20 ago > 20 set 2015

Lisboa verão aoNa ar livre Rua 28 Orquestra Gulbenkian

4 46 a Arte da Fuso and Big B 32 Clássicos na Rua 58 12 Cidade das Noites de C Tradições Verão – MNA 36 Vicente

62 16 Entrada Fitas na Rua 40 Livre 24 Sou do Fado 68 Kiosquorama Flâneur O Lisboa na Rua celebra o Verão na Lisboa é a protagonista na rua, mas cidade, um Verão para ser vivido e também no grande ecrã. A cidade lembrado nos meses em que a luz é a musa desta edição do Fitas na já não se estende tanto, mas o seu Rua, que transporta o cinema para encanto redobra. Trazemos música sítios inesperados, procurando um às praças e cinema aos becos, expo- casamento perfeito entre a temáti- sições aos largos e performances ca do filme e o lugar em que é exibi- às ruelas, para oferecer noites do. As fitas mostram-nos Lisboa e fins de tarde memoráveis aos vista pelos nossos olhos e através lisboetas e aos que nos visitam. do olhar do outro, em muitos tem- pos diferentes. Lisboa A programação do Lisboa na Rua é grátis e é ecléctica porque se A arte contemporânea está presen- quer de e para todos. Viajamos pelo te e é para todos, através de exposi- jazz das Big Bands até à música de ções, performances, videoarte bandas francesas emergentes, que e intervenções no espaço público. actuam num coreto de Lisboa como E este ano, o teatro também marca se fosse em Paris. Porque a identida- presença, através de uma parceria de da cidade é também ela múltipla com o Teatro Nacional D. Maria II, é minha, e diversa, sem deixar de ser portu- que sai à rua connosco. guesa e fadista dos quatro costa- dos: tanto ouvimos fado no Largo Terminamos um mês intenso com de São Carlos como ragtime nos a promessa de uma imagem que parques, a fazer lembrar os loucos ficará na retina: a da Orquestra anos 20. Gulbenkian a encantar na Praça do Município, num final da tarde que se quer mágico. é tua e Fechamos o Verão e abrimos a nova época com a esperança que trazem todos os recomeços; sabendo que Lisboa está melhor do que nunca e com a certeza de sermos apanhados nas suas curvas. de quem Conselho de Administração da EGEAC

a apanhar2 3 A ARTE DA BIG BAND A ARTE DA BIG BAND

A 1.ª edição do ciclo “A Arte da Big Band” aconteceu em 2010 e desde quintas Às 19h então tem sido possível dar a conhe- cer não só aos amantes de jazz, mas principalmente ao público menos atento para esta música, várias 20 Agosto DA formações e diversas sonoridades. ORQUESTRA ANGRAJAZZ A presente edição volta a internacio- nalizar o ciclo; depois da participa- 27 Agosto ção em 2014 da Brussels Jazz Orches- A ARTE BIG BAND tra, este ano será a Thoneline DO MUNICÍPIO Orchestra (3/9) sediada na região de Colónia (Alemanha), a apresen- DA NAZARÉ tar-nos a sua música pela primeira 3 Setembro vez em Portugal. Outra novidade será a Orquestra AngraJazz (20/8) THONELINE que viaja dos Açores para fazer o ORCHESTRA primeiro desta série de cinco concer- tos. Para além destas duas estreias, 10 Setembro teremos o regresso da Big Band L.U.M.E. – LISBON do Municípo da Nazaré (27/8), do UNDERGROUND Lisbon Underground Music Ensemble MUSIC ENSEMBLE (10/9) e da Orquestra de Jazz do Hot Club de Portugal (17/9) que encerra- big 17 Setembro rá a edição 2015 em atmosfera festi- ORQUESTRA va e dançante.

DE JAZZ DO Esperam-nos cinco concertos distin- HOT CLUB DE tos; da grande música de repertório PORTUGAL e standards da Broadway, às obras originais contemporâneas, do jazz clássico ao moderno, do vocal e instrumental, ao som mais “doce” e dançante. Cinco concertos a não perder... com a mais-valia da envolvência de cinco belas praças locais e jardins da cidade de Lisboa. 5 orquestárriosas de jazz v Luís Hilário, Hot Clube de Portugal bandEntrada Livre Transmissão dos concertos em live streaming Parceiro de Programação nos Tomi da MOP e Facebook Vigor.

4 5 A ARTE DA BIG BAND A ARTE DA BIG BAND

A Big Band – ou Foi, no entanto, entre 1950 e 70 que 20 Agosto Participou também no Festival de Jazz do provavelmente ocorreram as mais Funchal (2003) e apresentou-se nas Ilhas Jardim Arco do Cego de S. Jorge (2005), de S. Miguel (2006) e da Orquestra – é um significativas mudanças nas estéti- 19h00 Graciosa (2013). Em 2010, actuou em Lisboa ensemble associado cas musicais, período durante o qual na sessão comemorativa do dia dos Açores, maestros e arranjadores como Thad na Bolsa de Turismo de Lisboa e no Teatro ORQUESTRA S. Luiz, no âmbito da Semana Açoriana de à música jazz que Jones, Gil Evans, Sun Ra ou George Cultura. Em 2013, volta a Lisboa a convite normalmente reúne Russell introduziram elementos cool, ANGRAJAZZ da Direcção Regional de Turismo dos Açores. free, clássico e rock na sua música. Tem colaborado com nomes importantes cerca de 18 músicos A Orquestra Angrajazz é um projecto de do jazz nacional como Paula Oliveira, Mário formação musical, levado a cabo pela Laginha, Zé Eduardo, Afonso Pais, Mário Nos nossos dias, encontramos or- Associação Cultural Angrajazz, com o apoio Barreiros, Hugo Alves, Luís Cunha e Manuel e que se tornou da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo questras praticando todos os estilos Linhares, que a acompanharam principal- popular durante e com a direcção musical de Claus Nymark mente no Festival Angrajazz. A Orquestra de música jazz; desde o clássico e Pedro Moreira. Este projecto, nascido em Angrajazz é um projecto de singular impor- a chamada época ao avant-garde, inúmeras bandas 2002, é constituído por músicos residentes tância, assumindo-se como a principal na Ilha Terceira e fez a sua primeira apresen- continuam a prendar-nos com a “escola” de formação de músicos de jazz swing (1930-40). tação no 4.º Festival Angrajazz. Em Maio de na Região Autónoma dos Açores. sonoridade particular das Big Bands 2006, lançou um CD “Orquestra Angrajazz e em Portugal, o número crescente com Paula Oliveira” e desde então tem Em contraste com as pequenas participado no Festival Internacional de formações nas quais a música pode de formações com estas caracterís- Jazz de Angra do Heroísmo, assim como ticas mostra – apesar de todas em vários palcos da llha Terceira. Claus Nymark / ser criada de forma mais espontâ- Pedro Moreira direcção nea, a música tocada pelas as dificuldades – a vitalidade dos Sara Miguel voz; José Pedro nossos músicos. Pires clarinete baixo; Big Bands está sujeita a arranjos Micaela Matos, Rui Borba, e a uma preparação antecipada David Corvelo saxofone Luís Hilário alto; Rui Melo, Mauro necessariamente mais cuidada. Lourenço saxofone tenor; Luis Valdemar Dias saxofone barítono; Das inúmeras Big Bands que marca- Márcio Cota, Paulo Borges, ram o período swing nos EUA, pode- Bráulio Brito, Roberto Rosa trompete; Gonçalo mos destacar as de Fletcher Hender- Ormonde trompa; Rodrigo Lucas trombone; son, Count Basie, Benny Goodman, Antonella Barletta piano; Duke Ellington,...entre muitas Paulo Cunha contrabaixo; Nuno Pinheiro bateria outras de excelente qualidade. Tal como acontece com todas as formas de arte, também no jazz os diversos estilos vão sofrendo transformações. O aparecimento nos anos 40 de uma nova lingua- apoio apoio gem, o bebop, que privilegiava as formações mais pequenas (quartetos, quintetos), fez desapa- recer muitas orquestras... e nascer orquestra angrajazz outras, como as de Billy Eckstine ou Dizzy Gillespie.

6 7 A ARTE DA BIG BAND A ARTE DA BIG BAND

3 Setembro É considerada como “um excelente ensem- ble, com excelentes músicos que mostram Largo da Estação como uma big band pode soar nos dias de do Rossio hoje; continuamente a cruzar fronteiras entre o jazz moderno, a música contemporâ- 19h00 nea e o rhytmn & blues.” A Thoneline Orchestra lançou o seu disco de estreia THONELINE Phanta Rhei para a editora NRW Jazz, em 2011. No Verão de 2015, a Orquestra editará ORCHESTRA o seu segundo CD, “Black&White Swan”, para a editora ENJA, trabalho que será BIG BAND DO MUNICÍPIO DA NAZARÉ “BLACK&WHITE SWAN” apresentado nesta estreia em Portugal. A orquestra é apoiada nas sua digressões A saxofonista e compositora Caroline Thon pelas entidades culturais alemãs, como nasceu em 1966 e graduou-se como instru- a Initiative Musik gGmbH e o Governo do mentista clássica em 1996. Um ano mais Estado da Renânia do Norte-Vestfália. tarde, depois de uma passagem pelo Uma das poucas líderes femininas de Big Berklee College of Music (EUA), regressou Band na Alemanha e no mundo dará um 27 Agosto à Alemanha onde completou a graduação O lançamento do primeiro CD decorreu concerto em Lisboa, para gáudio de todos em “Composição Jazz” e “Saxofone Jazz” Parque da Quinta no 2.º Festival Internacional de Big Bands os que gostam de boa música e de jazz em na Academia de Música de Colónia. Caroline das Conchas em 2003, na Nazaré. O segundo, “Filme” particular. Thon desenvolveu a sua actividade como (2006) e o terceiro, “10 Anos” (2009) 19h00 líder do quinteto Patchwork, antes de se são a mostra da evolução musical desta dedicar à fundação e desenvolvimento formação. Em 2012, gravou o seu quarto CD do projecto Big Band. Desde a sua criação BIG BAND “Best Friends”, ao vivo no Centro Cultural em 2009, a Thoneline Orchestra participa Caroline Thon direcção; de Congressos de Caldas da Rainha. regularmente em importantes festivais de composição; Malte Dürrschnabel, Johannes DO MUNICÍPIO jazz na Alemanha, assim como em muitos Ludwig, Stephan Mattner, outros na Europa central. Jens Böckamp, Norbert DA NAZARÉ Emminger saxofones; Adelino Mota direcção; Ben Degen, Rafael Klemm, Joaquim Pequicho, A Big Band do Município da Nazaré (BBMN) Tobias Wember, Nuno Mendes saxofone Wolf Schenk trombones; formou-se em Setembro de 1999, por propos- alto; João Capinha, Pedro THONELINE ORCHESTRA Matthias Knoop, Steffie ta do seu director à Câmara Municipal e tem Morais saxofone tenor; Deckers, Menzel Mutzke, como objectivo dar oportunidade de evolu- Ricardo Cipriano saxofone Matthias Bergmann barítono; Vítor Guerreiro, ção contínua aos jovens que se destacam trompetes; Andreas Wahl Margarida Louro, Luís nas diversas formações musicais da região. guitarra; Laia Genc piano; Guerreiro, André Venâncio Nos seus concertos, apresenta repertório Nils Tegen teclados; trompete; Rui Correia, Sebastian Räther variado passando pelos standards de jazz, Élio Fróis, André Ramalhais, contrabaixo; Jens Düppe por temas com influência latino-americana Fábio Matias trombone; bateria; Filippa Gojo voz e também por originais de estilo funk. Gonçalo Justino guitarra; Constam ainda do repertório algumas das Ricardo Caldeira piano; mais conhecidas canções do jazz, com a Tiago Lopes baixo; participação de uma ou mais vozes. A BBMN Bruno Monteiro bateria; Júlia Valentim voz fez concertos em Portugal, Espanha, Bélgica e Alemanha, destacando-se a participação no Festival de Jazz de Pontevedra, Festival de Música de Medina del Campo, Jazz às Quin- tas no CCB, Festival de Jazz da Alta Estrema- apoio dura, Festival de Jazz de Aljustrel, Festival de Jazz de Portalegre, Festa do Jazz do Teatro S. Luiz, Encontros de Jazz de Évora, Festival de Tomar, Festa do Avante, Hot Club de Portugal, Bflat, Estarrejazz, Portugal Jazz, entre outros.

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Marco Barroso composição, 17 Setembro Recriou as obras de Miles Davis/Gil Evans direcção, piano; Manuel – Porgy and Bess e Sketches of Spain, sob Luís Cochofel flauta; Ribeira das Naus a direcção do maestro Robert Sadin, tendo Paulo Gaspar clarinete; Ricardo Pires saxofone 19h00 como solistas os trompetistas Tim Hagans soprano; João Pedro Silva e Tom Harrel. Dirigida actualmente por saxofone alto; José Luís Cunha, a OJHCP tem integrado no seu Menezes saxofone tenor; ORQUESTRA repertório variadíssimos compositores, que Elmano Coelho saxofone vão desde contemporâneos como Kenny barítono; Jorge Almeida, DE JAZZ DO Wheeler, Maria Schneider e John Hollenbeck, L.U.M.E. – LISBON UNDERGROUND MUSIC ENSEMBLE Gonçalo Marques, Pedro Monteiro trompetes; aos clássicos e históricos como Duke Elligton, Luís Cunha, Eduardo Lála, HOT CLUB Count Basie, Thad Jones, Bob Brookmeyer Pedro Canhoto trombones; ou Charles Mingus. Para este concerto, a Miguel Amado baixo OJHCP irá apresentar um dos programas eléctrico, contrabaixo; DE PORTUGAL tradicionais mais famosos da era do swing: André Sousa Machado “A música de a música de Glenn Miller. Sendo este maes- bateria Glenn Miller” tro/compositor um trombonista, este instru- mento tem papel de relevância no seu estilo 10 Setembro Nascido em 2006, o L.U.M.E. lançou, em A Orquestra de Jazz do Hot Clube de Portu- inconfundível, baseado em orquestrações Outubro de 2010, o seu primeiro disco, pela gal (OJHCP) surgiu em 1991, reunindo alguns doces, meticulosamente executadas. Largo de São Carlos editora JACC Records. Desde então tem dos melhores músicos de jazz nacionais. A OJHCP irá pela primeira vez interpretar 19h00 vindo a apresentar-se em inúmeros festivais Para além de inúmeras actuações por todo estes clássicos que, à imagem do movimento e concertos, dos quais se podem destacar o país, destacam-se os concertos de inaugu- que popularizou este estilo, irão por certo o Festival Jazz no Palácio, Tavira (2011); ração da programação de Jazz na Culturgest convidar o público a “swingar”. L.U.M.E. – LISBON o Festival CCBeat, Lisboa (2011); o Seixal (Lisboa), tendo como solista o trompetista Jazz (2011), a Festa do Avante (2011); o Freddie Hubbard, o concerto com Maria UNDERGROUND Festival Imaxinasons – Vigo, Espanha (2011); João e Mário Laginha no Jazz em Agosto, da o Festival de Músicas do Mundo - Sines Fundação Calouste Gulbenkian, e as colabo- MUSIC ENSEMBLE (2011); o Jazz no Parque, da Fundação Serral- rações com os históricos Benny Golson, ves (2012) e o Prémio Jovens Músicos RTP2, Curtis Fuller e Eddie Henderson. Em 1999, no O L.U.M.E. - Lisbon Underground Music em Lisboa (2013). Em Setembro de 2013, centenário de Duke Ellington, apresentou-se Ensemble é um projecto do compositor a editora holandesa Challenge lançou para com os saxofonistas Mark Turner e John Ellis. Marco Barroso, que tem o objectivo de criar todo o mundo, a segunda edição do primeiro um espaço de expressão da sua música, disco “L.U.M.E.” Mais recentemente, a num contexto orquestral particular, com formação apresentou-se no Hot Clube de afinidades no modelo clássico da Big Band. Portugal, no Teatro Municipal da Guarda, Constituído por alguns dos músicos mais no festival Jazz em Agosto, da Fundação experientes da cena jazz e erudita nacional, Calouste Gulbenkian e no ciclo Outono L.U.M.E. é uma proposta verdadeiramente em Jazz, da Casa da Música. original. O grupo procura aliar de forma Luís Cunha direcção; sinérgica a composição escrita com elemen- Johannes Krieger, tos de improvisação, num contexto eclético Tomás Pimentel, e autoral, assumindo referências tão diver- Gonçalo Marques, sas que vão do funk à música textural, do Diogo Pedro trompetes; boogie-woogie a ambientes impressionistas. Lars Arens, Xavier Seja por uma dramatização (muitas vezes Ribeiro, Rúben da Luz, Diogo Costa trombones; irónica) das práticas e vocabulários que Ricardo Toscano, Paulo passam pelo jazz, rock ou música erudita, Gaspar, César Cardoso, seja pela incursão no experimentalismo, Daniel Vieira, Mateja a música de Marco Barroso e do L.U.M.E. Dolsak saxofones; ORQUESTRA DE JAZZ DO HOT CLUB DE PORTUGAL reconstrói, de forma original e pertinente, Óscar Graça piano; a carga patrimonial do “bigbandismo”, Nuno Costa guitarra; António Quintino fugindo assim aos seus padrões mais con- contrabaixo; vencionais e abrindo novas e refrescantes Pedro Felgar bateria; perspectivas estéticas. Rita Maria voz

