FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA

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>  Construtores do Novo Mundo 8=         Expansão do Espiritismo no Pará Fundada em 21 de janeiro de 1883 8;      Fundador: AUGUSTO ELIAS DA SILVA A oração curativa – Eustáquio :8                          Tenhamos paz – Emmanuel :6      ISSN 1413-1749 Propriedade e orientação da No alvorecer de Novo Ano – Passos Lírio FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Diretor: NESTOR JOÃO MASOTTI =:  !  "   Editor: ALTIVO FERREIRA Redatores: AFFONSO BORGES GALLEGO SOARES,ANTONIO Ismael Gomes Braga – 40 anos de desencarnação – CESAR PERRI DE CARVALHO,EVANDRO NOLETO BEZERRA E LAURO DE OLIVEIRA SÃO THIAGO Affonso Soares Secretário: PAULO DE TARSO DOS REIS LYRA =?       Gerente: ILCIO BIANCHI Gerente de Produção: GILBERTO ANDRADE Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional Equipe de Diagramação: SARAÍ AYRES TORRES,AGADYR TORRES PEREIRA E CLAUDIO CARVALHO >:   " Equipe de Revisão: MÔNICA DOS SANTOS E WAGNA CARVALHO 6  " – Juvanir Borges de Souza REFORMADOR: Registro de publicação o n 121.P.209/73 (DCDP do Departamento de Polí- 7  $   &"' – Bezerra de Menezes cia Federal do Ministério da Justiça) CNPJ 33.644.857/0002-84 • I. E. 81.600.503 89 (  $  – Christiano Torchi Direção e Redação: 86  $) *$ – Maria Dolores Av. L-2 Norte • Q. 603 • Conj. F (SGAN) 70830-030 • Brasília (DF) 87 +   $ " ""  Tel.: (61) 2101-6150 FAX: (61) 3322-0523  .$  – Clara Lila Gonzalez de Araújo Home page: http://www.febnet.org.br E-mail: [email protected] ::   "   /  – Mário Frigéri Departamento Editorial e Gráfico: :;  " A  $    Rua Sousa Valente, 17 • 20941-040 – Rio de Janeiro (RJ) • Brasil Tel.: (21) 2187-8282 • FAX: (21) 2187-8298 Marta Antunes Moura E-mails: [email protected] :<       A.  "  A [email protected] "    ! @A – Haroldo Dutra Dias    ! R$ 39,00 =8 3  4– Sebastião Lasneau    ! R$ 5,00   (@ =>  "  – Lucy Dias Ramos    ! US$ 35,00 =;    5 – Mauro Paiva Fonseca Assinatura de Reformador: )!( *+  , -. #  , . E-mail:   A $$$    '   0'1 ! 21 Informamos aos nossos leitores e colaboradores que, a partir desta edição (janeiro/2009), passamos a adotar as regras do Novo Acordo Projeto gráfico da revista: JULIO MOREIRA Ortográfico, aprovado pelos países de língua portuguesa. Capa: AGADYR TORRES PEREIRA         

m 30 de abril de 1856, depois de iniciados, em meados de 1855, os seus pri-  meiros passos na análise do fenômeno mediúnico por meio da conversação com os Espíritos, o Prof. Hippolyte Léon Denizard Rivail recebeu, esponta- neamente, uma mensagem espiritual, não assinada, que falava, pela primeira vez, da sua missão: “[...] Deixará de haver religião e uma se fará necessária, mas verdadei- ra, grande, bela e digna do Criador... Seus primeiros alicerces já estão colocados...” – dizia a mensagem. E continuava com o bico da cesta apontando para o futuro Codificador: “[...] a ti, Rivail, a tua missão é aí”.1 Depois dessa mensagem, o Prof. Rivail recebeu outras duas que confirmaram a sua missão, em 7 de maio e 12 de junho do mesmo ano, dos Espíritos Hahnemann e Verdade, respectivamente. A partir daí, o mundo conheceu a Doutrina Espírita, que surgiu em 18 de abril de 1857, como resultado do trabalho dos Espíritos supe- riores com Allan Kardec; e conheceu, também, uma fase social instável no século XX, marcada por duas grandes guerras e profunda alteração no seu quadro políti- co-administrativo, ao mesmo tempo em que a Ciência e a Tecnologia vinham con- quistando um progresso nunca antes alcançado, provocando mudanças na escala de valores das pessoas e das nações. Confirmando as revelações espíritas de que estamos em uma fase de transição, na qual a Terra, gradativamente, deixa a sua condição de Mundo de Expiações e Provas para iniciar a construção de uma nova fase como Mundo de Regeneração, os Espíritos anunciam – conforme mostra a mensagem de Bezerra de Menezes, recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco no encerramento da Reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB, ocorrida em novembro de 2008 (p. 8-9) –, que os construtores do amanhã estão retornando na condição de abnegados Espíri- tos que reencarnam no Planeta para participar dessa construção, trazendo consigo e vivenciando a verdade expressa nas Leis de Deus, que Jesus revelou e exemplificou em seu Evangelho. Os nobres Espíritos superiores, que continuam a se manifestar, e os fatos que dia a dia ocorrem nesta fase de profundas mudanças, não deixam dúvida de que somos todos Espíritos imortais em constante processo de evolução moral e intelectual, evolução essa que vem se concretizando através das inúmeras reencarnações que a Providência Divina, em sua bondade, a todos proporciona.

1Allan Kardec – Obras Póstumas, Segunda parte, Primeira revelação da minha missão... – Ed. FEB.

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JUVANIR B ORGES DE SOUZA

iante do mundo atual, em viduais e coletivas, vivenciando o Como a vida se desdobra pela 3 que as ideias generosas e mal, no passado e no presente? eternidade, sempre é tempo para altruístas, de compreensão, Quais serão as linhas gerais da o arrependimento, para o esclare- de abnegação e de amor ao próxi- vida em um mundo classificado cimento, para as retificações e a mo vicejam ao lado de outras em como destinado a expiações e pro- retomada do caminho correto da que predomina o mal, resultantes vas para seus habitantes? Terá ele verdade e da vida. do egoísmo, do orgulho e da indi- sempre a mesma destinação? Conjugadas com a lei das reen- ferença pelo semelhante, gerando Tais indagações são de difíceis carnações, aquelas normas de jus- crimes, costumes aviltantes, incre- respostas para quaisquer pensa- tiça e de evolução corrigem todos dulidade e materialismos degra- dores independentes, ou seguido- os desvios das criaturas, por mais dantes, assim como as guerras e res das filosofias, ciências e religiões rebeldes que sejam. incompreensões entre povos e na- existentes neste mundo, não fosse a Compreendidas em toda a sua ções, será possível antever um fu- presença da Doutrina Consoladora. extensão, as Revelações superiores turo melhor para a Humanidade? Somente o Espiritismo, com as e suas consequências retificam Na realidade, sem as luzes da revelações trazidas pela Espiritua- muitas crenças e hipóteses culti- Nova Revelação, oferecida aos ho- lidade superior, a serviço do Go- vadas pela Humanidade durante mens pelos Espíritos superiores, vernador Espiritual deste planeta, milênios, tais como a existência de em cumprimento à promessa do tornou possível compreender que seres perpetuamente devotados ao Cristo de pedir ao Pai o envio de as leis justas e perfeitas de Deus, o mal, denominados demônios, dia- outro Consolador para permane- Criador do Universo, não permitem bos, belzebus, bem como o inferno cer entre os homens, relembrando que se eternize o mal, que é tão- de sofrimentos sem-fim, ou o céu seus ensinos e trazendo novos co- -somente uma opção temporária alcançado pelas almas boas logo nhecimentos, torna-se difícil pre- das criaturas dotadas de inteligên- após a morte do corpo. ver o que acontecerá aos habitan- cia, vontade e liberdade, as quais Os Espíritos superiores, a ser- tes da Terra nos próximos séculos respondem, consequentemente, por viço do Cristo, ajudaram tam- e milênios. sua escolha de um caminho errado. bém os homens no entendimen- Em outras palavras, prevalecerá As divinas leis de justiça e de to e na interpretação corretos de a degradação moral de grande par- progresso, entre as demais deter- diversas passagens contidas no te da população humana, com a minações do Criador, atuam auto- Velho e no Novo Testamento, indiferença pelo bem, representa- maticamente em todo o Universo, possibilitando o cultivo de uma do pelo amor a Deus e aos seme- ensejando conjugar-se o livre-ar- fé firme, associada à razão escla- lhantes, na síntese ensinada por bítrio e a vontade, tanto dos indi- recida pela realidade. Jesus, ou continuará a maioria da víduos quanto das coletividades, É a verdade que se torna evi- população terrena a viver nos des- com a responsabilidade decorren- dente na sua ação transformadora, vios escolhidos pelas opções indi- te da boa ou má escolha das ações. vencendo as dificuldades de toda

   #   3 6 ordem, criadas pelos homens, pe- Exemplo de fácil entendimento: a Recordemos que o Cristo, ao las religiões e até pelas ciências. abolição da escravatura humana, prometer enviar outro Consola- Surge então uma concepção existente desde tempos antiquíssi- dor, para ficar sempre com os ho- muito mais elevada de Deus, de mos e terminada definitivamente mens, também não se referiu à sua unicidade, sabedoria, bonda- no seu último reduto no Brasil, no época ou à data em que sua pro- de e justiça, e de uma inteligência final do século XIX. messa seria cumprida. suprema, como Criador do Uni- Sabia Ele das dificuldades e das  verso infinito. incompreensões pelas quais pas- Em um mundo ainda atrasado, Aqueles que se conscientizaram saria a Humanidade, durante mui- como o nosso, mas que já foi be- de que a evolução e o progresso tos séculos, em que os representan- neficiado pela revelação de aspec- não podem ser obstruídos em ca- tes do poder temporal – reis, prín- tos da verdade, antes desconheci- ráter definitivo, já tiveram a confir- cipes e potentados – se uniriam dos, todas as imperfeições aci- aos religiosos de um Cristia- ma referidas são transitórias, nismo adulterado para impo- devendo ser revertidas pelas rem suas ideias e interesses. próprias leis naturais, ainda ig- Nesse longo período em que, noradas pela maior parcela da à noite de mil anos, da Idade sua população. Medieval, seguiram-se mais três Mas não há dúvida de que, séculos de absolutismo e imposi- embora lentamente, sempre ções, até que a Revolução Fran- surge nos mundos atrasados cesa pusesse fim aos abusos dos uma nova consciência de que é poderosos, nenhuma ideia no- necessária a predominância do va teria êxito, desde que contra- bem sobre o mal, como decor- riasse os poderes estabelecidos. rência natural das leis divinas. Muitos idealistas, que aspi- Por isso é que vivem neles ravam a melhores dias para as criaturas inteiramente inclina- populações, terminaram suas das ao mal, ao lado de outras pregações e suas vidas nas fo- que já possuem a consciência gueiras da Inquisição ou nas de uma solidariedade capaz de prisões dos poderosos. se opor às imperfeições mais   3  4   1!   A queda da Bastilha, na Fran- comuns, aos variados crimes, aos 4    6 !  '! ça, é um símbolo do fim de um tris- monopólios e exclusivismos de   4 ! 898 te período da história humana, toda sorte, que se tornam indife- mação, pela Espiritualidade supe- quando então a promessa do Cristo rentes às carências alheias. rior, de que a Terra deixará de ser se cumpriu, com a vinda do Con- Pouco a pouco modificam-se um mundo qualificado como de solador em meados do século XIX. os fenômenos sociais do passado expiações e provas, para se trans- Podemos então perceber que por outros, nos quais pode ser ob- formar em mundo de regeneração. as transformações, úteis e neces- servado algum progresso. Mas os Instrutores não infor- sárias, não se sujeitam a datas cer- A simples comparação entre maram a data ou a previsão de tas e predeterminadas, como o fa- dois períodos históricos demons- quando ocorrerá essa transforma- zem os homens. tra os avanços alcançados e a me- ção, que será uma evolução, um Elas dependem, muitas vezes, lhoria das condições de vida das progresso considerável para os fu- da melhoria dos próprios benefi- nações, países e continentes. turos habitantes deste planeta. ciários, sem prejuízo das previ-

; 4   #    sões da Espiritualidade superior, que dispõe não só de conheci- mentos, mas também de provi- dências especiais e complementa- res para a efetivação dos desígnios do Criador e do Governador Espi- ritual do globo terrestre. Diante dessa realidade, os Espí- ritos reveladores previram a trans- formação do nosso mundo para uma melhor condição, informa- ram também que os habitantes da Terra, que persistirem nas inferio- ridades, incompatíveis com a no- va fase evolutiva, serão transferi- dos para mundos inferiores. A maior oposição às verdades contram nas religiões, retifica o Vale sempre relembrar que a da Novel Doutrina surge dos adep- que elas deturpam e combate er- presença da Doutrina Consolado- tos das religiões tradicionais e con- ros transformados em dogmas. ra, o Espiritismo, entre os homens, solidadas, e de pensadores e cien- No tocante às ciências, que se por enquanto conhecida por uma tistas que só se interessam pelas deixaram dominar, em parte, minoria da população, necessita ideias que cultivam e pelos conhe- pelo materialismo, procura ela ser divulgada em todo o mundo, cimentos que têm, não admitindo mostrar a existência do espírito, porque ela representa o conheci- nada mais que possa se contrapor como elemento do Uni- mento da verdade e da vida, o en- a eles, ou que ofereça novos escla- verso, imprescindível para o co- contro com a realidade e o estí- recimentos que os contrariem. nhecimento da realidade, da ver- mulo para o desenvolvimento dos Ora, a Doutrina Espírita, con- dade, da vida e de toda a criação sentimentos nobres e a aquisição firmando as verdades que se en- divina. dos conhecimentos úteis. Sua divulgação torna-se uma responsabilidade de todos que se beneficiam com os seus ensinos, para que ela se transforme em orientação, não de uma minoria, mas da grande maioria da Hu- manidade. Quando a Doutrina Espírita for aceita pelas massas humanas, não mais ocorrerá a oposição que as ideias novas encontram em grande parte da população. No caso do Espiritismo, ocorre o mesmo que aconteceu com as grandes descobertas que benefi- ciaram a Humanidade.

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Filhos da alma, que Jesus nos abençoe!

