Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Instituto De Filosofia E Ciências Humanas Programa De Pós-Graduação Em Ciência Política
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA GUILHERME DE QUEIROZ STEIN POLÍTICA INDUSTRIAL NO SÉCULO XXI: CAPACIDADES ESTATAIS E A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA (2003-2014) Porto Alegre 2016 GUILHERME DE QUEIROZ STEIN POLÍTICA INDUSTRIAL NO SÉCULO XXI: CAPACIDADES ESTATAIS E A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA (2003-2014) Dissertação submetida ao Programa de Pós- Graduação em Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciência Política. Orientador: Prof. Dr. Alfredo Alejandro Gugliano Porto Alegre 2016 DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) Queiroz-Stein, Guilherme de Política Industrial no Século XXI: Capacidades Estatais e a Experiência Brasileira (2003-2014) / Guilherme de Queiroz Stein. -- 2016. 159 f. Orientador: Alfredo Alejandro Gugliano. Dissertação (Mestrado) -- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, Porto Alegre, BR-RS, 2016. 1. Política Industrial. 2. Capacidades Estatais. 3. Governo Federal. 4. Políticas Públicas. 5. Economia Política. I. Gugliano, Alfredo Alejandro, orient. II. Título. GUILHERME DE QUEIROZ STEIN POLÍTICA INDUSTRIAL NO SÉCULO XXI: CAPACIDADES ESTATAIS E A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA (2003-2014) Dissertação submetida ao Programa de Pós- Graduação em Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciência Política. Aprovada em: Porto Alegre, 28 de março de 2016. BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. Alfredo Alejandro Gugliano – Orientador UFRGS Prof. Dr. Ronaldo Herrlein Jr. UFRGS Profa. Dra. Sonia Maria Ranincheski UFRGS Dr. Jackson de Toni ABDI AGRADECIMENTOS Agradeço ao Programa de Pós-graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul por ter proporcionado um ambiente de profundo aprendizado, qualificação e construção de boa relações entre colegas, professores e funcionários. Agradeço, também, à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior pela concessão de bolsa de estudos, sem a qual não haveria condições de realizar as disciplinas, a pesquisa e demais atividades com a dedicação necessária. Agradeço aos colegas do Grupo de Pesquisa em Processos Participativos na Gestão Pública por ter compartilhado não só seus conhecimentos, mas também sua amizade, tornando as tarefas dos últimos dois anos muito mais prazerosas. Em especial gostaria de agradecer ao meu orientador, Alfredo Alejandro Gugliano, pelo companheirismo, pela força e pelo respeito que marcou nossa relação. Em nossa convivência, para além das temáticas específicas relacionadas à pesquisa, aprendi sobre posturas que favorecem a criação e o desenvolvimento de novas ideias, comprometidas com a transformação social. Agradeço à professora Sonia Maria Ranincheski e ao Doutor Jackson de Toni que gentilmente aceitaram ler o trabalho e participar da banca de defesa. Em especial, ao professor Ronaldo Herrlein Jr. que acompanha minha trajetória desde que ingressei no curso de Ciências Econômicas e foi o grande responsável por despertar o meu interesse sobre as complexas relações entre democracia, desenvolvimento econômico e políticas industriais. Agradeço aos amigos e amigas que estiveram comigo nos bons e nos maus momentos. Em especial, à Daphne Pacheco que esteve ao meu lado e me ajudou em períodos cruciais. Por fim, agradeço à minha família Mauro, Tania e Alexandre, e às minhas avós, Nelcy e Terezinha. Vocês sempre me apoiaram em minhas decisões e nos caminhos trilhados, acima de tudo estão juntos comigo em todos os momentos, fazendo com que cada passo tenha sentido. “Pode-se partir de uma visão microeconômica ou macroeconômica. Mas qualquer que seja o exercício analítico, parece-me cada vez mais patente que a dimensão política do processo de desenvolvimento é incontornável.” (Celso Furtado) RESUMO Nas últimas décadas, a literatura sobre política industrial tem enfatizado os determinantes políticos e institucionais para explicar a forma e os resultados dessas políticas. Assumindo essa perspectiva, essa dissertação de mestrado tem por objetivo compreender como a evolução das capacidades estatais impactou o caráter das políticas industriais brasileiras formuladas e executadas nos governos do Partido dos Trabalhadores, a nível Federal, entre 2003 e 2014. Assume-se como foco de análise a dimensão participativa das capacidades estatais, observando espaços de interlocução entre governo, empresários e trabalhadores. Para tanto, toma-se como objeto de estudo o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial e os Conselhos de Competitividade do Plano Brasil Maior. Os resultados