VINIL É ASSIM, É SORTE”: Colecionismo, Garimpo E Obscuridade No Mundo Do Vinil
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA Felipe Viana Gomes Brandão “VINIL É ASSIM, É SORTE”: Colecionismo, garimpo e obscuridade no mundo do vinil Niterói 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA Felipe Viana Gomes Brandão “VINIL É ASSIM, É SORTE”: Colecionismo, garimpo e obscuridade no mundo do vinil Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção de grau de Mestre. Orientadora: Renata de Sá Gonçalves Niterói 2016 Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoatá B817 Brandão, Felipe Viana Gomes. “VINIL É ASSIM, É SORTE”: colecionismo, garimpo e obscuridade no mundo do vinil / Felipe Viana Gomes Brandão. – 2016. 157 f. ; il. Orientadora: Renata de Sá Gonçalves. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de Antropologia, 2016. Bibliografia: f. 143-146. 1. Vinil. 2. Colecionismo. 3. Cultura material. I. Gonçalves, Renata de Sá. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. III. Título. Banca Examinadora _______________________________________ Profa. Orientadora - Dra. Renata de Sá Gonçalves Universidade Federal Fluminense _______________________________________ Prof. Dr. Jorge de La Barre Universidade Federal Fluminense _______________________________________ Prof. Dr. Edmundo Marcelo Mendes Pereira Museu Nacional – Universidade Federal do Rio de Janeiro _______________________________________ Profa. Dra. Laura Graziela Figueiredo Fernandes Gomes (Suplente) Universidade Federal Fluminense _______________________________________ Profa. Dra. Tatiana Braga Bacal (Suplente) Universidade Federal do Rio de Janeiro Resumo Este trabalho busca compreender aspectos relacionados ao consumo contemporâneo de LP’s na indústria fonográfica brasileira. A partir da incorporação da tecnologia do Compact Disc, aponto idiossincrasias da indústria de discos nacional. A prática do “garimpo” é tomada neste trabalho como uma prática curatória, onde atenta-se para a relação entre atos colecionistas e representações sociais. Apresento o gosto pela “obscuridade” como uma política de memória, que busca se contrapor às instâncias de consagração hegemônicas. Palavras-chave: vinil; colecionismo; cultura material. Abstract This work intends to comprehend some aspects of LP’s contemporany consumption in the brazilian phonographic industry. From the assimilation of the Compact Disc technology, I appoint idiosyncrasies of the nacional disc industry. The practice of “digging” is showed in this work as a curatorial practice where I attempt to the relation between collecting acts and representations. I present the “obscurity” as memory politics, where it counters hegemonic instances of consecration. Keywords: vinyl; colecionism; material culture. Agradecimentos Esses dois anos de pós-graduação não seriam possíveis se não tivesse recebido o calor e apoio de amigos, familiares e colegas. Sem a força de vocês não conseguiria manter o foco tão necessário nesta etapa. Agradeço à professora e orientadora Renata de Sá Gonçalves que tanto incentivou minha trajetória e as intenções desta pesquisa. Já não consigo imaginar os resultados deste trabalho sem seu apoio, confiança e ensinamentos. Dedico as virtudes desta dissertação à você. E fica a promessa de empenhar-me mais. À profa. Laura Graziela que cultivou o embrião deste projeto. Muito grato à Capes, FUNDEP e Faperj que, em diferentes momentos, financiaram meus estudos. Feliz por ter tido essa oportunidade e com o desejo de que consigam dar esta chance a mais companheiros. Aos professores Edmundo Pereira e Jorge de La Barre pelas leituras e conversas atenciosas. O respeito com que me trataram foi um dos motores nos momentos mais difíceis. Torço em poder retribuir. A todos os interlocutores deste trabalho, principalmente Alexandre Lira, Murilo, Tique e Pinduca. Poder sentir um pouco da paixão que nutrem pela música e pelos músicos é revigorante. Espero poder aprender mais. Álvaro Malaguti, obrigado pelo entusiasmo e confiança. Me esforçarei para contar esta história de nossa música. Aos queridos professores do NARUA: Nilton Santos, Alessandra Barreto, Daniel Bitter, Ana Lúcia Ferraz. Orgulho de poder aprender com vocês. Agradeço aos professores Mylene Mizrahi, Tatiana Bacal, Jair Ramos e Tarcila Formiga pelos encontros em congressos e seminários. Suas leituras também estão presentes aqui. Ao Marcelo, Fernando e Fernanda por oferecerem a melhor ajuda possível nas secretarias do PPGA e do Departamento de Antropologia. À Enir e Elmo Varella pelo amor de sempre e o apoio para recomeçar. Com vocês o aprendizado diário de humor, companheirismo e perseverança. À Maria