Espiritismo é uma nas-  cente de bênçãos que flui incessantemente, ofere- cendo a água cristalina da Ver- dade para todos os sedentos da Humanidade. Podemos considerá-lo, também, como o Sol da Nova Era aquecen- do os corações enregelados, e liber- tando as mentes angustiadas. É verdade que a dor parece zombar das gloriosas conquistas contemporâneas. Do seu crivo, ninguém na indumentária carnal Oh! dor bendita, que vergas as Nunca, entretanto, como hoje, consegue escapar. servis dos poderosos e demonstras a Misericórdia do Pai Amantíssi- Aqui é a violência, sob todos a fatuidade das conquistas terrenas! mo tem respondido às multidões os aspectos considerada, ceifando Bendigamos a oportunidade de desarvoradas as súplicas que lhe a floração de vida que não che- experimentar, nas carnes da alma, são dirigidas. gou à maturidade… a presença do sofrimento, trans- Jamais, como agora, o Amor de Ali é o sofrimento mal contido formando-se, pela resignação e Jesus enviou à Terra Embaixado- no íntimo dos corações, arran- coragem do enfrentamento, em res tão numerosos para que pos- cando da face a máscara da falsa condecorações luminosas, que nos sam apresentar-Lhe a mensagem alegria. destacarão na grande jornada em dúlcida do amor, que ficou esque- Mais distante, são os desejos ir- direção da luz imarcescível. cida na memória dos tempos... realizados, convertidos em confli- Vivemos o momento da grande Heróis anônimos da caridade, tos tormentosos, gerando desinteli- transição que deixa a impressão missionários da renúncia, cientis- gência e padecimentos profundos. de que os Ouvidos Divinos nos pe- tas e pensadores, artistas e estetas Em todo lugar, a presença do netrais do Infinito não escutam o mergulham, sem cessar, nas som- sofrimento abençoado! clamor da Terra… bras terrestres para evocar e viver

7 6   #    " a proposta do Amor como dantes senão com a presença do sofri- Permanecei devotados, esquecei nunca havia ocorrido. mento, que foi cristalizado pela as diferenças e recordai-vos da iden- É verdade, filhas e filhos da al- nossa intemperança, resultante do tidade dos conceitos, deixando à ma, que as aflições permanecem, nosso processo evolutivo no pas- margem os espículos, os desvios de também através do sítio estabe- sado, quando ainda nas vascas da opinião, para, unidos, pensarmos lecido por mentes desencarnadas, ignorância do ontem. juntos, na construção do amor por que buscam cercear-vos o passo, …Mas, o Deotropismo arrasta- definitivo em nosso amado planeta. vitimadas pela revolta, tentando -nos e a Voz do Cristo, convocan- Vossos guias espirituais assistem- obstaculizar a marcha do progres- do as Suas ovelhas ao rebanho, -vos e Ismael, em nome de Jesus, so moral. fascina-nos. guia-vos. Afirmais, muitas vezes, que sen- Não temamos nossos irmãos en- Sigamos, pois, Espíritos-espíri- tis os aguilhões, as flechas dispa- louquecidos. São filhos de Deus, tas e espíritas-Espíritos, dos dois radas pelos arqueiros das Trevas, credores da nossa compaixão e da planos da Vida, de mãos dadas, en- dilacerando-vos a intimidade dos nossa misericórdia. Hostilizan- toando o nosso hino de alegria por sentimentos. do-nos, necessitam de nós e, por gratidão a Jesus pela honra de ha- Reportai-vos continuamente a nossa vez, deles necessitamos. Es- vermos sido chamados, à ultima ho- esse cerco feroz que parece triunfan- tendamos-lhes os braços afetuosos, ra, para trabalhar na Sua Vinha… do em alguns arraiais da sociedade. ofertemos-lhes a oração de frater- Alegrai-vos, filhas e filhos da al- Não vos esqueçais, porém, do nidade e juntos busquemos Jesus. ma, bendizendo a honra de servir! Amor do Pai Celestial, generoso, e Alcançais, a pouco e pouco, no- Que o Senhor de bênçãos vos da Misericórdia de Jesus que vos vos patamares da evolução, em- abençoe hoje e sempre! não esquecem e, a cada momento, bora o Movimento Espírita apre- São os votos carinhosos do ami- o silêncio da sepultura arrebenta- sente as dificuldades compreensí- go paternal e humílimo de sempre, -se, trazendo-vos de volta os Men- veis defluentes da vulgarização da sageiros da Verdade, os novos cons- mensagem, diminuindo em quali- Bezerra trutores do amanhã para susten- dade o que ganha em quantidade. tar-vos na luta. As diretrizes aqui exaradas, as *:2 4'4 41  !  , É natural, meus filhos e minhas decisões aqui estabelecidas nestes   <!  =   > 4  4 , filhas, que tal ocorra. dias e a vossa dedicação consti-      ?    !A Não se pode edificar, num pla- tuem o selo de garantia no trabalho >   4!  > 6     neta de provas e expiações, transi- enquanto estiverdes submetidos à 1      6 ! <>+ , tando para o grau de regeneração, inspiração do Mestre galileu.         !

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CHRISTIANO TORCHI

percepção que nós, encar- Entretanto, há outros canais gunta é: Que tipo de testemunhas nados e desencarnados, que favorecem a eclosão das nos- nos acompanha? temos do mundo, do que sas potencialidades, por meio dos Estamos sendo constantemen- ocorre à nossa volta, é propor- quais estamos em permanente te observados e influenciados, cional à elevação do Espírito. À contato com o mundo espiritual, onde quer que estejamos, no medida que vamos despertan- ainda que inconscientemente: são corpo ou fora dele. Temos tes- do novos patamares de cons- os nossos pensamentos, a intui- temunhas encarnadas, que são ciência, por força do trabalho, da ção, que alguns chamam de “sex- nossos familiares, os vizinhos, os experiência e do progresso mo- to sentido”.Para isso, não é preci- colegas de trabalho, os amigos ral-intelectual, numa palavra, so que sejamos médiuns ostensi- da roda social, em todos os se- por força do merecimento, nos- vos, que dispõem das faculdades tores da vida de relação. Tudo sa percepção da realidade vai se de clariaudiência e clarividência, aquilo que sentimos, pensamos ampliando. por exemplo. e fazemos igualmente pode in- Há tantas coisas acontecendo Os Espíritos desencarnados, terferir, de alguma forma, na vi- ao nosso redor que, se fosse pos- livres da indumentária física, são da de outras pessoas. Bem disse sível assimilar todas, ao mesmo bem mais sensíveis aos nossos o filósofo anônimo, em poética tempo ou de uma só vez, enlou- apelos mentais, razão pela qual hipérbole: “Um simples pensa- queceríamos. Por isso, nosso fo- os atraímos com muita facilida- mento é capaz de afetar uma es- co de atenção é geralmente dire- de, pois somos todos quais “an- trela!”. Daí, urge que zelemos cionado, de forma instintiva, às tenas psíquicas”, que tanto rece- sempre por uma conduta digna, nossas necessidades e interesses bemos como emitimos ondas para que os observadores tenham imediatos. mentais, vibrações, em autêntico em nós um exemplo positivo em Enquanto encarnados, habita- processo de sintonia – a base do que se espelhar. mos um corpo denso que obscu- fenômeno mediúnico. Se, por um lado, durante a vi- rece as percepções que temos do O apóstolo Paulo nos fala, gília, temos como nos furtar às mundo que nos cerca. Captamos em Hebreus (12:1), sobre a “nu- testemunhas encarnadas, reco- a realidade por meio dos limita- vem de testemunhas”, referin- lhendo-nos em lugares privados, díssimos sentidos físicos: visão, do-se aos Espíritos que nos não temos, por outro, como fugir audição, tato, paladar e olfato, observam e que nos alcançam às testemunhas desencarnadas. que poderíamos designar por onde estivermos, porque para eles A qualidade de nossos pensa- “janelas da alma”. não há barreiras físicas. A per- mentos e de nossas ações é deter-

89 8   #    minante para se aferir a catego- são uma das forças da Natureza e Este conceito de Paulo de Tar- ria de Espíritos que nos esprei- agem conforme essas leis. A in- so merece considerações espe- tam. É como se eles “ouvissem” terferência exercida por eles em ciais, por parte dos aprendizes nossos “acordes” mentais. nossos pensamentos e atos, tanto do Evangelho. Entre tantos outros, no livro para o bem quanto para o mal Cada existência humana é sem- Sexo e Destino, de autoria do Es- (dependendo da natureza moral pre valioso dia de luta – ge- pírito André Luiz, psicografado da Entidade influenciante) é tão neroso degrau para a ascensão pelos médiuns Francisco Cândi- grande que, a este respeito, foi infinita – e, em qualquer posi- do Xavier e Waldo Vieira, encon- dito a Kardec, em O Livro dos Es- tramos diversos exemplos que píritos, na questão 459: “[...] In- ilustram a influência recíproca fluem [os Espíritos] a tal ponto, entre encarnados e desencarna- que, de ordinário, são eles que dos. Particularmente, chamamos vos dirigem”. a atenção para o capítulo 6, pri- O Benfeitor Emmanuel, em meira parte, em que o autor espi- belíssima página, intitulada “As ritual descreve a presença de dois testemunhas”, desenvolve, com desencarnados de baixa categoria precisão, o assunto: moral, que montavam guarda no apartamento de Cláudio (encar- nado), em preparativos de ações infelizes. Um deles, desejoso de fruir, irresponsavelmente, os pra- zeres da bebida alcoólica, induz o chefe de família, que lia um jor- nal em confortável poltrona, a tomar um gole de uísque, gesto repetido por influência do outro comparsa de aventuras.1 Sendo a Terra um dos minús- culos orbes de nossa galáxia, ain- da nas faixas evolutivas menos avançadas, sobretudo no aspecto moral, não é de se estranhar a preponderância de más compa- nhias espirituais. Entretanto, depende de nós modificar esta realidade, alteran- do nosso modo de sentir, pensar e proceder, pela reconstrução gradual de nossos hábitos. Em realidade, a influência mental entre os encarnados e os desencarnados é um fato corri- queiro e incessante. Os Espíritos

   #   9 88 outro tipo de testemunhas, aque- las que tutelam nossa jornada ter- rena, nossos guias ou proteto- res que nos estimulam para o bem, enquanto aguardam, pacien- tes, por nossa melhoria, por nos- sa redenção espiritual. Quando nos dispomos, efeti- vamente, a melhorar e a viver con- forme as leis divinas, esforçan- do-nos por entender e vivenciar as lições de Jesus, as boas teste- munhas redobram a vigilância, auxiliando-nos a evitar os equí- vocos, as quedas, e protegendo- -nos dos males da ignorância, o que fortalece em nós a vontade e a fé em Deus. ção que permaneça, a criatura gos interferiram nos serviços de Concluímos, pois, que nossos estará cercada por enorme le- auxílio, contribuindo na orga- guardiões estão sempre dispos- gião de testemunhas. Não nos nização de particularidades da tos a nos auxiliar, nos lances da reportamos tão-somente àque- luta redentora... Esses irmãos e vida, mas não nos iludamos: eles las que constituem parte in- educadores passam a ser teste- não farão por nós o que pode- tegrante do quadro doméstico, munhas permanentes do tute- mos e devemos fazer por nossas mas, acima de tudo, aos ami- lado, enquanto perdura a nova próprias forças: “Ajuda-te a ti gos e benfeitores de cada ho- tarefa, e lhe falam sem palavras, mesmo, que o céu te ajudará”.3 mem, que o observam nos di- nos refolhos da consciência. Fi- Por fim, não nos esqueçamos ferentes ângulos da vida, dos lhos e pais, esposos e esposas, que a maior testemunha de nos- altiplanos da espiritualidade irmãos e parentes consanguí- sos pensamentos e atos é a pró- superior. neos do mundo são protagonis- pria consciência, a lei divina ins- Em toda parte da Terra, o dis- tas do drama evolutivo. Os ob- culpida em nós. cípulo respira rodeado de gran- servadores, em geral, permane- de nuvem de testemunhas es- cem no outro lado da vida.      pirituais, que lhe relacionam os Faze, pois, o bem possível aos 18C9  > 44 D C9 9 E!  passos e anotam as atitudes, teus associados de luta, no dia &  =!     F G porque ninguém alcança a ex- de hoje, e não te esqueças dos #   a       ( periência terrestre, a esmo, que te acompanham, em espí- > 6   =     4  - *  , sem razões sólidas com bases rito, cheios de preocupação e   4  !+ no amor ou na justiça. amor.2 28C9  > 44    =! Antes da reencarnação, Espíri-     !      , tos generosos endossaram as Nesta mensagem psicográfica, ( > 6    - súplicas da alma arrependida, reportada pelo Benfeitor espiri- 3H<  !!    juízes funcionaram nos proces- tual do médium, o apóstolo nos           ( > 6 sos que lhe dizem respeito, ami- fala, com particular afeição, de    88C  

8: 10   #        NAJDA MARIA DE O. SANTOS

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  Como está se desen- ção de um novo CRE. A Diretoria tismo possui 35% das instituições volvendo o Movimento Espírita no Executiva é o órgão executor das na Capital, e 65% no Interior. A Estado do Pará? decisões do CONFE, com o apoio UEP empreende grande esforço  São duzentas instituições de nove órgãos a ele ligados e en- para a expansão da presença espí- espíritas espalhadas em todo o Es- carregados das áreas: Infância/Ju- rita nas regiões da Capital e do In- tado. O Trabalho de Unificação se ventude; ESDE; Atendimento Es- terior ainda não contempladas. encontra em franco desenvolvi- piritual; Atividades Mediúnicas; mento, apesar das dificuldades SAPSE; Comunicação Social Es- inerentes à imensa extensão terri- pírita; Educação Espírita; Or- torial do Pará. A precariedade da ganização; Jurídico e Finan- infraestrutura de transporte agra- ceiro. Essas equipes princi- va essa problemática, principal- pais são compostas por 120 mente no período das chuvas, com trabalhadores diretos, to- ciclo de aproximadamente seis me- dos em regime de volun- ses. A geografia espírita paraense tariado. A União Espírita divide o Estado em 18 polos, co- Paraense (UEP) possui nove nhecidos sob o nome Conselho funcionários para o desem- Regional Espírita (CRE), órgãos penho de atividades da difu- executores do Conselho Federati- são do livro, burocráticas e de vo Estadual (CONFE), ao qual es- manutenção e conservação. tão vinculados, de onde emanam as diretrizes da Unificação do   O Espiritismo se espa- Movimento Espírita para o Esta- lha por todas as regiões do Estado? do, e mais sete polos menores,  O Estado possui 143 mu- denominados CREs-Embriões, que, nicípios e o Movimento Espírita como o próprio nome diz, se cons- se aproxima da marca de 50% tituem no exercício para a forma- de presença neles. O Espiri-