apontam que, entre 2003 e 2007, o governo tentou estruturar as capacidades políticas; após esse período, percebe-se uma progressiva perda dessas capacidades. Isso se reflete na política industrial que progressivamente perde direcionamento estratégico, passando a incluir um expressivo número de setores econômicos, usando predominantemente instrumentos tributários para executar a política. Palavras-chave: Política Industrial; Capacidades Estatais; Governo Federal; Partido dos Trabalhadores; Economia Política. ABSTRACT In recent decades, the literature on industrial policy has emphasized the political and institutional determinants to explain the form and the results of those policies. Assuming this framework, this master's thesis aim to understand how the evolution of State Capacities impact the character of Brazilian industrial policy formulated and deployed in the period of Workers‘ Party in the Federal Government, from 2003 to 2014. It is focused on the participatory dimension of State Capacities, analyzing spaces of dialogue between government, business and unions. Therefore, It is studied the Presidential Council of Social and Economic Development, the National Council of Industrial Development and the Competitiveness Councils of ―Plano Brasil Maior‖. The results show that, from 2003 to 2007, the government tried to structure the political capacities; after this period, there is a progressive loss of this capacities. This is reflected in the industrial policy that loses the strategic direction, to include a significant number of economic sectors, using predominantly tax instruments to execute the industrial policy. Keywords: Industrial Policy; State Capacities; Federal Government; Workers‘ Party; Political Economy. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Estrutura de Gestão da PITCE .................................................................. p. 48 Figura 2 - Metas País da PDP..................................................................................... p .50 Figura 3 - Estrutura Lógica da PDP............................................................................. p.52 Figura 4- Estrutura de Gestão da PDP......................................................................... p.55 Figura 5 - Dimensões do PBM.................................................................................... p.56 Figura 6 - Setores e governança do PBM.................................................................... p.57 Figura 7 - Objetivos do PBM...................................................................................... p.58 Figura 8 – Estrutura de Gestão do PBM...................................................................... p.60 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Número de Reuniões de Pleno/CDES (Ordinárias e extraordinárias)...... p.85 Gráfico 2 - Composição Original do CCDAE........................................................... p.125 Gráfico 3 – Participação em no Mínimo uma Reunião do CCDAE.......................... p.125 Gráfico 4 - Participação em Mais de 50% das Reuniões do CCDAE....................... p.126 Gráfico 5 - Composição Original do CCQ.................................................................p.132 Gráfico 6 – Participação em no Mínimo uma Reunião do CCQ................................p.133 Gráfico 7 - Participação em mais de 50% das Reuniões do CCQ..............................p.133 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Participação dos Conselheiros Representantes da Sociedade Civil no CNDI............................................................................................................................p.98 Tabela 2 - Participação dos Conselheiros Governamentais no CNDI......................... p.99 Tabela 3 - Participação Total no CNDI..................................................................... p.101 Tabela 4 - Pautas e Temas Debatidos no CNDI........................................................ p.105 Tabela 5 - Número de Reuniões dos Conselhos de Competitividade........................ p.123 Tabela 6 - Participantes em mais de 50% das reuniões do CCDAE..........................p.127 Tabela 7 - Participantes em mais de 50% das reuniões do CCQ................................p.131 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial ABDID - Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base ABIEC - Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne ABIMAQ - Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos ABIMDE - Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança ABIPLAST - Associação Brasileira da Indústria do Plástico ABIQUIM - Associação Brasileira da Indústria Química ABIT - Associação Brasileira da Indústria