que vê o negro como sinônimo de um ser inferior em comparação ao homem branco; e que enxerga também o negro como um ser humano lascivo e promíscuo. Às vezes, de modo claro; outras vezes, de forma implícita, mas fortemente uma memória dominante anti-negro, estabelecendo assim uma hierarquia racial na sociedade, arquitetada para inferiorizar socialmente o negro. A Literatura Brasileira, no século XIX, desnudava recorrentemente tal problemática. Neste sentido, o presente artigo é resultante de estudos sobre o primeiro romance de José do Patrocínio, Motta Coqueiro ou a Pena de Morte, publicado em 1877, e raramente discutido na História ou na Literatura Brasileira. PALAVRAS CHAVE: Memória; Negro; José do Patrocínio. ABSTRACT: The inferiority about black permeates in Brazilian society, largely for the perpetuation of a dominant collective memory, which it sees black as synonym as a inferior man compared to the white man, and that also sees black as a human being lewd and promiscuous. Sometimes, clearly, and sometimes implicitly, but strongly anti-black dominant memory, establishing a racial hierarchy in society, socially engineered to abash the black. The Brazilian literature in the nineteenth century shows this problem repeatedly. This article is the result of studies on the first novel written by José do Patrocinio, Motta Coqueiro ou a pena de morte, published in 1877, and rarely discussed in history or in Brazilian Literature.
    [Show full text]
  • A Análise De Antônio Cândido: O Papel Das Idéias E Do Pensamento
    Rezende, M. 2007. A análise de Antônio Cândido Cinta Moebio 29: 194-210 www.moebio.uchile.cl/29/rezende.html A análise de Antônio Cândido: O papel das idéias e do pensamento no processo de geração da mudança social no Brasil Antonio Candido: The role of ideas and thoughts in the social change generation process in Brazil Dra. Maria José de Rezende ([email protected]) Universidade Estadual de Londrina (Paraná, Brasil) Abstract In a general sense, this article will demonstrate how Antonio Candido’s reflections attribute a fundamental role to the ideas and several forms of thought (literary, social, political) in the generation process of changes. Not only the former but also the latter ones have a great potential in the detection process of favorable or unfavorable conditions so that social changes happen, which may be superficial and/or substantive. More specifically, the Romanticism and the Modernism will be presented as two movements of ideas that had far-reaching repercussion on the production of criticisms to social, economical and political conditions based on exclusion, as well as intellectuals’ engagement proposals in the transfiguration process of the Brazilian society. It will also be analyzed Antonio Candido’s reflections on the role of some intellectuals in support of the abolitionism, the republic and the democracy. Key words: social change, democracy, romanticism, modernism. Resumo De modo geral, este artigo demonstrará como as reflexões de Antônio Cândido atribuem um papel fundamental às idéias e às diversas formas (literária, social, política) de pensamento no processo de geração das mudanças. Tanto as primeiras quanto as segundas têm um grande potencial no processo de detecção das condições favoráveis ou não para que ocorram transmutações sociais, as quais podem ser superficiais e/ou substantivas.
    [Show full text]
  • Naísa Márcia De Oliveira Viana
    UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM POLÍTICA SOCIAL MESTRADO EM POLÍTICA SOCIAL Naísa Márcia de Oliveira Viana A FORMAÇÃO PROFISSIONAL NOS CURSOS TÉCNICOS SUBSEQUENTES: o caso do Curso Técnico Subsequente de Agropecuária do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Campus Muzambinho NITEROI, RJ 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM POLÍTICA SOCIAL MESTRADO EM POLÍTICA SOCIAL NAÍSA MÁRCIA DE OLIVEIRA VIANA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL NOS CURSOS TÉCNICOS SUBSEQUENTES: o caso do Curso Técnico Subsequente de Agropecuária do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Campus Muzambinho Niterói 2012 NAÍSA MÁRCIA DE OLIVEIRA VIANA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL NOS CURSOS TÉCNICOS SUBSEQUENTES: o caso do Curso Técnico Subsequente de Agropecuária do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Campus Muzambinho Dissertação apresentada ao Programa de Estudos Pós- Graduados em Política Social da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Política Social. Orientador: PROF. DR. ADILSON VAZ CABRAL FILHO Niterói 2012 NAÍSA MÁRCIA DE OLIVEIRA VIANA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL NOS CURSOS TÉCNICOS SUBSEQUENTES: o caso do Curso Técnico Subsequente de Agropecuária do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Campus Muzambinho Dissertação apresentada ao Programa de Estudos Pós- Graduados em Política Social da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Política Social. BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________ Professor e orientador, Dr. Adilson Vaz Cabral Filho Universidade Federal Fluminense ______________________________________________________ Professora, Dra.
