Almas Companheiras E Chamas Gêmeas
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Elizabeth Clare Prophet Almas Companheiras e Chamas Gêmeas Tradução de MARIA TERESA MORAS 3a EDIÇÃO NOVA ERA Sumário O PAR PERFEITO PRESO NA REDE DO CARMA A BUSCA DA INTEGRIDADE O CASAMENTO ALQUÍMICO A CRIAÇÃO DAS CHAMAS GÊMEAS O CONTATO INTERNO ENTRE AS CHAMAS GÊMEAS MADAME BUTTERFLY LOHENGRIN ALMAS COMPANHEIRAS O CASAMENTO CÁRMICO A UNIÃO DO CASAMENTO O CÍRCULO DA UNIDADE A ALQUIMIA DA ERA DE AQUÁRIO A BUSCA DA INTEGRIDADE AMOR, CASAMENTO E MUITO MAIS: O QUE APRENDI COMO RECONHECER A SUA CHAMA GÊMEA O CARMA NOS RELACIONAMENTOS CASAMENTO DIVÓRCIO A SUA UNIÃO NA ETERNIDADE O PESO DO CARMA TRABALHAR OS RELACIONAMENTOS PREPARAR-SE PARA A SUA CHAMA GÊMEA TORNAR-SE ÍNTEGRO A IMAGEM DO SEU EU DIVINO A PRESENÇA DO EU SOU E O CORPO CAUSAL O SANTO CRISTO PESSOAL A CENTELHA DIVINA E OS QUATRO CORPOS INFERIORES O DESTINO DA ALMA ORAÇÕES E DECRETOS PARA AS CHAMAS GÊMEAS PEDIDO DE PROTEÇÃO AO ARCANJO MIGUEL PARA TRANSMUTAR O CARMA DAS CHAMAS GÊMEAS EU SOU A CHAMA VIOLETA RADIANTE ESPIRAL DE CHAMA VIOLETA DECRETOS DO CORAÇÃO, CABEÇA E MÃO Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu. O CÂNTICO DOS CÂNTICOS 6:3 Vou levantar-me, vou rondar pela cidade, pelas ruas, pelas praças, procurando o amado da minha alma. Procurei-o e não o encontrei! Encontrou-me o guarda que fazia a ronda da cidade: vistes o amado da minha alma? Passando por eles, contudo, encontrei o amado da minha alma; Agarrei-o e não vou mais soltá-lo. O CÂNTICO DOS CÂNTICOS 3:2-4 O par perfeito preso na rede do Carma "Querida, querida, querida", cantava Nelson Eddy. Subitamente, do fundo da plateia, escutou-se uma voz feminina fazendo dueto com ele. Todos no teatro lotado ficaram surpresos. Ela veio descendo pelo corredor, cantando para ele. No final da canção, estava no palco olhando-o nos olhos, e o público ovacionava de pé. Ela era Jeanette MacDonald, que estrelou oito filmes com ele. O casal exibia o seu amor para quem quisesse ver, conta Frank Laric, que presenciou a cena da terceira fila. Nelson nem sabia que ela estava na cidade. — De onde você veio? — perguntou ele, enquanto o público aplaudia entusiasmado. — Cheguei ontem à noite — respondeu ela. Ele convidou- a para jantar e cantaram juntos Indian Love Call. Em momentos mágicos como esse, e nos filmes que passavam nas telas dos cinemas, as pessoas descobriram as chamas gêmeas.{1} Isto aconteceu no verão de 1941. Eles formavam um par perfeito, mais do que isso, eram dois corações apaixonados. Embora esse romance tenha começado em maio, ele nunca deu certo. Vendo o romance acontecer nas telas de cinema e ouvindo-os cantar duetos sem tirar os olhos um do outro, exibindo um para o outro e para o mundo inteiro a dor do seu amor proibido, mais de uma geração de norte-americanos conheceu o amor especial que existe entre as chamas gêmeas. Embora poucas pessoas hoje em dia escutem árias cantadas por Jeanette e Nelson, as suas canções, e principalmente os seus filmes, mantêm um apelo eterno que desafia o tempo e transcende o enredo e diálogos dos seus ingênuos melodramas. Este apelo, este ingrediente misterioso, é o amor que todos buscam e poucos encontram, da união das chamas gêmeas. O casal foi obrigado a esconder do mundo o romance que vivia na vida real. A versão oficial dessa relação, divulgada pelo estúdio e pelas revistas de fãs, anunciava que eles eram somente amigos que eventualmente brigavam, e eram muito felizes casados com outras pessoas. A história poderia ter ficado assim para sempre, não fosse pelos esforços de Sharon Rich e Diane Goodrich, que publicaram, em 1979, um livro intitulado Farewell to Dreams. Elas colheram informações não nos jornais da época, mas com amigos, vizinhos e parentes do casal, que finalmente concordaram em dizer a verdade; e também com camareiras, porteiros e extras de filmagem, que completaram os detalhes e confirmaram as evidências. "Cada linha deste livro", afirma Sharon, "é uma citação literal do que alguém nos contou, da forma mais fiel possível." Esta não é uma foto publicitária. Expressa bem o romance na vida real, em que Nelson lança a precaução às favas e dá em Jeanette um apaixonado abraço de aniversário. Sharon e Diane descobriram uma trama gigantesca destinada a ocultar tudo o que aconteceu entre Nelson, Jeanette e o estúdio, que fez com que os amigos jurassem segredo sobre o assunto. Elas descobriram que o casal, de fato, esteve perdidamente apaixonado, mais do que qualquer uma das suas personagens, e viveram um romance que durou trinta anos. Entretanto, a ambição de Jeanette, seus ocasionais acessos de raiva e uma estranha combinação de pessoas e circunstâncias mantiveram-nos separados por toda a vida. Parece que as