   #   11 8=   E para atender a lo- -sede para os municípios juris-   E o andamento da im- cais distantes e de difícil acesso? dicionados, muitos somente são plantação do “Plano de Trabalho pa-  É um excelente desafio alcançados de barco tipo “gaio- ra o Movimento Espírita Brasileiro”? para “espíritos bandeirantes” e la”, navegando-se entre seis e  O Plano foi divulgado em desprovidos de exigências de con- doze horas, preferencialmente à todo o Estado e vem sendo imple- forto. Na Capital, o trabalho ten- noite, para aproveitamento do mentado na medida do possível. de a ser mais fácil, porque a geo- tempo, “dormindo-se” em redes, A difusão através do estudo é um grafia espírita fez uma circuns- dividindo-se, coletivamente, os foco bastante forte, quando se crição por centros espíritas lo- armadores entre todos os viajan- priorizam as obras básicas, ga- calizados em bairros-limite en- tes. Partindo-se para o sul do Pa- rantindo, com isso, a unidade dos tre si. No Interior, a circunscri- rá, de Belém até as cidades-sede, princípios doutrinários. A divul- ção é por municípios. No lado as estradas são melhores, alcan- gação pelo livro se faz ampla e ve- da Região Bragantina, o acesso é çando-se a primeira delas após loz. A diretriz sobre difusão do facilitado por conta das diversas nove horas de ônibus, e daí, den- livro espírita tem sido a princi- estradas asfaltadas e da BR-316, tro da região, para se fazer reu- pal implantada. Este ano, a UEP já que liga Belém a Brasília. Para a niões e eventos, consome-se de realizou quatro Feiras do Livro região central, de Belém até o mu- uma a sete horas, conforme o Espírita de médio e grande porte, nicípio de Altamira, por exemplo, meio de transporte e a cidade sendo duas fora da Capital, com vai-se de avião, com passagens ca- anfitriã escolhidos. duração de três e nove dias; outra, ras, ou pela estrada – via Rodovia como novidade, no Mosqueiro, Transamazônica –, gastando-se,   Quais são os princi- distrito praieiro; e a última, em de ônibus, um dia e meio apro- pais projetos em andamento, sob a setembro, em Belém, na Feira ximadamente, quando a rodovia coordenação da UEP? Pan-Amazônica, considerada a está trafegável. Há ainda a opção  Temos diversos projetos: quarta maior do País. Em dezem- fluvial: pode-se pegar um barco, Interiorização do ESDE, em ple- bro, a tradicional Feira do Livro com quatro dias de viagem. Des- no andamento; Projeto de Ex- Espírita, na melhor e maior praça sa sede aos municípios jurisdi- pansão à Doutrina Espírita,em da cidade, já em sua XIX edição. cionados, as estradas são de pi- municípios onde ainda não exis- Paralelamente, sob responsabili- çarra, com muita poeira no pe- te Grupo ou Casa, e pretende- dade dos centros espíritas, a Dis- ríodo seco. O Núcleo de Castelo mos estar presentes em 86 muni- tribuidora da UEP forneceu livros dos Sonhos dista 900km da sede cípios até 2010; Divulgação da Dou- para sete feiras na Capital, e mais do município de Altamira, e é trina Espírita através do Livro, quatorze feiras, em municípios alcançado através de estrada ín- incentivando a realização de Fei- fora de Belém. Quanto à multipli- greme; precisa-se, no mínimo, ras grandes e pequenas, de três e cação dos centros espíritas, este de três dias para se fazer um re- de nove dias, aproveitando-se os ano a meta era organizar seis nú- lativo trabalho. No período das eventos sociais das cidades; Pro- cleos em municípios onde ainda chuvas as estradas ficam intran- jeto de Capacitação das Lideran- não havia núcleo espírita. Essa sitáveis, escorregadias e perigo- ças, com vistas ao melhor forta- meta já foi alcançada nas cidades sas; a comunicação é por telefo- lecimento dos trabalhadores, e à de Capitão Poço, Orilândia do ne e Internet, se houver esse re- qualificação do atendimento do Norte, Belterra, Monte Alegre, Ju- curso tecnológico na cidade. Para público em geral; Projeto Cam- ruti e Oriximiná. Providências es- o oeste, chega-se de avião à ci- panha em Favor da Família, Vida tão sendo tomadas para organizar dade-sede Santarém, ou de bar- e Paz, com caminhada em de- mais seis, a saber: Goianésia, São co, em três dias. Dessa cidade- zembro. João da Ponta, Mocajuba, Canaã

8> 12   #    #    dos Carajás, Ipixuna do Pará e da mídia escrita, radiofônica, te- retroalimentação de forças, co- Ulianópolis. levisiva, Internet, bem como por nhecimentos, de amizade sincera, meio da divulgação visual (outdoor, e compartilhamento do aprendi-   Mensagem ao leitor banner, cartaz etc.). Os obstácu- zado. Temos encontrado em nossas de Reformador. los têm sido superados na pro- andanças significativas referências  A carência de trabalhado- porção da consciência do com- à revista Reformador, da Federa- res para a Difusão e Unificação promisso assumido com Jesus. O ção Espírita Brasileira, com ines- do Movimento Espírita nos rin- que mais encanta o trabalhador timáveis serviços prestados à cau- cões da Amazônia não tem im- da Unificação, no exercício da sa da Unificação em nosso Estado. pedido que a mensagem do Con- Causa, é o calor humano, a satis- O meu sentimento é de imensa solador seja disponibilizada a to- fação dos reencontros e de en- alegria e honra em participar, dos os paraenses, pois, além dos contros com novos companhei- como Espírito encarnado no encontros, palestras, viagens de ros, o aperto dos laços afetivos e Norte do País, da falange de Is- trabalho, feiras, são utilizados os do ideal; é o prazer de passar jun- mael, balizada por Jesus, Kardec veículos de comunicação através tos horas, dias, num processo de e Bezerra de Menezes.      

(Lendo o Irmão X)

Escuta, alma querida!... Seja onde for, se alguém te suplicia, Se alguém te apedrejou o coração, Sob golpes brutais, Não plantes ódio na alma contundida, Não reclames, não percas a alegria, Nem pranteies em vão... Nem te azedes jamais! Sustenta, no caminho da esperança, Acende a fé no peito sofredor O perdão por dever, E procura esquecer. Não te dês à vingança... Infeliz de quem ri na capa de agressor!... Esse alguém vai viver. Esse alguém vai viver.

Dá sublimado amor que o mundo não descreve, Escuta, alma querida!... E, se alguém te despreza com mentiras, Quem ofende ou se põe a revidar Não repliques, de leve, Atira fogo e lama à própria vida, Nem lamentos profiras; Compra fel e pesar. Segue à frente, na paz em que te escondas, Cultiva a compaixão serena e boa, Abraçando a humildade por prazer. Envolve todo o mal em bem-querer. Por maior seja o insulto, não respondas... Ai daquele que fere ou que atraiçoa!... Esse alguém vai viver. Esse alguém vai viver.

Maria Dolores

>( 8C9  > 44              ( > 6    

   #   13 86           4 

Meus amigos. Disse o Senhor: – “Brilhe vossa luz” – e, atualmente, a Que a paz do Cristo permaneça em nossos corações, experimentação positiva revela que o próprio corpo conduzindo-nos para a luz. humano é um gerador de forças dinâmicas, constituído assim como um feixe de energias radiantes, em que a ui padre católico romano, naturalmente limitado consciência fragmentária da criatura evolui ao impacto às concepções do meu ambiente, mas não tanto dos mais diversos raios, a fim de entesourar a Luz Divina que não pudesse compreender todos os homens e crescer para a Consciência Cósmica. como tutelados de Nosso Senhor. Vibra a luz em todos os lugares e, por ela, estamos A morte do corpo veio dilatar os horizontes de meu informados de que o Universo é percorrido pelo fluxo entendimento e agora vejo com mais clareza a necessidade divino do Amor Infinito, em frequência muitíssimo do esforço conjunto de todas as nossas escolas de interpre- elevada, através de ondas ultracurtas que podem ser tação do Evangelho, para que nos confraternizemos com transmitidas de espírito a espírito, mais facilmente assi- fervor e sinceridade, à frente do Eterno Amigo. miláveis por intermédio da oração. Com esse novo discernimento, visito-vos o núcleo Cada aprendiz do Evangelho necessita, assim, afei- de ação cristianizante [Grupo Meimei], tomando por çoar-se ao culto da prece, no próprio mundo íntimo, tema a oração como poder curativo e definindo a nossa valorizando a oportunidade que lhe é concedida para a fé como dom providencial. comunhão com o Infinito Poder. O mundo permanece coberto de males de toda a sorte. Para isso, contudo, é indispensável que a mente e o Há epidemias de ódio, desequilíbrio, perversidade e coração da criatura estejam em sintonia com o amor ignorância, como em outro tempo conhecíamos a in- que domina todos os ângulos da vida, porque a lei do festação de peste bubônica e febre amarela. amor é tão matemática como a lei da gravitação. Em toda parte, vemos enfermidades, aflições, des- Mentalizemos a eletricidade, por exemplo, na rede contentamentos, desarmonias... iluminativa. Caso apareça qualquer hiato na corrente, Tudo é doença do corpo e da alma. ninguém se lembrará de acusar a usina, como se o fluxo Tudo é ausência do Espírito do Senhor. elétrico deixasse de existir. Certificar-nos-emos sem Não ignoramos, porém, que todos temos a prece à dificuldade de que há um defeito na lâmpada ou na nossa disposição como força de recuperação e de cura. tomada de força. É necessário orientar as nossas atividades, no sentido Derrama-se o amor de Nosso Senhor Jesus Cristo de adaptar-nos à Lei do Bem, acalmando nossos senti- para todos os corações, no entanto, é imprescindível mentos e sossegando nossos impulsos, para, em seguida, que a lâmpada de nossa alma se mostre em condições elevar o pensamento ao manancial de todas as bênçãos, de receber-lhe o Toque Sublime. colocando a nossa vida em ligação com a Divina Vontade. Os materiais que constituem a lâmpada são apetrechos Sabemos hoje que outras vibrações escapam à ciên- de exteriorização da luz, mas a eletricidade é invisível. cia terrestre, além do ultravioleta e aquém do infraver- Assim também, nós vemos o Amor de Deus em nos- melho. sas vidas, por intermédio do Grande Mediador, Jesus À medida que se desenvolve nos domínios da inte- Cristo, em forma de alegria, paz, saúde, concórdia, pro- ligência, compreende o homem com mais força que gresso e ; entretanto, acima de todas essas toda matéria é condensação de energia. manifestações, abordáveis ao nosso exame, permanece

8; 14   #    o invisível manancial do Ilimitado Amor e da Ilimitada Se nos sentimos fracos, peçamos o concurso de um Sabedoria. companheiro, de dois companheiros ou mais irmãos, Usando imagens mais simples, recordemos o serviço porque as forças reunidas multiplicam as forças e, dessa da água no abrigo doméstico. forma, teremos maiores possibilidades para a eclosão Logicamente, as fontes são alimentadas por vivas reser- do Amparo Divino que está simplesmente esperando vas da Natureza, mas, para que a água atinja os recessos do que a nossa capacidade de transmissão e de sintonia se lar, não prescindiremos da instalação adequada. amplie e se eleve, em nosso próprio favor. A canalização deve estar bem disposta e bem limpa. Mentalizemos o órgão enfermo, a pessoa necessitada Em vista disso, é necessário que todas as atitudes em ou a situação difícil, à maneira de campos em que o desacordo com a Lei do Amor sejam extirpadas de Divino Amor se manifestará, oferecendo-lhes nosso co- nossa existência, para que o Inesgotável Poder penetre ração e nossas mãos, por veículos de socorro, e veremos através de nossos humildes recursos. fluir, por nós, os mananciais da Vida Eterna, porque o O canal de nossa mente e de nosso coração deve estar Pai Todo-Compassivo e Jesus Nosso Senhor nunca se desimpedido de todos os raciocínios e sentimentos que empobrecem de bondade. não se harmonizem com os padrões de Nosso Senhor. A indigência é sempre nossa. Alcançada essa fase preparatória, é possível utilizar a Muitos dizem “não posso ajudar porque não sou oração por medida de reajuste para nós e para os outros, bom”, mas, se já fôssemos senhores da virtude, estaría- incluindo quantos se encontram perto ou longe de nós. mos noutras condições e noutras esferas. Ninguém pode calcular no mundo o valor de uma Consola-nos saber que somos discípulos do bem e, prece nascida do coração humilde e sincero diante do nessa posição, devemos exercitá-lo. Todo-Misericordioso. Movimentemos a boa vontade. Certamente as tinturas e os sais, as vitaminas e a Não temos ainda as árvores da generosidade e da radioatividade são elementos que a Providência Divina compreensão, da fé irrepreensível e da perfeita carida- colocou a serviço dos homens na Terra. de, mas possuímos as sementes que lhes correspondem. É também compreensível que o médico seja indis- E toda semente bem plantada recolhe do Alto a graça pensável, muitas vezes, à cabeceira dos doentes, porque, do crescimento. em muitas situações, assim como o professor precisa do Assim, pois, para que tenhamos assegurado o êxito discípulo e o discípulo do professor, o enfermo precisa da nossa plantação de qualidades superiores, é preciso do médico, tanto quanto o médico necessita do enfer- nos disponhamos a fazer da própria vida um canal de mo, na permuta de experiência. manifestação do Constante Auxílio. Isso, porém, não nos impede usar os recursos de que ...... dispomos em nós mesmos. E estejamos convictos de Trabalhemos, portanto, estendendo a oração curativa. que, ligando o fio de nossa fé à usina do Infinito Bem, A vossa assembleia de socorro aos irmãos conturbados as fontes vivas do Amor Eterno derramar-se-ão através na sombra é uma exaltação da prece desse teor, porque tra- de nós, espalhando saúde e alegria. zeis ao vosso círculo de serviço aquilo que guardais de me- Assim como há lâmpadas para voltagens diversas, lhor e contais simplesmente com o Divino Poder, já que cada criatura tem a sua capacidade própria nas tarefas nós, de nós mesmos, nada detemos ainda de bom senão a do auxílio. Há quem receba mais, ou menos força. migalha de nossa confiança e de nossa boa vontade. Desse modo, conduzamos nossa boa vontade aos Em nome do Evangelho, sirvamos e ajudemos. companheiros que sofrem, suplicando a Infinita Bon- E que Nosso Senhor Jesus Cristo nos assista e abençoe. dade em favor de nós mesmos. Pelo Espírito $ *$ É indispensável compreender que a oração opera uma verdadeira transfusão de plasma espiritual, no >( 8C9  > 44           a levantamento de nossas energias.       ( > 6     #-