    [Show full text]
  • Oliveira Vianna E Os Dilemas Da Ação Coletiva No Brasil
    OLIVEIRA VIANNA E OS DILEMAS DA AÇÃO COLETIVA NO BRASIL Antonio BRASIL JUNIOR2 RESUMO: O artigo analisa as continuidades e descontinuidades do pensamento de Oliveira Vianna a respeito da ação coletiva no Brasil. Em particular, busca-se enfatizar as tensões de sua formação intelectual, assim como as conseqüências destas tensões no processo de escrita de Populações Meridionais do Brasil. Além disto, argumenta-se que Instituições Políticas Brasileiras sinaliza uma mudança significativa na perspectiva de Oliveira Vianna, questionando a imagem de uma obra homogênea e unitária. PALAVRAS-CHAVE: Pensamento social brasileiro. Oliveira Vianna. Ação coletiva. O objetivo deste artigo é reconstruir um momento significativo no interior do debate intelectual acerca da obra de Francisco José Oliveira Vianna (1883-1951). Nessa obra, se encontra, em certa medida, um primeiro esforço sistemático de se pensar os constrangimentos à ação coletiva a partir de uma análise da conformação histórica da estrutura social brasileira. Não obstante o pensamento imperial já assinalasse a rarefação das esferas de organização autônoma na sociedade brasileira, assim como alguns textos de Silvio Romero – dentre outros –, pode-se afirmar que Oliveira Vianna foi um dos primeiros a dar consistência à tese de que as formas sociais assumidas pela propriedade fundiária configuram-se como o elemento decisivo para a compreensão Este trabalho é uma versão condensada e modificada dos capítulos e 3 de minha dissertação de mestrado, intitulada Uma Sociologia Brasileira da Ação Coletiva: Oliveira Vianna e Evaristo de Moraes Filho, defendida no PPGSA / IFCS / UFRJ, em 2007. 2 Doutorando em Sociologia. UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Filosofia e Ciências Sociais.
    [Show full text]
  • SP Eduardo Antonio Estevam Santos LUIZ GAMA, UM INTELECTUAL
    PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC - SP Eduardo Antonio Estevam Santos LUIZ GAMA, UM INTELECTUAL DIASPÓRICO: intelectualidade, relações étnico-raciais e produção cultural na modernidade paulistana (1830-1882) DOUTORADO EM HISTÓRIA SOCIAL SÃO PAULO 2014 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC - SP Eduardo Antonio Estevam Santos LUIZ GAMA, UM INTELECTUAL DIASPÓRICO: intelectualidade, relações étnico-raciais e produção cultural na modernidade paulistana (1830-1882) DOUTORADO EM HISTÓRIA SOCIAL Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência para o título de Doutor em História Social, sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Heloísa de Faria Cruz. SÃO PAULO 2014 Banca Examinadora _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ Autorização Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta Tese por processos de fotocopiadoras ou eletrônicos. Eduardo Antonio Estevam Santos Fortaleza, CE, 27 de janeiro de 2014. Para David, João e Flora. AGRADECIMENTOS Este é o espaço em que podemos perceber que este trabalho não seria possível sem as contribuições, os apoios e as solidariedades das pessoas e instituições abaixo relacionadas. Minha eterna gratidão a todos e todas que serão mencionados nesta página. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à professora Dra. Heloisa de Faria Cruz, que vem acompanhando minha trajetória acadêmica desde o curso de Mestrado e que entendeu e acolheu a mudança de objeto de estudo e pesquisa. Assim como pelas valiosas e imprescindíveis orientações no direcionamento do trabalho, na indicação e na reflexão de leituras e aprofundamento da pesquisa no que tange às fontes históricas. Às professoras Maria Antonieta Antonacci, Yvone Dias Avelino e Maria Odila da Silva Dias, pelas contribuições discursivas nos aspectos teóricos e metodológicos nas disciplinas que ministraram.
