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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO

SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DOS MUNICÍPIOS DE , RUY BARBOSA E

DEZEMBRO, 2014

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...... 7 2 OBJETIVOS ...... 8 3 METODOLOGIA ...... 9 3.1 ESCOPO DA FISCALIZAÇÃO ...... 9 3.2 DOCUMENTOS UTILIZADOS ...... 11 3.3 INFORMAÇÕES DO AGENTE FISCALIZADO ...... 12 4 BASE LEGAL DAS NÃO CONFORMIDADES ...... 13 5 ASPECTOS JURÍDICOS E CONTRATUAIS ...... 15 6 DESCRIÇÃO DO SIAA ITABERABA ...... 17 6.1 INSTALAÇÕES FÍSICAS ...... 17 6.2 ASPECTOS GERENCIAIS ...... 20 7 DESCRIÇÃO DOS SESs DE MACAJUBA, ITABERABA E RUY BARBOSA ...... 23 7.1 DESCRIÇÃO DO SES MACAJUBA ...... 23 7.2 DESCRIÇÃO DO SES ITABERABA ...... 23 7.2.1 INSTALAÇÕES FÍSICAS ...... 23 7.2.2 ASPECTOS GERENCIAIS ...... 26 7.3 DESCRIÇÃO DO SES RUY BARBOSA ...... 27 7.3.1 INSTALAÇÕES FÍSICAS ...... 27 7.3.2 ASPECTOS GERENCIAIS ...... 28 8 NÃO CONFORMIDADES E DETERMINAÇÕES PARA O SIAA ITABERABA ...... 30 8.1 CAPTAÇÃO E EEAB ...... 30 8.2 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA ...... 34 8.3 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA TRATADA ...... 43 8.4 RESERVAÇÃO...... 51 8.5 INSTALAÇÕES DA LOJA DE ATENDIMENTO ...... 65 9 NÃO CONFORMIDADES E DETERMINAÇÕES PARA OS SESs DE MACAJUBA, ITABERABA E RUY BARBOSA ...... 81 9.1 MACAJUBA ...... 81 9.2 ITABERABA ...... 81 9.3 RUY BARBOSA ...... 89 10 RELACIONAMENTO EMBASA x AGERSA ...... 90 ANEXOS ...... 91

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Rio Paraguaçu. Ponto da captação do SIAA Itaberaba...... 17 Figura 2: Reservatórios da Serra dos Cachorros...... 18 Figura 3: SES Barro Vermelho...... 24 Figura 4: Rio Piranha...... 24 Figura 5: ETE Concic...... 24 Figura 6: ETE RM...... 25 Figura 7: ETE Caititu...... 25 Figura 8: ETE Compacta Brisas da Chapada...... 26 Figura 9: Estação de Tratamento de Esgoto de Ruy Barbosa...... 28 Figura 10: Campainha danificada...... 30 Figura 11: Cerca violada...... 30 Figuras 12 e 13: Local da captação...... 31 Figuras 14 e 15: Tubulação com vazamento...... 31 Figura 16: Fiação exposta...... 32 Figuras 17 e 18: Extintor de incêndio...... 32 Figuras 19, 20 e 21: Ausência de iluminação, fechadura quebrada e exposição da fiação elétrica. ... 32 Figuras 22 e 23: Banheiro...... 33 Figuras 24 e 25: Ponto de luz sem lâmpada e exposição de fios...... 33 Figuras 26 e 27: Fiação exposta e desorganizada...... 33 Figuras 28 e 29: Válvulas apresentando vazamento...... 34 Figuras 30, 31, 32 e 33: Poços de visita da ETA...... 34 Figuras 34 e 35: Poço de visita danificado...... 35 Figuras 36 e 37: Equipamentos com sinais de corrosão...... 35 Figuras 38, 39, 40 e 41: Depósito de armazenamento de materiais...... 36 Figura 42: Gradeamento apresentando falhas...... 36 Figuras 43, 44, 45 e 46: Materiais sendo armazenados em locais inadequados...... 37 Figura 47: Entulho...... 37 Figura 48: Escada sem guarda-corpo...... 38 Figuras 49, 50 e 51: Compartimento interno da ETA...... 38 Figuras 52, 53, 54 e 55: Instalações elétricas da ETA...... 39 Figuras 56 e 57: Equipamentos de segurança...... 39 Figura 58: Bomba Hidráulica...... 43 Figuras 59 e 60: Materiais acumulados inadequadamente...... 44 Figura 61, 62, 63 e 64: Exposição de condutores...... 44 Figura 65: Banheiro da EEAT: vazamento...... 45 Figuras 66 e 67: Fiação exposta e desorganizada...... 45 Figuras 68 e 69: Iluminação elétrica: faltam lâmpadas (?)...... 46 Figura 70: Válvula apresentando vazamento...... 46 Figura 71: Escada sem guarda-corpo...... 46 Figura 72: Ausência de sinalização...... 47 Figuras 73 e 74: Materiais espalhados na área externa...... 47 Figura 75: Ausência de iluminação...... 47 Figuras 76, 77 e 78: Condutores expostos...... 48 Figura 79: Embalagens vazias de produtos químicos...... 48 Figura 80: Área do banheiro: requer melhorias...... 49 Figura 81: Vazamento observado...... 49 Figuras 82, 83 e 84: Fiação exposta...... 50 Figura 85: Suspiro...... 50 Figura 86: Ausência de guarda-corpo na de cobertura...... 51

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LISTA DE FIGURAS (cont.)