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No seu sexto ano ininterrupto, as Noites de Verão no MNAC - Museu do Chiado regressam à área exterior do Museu, conhecida como Jardim das Esculturas, no habitual horário turas das sextas-feiras, pelas 19h30, e jardim das escul com entrada livre. Este ciclo de 21 Agosto concertos, produzido e programado pela Filho Único, é desenhado tendo c – museu do chiado Julinho Da mna em conta o objectivo e missão desta noites de Concertina associação cultural sediada em Cabo-verde Lisboa, e alinhado com a identidade 28 Agosto e vocação do Museu Nacional de David Maranha Arte Contemporânea que o acolhe. Procuramos apresentar e divulgar & Helena Espvall propostas na área da música que portugual / suécia trabalhem a partir de critérios 4 Setembro construtivos de produção artística, que visem o desenvolvimento da Bill Kouligas arte e contenham em si um cariz grécia de busca e de progressão estética.

às 19h30 sextas Entradave Livre mnac

Parceiro de Programação Programação de Concertos rão12 13 noites de verão noites de verão

antes dos Ferro e Gaita e outros grupos cuja to temporário para, em formações variáveis, carreira atingiu patamares de reconheci- ajudar a definir uma comunidade de perfor- mento e sucesso notáveis, eram ele e outros mers e público interessados na busca actual da sua geração que impulsionavam a disse- de novas formas de expressão na música minação do funaná na sua terra e na diás- improvisada. Helena foi uma das figuras pora cabo-verdiana. Nesta ocasião feliz, nas centrais desta dinâmica e com certeza Noites de Verão no MNAC, Julinho da Con- contribuiu para a produção de “Sombras certina far-se-á acompanhar de Nirr Paris Incendiadas”, o inspirado disco em duo na bateria e António Tavares no ferrinho e lançado este ano no selo suíço three:four voz. records. Helena é uma violoncelista sueca que, durante largos anos, actuou na Costa Bill JULINHO DA Este dos Estados Unidos, tendo-se notabili- Kouligas CONCERTINA zado como uma das vozes dos Espers, na altura apostados numa reactualização das formas folk anglo-saxónicas. É reconhecida como uma improvisadora altamente melódi- 21 Agosto ca, numa busca incessante pelas possibilida- Family Battle Snake, tendo lançado acima 19h30 des da frase num âmbito pós-clássico e de uma vintena de edições em vinil, cassette telúrico. Entre trabalhos regulares, desta- e cdr, incluindo projectos colaborativos com cam-se dois discos em duo com o mítico outros músicos da (na altura) virtuosa Julinho Da Masaki Batoh, líder dos Ghost (ambos pela comunidade subterrânea de noise experi- Drag City), e há ainda a ter em conta o seu mental, em diálogo entre os dois lados do Concertina contributo para artistas e bandas em digres- Atlântico – território que aliás palmilhou são, como foram os casos de Vashti Bunyan, Cabo-verde David Maranha generosamente a tocar ao vivo. Fundador Damon and Naomi ou Marissa Nadler. & Helena Espvall e editor do selo PAN, teve um papel crucial Julinho da Concertina nasceu em Piloncan, David Maranha é um explorador intrépido no circuito europeu emergente de festivais ilha de Santiago, Cabo Verde, há quase 60 das potencialidades do som contínuo, do de música electrónica conceptualmente anos. Desde cedo descobriu a paixão pela silêncio, do volume, do espaço, da acústica engajada, na reconfiguração recente das música e pela concertina, instrumento que 28 Agosto e da arquitectura sonora, quer nos Osso percepções do que são os campos da teoria escolheu e afinou a seu jeito para, ao longo Exótico, quer no seu percurso a solo, apre- e prática do avant-garde e da música elec- destas décadas, se fazer acompanhar em 19h30 sentado-se regularmente ao vivo com músi- trónica de dança, a par da consolidação da palco a tocar as mornas, coladeras e, espe- cos convidados para o ajudarem a concreti- influência de revistas online como a Fact ou cialmente, o funaná da sua terra natal. David zar as suas composições abertas. Para além da distribuidora Boomkat. Com uma visão Emigrou para Portugal um ano antes da de músico no activo desde o final da década obstinada e coalescida da música psicadéli- Revolução de Abril e vive actualmente no Maranha de 80 (especialmente versado em órgão ca, composição electro-acústica, indus- bairro da Quinta da Lage, na Falagueira, elétrico e violino amplificado) e com uma trial, ambient, house, techno, foi paulatina- onde ainda hoje ocupa uma boa parte do discografia profícua, tem, nos últimos anos, mente construindo um catálogo que tem seu tempo a trabalhar numa horta urbana & Helena exposto em galerias comerciais e espaços vindo a cartografar as renovadas avenidas - depois de uma vida passada entre as independentes o seu trabalho em artes lexicais de expressão sonora, propostas por jornas de sol a sol nas alfaias agrícolas e o Espvall visuais, sobretudo através de objectos artistas novos (e não tão novos) de idade e fole e os teclados da sua concertina. “Vivi, portugual / suécia escultóricos e instalações. currículo, a quem foi proporcionando uma quase sempre, da música. Mas os cachets infraestrutura – nalguns casos pela primeira foram rareando. Toquei ao lado de muitos David Maranha e Helena Espvall têm vindo a vez –, oferecendo uma assertiva perspectiva músicos afamados. Participei em concursos colaborar com frequência desde que Helena 4 Setembro curatorial no processo. Depois de muitos anos a produzir e apresentar ao vivo música com bons resultados. Mas esta horta é uma participou em “Marches of the New World” 19h30 grande ajuda para a família”, dizia ao jornal – álbum marcante na discografia de David, experimental sob diferentes pseudónimos, diário online cabo-verdiano A Semana, editado em 2007 – , sendo evidente que a entra agora numa nova etapa criativa, em aquando de uma visita para uma peça sobre parceria conheceu novos desenvolvimentos Bill Kouligas que irá apresentar um novo concerto de si há cerca de três anos. Com um vasto a partir do momento que Helena escolheu grécia electrónica manipulada ao vivo, consubstan- repertório, com peças da sua autoria e Lisboa para viver, há um par de anos. Na vida ciado pelo seu aguardado primeiro longa- temas de outros compositores, diz guardar do espaço alternativo (recentemente extin- Bill Kouligas é um músico, designer e DJ -duração em nome próprio, a ser lançado no a mágoa de não ter sido convidado para to) na Cave do n.º 211 da Avenida da Liber- natural de Atenas, a operar entre Nova Outono. tocar para o grande público em Cabo Verde. dade, David promoveu inúmeros encontros Iorque e Berlim. A partir de 2006, iniciou Até porque, afiançava à mesma entrevista, entre músicos da cidade e outros em trânsi- a sua actividade pública usando o nome

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Lisboa, uma miragem

Este ano, trazemos para a rua fil- mes em que Lisboa é a protagonista. Ao longo dos tempos, do tempo do cinema, Lisboa foi sempre cenário para muitas histórias. Além de ter sido ninfa para canções e poemas, sempre muito galanteada, Lisboa é uma cidade que já se transformou em muitas personagens, capaz de se desdobrar em mil e uma facetas. Sob a sua luz particular, todos os enredos culminam em histórias de amor!

Este programa inclui filmes pouco conhecidos e pouco exibidos, ficções e documentários de diferentes regis- às 22h tos e proveniências. Uma experiência ocais arqueológica onde está incluído um sábados e doámriiosngos l filme português de 1949, cujo som se V Entrada Livre encontra perdido. Actores e músicos farão uma sonoplastia ao vivo a fitaspartir do guião original do filme. Propomos que os Lisboetas viajem na através destes filmes, como se visi- tassem os miradouros e fossem infini- tas as panorâmicas. São filmes que falam de espiões, de heróis do mar, da ideia de ser lisboeta, de ruas que foram palcos de performances, visões fantasiosas de quem vê a cidade de fora e é aqui, em Lisboa, que o agente secreto mais famoso do mundo, eterno solteiro, decide casar-se! Um passeio, uma proposta de cinema-turismo dentro da cidade. Uma viagem na máquina do tempo, usando o dispositivo mágico do cinema.

Parceiro de Programação rua16 17 fitas na rua fitas na rua

O Fitas na Rua 23 Agosto Ribeira das Naus associa-se ao 22h00 Arquivo Municipal de Lisboa – Videoteca OS AMANTES para trazer para DO TEJO de Henri Verneuil as sessões imagens França, 1955, ficção, 123’; Com: Daniel Gélin, Trevor Howard, Francoise Arnoul, Marcel Dalio, de arquivos pessoais Amália Rodrigues; Versão original em francês, de Lisboetas ou com legendas em português Um homem e uma mulher conhecem-se em sobre Lisboa. Lisboa, depois da II Guerra Mundial. Lisboa heróis do mar é o cenário perfeito para quem quer fugir Na primeira edição do do seu passado. Um passeio pela Lisboa de TRAÇA – Mostra de Filmes de Arqui- 1955, com os pregões, os eléctricos, os táxis antigos e as particularidades de uma cidade vos Familiares foram entregues disponível para acolher todos os amantes. imagens do espólio da Videoteca 22 Agosto O filme conta ainda com a participação e imagens recolhidas para este fim Terreiro das Missas especial de Amália, como actriz e fadista. a oito realizadores portugueses. ao lado da estação fluvial de Belém 22h00 Cada realizador apresentará uma Coordenação/programação: Sérgio curta-metragem, montada a partir Marques; Equipa técnica: Cenário Avançado e Cinema com Estrelas; HERÓIS desse material, em estreia absoluta Assistentes de sala: Ana Azevedo, nas sessões do Fitas na Rua. Bernardo Rodrigues e Mónica Lemos; Ambientes sonoros: Teresa Bacelar; DO MAR Legendas: Liz Vahia; Apoio à de Fernando Garcia Agradecemos aos realizadores programação: Inês Sapeta Dias, João Rosmaninho, Manuel Mozos, Paula Portugal, 1949, ficção, 118’; Com: Isabel de Castro, que aceitaram este desafio: Bacelar, Paulo Cunha, Saguenail, António Silva, Virgílio Teixeira, Maria Matos, Tiago Baptista, Wiliam Pianco; Vasco Morgado, Barreto Poeira Catarina Alves Costa, Edgar Pêra, Apoios/Parceiros: Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, RTP, Jorge Cramez, José Filipe Costa, Sonoplastia ao vivo a partir do guião Junta de Freguesia de Belém, Junta Manuel Mozos, Margarida Cardoso, de Freguesia da Misericórdia, original. Criação e interpretação Margarida Leitão e Susana Nobre. Videoteca Municipal de Lisboa, de Flávia Gusmão e Rui Rebelo IndieLisboa, Real Ficção, Cenário os amantes do tejo Avançado, FAS – Fundo Arquitectura Um tesouro do cinema português pouco Social, Grupo Excursionista do visto, o som do filme está perdido. Nesta Castelo, Há Castelo, Grupo sessão será acompanhado por sonoplastia Desportivo do Castelo, Marinha, ao vivo, criada a partir de informações Cinema com Estrelas, Junta de Freguesia Santa Maria Maior; recolhidas do guião original do filme. O filme Agradecimentos: Comandante retrata a vida e o trabalho dos pescadores de Rodrigues Vicente, Fátima Ribeiro, bacalhau que partiam para terras distantes. Filomena Fernandes, Henrique Um navio bacalhoeiro que leva para alto- Ribeiro, Hilário Lopes, Jacinta Barros, -mar um dos actores portugueses mais José Filipe Costa, Marco Amaral, adorados, António Silva (Tio Petinga), e Marcos Alves, Miguel Valverde, Nuno Sena, Paula Branco da Cunha, também uma das primeiras personagens Rui Simões, Sara Moreira, Tenente no cinema da actriz Isabel de Castro Martins e ao Tribunal Constitucional (Maria do Rosário), disfarçada de homem.

