Ecolinguismo E Línguas Minoritárias
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Ecolinguismo e Línguas Minoritárias Alberto Gómez Bautista Lurdes de Castro Moutinho Rosa Lídia Coimbra (coordenação) Ecolinguismo e Línguas Minoritárias 3 FICHA TÉCNICA TÍTULO Ecolinguismo e Línguas Minoritárias COORDENADORES DO VOLUME Alberto Gómez Bautista, Lurdes de Castro Moutinho & Rosa Lídia Coimbra EDITORA UA Editora Universidade de Aveiro Serviços de Biblioteca, Informação Documental e Museologia 1.ª edição – março de 2017 CAPA Poial em Sendim, foto de Alberto Gómez Bautista ISBN 978-972-789-496-3 APOIOS 4 Ecolinguismo e Línguas Minoritárias Textos do Colóquio Internacional sobre Ecolinguismo e Línguas Minoritárias. Uma homenagem a Amadeu Ferreira 15 e 16 de junho de 2016 - Centro de Línguas, Literaturas e Culturas da Universidade de Aveiro 17 e 18 de junho de 2016 - II Jornadas de Língua e Cultura Mirandesas, Miranda do Douro Página web do evento : http://cllc.web.ua.pt/vl/pt-pt/node/12 Contacto : [email protected] Ecolinguismo e Línguas Minoritárias 5 NOTA INTRODUTÓRIA Nos dias 15 e 16 de junho de 2016 teve lugar, no Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro, o Colóquio Internacional sobre Ecolinguismo e Línguas Minoritárias. Uma homenagem a Amadeu Ferreira. O objetivo desta iniciativa foi o de reunir estudiosos, investigadores e docentes que se ocupem da análise e divulgação da diversidade linguística. Para além das comunicações orais apresentadas, foi também realizada uma mostra fotográfica sobre Terras de Miranda e a apresentação de um livro de poemas bilingue mirandês/português. A seguir aos trabalhos em Aveiro, foi dada continuidade ao colóquio em Miranda do Douro, nos dias 17 a 19 de junho, em articulação com a Câmara Municipal de Miranda do Douro. Os trabalhos prosseguiram aí com as II Jornadas de Língua e Cultura Mirandesas: Uma Homenagem a Amadeu Ferreira. Com o intuito de homenagear Amadeu Ferreira, escritor e ilustre defensor do património cultural mirandês, pretendeu-se, com esta iniciativa, divulgar, estudar, analisar e valorizar a sua obra e, em simultâneo, a língua, literatura e cultura mirandesas. A Comissão Organizadora do colóquio foi constituída por: Alberto Gómez Bautista (CLLC, Universidade de Aveiro), Alfredo Cameirão (Câmara Municipal de Miranda do Douro), Artur Nunes (Presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro), Carlos Ferreira (Presidente da Associação da Língua e Cultura Mirandesa), Lurdes de Castro Moutinho (CLLC, Universidade de Aveiro), Mário Correia (Câmara Municipal de Miranda do Douro) e Rosa Lídia Coimbra (CLLC, Universidade de Aveiro). Da Comissão Científica do colóquio fizeram parte os seguintes elementos: Alberto Gómez Bautista (CLLC, Universidade de Aveiro), Andrés José Pociña (Universidade de Extremadura, Espanha), João Manuel Torrão (CLLC, Universidade de Aveiro), Lurdes de 6 Ecolinguismo e Línguas Minoritárias Castro Moutinho (CLLC, Universidade de Aveiro), Maria Teresa Cortez (CLLC, Universidade de Aveiro), Maria Teresa Roberto (CLLC, Universidade de Aveiro), María Victoria Navas Sánchez-Élez (Universidad Complutense de Madrid), Perpétua Gonçalves (FLCS, Universidade Eduardo Mondlane, Maputo), Rosa Lídia Coimbra (CLLC, Universidade de Aveiro) e Tabita Fernandes da Silva (Universidade Federal do Pará). O presente volume reúne textos selecionados provenientes de comunicações apresentadas neste evento. Aveiro, março de 2017 Os coordenadores Ecolinguismo e Línguas Minoritárias 7 ÍNDICE 1. TEXTOS DE COMUNICAÇÕES Alberto Gómez Bautista Línguas e variedades fronteiriças de Portugal ......................................................... 11 Alcides Meirinhos Ls caminos mediebales na Tierra de Miranda .......................................................... 29 Alfredo Cameirão Fazer L nono anho an Mirandés. L porcesso de reconhecimiento, balidaçon i certeficaçon de cumpeténcias an Lhéngua Mirandesa. L causo de San Pedro de la Silba ................................................................................................................. 37 Francelino Wilson & Vasco Magona Uma análise autossegmental de /s/ em raízes verbais do Ciyaawo contemporâneo ......................................................................................................... 47 Helena Rebelo Do Mirandês ao Madeirense: A Génese das Escritas Fonéticas .............................. 59 Luís Fernando Pinto Salema Polimorfismo, desterritorialização e contacto entre línguas: o judeu- espanhol no espaço ecolinguístico da península balcânica ...................................... 97 Lurdes de Castro Moutinho & Alberto Gómez Bautista Uma primeira abordagem ao estudo da prosódia da língua mirandesa .................... 