Figura 87: Ausência de sinalização...... 51 Figura 88: Ausência de sinalizações...... 52 Figura 89: Vazamento no registro...... 52 Figuras 90 e 91: Ausência de tampas de proteção...... 52 Figura 92: Queima na área da reservação...... 53 Figuras 93 e 94: Exposição de tubulação...... 53

Figuras 95 e 96: Infiltração observada na base do RAP2...... 54 Figura 97: Tampa em estado avançado de corrosão...... 54 Figuras 98, 99, 100 e 101: Reservatórios apoiados...... 55 Figura 102: Parte da escada do RAP...... 55 Figuras 103, 104 e 105: Poços de visita...... 56 Figuras 106 e 107: Local de queimadas...... 56 Figura 108: Tubulação corroída...... 56 Figura 109: Tubulação de descarga de fundo com corrosão avançada...... 57 Figura 110: Exposição de armadura ...... 57 Figura 111: Tubulação exposta...... 58 Figuras 112 e 113: Ausência de sinalização...... 58 Figura 114: Instalação parcial de guarda-corpo no REL...... 59 Figuras 115 e 116: Ferrugem acentuada no REL...... 59 Figura 117: Pára-raios sem recobrimento do condutor a meia altura...... 59 Figura 118: Escada inadequada...... 60 Figuras 119, 120, 121 e 122: Exposição parcial de armaduras. Vazamentos em vários pontos...... 61 Figuras 123 e 124: Laje de cobertura do RAP: proteção e manutenção...... 61 Figura 125: Local de reservação: falta de sinalização...... 62 Figuras 126 e 127: Fiação exposta...... 62 Figura 128: Iluminação elétrica faltante...... 62 Figuras 129 e 130: Acúmulo da vegetação...... 63 Figura 131: Reservatório apoiado da antiga ETA...... 63 Figura 132: Poço de visita: falta tampa...... 63 Figuras 133 e 134: Materiais espalhados...... 64 Figuras 135 e 136: Instalações elétricas...... 64 Figuras 137 e 138: Extintor de incêndio: data expirada...... 64 Figuras 139 e 140: Loja de atendimento: falta sinalizar...... 65 Figuras 141 e 142: Fiação exposta...... 65 Figuras 143 e 144: Materiais dispostos diretamente sobre o chão...... 66 Figura 145: Instalação elétrica fora dos padrões...... 66 Figuras 146 e 147: Ausência de fechadura na porta do banheiro...... 66 Figuras 148 e 149: Portão de acesso à área externa do E.L...... 67 Figuras 150 e 151: Materiais expostos às intempéries e a outros agentes degradantes...... 67 Figuras 152 e 153: PVs sem proteção adequada...... 68 Figuras 154 e 155: Materiais expostos às intempéries...... 68 Figura 156: Exposição de tubulações às intempéries...... 68 Figura 157: Exposição de fios...... 69 Figura 158: Materiais dispostos inadequadamente...... 69 Figuras 159, 160 e 161: Casa de recloração...... 70 Figura 162: Loja de atendimento...... 70 Figuras 163, 164 e 165: Caixas de tomada sem proteção e fiação exposta...... 70

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LISTA DE FIGURAS (cont.)

Figuras 166 e 167: Compartimentos internos do E.L. sem sinalização...... 71 Figuras 168 e 169: Instalação elétrica...... 71 Figuras 170 e 171: Rachaduras observadas no almoxarifado...... 72 Figura 172: Mau estado de conservação...... 72 Figuras 173 e 174: Banheiro do EL...... 73 Figuras 175 e 176: Condutores expostos...... 73 Figura 177: Acúmulo de detritos na área externa...... 73 Figura 178: Materiais expostos às intempéries...... 74 Figura 179: Mobiliário do EL...... 74 Figura 180: Extintor de incêndio...... 74 Figuras 181, 182, 183, 184, 185, 186, 187, 188 e 189: Instalações elétricas da unidade regional. .... 75 Figuras 190, 191, 192 e 193: Rachaduras em diferentes pontos da unidade regional...... 76 Figuras 194 e 195: Extintores de incêndio...... 76 Figuras 196, 197 e 198: Departamento de manutenção e núcleo de tecnologia da informação...... 77 Figuras 199, 200, 201, 202 e 203: Reutilização de embalagens de dicloro...... 78 Figuras 204, 205 e 206: Materiais expostos às intempéries...... 78 Figuras 207, 208, 209, 210, 211 e 212: Materiais espalhados na área externa...... 79 Figuras 213 e 214: Depósito E.L. Itaberaba: sem luz...... 80 Figura 215: ETE CONCIC...... 81 Figuras 216 e 217: Entulho e resíduos acumulados...... 82 Figura 218: Vão escavado na área da ETE...... 82 Figura 219: Pilar danificado...... 83 Figuras 220 e 221: Cercamento da ETE CONCIC...... 83 Figura 222: Portão sem sinalização...... 83 Figura 223: Materiais expostos na ETE...... 84 Figura 224: Exposição de fios...... 84 Figuras 225 e 226: Tampa improvisada...... 84 Figura 227: Área do quadro de comando...... 85 Figuras 228 e 229: Cercamento danificado...... 85 Figuras 230 e 231: Tampas de vedação: danificada e entreaberta...... 86 Figuras 232 e 233: Estrutura do DAFA apresentando fissuras...... 86 Figuras 234 e 235: ETE Barro vermelho...... 87 Figura 236: Improvisação de tampa do PV...... 87 Figura 237: ETE de Ruy Barbosa ...... 89

