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CASA DE OSWALDO CRUZ - FIOCRUZ Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde MARIA ROSA LOPEZ CID MIRANDA RIBEIRO: UM ZOÓLOGO EVOLUCIONISTA NOS PRIMEIROS ANOS DA REPÚBLICA (1894 – 1938) Rio de Janeiro 2009 1 MARIA ROSA LOPEZ CID MIRANDA RIBEIRO: UM ZOÓLOGO EVOLUCIONISTA NOS PRIMEIROS ANOS DA REPÚBLICA (1894 – 1938) Tese de Doutorado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz-Fiocruz, como requisito parcial para obtenção do Grau de Doutor. Área de Concentração: História das Ciências. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Francisco Waizbort Co- Orientadora: Profª. Drª. Magali Romero Sá Rio de Janeiro 2009 2 Ficha catalográfica C568 Cid, Maria Rosa Lopez Miranda Ribeiro: um zoólogo evolucionista nos primeiros anos da república (1894-1938). / Maria Rosa Lopez Cid.– Rio de Janeiro : s.n., 2009. 230 f . Tese ( Doutorado em História das Ciências e da Saúde) - Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz, 2009. Bibliografia: f. 219-230. 1. Ciência 2. História 3. Zoologia. 5. Museus 6. Historia Natural 7.Ribeiro, Miranda 8. Brasil CDD 925 3 MARIA ROSA LOPEZ CID MIRANDA RIBEIRO: UM ZOÓLOGO EVOLUCIONISTA NO BRASIL NOS PRIMEIROS ANOS DA REPÚBLICA (1894 – 1938) Tese de doutorado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz- FIOCRUZ, como requisito parcial para obtenção do Grau de Doutor. Área de Concentração: História das Ciências. Aprovada em dezembro de 2009 . BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________________________ Prof. Dr. Ricardo Francisco Waizbort – Orientador Casa de Oswaldo Cruz / FIOCRUZ ______________________________________________________________ Profª. Drª. Magali Romero Sá – Co-Orientadora Casa de Oswaldo Cruz / FIOCRUZ ___________________________________________________________________ Profª. Drª. Heloisa Maria Bertol Domingues Museu de Astronomia e Ciências Afins / MCT ______________________________________________________________ Prof. Dr. Hélio Ricardo da Silva Instituto de Biologia / UFRRJ ___________________________________________________________________ Prof. Dr. Luiz Otávio Ferreira Casa de Oswaldo Cruz / FIOCRUZ ___________________________________________________________________ Prof. Dr. Luiz Antônio Teixeira Casa de Oswaldo Cruz / FIOCRUZ Suplentes: ___________________________________________________________________ Prof.Dr. Gustavo Nunan Departamento de Vertebrados / Museu Nacional do Rio de Janeiro ___________________________________________________________________ Profª. Drª. Maria Rachel Gomensoro Fróes da Fonseca Casa de Oswaldo Cruz / FIOCRUZ Rio de Janeiro 2009 4 Para minha mãe ( in memorian ), meu pai e meu marido. 5 AGRADECIMENTOS Depois de um longo e árduo processo, mais longo do que seria esperado, e cujo resultado está resumido no texto desta tese, é fundamental agradecer àqueles que me ajudaram a continuar caminhando, mesmo depois de muitos tropeços e tombos. Sem sua valiosa ajuda, este trabalho não teria sido concluído. Aos amigos Rebeca e Marcelo que, após o fim do mestrado, me incentivaram muito a participar da seleção para o doutorado na Casa de Oswaldo Cruz. À Ruth Luz que, sempre com bom humor, me “puxava a orelha” todas as vezes que eu desanimava. À Wanda Weltman e as funcionárias da Biblioteca da Casa de Oswaldo Cruz por facilitarem sempre a pesquisa e ajudarem na aquisição de material bibliográfico. Aos funcionários da Biblioteca do Museu Nacional, da Biblioteca Nacional, do Arquivo Nacional, da Biblioteca Central da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Biblioteca Central da Fundação Oswaldo Cruz, onde consegui obter muitas das fontes e bibliografia citadas na tese, pela paciência e profissionalismo com que me atenderam. À Maria José e Silvia Moura, da seção de Memória e Arquivo do Museu Nacional, que disponibilizaram todo o material referente a Miranda Ribeiro que está catalogado na seção e ajudaram a identificar documentos relevantes para a pesquisa. Ao colega de curso Márcio que, mesmo tendo trabalho suficiente no projeto Adolpho Lutz, sempre sorridente e tranqüilo, arrumava tempo para me ajudar a fotografar boa parte do material que foi utilizado neste trabalho. 