Galegos No Jornal De Letras Nº 1273 –

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Galegos No Jornal De Letras Nº 1273 – J J jornaldeletras.pt * 17 a 30 de julho de 2019 17 a 30 de julho de 2019 * jornaldeletras.pt 6 * tema GALIZA tema * 7 regionalismo galego em nacionalismo A Trabe de Ouro) quer nas relações aceso o lume do seu compromisso leiros celebrados nos anos 50 e 60. te este panorama, acho necessária › Galiza, aqui tão perto do coração ‹ político, que se consolida na primeira promovidas no campo da arqueo- com a cultura galega, como o faz pa- O diálogo entre a Galiza e Portugal sublinhar as mudanças acontecidas assembleia das Irmandades da Fala logia e da etnografia pelo Seminário tente a sua própria obra pessoal sobre nem sempre foi fácil e, acima de tudo, com a transição para as democracias (Lugo, 1918), mudaram as visões de Estudos Galegos, fundado em a literatura medieval (as Cantigas de apresenta os traços próprios de dois políticas dos anos 70. No próximo dia 25 celebra-se o Dia Nacional da Galiza, ou Dia da Pátria Galega - e o JL dedica-lhe a capa e o Tema, intenção de Portugal face á Galiza e, com Santiago em 1923, de que também Escárnio e Maldizer foram editadas sistemas literários e culturais que maior intensidade, desta a respei- formaram parte alguns intelectuais pela Galaxia nos anos 60) e na me- possuem uma grande desigualdade. DOIS FEITOS MARCAM clara- antiga de um jornal que por todas as razões da Galiza se sente tão próximo (ler com. de JCV na p. 3), tema que se prolongará to de Portugal. No curso daquela portugueses, como A. de Serpa Pinto, mória em que honra os seus amigos As dificuldades não estão nas barreiras mente o devir histórico dos últimos pelo menos na próxima edição. Por óbvias razões de espaço o seu ângulo de abordagem tem de ser limitado: no caso à reunião política, por iniciativa do acolhido no ano 1926. Dar noticia do autonomistas e republicanos, o que linguísticas ou físicas entre a Galiza e decénios. O primeiro, a integração jornalista e fundador da primeira das grupo português da Renascença e dos lhe permitiu arranjar uma grande Portugal, que são quase irrelevantes. da Espanha e Portugal, de modo relação privilegiada entre a Galiza e Portugal, ao que a Galiza significa para nós e até para os povos da nosso língua em Irmandades, António Villar Ponte, seus principais representantes, como homenagem a Castelao na revista As dificuldades derivam da desigual- conjunto e coevo, nas instituições foi lavrado um documento de pendor Teixeira de Pascoaes ou Leonardo Seara Nova (1951) que naquela altura dade política entre um Estado nacional comunitárias europeias, feito que geral, e à panorâmica possível sobre a cultura - a literatura e as artes - hoje nessa "pátria" vizinha e irmã. Todos os textos pangaleguista em que se afirmava Coimbra, é frequente nas revistas era inviável na Galiza. E no exílio como Portugal e uma nação cultural teve consequências relevantes como foram escritos propositadamente para o JL e são de alguns dos nomes mais destacados da Galiza, nas suas respetivas áreas, que “mentres que exista Portugal, galegas e algo análogo acontece em americano figuras como Alberto como a Galiza, inserida politicamen- a supressão das fronteiras e a criação existirá Galiza”. A construção da Portugal, onde os nomes de Álvaro Machado da Rosa ou Ernesto Guerra te na Espanha. Essas relações foram pioneira de um programa de coo- entre eles estando desde logo o de Ramón Villares, que deu um contributo essencial para que tal fosse possível. Optamos identidade cultural e política galega Cebreiro, Noriega Varela, Castelao e, da Cal promoveram o lusitanismo definidas por Pilar Vázquez Cuesta peração transfronteiriça que mudou por manter os textos - e por maioria de razão os poemas - em galego, mas com um breve glossário, graças à prestimosa precisava referentes de oposição acima de todos, Vicente Risco, apare- sem deixarem de prestar atenção á como um “diálogo assimétrico” no completamente as relações entre a e de reintegração. O primeiro era cem em A Águia ou na Seara Nova. Na literatura galega e à sua língua, que prefácio a um dos esforços mais con- Galiza e o norte de Portugal, com no- colaboração de Silvia Capon, licenciada em Letras na Universidade de Santiago de Compostela, professora, escritora e representado por Castela; o segundo, primeira delas, o próprio Risco