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CLARA LILA GONZALEZ DE ARAÚJO

ssa passagem, registrada por para destacar ensinamentos valio- des humanas, porque estabelece a  João, o Evangelista, ao iniciar sos ao compará-los, distintamen- solidariedade fraterna e se observa Jesus sua pregação na Gali- te, em qualidade e importância. entre todos os povos, se bem que léia, tem significativa importância A propósito do gesto de Jesus, em condições diversas. A abolição para os tempos atuais, conferin- são significativas as palavras do do casamento seria, pois, regredir do-nos lições expressivas sobre o mordomo:2 à infância da Humanidade [...]”.3 casamento e seus benefícios para A união entre dois seres se converte, o processo evolutivo da Terra. [...] Todo homem serve primeiro o pois, em esperanças para que valores Não nos referimos tão-somente bom vinho; só depois que os con- morais sejam amealhados, na cons- a uma das análises registradas em A vidados têm bebido bastante, lhes tituição de uma nova família, ten- Gênese, ao explicar que o fato ocor- apresenta o inferior; tu, ao contrá- do como diretriz principal o amor rido de transformação da água em rio, conservaste guardado até agora incondicional entre as criaturas. vinho poderia ter se dado por uma o vinho bom. (João, 2:10.) Conservarmos o vinho bom, ação fluídica poderosa, mas Jesus, guardado até agora, significa saber que é de natureza extremamente É interessante frisar que apenas demonstrar comportamentos cris- elevada, não se ateria “[...] a efeitos no Evangelho de João são destaca- tãos diante das situações que a puramente materiais, próprios ape- dos esses ensinamentos, tornando- relação conjugal nos permite vi- nas para aguçar a curiosidade da -se mais singular a reflexão que pos- venciar, providas de experiências multidão [...]” 1 que lá estava. Repor- samos fazer sobre o presente tema. ricas e salutares ao progresso mo- tamo-nos, particularmente, ao seu O costume do casamento não es- ral de cada um de nós. Maria, a sentido alegórico, em forma de pa- tá fadado a desaparecer como pen- meiga mãe do Nazareno, da mes- rábola, preferindo interpretá-la de sam muitas pessoas, atualmente! ma forma, soube indicar-nos, na acordo com a orientação de Allan Em nota de Kardec à questão 696, citada lição evangélica, o caminho Kardec, ao levantar a hipótese de de O Livro dos Espíritos, “[...] o ca- que deveríamos seguir, tornando- que, durante a festa, Jesus utilizou samento constitui um dos primei- -nos sensíveis às orientações do o vinho e a água como metáforas ros atos de progresso nas socieda- Mestre: “Fazei tudo o que Ele vos

87 16   #    disser”.(João, 2:5.) Eis por que, em meio às alegrias da comemoração, se destacam, nessa passagem de João, os benefícios que advêm do evento de núpcias ocorrido em Caná, demonstrando aos seguido- res de Jesus o valor inestimável, de milenar historicidade, da cerimô- nia do casamento entre dois seres. Infelizmente, porém, a levian- dade de interesses que presidem, na atualidade, esses momentos de concretude especial para os Espíri- tos reencarnados, tem frustrado os As provas, nesse caso, são “transferi- mite sofrer por longo tempo as resultados de melhoria espiritual das” para mais tarde, pois, no relato provas que escolhemos, quando da para aqueles que aceitam viver em do autor espiritual André Luiz, ten- nossa vinda para cá. Estamos ao regime de comunhão de almas, na do como orientação as palavras do lado das pessoas e das situações de trajetória terrena que empreen- assistente Silas,“[...] o homem ou a que necessitamos para o nosso in- dem. Em consequência, muitos ca- mulher, desse modo, podem provo- dispensável aprendizado e, confor- samentos modernos têm curta du- car o divórcio e obtê-lo, como sendo me Emmanuel, “pelo reencontro ração, tornando-se uniões episódi- o menor dos piores males que lhes de almas, que se endividaram entre cas, sem nenhuma responsabilida- possam acontecer... Ainda assim, si, casamento é, sobretudo, ensejo de em atender aos compromissos não se liberam da dívida em que se de reabilitação e progresso”.7 assumidos nas vidas pretéritas, de acham incursos, cabendo-lhes vol- A priori, ninguém nos obriga a acordo com a lei de causa e efeito, tar ao pagamento respectivo, tão lo- casar ou a ser pai e mãe. Da mes- que todos precisam cumprir, reabi- go seja oportuno”.5 Entretanto, aler- ma forma que entramos no casa- litando-se moralmente. ta-nos o preclaro mentor: mento por livre e espontânea von- Alguns de nós, espíritas, possuem tade, temos toda liberdade para posições antagônicas sobre essa ques- [...] a reencarnação no resgate é sair. Todavia, é de espantar como tão e, em consequência, não conse- também recapitulação perfeita. Se muitos de nós lidam com seus pa- guimos analisá-la com equilíbrio e não trabalhamos por nossa inten- péis de cônjuges de maneira indi- sentimento fraterno em que predo- sa e radical renovação para o bem, ferente e descuidada, pois, geral- minem, essencialmente, princípios através do estudo edificante que mente, não nos colocamos à dis- de afinidade sincera e de ideais su- nos educa o cérebro e do amor posição para viver algo de gran- periores. É como se interpretásse- ao próximo que nos aperfeiçoa o dioso, único, e de notável impor- mos a Doutrina dos Espíritos sem o sentimento, somos tentados hoje tância para o nosso progresso es- imprescindível cuidado; utilizamos pelas nossas fraquezas, como éra- piritual. Por enquanto, ainda nos argumentos equivocados quanto às mos tentados ainda ontem, por- comprazemos no egoísmo e na soluções que devemos encontrar quanto nada fizemos pelas supri- ilusão, na necessidade de prazer e para a superação dos problemas mir, passando habitualmente a na fantasia sistemática, cultivando conjugais que enfrentamos, afastan- reincidir nas mesmas faltas. [...]6 desejos que se alteram todos os do-nos dos seres que elegemos para dias, não nos preparando adequa- cônjuges, como se tivéssemos nos A transitoriedade do estágio que damente para aceitar os conflitos e consorciado “com a pessoa errada”.4 planejamos na Terra não nos per- inquietações que surgem, natural-

   #   17 8< mente, de nossa convivência mú- sentido de grandeza e respeitabili- ...... tua entre os familiares. dade.”9 Para maior compreensão e [...] O Pai não impõe a reforma Qualquer que seja o ângulo a entendimento do que isso possa re- a seus filhos: esclarece-os, no examinar, sexo e casamento rela- presentar, enuncia o Codificador: momento oportuno.[...] cionam-se, sendo impossível disso- ...... ciá-los. Os benfeitores espirituais [...]na união dos sexos, a par da [...] Volta ao lar e ama o teu com- chamam a atenção para o uso res- lei material, comum a todos os panheiro como o material divino peitável dos patrimônios da vida, seres vivos, há outra lei divina, que o Céu colocou em tuas mãos constituindo-se, para nós, um pro- imutável como todas as leis de para que talhes uma obra de vi- grama de elevação moral, no de- Deus, exclusivamente moral: a lei da, sabedoria e amor!...12 senvolvimento das permutas afeti- de amor. Quis Deus que os seres vas, para que se evitem excessos de se unissem não só pelos laços da      toda ordem no campo, apenas, dos carne, mas também pelos da al- 1H<  !!       a impulsos biológicos, que estimu- ma, a fim de que a afeição mútua       ( > 6   lam manifestações de natureza me- dos esposos se lhes transmitisse   8C  . ramente sexual. Mesmo reconhe- aos filhos e que fossem dois, e não 2    # - cendo que nos achamos ainda lon- um somente, a amá-los, a cuidar 3 RRRRRR        ge de adquirir o verdadeiro amor, deles e a fazê-los progredir. [...].10   ( > 6      puro e sublime, nas palavras do Es- 3   -- pírito Maia de Lacerda “semelhan- Os efeitos da lei de amor [na 4F9: 9!  F4  C2   4 te consideração é inevitável no exa- orientação dos Espíritos superio- 4     D  ( " me de todas as questões sexuais, à res] são o melhoramento moral G1     #*#+,.*#+ luz do Espiritismo, para que não da raça humana e a felicidade du- 58C9  > 44         venhamos favorecer devassidão ou rante a vida terrestre [...] resul- =!     F G     a    licença em nome de uma Doutrina tantes da prática deste preceito:    ( > 6     .  .  instalada na Terra para restaurar a Não façais aos outros o que não 6#    dignidade humana, conforme os quiserdes que vos façam; fazei- 7= FC :    $% preceitos de Jesus Cristo”.8 -lhes, ao contrário, todo o bem que         ( > 6  Como reconhecer, porém, que a vos esteja ao alcance fazer-lhes.11      maioria das uniões matrimoniais 8C9 9 E!  C= 1!  ID , enseja provações regenerativas, frus- A exemplo de Joana de Cusa,   :  F4   ( &   trando nossos anseios de felicidade por sofrer dificuldades para acei-  <            duradoura? Admitir as influências tar seu esposo que não lhe com-    ( > 6     sonhadoras da afetividade terrestre, preendia a alma sensível, escute- 9= FC :       no período dos primeiros anos da mos Jesus; disse-lhe Ele: $        ( > 6 experiência física, em nossa moci-      # dade, consagrando-nos, na madure- [...] Teu esposo não te com- 10H<  !!    za de nossos dias, às conquistas mo- preende a alma sensível? [...] É le-           ( > 6 rais de que necessitamos, é um pro- viano e indiferente? Ama-o, mes-    8899  # cesso que demandará esforço e res- mo assim. Não te acharias ligada 11     89   ponsabilidade.“[...] a união perma- a ele se não houvesse para isso ra- 128C9  > 44    '  nente de dois seres ‘reflete as Leis Di- zão justa. [...] Deves, pelo Evan- =!    M 1     #   vinas’,em seu contexto de perfeição gelho, amá-lo ainda mais. Os sãos  4! a       ( e sabedoria, o que dá a tais uniões não precisam de médico.[...] > 6       

:9 18   #          

Pelo Espírito  $   

“Tende paz entre vós.” – PAULO.(TESSALONICENSES, 5:13.)

e não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em  face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolvê-lo a cada instante. Cada mente encarnada constitui extenso núcleo de governo espiritual, subordi- nado agora a justas limitações, servido por várias potências, traduzidas nos senti- dos e percepções. Quando todos os centros individuais de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem, então a guerra será banida do Planeta. Para isso, porém, é necessário que os irmãos em humanidade, mais velhos na experiência e no conhecimento, aprendam a ter paz consigo. Educar a visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa base primordial do pacifismo edificante. Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações e não segundo a realidade essencial. Registramos certas informações, longe da boa intenção em que foram inicialmente vazadas, e, sim, de acordo com as nossas perturbações internas. Anotamos situações e paisagens com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência. Sentimos com a reflexão ou com o caos que insta- lamos no próprio entendimento. Eis por que, quanto nos seja possível, façamos serenidade em torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos. Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem. Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira.

>( 8C9  > 44   #      ( > 6    -

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MÁRIO FRIGÉRI

studar o perispírito e co- autor desenvolve sua teoria, se- mais alta Antiguidade, e que só o  nhecer suas propriedades e gundo a qual a alma, depois da nome perispírito é moderno. São funções é uma das mais gra- morte, seria envolvida por um Paulo o descreveu em sua primeira tificantes atividades a que pode se corpo etéreo, luminoso, por meio epístola aos Coríntios, capítulo 15. dedicar o estudante espírita. do qual poderia tornar-se visível, Em outra edição da Revista Es- Sob o título “O perispírito des- e mesmo usar outras vestimentas pírita,2 o Espírito Lamennais opina crito em 1805”, Allan Kardec pu- por cima desse envoltório. que faltam às palavras cor e forma blicou na Revista Espírita de janei- Comentando a passagem acima, para exprimir o perispírito e sua ro de 1865 um relato do doutor Kardec observa que o conhecimen- verdadeira natureza. Quanto aos Woetzel, que causou grande sen- to do corpo espiritual remonta à Espíritos inferiores, acrescenta que sação no princípio daquele século. os fluidos terrestres são inerentes a Durante uma doença de sua eles, são matéria; daí os sofrimen- mulher, o doutor Woetzel lhe tos da fome, do frio, que podem pedira que, em caso de morte, atormentá-los, sofrimentos que lhe aparecesse em Espírito. Al- não atingem os Espíritos superio- gumas semanas após o de- res, considerando-se que, no ca- cesso, um vento pareceu so- so destes, os fluidos terrestres prar no quarto, embora esti- são depurados em torno de vesse fechado, e,“a despeito da seu pensamento ou alma. fraca claridade que reina- O perispírito é assim o va, Woetzel viu a forma corpo espiritual que so- de sua mulher, a di- brevive à morte do vaso zer-lhe em voz doce: físico e serve ao Espíri- ‘Charles, sou imor- to, entre outras fun- tal; um dia nos re- ções, para se relacionar veremos’.A mulher com os demais Espí- mostrou-se de ves- ritos e se manifestar, tido branco, com quando permitido o mesmo aspecto por Deus, aos encar- que tinha antes nados, através de sua de morrer”.1 visibilidade. É com- Numa se- posto de fluidos, os gunda obra, o quais são luminosos

:: 20   #    nos Espíritos superiores e opacos dia, virão à tona de nossa existên- “O vencedor será assim vestido ou materializados nos inferiores. cia, para a necessária expunção, à de vestiduras brancas”,diz o Cristo Em outras obras da Codificação medida que se nos acentue o de- (Ap., 3:5), após haver revelado, no se estabelece que tanto o perispíri- votamento à higiene moral”.5 verso anterior, que há,“em Sardes, to quanto o corpo físico têm origem Em suma: nem o perdão puro e umas poucas pessoas que não con- no mesmo elemento primitivo (o simples é solução ideal para a ex- taminaram as suas vestiduras,e an- fluido universal); que “ambos são tinção de nossos débitos. É neces- darão de branco junto comigo, pois matéria, ainda que em dois esta- sário que sejam cumpridas as três são dignas”. dos diferentes”.3 E que é com o au- etapas da liberação total do ser As vestiduras, pois, são passíveis xílio dos fluidos que o perispírito onerado perante a Lei Divina e de manchar-se, mas a condição pa- toma a aparência de vestuários se- em face da própria consciência: ra portá-las sem qualquer mácula, melhantes aos que o Espírito usa- o arrependimento, a expiação ea resplandecentes e puras, e desfru- va quando encarnado.4 reparação do mal infligido a ou- tar o direito de conviver com o Di- trem, como se vê em O Céu e o In- vino Mestre, é ser um Vencedor... $   "  " ferno, de Allan Kardec, no Código de suas próprias imperfeições. penal da vida futura (16o). No capítulo 7, versículos 9 a 15, André Luiz5 irá alertar-nos para do citado livro, visualizamos uma as enfermidades da alma que se 4  /  imensa multidão vestida de bran- refletem na plasticidade do corpo co, proveniente de todas as na- espiritual, gerando o adoecimento Em Mateus, capítulo 22, Jesus ções, cantando um cântico de gló- do homem físico quando da soma- narra que o reino de Deus é seme- ria diante do trono de Deus. Um tização dessas mazelas ainda não lhante a um rei que celebrou as dos anciãos ali presentes tomou a debeladas. Dirá que o remorso de- bodas de seu filho. Entrando, po- palavra, perguntando: sarticula as energias do corpo espi- rém, o rei na festa das bodas, no- ritual, criando disposições mórbidas tou haver ali um homem que não Estes, que se vestem de vestidu- para as enfermidades, refletidas na trazia veste nupcial. Ordenou, en- ras brancas, quem são e donde cromática da aura – essa túnica de tão, que fosse atado de pés e mãos vieram? Responde-lhe João Evan- forças eletromagnéticas –, e agra- e lançado nas trevas, onde há cho- gelista: – Meu Senhor, tu o sa- vadas, às vezes, pelo assédio dos ro e ranger de dentes. bes. Ele, então, acrescenta: São seres a quem ferimos (obsessão). Veste nupcial: esta é a chave pa- estes os que vieram da grande E que, mesmo quando perdoamos ra permanecer no banquete! tribulação, lavaram suas vesti- ou somos “perdoados pelas víti- Por veste nupcial devemos en- duras, e as alvejaram no sangue mas de nossa insânia, detemos co- tender veste ou vestidura branca, do Cordeiro, razão por que se nosco os resíduos mentais da cul- expressões citadas em outras pas- acham diante do trono de Deus pa, qual depósito de lodo no fun- sagens do Evangelho, principal- e o servem de dia e de noite no do de calma piscina, e que, um mente do Apocalipse. seu santuário. (Grifo nosso.)