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6 Setembro Rua Augusta ao Arco 22h00 GERAÇÃO

aqui em lisboa FELIZ de Leonor Areal

Portugal, 1999, 60’, documentário; lisboa: as grandes Versão original em português cidades do mundo com legendas em inglês

30 Agosto Entre 1985 e 1995, o grupo de teatro inespe- Largo da Torre rado “Os Felizes da Fé” marcou o panorama ao lado do Palácio Nacional da Ajuda artístico do fim do século XX, ao criar o 5 Setembro movimento Hiperdada, cujos pólos de acção 22h00 foram Lisboa e São Francisco, na Califórnia. Miradouro do O seu palco de eleição era a Rua Augusta. ADEUS LUZ Recolhimento Com os seus happenings de rua, os Felizes Rua do Recolhimento – desafiaram todas as formas de autoridade DE VERÃO ao Castelo de S. Jorge – civil, política ou moral. Não é assim de 29 Agosto admirar que tenham chegado a ser presos de Yoshishige Yoshida 22h00 Largo Agostinho da Silva e acusados de perturbar a ordem pública. No entanto, no auge da sua carreira, a junto à Praça das Flores Japão, 1968, 96’, ficção; Com: Mariko Okada, Tadashi Yokouchi, Paul Beauvais, Hélène Soubielle; LISBOA: actividade do grupo cessou inexplicavelmen- 22h00 Versão original em japonês com legendas te. Procurando descobrir os motivos desta em português crise, “o documentário mais divertido dos AS GRANDES anos 90” entrevista os membros do culto e AQUI EM Um encontro em Lisboa. Um homem procu- relata a história do grupo, através de uma ra uma igreja, uma mulher procura objectos CIDADES antologia inédita de documentos fílmicos. LISBOA de arte. Procuram e deambulam, numa de Denis Côté, Dominga coreografia por paisagens que só o cinema DO MUNDO Sotomayor, Gabriel Abrantes, pode dar. Abre-se a porta em Lisboa e a luz de Augusto Cabrita Marie Losier faz aparecer a verdadeira procura que segue e Fernando Lopes por outras cidade da Europa. Um filme Portugal, 2015, 88’, documentário, ficção; desconhecido que é uma viagem deslum- Portugal, 1979, 55’, documentário; Com: Francisca Castillo, João Canijo, Carloto brante. Versão original em português e francês geração feliz Cotta, Cláudia Leal, Martinho de Jesus, Joana de com legendas em português Verona, Patrícia Leal, Sónia Balacó, Gabriel Abrantes, Filipa Anika, David Phelps, Cláudia Documentário realizado para uma série Jardim, Joana Barrios, Natxo Checa, Norberto Lobo, Deborah Krystal, Cindy Scrash; Versão francesa, Les Grandes Villes du Monde, original em português, espanhol e inglês com argumento de Alexandre O’Neill. Cada com legendas em português recanto de Lisboa é retratado com alusões a momentos marcantes da sua história. Este filme é o resultado de um convite A atmosfera da cidade em 1979, após o do IndieLisboa a quatro realizadores para rescaldo da revolução, filmada e explicada filmar a sua perspectiva da cidade de Lisboa. como uma declaração de amor. adeus luz de verão Quatro histórias passadas na capital. Diferentes personagens andam à procura do seu lugar na cidade, perseguindo os seus sonhos, até os mais ousados e estranhos.

20 21 fitas na rua fitas na rua os conspiradores

O mais famoso agente secreto do mundo está de férias em Lisboa. Como sempre, as 19 Setembro aventuras sucedem-se, tanto as lutas contra os inimigos como as amorosas. Desta vez e, Rossio talvez por ser em Lisboa, James Bond acaba 22h00 por se apaixonar. A sua missão leva-o aos Alpes Suíços, mas findo o serviço, é urgente regressar a Lisboa para uma missão mais 007, importante. Trata-se da única vez em que 12 Setembro James Bond é encarnado pelo actor austra- AO SERVIÇO liano George Lazenby, o menos famoso de Parque Polivalente todos os que vestiram este papel. Um filme Santa Catarina DE SUA que é um objecto peculiar, dentro dos 23 já Calçada do Combro, n.º 82 realizados desde 1962, polémico e considera- do por alguns o melhor argumento de toda 22h00 MAJESTADE a saga. Quem diria que seria em Lisboa, de Peter Hunt em 1969, que 007 acabaria por dar o nó…

ALTO BAIRRO EUA, 1969, 142’, ficção;C om: Geroge Lazenby, de Rui Simões (Director’s Diana Rigg, Telly Savalas, Gabriele Ferzetti, Cut – versão integral) Lois Maxwell; Versão original em inglês com legendas em português Portugal, 2014, 116’, documentário; 13 Setembro Versão original em português com legendas em inglês Tribunal Constitucional Rua do Século, n.º 111 Padeiros, velhinhos, comerciantes, malta 22h00 nova, homens comuns e artistas. Todos são o rosto do povo do Bairro Alto. Nas lembranças desta humanidade vária e OS CONS- heterogénea está conservada a história de um dos locais mais característicos e PiRADORES peculiares de Lisboa. Seguindo as vozes do de Jean Negulesco Bairro Alto pelas ruas vazias do dia e pela excitação das noites, passando pelas casas EUA, 1944, 101’, ficção; Com: Hedy Lamarr, e pelos bares, acompanhando as linhas Paul Henreid, Sydney Greenstreet, Peter Lorre, dos graffiti nos muros, através do passado, Vitor Francen, Aurora Miranda; Versão original em inglês com legendas em português presente e futuro, não só vamos inscrever a vida de um bairro, mas também vamos No famoso filme Casablanca, de 1942, traçar o compósito rosto do seu povo. os amantes procuram viajar para Lisboa, Rui Simões para fugir às perseguições da guerra. Neste filme noir, que poderá ser uma 007, ao serviço de sua majestade continuação da mesma história, o espião (o mesmo actor do Casablanca) já está em Lisboa e toda a sua actividade acontece numa cidade sombria – “cidade de ecos e de sombras” e “cidade das guerras secre- tas”. Lisboa, em 1944, é uma cidade de espiões com caminhos sinuosos e ruas desconhecidas. São realmente desconheci- das, porque esta Lisboa foi construída em estúdio para o filme, naA mérica. Uma cidade imaginada, onde até o fado é canta- alto bairro do pela irmã da Carmen Miranda – Aurora Miranda, com um pequeno toque brasileiro. apoios

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Kiosquorama é um 22 e 23 Agosto festival itinerante sábado e domingo villa hobo de artes começou Eprntradaaça jos Livreé fontana 22 Agosto originalmente kiz nos jardins com 23 Agosto coretos em Paris gerald e que se estendeu, kurdian nestes últimos anos, a distintas cidades europeias.

Em 2015, a sétima edição de Kiosquorama regressa a Portugal no âmbito do programa Lisboa na Rua, depois de uma participação bem-sucedida no ano passado.

Nos dias 22 e 23 de Agosto, a kios Praça José Fontana irá desfrutar de música francesa, com concertos ao vivo dos artistas Villa Hobo, QUO Kiz e Gerald Kurdian. RAMA24 25 kiosquorama kiosquorama

23 agosto 19h00 GERALD KURDIAN

Gerald Kurdian trabalha no sentido da utopia de uma pop surrealista, tão inclassificável quanto surpreendente, às vezes engraçada, frequentemente estudada. Junta batidas de baladas assombradas, alternadamente vastas, pastorais ou minia- turizadas, criando uma atmosfera curiosa com samplers, vozes e teclados. Fica o desafio de um concerto fora do comum.

villa hobo

22 Agosto gerald kurdian 19h00 23 Agosto 18h00 VILLA HOBO 22 Agosto 20h00 Villa Hobo é um duo de guitarristas que, do flamenco ao rock, passando pelo reggae e a sonoridade cigana, oferece uma viagem KIZ iniciática e musical, sem tempo ou frontei- KIZ é uma banda em linha com o seu tempo, ras. Graças às suas influências diversas e o duo percebeu que hoje a música é ouvida e não convencionais, é muito difícil reduzir através do Youtube e que esta é a melhor a sua riqueza musical a um só estilo. forma de se dar a conhecer às pessoas. Villa Hobo leva-nos a bordo de uma viagem Começando com um ritmo simples usando para descobrir novos horizontes, guiada uma mesa, um piano partido, uma colher ou pelos ritmos de guitarra furiosos e melodias um micro-ondas, KIZ sobrepõe sons e atritos alegres! para criar batidas capazes de acabar em kiz peças musicais. Ambos excelentes cantores e multi-instrumentistas, a dupla continua a realizar vídeos-conceitos numa música acústica electro-pop. KIZ transpõe para o palco o universo desses vídeos, onde usam objectos como instrumentos e desestrutu- ram as suas guitarras e vozes.

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Foi em 1962 que a Fundação Calouste Gul- benkian decidiu estabelecer um agrupamen- to orquestral permanente. No início consti- tuído apenas por doze elementos, foi 20 Setembro originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Na temporada 2012- Praça do Município 2013, a Orquestra Gulbenkian (denominação 19h00 adoptada desde 1971) celebrou 50 anos de actividade, contando hoje com um efectivo orquestra de 66 instrumentistas, que pode ser pontual- mente expandido de acordo com as exigên- cias dos programas executados. Esta consti- gulbenkian tuição permite à Orquestra Gulbenkian a interpretação de um amplo repertório, desde o Barroco até à música contemporânea.

Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicio- gul nais (nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann) podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em ver- orquestra Inserida na progra- sões mais próximas dos efectivos orquestrais para que foram originalmente concebidas. Em cada temporada, a Orquestra realiza mação do Lisboa uma série regular de concertos no Grande na Rua, a Orquestra Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com Gulbenkian actua alguns dos maiores nomes do mundo da música (maestros e solistas). Actuando numa rara oportuni- igualmente em diversas localidades do país, tem cumprido desta forma uma significativa dade para lisboetas função descentralizadora. No plano interna- cional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian e visitantes assisti- tem vindo a ampliar gradualmente a sua actividade, tendo já realizado digressões rem a um concerto na Europa, Ásia, África e Américas.

de uma orquestra de No campo discográfico, o nome da Entrada Livre domingo Orquestra Gulbenkian encontra-se reconhecido prestí- associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, gio, ao ar livre e Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, aberto a todos. entre outras, tendo esta sua actividade sido ben distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio. Paul McCreesh é o actual Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian, sendo Susanna Mälkki a Maestrina Convidada Principal e Joana Carneiro e Pedro Neves os Maestros Convidados. Claudio Scimone, titular entre 1979 e 1986, é Maestro Honorário, e Lawren- ce Foster, titular entre 2002 e 2013, foi nome- ado Maestro Emérito. Parceiro de Programação kian28 29 orquestra gulbenkian orquestra gulbenkian

Scheherazade, op. 35 Sendo uma forma em que narração e musi- Boléro calidade interagem de forma vincada, Maurice Ravel Composição: 1888 com o reforço de uma exímia orquestração, Nikolai Rimsky-Korsakov Scheherazade é também um exemplo da Estreia: Composição: 1928; Estreia: Paris, Opéra complexidade cultural do final do século XIX. Garnier, 22 de Novembro de 1928; Duração: c. 15’; Estreia: São Petersburgo, 28 de Outubro de 1888 A obra está dividida em quatro episódios Maurice Ravel (Ciboure, 7 de Março de 1875 - Duração: c. 45’; Nikolai Rimsky-Korsakov Tikhvin Paris, 28 de dezembro de 1937) (18 de Março de 1844 - Lyubensk, inspirados nos contos das “Mil e uma noites”, 21 de Junho de 1908) mas o compositor afastou-se de uma leitura directa das histórias. A primeira parte é O universo espanhol marca o Boléro, a mais célebre das criações de Ravel. O êxito da O mar e o navio de Sinbad inspirada nas aventuras de Sinbad, o mari- obra surpreendeu o próprio compositor que o A história do príncipe Kalender nheiro, e valoriza o contraste entre dois considerava apenas “uma experiência numa O jovem príncipe e a jovem princesa temas que serão ouvidos ao longo de toda direcção muito particular e muito limitada”, Festa em Bagdade – O mar – Naufrágio do a obra: uma melodia ondulante no violino e (...) “um tecido orquestral sem música num pedro neves navio nos rochedos encimados por um cava- um tema afirmativo nos trombones.A ssim, longo e progressivo crescendo.” Em 1928, a leiro de bronze a primeira parte apresenta características da forma allegro de sonata, hibridizada pelo bailarina Ida Rubinstein tinha pedido a Ravel para orquestrar alguns trechos de Albéniz, Na sua ampla produção musical, Nicolai carácter rapsódico do andamento. A secção mas o compositor decidiu fazer uma obra Rimsky-Korsakov abarcou diversos géneros, seguinte, inspirada no conto do príncipe que nova, escolhendo o bolero, com o seu ritmo sendo de destacar as óperas baseadas na se disfarça de vagabundo, é a mais narrativa obsessivo e a sua simplicidade melódica. temática russa e as obras orquestrais, como do conjunto, conjugando texturas líricas e de Um tema imutável dividido em duas partes Pedro Neves é Maestro convidado da a suite Scheherazade. Esta obra foi inspirada dança. Segue-se uma secção lírica, em que (A e B, com um ritornello) apoia-se num Orquestra Gulbenkian. Interessou-se desde nos contos das “Mil e uma noites”: a sultana as melodias baseadas no tema inicial do ritmo omnipresente em compasso ternário, muito cedo pela direcção de orquestra, Scheherazade conta ao sultão Shakriar uma violino solista são pintadas com matizes sendo repetido sucessivamente com orques- tendo iniciado o seu percurso de maestro história diferente todas as noites, tentando percussivos e dançáveis. A obra tem o seu trações diferentes num percurso que forma em 1988, na Sociedade Recreativa e Musical criar um ambiente encantatório que permita epílogo após uma parte em ambiente festi- um imenso crescendo. Apenas a progressão 12 de Abril, em Águeda – tornou-se depois evitar a sua morte, decretada por um sultão vo, que é transformada pelo retorno dos dinâmica e o jogo dos timbres instrumentais director artístico desta instituição, em 1992. convencido da infidelidade de todas as temas da primeira secção. criam variedade sonora, já que o material Estudou com Jean Marc Burfin naA cademia mulheres. João Silva musical não é objecto de desenvolvimento e Nacional Superior de Orquestra, onde se a pulsação deve ser constante. Dançado por licenciou com elevada classificação. Em Scheherazade foi escrita e Ida Rubinstein, coreografado por Bronislava seguida, aprofundou os seus conhecimentos estreada em 1888, quando Nijinska e contando com Walter Straram na de direção com Emílio Pomàrico e Alexander Rimsky-Korsakov era já reco- direcção musical, o Boléro teve a sua estreia Polishcuk. Em 2006 e 2008, desempenhou nhecido como um dos compo- orquestra gulbenkian em 1928, na Ópera Garnier de Paris. “É louco, a função de maestro assistente de Michael sitores mais proeminentes do é louco!”, gritou uma mulher na plateia Zilm na interpretação de A Sagração da Império Russo. Evoca o univer- quando ouviu a obra. “Essa pelo menos com- Primavera de Stravinsky, Totenfeier de Mahler so orientalista de finais do preendeu”, terá dito Ravel. e Danças Sinfónicas de West Side Story de século XIX, evidenciando o Cristina Fernandes Bernstein. Em 2008, participou no festival de fascínio pelo Oriente. Essa música contemporânea “Outono em Varsó- característica é enfatizada via”, onde dirigiu Hymnen de Stockhausen. pela orquestração e pelo Pedro Neves conduziu as principais orques- recurso a melodias que seriam tras portuguesas e foi maestro titular da rapidamente associadas ao Orquestra Esproarte e da Orquestra do Oriente pelo imaginário do Algarve. É professor na Academia Nacional público da época. Superior de Orquestra e Maestro Titular da Orquestra Clássica de Espinho, onde desenvolve um projecto com jovens músicos. É fundador da Outrarte, associação musical multidisciplinar.

A Orquestra Gulbenkian irá interpretar duas peças neste concerto: Scheherazade, de Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) Coprodução com o Serviço de Música e Boléro, de Maurice Ravel (1875-1937). da Fundação Gulbenkian

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sábados oÀscais 19h vários l Entrada Livre

22 e 29 Agosto Cinco sábados, cinco concertos cosdedicados pela Metropolitana às ALIS UBBO ruas da cidade de Lisboa: dias 22 e Ensemble 29 de Agosto, 5, 12 e 19 de Setembro. 5 Setembro clássiQUINTETO Este ano, continuaremos na senda DE METAIS das sonoridades urbanas com qua- 12 Setembro tro programas especialmente dedi- ENSEMBLE cados ao ragtime, das origens nas DE METAIS primeiras décadas do século XX aos tempos modernos. Música de Kurt E BATERIA Weill, Luther Henderson, Stevie 19 Setembro Wonder, Bob Marley e muitos ENSEMBLE DE outros – incluindo o compositor SAXOFONES DA português Lino Guerreiro. METROPOLITANA na A 12 de Setembro, a música é outra: uma homenagem a Frank Zappa pelo Ensemble de Metais e Bateria da Metropolitana, com um desvio emblemático por Jimmy Hendrix. A não perder!