publica foi incluída nos colóquios luso-brasi- seguidos que se fizeram desde a Galiza vos equipamentos de infraestruturas, tradutora. Destaque ainda, nas páginas seguintes, para as belas crónicas de Lídia Jorge e Valter Hugo Mãe - tendo o gosto de por Portugal. e um incremento extraordinário dos intercâmbios comerciais e também anunciar que na próxima edição teremos um texto da grande escritora brasileira, de ascendência galega, Nélida Piñon AS RELAÇÕES POLÍTICAS E CUL- culturais e universitários. Um centro TURAIS foram alvo essencial para de estudos da eurorregião (CEER), as Irmandades da Fala e o grupo da alentado pelas universidades galegas revista Nós. Não é por acaso que, aos e do norte de Portugal é uma mostra poucos meses da aposta pangaleguista desta cooperação. das Irmandades, apareça uma pri- O segundo feito refere-se á meira colaboração literária de Vicente existência do regime de autogoverno Risco, principal teórico do naciona- na Galiza desde 1981, no contexto Terra irmã de Portugal lismo galego da altura, publicada na do “Estado das Autonomias” da revista portuguesa Atlántida (1919), na Espanha. Este novo marco institucio- que confessa que o seu objetivo é co- nal acompanhou uma forte recupe- meçar uma “nova comunicação com o ração cultural e a criação de um novo RAMÓN VILLARES Era possível refazer aquela cisão? público de Portugal”, visando superar equipamento (editoras, indústria Foi em fins do século XIX, abandona- a maldição de serem os galegos e por- audiovisual, museus de arte contem- da a utopia política do iberismo, que tugueses estrangeiros entre eles. Era porânea, orquestras, uma rede de se produziu a descoberta da posição a nova Galiza cultural e política que radio e televisão em língua galega...), de Portugal no contexto da política da estava a falar ao Portugal republicano. que permite colocar as relações com península ibérica. A fraqueza das na- Naquela mesma altura, o poeta Portugal em esfera claramente distin- ções peninsulares foi posta em causa Teixeira de Pascoes respondeu este ta da ensaiada desde finais dos anos com a crise do Ultimato português pedido de diálogo e entrou em con- 10 até aos anos 80 do século passado. de 1890 e com o “desastre” colo- tacto com a cultura galega, através Aquele “linguajar nativo” evoca- nial espanhol de 1898, mas a saída do poeta Noriega Varela e do Vicente do por Torga é hoje a língua própria daquela crise foi muito diferente. Risco, fundador e diretor da revista e oficial da Galiza, com presença no Portugal afirmou plenamente a sua Nós (1920-1936), que marcou toda sistema educativo, nas instituições identidade nacional ao tempo em uma geração. Esta relação estava e nos mídia, e que, além disso, está n que na Espanha apareceram projetos fundada em princípios ideológicos presente em Centros de Estudos No extenso Diário de Miguel Torga políticos e culturais alternativos ao partilhados, como o saudosismo Galegos em diversas universidades há noticias do poeta – e impenitente nacionalismo de Estado, nomeada- e o atlantismo, e na amizade com de Portugal (Algarve, Minho, Nova viageiro - de periódicas estadias em mente na Catalunha. um crítico literário como o francês de Lisboa) e do Brasil (Rio de Janeiro, terras galegas, o que lhe permitiu Foi neste contexto que alguns Phileas Lebesgue, que se ocupava da São Paulo, Salvador de Baía). A possuir um conhecimento bem cum- nacionalismos subestatais espanhóis, literatura em língua portuguesa na (Da esq.ª para a dt.ª e de cima para baixo) 'Contenedor de Feminismos' (Corunha), Revista Literária 'Nós', Ernesto Guerra cultura galega como referente para o prido do património cultural e natural como o catalão ou o galego, olha- revista Mercure de France, à que tam- da Cal, Vicente Risco, 'A Semana Portuguesa' mundo lusófono foi reconhecida ofi- da Galiza. Mas nestas viagens galegas ram para Portugal na procura duma bém incorporou noticias da literatura cialmente pela CPLP com o ingresso não regista encontros ou diálogos com nova estrutura política da Península galega. do Consello da Cultura Galega como literatos do país, o que torna mais pensada com critérios linguísticos: o O encontro de intelectuais galegos em 1928 um longo artigo, “Da Galiza para apresentar ao público de língua Observador Consultivo desde 2016 relevante a visita que, em meados dos catalão, o castelhano e o galego-por- e portugueses