Para Uma História Do Jornalismo Português No Mundo
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Para uma história do jornalismo português no mundo Coord. Alberto Pena-Rodríguez & António Hohlfeldt Coleção ICNOVA Coleção Ficha Técnica Título Direção da coleção Para uma história do jornalismo Francisco Rui Cádima português no mundo Maria Lucília Marques Cláudia Madeira Coordenação Alberto Pena-Rodríguez Gestora editorial António Hohlfeldt Patrícia Contreiras Data de publicação Design 2021, Coleção ICNOVA Tomás Gouveia ISBN Apoio 978-989-9048-08-9 [Suporte: Eletrónico] 978-989-9048-09-6 [Suporte: Impresso] A edição deste livro é financiada por DOI fundos nacionais através https://doi.org/10.34619/xqyc-dlxv da FCT — Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto PTDC/COM-JOR/28144/2017 Edição — Para uma história do jornalismo ICNOVA — Instituto em Portugal. de Comunicação da NOVA Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Universidade Nova de Lisboa Avenida de Berna, 26-C O conteúdo desta obra está 1069-061 Lisboa protegido por Lei. Qualquer forma [email protected] de reprodução, distribuição, www.icnova.fcsh.unl.pt comunicação, publicação ou transformação da totalidade ou de parte desta obra carece de expressa autorização do editor e dos seus autores. Os artigos, bem como a autorização de publicação das imagens, são da exclusiva responsabilidade dos autores. A presente publicação encontra-se disponível gratuitamente em: www.icnova.fcsh.unl.pt Título: Para uma história do jornalismo português no mundo Resumo: Este livro reúne um conjunto de textos que abordam o fenómeno jornalístico português no estran- geiro (fora do que são hoje as fronteiras do Portugal moderno) ao longo da história, em diferentes quadros geo- gráficos e culturais. Através de diferentes metodologias de natureza interdisciplinar, são analisados múltiplos aspectos do itinerário profissional de jornalistas, editores ou directores de meios de comunicação, formatos e conteúdos narrativos, bem como outros aspectos relacionados com a sua influência socioeconómica, política, cultural e mesmo educativa em diferentes contextos. É, portanto, uma abordagem da história do jornalismo lusófono no mundo concebida de forma aberta e transversal, abrangendo quatro grandes áreas continentais (América, Europa, África e Ásia) a partir de abordagens que observam o fenómeno tanto de perspectivas pa- radigmáticas ou singulares que marcaram o curso do jornalismo português noutros territórios, como de uma visão diacrónica, longitudinal, panorâmica, temática, descritiva, qualitativa ou crítica sobre algumas áreas ou episódios em particular. A análise observa não só a produção jornalística no império colonial português, mas também em algumas das mais relevantes comunidades portuguesas emigrantes ou exiladas, em países como o Brasil, os Estados Unidos, a França ou a Inglaterra. Title: A history of the portuguese journalism in the world Abstract: This book brings together a set of texts that address the Portuguese journalistic phenomenon abroad (outside what are today the borders of modern-day Portugal) throughout history, in different geographical and cultural contexts. Through different methodologies of an interdisciplinary nature, multiple aspects of the professional itinerary of journalists, editors or directors of media, formats and narrative content are ana- lysed, as well as other aspects related to their socio-economic, political, cultural and even educational influ- ence in different contexts. It is, therefore, an approach to the history of Portuguese-language journalism in the world conceived in an open and transversal way, covering four main continental areas (America, Europe, Africa and Asia) from approaches that observe the phenomenon both from paradigmatic or singular perspec- tives that marked the course of Portuguese-language journalism in other territories, and from a diachron- ic, longitudinal, panoramic, thematic, descriptive, qualitative or critical view of some areas or episodes in particular. The analysis looks not only at the journalistic production of the Portuguese colonial empire, but also at some of the most relevant Portuguese emigrant or exiled communities in countries such as Brazil, the United States, France and England. Índice Introdução 5 PARTE III: O discurso jornalístico português na África e Ásia PARTE I: Jornalismo e jornais portugueses na Europa António Hohlfeldt 252 Jornalismo de expressão portuguesa na África colonial Luís Francisco Munaro 10 Utopia e mito nos António Hohlfeldt 301 jornais portugueses em Londres Síntese histórica da imprensa (1808-1822) de expressão portuguesa na Ásia Cristina Clímaco 40 Isadora de Ataíde Fonseca 339 A imprensa portuguesa no A configuração a esfera exílio europeu no entre-guerras pública colonial: imprensa, (1927-1939) elites e poder