6 Aos professores do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências da Saúde por estarem sempre disponíveis para orientar e discutir questões referentes à tese, especialmente, os Profs. Drs. Luiz Otávio Ferreira, Nísia Trindade Lima, Dominichi Miranda de Sá, Maria Rachel Gomensoro Fróes da Fonseca, com quem tive maior contato durante o curso de doutorado. Aos Profs. Drs. Luiz Otávio Ferreira e Gustavo Nunan que, na qualificação, colocaram questões importantes e ajudaram a definir um pouco melhor o escopo do trabalho. Aos colegas de curso que discutiram muitas questões importantes e esclareciam dúvidas durante as aulas e estimularam reflexões sobre vários temas que envolviam o evolucionismo. Ao Programa de Pós-Graduação em História das Ciências da Saúde por proporcionar as condições para o desenvolvimento do trabalho, facilitando a obtenção de material, participação em seminários e congressos, resolvendo questões de natureza mais burocrática. Destaco também a atuação dos funcionários sempre disponíveis e prontos a ajudar a resolver todos os problemas que surgiam, sempre com boa vontade, especialmente Maria Cláudia Cruz, Ariane Mota, Sheila Limeira e Francisco Lourenço. Aos meus orientadores, Ricardo Waizbort e Magali Romero Sá, que apesar dos problemas que tive para terminar a tese, sempre me incentivaram, realizando questionamentos e discussões, auxiliaram na aquisição de material, bibliografia, sendo sempre profissionais e, ao mesmo tempo, amigos, não permitindo que meus problemas pessoais me impedissem de concluir o trabalho. 7 Ao meu marido, Cláudio, que mesmo nos momentos de crise, sempre me incentivou com muito amor e carinho. Sua presença e apoio foram fundamentais para a conclusão do trabalho. 8 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS 6 RESUMO 11 ABSTRACT 13 INTRODUÇÃO Um naturalista do Museu Nacional 16 Miranda Ribeiro, o zoólogo do Museu Nacional no início do século XX 26 O ambiente intelectual e político de Miranda Ribeiro 35 Ilustrações 40 CAPÍTULO 1 - As funções do Museu Nacional na virada do século XIX para o XX 1.1. A complicada vida do Museu Nacional 44 1.2. Fritz Müller no Museu Nacional 56 1.3. Museu Nacional: uma breve história das carências 62 1.4. O Museu nos primeiros anos da República 66 1.5. O Museu muda para sua nova sede 71 Ilustrações 77 CAPÍTULO 2 – Miranda Ribeiro e o processo de profissionalização dos cientistas 2.1. A expansão dos campos científicos e a luta pelo reconhecimento por parte dos cientistas 80 2.2. A valorização da ciência, dos cientistas e do Museu Nacional 85 2.3. Miranda Ribeiro e o Museu Nacional 107 2.4. A Comissão Rondon, Miranda Ribeiro e o Museu Nacional 116 9 CAPÍTULO 3 – Relações cordiais, profissionais e controvérsias 3.1. Uma função favorável 124 3.2. Uma reputação reconhecida rapidamente 140 3.3. Algumas questões por resolver 156 CAPÍTULO 4 – O darwinismo de Miranda Ribeiro 4.1. Miranda Ribeiro no “eclipse do darwinismo” 171 4.2. Um trabalho darwinista de Miranda Ribeiro 175 4.3. Porquinhos-da-Índia e peixes nas discussões sobre a nova taxionomia 198 4.3.1. O porquinho-da-Índia e a teoria genealógica 200 4.3.2. Peixes – Tomo I 205 Ilustrações 212 CONSIDERAÇÕES FINAIS 214 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 219 10 RESUMO No início da década de 1890, quando a República no Brasil ainda ensaiava seus primeiros passos, e as ciências biológicas estavam caminhando para um processo de especialização, o cidadão Alípio de Miranda Ribeiro começava a trabalhar no Museu Nacional do Rio de Janeiro como assistente de taxidermista. Cinco anos depois, ele já publicava seu primeiro trabalho como zoólogo. A partir daí, suas pesquisas e publicações se tornaram cada vez mais volumosas e importantes para a zoologia brasileira. Miranda Ribeiro construiu, a partir de seu trabalho, a reputação de grande zoólogo e especialista em peixes. Aprendeu a fazer ciência na prática com aqueles pesquisadores que foi conhecendo desde o momento em que iniciou suas atividades no Museu. Alguns desses pesquisadores foram, muito provavelmente, responsáveis pela orientação metodológica que deu aos seus trabalhos. E, além de sua grande capacidade de aprendizado, de sua organização e capacidade de trabalho, e, também como conseqüência dessas qualidades, Miranda Ribeiro estabeleceu relações com os cientistas mais importantes que trabalhavam no Brasil e muitos cientistas estrangeiros, renomados em suas áreas de pesquisa. O zoólogo do Museu Nacional tinha grande interesse em conhecer a fauna (principalmente a vertebrada) brasileira e se destacou no campo da taxionomia identificando e classificando muitos animais brasileiros. Seu método para classificá-los tinha como referência a origem comum dos seres vivos, que era uma das teorias que integrava o darwinismo. Embora, em seus trabalhos, abuse das descrições morfológicas e anatômicas, partindo do princípio de que os grupos de organismos tiveram uma origem comum, a morfologia, a anatomia, a fisiologia, a embriologia semelhantes entre certos 11 grupos podem ser explicadas a partir de ancestrais comuns que sofreram processos de especiação. É isso que Miranda Ribeiro tenta mostrar em seus trabalhos, mesmo durante um período em que o darwinismo já não era tão popular. Assumindo a opinião, comum a muitos de seus contemporâneos, de que produzir ciência de qualidade em instituições bem organizadas era a única maneira de contribuir para o progresso