visava converter o renascente”, que continua o programa portuguesa o estado da cultura galega e da Academia Galega da Língua anos 80, lhe fazem “quatro escritores tuguês seriam a base de três futuros ocidente ibérico no centro da “futura iniciado em Atlântida de difundir a Olharam para Portugal (Colóquio/Letras, 137-138, 1995). Portuguesa em 2017. A velha unidade galegos” na sua morada de Coimbra, estados ibéricos. Pensamento que civilização atlântica” que, segundo nova cultura galega, escrita na língua na procura duma nova Naquele prefácio, a ilustre lusitanista perdida da Galécia, refeita imagina- da que dá comprida informação nas nasceu na Catalunha e que foi mesmo o pensamento de Risco, deveria ser galega, que se está a fazer na Galiza estrutura política da alegava como prova de desigualdade riamente na morada do Torga, pode notas de um dia de outubro de 1985. Participantes no Encontro, organizado por Pilar Vasquez Cuesta, que em setembro de 1991
Recommended publications
  • Año 5 Número 22
    Proyecto2:Maquetación 1 29/04/11 12:32 Página 1 AÑO 5 NÚMERO 22 Proyecto2:Maquetación 1 29/04/11 12:32 Página 2 EDITORIAL MAGDALENA DEL AMO FERNÁNDEZ Directora [email protected] esde su primera edición, Ourense Siglo XXI ha ido jalonando sus páginas con fotos y textos alusivos a las sobradas bellezas, potencialidades y recursos turísticos de la provincia. Así, vestigios prehistóricos representados en mámoas y petroglifos, como en Maus de Salas y PresPres- queira; restos romanos de calzadas, mansiones, miliarios y puentes, en Portoquintela, Lovios, San Xoan de Río y Trives; iglesias románicas y góticas impregnadas de oraciones y plegarias; cruceiros y petos de ánimas representativos del sentir de Galicia; monasterios con notas can- tarinas en sus coros, como Santa María de Oseira; viñedos y bolos graníticos; y manantiales termales emanando sin parar sus vapores mágicos, en Laias, Baños de Molgas, Arnoia y las charcas al lado del Miño. Pero Ourense, aparte de la visibilidad de lo enunciado, tiene además un componente profun- do, llamémosle intelectual-artístico-espiritual que se sustancia en un elenco de mentes avanza- das que han sabido combinar lo cercano y próximo con todo un universo de lejanos horizontes. El halagüeño título de La Atenas de Galicia del que hacen gala quienes practican el deporte de la ourensanía se debe a este panel de hombres y mujeres que han destacado en los ámbitos más importantes de la cultura. La gaita y la zanfona de Faustino Santalices, los discursos de Otero Pedrayo, los grabados de Prieto Nespereira, los oleos de Quessada, las películas de Velo o los textos de Cuevillas son sólo una muestra de este mosaico ourensano de arte e intelectualidad.
    [Show full text]
  • La Poesía Gallega De Postguerra
    LA POES~AGALLEGA DE POSTGUERRA EXPLICACIÓN PREVIA Este humilde servidor tiene escritos muchos artículos sobre la poesía gallega de postguerra. Y tuvo, en varias ocasiones, que negarse a escribir otros sobre el mismo tema. En esta ocasión no ve la forma de eludir el com- promiso de escribir, una vez más, sobre nuestra poesía de la postguerra. Y lo hace reproduciendo, más o menos, un artículo publicado en O COMERCIO de Porto (Portugal) el 24 de febrero de 1970. Pocas cosas hay tan desagra- dables como plagiarse a uno mismo. Pero a veces no queda otro remedio. LOS POETAS EMIGRADOS La guerra civil española supuso entre nosotros muchas cosas. De- masiadas cosas y muy dolorosas. Entre ellas el silencio, en nuestra propia tierra, de la poesía gallega. Los emigrantes y exilados, sobre todo los de Buenos Aires, mantuvieron viva, más allá del Atlántico separador, la lla- ma viva de nuestra poesia. En Buenos Aires hubo -y afortunadamente aún hay- una actividad editorial importante de libros gallegos. Entre los más importantes poetas gallegos del exilio destacan Luis Seoaiie, iia&C eii lJlO -y jOLeiiZ"'"Tai-&, ilacit eii 1917, La obra poética de Luis Seoane está reunida en los libros "Fardel de eisilado", "Na brétema, Sant-Iago" y "As cicatrices". La obra en gallego de Lorenzo Var~laestá piddirda en lnc lihrnr "Lnnu~"y "María Pita e tres retratos medioevás". Los libros de ambos poetas fueron editados en Bue- nos Aires. Su obra, de claro testimonio social, enraizada en lo más profun- do del drama gallego, pudo ser fecunda y renovadora de haber llegado a Galicia en la época en que fue publicada.