Transmissão dos concertos em live streaming nos Tomi da MOP e Facebook Vigor.

Parceiro de Programação apoio rua32 33 clássicos na rua clássicos na rua

5 Setembro 12 Setembro Jardim da Amnistia Jardim do Passeio alis ubbo ensemble Internacional dos Heróis do Mar Campolide Parque Tejo 19h00 19h00 QUINTETO ENSEMBLE DE METAIS DE METAIS Do ragtime aos tempos modernos E BATERIA ensemble de saxofones Música de Kurt Weill, Música de Frank Zappa da metropolitana Henderson, Marley e Wonder (arr. Lino Guerreiro)

Sérgio Charrinho, Ricardo Carvalho Trompetes; Sérgio Charrinho, Ricardo Carvalho Trompetes; Nuno Vaz Trompa; Reinaldo Guerreiro Trombone, Rodrigo Carreira Trompa; Reinaldo Guerreiro Adélio Carneiro Tuba Trombone; Adélio Carneiro Tuba; 22 Agosto Marco Fernandes Bateria 19 Setembro Kurt Weill Peter Weiner Ribeira das Naus Jardim da Família The Threepenny Munich Brass Boogie Frank Zappa Jardim de São Bento Opera suite Stevie Wonder Mother People 19h00 19h00 (arr. K. Kramer) Master Blaster King Kong E. Crespo Bob Marley Uncle Meat ENSEMBLE DE 29 Agosto Ragtime Iron Lion Zion The Idiot Bastard Son Parque da Quinta Luther Henderson Stevie Wonder Peaches en Regalia Dog Gone Glues Superstition Absolutely Free SAXOFONES DA das Conchas Paul Nagle Bob Marley Oh, No 19h00 The roaring Twenties I Shot the Sherif Montana METROPOLITANA Luther Henderson Stevie Wonder Dirty Love De Joplin a Matitia Tuba Tiger Rag Sir Duke Jimmy Hendrix ALIS UBBO Purple Haze Neste singular programa, o Ensemble de Saxofones da Metropolitana propõe um Ensemble alinhamento repleto de energia, numa Tempo de Ragtime combinação de sucesso, que junta os sons dançantes dos loucos anos 20 com a voz do O Alis Ubbo Ensemble regressa, no Verão de instrumento rei deste período, o saxofone. 2015, aos admiráveis jardins e largos lisboe- Do antigo ragtime de Scott Joplin ao moder- tas para participar no Clássicos na Rua. no ragtime de Jean Matitia, passando pelo Em 2014, o tango foi o género musical de foxtrot e por alguns dos temas que fizeram eleição. Neste Verão, em Lisboa, será tempo furor nas salas do cinema mudo, o ESM de ragtime! A proposta é uma viagem na promete uma hora de puro entertainment… máquina do tempo da História da Música. Essa viagem promete transportar-nos à Scott Joplin América do Norte do início do século XX, e The Entertainer ao primeiro género musical genuinamente Three Ragtimes norte-americano, o ragtime. Na abordagem Jean Matitia a este estilo musical ritmicamente tão rico, Chiniserag vamos celebrar e relembrar os seus ícones, Las Américas os compositores Scott Joplin, Joseph Lamb e Lino Guerreiro James Scott. Ao longo dos concertos, sempre Selecção de temas do filme comentados, serão interpretadas composi- “Sherlock Jr.”, Buster Keaton ções destes e de outros autores. Saxtrot

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A edição de 2015 do projecto Vicente – uma iniciativa anual do Projecto 5 Setembro Travessa da Ermida, que teve o seu a 25 Outubro início em 2011 e tem como temática o padroeiro de Lisboa que tem vindo Vicente’15 a ser interpretado das mais diversas Sagrado, Corpo formas por vários artistas e autores e Imagem nacionais e internacionais – desdo- bra-se desta vez em três temas interligados: Sagrado, Corpo e Imagem. ocais vários l O programa propõe uma série de inovadoras Entrada Livre situações artísticas, por criadores interna- cionais que se apresentam pela primeira vez em Lisboa. Os artistas convidados a intervir vi na Travessa do Marta Pinto, a Belém, são o italiano Alessandro Lupi, e os alemães Gabriele Seifert e Rochus Aust com a sua 1. Deutsches Stromorchester.

Alessandro Lupi realiza uma escultura efé- mera no espaço urbano. Gabriele Seifert apresenta uma instalação vídeo no interior da Ermida, a par de acções de rua envolven- do os transeuntes. Rochus Aust propõe um concerto móvel durante a inauguração, ligando Lisboa e Zurique via Skype, em antevisão da instalação que prepara para a edição do próximo ano.

Todos os anos, Vicente é também um São Vicente livro, sempre um conjunto de ensaios com surpreendentes perspectivas, complemen- visto e tando-se num revisitar contemporâneo do mito. Os autores do folio de 2015 são interpretado Vítor Manuel Adrião, historiador e escritor esotérico; Moirika Reker, artista visual e pela lente especialista em paisagem; Paulo Borges, da arte filósofo e escritor; Fernando Poeiras, investi- gador em ciências da comunicação e design; contemporânea. Philip Cabau, ensaísta na área do desenho; cen Nelson Guerreiro, autor de teatro e perfor- mer. A edição completa-se com projectos de desenho originais de Vítor Galvão e João Carola e um extra-texto especial dedicado à ópera Cabaret Vicente, de José Eduardo Rocha, estreada no São Luiz Teatro Municipal em 2014. Parceiro de Programação 36 te 37 vicente vicente alessandro lupi Inauguração 5 Setembro Projecto Travessa da Ermida Travessa do Marta Pinto, perpendicular à Rua de Belém rochus aust 18h00 exposições Alessandro Lupi Escultura efémera à Travessa do Marta Pinto

Gabriele Seifert Gabriele Seifert nasceu em Bad Rothenfel- Instalação de vídeo na Ermida de, Alemanha (1959). Vive e trabalha em 18h30 – 19h30 Alessandro Lupi nasceu em 1975, em Géno- Colónia, na Alemanha. Os seus campos de va, Itália. Formou-se pela Accademia Ligus- actividade passam pela pintura, pelo vídeo, Zurique, 19h30 – 20h30 tica di Belle Arti na mesma cidade. Vive e colagem e instalação. Entre 1978 e 1983 Music / Music trabalha em Berlim, Alemanha. As suas estudou Filosofia na Universidade de Müns- Rochus Aust obras têm sido apresentadas, entre outros, ter. De 1979 a 1985, estudou na Academia no Museu Uffizi em Florença, noA vesta das Artes de Düsseldorf, Departamento & 1. DEUTSCHES Museum na Suécia ou na Kunsthaus Tacheles de Münster. A partir de 1984, frequentou STROMORCHESTER em Berlim. Em 2008, realizou uma instalação um mestrado com o Prof. Ulrich Erben. Concerto Móvel para a Bienal Internacional de Havana, em Na transição para a década de 90, estudou Europe – the future of history – exibição permanente na Escuela Nacional videoarte com o Prof. Nam June Paik, Zurique-Lisboa via Skype de Bellas Artes de San Alejandro, em Hava- na Academia de Belas Artes de Düsseldorf. 20h00 na. Em 2010, a cidade de Ljubliana enco- Desde 1981 que organiza exposições individu- Pré-inauguração mendou-lhe uma escultura permanente ais e em grupo participa em festivais de 3 Setembro Performance para celebrar a Capital Mundial do Livro, vídeo e outros projectos. Goethe-Institut Portugal Gabriele Seifert uma iniciativa da UNESCO. O trabalho de Lupi foca-se na Luz e na sua fusão com a Prática de Qi-Gong Jardins Campo dos Mártires da Pátria, 37 cor, o espaço e o tempo. Cada obra como Rochus Aust é natural de Recklinghausen, 10h00 – 18h00 que cria o seu próprio mundo, concentran- na Alemanha, onde nasceu em 1968. Reali- Gabriele Seifert do-se na ideia de “inversão”, isto é, na zou estudos musicais no Trossingen Music possibilidade de oferecer ao espectador o College e na Royal College of Music, em Performance ponto de vista oposto ao esperado ou previs- Londres. Premiado internacionalmente como to. Nas suas obras, a dicotomia de situações trompetista, compositor e artista visual. 10h00 de oposição – exterior/interior, liberdade/ Foi bolseiro da DAAD (Deutscher Akademi- aprisionamento ou vida/morte – são anula- sher Austausch Service) e da Märkischen Encontro com a das pela percepção simultânea destes Kulturkonferenz, entre outras instituições. artista Gabriele Seiffert aspectos, sem que seja favorecida qualquer Fez digressões de concertos em mais de 30 11h00 – 16h00 prevalência perceptiva ou hierárquica. Pelo países, além de ter participado em produ- Intervenção urbana Projecto Travessa da Ermida, participou ções e gravações para mais de 70 editoras, 16h30 – 18h00 na última Bienal de Arquitectura de Veneza estações de rádio e de televisão. As suas com a intervenção Light Curve, conceito coordenadas são actualmente o interface Encontro com a in situ apresentado no Palazzo Bembo. entre concertos visuais, “movinstalações” artista Gabriele Seiffert (MOVinstallations) e poésie eléctronique. Performance participativa Rochus Aust é o fundador e director artístico Prática de Qi-Gong do grupo Re-Load Futura e da primeira Deutsches Stromorchester (Orquestra gabriele seifert apoio Electrofónica Alemã).

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O Verão faz-nos sentir intensamen- te a cidade, que cresce e se multipli- ca em esplanadas, pátios e jardins. Lisboa pertence-nos e sabemos apropriar-nos deste espaço suple- mentar que nos é concedido alguns meses por ano. O calor que se des- arlos prende da calçada, a limpidez da vista sobre o rio, trazem-nos para cional de são c o na a rua que acolhe todos de braços Cinco concertos abertos. largo do teatr de fado para sou do Nos recantos pitorescos e nas cinco noites praças monumentais há uma singu- memoráveis. laridade, algo intrínseco que liga o antigo e o contemporâneo, a tradição e a vanguarda. Que nos define. Pode ser a luz, pode ser o Tejo, mas é com toda a certeza a música que desde tempos imemo- 21 Agosto riais vive dentro de nós e que um raquel tavares dia conseguimos fazer germinar.

28 Agosto Entre 20 de Agosto e 20 de Setem- amélia muge bro, a cidade que fez nascer o Fado convoca-o a uma das suas praças 29 Agosto mais icónicas para ouvir cinco kátia guerreiro intérpretes excepcionais que levarão para o Largo de São Carlos esta 4 Setembro música que é de todos e de cada António Chainho um, em cinco noites que se adivinham inesquecíveis. 11 Setembro sextas jorge fernando fae sábados às 21h30 Entrada Livre

apoio Parceiro de Programação do40 41 sou do fado sou do fado

21 Agosto Aos 17 anos, a convite do “Rei do Fado” 28 Agosto Fernando Maurício, Raquel começa a cantar 21h30 profissionalmente em casas de fado, um 21h30 pouco por toda a Lisboa, convivendo de amélia muge Raquel perto com históricos intérpretes da canção Amélia nacional: Fernando Maurício, Hermínia Silva, Lucília do Carmo, Berta Cardoso ou Beatriz Tavares da Conceição, entre muitos outros. Muge amélia com Uma das mais importantes vozes do fado Em 2006, edita o seu disco de estreia “Raquel contemporâneo, Raquel Tavares tem o inato Tavares”, que lhe vale de imediato os prémios versos de amália dom de ser fadista e pouco mais se deveria Amália Rodrigues e Casa da Imprensa na dizer depois. Raquel vive onde o fado mora, categoria Revelação. Desde então, Raquel “Fiquei deslumbrado. Aquilo era a Amália no coração de Alfama, que bate como se tem desenvolvido um percurso que já a levou toda inteira“... assim descreve Vítor Pavão fosse seu e isso sente-se nos concertos. a alguns dos palcos mais importantes do dos Santos o seu encontro com os versos Raquel canta pela primeira vez com cinco globo em países como Espanha, França, de Amália. Assim fiquei eu também quando anos de idade, e aos 12 já participa em Itália, Grécia, Marrocos, Alemanha, Bélgica, os li. A ideia de Manuela de Freitas para que concursos de fado, conquistando 14 primei- Holanda, Escócia, Inglaterra, Irlanda, musicasse parte destes originais ajudou-me ros lugares, entre eles o da mítica Grande Uruguai, Argentina, Brasil, Canadá, China a encontrar a forma certa para uma home- Noite do Fado, no Coliseu de Lisboa, em 1997. e mais recentemente, Austrália. nagem a Amália, ao fado e aos fadistas. Em Novembro de 2012, na Capital Europeia Tantas canções que não teria composto se da Cultura partilhou o palco com Ivan Lins, não fossem eles. Musicar versos de Amália e num fabuloso concerto de homenagem a cantá-los a meu jeito, foi o ponto de partida. um dos mais importantes artistas do nosso Em termos artísticos tive o privilégio de tempo. Em Janeiro de 2013, no Rio de Janei- contar com o desmesurado talento e dedica- ro, volta a dividir o palco com Ivan Lins, num ção de três pessoas de excepção: José Mário espectáculo esgotadíssimo. Em Abril do mes- Branco, que com a direcção musical, arran- mo ano, Raquel Tavares apresentou no jos e composição ajudou a criar a paisagem Espaço Brasil, em Lisboa, o espectáculo sonora (variada e única) para as palavras de “Nem todo o Fado é Triste, nem todo o Amália; Michales Loukovikas, que com as Samba é alegre”, concerto em que evocou o suas composições abriu horizontes até ao cancioneiro de Samba de raíz e de Fado oriente com modos musicais como o Hu- tradicional, inserido na programação do Ano zzâm e o Sabâ; José Martins, que com os do Brasil em Portugal. seus arranjos em temas meus ligados a um Já em 2014, Raquel canta na Feira do Livro bestiário popular e bem humorístico, ajudou de Bogotá e no Centro Cultural Gabriel a levar as palavras para um lado mais Garcia Marquéz, onde deu forma ao mote telúrico e experimental. escolhido para a comitiva portuguesa: “Da Algumas canções roçam o fado. Outras minha língua vê-se o mar”. Raquel Tavares foram beber à tradição rural, às músicas do tem recebido os maiores elogios da crítica mundo ou à canção de texto. Outras ainda, internacional. É no Fado que está enraizada são de todo o lado e nenhum, pontuando a sua identidade e a imprensa e público comicidades e afectos decorrentes do que Direcção Artística: Amélia Muge Direcção Musical, Co-Produção: José Martins português são os primeiros a reconhecer-lhe Amália nos descreve com uma intensidade Músicos: Amélia Muge Voz, guitarra braguesa, esse prestígio e a recebê-la com um carinho que só os grandes herdeiros de um patrimó- percussão; António Pinto Guitarras acústicas, e gratidão únicos. nio milenar são capazes de transmitir. Este eléctrica e braguesa; Catarina Anacleto Violoncelo A fadista tem um novo disco e uma digres- amélia com versos de amália ao vivo encon- e voz; Daniel Salomé Clarinetes, Saxofones e são mundial agendados para 2015. tra, nesta Lisboa na Rua, em frente ao Teatro Flauta; José Salgueiro Percussão; Manuel Maio S. Carlos, organizada pelo Museu do Fado, Violino, Bandolim e voz; Músicos convidados: António Quintino Contrabaixo; Carisa Marcelino mais um espaço de encontro. Uma noite de Acordeão; Captação Sonora e Interacção música, palavras e descoberta. Um caminho Instrumental: José Martins; Desenho de Luz: seguro para o alimento das emoções. Manuel Mendonça; Vídeo, imagens e guião: Amélia Muge Amélia Muge / Montagem: José Martins; Fotografia e projecção de imagem: Egle Bazaraite; Produção: Museu do Fado / UGURU; Apoios: SPAutores, Museu do Fado (EGEAC), raquel tavares FGDA, Delta Cafés; Duração: 60 min