    [Show full text]
  • Nacionalismo E Autoritarismo Em Alberto Torres
    302 SOCIOLOGIAS Sociologias, Porto Alegre, ano 7, nº 13, jan/jun 2005, p. 302-323 Nacionalismo e autoritarismo em Alberto Torres RICARDO LUIZ DE SOUZA * oucos autores brasileiros encarnam tão bem quanto Alberto Torres a idéia de transição, de fim de um ciclo e início de outro. Em termos políticos, por exemplo, tomemos como P ponto de partida a análise que Saldanha faz do impacto provocado por ele e por seus seguidores: “Com eles se encerrou o ciclo do liberalismo oitocentista brasileiro, que pareceu condena- do pelo próprio fato de se haver identificado com as soluções constitucionalistas da Primeira República (Saldanha, 1979, vol. I, p. 186)”. E Monzani define Torres como representante de “um pensamento ou ideário autoritário-conservador”, e o descreve: “Para esse pensamento não se trata- rá, é claro, de propugnar a volta pura e simples do regime monárquico, mas sim de pensar a República forte, que escapasse exatamente destas tão flagran- tes deficiências da República liberal (Monzani, 1999, p.543)”. Este é o ponto de partida: a definição de Torres como um autor que assinala a transição do predomínio de idéias liberais para a articulação de um ideário republicano que nascia em contraste com a ideologia liberal ainda vigente durante a República Velha, consolidando-se como pensamento dominante apenas a partir dos anos 30. Parto daí para formular a linha argumentativa que pretendo desenvolver: qual a importância de Torres na * Mestre em Sociologia e doutorando em História pela UFMG. Professor da FEMM e Facisa. SOCIOLOGIAS 303 Sociologias, Porto Alegre, ano 7, nº 13, jan/jun 2005, p.
    [Show full text]
  • Iberismo E Corporativismo: a ‘Verdadeira’ Nação Brasileira Segundo Oliveira Viana Autor(Es): Abreu, Luciano A
    Iberismo e corporativismo: a ‘verdadeira’ nação brasileira segundo Oliveira Viana Autor(es): Abreu, Luciano A. Publicado por: Imprensa da Universidade de Coimbra URL persistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/40233 DOI: DOI:https://doi.org/10.14195/1647-8622_16_3 Accessed : 4-Oct-2021 21:05:51 A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. impactum.uc.pt digitalis.uc.pt Iberismo e Corporativismo: a ‘verdadeira’ Nação Brasileira segundo Oliveira Viana Luciano A. Abreu Luciano Aronne de Abreu, Professor do Programa de Pós-graduação em História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Investiga na área da História, com ênfase em História do Brasil República, atuando principalmente nos seguintes temas: História do Rio Grande do Sul, Era Vargas e Autoritarismo.
    [Show full text]
  • Wmmsb. Contidos No Segundo Volume
    p ^l»p^lWl^«"ÍJ?UWIírB,,*^•/"^- tj -*jt***ff 1®§ "A SUPLEMENTO LITERÁRIO DE MANHA''. 28'6'942 publicado semanalmente, sob a direção de Mucio 2?i* li Âno 11Leão (Oa Academia Brasileira de Letras)"" ÍNDICE por ordem alfabética, de escritores e assuntos WmMsB. contidos no segundo volume AOS NOSSOS LE I T O R E S Arinos A propósito do Suplemento de Afonso Uma retificação ao Intermezzo há bmcm am, *«•«• *•*""•*• »**«¦*• «¦ "•«" Um dele», Armini. d. Mal. Fra.ce, merrea N. MlkU .«l»™ "Intermerzo", W •™i,id*. •—.."*•• ••f**'í7_ como ministro da Brasil am Haia. Estão vivos os MfuintM: No rv* 21 do publicado no suplemento- !»«"« ""»""*• ea-m»- «KM «scrMo». Atons» Ar.».» fei e«- dr. Afrêaio de Melo Franco, político, iarisoaiahe, Ipág. 164), saíram, por um engano de ti- « „.(„« i l.milia i» de 29 de março « que «wmUw»» «isrro d.» Reloeõe» Eileriores; t. Delia d. Aadrade, via», n.° 17. j Anloniera •)• Silva »*»»»U. ««•• * pogrofia, duas estrofes de h.|. «¦$. P..- d. dr Rodrigo Bretes de Aadrode; dr. Adelmw de Mel. I.»»i. f».d.; »™«. •*"• A.h»-i.t. w.id. Franco, «ngonheiro; À. Violeta Alvas, casada com • 4t. 0 n.° 21, que é traduzido por Pedro Rabelo, eau- ¦*** Mia.» Cr.ii, a dr. Jeèe ». ...«.; ,.br.,i,.« .»—« »*•'•• <=.•.«¦•• Honorolo Alvo». e«-depalade por guinte; £,„,.«, •• Melo Franco, advogado nesta capital. ....... A. dn» c.rt.. «... wm. im*Us d* Zna .o. S — (aáf. 101) «««)««'• »y»l.m««»., (•»••¦ •«- Nome d.» fotogrofiot de laplemear. ...» Mh<» publicou»»» da capita* Gemem as flautas, lãnguidos violinoi *•'»¦ Amor.» Lim». i»m«» d» aparece Afonso Arinos a cavalo, em componkia" Carmen lll.