    [Show full text]
  • Carlos Casares. Cadro De Antón Pulido O Roteiro Carlos Casares En Ourense
    Carlos Casares. Cadro de Antón Pulido O Roteiro Carlos Casares en Ourense Afonso Vázquez-Monxardín Catedrático de lingua galega Presentación cun percorrido a pé desde a Alameda de Santiago ata a casa da Matanza en Pardón. Nela participa- Os roteiros preséntansenos na actualidade como ron moitos dos galeguistas activos da época e foi unha forma de achegamento á realidade do patrimo- recollida nunha película artesanal con guión de nio -sexa este natural, arqueolóxico, histórico, arqui- Celso Emilio Ferreiro e foi recuperada, comenta- tectónico, literario, etc.- que funciona dun xeito lú- da e montada en 2001 co apoio da Caixa Galicia e dico e participativo todo ao longo de Occidente. En dos xornais El Progreso e Faro de Vigo. Máis alá, Galicia moitos son os concellos e institucións públi- tamén as míticas “Pelerinaxes” de Ourense a San cas e privadas que ofrecen estas posibilidades de ocu- Andrés de Teixido, en 1929 de Otero, Risco e Ben pación de ocio, e mesmo hai webs e apps especializa- Cho Shey, pode ser considerada tamén un roteiro das que nos guían por estes espazos de confluencia amplo, como, dalgún xeito o foron tamén moitas entre o paseo, a cultura e o turismo. Especial men- das “xeiras” dos galeguistas no seo do Seminario de ción merecen arestora os roteiros nos que están invo- Estudos Galegos ou as promovidas polos Ultreyas lucrados alumnos e profesores, maiormente de tipo tamén en tempos de antes da guerra. Incluso temos natural e literario. un escrito, simpático e de case imposible realiza- ción, redactado por Otero Pedrayo para o seu ami- En Galicia existe unha certa tradición de roteiros go Silvio Santiago na segunda metade dos sesenta, desde hai tempo.
    [Show full text]
  • Número 75 Do Xornal O Provisional
    O Provisional Xornal de Información Xeral do Instituto de Educación Secundaria "María Sarmiento" Ano XXVI - Número 75 Viveiro, 19 de xuño de 2020 PREMIO NACIONAL ÁS MELLORES PRÁCTICAS EDUCATIVAS - CURSO 2003-04 Sen apenas actividadevidade lectiva presencialesencial Dende a súa fundación, no ano 1932, o noso centro nunca detivera a súa activida- de presencial agás durante períodos da Guerra Civíl. Recuperado o padroado xestor no 1941, cun plantel de só 6 profesores, mantivé- ronse as ensinanzas nunha quenda vespertina durante toda a posguerra. Todo isto lévanos a pensar que vivimos unha etapa histórica cuxas consecuencias sociais están aínda moi lonxe de coñecerse; o ámbito educativo é particularmente sensible polo que se deberán - Alumnado do CM de Electromecánica do Vehículo nunha das clases voluntarias de recuperación - avaliar obxectivamente para a toma de decisións. A crise sanitaria provocada pola sos dos bacharelatos e dos ciclos for- SARS-Cov2, coa necesidade de illamento mativos e cunhas medidas extraordina- social, fixo que a actividade lectiva pre- rias de seguridade sanitaria coma o uso sencial se suspendera ao longo deste úl- de máscaras, pantallas e a toma aleato- timo trimestre do curso 2019/2020. ria de temperatura aos implicados na Só, a partir do 26 de maio, se recupe- vida docente. raron mínimamente as clases presenciais Na práctica, só asistiu ás clases o 30% co alumnado voluntario dos últimos cur- do alumnado convocado. TRES MATRÍCULAS DE HONRA NO BACHARELATO Elena Rios Rodríguez, Tania Aguiar Fernández e Manuel Fernández Peláez S U M A R I O acadaron senllas matrículas de honra no Bacharelato (páxina 11) -Xubilación: b v José Díaz López -Entrevista: Aprazados os cambios na dirección Cristian Vale Varela Prorróganse os equipos directivos un ano.