117 Maria Helena Ançã Alguns cabo-verdianos em Portugal: relações entre as Línguas Cabo- verdiana e Portuguesa .............................................................................................. 141 Maria Teresa Roberto A natureza adjuvante ou oponente das línguas francas na sustentabilidade das línguas minoritárias............................................................................................. 161 8 Ecolinguismo e Línguas Minoritárias Sérgio Ferreira & Cláudia Martins Capital tradutológico e a defesa da língua mirandesa .............................................. 183 Xosé-Henrique Costas González A protección do aranés: un exemplo para as minorías lingüísticas ibéricas ............. 223 2. LANÇAMENTO DE LIVRO E MOSTRA FOTOGRÁFICA Adelaide Monteiro Livro de poesia Bózios, Retombos i Siléncios - Gritos, Ecos e Silêncios, da escritora Adelaide Monteiro, apresentado por Alcides Meirinhos .......................... 249 Alcides Meirinhos Mostra de fotografias sobre Terras de Miranda ...................................................... 253 Ecolinguismo e Línguas Minoritárias 9 1. TEXTOS DE COMUNICAÇÕES 10 Ecolinguismo e Línguas Minoritárias LÍNGUAS E VARIEDADES FRONTEIRIÇAS DE PORTUGAL Alberto Gómez Bautista 12 Alberto Gómez Bautista Ecolinguismo e Línguas Minoritárias 13 LÍNGUAS E VARIEDADES FRONTEIRIÇAS DE PORTUGAL Alberto Gómez Bautista (Fundação Calouste Gulbenkian / CLLC, Universidade de Aveiro) Resumo A presente comunicação tem por principal objetivo descrever, do ponto de vista sociolinguístico, a fronteira luso-espanhola. Recorre-se à história, à linguística e a outras disciplinas para explicar o porquê dos fenómenos linguísticos que se localizam nestas regiões. Faz-se uma breve revisão dos estudos mais relevantes sobre esta matéria. É revista a bibliografia no âmbito da história, da dialetologia e da sociolinguística. Para além de apresentar de forma breve o estado da arte, analisam-se alguns dados obtidos ao longo das nossas viagens de pesquisa por algumas das localidades raianas, com o intuito de completar e acrescentar algumas informações sobre a vasta área objeto deste estudo. Deste modo, tentaremos apresentar uma visão geral mas rigorosa e tão completa quanto possível da situação sociolinguística limítrofe e dos principais factos que originaram este panorama. Inicia-se o percurso na controversa fronteira, do ponto de vista linguístico, entre a Galiza e o Norte de Portugal. Continua-se o caminho através das linhas que separam Portugal de Castela e Leão e que deixaram numerosos enclaves linguísticos de ambos os lados da “raia”: no português, Rio de Onor, Guadramil, Deilão, Petisqueira e a Terra de Miranda, testemunham a importância que o asturo-leonês teve no oriente trasmontano; no lado espanhol, em Castela e Leão, veremos os enclaves galego-portugueses de Ermisende e Alamedilha. Continuaremos o nosso percurso em Cedilho, Os Três Lugares (Eljas, San Martín de Trevejo, Valverde del Fresno), Franja de Alcântara e Olivença, na Estremadura espanhola. Este estudo debruça-se também sobre o barranquenho e as consequências linguísticas que os constantes movimentos migratórios (mais intensos em épocas de perseguição e guerra) foram deixando no português e no espanhol falado nas áreas contíguas à fronteira. Conclui-se esta viagem entre isoglossas e “raias” político- administrativas na região do Algarve. Palavras-chave Línguas em contacto, fronteira luso-espanhola, galego, português, espanhol, asturo-leonês, sociolinguística. Abstract The main purpose of this communication is to describe the Luso-Spanish border, from a sociolinguistic point of view. We will resort history, linguistics and other disciplines to explain linguistic phenomena located in frontier regions. 14 Alberto Gómez Bautista It is made a brief review of the most relevant studies on this subject. The bibliography is reviewed in the context of history, dialecology and sociolinguistics. In addition to briefly presenting the state of the art, we analyze some data obtained during our research field trips to the “raia” locations, in order to review update and add some information about the vast area object of this study. In this way, we intend to present a more accurate and complete as possible overview of the sociolinguistic bordering situation on the main facts which have arisen to this panorama. The route begins at the controversial frontier, from the linguistic point of view, between Galicia and northern Portugal. We will continue through the lines separating Portugal from Castile and Leon and leaving numerous linguistic enclaves on both sides of the "raia", in Portuguese side the importance that the asturo-leonese had in the east trasmontan region is testified by, Rio de Onor, Guadramil, Deilão, Petisqueira and the Land of Miranda: On the Spanish side we will analyze the Galician-Portuguese enclaves of Ermisende and Alamedilha. our journey will proceed to