   #   21 := Entendendo-se por sangue do nuel, e teremos aí um dos mais segundo o ensinamento de Je- Cordeiro a sua Doutrina de amor belos símbolos do Apocalipse sus, a nossa veste nupcial para o e luz, o contexto revela que a vi- perfeitamente esclarecido pela banquete do serviço divino.6 vência diuturna dos ensinos do Nova Revelação: Cristo é o detergente divino que Quando o livro sagrado fala, por- tem o condão de purificar o ho- O perispírito, quanto à forma tanto, em vestiduras brancas ou mem de todas as suas mazelas, somática, obedece a leis de gra- linho finíssimo, está se referindo presentes e passadas, tornando al- vidade, no plano a que se afina ao corpo espiritual ou psicossoma visplendente o seu panejamento [escreve Emmanuel]. completamente purificado, ou seja, espiritual, de acordo com aquele Nossos impulsos, emoções, pai- transformado em veste nupcial, ta- princípio: o bem que se faz anula xões e virtudes nele se expres- lar, apto a permitir a entrada, para o mal que se fez. sempre, na festa das bo- Esta verdade se en- das do Cordeiro a que contra confirmada de se refere o Evangelho. forma irrespondível    nesta passagem:      E vendo o rei um convidado que não portava 1H<  !! "  % veste nupcial, ordenou que fosse atado e lançado Foi dado à esposa fora da festa das bodas. (Mateus, 22:11-13.)  ( J !    , do Cordeiro vestir- 4!24  C999 J  -se de linho finíssi- O perispírito é fecunda messe   - #     , mo, resplandecente Que reproduz a tua semeadura: ( > 6 - ?     e puro. Porque o li- O mal lhe tisna a tênue tessitura; 4      .,. nho finíssimo são os O bem o alveja e ele resplandece. 2RRRRRR "   ( atos de justiça dos J !    4!2, Mantém, portanto, Irmão, a vestidura santos. (Ap., 19:7-8.) 4  9C J A   - Fluida e sidérea que de luz se tece, (Grifo nosso.) #      ( > 6 Pura qual lírio e santa como a prece,  &1       A refletir o Cristo em sua alvura. Por esposa do Cor-   . 3 deiro simboliza-se a O corpo físico é fugaz pousada; RRRRRR       a Cristandade no seu O perispírito é a real morada       , sentido mais univer- – O teu castelo etéreo e verdadeiro. ( > 6     ! 89C salista, indene de to- >         dos os divisionismos Faze-o fulgir, pois, como estrela-guia        # restricionistas huma- E adentrarás vitorioso um dia 4RRRRRR      % nos. E santo é todo o No Festival das Bodas do Cordeiro.         , que pratica esses atos ( > 6  =  2 , de solidariedade, nas-  4  9  - cidos do coração, e em perfeita sam fielmente. Por isso mesmo, 58C9  > 44 D C9 9 E!  $% harmonia com as Leis de Deus, durante séculos e séculos nos           a , de que se encontram replenos os demoraremos nas esferas da lu-      ( > 6      Evangelhos. ta carnal ou nas regiões que  ,# Dito isto, só resta aproximar lhes são fronteiriças, purifican- 68C9  > 44  "  =!   , os dois polos – perispírito e ves- do a nossa indumentária e em-   ! #      ( > 6 tes brancas –, como o fez Emma- belezando-a, a fim de preparar,     -  #.

:> 22   #                  

aravilhosa e sublime, abre-se a cortina da mento em espírito. Novos esforços pelo Bem. Novas  vida, mais uma vez, no reflorir do tempo, arremetidas para a Luz. para dar passagem à manifestação promisso- Novo Ano – ponto de recomeço de redobradas por- ra de um Novo Ano. fias pela aquisição crescente de maiores e melhores coi- Estejamos atentos para bem aproveitar mais esta sas que edifiquem para a Eternidade! Outras esperan- oportunidade que a Divina Providência nos enseja ao ças surgirão. Outros desejos inflamarão nossos cora- serviço do crescimento de nossa estatura espiritual. ções. Outras aspirações bafejarão nossas mentes. Cada dia do Novo Ano do calendário humano repre- Outros sonhos e anseios irromperão dos arcanos inde- sentará o acréscimo de um capítulo no percurso de nossa vassáveis do nosso ser. trajetória terrena. Que saibamos grafar, em cada uma de Novo Ano – sucessão de surpresas! Quem de nós suas páginas, poemas de espiritualidade e de ascensão em sabe, acaso, o que traz ele para as horas porvindouras? nossa evolutiva. Que os lapsos e senões da negli- Por certo, inúmeras coisas se ocultam sob o seu longo gência e do menor esforço, do medo e do egoísmo, da manto de 365 dias e entre elas as que nos dizem respei- ociosidade e do comodismo, do tédio e do desânimo, dos to diretamente. fascínios e seduções das ilusões e fantasias, das degeneres- Em verdade, ignoramos o que cada Novo Ano nos cências do sexo e dos desvarios do orgulho não represen- reserva em acontecimentos, mas não podemos nem tem borrões em nossas atitudes e ações, em nossos gestos devemos desconhecer as condições espirituais em que e atos, enfeiando-nos os registos dos quadros do dia-a- precisamos estar, de permanente sintonia com o Alto, -dia, a fim de que possamos compulsar, gratificados, as para viver qualquer de suas horas e resolver, segundo os páginas de mais um capítulo autobiográfico do que fo- imperativos cristãos, as nossas próprias atitudes. mos e fizemos no curso das horas dos dias de nossa pas- Indispensável, pois, pensemos apenas o que for bom sagem por todo um ano. e, necessariamente, falemos e façamos tão-somente o Construamos obra salutar! Escrevamos com os nossos que se ajustar aos desígnios de Deus. suores e lágrimas, com as nossas renúncias e gestos frater- ...... nos, com os nossos impulsos generosos e testemunhos de Daí, a necessidade de rigorosa vigilância a todas as solidariedade as linhas, data após data, do diário que con- manifestações de nossos impulsos íntimos, reprimindo terá os nossos próprios depoimentos, outorgando-nos a umas, selecionando outras, depurando-as sempre para faculdade de podermos usufruir de gratificante tranqui- não sermos depois presas fáceis e indefesas de suas con- lidade de espírito e de inefável paz de consciência. sequências penosas, se desajustadas aos desígnios da Estimulando-nos ao trabalho de renovação espiritual, Suprema Vontade do Sempiterno. teremos sempre junto a nós, ao longo de nossa caminha- É, pois, ante essas perspectivas de amanhã, na vida futu- da, como cicerones atentos e leais, os Emissários do ra – fruto genuíno das coisas e causas a que hoje damos Senhor, Amigos certos das horas incertas, encorajando- lugar – que precisamos nos resguardar do fermento dos -nos a que perseveremos no bom combate. fariseus e dos ressaibos do homem velho, procurando apre- Novo Ano – mais uma etapa a vencer! São novas sentar-nos a Deus com um coração renovado em Cristo oportunidades que se aproximam. São novas perspecti- e como obreiros aprovados em todas as experimentações. vas de lutas remissoras que se nos ensejam para conse- Passos Lírio cução de nossa marcha ascensional. Novos desafios, na arena da vida, de terçarmos armas pelo nosso renasci- >( "  J      *.+

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MARTA ANTUNES MOURA

palavra virtude (do latim tória é a que assenta na mais pensamento, podem ser ensina- virtus) designa excelência desinteressada caridade.”1 das por meio da instrução, daí ou qualidade. O significa- serem muito valorizadas pelas do é genérico quando aplicado a O filósofo grego Aristóteles (384- ciências humanas, sobretudo as tudo o que é considerado correto -322 a.C.) classificou as virtudes educacionais. e desejável em relação à moral, à em dois grupos, quanto à nature- O Espiritismo considera que as ética, à vida em sociedade, às prá- za, ambos aceitos nos dias atuais: virtudes são aquisições do Espíri- ticas educacionais, científicas e virtudes éticas ou do caráter – in- to imortal, adquiridas e desenvol- tecnológicas, assim como à eficá- dicam todas as qualidades ético- vidas por meio de trabalho inces- cia na execução de uma atividade. -morais, inclusive o dever, as quais sante no bem: Em sentido específico o conceito nem sempre são submetidas à ra- se restringe a duas capacidades zão; virtudes dianoéticas ou do pen- [...] a virtude é sempre sublime humanas: conduta moral no bem samento – abrangem as compe- e imorredoura aquisição do Es- e habilidade para fazer algo cor- tências intelectuais (inteligência, pírito nas estradas da vida, in- retamente. discernimento, conhecimento cien- corporada eternamente aos seus Em relação a este assunto, elu- tífico, aptidões técnicas), contro- valores, conquistados pelo tra- cidam os orientadores da Codifi- ladas pela razão. balho no esforço próprio.2 cação Espírita: As primeiras são desenvolvi- das pela educação e pela prática Importa destacar que a classifi- “Toda virtude tem seu mérito que conduz ao hábito. Filósofos, cação aristotélica é, na verdade, próprio, porque todas indicam do passado e do presente, defen- uma síntese dos ensinamentos de progresso na senda do bem. Há dem a ideia de que as virtudes Sócrates (470-399 a.C.), posterior- virtude sempre que há resistên- ético-morais são dons inatos, de- mente transmitidos por Platão cia voluntária ao arrastamento senvolvidos por seres humanos (428/427-347 a.C.) em seu livro A dos maus pendores. A sublimi- especiais. Diferentes interpreta- República. Para Sócrates, a virtude dade da virtude, porém, está no ções religiosas pregam que essas se identifica com o bem (aspecto sacrifício do interesse pessoal, virtudes somente ocorrem por gra- moral) e representa o fim da ativi- pelo bem do próximo, sem pen- ça ou concessão divinas. As segun- dade humana (aspecto funcional samento oculto. A mais meri- das, as virtudes dianoéticas ou do ou operacional). Pelo aspecto mo-

:; 24   #    ral sabe o homem virtuoso distin- losófico sobre as virtudes, deno- chamados pais da igreja, durante guir o bem e o mal. Pelo sentido minando-o Virtudes Cardeais.Es- a Idade Média, sobretudo no de- funcional, ou fim da atividade hu- sas virtudes, inseridas em seguida, senvolvimento das teses de Agos- mana, a virtude é capacidade ou são consideradas essenciais por re- tinho (354-430) e Tomás de habilidade de realizar correta- presentarem a chave para a aqui- Aquino (1225-1274), os quais fi- mente uma tarefa. Contudo, tanto sição de todas as demais: zeram acréscimos às virtudes Sócrates como Platão entendiam cardeais socráticas, a partir da que as virtudes eram dons inatos, • Prudência, também conheci- análise dos textos do Evangelho. ainda que esses filósofos possuís- da como sabedoria. É a vir- Esses acréscimos foram denomi- sem conhecimentos sobre a vida tude que controla a razão. nados Virtudes Teologais e se resu- no além-túmulo e sobre as reen- • Fortaleza, entendida como co- mem nas seguintes: fé, esperança carnações sucessivas. ragem. É a virtude do entu- e caridade. O seguinte texto, de O Evange- siasmo (thymoiedés), a que As orientações teológicas ca- lho segundo o Espiritismo, ilustra o administra os impulsos da tólicas e protestantes preserva- assunto: sensibilidade, dos senti- ram as ideias socráticas e platô- mentos e do afeto. nicas, no sentido de que as • Palavras de Sócrates, registra- • Temperança, vista co- virtudes são concessões di- das por Platão: “A virtude mo autodomínio, me- vinas, revestindo-as, porém, não pode ser ensinada; vem dida, moderação.Es- de um aspecto sobrenatu- por dom de Deus aos que a ta virtude age sobre ral, de acordo com este possuem”.3 os impulsos do ins- • Interpretação espírita, forne- tinto, colocando cida por Allan Kardec: freios nos prazeres e nas paixões cor- É quase a doutrina cristã sobre porais. a graça; mas, se a virtude é um • Justiça, estabelece o dom de Deus, é um favor e, en- discernimento en- tão, pode perguntar-se por que tre o bem e o mal. É não é concedida a todos. Por ou- a virtude que con- tro lado, se é um dom, carece de duz à equidade; ao mérito para aquele que a pos- saber considerar e res- sui. O Espiritismo é mais explí- peitar o direito do ou- cito, dizendo que aquele que tro; a valorizar ações possui a virtude a adquiriu por e coisas que garantem seus esforços, em existências su- o funcionamento har- cessivas, despojando-se pouco monioso da vida, in- a pouco de suas imperfeições. dividual e coletiva. A graça é a força que Deus fa- culta ao homem de boa vonta- Essa classificação não de para se expungir do mal e só permitiu a Aristóte- praticar o bem.3 les elaborar o seu sistema de vir- tudes éticas e dianoéticas, mas Sócrates e Platão, entretanto, também exerceu forte influência desenvolveram notável sistema fi- no pensamento teológico dos

   #   25 :? tia, e tem o vício que mais se lhe opõe: o orgulho. A virtude, ver- dadeiramente digna desse nome, não gosta de estadear-se. Adivi- nham-na; ela, porém, se oculta na obscuridade e foge à admira- ção das massas. [...] À virtude as- sim compreendida e praticada é que vos convido, meus filhos; a essa virtude verdadeiramen- te cristã e verdadeiramente espírita é que vos concito a consagrar-vos. Afastai, po- rém, de vossos corações tudo o que seja orgulho, vaidade, amor- -próprio, que sempre desador- nam as mais belas qualidades. raciocínio: se as virtudes repre- como Espíritos que “[...] lutaram Não imiteis o homem que se sentam uma graça de Deus só po- outrora e triunfaram. Por isso é apresenta como modelo e trom- dem ser concedidas aos santos, que os bons sentimentos nenhum beteia, ele próprio, suas qualida- nunca ao ser humano comum. esforço lhes custam e suas ações des a todos os ouvidos compla- Com o Espiritismo, porém, tu- lhes parecem simplíssimas. O bem centes. A virtude que assim se os- do se aclara, felizmente. Enten- se lhes tornou um hábito[...]”.4 tenta esconde muitas vezes uma demos que somos seres perfectí- A forma como a Doutrina Espí- imensidade de pequenas torpe- veis, construtores do próprio rita caracteriza a virtude e o ho- zas e de odiosas covardias.5 destino. A aquisição e desenvol- mem virtuoso está sintetizada na vimento de virtudes são entendi- belíssima mensagem do Espírito      dos como necessidade evolutiva François-Nicolas-Madeleine, cons- 1H<  !!    )  , do Espírito, um meio para regu- tante em O Evangelho segundo o Es-   P !! 1     0  , lar os atos humanos, ordenar as piritismo, ditada em Paris, em 1863:      ( > 6   U   # paixões e guiar a conduta huma- 28C9  > 44      % na, segundo os preceitos da ra- A virtude, no mais alto grau, é o  =!     !      zão, da moral e da fé. conjunto de todas as qualidades   ( > 6   U   # As pessoas virtuosas destacam- essenciais que constituem o ho- 3H<  !!    -se das demais, não porque são mem de bem. Ser bom, caritati-     )    P !! 1  especialmente marcadas por Deus, vo, laborioso, sóbrio, modesto,       ( > 6  C9 , mas porque souberam aproveitar são qualidades do homem vir-  9CD  8C99 as lições da vida e investiram no tuoso. Infelizmente, quase sem- 4RRRRRR    )   aprendizado, moral e intelectual, pre as acompanham pequenas  P !! 1     0    ao longo das reencarnações e das enfermidades morais que as de-    ( > 6   U   . experiências vividas no plano espi- sornam e atenuam. Não é vir- 5RRRRRR     % ritual, após a morte do corpo físico. tuoso aquele que faz ostentação   )    P !! 1   Encontram-se muito distantes da da sua virtude, pois que lhe falta      ( > 6     8C99 santidade, entretanto, revelam-se a qualidade principal: a modés-  