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Eram muitos, a escolha foi difícil, mas os 12 4 Setembro eleitos representam a nova Kátia Guerreiro, a que nos últimos anos se preparou para 21h30 este agora. Ao seu lado, Tiago Bettencourt, “um apaixonado pelo fado, que além de António excelente músico é também um amigo”, assegurou a produção e direcção musical do projecto, mas também escreveu, a Chainho jorge fernando solo e em parceria, algumas das músicas. Mestre António Chainho, 77 anos de vida e a A João Veiga, Pedro de Castro, Luís Guerreiro celebrar 50 anos de carreira como guitarris- e Francisco Gaspar, os músicos que há muito ta, artista e compositor, é o exemplo vivo de acompanham o seu fado juntaram-se como o talento, a solidariedade feita cum- outros, nomes maiores da música portugue- plicidade e a perseverança na arte podem 11 Setembro sa, como Joel Pina, Pedro Jóia, André Ramos, mudar e muito a trajetória da vida de um Artur Caldeira. Na autoria, reúnem-se 20 homem, e com ele a história da música 21h30 nomes. Alguns em estreia absoluta, outros popular. Mestre Chainho é hoje o grande em homenagem póstuma. Todos em harmo- decano do mais icónico instrumento nacio- Jorge nia. Até ao Fim é o compromisso de Kátia nal, a Guitarra Portuguesa. Autodidacta com o público do Lisboa na Rua, dia 29 de desde muito cedo, conjugou primeiro a Fernando Agosto, no Largo de São Carlos em Lisboa. tradição musical rural com a música popular urbana (Fado de Lisboa), levando depois a Autor-compositor, Jorge Fernando assinou junção destas duas correntes musicais com muitos sucessos e desde muito jovem. Pelas outras músicas do mundo. Do seu imenso suas palavras: “aos 15 anos, Trigueirinha, aos kátia guerreiro trabalho nasceram os discos instrumentais 16, Boa noite solidão, aos 17, Amigo João, “Guitarra Portuguesa” (1980) e a gravação Arco da velha, entre outros que se tornam com a “The London Philharmonic Orchestra” clássicos. Continuo a escrever êxitos, como (1996), o seu primeiro disco com novas vozes Rosas brancas para o meu amor, Umbada, – “A Guitarra e Outras mulheres” (1998), Lua, Pode ser saudade, Chegou a hora, 29 Agosto seguindo-se a triologia dedicada às músicas Chuva, Búzios, Leva-me aos fados, Valsa dos 21h30 do mundo com “Lisboa-Rio” (2000), “Ao Vivo amantes, Desespero, entre outros, tendo no CCB” (2003) e “Lisgoa” (2010); finalmen- escrito para a grande maioria de fadistas da te, neste ano de comemoração dos seus 50 história do fado”. A Jorge Fernando já foram Kátia anos de carreira, o novo CD “Cumplicida- atribuídos vários prémios, dos quais se des”. E é precisamente esta fusão que irá destacam o Prémio da Cultura Italiana por Guerreiro apresentar num espetáculo especial, total- trabalho feito no fado, a medalha de mérito mente instrumental, no largo do S. Carlos a da cidade de Lisboa, o primeiro prémio de Nasceu na África do Sul, cresceu nos Açores, 4 de Setembro, para o qual convidou, além popularidade do jornal Correio da Manhã descobriu-se em Lisboa. Quis ser professora, dos seus cúmplices habituais, Ciro Bertini no (votação popular) ou o prémio Excelência veterinária e tornou-se médica. Mas o fado baixo, Tiago Oliveira na viola, Ruca Rebordão na Música, da revista Mais Alentejo. Ao encontrou-a. E ela encontrou o fado. Obra e Diogo Melo Carvalho na bateria e percus- longo da sua carreira, gravou com Amália, do destino? É sua convicção que este existe são, Kepa Junkera e Raúl de Oliveira, os seus Lucho Dalla, Patxi Andion, Fabia Rebordão, e está atento a ela. Por isso não faz planos, amigos de longa data que participaram no A Filleta, Ana Moura, Cristina Branco, Argen- deixa a vida acontecer-lhe. Foi por esta álbum “Cumplicidades”, e ainda a guitarris- tina Santos, Fausto, Expensive Soul, Nu Soul confiança que esperou o momento certo. ta Marta Pereira da Costa. Family, Sam The Kid, e fez duetos televisivos O momento em que todos os elementos com e Dulce Pontes. Jorge Fernando estivessem alinhados, no mesmo ritmo, não é estranho às grandes salas nacionais na mesma poesia, na mesma paixão. e estrangeiras: já actuou nos Coliseus de Esperou pelos poemas. Esperou pela música. Lisboa e do Porto, no Carnegie Hall (em Esperou por todos com quem queria percor- Nova Iorque), no Concertgebouw (Amester- rer o caminho, há muito desejado, há muito dão), no Picollo (em Milão) ou no Canecão antónio chainho preparado. Os temas foram sendo coligidos do Rio de Janeiro. Foi ainda produtor de ao longo dos anos. De dentro da gaveta que álbuns de Mariza, Ana Moura, Raquel Tava- é o seu coração, saíram para serem canta- res, Aldina Duarte, entre muitos outros. dos com a emoção que a caracteriza.

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A par de uma selecção realizada a partir do open call FUSO, com uma programação distinta que divulga a vídeoarte portuguesa, apresentare- 25 a 30 Agosto mos obras, confrontando lingua- Vários Locais gens históricas com outras mais Fuso contemporâneas, que cruzam o anual de vídeo arte vídeo, a performance e o cinema, selecionadas e apresentadas por internacional curadores internacionais, que dese- de lisboa nharam este programa exclusiva- mente para o FUSO.

Juntando artistas, curadores, público, especialistas e responsáveis Os jardins e os de grandes colecções de videoarte claustros dos e instituições artísticas nacionais, veremos obras da América do Norte ocais museus de Lisboa e do Sul, Europa e Médio Oriente. vários l serão, mais uma Ernesto de Sousa, o criador do Entrada Livre primeiro evento de videoarte em vez, o palco da Portugal, nos anos 70, será o artista celebração da homenageado. O estandarte dos artistas nacionais é, este ano, videoarte na Miguel Palma. fu nossa cidade. Organização: Duplacena; Direcção Geral: António Câmara Manuel; Direcção Artística: Jean-François Chougnet; Programadores: Alisson Avila, Elsa Aleluia, Françoise Parfait, Isabel Alves, Lori Zippay, Miguel Palma, Paula Paula Lopéz Zambrano, Xavier Franceschi; Direcção Secção Competitiva Portugal: Jean-François Chougnet; Júri Secção Competitiva Portugal: João Pinharanda Presidente; Helena Barranha, Susana Sousa Dias, Isabel Nogueira, João Leitão

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25 Agosto 27 Agosto Travessa da Ermida Jardim do Museu Nacional de Arte Contemporânea 21h30 – Museu do Chiado Obras Seleccionadas 22h00 Miguel Bonneville (PT) Landscape of Failure Programa 2010, 5’ Xavier Franceschi (FR) Joana Linda (PT) miguel bonneville Karunã Vertigo keren cytter 2013, 4’ Obras da colecção do Frac (Fundo Regional Dinis Carvalho, Fábio Caldeira de Arte Contemporânea) Île-de-France e Diogo Monteiro (PT) Duração: 66’ Anime it Pierre Bismuth (FR) 2010, 2’ Vertigo reúne um grupo de obras que pro- Respect The Dead (Jaws) Elsa Bruxelas (PT) vêm, na sua totalidade, da colecção do Frac 2001, 5’58’’ Duas pernas e um sopro da Île-de-France. De várias maneiras, por Ulla von Brandenburg (DE) 2011, 5’ meio de contrastes muito intensos, o espec- Singspiel Maria Ornaf (POL) tador mergulhará sucessivamente no diverti- 2009, 14’45’’ Je suis allée mento, no deslumbramento, na dúvida ou Pierre Bismuth (FR) 2012, 1’28’’ 26 Agosto no pavor. Quer se trate da visita – muito Respect The Dead (Dirty Harry) Nuno Lacerda (PT) Praça do Carvão do acompanhada – a uma vivenda modernista 2001, 2’27’’ Mapa Museu (Ulla von Brandenburg), de jogos conceptu- Alejandro Cesarco (UY) 2014, 8’08’’ Museu da Electricidade ais simultaneamente simples e radicais The Two Stories Micael Espinha (PT) (Pierre Bismuth), da visão de uma casa 2009, 6’20’’ Cinza 21h30 habitada por fantasmas (Alejandro Cesarco), Pierre Bismuth (FR) 2014, 10’ de um retracto cujas tonalidades depressivas Respect The Dead (Vertigo) João Cristovão Leitão (PT) Welcome Drink 2003, 4’49’’ também revelam uma grande humanidade O retrato de Irineu Respect The Dead (A bout de souffle) OPEN CALL (Margaret Salmon) ou de um encontro que 2014, 4’09’’ 2001, 5’20’’ Apresentação dos se transforma em pesadelo (Karen Cytter), Keren Cytter (ISR) trabalhos a concurso os artistas propõem, com grande diversida- Four Seasons de, experiências vertiginosas que não deixa- 2009, 12’ rão o espectador ileso… 22h00 Pierre Bismuth (FR) maria ornaf Respect The Dead (Dr No) Jean-François 2003, 4’07’’ Margaret Salmon (EUA) Chougnet PS Secção Competitiva 2010, 8’13’’ Portugal Pierre Bismuth (FR) Respect The Dead (Goodfellas) 2001, 2’37’’ 23h15 Jean-François Chougnet Secção Competitiva Portugal

Ulla Von brandenburg

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Programadores: 23h15 Assim, desde 1992 até 2013, durante 20 edições, sob a orientação de Niblock, foram Programa beneficiários da Bolsa, que tinha lugar em Alisson Avila Isabel Alves (PT) Nova Iorque, criativos como Rafael Toral, Manuel Mota, Margarida Garcia, João Paulo Alisson Avila (Brasil, 1976) é fundador ECOS DE ENCONTROS SOLARES Duração: 45’ Feliciano, David Maranha, Adriana Sá ou e curador do Cine Esquema Novo, André Gonçalves, entre outros. Entre as suas festival surgido em 2003 e é um dos A presente escolha pretende homenagear múltiplas áreas de actividade, Phill Niblock trabalhou com SunRa. O filme TheMagicSun responsáveis pela selecção das obras dois artistas contemporâneos, Phill Niblock e Ernesto de Sousa. (SunRa) foi rodado em 1968, no ambiente do Panorama Brasil, pela principal artístico alternativo de Nova Iorque. Através programação do festival, e de cura- Phill Niblock tem um percurso artístico com da gravação de um grande plano do músico e do instrumento, Niblock conseguiu trans- dorias especiais em diferentes edi- mais de meio século de actividade como cineasta, fotógrafo e compositor. É director formar este filme de 17 minutos, também ções. Co-autor de “Gauleses Irredu- da Experimental Intermedia Foundation pela intensidade das imagens e do som, Jan kopp tíveis” (2001), e sócio da Couture, desde 1985, e a sua relação com Portugal num clássico do cinema underground. Por coincidência temporal, teve lugar em empresa portuguesa de análise de partiu de um contacto próximo que estabe- leceu com Ernesto de Sousa a partir do final Agosto de 1969 um acontecimento de que comportamento e inovação. Produ- da década de 1970. A apresentação de Ernesto de Sousa foi o principal dinamizador, “Ultimatum”, deste último, na Experimental “O Encontro do Guincho”, que designou por tor da série internacional “O Tempo Phill Niblock (EUA) Intermedia Foundation, em 1983, esteve na “encontro como arte” (“meeting as art”). e Modo”, exibida pela RTP em 2012. O ponto de partida foi um projecto de The Magic Sun génese da “Bolsa de Arte Experimental 1966, 17’ Noronha da Costa para um filme. Intermédia – Bolsa Ernesto de Sousa“. Joaquim Barata (PT) Do programa constava a destruição a tiro Encontro do Guincho, 1969, Elsa Aleluia de um objecto deste artista. Colaboraram organizado por Ernesto de Sousa nesta acção, além dos dois citados artistas, Elsa Aleluia nasceu em Aveiro, vive 1969, 5’ os alunos do Curso de Formação Artística. e trabalha em Berlim, e ciclicamen- Manuel Torres (PT) Estiveram ainda presentes, entre outros: Encontro do Guincho, 1969, te em Lisboa. Co-fundou o Projecto Melo e Castro, Maria Alberta Menéres, organizado por Ernesto de Sousa BUH! colectivo teatro interdiscipli- Carlos Calvet, Fernando Pernes, Ana Hather- 1969, 5’ ly, Artur Rosa, Helena Almeida, Jorge Peixi- nar, onde foi produtora e performer. Convívio no Carrascal, 1967, nho, Clotilde Rosa e António Pedro Vascon- Alunos e professores do curso Desde 2005, a sua prática artística celos, entre outros. de Formação Artística da SNBA apresenta-se sob forma de perfor- 1967, 5’ Deste “happening” resultaram diversos mances, palestras, e instalações Ernesto de Sousa (PT) registos fílmicos, um deles de Carlos Calvet. Nós Não Estamos Algures vídeo e outros media, música elec- Os que esta sessão dará a ver são da autoria 1969, 9’36’’ trónica, workshops e projectos de Manuel Torres e de Joaquim Barata. Esta sessão termina com o filme de Manuel de colaboração artística de acção Torres – Convívio no Carrascal, 1967, Alunos e social. Actualmente, trabalha num professores do Curso de Formação Artística projecto de filme-ensaio, sobre (CFA) da SNBA, que reflecte o espírito de interacção entre alunos e professores do prácticas experimentais de vídeo CFA, entre os quais se encontram, José-Au- e filme em Portugal nos anos 1960 gusto França, Manuel Taínha, Adriano de e 70. Inicia a programação de Gusmão, Ernesto de Sousa, Sena da Silva, Blanc de Portugal, Santos Simões, Fernando filmes nos anos 1990 em Coimbra, Conduto, Sá Nogueira, entre outros. integrados em projectos de exposi- ção e teatro. Funda o FUSO – Anual de Video Arte Internacional em 2009, ao lado do produtor António Camara Manuel. ernesto de sousa