    [Show full text]
  • Licenciado En Filoloxía Galego
    XOSÉ GREGORIO FERREIRO FENTE do seu labor á figura do poeta ca o Día das Letras Galegas de monterrosino Lorenzo Varela, sobre 2005. Castelao, Ánxel Fole, Xosé R. Licenciado en Filoloxía Galego- o que publicou traballos de divul- Otero Espasandín ou Valentín Paz- portuguesa e profesor de ensino gación, edicións literarias da súa Andrade son outros escritores aos secundario da materia de Lingua obra e ensaios especializados. Así que Gregorio Ferreiro Fente, como e Literatura Galega. Como inves- mesmo, é autor de dous libros estudoso do feito literario galego, tigador, dedicou parte importante sobre o escritor ao que se lle dedi- lles prestou tamén atención. Homenaxe a Lorenzo Varela Xosé Gregorio Ferreiro Fente pasado 25 de novembro de 2003 cum- de Homenaxe. Sesenta e seis escritores falan de príronse 25 anos da morte de Lorenzo Lorenzo Varela (florilexio de textos sobre a vida, Varela. Con tal motivo, mes e medio antes a obra e o home) e presentaríase en Monterroso Odesta data, diversas persoas decidimos constituír, o sábado 29 de novembro, día no que, finalmente, a iniciativa do profesor Xesús Alonso Montero, tería lugar a citada xornada de homenaxe a Lorenzo unha comisión que tivese por obxecto organi- Varela. Seguramente que ningunha das persoas asis- zar unha xornada de homenaxe ao ilustre poeta tentes aos actos daquel día sabía que meses despois galego. Postos xa ao traballo, nunha das reunións a Real Academia Galega acabaría tomando o acor- preparatorias xurdiu a iniciativa de elaborar unha do de dedicarlle ao poeta galego o Día das Letras pequena publicación que servise a un tempo de Galegas correspondente ao ano 2005.
    [Show full text]
  • Vida Oficial Da RAG
    V Vida oficial da RAG A ACADEMIA NA ACTUALIDADE CRÓNICA DA ACADEMIA (2016) Boletín da Real Academia Galega Núm. 377, pp. 403-406 © 2016. Real Academia Galega ISSN: 1576-8767 A ACADEMIA NA ACTUALIDADE (ANO 2016) Dende o 20 de abril de 2013, a Comisión Executiva da RAG está formada polos seguintes membros: • Presidente: D. Xesús Alonso Montero • Secretario: D. Xosé Henrique Monteagudo Romero • Vicesecretario: D. Andrés Torres Queiruga • Arquiveira-Bibliotecaria: D.ª Margarita Ledo Andión • Tesoureira: D.ª Rosario Álvarez Blanco Relación dos actuais académicos numerarios 1. Excmo. Sr. D. Andrés Torres Queiruga. Ingreso: 20 de xuño de 1980. 2. Excmo. Sr. D. Manuel González González. Ingreso: 7 de febreiro de 1992. 3. Excmo. Sr. D. Salvador García-Bodaño Zunzunegui. Ingreso: 25 de novembro de 1992. 4. Excmo. Sr. D. Xesús Alonso Montero. Ingreso: 30 de outubro de 1993. 5. Excmo. Sr. D. Xesús Ferro Ruibal. Ingreso: 4 de maio de 1996. 6. Excma. Sra. D.ª Luz Pozo Garza. Ingreso: 29 de novembro de 1996. 7. Excmo. Sr. D. Xosé Ramón Barreiro Fernández. Ingreso: 14 de febreiro de 1997. 8. Excmo. Sr. D. Xosé Luís Franco Grande. Ingreso: 3 de xullo de 1998. 9. Excmo. Sr. D. Antón Santamarina Fernández. Ingreso: 24 de outubro de 1998. 10. Excmo. Sr. D. Ramón Lorenzo Vázquez. Ingreso: 7 de maio de 1999. 11. Excmo. Sr. D. Andrés Fernández-Albalat Lois. Ingreso: 28 de maio de 1999. 12. Excmo. Sr. D. Francisco Fernández Rei. Ingreso: 25 de setembro de 1999. 13. Excma. Sra. D.ª Xohana Torres Fernández. Ingreso: 27 de outubro de 2001.