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Informações sobre o SIAA de Itaberaba...... 20 Quadro 2: Planilha de tempo da execução dos serviços prestados em Itaberaba...... 20 Quadro 3: Planilha de tempo da execução dos serviços prestados em Ruy Barbosa...... 21 Quadro 4: Tempo e valor dos serviços executados pela EMBASA...... 21 Quadro 5: Informações sobre os SES de Itaberaba ...... 26 Quadro 6: Planilha de tempo da execução dos serviços em Itaberaba de jul/13 a jun/14...... 26 Quadro 7: Informações sobre o SES de Ruy Barbosa ...... 28 Quadro 8: Planilha de tempo da execução dos serviços em Ruy Barbosa de jul/13 a jun/14...... 29

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1 INTRODUÇÃO

A AGERSA – Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da , responsável pela normatização e fiscalização dos serviços públicos de saneamento básico do Estado, atua no sentido de garantir a qualidade e a continuidade na prestação destes serviços, em cumprimento aos termos estabelecidos na Lei Federal 11.445/2007, na Lei Estadual 11.172/2008 e na Lei Estadual 12.602/2012.

Nesse contexto, compreende-se a importância de realizar fiscalizações nos sistemas operados pela concessionária EMBASA, uma vez que esta atende a 364 municípios dos 417 existentes no Estado.

A Diretoria Colegiada da AGERSA determinou a realização de fiscalização ao Sistema Integrado de Abastecimento de Água dos municípios de Itaberaba, Ruy Barbosa e Macajuba (que contempla também a cidade de , objeto de relatório específico de fiscalização em 2013) e aos respectivos Sistemas de Esgotamento Sanitário, com o intuito de verificar o atendimento aos padrões contidos no contrato de concessão e na legislação em vigor e, mais especificamente, nas normas editadas pelo ente regulador.

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2 OBJETIVOS

O objetivo geral desta ação de fiscalização foi verificar as condições técnicas, operacionais e comerciais do Sistema Integrado de Abastecimento de Água nas cidades de Itaberaba, Ruy Barbosa e Macajuba, assim como, dos respectivos Sistemas de Esgotamento Sanitário levando-se em consideração os requisitos de qualidade e continuidade que os serviços devem oferecer, em consonância com o arcabouço legal vigente.

Como objetivos específicos, têm-se: verificar a adequação da oferta à demanda de água; as atividades técnico-operacionais; a qualidade da água disponibilizada à população; a abrangência e a qualidade do tratamento do esgoto; o estado de conservação de instalações e equipamentos e os serviços prestados, dentre outros.

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3 METODOLOGIA

A metodologia para desenvolvimento deste trabalho compreendeu as seguintes atividades:

1. Solicitação prévia de informações à EMBASA para planejamento dos trabalhos de campo;

2. Coleta e análise de informações através de dados secundários e entrevistas;

3. Vistoria técnica, levantamentos em campo e registro fotográfico; e,

4. Análise e avaliação documental.

Os procedimentos adotados nessa fiscalização estão descritos no Manual de Fiscalização da Comissão de Regulação dos Serviços Públicos de Saneamento Básico do Estado da Bahia – CORESAB (sucedida pela AGERSA), homologado pela Resolução 006/2011, que dispõe sobre a normatização das ações de fiscalização. Basicamente, consistem em verificar o cumprimento da Legislação aplicada ao setor.

A vistoria foi acompanhada pelos prepostos Antônio Inácio (Analista de Saneamento), Antonia Andrade Santos Neto (Gerente do EL de Itaberaba), Álvaro Luís Santana Miranda (Gerente do EL de Macajuba) e Luís Eduardo Moreira Figueiredo (Gerente do EL de Ruy Barbosa).

Período de vistorias do Grupo Itaberaba: de 11 a 15/08/2014.