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Mira Sanders (BE) direcção à indefinição do sentido, a condi- Françoise Parfait The Journey ção humana em relação à crença e devoção, Françoise Parfait é professora de artes 2009, 5’ escuridão, visibilidade e estrago, com os seus visuais e novos media na Université Sophie Ristelhueber Valerie Jouve (FR) efeitos recíprocos na reparação. Eles ofere- Traversée cem uma compreensão sobre a relação Paris I – Panthéon-Sorbonne e artista. 2012, 18’ entre poder e política, ridículo e absurdo, Publicou Vidéo: un art contempo- Jan Kopp (DEU) género e violência estrutural. Courir Niemeyer rain com a Editions du Regard em 2001, Nos seus discursos, Martin Luther King 2013, 3’42’’ afirmou que violência gera violência, ódio Daniel Lê uma jornada histórica, estética e ana- traz um maior ódio. A arte não consegue The Sky Over Saïda lítica pelas quatro décadas da produ- curar nenhum estrago, por vezes abre velhas 2013, 8’43 feridas, e traz-nos pensamentos que nos ção de vídeo. Publicou vários artigos Marcel Dinahet (FR) fazem sentir mal. A arte pode desafiar a sobre artistas históricos e contempo- Sur les toits – Tripoli/Niterói 2013-2014, 3’ violência, a arte pode re-apresentar a violên- râneos que usaram o vídeo (Victor Maïder Fortune (FR) cia, a arte pode também provocar violência Burgin, Thierry Kuntzel, David Claer- It’s all True (pour un projet de film) ou pode ser violenta. Mas no final, a arte esconde a violência com o seu véu de estéti- bout, e Samuel Rousseau…), bem 2014, 10’ Eric Valette (FR) ca inerente. Daí o título “Cortes de Violên- como sobre sistemas de exposição de 28 Agosto Boa Viagem cia”: peças de vídeo, imagens e sons que vídeo (catálogo MNAM da colecção 2014, 5’ confrontam a violência de forma dolorosa e Claustro do Museu estética, dura e sedutora, nos dois gumes. novos medias/instalações). A sua Nacional de História pesquisa, prática e teórica, tratam Natural e da Ciência valerie Jouve Mauricio Alejo (MEX) da relação das imagens com o tempo. An Ordinary Glass to Lean Against Any Given Wall 22h00 2015, 2’00’’ Crack Isabel Alves Programa 2002, 0’41’’ A actividade principal de Isabel Soares Françoise Parfait (FR) Misconduct 2006, 1’38’ Alves centra-se na produção de expo- SUSPENDED SPACES Duração: 68’ Jordan Baseman (EUA) sições e de espectáculos intermédia, July the Twelfth 1984 2003/2014, 13’00’’ desde 1969. Começou em 1999 a de- O programa Suspended Spaces, fundado em Clemencia Echeverri (COL) 2007, é um projecto colectivo, itinerante, que senvolver o projecto de implementa- De doble filo, Actos del habla se detém em lugares geopolíticos onde a ção em Lisboa de um Centro Experi- (Double-edged, Acts of Speech) modernidade deixou objectos inacabados. 1998, 5’28’’ mental Mixed-Media – CEMES. Entre No Chipre, no Líbano e agora no Brasil, os Patrick Goddard (GB) 1969 e 1988 colaborou com Ernesto artistas questionam espaços na expectativa Free Radicals de “resoluções” políticas, económicas ou de Sousa na realização e produção 2013, 5’45’’ poéticas. 23h15 Maria Jose Sesma (MEX) de filmes, exposições e espectáculos Programa Mea Culpa mixed-media. Colaborou com José Sophie Ristelhueber (FR) 2014, 4’55’’ Over There Paula Lopéz Zambrano (MEX) Richard Hards (GB) Miranda Justo, na publicação do livro 2010, 5’ CUTS TO VIOLENCE What kind of tone is that? “Ser Moderno em Portugal”, uma Jan Kopp (DEU) Duração: 54’ 2014, 5’33’’ colectânea de textos de Ernesto de The House Laure Prouvost (FR) 2009, 4’42’’ Arte e violência são dois cortes afiados, que It Heat Hit Sousa. Em 1994 produziu e apresentou Françoise Parfait (FR) podem ser produzidos simultaneamente por 2010, 6’ no CAM – Fundação Calouste Gul- Botanica entropica uma faca de dois gumes. Este programa Oswaldo Ruiz (MEX) 2009, 4’ reúne uma selecção de trabalhos vídeo de Tree benkian, o mixed-media “Almada, Ziad Antar (LB) artistas vindos de diferentes geografias, mas 2011, 3’00’’ um Nome de Guerra”, da autoria Famagusta Keef Winter (IRL) que partilham preocupações semelhantes. 2009, 1’ Streetwalking de Ernesto de Sousa. Desde 2000, Com implicações subtis e efeitos poderosos, 2015, 5’53’’ é coordenadora da Colecção Berardo. estes vídeos provocam uma abordagem em

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A Arte é uma verdade para expressar sentimentos transversais (e Lori Zippay 2005, 5’34’’ não necessariamente de uma nacionalidade Lori Zippay é directora executiva da Projecto Aríete ou nação) perante a ordem estabelecida. 2005, 5’38’’ Electronic Arts Intermix (EAI), em E é esta produção menos mineradora da Projecto Gravidade identidade brasileira; e mais fleumática, Nova Iorque, uma organização sem 2008 sensorial e internacionalizante, voltada para Erosão fins lucrativos dedicada às artes nos uma expressão artística (e naturalmente po- 2009, 4’38’’ lítica) alheia a conexões nacionais de per- meios digitais. Há 30 anos que Lori Inside Out tencimento, que caracteriza o filme selec- Zippay se dedica à promoção, distri- 2009, 6’39’’ Desert Shuttle cionado pelo Cine Esquema Novo para o buição e preservação da videoarte. 2012, 2’09’’ Fuso 2015. Com “Aquilo que Fazemos com as Curadora e conferencista, escreve Suspenso Nossas Desgraças”, de Arthur Tuoto, traze- 2013, 5’09’’ mos a Lisboa, pela primeira vez, o trabalho sobre artes digitais, tendo organiza- galardoado com o Grande Prémio do Cine do vários projectos de curadoria, Esquema Novo 2014: uma obra que, nas preservação e educacionais com palavras do Júri, apresenta uma “ressignifi- 23h15 cação de textos e imagens apropriados pelo artistas estabelecidos e emergentes. artista, levando o espectador a uma reflexão miguel palma Desenvolveu e é curadora da impor- Programa política sobre o mundo contemporâneo tante colecção da EAI, com 3500 Alisson Avila (BR) através da forma de um potente filme-en- saio”. Um trabalho de “found footage cine- DO MONSTRO BRASIL novas e históricas obras de arte ma” que se movimenta no coração da digital; iniciou o pioneiro programa AO MONSTRO GLOBAL agenda contemporânea, e que através de Duração: 60’ de preservação de vídeo; inaugurou um áudio de Jean-Luc Godard e Anne-Marie Miéville nos convida a mergulhar numa obra 29 Agosto Ao longo do século XX, e não sem certa e é co-autora das extensas publica- singular dentro do panorama dos filmes de obsessão, cineastas e artistas visuais brasi- ções online e recursos digitais. Jardim do Museu apropriação. leiros procuraram vigorosamente o entendi- Nacional de Arte Antiga mento daquilo que é / onde está / o que será Arthur Tuoto (BR) do Brasil, sob os mais diversos enquadra- Aquilo que Fazemos com as Miguel Palma 22h00 mentos e linguagens. Este exercício de Nossas Desgraças buscas e encontros forjou a percepção Lisboa, 1964. Vive e trabalha em Programa 2014, 60’ Lisboa. O seu percurso artístico, estrangeira quanto à moderna produção Miguel Palma (PT) audiovisual do país. de base escultórica, é marcado por SELECÇÃO DE VÍDEOS Porém, no século XXI, novos artistas instru- instalações produzidas de forma Duração: 70’ mentalizam-se para criar um universo não tradicional. O trabalho tem imagético que, gradativamente, deixou de Selecção de trabalhos videográficos do se dedicar à necessidade de exploração da uma orientação híbrida, ligada à artista Miguel Palma, produzidos por ele ao identidade brasileira para abordar possibili- produção industrial do século XX. longo da sua carreira. dades cada vez mais alargadas: assim como A obra de Palma aborda frequente- no resto do mundo globalizado, os interesses Miguel Palma (PT) e necessidades artísticas fragmentaram-se Miguel palma mente o modo como a tecnologia Engenho de forma definitiva, e a análise nacional tem influenciado a vida do homem 1993 deixa de ser literal. S/ título moderno, a sua relação com o am- Enquanto espelho da produção audiovisual 2000, 4’06’’ autoral contemporânea no Brasil, o Cine biente, a ideia de conforto humano Lisboa – Roterdão Esquema Novo acompanhou esta relativiza- 2001, 4’19’’ ou mesmo a ideia de poder. ção temática, onde ganharam força ques- Festival Aéreo tões e obras mais íntimas, particulares, Paralelamente à construção de 2001, 5’13’’ pessoais, ensaísticas. Alinhada à necessida- instalações, é recorrente o desenho Polaroid 2003, 1’56’’ de global de oferecer uma outra abordagem e a construção de miniaturas nos Accident Motion Pictures perante o excesso permanente que marca o seus projectos. Realiza também ví- 2003, 3’58’’ tempo presente, boa parte desta produção Travelling With Pets une-se às vozes da “Internacional Artística” deo, livros de artista e performances. 2003, 6’42’’

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Paula Lopéz Zambrano A sua pesquisa foca-se em conceitos 30 Agosto de contingência, violência e acidentes Ruínas do na arte contemporânea e na curado- Museu Arqueológico ria. Interessada na exploração e cons- do Carmo trução de exposições que ofereçam uma metodologia alternativa usando 22h00 meios contingentes. Actualmente, Programa está a fazer um MPhil / PhD em Cultu- ra Visual na Goldsmiths University, Lori Zippay (EUA) SOUNDTRACKS — A program of em Londres. Anteriormente, fez um moving Image works from EAI bacharelato em História de Arte C. Spencer Yeh, pela Universidad Iberoamericana, na Electronic Arts Intermix (EAI), uma entidade Jason Lescalleet Cidade do México e um Mestrado em sem fins lucrativos sediada em Nova Iorque, tem uma das colecções mais extensas de Curating Contemporary Art no Royal trabalhos de imagem em movimento feitos College of Art, em Londres. Trabalhou por artistas. O arquivo da EAI tem mais de em galerias, museus, espaços inde- 3500 trabalhos artísticos de imagem em movimento, desde os anos 1960 até à actua- C. Spencer Yeh, pendentes e centros de pesquisa no lidade; desde trabalhos seminais de vídeo Jason Lescalleet (TWN, EUA) México, no Reino Unido e em Portugal. feitos por figuras pioneiras até aos trabalhos Beauty Is A Bowtie (HTDW) digitais e de media realizados pelas novas 2013, 2’14’’ 27 a 30 Agosto gerações de artistas. Beauty Is A Bowtie (HTDW) Xavier Franceschi O programa Soundtracks engloba uma (Alternate Version), 2013, 2’14’’ Carpe Diem Arte selecção de imagens em movimento da Cheryl Donegan (EUA) e Pesquisa Xavier Franceschi é director do Frac colecção da EAI, na qual os artistas reimagi- I Still Want to Drown 2010, 3’18’’ Île-de-France/Le Plateau desde 2006. nam e reinterpretam imagens e música – Pipilotti Rist (CHE) canções pop, rock, punk, electrónica, noise FUSO-FILES De 1991 a 2002, foi director do Centre I’m a Victim of This Song – como um ponto de envolvimento crítico. Conceito/coordenação: d’art contemporain de Brétigny. 1995, 5’06’’ O programa varia entre novos trabalhos digi- Dara Birnbaum (EUA) Elsa Aleluia Realizou em paralelo um conjunto tais de artistas emergentes e interdisciplina- Remy/Grand Central: de publicações, entre as quais vários res, como C. Spencer Yeh, a trabalhos iniciá- Trains and Boats and Planes Instalação progressiva no Carpe Diem Arte e ticos e raramente vistos de artistas bem Pesquisa com curadores das sessões do FUSO catálogos monográficos de artistas 1980, 4’18’’ conhecidos, como Pipilotti Rist e Dara Birn- Dan Graham (EUA) e outros artistas convidados. Apresentação convidados. De 2002 a 2006, Xavier baum. O programa conta também com uma Don’t Trust Anyone Over Thirty. diária de dispositivos de arquivo e instalação Franceschi foi inspector encarregado edição de vídeo especial de um “espectáculo Live performance and original music: de filmes, cenários para conversa e perfor- rock’n roll de marionetas”, que foi concebido mance, com espaços de cozinha e de docu- da ordem pública na Delegação Japanther; Video projections: e escrito por Dan Graham, com projecções Tony Oursler mentação. Com a participação de curadores das Artes Plásticas do Ministério da de vídeo de Tony Oursler, com música de 2004, 32’ do FUSO como Lori Zippay (Electronic Arts Cultura e Comunicação. No Plateau, Japanther, e um elenco de marionetas Intermix), Françoise Parfait (projecto colec- liderado pelo mestre marionetista Philip tivo itinerário Suspended Spaces), Isabel para além dos projectos desenvolvi- Huber. Assumindo a forma de “vídeos de 23h15 Alves (Ernesto de Sousa), Xavier Franceschi dos com a colecção dentro e fora música” alternativos, estes trabalhos são Cerimónia de (Frac Île-de-France) e, apresentações de de portas, ele organizou exposições largamente conceptuais na sua natureza: os práticas colectivas e subjectivas de produção artistas exploram o significado e a sintaxe Entrega dos Prémios de filmes, de exibição, e de formação de individuais de nomes importantes das canções pop e da música rock enquanto da OPEN CALL arquivos de artista e grupos de artistas da arte contemporânea. bandas sonoras das nossas narrativas cultu- convidados. Formação de um espaço social, rais e pessoais. subjectivo e de imagem em movimento.