Helena pela amizade, carinho e todo o apoio. Obrigado por me lembrar da paixão pelo cinema. Aos meus primos queridos por me ensinarem a amar música, futebol, política e qualquer outra coisa. Ao “bonde” por todos os dias desnecessários que vivemos e que ainda hão de surgir. Aprendi que não há vida sem procrastinação. Aos meus colegas de pós-graduação por termos carregado este fardo juntos. Das aulas ao rapé, obrigado. Fiz lindos amigos ao lado de vocês. Ao Lúcio pelos “delírios” e apoio de sempre. A Tiago Figueiredo, irmão querido, obrigado. Agradeço por dividir tanta amizade e me apresentar o mundo rioplatense. A Eduardo José, companheiro, amigo da vida e de música. Obrigado. A Fito Viana por me ensinar que a vida é muito mais simples do que já pude imaginar. À Valentina Lorenzo por todo amor e companheirismo. “Lo mejor está por venir”, sempre. Obrigado. SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 12 1.1. Algumas abordagens sobre o garimpo ............................................................................. 15 1.2. Os capítulos ...................................................................................................................... 18 2. "A VOLTA DO VINIL" A INDÚSTRIA FONOGRÁFICA BRASILEIRA ......................... 20 2.1. As recentes alterações da indústria fonográfica no Brasil ................................................ 23 2.2. A única fábrica de vinis da América Latina: dilemas na contemporaneidade .................. 28 2.3. A volta da Polysom .......................................................................................................... 34 3. GARIMPOS E COLECIONADORES DE LPs ...................................................................... 39 3.1. Aprendendo o garimpo com Alexandre: primeiras incursões .......................................... 39 3.2. O “garimpo” como ato colecionista ................................................................................. 45 3.3. O misterioso “magnata do ônibus” ................................................................................... 47 3.4. “Livre como um táxi clandestino”: procurando Zero Freitas ........................................... 50 3.5. “Não sou um colecionador”: sobre os “atos de colecionar” ............................................. 53 3.6. O "colecionador-curador"................................................................................................. 55 3.7. O “colecionador-acumulador” .......................................................................................... 57 3.8. Efeitos do NYT ................................................................................................................ 59 3.9. “A gente não é igual a esse cara” ..................................................................................... 62 3.10. Uma categoria acusatória ............................................................................................... 65 3.11. Zero e o “colecionador-acumulador” ............................................................................. 67 3.12. O “colecionador-colecionista” ....................................................................................... 69 3.13. Colecionador de quê? ..................................................................................................... 70 4. EM BUSCA DO OBSCURO .................................................................................................. 75 4.1. “Efeito Verocai” ............................................................................................................. 75 4.2. “Conhecimento” e ficha técnica ....................................................................................... 83 4.3. Refletindo a “obscuridade” .............................................................................................. 92 4.4. Considerações sobre a “obscuridade” .............................................................................. 93 5. O CASO EMBLEMÁTICO DE ARTHUR VEROCAI .......................................................... 95 5.1. “Esta é a fabulosa história de um bumerangue” ............................................................... 95 5.2. Uma “história de vida” e suas redes ................................................................................. 99 5.3. O autodidata / estreia discográfica / Movimento Música Nossa .................................... 104 5.4. Verocai na “Era dos Festivais” ....................................................................................... 109 5.5. Carreira discográfica .....................................................................................................