Responsáveis: Patrícia Viana Farias de Lima – Especialista em Regulação Camila Oliveira Ribeiro Neiva – Técnica de Nível Superior (colaboradora) Maico Camerino dos Santos – Assessor Técnico

3.1 ESCOPO DA FISCALIZAÇÃO

Essa fiscalização abrange as áreas técnica e comercial com os itens elencados abaixo. Contudo, a existência de todas as componentes descritas genericamente depende da realidade de cada município e da sua interligação ou não a um Sistema Integrado.

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3.1.1 ASPECTOS JURÍDICOS E CONTRATUAIS Verificação da validade e situação do contrato de concessão à luz da legislação.

3.1.2 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Área Item Auditado Segmento Auditado Preservação e proteção Manancial/Captação Operação e manutenção Segurança, conservação e limpeza ETA Filtração Casa de química Laboratório Operação, manutenção e controle Adução Técnico- de perdas Operacional Operação e manutenção Reservatórios Limpeza e desinfecção Controle de perdas

Elevatórias Operação e manutenção

Operação e manutenção Rede de Distribuição Continuidade Pressões disponíveis na rede

Nível de universalização Gerencial Informações Gerenciais Plano de expansão dos serviços Qualidade físico-química e bacteriológica da água na saída Qualidade e Qualidade da Água da ETA Controle Distribuída à População Qualidade físico-química e bacteriológica da água na rede de distribuição Escritório / Loja de Instalações físicas do escritório e Atendimento / Almoxarifado almoxarifado Comercial Situação quanto ao atendimento Serviços comerciais ao usuário

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3.1.3 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Área Item Auditado Segmento Auditado

Operação e manutenção Rede Coletora Limpeza e inspeção

Elevatórias Operação e manutenção

Operacional - Segurança, operação e manutenção ETE Corpo receptor

Saúde ocupacional dos operadores Técnico

Controle da qualidade Monitoramento sistema de tratamento de esgotos

do esgoto tratado Laudos gerados pelo monitoramento da EMBASA Controle

3.2 DOCUMENTOS UTILIZADOS

 Ficha técnica com dados básicos do SIAA e dos SESs;  Croqui do SIAA;  Laudos de controle de qualidade da água tratada e de análise do esgoto tratado;  Portaria SRH nº 388/1999 de Outorga de Uso das Águas para Abastecimento Humano (SIAA);  Protocolo de requerimento de Licença de Operação da Unidade Regional de Itaberaba - UNE, que contempla o SIAA Itaberaba, Ruy Barbosa e Macajuba, e formou o processo 2013.001.002444/INEMA/LIC-02444, de 17/12/2013;  Portaria CRA nº 9.468/2008 de Licença de Implantação da primeira etapa do SES Itaberaba;  Portaria INEMA nº 2.144/2012 de Licença Prévia do SES Macajuba;  Portaria INEMA nº 6.637/2013 de Licenciamento Ambiental do SES Itaberaba - Lançamento de Efluentes (com o Protocolo do requerimento junto ao INEMA, em 24/04/2013, para esta Prorrogação de Prazo de Validade de Licença Ambiental para o SES Itaberaba);  Portaria INEMA nº 5.927/2013 de prorrogação de prazo de Portaria 649/2011 que autorizou a implantação da segunda etapa do SES Itaberaba (com o Protocolo do requerimento junto ao INEMA, em 24/04/2013, para esta 11

Prorrogação de Prazo de Validade de Licença de Implantação para a segunda etapa do SES Itaberaba);  Protocolo de requerimento de Licença de Operação dos SES da Unidade Regional de Itaberaba - UNE, que formou o processo 2013.001.002446/INEMA/LIC-02446, de 17/12/2013;  Relatórios de controle operacional e comercial do SIAA e dos SESs.

3.3 INFORMAÇÕES DO AGENTE FISCALIZADO

Empresa: Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. - Embasa Endereço: 4ª Avenida, nº 420, Centro Administrativo da Bahia - CAB, CEP 41.745-002, Salvador, Bahia, Brasil. Telefone: (71) 3372-4842 Home Page: http//www.embasa.ba.gov.br Presidente: Abelardo de Oliveira Filho Unidade Regional: Itaberaba Escritórios Locais: Itaberaba, Macajuba e Ruy Barbosa

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4 BASE LEGAL DAS NÃO CONFORMIDADES

A Lei Federal nº 8.987/1995 que dispõe sobre as Concessões: o Art. 6º da Lei que versa sobre a prestação de serviço adequado assim dispõe: “Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. § 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. § 2º A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”.

A Lei Federal nº 11.445/2007, que dispõe sobre a política nacional de saneamento, assevera: “Art. 2º Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos seguintes princípios fundamentais: (...) VII - eficiência e sustentabilidade econômica. (...) Art. 25. Os prestadores de serviços públicos de saneamento básico deverão fornecer à entidade reguladora todos os dados e informações necessários para o desempenho de suas atividades, na forma das normas legais, regulamentares e contratuais."