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A Cidade das A Cidade das Tradições, iniciativa da Fundação INATEL, tem este ano como Tradições é um convidada a Região de Turismo do grande evento Centro de Portugal. Concertos de palco, exposições e demonstrações festivo que promove de artesanato, oficinas de música, a livre participação dança, artes e ofícios, folclore, brinquedos e jogos tradicionais, e a partilha de actividades ao ar livre, teatro de conhecimentos robertos e cinema documental cidade entre públicos e marcam presença num evento que, na sua terceira edição, se constitui artistas envolvidos já como uma referência na capital diariamente dedicada à diversidade de expres- sões e linguagens das artes e cultu- alvalade na missão de ras tradicionais. preservação e das A Fundação INATEL, no cumprimen- divulgação das parque de jogos 1.º de maio to da sua missão de consultora da artes e práticas UNESCO para a salvaguarda do culturais Património Cultural Imaterial, dina- miza projectos e acções de valoriza- tradicionais. ção que promovem a recuperação, divulgação e difusão de práticas culturais de tradição, com o objec- tivo de dar continuidade à trans- missão de saberes antigos, aliando 18, 19, 20 Setembro repertórios tradicionais à renovação Cidade das de estilos e de interpretações, devol- vendo às comunidades a consciência Tradições e os utensílios para uma salvaguar- Um país no centro da partilhada do património colec- tradi da cidade tivo português. Sexta das 15h00 às 00h00 Sábado das 11h00 às 00h00 Domingo das 11h00 às 22h00

Apresentação: Júlio Isidro sexta a domingo Organização: Fundação INATEL (www. inatel.pt) Entrada Livre Co-organização: Câmara Municipal de Lisboa ções58 59 cidade das tradições cidade das tradições

CONCERTOS 20 Setembro

18 Setembro 19h00 21h30 Toques do Amélia Muge toques do caramulo Caramulo A abordagem de Amélia Muge à música tradicional baseia-se em novas leituras de A cumprir 15 anos de estrada, os Toques do um património cultural e musical ligado Caramulo reinventam-se continuamente, a novas correntes de intervenção neste fazendo música nova das velhas cantigas domínio, que evidenciam sobretudo a base 19 Setembro e levando o público a surpreender-se com o ESPECTÁCULOS DE PALCO intercultural do nosso passado e promovem 22h00 repertório esquecido da Serra do Caramulo. a inovação a partir da tradição. Vários Com amplo reconhecimento nacional e Actuações em palco com presença de agru- trabalhos editados nos anos recentes – internacional, este é um espectáculo de pamentos com dimensão e experiência em e uma colaboração profícua com outros Danças forte energia musical e interacção com artes performativas. artistas e projectos – têm demonstrado o público, fazendo de cada concerto uma que Amélia Muge é um dos talentos Ocultas e grande festa para todas as idades. fundamentais da música portuguesa. ESPECTÁCULOS DE RUA E ACTIVIDADES AO AR LIVRE Orquestra Todos os dias Actuações e atividades realizadas no recinto Filarmonia ao ar livre, acústicos e sem estrutura de palco, de fácil e rápida logística, convocando das Beiras a aproximação entre artistas e públicos Canção e a participação espontânea. Desenvolvendo aptidões de execução da concertina e novas possibilidades de aborda- de Coimbra TENDAS DE OFICINAS gem, fazendo para ela uma música nova, o colectivo Danças Ocultas consolidou uma A Canção de Coimbra é um género musical enraízado num folclore urbano, popular e Espaços de aprendizagem e participação estética muito próxima do universo clássico académico, de influências regionais e locais, colectiva, de fácil e rápida logística, pensa- da música de câmara, da pequena forma- tendo na Serenata a sua expressão artística dos como convites à descoberta por meio da ção instrumental, acústica, onde cada mais autêntica. A tradição académica do transmissão, demonstração e experimenta- instrumento desempenha uma função Fado de Coimbra, surgido espontaneamente ção nas áreas da música tradicional, das musical. A junção com uma Orquestra de entre grupos de estudantes, manteve-se até danças tradicionais e das técnicas e saberes Cordas – a Orquestra Filarmonia das Beiras hoje, cantado exclusivamente por homens específicos. – é natural e vem evidenciar o carácter universal da proposta artística: entre o e acompanhado do rigor nas vestes. passado e o futuro, produzindo sentido, Os grupos de músicos e cantores, envergan- TENDAS DE ARTES E OFÍCIOS em diálogo com a estética contemporânea. do o traje académico de calça, batina e À frente da Orquestra Filarmonia das Beiras capa de cor negra que confere solenidade Espaços de exposição e demonstração estará o maestro António Vassalo Lourenço, ao momento, cantam à noite nas praças e de saberes e fazeres associados às artes profundo conhecedor da música dos Danças ruas da cidade, palco privilegiado da canção e ofícios tradicionais, incluindo a mostra Ocultas e que, segundo Artur Fernandes, de Coimbra, dedilhando temas conhecidos e venda de produtos e artigos específicos “acarinhou esta iniciativa especial”, onde que falam da cidade e da vida dos estudan- de produção gastronómica regional e local. “os arranjos ampliam o que os originais já tes ou que acompanham as palavras de continham, dando novo corpo e dimensão nomes maiores da poesia portuguesa. ESPAÇO CINEMA PCI – às melodias, aos contrapontos e harmonias Património Cultural Imaterial que este grupo de concertinas já explora”. Neste concerto, os arranjos orquestrais de Espaço dedicado à divulgação de práticas clássicos dos Danças Ocultas são ainda e expressões em registo cinematográfico/ uma forma de celebração dos 25 anos que videográfico. amélia muge o grupo assinala em 2015.

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No fim-de-semana que marca a abertura da temporada, entre 11 e 13 de Setembro, o TNDM II realiza o evento Entrada Livre, onde o público terá acesso gratuito a inúmeras actividades. São cinco espectáculos em estreia mundial nas duas salas No fim-de-semana do teatro e no espaço público à cional volta do edifício, assim como teatro o Na que marca a aber- Teatr para a infância, debates com D. Maria II tura da temporada, grandes personalidades da vida pública portuguesa, exposições no sexta a domingo entre 11 e 13 de entrada interior do teatro, músicos e DJs na Entrada Livre Setembro, o TNDM II varanda do Largo de S. Domingos, realiza o evento a primeira edição da Feira do Livro de Teatro organizada pela Livraria Entrada Livre, do TNDM II na Praça do Rossio, lei- onde o público terá turas públicas em diversos espaços, acesso gratuito lançamento de livros e uma grande homenagem à actriz Eunice Muñoz. a inúmeras actividades. Entrada Livre é a celebração de um novo projecto artístico para o D. Maria II e um momento simbólico de abertura do edifício ao público, aos artistas, à cidade e ao país. Não se chama Entrada Livre apenas porque os bilhetes são gratuitos 11, 12 e 13 Setembro durante um fim-de-semana. O gesto de entrar num teatro nacio- Entrada nal e fruir da criação artística é, mais do que um direito ou um dever, li Livre um gesto de liberdade.

Os espectáculos em sala obrigam ao levantamento de bilhetes para as sessões do próprio dia. Limite de dois bilhetes por pessoa, sujeito à lotação disponível. Não se aceitam reservas de lugares.

Mais informação em: www.teatro-dmaria.pt/ Parceiro de Programação pt/calendario/entrada-livre/ vre62 63 entrada livre entrada livre

11 Setembro 15h30 — 19h00 histórica, cultural e comercial de cada loja e 21h30 das memórias dos seus funcionários, peque- e 30m antes do início do TNDM II, Sala Estúdio* nas narrativas para cada uma delas. Textos espetáculo da Sala Garrett 14h00 — 19h00 de Afonso Cruz, Joana Bértholo e João Tordo. Colecção de Amantes TNDM II, 1.ª Ordem Fachada do Palácio da Independência de Raquel André Enquanto há luz Música no D. Maria: A Colecção de Nos últimos dois anos, foram 73 os encon- Leituras de textos teatrais tros em que Raquel André visitou aparta- ao ar livre Partituras do TNDM II mentos com perfeitos desconhecidos, ficcio- Exposição nando aí uma possível intimidade. De cada Dezenas de alunos da ESTC (Escola Superior de encontro, surgia uma fotografia cujo con- Teatro e Cinema), da ACT – Escola de Actores e “A relação entre a música e o teatro tem junto foi dando corpo a uma colecção. Em da Escola Profissional de Teatro deC ascais sido sempre próxima. Desde a antiguidade Colecção de amantes, estes desconhecidos reúnem-se, à sombra das árvores, para sim- até à actualidade são raros os espectáculos transformam-se em protagonistas do espec- plesmente ler em voz alta até ao pôr-do-sol. teatrais que não contemplem um ou outro táculo. momento de música. Esta música pode tomar uma grande variedade de formas O espectáculo estará em cena até 20 de Setembro, 14h00 — 22h00 – toques de trombetas, rufos de tambores, integrado no Ciclo Recém-nascidos. Fachada TNDM II, canções, danças, etc. – e varia também em Praça D. Pedro IV (Rossio) termos da sua quantidade, desde um único 23h00 Feira do livro de teatro breve momento até a totalidade do entrete- ifigénia, de tiago rodrigues Largo de S. Domingos nimento. Assim sendo, não deve surpreender 1.ª edição que o Teatro Nacional D. Maria II, embora se How can we be dedique essencialmente ao teatro declama- joyful in a world A Livraria do Teatro Nacional D. Maria II do (ao contrário do Teatro Nacional de S. organiza a Feira do Livro de Teatro, que se full of knowledge, Carlos), possua na sua Biblioteca/Arquivo realiza no passeio da fachada principal do um número elevado de partituras musicais de Bruno Pernadas teatro, na Praça do Rossio, criando uma (principalmente em manuscrito), provenien- 21h00 oportunidade para defender e celebrar o Concerto na Varanda tes sobretudo de produções realizados no TNDM II, Sala Garrett esforço que editores, autores e leitores próprio Teatro. Nesta exposição – uma pe- How can we be joyful in a world full of fazem para que teatro de qualidade conti- Ifigénia quena mostra das várias centenas de parti- knowledge é o mais recente projecto do nue a ser publicado no nosso país. de Tiago Rodrigues* turas neste espólio – pretende-se chamar a compositor-multi-instrumentista Bruno atenção do público não só para algumas A temporada da Sala Garrett abre não Pernadas. O seu disco de estreia dá vida a partituras de relevo em termos históricos, 15h00 apenas com uma, mas com três novas peças uma multiplicidade de canções e experiên- mas também para alguns aspetos do reper- Sala Garrett de Tiago Rodrigues, com as quais o actual cias sonoras concebidas entre 2008 e 2013. tório, assim como para a constituição dos director artístico do TNDM II embarca no O disco foi composto e produzido pelo próprio Os Protagonistas conjuntos musicais que interpretaram estas desafio de reescrever três tragédias gregas, e conta com a participação de vários músicos Conversas com Políticos partituras e as anotações práticas e ‘de a partir da leitura de Eurípedes, Sófocles e do panorama nacional – João Correia (TAPE fantasia’ que os músicos por vezes escreviam Ésquilo. Em Ifigénia, os gregos, estacionados JUNk, Julie & The Carjackers), Afonso Cabral Diversos protagonistas da vida política nas partituras que usavam. ” na cidade de Áulis, à espera que o vento (You Can’t Win Charlie Brown), Francisca portuguesa aceitaram o desafio de estar no David Cranmer favorável lhes permita navegar para Tróia e Cortesão (Minta & The Brook Trout) ou palco da Sala Garrett para partilhar com o Margarida Campelo, para citar alguns. público a sua visão mais ampla do mundo, resgatar Helena, são surpreendidos com um do país, da cultura e da vida portuguesa. 16h00 — 19h00 terrível oráculo: Agamémnon, rei de Argos, Lojas de comércio tradicional da Baixa teria que sacrificar a sua filha Ifigénia para que se voltasse a sentir o sopro capaz de Teatro das Compras mover as velas.

O Teatro das Compras é um convite a desco- O espectáculo Ifigénia estará, posteriormente, brir a Baixa Pombalina através de um pro- em cena de 16 a 20 de Setembro. Agamémnon jecto de criação de espectáculos de pequena poderá ser visto no dia 12 e entre 23 e 27 dimensão em algumas das lojas mais anti- de Setembro. Electra subirá ao palco no dia gas e emblemáticas de Lisboa. Todos os 13 e entre 30 de Setembro a 4 de Outubro. anos, essas lojas são inspiração para autores portugueses criarem, a partir da identidade Raquel andré

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12 Setembro Agora, que se descobriram os ossos de Ricar- 21h30 16h00 do III, é o momento perfeito para fazer desen- TNDM II, Sala Estúdio TNDM II, Sala Garrett terrar a peça Ricardo III (1592) de Shakespea- 11h00 re. O autor usa a história de Inglaterra e Colecção de Amantes Electra TNDM II, Salão Nobre conta-nos a subida ao trono mais maquiavé- de Raquel André* de Tiago Rodrigues* É bom mandar? lica de que há memória. Agora, que continu- amos a assistir a violentos e sangrentos Electra nunca perdoou sua mãe, a rainha Oficina 23h00 exercícios de poder, é o momento para contar Clitemnestra, pelo assassínio do pai, esta história; deste Ricardo, um rei imprová- Largo de S. Domingos Agamémnon. Reduzida a escravatura e a Esta oficina é um convite para nos sentarmos vel, um indivíduo que tudo fez para ascender viver nos arrabaldes que circundavam Argos, à mesa, conversar, discutir, conspirar e DJ Alx & DJ Riot ao poder: matando inimigos, amigos, família, Electra via na chegada de seu irmão Orestes, comer. Não falta uma ementa com pratos Concerto na Varanda mentindo, tecendo incríveis enredos. do qual havia sido separada na infância, deliciosos e politicamente apetitosos, através a última esperança para finalmente saciar dos quais experimentamos formas de gover- Músicos e produtores, esta dupla de DJ O espectáculo Ricardo III estreará a 15 de Outubro a sua sede de justiça. Mas o que acontece no e personagens directamente saídas de desdobra-se entre a Cooltrain Crew (ambos na Sala Garrett do TNDM II. quando, para honrar a morte do pai, um todo o mundo e de todos os tempos, como são membros da segunda formação), os filho é levado a tirar a vida à própria mãe? aquela que se desloca vagarosamente nas Macacos do Chinês (Alx) e Buraka Som Siste- No reino de todas as questões, só a vingança malhas do sistema, a tartaruga Burocracia. 15h30 — 19h00 ma (Riot). O amor e dedicação de ambos à e 30 min antes do início do música reflecte-se na energia e musicalida- trará algumas respostas. Oficina para famílias com crianças a partir dos espetáculo da Sala Garrett de que impõem aos seus sets, funcionando 8 anos. A presença de, pelo menos, um adulto TNDM II, 1.ª Ordem quase como se de uma jam de jazz se tra- 16h30 acompanhante é obrigatória. Necessária reserva tasse. Esperar o inesperado, sim, e sempre TNDM II, Sala Estúdio prévia para [email protected] ou Música no D. Maria: com o sentido apontado à dança. 213 250 838; Esta oficina repetirá dias Colecção de Amantes 13, 19, 20, 26 e 27 de Setembro. A Colecção de Partituras do TNDM II de Raquel André* 14h00 — 19h00 Exposição Fachada do Palácio da Independência 19h00 13 Setembro TNDM II, Sala Garrett Enquanto há luz 16h00 — 19h00 74 Eunices Leituras de textos teatrais Lojas de comércio tradicional da Baixa 11h00 Homenagem a Eunice Muñoz* ao ar livre Teatro das Compras TNDM II, Salão Nobre Textos de Afonso Cruz, Joana É bom mandar? Para assinalar os 74 anos de carreira que 14h00 — 22h00 Bértholo e João Tordo marcam a estreia da actriz em 1941 no palco Oficina Fachada TNDM II, da Sala Garrett, 74 actrizes portuguesas, de Praça D. Pedro IV (Rossio) 21h00 Necessária reserva prévia para todas as idades, dizem falas de textos que outrora Eunice disse neste mesmo palco. TNDM II, Sala Garrett [email protected] ou 213 250 838 Feira do livro de teatro Haverá ainda lugar para o lançamento do 1.ª edição Agamémnon livro Acima de tudo amar a vida ou Conver- 14h00 — 19h00 de Tiago Rodrigues* sas com Eunice Muñoz, de Vítor Pavão dos 15h00 Fachada do Palácio da Independência Santos (Edição TNDM II / BdM). TNDM II, Sala Garrett 10 anos foi o que durou a longa ausência Enquanto há luz de Agamémnon, rei de Argos, na guerra de * Levantamento de bilhetes na bilheteira do TNDM Leituras de textos teatrais II, a partir das 13h00, para as sessões do próprio Os Protagonistas Tróia. Neste período, Clitemnestra coman- ao ar livre dia. Limite de dois bilhetes por pessoa, para uma Conversas com Políticos dou os destinos da cidade ao lado de Egisto, actividade à escolha, sujeito à lotação disponível. seu amante e velho rival de Agamémnon. Não se aceitam reservas de lugares. 16h30 Apenas o regresso do antigo rei prometia 14h00 — 20h00 limpar o nevoeiro cerrado que se abateu Fachada TNDM II, Palácio da Independência sobre os cidadãos de Argos. Porém, Clitem- Praça D. Pedro IV (Rossio) Ricardo III nestra não esqueceu o sacrifício da filha Feira do livro de teatro leitura encenada com Ifigénia. Em 10 anos, foi alimentando a sua 1.ª edição direcção de Tónan Quito* ira contra Agamémnon que finalmente regressa. Esta é a história da sua desventu- rada festa de boas vindas.

