Caracterização De Duas Exploraçoes De Raça Bovina Alentejana.Pdf
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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA Faculdade de Medicina Veterinária CARACTERIZAÇÃO DE DUAS EXPLORAÇÕES DE RAÇA BOVINA ALENTEJANA PRODUTORAS DE CARNALENTEJANA DOP ANA SOFIA GUERREIRO MARQUES DIAS DISSERTAÇÃO DE MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA VETERINÁRIA CONSTITUIÇÃO DO JÚRI ORIENTADOR Doutor Carlos Mendes Godinho de Andrade Fontes .Dr. Luís Miguel Bagulho Silva Doutor José Pedro da Costa Cardoso Lemos ………………………………………………... Doutora Marina Fraústo da Silva :::::::::::::::: CO-ORIENTADOR::::::::::: Dr. Luís Miguel Bagulho Silva ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Doutora Marina Fraústo da Silva 2008 LISBOA Agradecimentos Ao Dr. Luís Miguel Bagulho Silva, Director da Produção Animal da Carnalentejana, por me ter aceite como orientanda, pela sua amizade, paciência e conhecimentos transmitidos ao longo do estágio. À Professora Doutora Marina Madeira Marques Fraústo da Silva, por ter aceite ser minha Co- orientadora, pela sugestão do tema e pela disponibilidade na orientação e revisão do trabalho. Ao Professor Doutor José Pedro Lemos pela disponibilidade em responder a qualquer dúvida que surgisse. À Gisela e ao Pedro, da Carnalentejana, pela simpatia e ajuda na pesquisa dos dados necessários para o trabalho. À Associação de Criadores da Raça Bovina Alentejana pela disponibilidade para responder a qualquer dúvida, especialmente ao Eng. Carlos Bígares. Aos produtores, associados da Carnalentejana, por permitirem a minha visita às suas explorações. Ao Dr. Carlos Silva e Sr. Joaquim Manuel Cruz por terem cedido as suas as explorações como objecto de estudo, pela disponibilidade e amabilidade que apresentaram para responder a qualquer dúvida que surgisse. À Isabel Pinto, empregada de longa data, que aturou todos os momentos altos e baixos de realização deste trabalho. Ao meu Pai, à minha Mãe e minha Irmã pelo apoio, amizade e incentivo que transmitiram-me sempre que precisei. i Caracterização de duas explorações de raça bovina Alentejana produtoras de Carnalentejana DOP Resumo Neste trabalho caracterizam-se duas explorações de bovinos de raça Alentejana que produzem Carnalentejana, um produto de Denominação de Origem Protegida. O maneio alimentar destas explorações enquadra o maneio típico da região do Alentejo e segue as regras da Carnalentejana. Em ambas as explorações, a época reprodutiva é definida pela entrada dos touros para junto das vacas nos meses de Outubro-Novembro e a saída nos meses de Abril-Junho. A taxa de fecundidade calculada nas explorações é muito próxima dos 80% e o número de vacas por touro é inferior a 50. O rendimento médio da desmancha em ambas as explorações foi, aproximadamente, 70%. Os valores médios dos grupos de peças não foram muito diferentes entre as duas explorações, existindo alguma variabilidade nos seus produtos. Para concluir, apesar dos produtos finais apresentarem alguma variabilidade, os métodos de produção das explorações estão de acordo com as regras estipuladas pelo Caderno de Especificações da Carnalentejana. Palavras-chave: Alentejana, bovino, maneio, carcaça, DOP ii Characterization of two Alentejana’s farms that produce Carnalentejana PDO meat Abstract Two Alentejana breed farms producing Carnalentejana, a Protected Designation of Origin product, were characterized. The feeding handling frames the tipical handling of the Alentejo’s region and also follows the Carnalentejana’s rules. Both farms have a reproductive season, the bulls join the cows in October-November and leave in April-June. The fecundity rate calculated in both farms was close to 80% and the number of cows per bulls was less than 50. The carcass mean yielding of both farms was very similar with, approximately, 70%. The mean values of each meat cut groups where not very different in both farms but there was some variability in the products. In conclusion, despite the variation of the final products the production methods of both farms are in agreement with the Carnalentejana Specifications. Keywords: Alentejana, bovine, handling, carcass, PDO iii Índice geral Agradecimentos ………………………………………………………………………………..i Resumo………………………………………………………………………………………...ii Abstract ……………………………………………………………………………………….iii Índice geral………………………………………………………………………………….....iv Índice de Figuras ……………………………………………………………………………...vi Índice de Tabelas...…………………………………………………………………………...vii Abreviaturas e símbolos……………………………………………………………………..viii Introdução Geral ……………………………...…………………………………................... 1 I. Actividades desenvolvidas durante o estágio ……….……………………………………....2 II. Caracterização de duas explorações de raça bovina Alentejana produtoras de Carnalentejana DOP...………………………………………………………………...