O Decreto Federal nº 7.217/2010, que regulamenta a Lei anterior: “Art. 2º (...) III – fiscalização: atividades de acompanhamento, monitoramento, controle ou avaliação, no sentido de garantir o cumprimento de normas e regulamentos editados pelo Poder Público e a utilização, efetiva ou potencial, do serviço público”.

Lei Estadual nº 11.172/2008, sobre a política estadual de saneamento: “Art. 4º §1º - Os serviços públicos de saneamento básico possuem natureza essencial. (...) §2º - É direito de todos receber serviços públicos de saneamento básico adequadamente planejados, regulados, fiscalizados e submetidos ao controle social."

Lei Estadual nº 12.602/2012 que institui a AGERSA: "Art. 2º A AGERSA tem como objetivo o exercício da regulação e da fiscalização dos serviços públicos de saneamento básico, dentro dos limites legais."

Resolução CORESAB Nº 01/2011, sobre condições gerais de prestação do serviços de saneamento básico e esgotamento sanitário:

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"Art. 3º Compete à PRESTADORA dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, nos municípios sob sua responsabilidade, a análise ou elaboração dos projetos, a fiscalização ou execução das obras e instalações, a operação e manutenção dos serviços de captação, transporte, tratamento, reservação e distribuição de água, e coleta, tratamento e disposição final dos esgotos sanitários, a medição dos consumos, o faturamento, a cobrança e arrecadação de valores e monitoramento operacional de seus serviços, nos termos desta Resolução, observados os contratos de concessão e de programa de cada município. (...) Art. 33 As solicitações de serviços de abastecimento de água e/ou de esgotamento sanitário em rede pública de distribuição e/ou coletora existentes, serão atendidas dentro dos prazos estabelecidos pela PRESTADORA dos serviços em conformidade com o Ente Regulador. § 1º Os prazos para a execução dos serviços referidos no caput deste artigo deverão constar da Tabela de Preços e Prazos dos Serviços, homologada pelo Ente Regulador e disponibilizada aos interessados. § 2º Os serviços, cuja natureza não permita definir prazos na Tabela de Preços e Prazos de Serviços, deverão ser acordados com o interessado quando da solicitação, observando-se as variáveis técnicas e econômicas para sua execução. (...) Art. 110 A PRESTADORA deverá dispor de sistema para atendimento aos usuários por telefone durante 24 (vinte e quatro) horas por dia, inclusive sábados, domingos e feriados, devendo a reclamação apresentada ser convenientemente registrada e numerada. § 1º Os usuários terão à sua disposição, nos escritórios e locais de atendimento, em local de fácil visualização e acesso, exemplares desta Resolução, para conhecimento ou consulta. § 2º A PRESTADORA deverá manter em todos os postos de atendimento, em local de fácil visualização e acesso, formulário próprio para possibilitar a manifestação por escrito dos usuários, devendo, para o caso de solicitações ou reclamações, observar os prazos e condições estabelecidas na Tabela de Preços e Prazos de Serviços da PRESTADORA, aprovada pelo Ente Regulador. (...) Art. 115 A PRESTADORA é responsável pela prestação de serviços adequada a todos os usuários, satisfazendo as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, modicidade das tarifas, cortesia na prestação do serviço, e informações para a defesa de interesses individuais e coletivos.

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5 ASPECTOS JURÍDICOS E CONTRATUAIS

A situação das contratações da prestação dos serviços nos municípios do SIAA, situados no território de identidade do Piemonte do Paraguaçu, está abaixo detalhada:

 ITABERABA: Contrato de Concessão s/n, do tipo plena, assinado com a EMBASA em 21/05/1992, autorizado pelas Leis nos 810/95 e 841/97, está extinto desde 21/05/2012;

 MACAJUBA: Contrato de Concessão s/n, do tipo plena, assinado com a EMBASA em 08/03/1972, autorizado pela Lei nº 02/1972, está extinto desde 08/03/1992. Possui Convênio de Cooperação s/n, assinado em 11/07/2011;

 RUY BARBOSA: Contrato de Concessão nº 071/1996, do tipo plena, assinado com a EMBASA em 19/08/1996, autorizado pela Lei nº 02/1996, tem prazo até 19/08/2016.

Como se observa, os municípios de Itaberaba e de Macajuba estão com suas respectivas contratações com a EMBASA vencidas, com ressalva para a municipalidade de Macajuba que cuidou de celebrar um convênio a fim de sustentar juridicamente a referida relação com a Prestadora dos serviços. A situação dos referidos municípios necessita ser regularizada com a maior brevidade possível, devendo ser celebrado o CONTRATO DE PROGRAMA, de acordo com o que determina o artigo 11 da Lei nº 11.445/2007:

"Art. 11 São condições de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico: I - a existência de plano de saneamento básico; II - a existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômico-financeira da prestação universal e integral dos serviços, nos termos do respectivo plano de saneamento básico; III - a existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes desta Lei, incluindo a designação da entidade de regulação e de fiscalização;

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IV - a realização prévia de consulta pública e audiência sobre o edital de licitação, no caso de concessão, e sobre a minuta do contrato de programa".

