Pensar Com O Signo Da Compreensão
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO Diretor Superintendente do Cogeime Diretor Geral das IMEs Robson Ramos de Aguiar CONSAD – Conselho Superior de Administração Titulares: Valdecir Barreros (Presidente); Aires Ademir Leal Clavel (Vice-Presidente); Esther Lopes (Secretária); Marcos Gomes Torres; José Erasmo Alves de Melo; Renato Wanderley de Souza Lima; Jorge Pereira da Silva; Andrea Rodrigues da Motta Sampaio; Cassiano Kuchenbecker Rosing; Luciana Campos de Oliveira Dias; Bispa Marisa de Freitas Ferreira Membros Suplentes: Eva Regina Pereira Ramão; Josué Gonzaga de Menezes Reitor Paulo Borges Campos Junior Diretor de Graduação Sérgio Marcus Nogueira Tavares Diretor de Educação a Distância Marcio Araújo Oliverio Diretora de Pós-Graduação e Pesquisa Adriana Barroso de Azevedo Diretora de Extensão e Ações Comunitárias Alessandra Maria Sabatine Zambone Diretor da Faculdade de Teologia Paulo Roberto Garcia Diretor do Campus Rudge Ramos Carlos Eduardo Santi Diretor do Campus Planalto Nilton Abreu Zanco Diretor do Campus Vergueiro Alessandra Maria Sabatine Zambone Conselho de Política Editorial Paulo Borges Campos Junior (Presidente); Alessandra Maria Sabatine Zambone; Cristiane Lopes (Presidente da Comisão de Livros); Isaltino Marcelo Conceição; João Batista Ribeiro Santos; Lauri Emilio Wirth; Marcelo Furlin; Mário Francisco Guerra Boaratti; Noeme Timbó (Biblioteca) Comissão de Livros Adriana Barroso de Azevedo; Almir Martins Vieira; André Luiz Perin; Antonio Roberto Chiachiri; Cristiane Lopes (Presidente) Editor Executivo Sergio Marcus Nogueira Tavares Dimas A. Künsch Mateus Yuri Passos Carolina Moura Klautau Patricia S. Machado Paulo Emilio Fernandes Tayane Abib Organizadores PENSAR COM O SIGNO DA COMPREENSÃO UMESP 2019 UMESP 2019 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Biblioteca Central FICHA da UniversidadeCATALOGRÁFICA Metodista de São Paulo) P387 Pensar com o signo da compreensão / Organizadores Dimas A. Künsch... [et al.]. São Bernardo do Campo : Universidade Metodista de São Paulo, 2019. 251 p. : il. Bibliografia ISBN 978-85-7814-404-3 1. Compreensão (Teoria do conhecimento) 2. Comunicação 3. Conhecimento 4. Comunicação - Filosofia I. Künsch, Dimas A. CDD 121 AFILIADA À EDitora MetoDista Rua do Sacramento, 230, Rudge Ramos 09640-000, São Bernardo do Campo, SP • Tel: (11) 4366-5537 E-mail: [email protected] • www.metodista.br/editora Capa: Cristiano Freitas Editoração eletrônica: Maria Zélia Firmino de Sá SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DE NOVO A IDEIA DO POETA DE QUE O CAMINHO SE FAZ ANdaNDO .............................................9 Dimas A. Künsch | Mateus Yuri Passos | Carolina Moura Klautau | Patricia S. Machado | Paulo Emilio Fernandes | Tayane Abib prefácio .............................................................................................................................. 19 PREFÁCIO DA EXPLICAÇÃO PRONTA À COMPREENSÃO INCERTA .................................................................. 19 Cremilda Medina PENSAR COM O SIGNO DA .......................................................................................... 35 VERSAR CON EL OTRO/DIFERENTE: TEJER CONOCIMIENTO DESDE LA CONVERSACIÓN COMO MÉTODO DE COMPRENSIÓN ............................................................................................ 35 Alba Shirley Tamayo Arango ROUSSEAU 2.0: OU da COMPREENSÃO PELO SUJEITO VIRTUAL .................................................. 45 André de Paiva Bonillo Fernandes ENTRE SABERES: O ABRAÇO COMPREENSIVO da CIÊNCIA E DO MITO ............................................ 61 Carolina Chamizo Henrique Babo COMUNICAÇÃO, MITO E SINCRONICIdadE: UM OLHAR SOBRE A OBRA DE MIRCEA ELIADE....................................................................................................................... 77 Carolina Moura Klautau PODER, POLÍTICA E DIÁLOGO EM HANNAH ARENDT: COMPREENSÃO E DIALÉTICA ....................... 99 Cláudio Novaes Pinto Coelho MÚSICA DE CÂMARA, CULTURA DO OUVIR E COMPREENSÃO: CONTRIBUIÇÕES DE OTTO MARIA CARPEAUX E VILÉM FLUSSER .................................................................................................115 José Eugenio de Oliveira Menezes Mauro de Souza Ventura O EU da COMPREENSÃO E O ATO PRESENCIAL: COMUNICAÇÃO E RELAÇÃO FACE-A-FACE .........................................................................................................................131 Maria Angélica Aleixo Beck Lourenço EPISTEMOLOGIA da COMPREENSÃO EM VIÉS NIETZSCHIANO .....................................................147 Mauro Araujo de Sousa ECOFEMINISMO ESPIRITUALISTA E ECOSOFIA: SOBRE O PENSAMENTO COMPREENSIVO E O REENCANTAMENTO DO CONHECIMENTO .............................................................................163 