:7 26   #      M    "   ?   : 

C        4  ! 3    3         3 ! 3   1 !    4         4 !         '  P!  3  2!  !           4      4    I   1!4   '   4! 1!G  1 ,  VWD

HAROLDO DUTRA DIAS

alicerce da obra imorre- Estêvão, o grande mártir da Era Emmanuel descreve aconteci-  doura do Cristo formou- Apostólica, inaugurou o “tempo mentos, aparentemente descone- -se à base de renúncia, dos sacrifícios”. Seu testemunho xos, com enorme precisão. Uma vez sacrifício e abnegação. de fé e de bravura, diante da reunidas, essas descrições formam Três séculos de Cristianismo mais alta corte judicial da nação um quadro cronológico coerente Nascente testemunharam o mar- hebraica, mudaria os rumos do e convincente, senão vejamos: tírio de discípulos corajosos, que movimento cristão e deixaria se imolaram no altar da fé para marcas indeléveis no coração do A manhã enfeitava-se de mui- que a luz do Evangelho se esten- seu próprio algoz, um homem ta alegria e de sol [...]. desse ao mundo, inaugurando no- intrépido e sincero, que se tor- No ar brincavam as mesmas va era de fraternidade e amor. naria o responsável pela univer- brisas perfumadas, que sopra- Inspirados no exemplo do pró- salização do Cristianismo – Pau- vam de longe [...]. prio Mestre, eles conheceram as fe- lo de Tarso...... ras, o suplício, a perseguição, o con- O apedrejamento de Estêvão Nesse ano de 34, a cidade em fisco, a brutalidade em todos os seus se deu no verão do ano 35 d.C. peso fora atormentada por vio- matizes, gravando para sempre, no A informação pode ser encon- lenta revolta dos escravos opri- coração dos homens, a lição da re- trada na obra mediúnica Paulo e midos. signação, do amor e do perdão. Estêvão,2 mas somente após uma [...] Em breve, a galera das águias Na seara de Jesus, os trabalha- leitura inteligente e atenta dos dominadoras, auxiliada por ven- dores da primeira hora foram textos. Na verdade, é necessária tos favoráveis, trazia no bojo as mártires. uma combinação harmoniosa e autoridades da missão punitiva, criteriosa de dados. cuja ação deveria esclarecer os acontecimentos.3 1XAVIER, Francisco Cândido. Mãos mar- cadas. Espíritos Diversos. São Paulo: Ins- 2XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Es- tituto de Difusão Espírita, 1972. Cap. 13 – têvão. Pelo Espírito Emmanuel. 44. ed. Rio 3Idem, ibidem. Primeira parte, cap. I, “Maria Dolores”. de Janeiro: FEB, 2007. p. 11-13.

   #   27 :<       9!         4 !     ) *  +  *<       >!+

[...] O coração paternal adivi- vivacidade com a lembrança Antes de comparar os textos, é nhava. Àquela hora, Jeziel, con- triste – foi crucificado aqui imperiosa uma ligeira exposição forme o programa por ele mes- mesmo em Jerusalém, entre os a respeito do clima, agricultura e mo traçado, arava a terra, pre- ladrões.6 navegação na região da Acaia parando-a para as primeiras se- (sul da Grécia). Nos países ba- meaduras. [...]4 Estamos na velha Jerusalém, nu- nhados pelo Mar Mediterrâneo, ma clara manhã do ano 35.7 o clima é muito semelhante, com De Corinto, a grande embarca- verões secos e quentes, e invernos ção aproara em Cefalônia e Ni- Naquelas primeiras horas da moderados e chuvosos. As esta- cópolis, de onde deveria regres- tarde, o sol de Jerusalém era um ções do ano se dividem em dois sar aos portos da linha de Chi- braseiro ardente. Não obstante grandes blocos: primavera–verão pre, depois de ligeira passa- o calor insuportável, a massa (abril–setembro) e outono–in- gem pela costa da Palestina, deslocou-se com profundo in- verno (outubro–março). consoante o itinerário organi- teresse. Tratava-se do primeiro A semeadura de cereais se da- zado para aproveitar o tempo processo concernente às ativi- va no início do outono, após a seco e tendo em vista que o inver- dades do “Caminho”, após a preparação da terra no final do ve- no paralisava toda a navegação.5 morte do seu fundador. [...]8 rão, com vistas ao máximo apro- veitamento da época das chuvas – Há mais de um ano – excla- (inverno). Pela mesma razão, a 6 mou o Apóstolo apagando a XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Es- navegação no Mar Mediterrâneo têvão. Pelo Espírito Emmanuel. 44. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Primeira parte, cap. começava em abril e se encerrava III, p. 76. em outubro. Era extremamente 4XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Es- 7 têvão. Pelo Espírito Emmanuel. 44. ed. Rio Idem, ibidem. Primeira parte, cap. IV, perigoso navegar no inverno, em de Janeiro: FEB, 2007. Primeira parte, cap. p. 84. razão das tempestades e da im- I, p. 20. 8Idem, ibidem. Primeira parte, cap. VIII, possibilidade de se orientar pelo 5Idem, ibidem. Primeira parte, cap. III, p. 60. p. 187-188. Sol e pelas estrelas.

=9 28   #    O livro se inicia com a descri- Após sua chegada em Jerusa- d.C., mas antes de abril de 35 ção de uma manhã de sol, com lém, Jeziel é acolhido por Simão d.C. ou seja, antes de se comple- brisas perfumadas, e ruas deser- Pedro, na Casa do Caminho. Nes- tarem dois anos da crucificação. tas, além da presença maciça de se momento, surge o diálogo en- Mais adiante, afirma Emma- guardas romanos nas vias públi- tre eles, no qual o pescador de Ca- nuel: “Estamos na velha Jerusa- cas, em decorrência de uma revol- farnaum relata que “há mais de lém, numa clara manhã do ano ta de escravos ocorrida em Corin- um ano [...] foi crucificado”, refe- 35”, confirmando todos os cál- to, naquele mesmo ano, ou seja, rindo-se a Jesus. culos precedentes. em 34 d.C. Ora, considerando-se que a Por fim, quando descreve o mar- A galera romana teria apro- crucificação se deu em abril/ tírio de Estêvão, o Benfeitor espi- veitado os ventos favoráveis para /maio do ano 33 d.C.,9 a conver- ritual utiliza a seguinte expressão: se deslocar de Roma até Acaia, a sa se deu após o outono de 34 “Naquelas primeiras horas da tar- fim de conter o levante, o que nos de, o sol de Jerusalém era um bra- permite concluir, seguramente, seiro ardente. Não obstante o calor 9 que a navegação se deu na pri- Consultar o artigo intitulado “A crucifi- insuportável [...]”. Assim, é lícito cação de Jesus”, publicado na revista Re- mavera, pois o tempo favorável formador, ano 126, n. 2.154, setembro de concluir que Estêvão foi martiri- à navegação começava em abril. 2008, p. 33. zado no verão do ano 35 d.C. Na sequência, o pai de Jeziel (Estêvão) o encontra arando a ter- ra, preparando-a para as primei-  !    "  ras semeaduras. Naquela região do Mediterrâneo, a terra era arada Parece que o homem vem pensando torto, no final de setembro (fim do ve- Como o Evangelho já havia previsto, rão), ao passo que a semeadura Num caldeirão de tudo muito misto, se dava no final de outubro (em Capaz de deixar todo mundo absorto. pleno outono). Sendo assim, conjugando a in- Seria bom que encontrássemos porto, formação da “manhã de sol, com Aprumados na orientação do Cristo, brisas perfumadas” e “aragem da P’ra que nos concentremos fundo nisto: terra”, pode-se concluir que a Não pode haver lugar mais para o aborto. tragédia que acometeu a família de Estêvão se deu no final do ve- Que não nos atormente o pensamento rão do ano 34 d.C. Dos abortistas que, nesse momento, Jeziel (Estêvão) é enviado para Defende o aborto de forma aguerrida. as galeras, como prisioneiro, rea- lizando uma viagem marítima, Será mais nobre e forte essa união, cujo itinerário foi organizado Que imprime luz e mostra direção para “aproveitar o tempo seco” já A ser tomada em defesa da vida. que “o inverno paralisava toda navegação”. Nesse ponto, a des- Sebastião Lasneau crição de Emmanuel é rigorosa- mente precisa. Não há margem *& 42 '     ! )I          para dúvidas. A embarcação par- ?    !A >   4!  6 ! <>+ tiu no outono do ano 34 d.C.

   #   29 =8  !    #  $  %& '(   )

AFFONSO SOARES

ano de 2009 assinala a passagem de significati- gefratoj mi havas? (Quantos irmãos e irmãs eu te-  vos eventos do mundo esperantista, e sobre eles nho?), e a mesa responde com oito pancadas... Reformador se manifestará oportunamente. Ismael se rende à evidência e inicia o estudo do tema O primeiro recorda o retorno às regiões espiri- que lhe abriria vasto e fecundo campo de trabalho, tuais, em 18 de janeiro de 1969, do sempre lembrado além do proposto pela causa da língua internacional. Ismael Gomes Braga, cuja vida foi inteiramente de- Daí em diante lança-se de corpo e alma ao trabalho dicada a nobres semeaduras nas searas do Consola- em favor dos dois grandes ideais de sua vida – Espe- dor e da Língua Internacional Neutra. ranto e Espiritismo – neles enxergando duas expressões Ismael tornou-se espírita graças a um fenômeno do mais alto Ideal que a Terra tem conhecido – o de tiptologia em que o esperanto teve papel decisivo. Evangelho de Jesus Cristo. Eis o que a respeito havíamos escrito na “Apresen- tação” ao livro O Esperanto na Visão Espírita, lança- Muito se tem escrito sobre o grande pioneiro, pelo do em 1998 pela Sociedade Editora F. V. Lorenz (So- que a nossa homenagem se limitará a transcrever-lhe cieto Lorenz), cujo conteúdo é uma seleta dos artigos parte de um belo pronunciamento, sob o título “For- do grande pioneiro, publicados em Reformador: ça Moral”,lido em reunião pública da União Espírita Mineira, em Belo Horizonte (MG), aos 27 de outubro A conversão de Ismael ao Espiritismo se deu em de 1966, quando aquela Federativa evocava a figura 1912, na cidade de Teixeira (MG), por ocasião de do criador do esperanto, Lázaro Luís Zamenhof: uma sessão das chamadas “mesas-falantes”,e simboli- camente o Esperanto seria o fator decisivo para que O mundo se refere a Zamenhof sempre como gênio ele superasse seu ceticismo em relação às novas ideias. que ele realmente é, mas o que mais nos encanta Buscando pôr à prova o que realmente havia por trás nele é a elevação moral do Espírito de altíssima esfe- da mesa que falava, Ismael pergunta-lhe, em Esperan- ra, descido à Terra em missão superior. to, quantos irmãos tinha – Kiom da fratoj mi havas? Seu ascendente moral sobre todos nós tornou-o A resposta foi imediata: cinco, já evidenciando que a amado e obedecido por homens de todos os climas inteligência oculta conhecia o “estranho” idioma. Mas e das mais diversas ideologias. Ismael pensava no número oito, pois tinha cinco ir- Para pôr em funcionamento a língua sem fronteiras, era mãos e três irmãs. Refaz a pergunta e a mesa insiste mister estabelecer leis iguais para todos e fazer que essas no número cinco. Já se preparava Ismael para deixar leis fossem igualmente cumpridas por todos os povos. o que julgava uma brincadeira de mau gosto, quando Zamenhof redigiu essas leis no livro FUNDAMENTO se lembra do prefixo “ge”,que em Esperanto exprime DE ESPERANTO e teve e tem a força moral de im- a união de seres dos dois sexos. Refaz a pergunta, po-las a todos nós, pelo amor que nos inspira sua mas agora com a precisão do Esperanto: – Kiom da bondade.