Com respeito ao município de Ruy Barbosa, dada a proximidade de exaurimento do seu prazo contratual, recomenda-se sejam iniciadas as providências no mesmo sentido (celebração do necessário Contrato de Programa, com as cláusulas mandatórias legais), a fim de que os serviços não sofram solução de continuidade e nem se estabeleça uma reprovável relação precária entre dois entes estatais.

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6 DESCRIÇÃO DO SIAA ITABERABA

6.1 INSTALAÇÕES FÍSICAS

Esta descrição foi feita com base no Croqui do sistema (Anexo 1), atualizado em 27/09/2012, e nas observações e informações obtidas em campo.

O SIAA de Itaberaba é um Sistema Integrado com captação em manancial superficial, o Rio Paraguaçu (Fig. 1).

Figura 1: Rio Paraguaçu. Ponto da captação do SIAA Itaberaba.

A captação do SIAA é realizada através de bomba flutuante. Por uma elevatória

(composta por dois conjuntos de motores-bombas - EEB1) conduz-se a água captada até a Estação de Tratamento de Água - ETA, do tipo convencional. Após o tratamento, nesta primeira área de alcance, a água é encaminhada para diversos reservatórios, adutoras de água tratada, booster e redes locais de distribuição para abastecer ao município de Itaberaba (Povoado de Vazante, Povoado Alto Vermelho, Povoado Santa Quitéria e Zonas Baixa, Alta e Mais Alta da sede).

Uma das principais estações elevatórias do SIAA é a EET2 (que conta com um reservatório de 1.000m³), denominada de EEAT Alagoas, onde se corrige o cloro e recalca-se a água para o conjunto de reservatórios localizados na Serra dos Cachorros que realiza o abastecimento dos demais municípios que compõem o

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Sistema Integrado de Abastecimento de Água: Ruy Barbosa, Macajuba e Baixa Grande1.

Na Serra dos Cachorros existem dois reservatórios construídos (Fig. 2), estando um fora de operação (RAP6 de 220 m³) e o outro (RAP5 de 550 m³) funcionando mais como caixa de passagem para o SIAA.

É do RAP5 que sai a Adutora de Água Tratada 7 (AAT7) que abastece Ruy Barbosa (Zonas Baixa e Alta na sede e seus povoados: Flores, Barro Duro, Morro das Flores, Zuca, e Jabuti).

Figura 2: Reservatórios da Serra dos Cachorros.

Em Ruy Barbosa há um importante reservatório de 1.000m³ de capacidade, onde também se promove o reforço na desinfecção da água (SIC) fornecida à população local.

Também do RAP5, na Serra dos Cachorros, partem duas adutoras de água tratada (AAT8 e AAT9→AAT10) que guiam a água até Macajuba. A AAT9, em especial, sofre diversas derivações ao longo do seu traçado a fim de atender aos povoados de Macajuba, bem como a Baixa Grande e respectivas aglomerações.

De acordo com as informações obtidas durante a inspeção, a última ampliação do SIAA ocorreu em 1997, tendo havido em 2005 a troca de alguns motores. Hoje se

1 O município de Baixa Grande foi inspecionado no ano de 2013 e seu relatório encontra-se publicado no sítio da AGERSA desde novembro de 2013.

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considera que o Sistema está no seu limite de capacidade, existindo um projeto de ampliação da capacidade da EEB1 responsável pela elevação da água bruta depois da captação superficial.

A malha de distribuição em Itaberaba possui mais de trinta anos, sendo que mais de 30% do total é de amianto (mais na região do centro), estando o cadastro de toda a rede atualizado. Na Zona Baixa de Itaberaba vêm sendo substituições de redes subdimensionadas que acarretam problemas de sobrepressão (trocas em andamento).

Atualmente esse município se encontra dividido em distritos ptométricos, o que possibilita um controle mais técnico dos esforços aplicados na rede, por meio da equalização de pressões.

A meta de perdas anual do SIAA é global, situada em 23%. Ruy Barbosa vem apresentando um índice de ANC (água não contabilizada) de 30%. Para o atendimento do município é preciso a realização de manobras com a divisão da cidade em dois setores: centro e periferia. O centro é atendido durante quatro dias e a periferia por cinco. Em jun/2014 o município padeceu com a falta d'água agravada pela ocorrência de 85 vazamentos na rede de distribuição. Em julho, o problema foi outro: houve excesso de disponibilidade hídrica, o que provocou um aumento inesperado das pressões na malha. A ocorrência de quebras triplicou, tendo ocorrido 206 vazamentos causados pelas rupturas nas tubulações. A equipe local mostrou-se subdimensionada para a resolução de todos os serviços, já que era dada prioridade para o conserto das redes. O per capita consumido em Ruy Barbosa é de 89 L/hab.dia.

