Rapsódia Em Vermelho: a Poética De Jeanclaude Pinson

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Rapsódia Em Vermelho: a Poética De Jeanclaude Pinson UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS­GRADUAÇÃO EM LETRAS JOSÉ EVERARDO ARRAES DE ALENCAR NORÕES Rapsódia em ver melho: a poética de Jean­Claude Pinson RECIFE/2009 JOSÉ EVERARDO ARRAES DE ALENCAR NORÕES Rapsódia em ver melho: a poética de Jean­Claude Pinson Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós­Graduação em Letras da UFPE para obtenção do grau de Mestre em Teoria da Literatura. Orientador: Professor Dr. LOURIVAL HOLANDA RECIFE ­ 2009 Norões, José Everardo Arraes de Alencar Rapsódia em vermelho: a poética de Jean­Claude Pinson / José Everardo Arraes de Alencar Norões. – Recife: O Autor, 2009. 89 folhas. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CAC. Letras, 2009. Inclui bibliografia. 1. Pinson, Jean­Claude ­ Crítica e interpretação. 2. Poesia francesa. 3. Crítica. 4. Literatura francesa. I. Título. 82.09 CDU (2.ed.) UFPE 809 CDD (22.ed.) CAC2009­69 RECONHECIMENTO Melhor que agradecer, reconhecer. Reconhecer significa aceitação de um benefício, lembrança de gratidão. Agradecer põe fim a um compromisso. Reconhecer alerta a memória, compromete a palavra. Sônia, minha mulher, um dia perguntou­me por que não tentar um mestrado de literatura, eu, economista, viciado em leituras poéticas que muitas vezes o cotidiano me obrigara a adiar. Em apoio à sua insistência, recebemos um dia a visita de dois conhecidos da vida literária: os professores Maria da Piedade Sá e Esman Dias. De repente, lá estavam os dois, no terraço de nossa casa, no bairro de Sítio dos Pintos, quase uma viagem, para trazer toda a documentação necessária ao concurso de mestrado da UFPE. Um ano depois, aquiesci. Resolvi enfrentar banca e provas, ao lado de jovens com idade de filhos, egressos de um curso de graduação em Letras. A convivência com professores e alunos e as discussões durante os seminários logo me fizeram atinar para um fato: uma sociedade nova começara a surgir: a abnegação e o trabalho daqueles mestrandos, muitos deles enfrentando a difícil rotina de quem mora em subúrbios distantes, eram certamente mostra de que um país mestiço e mais democrático estava finalmente substituindo outro, marcado pelos traços de uma oligarquia cansada e decadente, para a qual nomes de família valiam mais do que cidadania e formação cultural. Dei­me conta também de que o nível a que chegara o curso de Letras da UFPE era, de certa maneira, uma das respostas históricas à repressão à qual foi submetido Pernambuco nos tempos que se seguiram ao golpe militar de 64. Todos sabem, mas é sempre bom relembrar, como a efervescência intelectual que caracterizava nosso estado foi substituída pelo patrulhamento ideológico mais vil, do qual nem a Universidade foi poupada. Por isso, é necessário fazer da lembrança e do reconhecimento uma arma contra nossa pior doença: o esquecimento. Pois o esquecimento, o esquecimento histórico, é uma necessidade para a reprodução do paradigma de um mundo que queremos enterrar, o que transformou o ser humano em mero homo oeconomicus, uma ‘mutação antropológica considerável’, para usar a expressão do filósofo Cornelius Castoriadis. Para quem escreve ficção ou poesia, para quem se dedica à literatura, o que nos cabe é inventar formas que desmascarem essa ‘racionalidade’ e inscrevam o ser humano em outra dimensão, na qual o sensível de sua natureza essencialmente criadora possa se manifestar. Portanto, reconhecer e lembrar a todos, sem agradecer a nenhum. Para que todos se sintam presentes nesta dissertação, que não é trabalho individual, egoísta, mas apanhado de alguns conhecimentos, para o qual contribuíram escritores vivos e mortos, professores, colegas e amigos, inclusive aqueles de Taquaritinga do Norte, camponeses cujas conversas despretensiosas – e, por isso mesmo, lavradas numa língua criativa – nos proporcionaram o relaxamento necessário entre as leituras mais árduas e nossas redações imperfeitas. Nesta dissertação só os erros e os equívocos são exclusivamente nossos. RESUMO Neste trabalho observou­se o declínio da influência da França na literatura brasileira, sobretudo a partir da segunda metade do século passado e buscou­se conhecer as tendências da poética contemporânea naquele país. O foco principal da dissertação foi a obra do poeta e crítico Jean­Claude Pinson, especialmente seu livro Free Jazz. Através de seus textos buscou­se conhecer algumas correntes da poesia da França, especialmente aquela à qual ele se vincula: a da busca de uma ‘pó­ética’, cujas raízes estão fincadas no Romantismo Alemão e no pensamento do poeta italiano Leopardi. Jean­Claude Pinson recorre a um estilo multifacetado, caracterizado por ele como poikilos, termo grego utilizado em As Bacantes de Eurípedes para designar algo pintalgado, de aspecto diversificado e sem clara definição de gênero. Também foi constatado que a crítica poética de Jean­Claude Pinson se opõe a certas características da poesia moderna enunciadas no clássico de Hugo Friedrich, Estrutura da lírica moderna. Tal fato o insere numa linhagem de críticos como Yves Bonnefoy, Alfonso Berardinelli e Michael Hamburger. A leitura de Free Jazz mostrou as particularidades da escrita de um poeta contemporâneo da França e a coerência entre sua poesia e seu pensamento crítico. Revelou também elementos susceptíveis de possibilitar o estudo comparativo entre a escrita praticada por poetas franceses e brasileiros. Palavras­chave: 1. Pinson, Jean­Claude. 