=: 30   #    Vemos hoje a perfeita uniformidade da língua nos E lábios, nos livros, nos jornais e revistas, nas cartas de E E japoneses, chineses, vietnamitas, como de todos os povos do Ocidente. de Evangelho, Espiritismo e Esperanto. Essa unidade decorre da obediência àquelas leis.  Católicos, protestantes, espíritas, budistas, do mes- mo modo que ateus materialistas, no mundo intei- Finalizaremos esta singela homenagem, reapresen- ro, amamos e obedecemos a essa força moral de Za- tando trecho de uma comunicação do Espírito Ismael menhof, de um homem pobre, sem nenhum prestí- Gomes Braga, ditada ao médium Divaldo Pereira Fran- gio ou autoridade política. co na noite de 30 de janeiro de 1978, durante sessão na Não foi da ciência apenas que ele se serviu para rea- Mansão do Caminho, do Centro Espírita Caminho da lizar sua obra, foi principalmente do amor e da fé. Redenção, em Salvador (BA), estando presente, entre Quando se preparava na França o Primeiro Con- muitos representantes das Federativas estaduais, o sau- gresso Universal de Esperanto, em 1905, Zamenhof doso Francisco Thiesen, então presidente da FEB: tinha que fazer o discurso solene de abertura. Escreveu ele seu discurso e o submeteu à aprovação Hoje o Esperanto é uma realidade em dezenas de dos organizadores do Congresso, grandes professo- nações, élan abençoado entre os povos, ideal vitali- res franceses que encaravam o Esperanto unicamen- zador em milhões de homens que se tornaram, gra- te como problema científico. ças a ele, verdadeiros irmãos. Ora, o discurso do Missionário terminava por uma Graças a Deus, a Casa de Ismael desfraldou, pionei- vibrante prece. ra, à hora própria, a bandeira do Esperantismo, Foi energicamente reprovado, esse final, pelos pro- enviando ao mundo sofrido a mensagem libertado- fessores franceses. Disseram: “Não pode ser! Vão te ra, na linguagem da comunhão universal. vaiar de todos os lados! Uma oração religiosa nu- Desde as primeiras horas até agora, porém, quanta ma solenidade científica, em meio de ateus! Não luta, quantos desafios, incertezas e vitórias foram- pode ser!” -nos assinalando o trabalho?! Mas Zamenhof não cede. O Dispensador de Bênçãos, no entanto, jamais nos Não retirou a prece. deixou ao desamparo. Em momento algum os abne- Chegou o Congresso e ele foi respeitosamente ouvi- gados Instrutores desencarnados negacearam ajuda. do, num silêncio religioso, e quando terminou sua Graças a tão alta contribuição de luz, de força e de bela prece, todos os ouvintes, inclusive os ateus, esta- amor logramos alcançar este formoso momento. vam comovidos até às lágrimas. Louvado seja o Pai! Ele havia chegado ao coração de todos, pelo amor e Prossiga, meu amigo, de ânimo robusto e mente pela humildade. tranquila. O nosso é o prêmio da consciência reta e É muito justa a homenagem que a nossa veneran- da certeza de fazermos o melhor ao nosso alcance. da União Espírita Mineira presta hoje a um dos Nossos amigos, Wantuil, Porto Carreiro, Abel Go- maiores Missionários, de quantos já desceram de mes, Lorenz, Estevina Magalhães, Irthes Terezinha e suas esferas luminosas para virem ao nosso mun- outros mais, ao nosso lado, jubilosos, envolvendo-o do inferior, abrir caminhos novos para a nossa em ternura e gratidão, rogam ao Senhor abençoá-lo redenção. no ministério da divulgação dos EEE, e, muito devo- É encantador vermos a nova geração de espíritas tado, sou o amigo e samideano de sempre.1 brasileiros respeitosamente seguindo as pegadas de nossos grandes Mestres, Jesus, Kardec, Zamenhof, que nos deram o sublime triângulo 1Mensagem publicada em Reformador de maio de 1978, p. 15(147).

   #   31 == ?  !   

LUCY DIAS RAMOS

a contemplação da Natu- causas externas e humanas difi- impedindo-nos de discernir, de  reza, sempre encontra- cultarem nossa caminhada. manter a lucidez... mos a paz, na observação Na mesma proporção que bus- Mesmo assim, lutando contra de detalhes que chamam nossa camos o entendimento maior o pessimismo e a descrença, que atenção, quando nos dispomos dentro de nós mesmos, não re- são ácidos corrosivos da alma, a entender as dádivas da vida em tendo mágoas nem desenganos, teremos que buscar na prece a tudo o que nos cerca... Olhando auferindo nossos valores morais força para prosseguir e nos o horizonte azulado, neste en- através das lutas e das dores afli- manter atuantes no bem, sem o tardecer de luzes e cores, numa tivas, começamos a compreen- que nossa dor será maior e mais renovação constante, demons- der melhor os outros compa- sentida. trando-nos que nada é estático nheiros de nossa jornada reden- Ninguém poderá nos dar esta na Natureza e que este dinamis- tora, a entender com mais ampla compreensão maior senão nós mo sublime exemplifica para acuidade o que nos cerca, o meio mesmos. Se já temos a bênção todos nós o incessante apelo às em que vivemos, e notamos do entendimento das leis divi- mudanças benéficas ao nosso com maior interesse a beleza do nas, sustentados pela fé, busca- crescimento espiritual. mundo, quando a Natureza se remos no templo de nossa alma Prosseguir sempre, encoraja- apresenta aos nossos olhos tão as luzes que nos clarificam o Es- dos pela fé e pelo conhecimento intensamente bela, convidan- pírito e suavizam nossos senti- espírita, mesmo que a dor ou a do-nos a reflexões mais profun- mentos mais íntimos. enfermidade nos limitem as pos- das e à gratidão a Deus. Não nos importa a solidão sibilidades de avançar com a mes- Quantas vezes nos quedamos imposta pelos que não cami- ma intrepidez que desejaría- em cismares e dúvidas ante o fu- nham conosco, paralisados pela mos. O importante é não per- turo que nos aguarda? Quantas ingratidão e receosos de parti- mitir que o sofrimento nos inti- vezes, ainda, deixamos o desa- ciparem de nossa vidas em mo- mide ou a dificuldade perturbe lento se apossar de nossas almas? mentos assim de dores e difi- nossa compreensão das leis di- Não é fácil, bem o sei, manter culdades... Eles caminham mais vinas para assim podermos con- a coragem e a fé perante a dor lentamente ou se deixaram ficar tinuar vivenciando o amor e exer- que vergasta nossa alma, tur- no vale das incertezas e das pai- citando o perdão sempre que vando nossos pensamentos e xões fugazes.

=> 32   #    Quando identificamos os va- elevação, como nos recomenda, amor de Cristo nos constrange lores da alma e somos enriqueci- acredito ser, para todos nós espí- [...]” (2 Coríntios, 5:14). dos por esta compreensão maior, ritas – Espíritos imperfeitos e Quando Jesus adentra o san- podemos adentrar com mais fa- devedores – o exercício constan- tuário de nossa alma, tudo se cilidade os recônditos de nosso te do amor e do perdão nas lutas transforma em nosso interior e ser, iluminados pela fé e alimen- de cada dia, no enfrentamento em torno de nossas vidas, porque tados pelo trabalho no bem, sem- dos problemas que nos afligem, os valores se modificam, a visão pre dispostos a ajudar e a com- na caridade do esquecimento de se nos alarga, e mesmo sofrendo preender as fragilidades humanas, nossas dores para aliviar a dos as injunções expiatórias, mesmo porque já nos avaliamos com que chegam até nós sedentos de trazendo as imperfeições morais sinceridade e sabemos de nossas paz, aflitos e cansados, por des- de que ainda somos portadores, imperfeições morais e dificulda- conhecerem o que já amealha- sabemos que estamos caminhan- des interiores. mos em contato com a riqueza do na direção dele, alimentados Por isso sofremos, choramos da Doutrina Espírita. pela fé e pelo amor, confiantes e nos debatemos ante as perdas e Por ser pouco conhecida e ain- em que estamos buscando a as dores do caminho... Entretan- da menos entendida, infelizmen- transformação moral para sanear to, não nos detemos mais. te, pela maioria dos homens, é nossa consciência e ampliar nos- Em belíssima mensagem, Em- dever nosso prosseguir estudan- sa sensibilidade ante a grandeza manuel nos ensina: do seu conteúdo e exemplifi- da vida imperecível. cando os valores com que ela A solidão com o serviço aos nos beneficia, para assim enri- semelhantes gera a grandeza. quecermos cada vez mais o tem- A rocha que sustenta a planí- plo de nossa alma, nosso refúgio cie costuma viver isolada e o sagrado, onde nos reabastece- Sol que alimenta o mundo mos através da prece e dos senti- brilha sozinho. mentos enobrecidos, conquista- Não te canses de aprender a dos na exemplificação do amor e ciência da elevação.1 da caridade. Neste recanto sublime, en- Sempre que leio esta página contraremos a paz e o convite de do nobre Benfeitor, a qual se Jesus, que fala ao nosso coração, chama “Solidão”, fico pensando dulcificando-nos as nossas emo- na grandeza deste Espírito que ções. Um sentimento profundo nos legou mensagens tão signifi- de gratidão nos envolve cativas, tão oportunas, que nos o ser. Podemos, então, acompanham desde longos anos, repetir com o após- sem perder sua valiosa ajuda, co- tolo Paulo: “[...] o mo suporte e orientação em nos- sas vidas. E aprender a ciência da

1XAVIER, Francisco C. Fonte viva.Pelo Espírito Emmanuel. 36. ed. 1a reim- pressão. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Cap. 70.

   #   33 =6 &   5 

MAURO PAIVA FONSECA

em meditar profundamen- da existência na Terra é o progresso aqueles que se desesperam no li-  te sobre a finalidade da exis- do Espírito! Se não fosse, por que a miar da vida espiritual, quando tência durante a peregri- vida física terminaria no túmulo? percebem, ao desencarnar, o ínfi- nação terrena na vida física, a que Não será difícil compreender mo progresso realizado, compara- é compelido para inadiáveis res- que o lazer ocupe lugar importan- do ao avantajado tempo perdido gates, reparações e conquistas de te no equilíbrio individual e social com os atrativos mundanos que, conhecimento, o homem busca da vida humana. Os esportes, os por exagerados, os desviaram da todos os recursos que lhe possam folguedos, as diversões, quando verdadeira finalidade para a qual anestesiar a consciência e amo- não sirvam de apoio ao despudor, foram trazidos às lides terrenas. dorrar a razão, esquecido de que o à desonestidade, à viciação e ao Nessas atividades divertidas, em- porvir inexoravelmente lhe pedirá crime, serão atividades úteis pa- pregam-se fortunas incalculáveis, contas da oportunidade oferecida, ra arrefecerem as agruras decor- que poderiam diminuir ou mesmo quiçá estabelecendo roteiros mais rentes das obrigações inevitáveis erradicar sofrimentos originados espinhosos e difíceis em futura ro- que a vida impõe. O prejuízo que de deficiências sociais seculares, co- magem redentora, do que aqueles provocam está na exagerada impor- mo a fome, o analfabetismo e as en- que se tenha recusado percorrer. tância que lhes é atribuída. Enalte- fermidades, se fossem aplicadas em Demonstrando absoluta infância cendo fatos e acontecimentos que benefício dos menos favorecidos. espiritual, a grande maioria se en- não têm qualquer valor real, pos- O fanatismo com que são cul- trega de modo desenfreado ao lazer, tergam-se para segundo plano ati- tuadas as atividades de lazer de- que passa a ocupar exagerado per- vidades que são de absoluta prio- monstra imaturidade psicológica centual em suas ocupações e preo- ridade para atender às necessida- ante os verdadeiros valores da vida cupações em detrimento das neces- des de progresso das criaturas. material e irresponsabilidade em sidades estabelecidas pelo progra- Que aproveitamento apresenta- face das necessidades do Espírito. ma encarnatório sob a supervisão ria um aluno que ocupasse todo o Façamos jus ao sacrifício do Di- de mentores espirituais. Apesar das tempo escolar apenas em brincadei- vino Mestre, imolado para nos tra- promessas feitas antes do mergulho ras, sem dar qualquer atenção às ma- zer as mensagens libertadoras do na carne, prevalecem os interesses térias do currículo escolar? Obvia- seu Evangelho. Combatamos sem imediatos das atrações oferecidas mente, ao final do ano letivo, seria re- tréguas as chagas da alma. É hora pela vida mundana, estabelecendo- provado! Nosso ano letivo é o perío- de sacudirmos o ócio, a negligência, -se uma absurda inversão de valo- do de existência na matéria. Se não a indiferença, e sem tardança nos res. Cultuam-se exageradamente as o aproveitamos, otimizando o tem- empenharmos na busca dos verda- expressões da vaidade, do materia- po, obrigamo-nos à repetência. deiros valores morais e intelectuais lismo, das emoções banais, numa Segundo informam médiuns de do Espírito, únicos que nos condu- total despreocupação com os valo- idoneidade e capacidade inques- zirão, no futuro, à bem-aventuran- res do espírito! Todavia, a finalidade tionáveis, contam-se aos milhões ça que nos destina o Criador.

=; 34   #      *   

            

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8C@   )"   leira de Esperantistas-Espíritas :C $   "  "   (ABEE); Cruzada dos Militares   Espíritas (CME); Instituto de Cul-      !  tura Espírita do Brasil (ICEB) e       , O presidente da FEB e do CFN Associação Brasileira de Artis-  >     abriu a Reunião, com uma pre- tas Espíritas (Abrarte). Foi justi- As Entidades Federativas entre- ce, expressou a alegria de ini- ficada a ausência da Associação garam relatórios escritos sobre as ciar mais uma Reunião do CFN, Médico-Espírita do Brasil (AME- ações realizadas ao longo deste contando com a presença dos -Brasil). ano, preenchendo um formulário representantes das 26 Entida- Em sua manifestação inicial, eletrônico fornecido pela Secreta- des Federativas Estaduais e a do o presidente comentou o mo- ria-Geral do CFN, e algumas ex- Distrito Federal; como convi- mento especial com as come- puseram pôsteres. dados, dos representantes das morações dos Sesquicentená- Entidades Especializadas de Âm- rios da Revista Espírita e da     >   bito Nacional, que se reuniram Sociedade Parisiense de Estu- Este item da Pauta foi desen- na véspera: Associação Brasi- dos Espíritas, e os esforços pa- volvido em forma de estudo em leira dos Magistrados Espíritas ra a difusão da Doutrina Espí- grupo, sob a coordenação da Se- (ABRAME); Associação Brasi- rita. cretaria-Geral do CFN. Os repre-

   #   35 =? sentantes das Entidades Federa- Dirigentes e Trabalhadores dos fia de Francisco Cândido Xavier) tivas foram divididos em quatro Centros Espíritas”, ou, a critério como linha mestra para o desen- grupos, de conformidade com da Entidade Federativa, ofertado volvimento do curso; as Comissões Regionais do CFN a pessoas com experiência de b) Criação de um Setor de Pla- (Norte, Nordeste, Centro e Sul). Movimento Espírita. Será desen- nejamento e Acompanhamento Os grupos foram coordenados volvido de forma semipresencial do CFN, no contexto da SG/CFN pelos secretários das Comissões com programa que deverá partir – Recomendou-se que a Secreta- Regionais, escolhendo-se secre- de sugestões e com base nas ex- ria-Geral do CFN amplie a equi- tários e relatores. periências das Entidades Federa- pe para montagem de banco de Na oportunidade, foi analisada tivas Estaduais, que deverão ser dados e acompanhamento dos a proposta para o presente item encaminhadas à Secretaria-Geral projetos com vistas ao apoio ao da Pauta:“Gestão Federativa. Apri- do CFN até 15 de março de 2009. Movimento Espírita, agindo in- moramento e Capacitação do Di- A coordenação será da Secreta- tegradamente com as secretarias rigente e Trabalhador para as Ati- ria-Geral do CFN, contando com das Comissões Regionais do CFN vidades dos Órgãos Federativos, sua equipe e com expositores in- e de acordo com as realidades de visando a Dinamização do Movi- dicados pelas Entidades Federati- cada região do País. Com base na mento Espírita”, que contempla vas Estaduais. Em princípio, foi experiência do trabalho será ela- três projetos. Houve estudo em recomendado que a introdução e borado um anteprojeto futuro; grupo e, em seguida, análise das a motivação do Curso sejam ela- c) Análise e aprimoramento sugestões dos grupos e conclusão boradas com base no lema “Fora do documento “Diretrizes da Di- em plenário: da Caridade não há Salvação”, namização das Atividades Espíri- a) Preparação e desenvolvi- trabalhado pelo Codificador nos tas” (aprovado pelo CFN, 1983), mento de um “Curso de Capaci- “Discursos Pronunciados nas Reu- com o objetivo de originar o do- tação para Dirigentes e Trabalha- niões Gerais dos Espíritas de Lyon cumento “Orientação aos Órgãos dores para as Atividades dos Ór- e Bordeaux” (Viagem Espírita em de Unificação” – Concluiu-se que gãos Federativos e de Unificação 1862, Ed. FEB); e no estímulo pa- as propostas para a elaboração do Movimento Espírita” – Con- ra o desempenho das atividades deste novo documento deverão cluiu-se que deverá ser um mó- de dirigente e colaborador de Fe- ser encaminhadas pelas Entidades dulo complementar ao “Curso de derativas e adotando-se o texto Federativas Estaduais à Secreta- Capacitação Administrativa para “Unificação” (Bezerra, psicogra- ria-Geral até 15 de março de 2009,  4  =! 