    [Show full text]
  • Voces Termando Da Paisaxe Galega Marilar Aleixandre Fina Casalderrey
    Real Academia Galega Rúa Tabernas, 11 Voces termando 15001 A Coruña da paisaxe galega Tlf. 981 207 308 Fax 981 216 467 ISBN 978-84-946005-3-1 [email protected] Discurso lido o día 14 de xaneiro www.academia.gal de 2017 no acto da súa recepción, pola ilustrísima señora dona Marilar Aleixandre e resposta da excelentísima señora dona Fina Casalderrey Voces termando da paisaxe galega O solemne acto académico no que foron lidos os dous discursos recolleitos no presente volume celebrouse o 14 de xaneiro de 2017 no Paraninfo da Universidade de Santiago de Compostela. Edita Real Academia Galega ISBN: 978-84-946005-3-1 Depósito legal: C 2316-2016 © Marilar Aleixandre, 2017 © Fina Casalderrey, 2017 © Real Academia Galega, 2017 Maquetación e coordinación da edición Mazaira grafismo, sl Deseño da colección Grupo Revisión Deseño Impresión Alva Servicios Gráficos Voces termando da paisaxe galega A Coruña 2017 Discurso da ilustrísima señora dona Marilar Aleixandre Excelentísimo señor Presidente da Real Academia Galega, señoras e señores académicos, amigas e amigos: Dezaoito de agosto de 1936. O Pozo da Revolta, parroquia de Mogor, Ma- rín. Na luz borrallenta da madrugada un mariñeiro de dezasete anos prepara a súa barca. Xurdindo da brétema unha visión estarrecedora. A muller ía descalza e levaba o camisón manchado de sangue. Tamén as mans, e talvez por iso puido virlle á cabeza o día, había dous anos, no que o congro lle arrincara os dedos. Mais o sangue fluía do peito, dun ombro, a muller tiña todos os dedos nas mans que retorcía ansiosamente. Un encontro lembrado, setenta anos despois, polo seu curmán para o entre- vistador de Nomes e Voces, Andrés Domínguez Almansa: Auxilios, auxilios, auxilios! Era un chaval, era de noite e xa se sabía o..
    [Show full text]
  • Novas Penzol
    NOVAS PENZOL Número 15 - febreiro de 2017 CARLOS CASARES Carlos Casares Mouriño (Ourense, 1941 – Nigrán, 2002) é unha figura fundamental na Galicia da segunda metade do século XX. Vinculado dende novo co mundo da cultura e co galeguismo, asiste en Ourense ao faladoiro de Vicente Risco e como estudante en Santiago, nos anos sesenta, forma parte do círculo de Ramón Piñeiro. Compaxinou o seu traballo profesional de profesor de ensinanza secundaria co de escritor, dinamizador cultural, editor e político, deixando unha pegada significada en todos eses campos. Como escritor ten un papel esencial na renovación da narrativa galega, mais tamén é un precursor da literatura infantil e xuvenil galega. Poeta, narrador, dramaturgo, ensaísta, biógrafo, crítico literario, columnista, a súa actividade literaria abarcou todos os xéneros. Tivo unha constante participación no mundo cultural, foi membro da Real Academia Galega e desenvolveu funcións como a de Presidente do Consello da Cultura Galega, padroeiro da Fundación Penzol, membro fundador e presidente do Pen Club Galicia, director da revista Grial, etc. Tamén destacou no seu labor como editor, dirixindo a Editorial Galaxia. Como político, foi membro do grupo Realidade Galega e presentouse, como independente polo PSdeG, e foi elexido deputado nas eleccións autonómicas de 1981, sendo membro, polo tanto, da primeira lexislatura do Parlamento de Galicia. A Real Academia Galega acordou dedicarlle a Carlos Casares, no décimo quinto aniversario do seu pasamento, o Día das Letras Galegas do ano 2017. Con este número 15 de Novas Penzol sumámonos ao recoñecemento da súa persoa e da súa obra e damos a coñecer os fondos que del e sobre el dispón a Biblioteca e o Arquivo Penzol e a Biblioteca e o Arquivo Fernández del Riego.