2. Poesia francesa. 3. Crítica. 4. Literatura francesa. RÉSUMÉ Dans ce travail est observé le déclin de l'influence de la France dans la littérature brésilienne, surtout à partir de la deuxième moitié du siècle passé, ainsi que les tendances de la poétique contemporaine de ce pays. Le noyau principal de la dissertation a été l'oeuvre du poète et critique Jean­Claude Pinson, notamment son livre Free Jazz. À travers ses textes il a été question de connaître certains courants de la poésie de la France. Et notamment celui auquel il appartient, tourné vers la recherche d'une ‘poéthique dont les racines peuvent être décelées dans le Romantisme Allemand et dans la pensée du poète italien Leopardi. Jean­Claude Pinson fait appel à un style à facettes multiples, caractérisé par lui comme poikilos, terme grec utilisé dans Les Bachantes d’Euripide pour désigner une chose bariolée, d'aspect diversifié et sans une nette définition de genre. En outre, il a été constaté que la critique poétique de Jean­ Claude Pinson s'oppose à certaines caractéristiques de la poésie moderne énoncées dans le classique de Hugo Friedrich, Structure de la lyrique moderne. Cela le rattache à la lignée de critiques tels que Yves Bonnefoy, Alfonso Berardinelli et Michael Hamburger. La lecture de Free Jazz a montré les particularités de l'écriture d'un poète contemporain de la France et la cohérence entre sa poésie et sa pensée critique. Elle a également révelé des elements susceptibles de rendre possible l’étude comparative entre l’écriture de poètes français et brésiliens. Mots­clé: 1. Pinson, Jean­Claude. 2. Poésie française. 3. Critique. 4. Littérature française. SUMÁRIO 1 PRELIMINARES 8 2 RAZÕES DE UMA LEITURA 14 2.1 Escolha/escolhos 14 2.2 Algumas observações sobre a poesia francesa contemporânea 17 2.3 Apontamentos sobre o contemporâneo 24 2.4 Dois poemas traduzidos 27 3 UM AUTOR NO REDEMOINHO 31 3.1 Registro breve sobre Jean­Claude Pinson 31 3.2 Ao encontro do autor 37 4 RECURSOS PARA UM OLHAR 41 4.1 As visões 41 4.2 Os prismas de Jean­Claude Pinson 47 4.3 Em busca da pó­ética 49 4.4 Uma ideia de poesia 53 5 ANDAMENTOS DO FREE JAZZ (do olhar à práxis poética) 61 5.1 Além dos gêneros 62 5.2 Num pátio interior 69 5.3 O trapézio da linguagem 80 6 CONCLUSÃO: em busca da rapsódia 84 REFERÊNCIAS 86 1 PRELIMINARES A poesia moderna inicia­se com um processo jurídico: a condenação de As flores do mal, livro ‘maldito’ do poeta francês Charles Baudelaire. Um artigo datado de 5 de julho de 1857, publicado no jornal parisiense Le Figaro, de autoria de Gustave Bourdin, denunciava a obra como “um hospital aberto a todas as demências do espírito” (FLORENNE, 1972, p. 319) 1. Em 20 de agosto, pouco mais de um mês depois, Baudelaire era condenado por ultraje à moral e aos bons costumes, multado em 300 francos e obrigado a suprimir do livro seis de seus poemas. A rapidez da justiça foi tão marcante quanto o esquecimento de Sainte­Beuve, o crítico mais célebre de então, que deixou passar em brancas nuvens a maior revelação poética do século. Mais tarde, Proust o criticaria com severidade por ele ter escrito apenas umas poucas linhas insignificantes sobre Baudelaire, enquanto “havia falado tão abundantemente de tantos imbecis” (PROUST, 2006, p. 184). Naquele processo, tanto a justiça quanto a crítica literária oficial da França restaram solidárias – uma para condenar, a outra para ignorar – diante de um dos acontecimentos mais significativos da literatura moderna. Walter Benjamin perceberia depois o dilema dos poetas no estágio de ascensão do capitalismo: divididos, segundo ele, entre os ‘poetas laicos da burguesia’ (entre os quais se encontraria Victor Hugo), os que se contentaram com uma rebeldia fácil e aqueles refugiados na arte pela arte. E observou que Baudelaire não havia se filiado a nenhuma dessas correntes, pois fora o único a expor de público sua “existência ociosa, desprovida de identidade social” (2003, p. 311). A filósofa espanhola María Zambrano, em ensaio de 1939, escreveu sobre essa marginalidade da poesia, chamando a atenção para as condições do nascimento dos dois caminhos da procura do homem. O primeiro, o do pensamento, quando o filósofo “impulsionado pelo violento amor ao que buscava abandona a superfície do mundo” e, como que emergindo da caverna de Platão, não sucumbe ao pasmo, mas o converte em “persistente interrogação”. O segundo caminho, o do poeta, que nada busca “porque tem”, porque dispõe de uma espécie de dom da possessão não apenas daquilo que apreende pelos sentidos, mas do que percebe através de seus próprios sonhos (2006, p.
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