Discos Na Luta: a Canção De Protesto Na Produção Fonográfica Em Portugal Nas Décadas De 1960 E 1970 José Hugo Pires Cast
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Discos na luta: a canção de protesto na produção fonográfica em Portugal nas décadas de 1960 e 1970 José Hugo Pires Castro Dissertação de Mestrado em Ciências Musicais, variante de Etnomusicologia Setembro, 2012 Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências Musicais, variante de Etnomusicologia realizada sob a orientação científica do Professor Doutor João Soeiro de Carvalho AGRADECIMENTOS Desejo agradecer a todos aqueles que, de alguma forma, ajudaram e contribuíram na realização desta dissertação. Gostaria assim de agradecer a todos os que se mostraram disponíveis para o fornecimento de informações relacionadas com esta investigação, em particular as seguintes pessoas que se disponibilizaram para entrevistas: Paulo Esperança, José Mário Branco, José Jorge Letria, Samuel Quedas, Tino Flores, Carlos Alberto Machado. Igualmente gostaria de agradecer a todos as pessoas e instituições que facilitaram a cedência de diverso tipo material para consulta e que se revelou determinante para a concretização deste trabalho: Associação José Afonso, Centro Infantil e Cultural Popular, José Maria Pereira, João Paulo Guimarães, Gualberto Freitas, Torcato Ribeiro, José Mário Ferreira, João Carlos Calixto. Um agradecimento especial ao meu pai Júlio Castro, bem como a todos os colegas e professores que me acompanharam durante o curso. Finalmente, gostaria de agradecer ao Professor Doutor João Soeiro de Carvalho pela valiosa contribuição, sugestões e críticas e, principalmente, pela dedicação demonstrada na fase final desta dissertação. DISCOS NA LUTA: A CANÇÃO DE PROTESTO NA PRODUÇÃO FONOGRÁFICA EM PORTUGAL NAS DÉCADAS DE 1960 E 1970 JOSÉ HUGO PIRES CASTRO RESUMO PALAVRAS-CHAVE: canção de protesto, produção fonográfica, ditadura, revolução, Portugal Esta dissertação tem como objectivo abordar as relações entre as práticas da “canção de protesto” em Portugal e a produção fonográfica, num período compreendido entre as décadas de 1960 e 1970. Esta dissertação divide-se em duas partes, tendo como referencial de divisão a revolução ocorrida em 25 de Abril de 1974. Na primeira parte, são analisados os processos que levaram à emergência da chamada “canção de protesto” em contextos sociais e geográficos específicos, nos quais determinados músicos se destacaram na denúncia e contestação das políticas do regime ditatorial. Partindo das recentes propostas de Leonor Losa e Paula Abreu de configuração da indústria fonográfica nesse período, exploram-se as diferentes perspectivas de músicos e outros agentes para a gravação, edição e comercialização de fonogramas. Aborda-se a mediação e difusão dos produtos fonográficos desta forma de expressão, enquadrada nos significados para a música portuguesa. Na segunda parte, tendo em conta as mudanças políticas e sociais que caracterizaram o período revolucionário português, procura-se perceber o papel da “canção de protesto” neste contexto. Assim, aborda-se descreve-se o papel de algumas editoras discográficas na difusão de canções sobre a temática revolucionária. Igualmente, são descritas as diferentes formas como os músicos associados a esta tendência se organizaram e produziram fonogramas que contribuíram para a reconfiguração das práticas da “canção de protesto”. ÍNDICE Introdução .........................................................................................................................1 1) Objectivos ..................................................................................................................1 2) Fontes e técnicas .......................................................................................................3 3) Âmbito conceptual e revisão da literatura.................................................................6 Capítulo I: A emergência da canção de protesto em Portugal na primeira metade do séc. XX ............................................................................................................................. 17 1) Síntese dos primeiros anos da ditadura e o desenvolvimento dos movimentos de oposição .................................................................................................................... 17 2) Fernando Lopes-Graça: as canções “heróicas” e “regionais” ................................21 Capítulo II: A criação de repertório da canção de protesto em Portugal e no exílio na década de 1960 ................................................................................................................28 1) Enquadramento político: as “crises académicas” e a Guerra Colonial....................28 2) Explorações da “balada” na Canção de Coimbra: a criação do repertório da “canção de protesto”............................................................................................31 3) Os músicos no exílio, França...................................................................................40 4) Os novos intérpretes ..............................................................................................46 Capítulo III: A canção de protesto e a produção fonográfica em tempos de ditadura (1960-1974) ..................................................................................................................... 50 1) Síntese da Indústria Fonográfica em Portugal ....................................................... 51 2) A difusão da “canção de protesto” nos meios de comunicação. ........................... 54 3) Arnaldo Trindade e a etiqueta Orfeu......................................................................60 4) O papel de José Mário Branco e a “concepção fonográfica” ..................................67 5) “Discos em aço para matar fascistas”: as edições de autor de Tino Flores.............73 6) O movimento de renovação da música portuguesa nas vésperas da revolução ....74 Capítulo IV: O 25 de Abril e os anos da Revolução (1974-76) .........................................81 1) Principais mudanças políticas, sociais e o ambiente sonoro na revolução…………81 2) Os discos na revolução: continuidades na representação da canção de protesto 85 2.1) Arnaldo Trindade ............................................................................................85 2.2) Sassetti............................................................................................................89 3) Explorações da “canção revolucionária” ................................................................90 3.1) A editora JC Donas e a etiqueta Roda: estudo de caso ...................................94 Capítulo V: Organização colectiva e o papel das cooperativas na produção fonográfica ........................................................................................................................................ 98 1) Cooperativas de edição discográfica ...................................................................103 1.1) Grupo de Acção Cultural – Vozes na Luta (1974-1979)................................103 1.2) Lamiré..........................................................................................................112 1.3) Toma Lá Disco..............................................................................................113 Conclusões .....................................................................................................................116 Bibliografia ................................................................................................................... 122 Periódicos consultados ..................................................................................................130 Webografia consultada..................................................................................................130 Documentários Audiovisuais .........................................................................................130 Entrevistas e registos de conversas realizadas pelo autor ............................................131 Outros registos de gravação ..........................................................................................131 Anexos - Discografia consultada....................................................................................132 Anexo I - Edições de Autor / Edições de Organizações Políticas ...................................132 Anexo II - Arnaldo Trindade e Ca. Lda. ..........................................................................135 Anexo III - Arquivos Sonoros Portugueses ....................................................................156 Anexo IV - Discos Estúdio ..............................................................................................157 Anexo V - Discos Rapsódia.............................................................................................159 Anexo VI - Discoteca Santo António ..............................................................................161 Anexo VII - Discófilo.......................................................................................................162 Anexo VIII - J.C. Donas ...................................................................................................164 Anexo IX - Le Chant du Monde (França) ........................................................................167 Anexo X - Metro-Som ....................................................................................................169 Anexo XI - Osiris .............................................................................................................171 Anexo XII - Movieplay....................................................................................................172