Victor Pereira 89 A imprensa e o jornalismo português em França: PARTE IV: da implantação da primeira Projeção e influência República á Revolução dos do jornalismo português Cravos de 1974 no Oriente José Augusto 359 PARTE II: dos Santos Alves Traços da história A imprensa de língua do jornalismo português portuguesa no Oriente (1822- na América -1846) — Caixa-de-ressonância da geoestratégia dos Estados Unidos da América Tania Regina de Luca 156 e da Grã-Bretanha na região Mariano Pina na Gazeta de Notícias (1882-1886) Clara Gomes 378 Jornalismo português em Heloisa Paulo 196 Macau: a liberdade Brasil: a voz dos donos de imprensa durante o período e outras vozes de transição Alberto Pena-Rodríguez 230 Pela Pátria e Pelo Povo. Elementos históricos socioeducativos de la prensa y el periodismo portugués en Estados Unidos Introdução Alberto Pena-Rodríguez & António Hohlfeldt Este livro reúne um conjunto de textos que abordam o fenómeno do jornalimo portu- guês no estrangeiro (fora do que são hoje as fronteiras do Portugal moderno) ao longo da história, em vários contextos geográficos e culturais. Através de diferentes metodologias de natureza interdisciplinar, são analisados múltiplos aspectos do itinerário profissional de jor- nalistas, editores ou directores de meios de comunicação, formatos e conteúdos narrativos, bem como outros aspectos relacionados com a sua influência socioeconómica, política, cul- tural e mesmo educativa em diversos lugares. É, portanto, uma abordagem da história do jornalismo lusófono no mundo concebida de forma aberta e transversal, abrangendo quatro grandes áreas continentais (América, Europa, África e Ásia) a partir de abordagens que con- templam o fenómeno tanto de perspectivas paradigmáticas ou singulares que marcaram o curso do jornalismo lusófono noutros territórios, como de uma visão diacrónica, longitudi- nal, panorâmica, temática, descritiva, qualitativa ou crítica sobre algumas áreas, actores ou episódios particulares da sua evolução histórica. A análise reúne elementos da produção jornalística no império ultramarino português e de algumas das comunidades portuguesas emigradas ou exiladas mais relevantes, em países como o Brasil, Estados Unidos, França ou Inglaterra, onde os emigrantes criaram jornais ou outros meios de comunicação social que se tornaram instrumentos jornalísticos que favo- receram a coesão cultural e social. A produção de jornais e o consequente desenvolvimento de um discurso jornalístico de expressão portuguesa espalhou-se pelas colónias portuguesas em África, Ásia e Extremo Oriente, onde os colonos ou os seus descendentes fundaram de- zenas de jornais, alguns dos quais marcaram a história do jornalismo nesses territórios e de- sempenharam um papel sócio-político particularmente importante em diferentes períodos históricos. Por seu lado, a imprensa e o jornalismo da diáspora portuguesa tem sido ao longo da história um meio eficaz de representar, apoiar, persuadir, estimular e dar sentido à situa- ção especial dos emigrantes num ambiente deslocalizado em que a língua, o modelo político ou o modo de vida local eram, em alguns casos, alheios aos seus valores culturais. Os periódicos fundados pelos portugueses no estrangeiro oferecem um retrato fiel de si próprios, uma autoafirmação honesta na qual mostram qual era a sua realidade política, social, linguística, cultural e económica onde viviam: O que pensavam da sua condição de imigrantes, exilados ou colonos, como viam Portugal e os seus governos, como celebravam as 5 Introdução suas tradições, como se relacionavam com outras comunidades e com a cultura local domi- nante, como defendiam os seus direitos e o seu modo de vida, como projectavam o seu senti- do de pertença nacional, como observavam o que se passava à sua volta e como construíam, em suma, a sua própria realidade social e o imaginário simbólico. Os historiadores normalmente não prestam atenção ao discurso mediático das comu- nidades no estrangeiro como um objecto de estudo específico ou como uma fonte histórica. Geralmente, o que mais interessa neste tipo de meios de comunicação, na sua maioria im- pressos, é o seu valor patrimonial ou testemunhal, como parte do legado histórico de uma colectividade, sem valorizar a história singular de cada um deles e dos seus fundadores, cuja actividade profissional como comunicadores, por vezes, foi heroica. O jornalismo da diáspora anterior à Internet e as redes digitais, divulgado principalmente através da imprensa, prestou um serviço extraordinário aos emigrantes que sentiam o afasta- mento ou isolamento no seu lugar de destino como uma ruptura traumática com as suas re- ferências sociais e culturais, com a sua família e origens, numa viagem de sobrevivência cujo regresso não estava garantido. Através dos meios de comunicação na sua própria língua, os ex- patriados