Já em Macajuba não houve relatos de problemas com a falta d'água nem com quebramento nos últimos dois meses. Anteriormente, entretanto, essas questões eram frequentes nessa municipalidade, à semelhança do que se passa em Ruy Barbosa, sendo que, no verão, se impõe a realização de manobras para manter o atendimento. Na cidade, o per capita consumido é de 128 L/hab.dia e há 100% de hidrometração. Segundo a gerência local, já foram realizados os levantamentos para a implantação do sistema geral de esgotamento; entretanto, o E.L. não tem informações atuais acerca do andamento dessa ação.

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Apresentam-se, no Quadro 1, dados referentes ao SIAA, conforme as informações obtidas da Embasa.

Quadro 1: Informações sobre o SIAA de Itaberaba.

Tipo de Manancial Superfície - Rio Paraguaçu Cap. da captação 745 m³/h Cap. de adução de água bruta 745m³/h Capacidade da ETA 760 m³/h Tipo de Tratamento da Água Convencional Tipo de tratamento dos Não há efluentes da ETA Capacidade de adução da água ITABERABA MACAJUBA RUY BARBOSA tratada (m³/h) 580m³/h 300m³/h 300m³/h 1 1 Número de EEATs (m³/h) 2 (compartilhada com Ruy (compartilhada com Macajuba e Barbosa e Baixa Grande) Baixa Grande) Capacidade das EEATs (m³/h) 580 300 300 2 2 (compartilhados Ruy (compartilhados com Macajuba Número de Reservatórios 3 Barbosa e Baixa Gde); e Baixa Grande); 3 2 Cap. do reservatório 3.810m³ 1.185m³ 2.220m³ Pop. Abastecida atual (2014) 69.309 hab. 11.408 hab 28.364 hab População abastecida de fim 69.309 hab 11.408 hab 28.364 hab de plano Per carpita atual (L/hab.dia) 127,94 127,94 127,94 Índice de perdas (IPL Anual) 129,80 129,80 129,80 Nº de ligações* 21.702 3.185 9.420 Fonte: (EMBASA/2014) *Informação obtida no escritório local e estática, referente ao mês de julho de 2014.

6.2 ASPECTOS GERENCIAIS

De acordo com os dados do serviço de atendimento ao cliente, o E.L. de Itaberaba registrou 7.277 serviços no período de janeiro de 2013 a janeiro de 2014, conforme quadro abaixo:

Quadro 2: Planilha de tempo da execução dos serviços prestados em Itaberaba.

Quantidade e Tempo de Execução de serviços Tempo médio Descrição do serviço Quantidade atendimento (h) LIGAÇÃO DE ÁGUA 1.217 347,93 VAZAMENTO DE REDE 925 3,91 VAZAMENTO RAMAL 3.461 2,25 FALTA D’ÁGUA 1.660 115,35 PARADA DO SISTEMA* 14 1,42 Total 7.277 -

Fonte: EMBASA/2014 (destaques nossos).

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No mesmo período , o E.L. de Ruy Barbosa executou 4.001 serviços, conforme se detalha a seguir:

Quadro 3: Planilha de tempo da execução dos serviços prestados em Ruy Barbosa.

Quantidade e Tempo de Execução de serviços Tempo médio Descrição do serviço Quantidade atendimento (h) LIGAÇÃO DE ÁGUA 428 237,73 VAZAMENTO DE REDE 343 57,00 VAZAMENTO DE RAMAIS 3.037 88,97 FALTA D’ÁGUA 193 656,17 PARADA DO SISTEMA - - Total 4.001 -

Fonte: EMBASA 2014 (destaques nossos).

Quanto ao município de Macajuba, não foram enviados dados para análise.

Abaixo, no Quadro 4, constam os padrões de preços e de prazos dos serviços prestados pela Embasa e estabelecidos pela própria Prestadora:

Quadro 4: Tempo e valor dos serviços executados pela EMBASA.

Tempo e Valor: Serviços Serviços Tempo Valor LIGAÇÃO DE ÁGUA 168h R$ 115,22 RELIGAÇÃO 048h R$ 043,20 SUBSTITUIÇÃO DE HIDRÔMETRO 024h - ANÁLISE DE CONSUMO 048h - RESTABELECIMENTO DE LIG. SUPRIMIDA 168h R$ 115,22 TRANSFERÊNCIA DE HIDRÔMETRO 072h R$ 113,38 VAZAMENTO DE REDE 6h - VAZAMENTO DE RAMAL 6h - VERIFICAÇÃO DE FALTA D’ÁGUA 6h - Fonte: EMBASA/2013.

No Quadro 2, observa-se que o tempo médio de execução do serviço de "Ligação de água" esteve aquém do tempo máximo estipulado para a sua execução.

Quanto à falta d'água, a situação identificada é de significativa gravidade considerado o elevado número de serviços registrados como de "falta d'água" (1.660) revelando que o Sistema Integrado, quanto ao abastecimento de Itaberaba, está em estado de risco que beira ao colapso.