    [Show full text]
  • Um Incômodo Romance De José Do Patrocínio a Ser Redescoberto A
    REVELL Revista de Estudos Literários da UEMS ANO 3, v.2, Número 5 TEMÁTICO ISSN: 2179-4456 Dezembro de 2012 UM INCÔMODO ROMANCE DE JOSÉ DO PATROCÍNIO A SER REDESCOBERTO A NUISANCE NOVEL BY JOSÉ DO PATROCÍNIO TO BE REDISCOVERED Marcos Teixeira de Souza PG-IUPERJ RESUMO: Muitas vezes o cânone explicita um pensamento hegemônico em uma sociedade. Assim, autores e obras referentes a questões contrárias ao pensamento dominante tendem a ser renegadas ou esquecidas intencionalmente. O romance Motta Coqueiro ou a pena de morte (1877), de José do Patrocínio, salienta este debate sobre o cânone, na medida em que, a despeito de suas qualidades intrínsecas, é virtualmente desconhecido ou ignorado pela crítica brasileira. Palavras-chaves: José do Patrocínio. Literatura. cânone. ABSTRACT: Often the canon explains explicitly one hegemonic thinking in a society. Thus, authors and works concerning matters contrary to dominant thinking tend to be denied or forgotten intentionally. The novel Motta Coqueiro ou a pena de morte (1877), by José do Patrocínio, reinforces this debate about the canon, since, despite its inherent qualities, is virtually unknown or ignored by Brazilian critics. Keywords: José do Patrocínio Literature canon. Os estudos sobre Memória social têm ofertado aos pesquisadores das ciências humanas e sociais olhares novos sobre o cânone. Não que em outros momentos este não fosse questionado, mas que, por meio das concepções sobre Memória e Silêncio, como marcas reveladoras de poder político, social e cultural, têm motivado alguns pesquisadores da área de Literatura a remexer nos arquivos públicos e privados, nas bibliotecas e em outros locais guardiões de Memória social, nomes e obras literárias que, ora esquecidos, podem e devem ser retomados pelas historiografias para que se espelhe assim com mais completude a riqueza da Literatura Brasileira.
    [Show full text]
  • Os Primeiros Anos Da Vida Intelectual De Capistrano De Abreu (1875-1882)
    FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - FIOCRUZ CASA DE OSWALDO CRUZ PROGRAMA DE PÓS-GRADUÇÃO EM HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E DA SAÚDE JOSIANE ROZA DE OLIVEIRA UM HISTORIADOR EM FORMAÇÃO: OS PRIMEIROS ANOS DA VIDA INTELECTUAL DE CAPISTRANO DE ABREU (1875-1882) Rio de Janeiro 2011 JOSIANE ROZA DE OLIVEIRA UM HISTORIADOR EM FORMAÇÃO : OS PRIMEIROS ANOS DA VIDA INTELECTUAL DE CAPISTRANO DE ABREU (1875-1882) Tese de Doutorado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz-Fiocruz, como requisito parcial para obtenção do Grau de Doutor. Área de Concentração: História das Ciências e da Saúde, sob orientação do professor Dr. ROBERT WEGNER. Rio de Janeiro 2011 O48 Oliveira, Josiane Roza de .. ....Um historiador em formação: os primeiros anos da vida intelectual de Capistrano de Abreu (1875-1882) / Josiane Roza de Oliveira.– Rio de Janeiro : s.n., 2011. 309 f . Tese ( Doutorado em História das Ciências e da Saúde)-Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz, 2011. Bibliografia: 290-309 f. - . 1. História. 2. Historiografia. 3.Abreu, Capistrano de. 4 Bibliotecas. 5 Brasil CDD. 981 JOSIANE ROZA DE OLIVEIRA UM HISTORIADOR EM FORMAÇÃO : OS PRIMEIROS ANOS DA VIDA INTELECTUA DE CAPISTRANO DE ABREU (1875-1882) Tese de Doutorado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz-Fiocruz, como requisito parcial para obtenção do Grau de Doutor. Área de Concentração: História das Ciências e da Saúde, sob orientação do professor Dr. ROBERT WEGNER. Data: BANCA EXAMINADORA ________________________________________________________ Prof. Dr. Ilmar Rohloff de Mattos (PUC-RIO) ________________________________________________________ Prof.