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Baudelaire definiu o flâneur como Na sequência das dinâmicas do “alguém que anda pela cidade com século XX, a relação entre as práti- o objectivo de experimentá-la”. cas artísticas e o contexto urbano Na sequência desta definição, o constitui-se como uma articulação conceito de flâneur tem sido utiliza- particularmente produtiva – tal do como instrumento para compre- como mostram as designadas ender os fenómenos urbanos e a spatial practices que, através de modernidade em termos económi- diferentes estratégias, problemati- cos, culturais e históricos. Walter zam a cidade, estabelecendo o Benjamin descreve o flâneur como artista como um transeunte, um produto da vida moderna, um um caminhante, um flâneur. botânico do asfalto, e a cidade como o verdadeiro chão sagrado da flanerie. Lisboa – Experimentar A Cidade

“Experimentar” a cidade pode ser um exercício filosófico, talvez já não com o mesmo sentido do deambular pelas ruas do flâneur de 1900 mas actualizando-o, numa reinterpreta- ção de um território que, com o 11 Setembro tempo, fomos deixando de perceber na sua globalidade. a 5 Outubro Flâneur Cidade europeia, capital centrada novas narrativas na periferia, Lisboa é um caso urbanas repleto de singularidades. Enquanto território geográfico e social, um case study que é importante anali- sar e documentar, procurando as outras faces da cidade, as suas flâ idiossincrasias e singularidades, Um projecto de perspectivando o seu futuro. arte no espaço O TIJOL público que desafia largo do intendente ADO DO FORNO DO artistas a produzi- MERC Entrada Livre rem novas leituras neur sobre a cidade. Parceiro de Programação

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Criado e desenvolvido pela Procur.arte, Flâneur – Novas Narrativas Urbanas envolve nove cidades europeias e tem o apoio da EGEAC, Novas Narrativas Urbanas da CML, da UNESCO e da União Europeia.

Flâneur em Londres

O bairro

Os workshops e ateliers de fotografia são A cidade desenvolvidos na zona de intervenção da exposição, procurando activar escolas e O trabalho desenvolvido pelos fotógrafos associações numa lógica de envolvimento convidados tem como âmbito geográfico do público local. A praça a cidade de Lisboa. Tendo como ponto de partida o tema do projecto e trabalhando a O Largo do Intendente é a zona de instala- partir de textos seleccionados, os fotógrafos ção física da exposição. Do ponto de vista Flâneur – Novas Narrativas Urbanas é um exploram a cidade durante os 15 dias de da intervenção, o largo e a zona envolvente projecto europeu de arte no espaço público duração das residências artísticas. representam a cidade a uma escala que desafia artistas a produzir novas leituras diferente. sobre a cidade. O trabalho produzido por fotógrafos em residência artística em Lisboa A intervenção “Blindwalks” é desenvolvida é apresentado no espaço público através nas proximidades da área de implantação da instalação, no Largo do Intendente, da exposição: a partir do Largo do Intenden- de exposições dos fotógrafos convidados, te, os intervenientes, de olhos vendados e Augusto Brázio e Martina Cleary, trazendo acompanhados por um “protector”, percor- para a rua o trabalho de artistas, por norma rem, sem referências visuais, as proximida- destinados às paredes dos museus e das des em busca de momentos-chave, que galerias. Estão ainda programadas diversas registam em fotografia. acções complementares: workshops, ateliers de fotografia, acções performativas e a exposição “Shared Cities” desenvolvida pelo Centre de Cultura Contemporània de Barce- lona (CCCB) que apresenta, no Mercado do Forno do Tijolo, os trabalhos premiados do European Prize for Urban Public Space A Procur.arte e as organizações parceiras são responsáveis 2014, prémio promovido pelo CCCB, com pela selecção e apresentação dos factos e opiniões contidas neste documento as quais não são obrigatoriamente as da o apoio da União Europeia – Culture. Flâneur em Hamburgo UNESCO e por esse facto não comprometem a Organização.

70 71 lisboa na rua 2015 lisboa na rua 2015 25 28 terça sexta

21h30 Fuso Fuso FUSO-FILES Obras Carpe Diem Arte Seleccionadas e Pesquisa Travessa da Ermida 19h30 27 Noites de Verão agosto quinta David Maranha 26 & Helena Espvall 22 MNAC – Museu Fuso quarta do Chiado sábado FUSO-FILES 21h30 Carpe Diem Arte 19h00 21h30 Fuso e Pesquisa Clássicos na Rua Sou do Fado 20 Welcome Drink Amélia Muge ALIS UBBO Ensemble 19h00 OPEN CALL Largo do Teatro Nacional quinta Jardim da Família Praça do Carvão do A Arte da Big Band Jardim de S. Bento de São Carlos 19h00 Museu da Eletricidade BIG BAND A Arte da Big Band 19h00 DO MUNICÍPIO 22h00 23 22h00 / 23h15 DA NAZARÉ Fuso ORQUESTRA Kiosquorama Fuso Parque da Quinta ANGRAJAZZ VILLA HOBO domingo Programa Jean-François das Conchas Jardim Arco do Cego Praça José Fontana Françoise Parfait 18h00 Chougnet Claustro do Museu 22h00 20h00 Kiosquorama Secção Competitiva Nacional de História Fuso Kiosquorama VILLA HOBO Portugal Natural e da Ciência Programa KIZ Praça José Fontana Praça do Carvão do 21 Museu da Electricidade Xavier Franceschi 23h15 Praça José Fontana sexta 19h00 Jardim do Museu Fuso 22h00 Kiosquorama Nacional de Arte Programa 19h30 Fitas na Rua GERALD KURDIAN Contemporânea – Paula Lopéz Noites de Verão HERÓIS DO MAR Praça José Fontana Museu do Chiado Zambrano Julinho Da Claustro do Museu de Fernando Garcia 22h00 23h15 Concertina Nacional de História Terreiro das Missas Fuso MNAC – Museu do Fitas na Rua Natural e da Ciência Chiado OS AMANTES DO TEJO Programa de Henri Verneuil Isabel Alves 21h30 Ribeira das Naus Jardim do Museu Sou do Fado Nacional de Arte Raquel Tavares Contemporânea – Largo do Teatro Nacional Museu do Chiado de São Carlos

72 73 lisboa na rua 2015 lisboa na rua 2015 29 sábado

Fuso FUSO-FILES 30 Carpe Diem Arte domingo 6 10 e Pesquisa domingo quinta 19h00 Fuso Clássicos na Rua FUSO-FILES Vicente Vicente ALIS UBBO Ensemble Carpe Diem Arte setembro5 Projecto Travessa Projecto Travessa Parque da Quinta e Pesquisa da Ermida da Ermida das Conchas sábado 22h00 22h00 19h00 18h00 – 20h00 21h30 Fitas na Rua 3 Fitas na Rua A Arte da Big Band Vicente Sou do Fado ADEUS LUZ DE VERÃO GERAÇÃO FELIZ L.U.M.E. – LISBON quinta exposições Kátia Guerreiro de Yoshishige Yoshida de Leonor Areal UNDERGROUND Largo do Teatro Nacional Largo da Torre 10h00 – 18h00 Alessandro Lupi Rua Augusta ao Arco MUSIC ENSEMBLE de São Carlos ao lado do Palácio Vicente Gabriele Seifert Largo de São Carlos Nacional da Ajuda Pré-inauguração Music / Music 22h00 Gabriele Seifert Rochus Aust Fitas na Rua 22h00 Performance Performance 7 AQUI EM LISBOA Fuso Goethe-Institut Portugal Gabriele Seifert 11 de Denis Côté, Programa Projecto Travessa segunda Dominga Sotomayor, Lori Zippay 19h00 da Ermida sexta Gabriel Abrantes, Ruínas do Museu A Arte da Big Band Vicente Marie Losier Arqueológico do Carmo THONELINE 19h00 Projecto Travessa Flâneur da Ermida Largo Agostinho da Silva ORCHESTRA Clássicos na Rua Largo do Intendente 23h15 Mercado do Largo da Estação QUINTETO DE METAIS 22h00 Fuso Forno do Tijolo do Rossio Jardim da Amnistia Fuso Cerimónia Internacional Programa de Entrega Campolide 8 Vicente Miguel Palma dos Prémios Projecto Travessa Jardim do Museu da OPEN CALL 22h00 terça da Ermida Nacional de Arte Antiga 4 Fitas na Rua Ruínas do Museu Arqueológico do Carmo sexta LISBOA: AS GRANDES Vicente 14h00 – 23h00 23h15 CIDADES DO MUNDO Projecto Travessa Entrada Livre Fuso 19h30 de Augusto Cabrita da Ermida Teatro Nacional Programa Noites de Verão e Fernando Lopes D. Maria II Alisson Avila Bill Kouligas Miradouro do 21h30 Jardim do Museu MNAC – Museu Recolhimento Nacional de Arte Antiga do Chiado 9 Sou do Fado Jorge Fernando 21h30 quarta Largo do Teatro Nacional Sou do Fado de São Carlos António Chainho Vicente Largo do Teatro Nacional Projecto Travessa de São Carlos da Ermida

74 75 lisboa na rua 2015 lisboa na rua 2015 13 17 20 domingo quinta domingo

Flâneur Flâneur Flâneur 12 Largo do Intendente Largo do Intendente Largo do Intendente Mercado do Mercado do Mercado do sábado Forno do Tijolo Forno do Tijolo Forno do Tijolo

Flâneur Vicente Vicente Vicente Largo do Intendente Projecto Travessa Projecto Travessa 19 Projecto Travessa Mercado do da Ermida da Ermida da Ermida Forno do Tijolo sábado 11h00 – 19h00 19h00 Cidade das Vicente Entrada Livre A Arte da Big Band Flâneur Largo do Intendente Tradições Projecto Travessa Teatro Nacional ORQUESTRA DE JAZZ Mercado do Canção da Ermida D. Maria II DO HOT CLUB Forno do Tijolo de Coimbra DE PORTUGAL 11h00 – 23h00 22h00 Parque de Jogos Ribeira das Naus Entrada Livre Fitas na Rua Vicente 1.º de Maio Teatro Nacional 15 Projecto Travessa OS CONSPiRADORES 19h00 da Ermida D. Maria II de Jean Negulesco terça Orquestra Tribunal Constitucional 19h00 18 19h00 Gulbenkian Flâneur Clássicos na Rua Clássicos na Rua orquestra Largo do Intendente sexta ENSEMBLE DE gulbenkian ENSEMBLE DE Mercado do SAXOFONES DA Praça do Município METAIS E BATERIA 14 Forno do Tijolo Flâneur Jardim do Passeio METROPOLITANA Largo do Intendente 19h00 dos Heróis do Mar segunda Ribeira das Naus Vicente Mercado do Cidade das Parque Tejo Forno do Tijolo Projecto Travessa 22h00 Tradições Flâneur da Ermida 22h00 Largo do Intendente Cidade das Toques do Fitas na Rua Vicente Tradições Caramulo Mercado do Projecto Travessa ALTO BAIRRO Danças Ocultas Parque de Jogos Forno do Tijolo da Ermida de Rui Simões e Orquestra 1.º de Maio Parque Polivalente 16 Vicente 21h30 Filarmonia Santa Catarina Projecto Travessa quarta Cidade das das Beiras da Ermida Tradições Parque de Jogos Flâneur Amélia Muge 1.º de Maio Largo do Intendente Parque de Jogos 22h00 Mercado do 1.º de Maio Forno do Tijolo Fitas na Rua 007, AO SERVIÇO Vicente DE SUA MAJESTADE Projecto Travessa de Peter Hunt da Ermida Rossio

76 77 locais locais

1 9 17 24 Carpe Diem Largo da Torre Museu Projecto Arte e Pesquisa Palácio Nacional Nacional Travessa Rua de O Século, 79 da Ajuda de Arte Antiga da Ermida 6 Misericórdia Ajuda R. das Janelas Travessa do santa clara Verdes Marta Pinto, 21 Estrela Belém parque das 2 10 olivais nações Goethe-Institut Largo de 18 25 Portugal São Carlos Campo Mártires Santa Maria Maior Museu Nacional Ribeira da Pátria, 37 de História das Naus 20 Arroios Natural e Santa Maria Maior 11 da Ciência Rua da Escola lumiar Largo de 3 Politécnica, 56 26 S. Domingos Santo António Jardim Santa Maria Maior Rossio marvila Arco do Cego Santa Maria Maior Avenidas Novas 19 carnide alvalade 12 Parque de jogos 27 Largo do 19 4 1.º de maio Intendente Av. Rio de Janeiro Rua Augusta Jardim da Arroios Alvalade Santa Maria Maior areeiro Amnistia Internacional Campolide 13 28 avenidas beato 20 são domingos novas Mercado do Parque da Ruínas de benfica Forno do Tijolo do Museu 3 5 Quinta das Arroios Arqueológico 4 23 penha de Conchas frança Jardim Alameda das do Carmo arroios da Família Linhas de Torres Largo do Carmo 13 Jardim de 14 Lumiar Santa Maria Maior 2 São Bento campolide Estrela MNAC – Museu 12 são do Chiado, benfica vicente 29 santo Jardim das 21 antónio Esculturas Teatro Nacional 18 6 Parque R. Serpa Pinto, 4 Polivalente D. Maria II Jardim do Santa Maria Maior Praça Dom Pedro IV campo de santa Santa Catarina ourique maria Passeio dos Calçada do Santa Maria Maior miseri- maior Heróis do Mar córdia Combro, 82 Parque das Nações 15 Misericórdia 30 Miradouro do 5 Recolhimento Terreiro 7 alcântara estrela 8 10 11 Beco do 22 das Missas Largo Agostinho Recolhimento Belém 17 14 15 22 Praça do da Silva Santa Maria Maior Município ajuda Misericórdia Santa Maria Maior 9 25 26 27 31 16 Tribunal 28 29 8 Museu da 23 Constitucional belém Largo da Eletricidade Praça Rua de Estação Av. Brasília José Fontana O Século, 111 16 do Rossio Belém Misericórdia 1 7 Arroios 30 Largo Duque 24 do Cadaval 21 31 Santa Maria Maior

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ilustração: João fazenda