coisas nem sempre dão certo, mesmo quando se encontra a chama gêmea. Esta história é uma tragédia de chamas gêmeas. Ela ensina aos que buscam o amor perfeito que, se não resolverem primeiro os aspectos negativos do seu carma, nunca poderão usufruir a felicidade completa, encontrem ou não a sua chama gêmea. Sharon e Diane começaram a contar a história como num conto de fadas: amor à primeira vista ou, pelo menos, reconhecimento instantâneo. A irmã de Jeanette, Blossom, folheava um jornal, quando uma fotografia atraiu a atenção de Jeanette: — Quem é este? — perguntou ela, fazendo com que a irmã voltasse para a tal página. Ela sentiu que precisava assistir a Nelson Eddy cantar. Nelson viu, ou melhor, escutou pela primeira vez Jeanette cantar nos estúdios da MGM, onde ambos trabalhavam. Ele havia sido contratado em 1933 como cantor de ópera de sucesso, e — como todos os cantores de ópera jovens e atraentes da época — era um símbolo sexual. Os fãs, na maioria mulheres, tratavam-no como a uma estrela de rock dos dias de hoje, até rasgando suas roupas após os concertos. Nelson seguiu a voz encantadora de Jeanette até o estúdio de som, onde ela filmava A viúva alegre. Quando a viu no palco, apaixonou-se. Ela correspondia à imagem de mulher com quem ele sempre sonhara. Alguns dias mais tarde, convidou-a para almoçar. Ela aceitou com alguma relutância, pois não queria ficar presa a um relacionamento que pudesse colocar em risco a sua carreira. Apesar disso, o romance continuou e o amor aumentou. Nelson fazia com que ela, uma diva glamourosa de trinta anos, se sentisse como no seu primeiro encontro. Seria possível que estivesse acontecendo com ela o conto de fadas que tantas vezes representou na tela? "Quando ele me beijou, foi diferente de tudo o que já havia sentido", disse ela à sua mãe. "Perto dele, sinto-me maravilhosamente exultante e, quando ele me olha, sinto como se não existisse mais ninguém no mundo para ele, só eu." Nesse romance, podemos identificar outros sinais do relacionamento entre chamas gêmeas. O amor que eles sentiam era muito maior do que uma simples atração — ele se expressava em todas as áreas de suas vidas. Juntos, eles tinham um esplendor que não existia quando estavam separados. Os filmes que fizeram separados dificilmente são lembrados, mas juntos eram capazes de acessar o seu potencial interno, como só as chamas gêmeas unidas podem, e os filmes em que contracenaram bateram todos os recordes de bilheteria. A presença radiante que expressavam nas telas, a qualidade real e verdadeira do seu amor e a dor não revelada da sua separação fizeram com que os oito filmes que fizeram juntos, filmados de 1935 a 1942, consistissem nas histórias de amor mais tocantes filmadas por Hollywood. Sua popularidade é eterna. A MGM relançou vários dos seus filmes no final da década de 1950 e no início da década de 1960 e, recentemente, lançou três deles em vídeo. Seus fãs leais, jovens e velhos, ainda se reúnem nos três fã-clubes, os mais antigos que existem. O amor entre eles não diminuiu com o passar do tempo. Ele ainda a via da mesma forma como a viu no seu primeiro encontro. "A beleza provém da alma", disse Nelson em 1958. "O corpo é só uma capa. É claro que ele envelhece e fica cansado. Mas é a pessoa que irradia ou não a beleza que tem dentro de si. É por isso que vou amar a Srta. MacDonald até morrer." Sentindo o seu amor, Jeanette se iluminava como um vaga-lume sempre que ele estava por perto, tornando-se uma pessoa diferente quando estava na sua presença. O amor infinito que sentiam um pelo outro, mais uma característica do amor entre almas gêmeas, estendia-se muito além daquela vida, ou eles assim acreditavam. Sharon e Diane descobriram que os dois admitiam a reencarnação. Nos anos 30, um médium disse a Jeanette que ela havia vivido com Nelson numa vida anterior, quando haviam sido irmãos, por volta de 1830, na Inglaterra. Seguindo a pista da história de Jeanette e Nelson, Diane Goodrich foi a outro médium, sem revelar o que Jeanette havia descoberto, e este deu-lhe exatamente a mesma informação. Embora pensemos que as chamas gêmeas estejam sempre apaixonadas, este não é necessariamente o caso. O fato de serem irmãos não exclui nem impede a possibilidade de serem almas companheiras ou chamas gêmeas, pois o amor entre as chamas gêmeas estende-se muito além de uma ou duas vidas, tendo-se iniciado no momento da criação. O relacionamento entre irmão e irmã permite o estabelecimento de uma união de confiança, de amor puro, de adoração e progresso mútuo. Esta é uma parte bem real da espiral que é construída, vida após vida, pelas chamas gêmeas que se preparam para a união final, quando o fruto do seu amor será uma contribuição ímpar oferecida no altar da humanidade.