Patricia S. Machado ALTERIdadE E SENSIBILIdadE NA PERSPECTIVA da COMPREENSÃO COMO MÉTODO ...................181 Paulo Emílio de Paiva Bonillo Fernandes EL INTERPRETAR EN EL CAMINO DE LA COMPRENSIÓN: HACIA UNA SEMIOHERMENÉUTICA DESDE PEIRCE Y GadaMER ....................................................................................................205 Pedro Agudelo Rendón IDENTIdadE DE GÊNERO, MITO E CONHECIMENTO: O ROMANCE A MÃO ESQUERDA DA ESCURIDÃO, DE URSULA LE GUIN .............................................................................................................219 Roberto Fideli LAÇO, RITUAL, MÁSCARA E MIMESE: UM OLHAR PARA O BRINCAR SOB A ÓTICA da COMPREENSÃO ......................................................................................................................235 Tadeu Rodrigues Iuama ORGANIZADORES DESTE VOLUME ...........................................................................................249 ApresentaÇÃO DE NOVO A IDEIA DO POETA DE QUE O CAMINHO SE FAZ ANDANDO Dimas A. Künsch Mateus Yuri Passos Carolina Moura Klautau Patricia S. Machado Paulo Emilio Fernandes Tayane Abib Como o Jano bifronte da Roma Antiga, a proposta da com- preensão tem duas faces – embora não seja duas-caras. Por um lado trabalhamos seus aspectos intersubjetivos, de percepção do Outro, de valores e culturas essencialmente distintos dos nossos; por ou- tro, temos a dimensão epistemológica compreensiva, aquela que busca promover o diálogo entre aqueles teóricos que não se bicam, aquelas abordagens que alguns julgam incompatíveis, entre cam- pos e áreas que atravessam a rua quando se deparam na mesma calçada – e, num nível mais fundamental, promover o diálogo entre formas de saber que muitas vezes fingem não se ver, como paren- tes brigados há tanto tempo que nem recordam mais os motivos. Saber e conhecimento, como dizemos sempre, numa perspectiva mais ampla, que abarca para além das ciências as artes, os mitos, as religiões e outras formas tradicionais de olhar para o mundo e ten- tar lhe atribuir significado. Inter, multi, trans e indisciplinar. 10 Este Pensar com o signo da compreensão é o quinto livro de uma série integralmente dedicada a desvendar a compreensão como método a partir das mais diversas perspectivas, reunindo treze capítulos cujos autores se propõem a discutir, mais especi- ficamente, como pensar de forma compreensiva – como, efeti- vamente, construir um olhar epistemológico que abrace os mais diversos saberes, em vez de separá-los, compartimentá-los, fatiá- -los. Aqui simultaneamente encerramos uma fase dos projetos relacionados à compreensão e damos início a uma nova, agora junto ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo, e sempre com a parceria do Departamento de Comunicaciones da Universidad de Antioquia. Quem nos lê talvez pense: “Ah, que beleza, este livro vai me dizer tudo o que preciso saber sobre compreensão!” Se for o caso, temos uma ótima notícia para você: não dirá; e não pretendemos nunca escrever um que diga. Um de nossos preceitos fundamentais é, justamente, que a ideia de algo definitivo, estabelecido, imutá- vel, certo, é uma falácia. Chegarmos um dia a delimitar claramente “compreensão é ___________” implica imediatamente pôr fim, des- truir o projeto de investigação compreensiva. A resposta, já devería- mos saber, é a morte da pergunta – e a pesquisa em compreensão requer, antes de qualquer outra coisa, um espírito curioso que não se cansa de perguntar e não tem pressa em responder. Por isso preferimos trabalhar com noções em lugar de con- ceitos – aquilo que já está estabelecido, pronto para ser apenas aplicado e reproduzido já está morto. Criar dogmas, angariar se- guidores, criar uma lista de instruções e procedimentos a serem burocraticamente seguidos não nos interessa. Que propósito há, afinal, em se trilhar um caminho quando já se conhece todo o per- curso, quando este não trará nada de novo? O caminho, sabemos, se faz ao caminhar, e cada pesquisador compreensivo cria o seu próprio – não isoladamente, claro, mas em diálogo com os demais, com aqueles que caminham junto, cada um em seu próprio ritmo, em sua própria trilha, todos instigados pela chama do compreen- der, sem destino certo, sem data para terminar. 11 Saber bom é saber vivo, perenemente mutável, aquele que escapa às definições simplistas, às receitas, às fôrmas. Nesse sen- tido, pensamos a investigação “A compreensão como método” – e o grupo de pesquisa que agora leva o mesmo nome – não como a execução, por dezenas de pessoas, de um projeto estabelecido verticalmente, mas pela construção coletiva de um projeto cuja fisionomia se altera conforme juntam-se a ele mais participan- tes, ou conforme se transformam os interesses e preocupações epistemológicas de seus participantes mais antigos.