Salicaceae Na Mata Atlântica Do Nordeste Oriental
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA VEGETAL FRANCISCO ÁLVARO ALMEIDA NEPOMUCENO SALICACEAE NA MATA ATLÂNTICA DO NORDESTE ORIENTAL Recife 2018 FRANCISCO ÁLVARO ALMEIDA NEPOMUCENO SALICACEAE NA MATA ATLÂNTICA DO NORDESTE ORIENTAL Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal (PPGBV), como requisito para obtenção do título de Mestre em Biologia Vegetal. Área de concentração: Sistemática e Evolução Orientador: Prof. Dr. Marccus Alves Recife 2018 Catalogação na Fonte: Bibliotecário Bruno Márcio Gouveia, CRB-4/1788 Nepomuceno, Francisco Álvaro Almeida Salicaceae na Mata Atlântica do Nordeste Oriental / Francisco Álvaro Almeida Nepomuceno. – 2018. 263 f. : il. Orientador: Prof. Marccus Alves. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Biociências. Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal, Recife, 2018. Inclui referências e apêndices. 1. Mata atlântica 2. Biologia – Classificação. I. Alves, Marccus (Orientador). II. Título. 634.90981 CDD (22.ed.) UFPE/CB – 2018 - 409 FRANCISCO ÁLVARO ALMEIDA NEPOMUCENO SALICACEAE NA MATA ATLÂNTICA DO NORDESTE ORIENTAL Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal (PPGBV), como requisito para obtenção do título de Mestre em Biologia Vegetal. Aprovada em: 30/07/2018. BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________________ Prof° Dr. Marccus Alves (Orientador) Universidade Federal de Pernambuco ______________________________________________________________ Prof° Dr. Anderson Alves-Araújo (Examinador Externo) Universidade Federal do Espírito Santo ______________________________________________________________ Dr. Edlley Max Pessoa da Silva (Examinador Externo) Universidade Federal de Pernambuco À toda minha grande família, especialmente aos meus pais, Carla Régis Almeida Nepomuceno e José Alverne Nepomuceno. Dedico AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por todas as coisas. À Universidade Federal de Pernambuco por toda a estrutura concedida. À Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia de Pernambuco – FACEPE, pela bolsa concedida durante meu mestrado e o Auxílio à Mobilidade Discente – AMD, que possibilitou visitar os principais herbários nacionais. A todos os componentes do Programa de Pós Graduação em Biologia Vegetal – PPGBV que me proporcionaram uma boa formação e ajudaram das diversas formas, facilitando e melhorando o andamento dos estudos realizados nesta dissertação. Sou extremamente grato ao Professor Dr. Marccus Alves, orientador dessa dissertação, por ter confiado em meu trabalho desde o estágio realizado no Laboratório de Morfo- Taxonomia Vegetal – MTV, no início de 2016, até a aprovação e finalização do mestrado. Por todos os inúmeros conselhos e dicas dadas, além de apoiar alguns dos meus pensamentos e idéias durante o mestrado, e claro, pelas diversas críticas construtivas que influenciaram positivamente em minha formação. A você, o meu muito obrigado! Agradeço também aos outros dois professores do Laboratório de Morfo-Taxonomia Vegetal – MTV, Prof. Dr. Benoît Loeuille e Prof. Dr. Rafael Louzada pelos conselhos concedidos. A todos os integrantes do laboratório, desde os primeiros que tive contato aos recém chegados, que diariamente pudemos discutir os dados da pesquisa de cada um, compartilhar experiências dentro do laboratório e principalmente no campo, além de proporcionar soluções rápidas para os problemas que surgiram e realiazar diversos favores. Agradeço especialmente a Edlley Pessoa e Aline Melo por sempre tirarem minhas dúvidas quando solicitados e pelas diversas discussões sobre os dados desta dissertação. Agradeço aos ex-integrantes do laboratório, Bruno Amorim, Andréia Zelenski e Maria Cláudia que também me ajudaram nas dúvidas que surgiram principalmente no início do mestrado. Agradeço especialmente ao Jefferson Maciel, que sempre me ajudou em todos os passos desta dissertação, por todas as interessantes dicas sugeridas, me fazendo sempre ter novas idéias para as discussão dos dados. Obrigado pelos vários conselhos e dicas concedidas. Agradeço às talentosas ilustradoras, Regina Carvalho e Beth Ferralc. Agradeço a todos aqueles que estiveram envolvidos no processo de lojistica das expedições de coletas realizadas nesta pesquisa. Todas as pessoas com que pude ganhar experiência de campo, desde os (as) mateiros (as) até mesmo aquelas pessoas que tiraram nossas dúvidas nas estradas sobre qual caminho seguir para chegar a determinada localidade. Um agradecimento especial ao Prof. Dr. Vidal de Freitas Mansano que aceitou me orientar durante o processo do Auxílio à Mobilidade Discente no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Agradeço especialmente também ao Dr. Ronaldo Marquete pelas conversas