    [Show full text]
  • Marcos Alexandre Do Amaral Ramos Junior Anatomia Da Elipse: a Presença De Gilberto Freyre Na Ob
    UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS MARCOS ALEXANDRE DO AMARAL RAMOS JUNIOR ANATOMIA DA ELIPSE: A PRESENÇA DE GILBERTO FREYRE NA OBRA DE JOÃO GUIMARÃES ROSA Vitória, 2016. 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS MARCOS ALEXANDRE DO AMARAL RAMOS JUNIOR ANATOMIA DA ELIPSE: A PRESENÇA DE GILBERTO FREYRE NA OBRA DE JOÃO GUIMARÃES ROSA Dissertação apresentada ao PPGL – UFES como quesito parcial para a obtenção de título de Mestre em Letras. Orientador: Prof. Dr. Jorge Nascimento. Vitória, 2016. 2 ANATOMIA DA ELIPSE: A PRESENÇA DE GILBERTO FREYRE NA OBRA DE JOÃO GUIMARÃES ROSA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL, da Universidade Federal do Espírito Santo -UFES, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Letras. Aprovada em ____ de _________________ de 2016. COMISSÃO EXAMINADORA ______________________________________ Prof. Dr. Jorge Nascimento Orientador e Presidente ______________________________________ Prof. Dr. Luiz Romero de Oliveira (Membro titular) ______________________________________ Prof. Dr. Luís Eustáquio Soares (Membro titular) ______________________________________ Profa. Dra. Fabíola Padilha (Membro suplente interno) ______________________________________ Prof. Dr. Wilson Coêlho (Membro suplente externo) 3 Aos meus pais. 4 o sertão sou eu e a cada passo nas lendas do rosa ficam mais distantes as existências fixas o sertão sou eu a estrada precária e as nossas histórias de antúrios vermelhos Dora Ribeiro 5 RESUMO Esta dissertação, na esteira das discussões que concernem os paradoxos do nacionalismo literário, pretende se debruçar sobre as obras Casa-Grande & Senzala e Grande Sertão: veredas, a primeira de Gilberto Freyre, publicada em 1933, a segunda, publicada em 1956, de João Guimarães Rosa.
    [Show full text]
  • Lugares De Silvio Romero Na Sociologia Brasileira
    Revista TOMO, São Cristóvão, Sergipe, Brasil, n. 32, p. 41-70, jan./jun. 2018. http://dx.doi.org/xxxxxxxxxx/revtee.xxxxxxxxxxxxx | ISSN: 1517-4549 Lugares de Silvio Romero na Sociologia Brasileira Ivan Fontes Barbosa*1 Resumo Este artigo resultou de uma pesquisa que teve a intenção de identificar algumas das imagens de Silvio Romero em trabalhos- dedicados à história da sociologia brasileira e de demonstrar como os seus interesses sobre o estudo da literatura fornece ram elementos para entendermos os horizontes da recepção- da sociologia no Brasil nas últimas décadas do século XIX. Os resultados indicaram que as principais intuições de sua aborda gem sociológica, especialmente o seu diagnóstico dos efeitos e do papel da miscigenação na sociedade brasileira, geraram uma- maçãovereda social.no campo da sociologia brasileira, que orientou, e ainda Palavras-chaveorienta, um paradoxal e controverso discurso sobre a nossa for : Silvio Romero; Crítica literária; Sociologia no Brasil; Miscigenação. * Professor Adjunto do Departamento de Ciências Sociais da UFPB. Email: [email protected] 42 LUGARES DE SILVIO ROMERO NA SOCIOLOGIA BRASILEIRA Places of Silvio Romero in Brazilian Sociology Abstract This article was the result of a research that aimed to identify- some of the images of Silvio Romero in works dedicated to the history of Brazilian sociology and to demonstrate how his inte rests on the study of literature provided elements to understand the horizons of the reception of sociology in Brazil in the last decades of the 19th century. The results indicated that the main intuitions of his sociological approach, especially his diagnosis of the effects and the role of miscegenation in Brazilian society, socialgenerated formation.
    [Show full text]