……… 3 1. Introdução e objectivos ……………………………………………………………….…... 3 2. Revisão Bibliográfica …………………………………………………………………..….. 4 2.1 Produção de carne de bovino ……………………………………………………….......... 4 2.2 Produção bovinos de carne em Portugal ………………...……………………………….. 6 2.2.1 Sistemas de produção de bovino de carne …………………………………………....... 8 2.2.1.1 Fase Mãe ………...…………………………………….……………………………... 8 2.2.1.2 Fase Filho ...…………………………………………….………………………….....10 2.2.1.2.1 Sistema intensivo ……………………………..…………………………………... 10 2.2.1.2.2 Sistema semi-intensivo (18 meses e 24 meses)………………………………….... 11 2.2.1.2.3 Sistema extensivo (idade de abate 30 a 36 meses)………………………………... 13 2.2.2 Animais utilizados na produção de carne nacional ………………………...……........ 14 2.2.2.1 Cruzamento entre raças …………………………………………………………....... 15 2.2.2.2 Produção em linha pura ……………………………………………………………... 16 2.3 A raça Alentejana ..……………………………………………………………………… 17 2.3.1 Características da raça ………………………………………………………………… 18 2.3.2 Maneio Reprodutivo …………………………………………………………………...21 2.3.3 Maneio Alimentar …………………………………………………………………….. 21 2.3.4 Selecção e melhoramento da raça Alentejana ……………………………………........ 22 2.3.5 Características produtivas …………………………………………………………….. 23 2.3.6 Características das carcaças dos novilhos Alentejanos ……………………….………. 25 2.4 Produtos certificados ……………………………………………………………………. 25 2.5 Carnalentejana SA …………………………………………………………...………….. 27 3. Caracterização de duas explorações de raça bovina alentejana produtoras de Carnalentejana DOP……………………………….…………………………………………………....……. 32 3.1 Recolha dos dados ………………………………………………………………………. 32 3.2 Variáveis utilizadas para a caracterização das explorações …………………………….. 33 3.2.1 Caracterização da vacada ……………………………………………………………... 33 3.2.2 Caracterização dos produtos ………………………………………………………….. 33 3.3 Análise estatística ………………………………………………………………………. .34 4. Análise e Discussão dos resultados………..……………………………………………… 35 4.1 Exploração A ……………………………………………………………………………. 35 4.1.1 Maneio alimentar ………………………………………………………………………35 4.1.1.1 Vacas …………………………………………………………………………………35 4.1.1.2 Touros ………………………………………………………………………………. 36 4.1.1.3 Vitelos ………………………………………………………………………………. 36 4.1.1.4 Novilhos …………………………………………………………………………….. 36 4.1.1.5 Novilhas …………………………………………………………………………….. 36 iv 4.1.2 Maneio reprodutivo …………………………………………………………………… 37 4.1.3 Caracterização dos produtos ………………………………………………………….. 37 4.2 Exploração B ……………………………………………………………………………. 43 4.2.1 Maneio alimentar……………………………………………………………………… 43 4.2.1.1 Vacas …………………………………………………………………………………43 4.2.1.2 Touros ………………………………………………………………………………..43 4.2.1.3 Vitelos ………………………………………………………………………………. 43 4.2.1.4 Novilhos ……………………………………………………………….……………. 44 4.2.1.5 Novilhas ……………………………………………………………….……………. 44 4.2.2 Maneio reprodutivo ……………………………………………………………….…... 44 4.2.3 Caracterização dos produtos ………………………………………………………….. 45 4.3 Apreciação geral no contexto da Carnalentejana ……………………………………….. 49 5. Conclusão …………………………………………………………………………….……51 Bibliografia …………………………………………………………………………………..52 Anexos………………………………………………………………………………………..55 v Índice de Figuras Figura 1 – Produção mundial de carne de bovino entre 1961 e 2006 ………………………... 4 Figura 2 – Principais produtores de carne de bovino entre 1961 e 2006 …………………….. 5 Figura 3 – Evolução do número de explorações e seus efectivos bovinos em Portugal entre 1980 e 2005 …………………………………………………………………………………... 6 Figura 4 – Abate de bovinos em 2006 - percentagem de cabeças por categoria relativamente ao total de bovinos...……………………………………………………….…………………. 7 Figura 5 - Produção nacional de carne de bovino entre 1980 e 2006 ..………………………. 8 Figura 6 – Fêmea da raça Alentejana …………………….…………………………….…… 20 Figura 7 – Média Ponderal obtida nos anos de 1965 e 1980 ……………………………….. 23 Figura 8 – Símbolos que identificam produtos agrícolas certificados. Da esquerda para a direita DOP, IGP ……………………………………………………………………………. 26 Figura 9 – Identificação das peças segundo o Corte de Lisboa …………………………….. 30 Figura 10 – Exemplo do cabeçalho de uma guia de desmancha …………………………… .32 Figura 11 – Variação do peso de carcaça (kg) com a idade (meses) dos animais provenientes da Exploração A …………………………………………………………………………….. 39 Figura 12 – Variação do rendimento de desmancha (%) com o peso de carcaça (kg) dos animais provenientes da Exploração A …………..………………………………………… .40 Figura 13 - Variação do peso das peças (kg) com o peso da carcaça (kg) dos animais provenientes da Exploração A ……………………………………………………………….41 Figura 14 - Variação do peso das peças (%) com o peso da carcaça (kg) dos animais provenientes da Exploração A …………………………………………………………….....42 Figura 15 - Variação do peso de carcaça (kg) com a idade (meses) dos animais provenientes da Exploração B ………………………………………………………………………….......46 Figura 16 – Variação do rendimento de desmancha (%) com o peso de carcaça (kg) dos animais provenientes