e ensinamentos via e-mail e quando estive no Rio de Janeiro, além do fornecimento de literaturas raras. Agradeço aos meus tios Lucilene Nepomuceno e Miguel Oliveira por me hospedarem em sua casa durante todo o tempo que estive no Rio de Janeiro. Agradeço a todos os co-autores dos artigos produzidos nesta dissertação, especialmente à Elis Damasceno que auxiliou de forma primordial no manuscrito de morfometria. A todos os curadores e técnicos dos herbários visitados, pela ajuda, compreensão e flexibilidade de datas e horários, especialmente a Marlene Barbosa (curadora do UFP) que nunca exitou em ajudar nos processos de empréstimos de materiais. Seu profundamente grato a minha família pela dedicação, que mesmo sem condições me proporcionaram a educação que melhor estava ao seu alcance, pela paciência por escutar as amarguras do dia a dia de uma pós-graduação e principalmente por me fazer saber que sempre que sair e retornar para casa, irei ter pessoas incríveis ao meu lado e me apoiando em tudo que faço ou que penso em fazer. Obrigado mãe (Carla Almeida) e pai (Alverne Nepomuceno). Obrigado irmão (Neto). Agradeço aos meus avós paternos (Zulmira e Lourenço) e maternos (Terezinha e Gotardo) por compreenderem minha ausência em suas conversas diárias. Agradeço a minha namorada (Izaíra Nepomuceno) por ser uma pessoa incrível e sempre estar ao meu lado nos momentos ótimos e ruins, principalmente pela paciência (que não foi pouca) para compreender minha ausência por esses longos dias. Além das diversas ajudas e favores realizados. Essa dissertação também foi construída com a ajuda dela. Agradeço aos ex e atuais componentes do “AP 202” e colegas da “CDU” que contribuíram para manter minha integridade mental e momentos de distração, especialmente ao Léo, Luana, Lucas e Rajj, e a “galera” das diversas “peladas” que participei. Por fim, sou imensamente grato a todos aqueles que contribuíram positivamente e negativamente para construção dessa dissertação. A vocês, os meus mais sinceros AGRADECIMENTOS. RESUMO Salicaceae se distribui de forma pantropical, com centro de diversidade nas Américas Central e Sul. Possui três subfamílias, Samydoideae, Scyphostegioideae e Salicoideae, abrangendo 1.010 espécies dentro de 54 gêneros. No Brasil é representada por 99 espécies, 37 endêmicas, circunscritas em 18 gêneros. O objetivo desse estudo foi realizar o levantamento taxonômico das espécies da família que ocorrem na Mata Atlântica do Nordeste Oriental, contribuindo para o conhecimento da diversidade do grupo. O Nordeste Oriental do Brasil é composto pelos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Abrange os centros de endemismos Brejos Nordestinos e Pernambuco. O primeiro compreende os enclaves de Mata Atlântica com fitofisionomia de Floresta Estacional Semidecidual Submontana e Montana, que ocorrem no semiárido brasileiro, e o segundo engloba a zona costeira de Mata Atlântica com fitofisionomia de Floresta Ombrófila de Terras Baixas, Submontanas e Montanas, Restingas e Manguezais, que ocorrem desde o Rio Grande do Norte a Alagoas. Foram realizadas visitas às coleções de 26 herbários, além de várias expedições de coletas. Os materiais coletados foram herborizados e incorporados no acervo do herbário UFP, sendo as duplicadas enviadas para os herbários EAC, HUVA, JPB e RB. Foram catalogadas 25 espécies distribuídas em cinco gêneros para a Mata Atlântica do Nordeste Oriental. Pernambuco (20 spp.) foi o estado mais representativo, seguido por Ceará (17 spp.), Paraíba (16 spp.), Alagoas (15 spp.) e Rio Grande do Norte (9 spp.). As espécies Banara nitida, Casearia aculeata, C. souzae, C. ulmifolia, Macrothumia kuhlmannii e Xylosma glaberrima são novos registros para a Mata Atlântica do Nordeste Oriental do Brasil, e C. marquetei que foi descrita como nova espécie para os estados da Paraíba e Pernambuco. Dentre os 25 táxons encontrados neste estudo, um é classificado com distribuição ampla e contínua, 14 com distribuição ampla e disjunta, seis com distribuição restrita e contínua e um com distribuição restrita e disjunta. Além disso, três espécies possuem distribuição essencialmente restrita, ocorrendo somente em uma localidade. Dentre as espécies registradas para Pernambuco, seis foram reportadas para a Usina São José, sendo Casearia selloana Eichler um novo registro para o estado. Das 17 espécies ocorrentes no estado do Ceará, nos resquícios de Mata Atlântica e nas fitofisionomias de Caatinga, oito são novas ocorrências: Banara nitida, Casearia hirsuta, C. lasiophylla, C. mariquitensis, C. souzae, C. ulmifolia e Xylosma prockia. Além disso, dentre as unidades fitoecológicas do Ceará, a Mata úmida do sedimentar foi a mais representativa com 12 espécies. Nesta pesquisa, as espécies Banara nitida, Casearia marquetei,