=7 36   #    e a minuta do documento será rações sobre as ações executadas na Reunião do CFN de novem- discutida nas Reuniões dos Diri- como apoio à implementação bro de 2007, destacando o Cen- gentes das Comissões Regionais do “Plano de Trabalho para o tenário de Nascimento de Chico e na Reunião do CFN de 2009, Movimento Espírita Brasileiro Xavier; b) Providenciar uma edi- prevendo-se a aprovação do tex- (2007-2012)” e de Orientação ao ção especial comemorativa da pri- to até a Reunião Especial do Centro Espírita, sobre o planeja- meira obra psicográfica de Chico CFN, programada para abril de mento das ações federativas pa- Xavier – Parnaso de Além-Tú- 2010. Foi definido que o texto ra 2009, e fez uma apresentação mulo –, para lançamento no 3o deverá ser fundamentado nas panorâmica sobre as atividades Congresso Espírita Brasileiro; c) “Diretrizes da Dinamização das federativas da FEB realizadas Preparar a elaboração de DVD e Atividades Espíritas”, em Orien- em 2008. de livro que sintetizem as obras tação ao Centro Espírita, integra- e as ações de Chico Xavier, para do com o “Plano de Trabalho pa- #      lançamento no referido Con- ra o Movimento Espírita Brasi- O vice-presidente da FEB Ilcio gresso; d) Providenciar o lança- leiro (2007-2012)” e também le- Bianchi prestou informações so- mento de Selo Personalizado co- var em consideração o conceito bre as atividades do Departa- memorativo, para lançamento no do lema “Fora da Caridade não mento Editorial, especialmente a referido Congresso; e) Destacar há Salvação”, trabalhado pelo ampliação da difusão do livro. nas edições de Reformador,du- Codificador nos “Discursos Pro- A vice-presidente Cecília Ro- rante o ano de 2010, as obras nunciados nas Reuniões Gerais cha apresentou informações so- psicográficas de Chico Xavier e dos Espíritas de Lyon e Bordeaux” bre a edição e difusão de Progra- lançar uma Edição Especial (Viagem Espírita em 1862, Ed. FEB) mas de Estudos Doutrinários desta revista em abril de 2010; e o texto “Unificação” (Bezerra, (Apostilas). O vice-presidente f) Elaborar e disponibilizar às psicografia de Francisco Cân- Altivo Ferreira falou sobre as ati- Entidades Federativas Estaduais dido Xavier). A preparação do vidades de edição e difusão da um encarte sobre o Centenário novo documento, durante 2009, revista Reformador. Vários re- de Chico Xavier para eventual integrará as comemorações e re- presentantes de Entidades Fede- circulação na imprensa espírita flexões alusivas aos 60 anos do rativas se manifestaram com per- e leiga na 1a semana de abril de “Pacto Áureo”. guntas e sugestões acerca da dis- 2010; g) Estimular a realização Em seguida, os coordenado- tribuição e divulgação de livros, pelas Entidades Federativas Es- res de Áreas das Comissões Re- apostilas e revistas. taduais de eventos regionais e es- gionais apresentaram algumas taduais para ampliar a divulga-  informações relevantes de seus . # 2     ção da obra de Chico Xavier e, âmbitos de atuação: Atendimen- 6 !  consequentemente, da Doutrina to Espiritual no Centro Espírita; Neste item foi preliminar- Espírita. Atividade Mediúnica; Comuni- mente analisado o “Projeto Cen- Em seguida, foi analisado e cação Social Espírita; Estudo tenário de Chico Xavier”, de ca- aprovado o projeto específico pa- Sistematizado da Doutrina Es- ráter geral. Objetivo: Enfatizar a ra o 3o Congresso Espírita Brasi- pírita; Infância e Juventude; e obra de Chico Xavier e contri- leiro: Período – 16 a 18 de abril de Serviço de Assistência e Promo- buir com a preservação de sua 2010; Local – Centro de Conven- ção Social Espírita. memória. Propostas: a) Realizar ções Dr. Ulysses Guimarães, em Ao finalizar o item sobre Ati- o 3o Congresso Espírita Brasilei- Brasília; Tema Central: “Chico vidades Federativas, o secretá- ro, em Brasília, de 16 a 18 de Xavier: Mediunidade e Caridade rio-geral do CFN teceu conside- abril de 2010, conforme decisão com Jesus e Kardec”.Objetivos do

   #   37 =< Congresso: dar foco nas obras de tantes nos Relatórios, algumas  =    %   Chico Xavier; destacar a influên- Entidades Federativas prestaram &4       cia da obra psicográfica de Chico informações adicionais. As Fede-    &  = ! Xavier no Movimento Espírita rativas receberam durante a Foi aprovada a proposta de brasileiro e no Exterior; destacar Reunião o Índice Geral (1858- realização pelo CFN da Campa- as obras de Emmanuel e de André -1869) da Revista Espírita. nha O Evangelho no Lar e no Co- Luiz; destacar o exemplo de vida ração, já elaborada e lançada pela de Chico Xavier; respeitar o direi- -  A +  União das Sociedades Espíritas to à privacidade pessoal e espiri- ,  - do Estado de São Paulo (USE). tual de Chico Xavier. Algumas Entidades Federati- Também foi acolhido um rol vas complementaram os dados    1    de temas sugeridos para o pro- existentes nos Relatórios, in-    grama do Congresso. cluindo as informações sobre as Houve troca de ideias sobre o Como atividade pré-congres- ações relacionadas com o Movi- tema, definindo-se pela formação so, no dia 15 de abril de 2009, ha- mento “Brasil Sem Aborto”. A de comissão para apresentação de verá Reunião das Comissões Re- Secretaria-Geral do CFN fez re- uma proposta à Reunião do CFN gionais do CFN da FEB (dividi- lato sobre a participação da FEB, de 2009. A comissão ficou assim das por Regiões) e Reunião Espe- integrante do Conselho Diretor constituída: Abrarte – Rogério Fe- cial do Conselho Federativo Na- do Movimento Brasil Sem Abor- lisbino da Silva; ICEB – Fábio cional. to, como vice-presidente, em Ato Azevedo Peluzo; Região Norte – Ao final, foi constituída a Co- Público em São Paulo e na 2a Sandra Farias de Moraes; Nordes- missão Central do Projeto Cente- Marcha Cívica Nacional Brasil te – José Raimundo de Lima; Cen- nário de Chico Xavier, a saber: di- Sem Aborto, em Brasília, quando tro – Marival Veloso de Matos; Sul retores da FEB – Antonio Cesar houve farta distribuição dos opús- – Marcus Azuma; FEB – Marisa Perri de Carvalho e João Pinto culos e suplementos das Cam- Luiza Priolli dos Santos Fonseca. Rabelo, respectivamente, coorde- panhas Família, Vida e Paz,da nador e subcoordenador; secretá- FEB.  ? 2G  !2 rios das Comissões Regionais do   4  = , CFN: Norte – Manuel Felipe Me-  :      &4! nezes da Silva Júnior; Nordeste – 9 4! A análise do tema foi iniciada Olga Lúcia Espíndola Freire Maia; Houve apresentação das ativi- com apresentação por vários con- Centro – Aston Brian Leão; e Sul – dades do Conselho Espírita In- frades, que vêm estudando este as- Francisco Ferraz Batista; presi- ternacional em geral, da TVCEI, sunto. Após troca de ideias foi defi- dente da União Espírita Mineira – e da EDICEI, bem como uma nida a formação de uma comissão, Marival Veloso de Matos; e presi- apreciação geral sobre as ativi- com o objetivo de acompanhar a dente da Federação Espírita do dades espíritas internacionais. legislação sobre Assistência e Pro- Distrito Federal – César de Jesus No momento, foram distribuí- moção Social, aprofundar a análise Moutinho. das às Federativas produções do da diretriz doutrinária da Assis- CEI, tais como alguns livros edi- tência e Promoção Social Espírita e  &3 4   "% tados em outros idiomas, DVDs definir uma postura para o Movi-  $   &4, e as edições especiais comemo- mento Espírita e também uma   =    , rativas dos 150 anos da Revista contribuição sobre o tema à socie-     Espírita, em francês, espanhol, dade. Foram escolhidos como inte- Além das informações cons- inglês e português. grantes desta comissão: pela FEB –

>9 38   #     4  4!  1!4  !   <!  =   > 4

Ricardo Silva, Clodoaldo de Lima Carvalho informou que até o mo-      Leite, José Carlos da Silva Silveira e mento este já contou com um pú- Maria de Lourdes Pereira de Oli- blico de 409.623 pessoas. José Raul Teixeira, em visita à veira; José Raimundo de Lima Reunião do CFN, psicografou o (PB); e Paulo Maia Costa (DF).  = I   (   poema “Em Defesa da Vida”, de !G    -  Sebastião Lasneau [publicado nes-    2    1   ta edição, p. 31], e a mensagem Foi aprovada proposta da Fede-  “No Trabalho Profilático”, de Be- ração Espírita do Estado de Mato nedita Fernandes [programada Grosso para que durante o ano de =C    para a edição de fev./2009]. Raul 2009 sejam comemorados os 60 proferiu palestras públicas no Co- anos do “Pacto Áureo”; Gladis Pe- Os momentos finais da Reunião légio Militar de Brasília e no Gru- dersen de Oliveira (RS) propôs que contaram com a presença de José po Espírita Cristão “A Caminho na Reunião do CFN de 2009 seja Raul Teixeira e de Divaldo Pereira da Luz” (em Sobradinho, DF), es- analisada a questão dos Hospitais Franco.Ao final, este último recebeu ta última, a convite da Federação Psiquiátricos Espíritas; Aloísio mensagem psicofônica de Bezerra Espírita do Distrito Federal. Dival- Ghiggino (RJ) alertou sobre o cum- de Menezes, intitulada “Constru- do Pereira Franco esteve presente primento da “Declaração de Débi- tores do amanhã” [publicada nesta na Reunião do CFN, no sábado à tos e Créditos Tributários Federais” edição, p. 8-9]. O presidente da FEB tarde, e no seu encerramento, do- por parte das instituições espíritas; considerou a manifestação uma mingo pela manhã; à tarde profe- a pedido dos produtores do filme prece de encerramento, agradeceu riu palestra no Auditório Pedro Cal- Bezerra de Menezes – O Diário de a presença e a colaboração de todos mon, do Quartel General do Exér- um Espírito, Antonio Cesar Perri de e deu por concluída a Reunião. cito, em Brasília.

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D  !4  "  < !2      9 ! A Federação Espírita do Estado do Espírito Santo, Nos dias 8 e 9 de novembro de 2008 foi realizado o pelo seu Departamento de Comunicação Social Es- seminário “Relacionamento Interpessoal Saudável”, pírita, realizou, no dia 29 de novembro, em sua sede, em Sorriso (MT), tendo como facilitadores Carlos o 8o SIMCADE – Simpósio Capixaba de Divulgado- Regenold Fernandes e Nestor Fernandes Fidelis, res Espíritas –, com o tema central “Atualização das coordenadores de unificação da Federação Espírita mídias para a Comunicação Social Espírita”. Foram do Estado de Mato Grosso. Os assuntos abordados abordados assuntos tais como “Recursos Tecnológi- foram: Jesus, modelo para alcançar-se a perfeição; cos na Casa Espírita” e “A internet como um meio de autoconhecimento (valores permanentes e imperma- divulgação da Casa Espírita”. nentes); idealização e realização; as relações de po- der; surgimento e administração dos conflitos; dis- ! = J >   cussão ou diálogo; processo de melhoria constante; A Federação Espírita do Estado da Bahia realizou, no causa; comprometimento; estabelecimento de metas. dia 29 de novembro, a reunião plenária de seu Con- Informações: www.feemt.org.br selho Federativo Estadual, com a presença de presi- dentes de centros espíritas do Estado. Foram aborda-   :     dos os projetos federativos e propostas dos Conse- A 1a Mostra Abrarte Nordeste reuniu cerca de 70 lhos, que contemplam o “Plano de Trabalho para o artistas espíritas e mais de 500 espectadores da Região Movimento Espírita Brasileiro (2007-2012)”,a regio- Metropolitana de Fortaleza, em Guaiúba, nos dias 14, nalização do Movimento Espírita e a Caravana Baia- 15 e 16 de novembro. Ocorreram apresentações de na da Fraternidade. Informações: www.feeb.com.br teatro, música, poesia, exibição de filme e várias ofi- cinas artísticas, todas abertas ao público. Além dis- EF  A  =G so, o evento promoveu debates teóricos, oficinas de A Associação Jurídico-Espírita do Estado de São aprimoramento e avaliações em grupo de cada espe- Paulo (AJE-SP) encerrou seu primeiro ano de ativi- táculo apresentado, entre os artistas participantes. A dades, promovendo o evento “A caminho da paz”,no realização foi da Associação Brasileira de Artistas dia 6 de dezembro, no auditório Elis Regina do Cen- Espíritas (Abrarte), em parceria com a Coordenação tro de Convenções do Anhembi, em São Paulo. Hou- de Artes da Federação Espírita do Estado do Ceará ve palestra do confrade Izaías Claro, promotor de e a Prefeitura Municipal de Guaiúba. Informações: justiça. Ocorreu, no evento, parte artística com o www.abrarte.org.br e www.feec.org.br músico Moacyr Camargo e show acústico O Canto Pela Paz. Informações: www.ajesaopaulo.com.br $ &  1  P   ?1 2  F2  E     :   A Federação Espírita Piauiense promoveu, nos dias 22 <4   e 23 de novembro, um seminário destinado aos diri- O Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB) inau- gentes de centros espíritas do Estado sobre os temas gurou, no dia 6 de dezembro, o Centro de Memó- “Gestão Federativa” e “Obrigações Legais Aplicáveis a ria e Documentação Antonio Lucena, no edifício- toda Casa Espírita”, respectivamente, desenvolvidos -sede do Lar Fabiano de Cristo, onde está instalado, pelo diretor da FEB Antonio Cesar Perri de Carvalho e no Rio de Janeiro. A iniciativa é uma homenagem Ricardo Silva, integrante da equipe da Secretaria-Geral ao trabalho do biógrafo e fotógrafo. Informações: do CFN da FEB. Informações: www.fepiaui.org.br (21) 2224-1060.

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