    [Show full text]
  • Texto Completo
    Frei M. Sarmiento por José Vicente Cousiño. XOSÉ LUÍS BARREIRO BARREIRO Dúas Igrexas-Forcarei, Pontevedra Catedrático de Filosofía.Facultade de Filosofía. Universidade de Santiago. Realiza estudios de Humanidades e Filosofía en Santiago, Salamanca, Roma e Madrid.É Doutor en Filosofía M. Sarmiento, xa polas Universidades de S.Tomé desde neno, mamou en Galiza, apalpou (Roma) e Complutense (Madrid). Galiza, sentiu Galiza, Decano da Facultade de Filosofía e comezou a pensar e Ciencias da Educación (Universidade pensou realmente en, de Santiago) desde 1986 ata 1995. sobre e para Galiza. E no marco omnipresen- Director, na actualidade, do te de Galiza hai como Departamento de Filosofía e catro eixes ou refe- Antropoloxía Social. rencias fundamentais Coordinou e publicou, entre outros, encol das que se pode os seguintes traballos: Mundo, hom- vertebrar toda a súa actividade verbo da bre y conocimiento en Amor mesma: a súa Xente, Ruibal, filósofo gallego (1978). “El a súa Terra, a súa Tractatus logico-philosophicus de Lingua e a súa Cultura L.Wittgenstein: una alternativa técni- co-ética” (1981). O Pensamento Galego na Historia –Aproximación da razón (Coord.,1997,1999). “El (2000).“El concepto de Galicia como crítica– (Coord.1990,1992). Indale- proyecto fenomenológico-marxista realidad histórica” (2000).“A palabra cio Armesto –filósofo, republicano, de Enzo Paci” (1998). ”Ilustración y e o silencio (I). De ilustrados e fideis- masón- (1991). “Filosofía e Ilustra- fideismo. La polémica Jacobi-Lessing tas” (2001). Ilustración e Moder- ción en Galicia” (1992). Discusiones y su repercusión posterior” (1999).A nidade. Os avatares da razón sobre la Metafísica, de I. Armesto Antoniana Margarita, de Gómez (Coord..,2001).
    [Show full text]
  • Publicación En CD-ROM ISBN-13: 978-84-611-5082-3 Nº Rexistro: 07/5675
    PRODUCIÓN DA LITERATURA INFANTIL E XUVENIL EN GALEGO Blanca-Ana Roig Rechou (coord.) Mónica Domínguez Pérez Isabel Mociño González Publicación en CD-ROM ISBN-13: 978-84-611-5082-3 Nº rexistro: 07/5675 INTRODUCIÓN Nesta bibliografía nacional especializada, retrospectiva e descritiva, que pretende ser exhaustiva1, preséntase a produción da Literatura infantil e xuvenil en galego, é dicir, tanto a escrita orixinalmente nesta lingua coma a traducida. Trátase dunha bibliografía que tenta acoller toda a produción até a actualidade, aínda que somos conscientes de que precisará revisións e actualizacións periodicamente. As fichas bibliográficas aparecen organizadas en dous grandes apartados “Produción galega” e “Traducións, adaptacións e versións”. Séguese unha rigorosa orde alfabética de autor e dentro da produción de cada creador sitúanse por orde cronolóxica. No caso de obras de máis dun autor/a, organízanse atendendo ao primeiro deles e colócanse no final da produción individual deste/a. Tamén aparecen dentro do corpus textos escritos por nenos e que foron publicados en libro con paratextos dirixidos a este tipo de lectorado. No caso dos contos clásicos tenden a ser agrupados e atribuídos a un só autor, aínda que a miúdo presentan diferentes versións. Nos casos en que se descoñece o nome do autor a entrada faise polo nome do versionador, adaptador ou tradutor, seguindo esta orde de prioridade. De non ser citado ningún deles no libro, entón faise a entrada polo título. Reprodúcese a ficha bibliográfica da primeira edición e dáse conta doutras edicións posteriores das que se ten noticia, sinalando a data e a edición, mentres que no caso de reedicións nas que se observan cambios con respecto á edición orixinal se reproduce a ficha coas modificacións que presenta separada da primeira por dúas barras.
    [Show full text]
  • Letras Galegas 12
    Biblioteca de la Diputación de A Coruña Cando ti volvas... Bebeteca NA MATRICIAL GALIZA, SEMPRE TÚA, LETRAS GALEGAS 2012 que dende a Torre de Hércules ao Miño un facho acenderá por cada illa, cando ti volvas polo mare; de toxo unha fogueira en cada monte; cando ti volvas polo mare; dos castros na coroa unha cachela, cando ti volvas polo mare; unha loura candea en cada pino, cando ti volvas polo mare; o seu cirio de frouma os alciprestes, cando ti volvas polo mare; luces de ardora branca en cada mastro, cando ti volvas polo mare; un farol mariñeiro en cada dorna, cando ti volvas polo mare; veliñas á xanela en cada casa, cando ti volvas polo mare; e as pérolas das bágoas derramadas, cando ti chegues polo mare; cando ti chegues polo mare... Valentín Paz Andrade (1898 –1987) (Pranto matricial , Valentín Paz Andrade) ¿Quen foi homenaxeado? Rosalía de Castro (1963), Castelao, Eduardo Pondal, Francisco Añón Paz, Curros Enríquez, López Cuevillas, Antonio Noriega Varela, Valladares Núñez, Gonzalo López Abente, Valentín Lamas Carvajal, Manuel Lago O Plenario da Real Academia Galega, reunido en González, Viqueira Cortón, Manuel Pintos Villar, Ramón sesión ordinaria o día 4 de xuño de 2011, acordou Cabanillas, Antón Vilar Ponte, Antonio López Ferreiro, dedicar o Día das Letras Galegas de 2012 ao xurista, Manuel Antonio, Alfonso X O Sabio, Vicente Risco, Luis xornalista, académico, conferenciante, político, poeta, Amado Carballo, Manuel Leiras Pulpeiro, Cotarelo ensaísta e empresario Valentín Paz Andrade Valledor, Antón Losada Diéguez, Aquilino Iglesia (Pontevedra, 1898 - Vigo, 1987). Alvariño, Francisca H. Garrido, Ramón Otero Pedrayo, A RAG, na que ingresou en 1978, destacou “o seu Celso Emilio Ferreiro, Luis Pimentel, Álvaro Cunqueiro, compromiso co país” plasmado tanto no ámbito político, Fermín Bouza-Brey, Blanco-Amor, Luis Seoane, Rafael empresarial como literario.
    [Show full text]
  • Unidade Didáctica
    Poesía para respirar O poema, o corpo e a voz Lara Rozados Unidade didáctica Sobre a poesía como función da linguaxe, en que o que importa é o xeito de dicir: “partindo desta base jakobsoniana, a poesía está por todas partes. Nin sequera é exclusiva da comunicación humana, é inevitable”. ELÍAS PORTELA “O uso total da palabra para todos” parece un bo lema, un fermoso son democrático. Non para que todos sexan artis- tas, senón para que ninguén sexa escravo”. GIANNI RODARI “E con todo, probablemente a poesía require menos ins- trución previa que calquera outra práctica artística. Cando menos se é certo, como sostiña Joan Brossa, que os verda- deiros poemas están fóra dos libros de poemas. E con isto o autor non se refería (ou non só) á vida escénica da lírica, en formas tan habituais hoxe en día como a lectura pública, a performance ou os videopoemas. Só chamaba a atención sobre o feito de que vivir poeticamente é un estilo á medida de calquera. Que nunha conversa, nunha discusión, nun pesadelo, nun paseo polo río ou en dous corpos enlazados podemos aprender todo o que hai que saber sobre a poesía”. MARÍA DO CEBREIRO Faremos música do teu vocerío. Eiquí estamos coa túa lingoaxe vulgar. Nomearás calquera cousa –árbol, cabalo, pedra…– e veralos nacer coa súa vida máis íntima, cos seus contornos máis puros. Olla esa formiga, ise argueiro mouro… ¿Qué delicados dedos de alfareiro puideron modelar tan pequechiño corazón, que latexa agora baixo dos altos árboles? ¿Non te decatas de que se movéu o silencio? LUÍS PIMENTEL INTRODUCIÓN Corte detrobeiros deAlfonsoXOSabio Na presente Unidade Didáctica celebraremos a –cantares de andar o camiño, de arrolo, de traballo, Poesía, nas datas arredor do seu Día Mundial, o 21 panxoliñas, maias, cantos de Reis, refraneiro...‒, para de marzo, en toda a súa potencia: no seu sentido a expresión dos sentimentos –cantigas de amigo, de etimolóxico, índolle á raíz ‒o substantivo grego amor, de escarnio e maldizer‒..
    [Show full text]