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Quanto ao item "Parada do sistema", não dispomos do tempo padrão estipulado pela EMBASA para a retomada do sistema, entretanto, consideramos bastante razoável o tempo de resposta de 1,42h, considerando ser este inferior quando comparado ao tempo de verificação de falta d'água, por exemplo (que é de até seis horas). A frequência, não obstante, parece expressiva, com a interrupção do fornecimento ocorrendo em, pelo menos, uma ocasião por mês.

Já para Ruy Barbosa, o Quadro 3 mostra que os tempos de todos os serviços executados no E.L. (“Ligação de água”, "Vazamento de Rede", "Vazamento de Ramal" e "Falta d'Água") estiveram aquém do tempo máximo definido para a sua execução.

No tocante à falta d'água, a situação apresentada não tem a mesma dramaticidade da de Itaberaba. Os controles gerenciais registraram 193 demandas relacionadas à falta de água. No entanto, apreciando o universo da população atendida nas duas localidades (Ruy Barbosa tem o equivalente a aproximadamente 1/6 da população abastecida de Itaberaba, vide o Quadro 1), percebemos que o número de demandas em ambas as cidades quanto à indisponibilidade hídrica é relativamente proporcional entre si, revelando que as cidades partilham o mesmo risco.

Quanto ao item "Parada do sistema", a prestadora não informou os dados para análise.

À semelhança, também não foram fornecidos os dados gerenciais de Macajuba.

No tocante ao Licenciamento Ambiental, a Embasa informou que o SIAA Itaberaba está contemplado no processo 2013.001.002444/INEMA/LIC-02444, de 17/12/2013, referente à Licença de Operação da Unidade Regional de Itaberaba - UNE e que contempla Itaberaba, Ruy Barbosa e Macajuba. A Outorga de Uso das Águas para Abastecimento Humano foi concedida pela Superintendência de Recursos Hídricos - SRH através da Portaria nº 388/1999, publicada em 26/08/1999, válida por trinta anos. No Anexo 2, constam os referidos documentos.

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7 DESCRIÇÃO DOS SESs DE MACAJUBA, ITABERABA E RUY BARBOSA

7.1 DESCRIÇÃO DO SES MACAJUBA

Na inspeção realizada na sede dos municípios entre 11 e 15/08/2014, foi constatada a inexistência de sistema de coleta, tratamento e disposição final dos esgotos sanitários gerados para o município de Macajuba, muito embora tenha sido sinalizada pela EMBASA a existência de ações em andamento para a sua implantação (informações verbais in loco e o envio da Portaria INEMA nº 2.144/2012 de Licença Prévia do SES Macajuba - Anexo 3)

Segundo informações do Censo Demográfico FIBGE (2010), dos 2.751domicílios particulares permanentes com banheiro ou sanitário de Macajuba, 52,27% lançam os esgotos sanitários na rede geral e 47,72% o fazem por meio de fossas tipo sépticas ou de outras formas, sendo que 753 domicílios sequer possuem banheiro ou sanitário.

Ressalta-se que a Lei Federal 11.445/2007 estabelece a obrigatoriedade de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico pelo titular, que deve contemplar o diagnóstico dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, assim como, as projeções para a gradual universalização dos serviços no horizonte de 20 anos.

O referido Plano é premissa para a celebração do CONTRATO DE PROGRAMA, que deverá prever as metas de universalização e melhoria da qualidade dos serviços, bem como o ente regulador.

7.2 DESCRIÇÃO DO SES ITABERABA

7.2.1 INSTALAÇÕES FÍSICAS

O Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) do município de Itaberaba (Anexo 4) é composto, na verdade, por cinco sistemas isolados, sendo estes: Barro Vermelho, Concic, Conjunto RM, Caititu e Brisas da Chapada, cujas capacidades de tratamento somadas resultam num total de 83,84 m³/h.

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O Sistema de Esgotamento Sanitário do Barro Vermelho (Fig. 3) é composto por um DAFA com vazão Q=0,0034m³/s. Tal sistema atende ao Conjunto do Barro Vermelho e tem como corpo receptor o Rio Piranha (Fig. 4).

Figura 3: SES Barro Vermelho. Figura 4: Rio Piranha.

O Sistema de Esgotamento Sanitário CONCIC (Fig. 5) é composto por uma Lagoa anaeróbica e duas lagoas facultativas. Tal Sistema atende ao Conjunto do Concic e tem como corpo receptor o Riacho do Feijão.

Figura 5: ETE Concic. O Sistema de Esgotamento Sanitário RM (Fig. 6) é composto por dois DAFAs em série. Este sistema atende ao Conjunto RM e tem como corpo receptor o Rio Piranha.

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Figura 6: ETE RM. O Sistema de Esgotamento Sanitário Caititu (Fig. 7) é composto por um DAFA com vazão Q=0,0026m³/s. Esse sistema atende o Conjunto Barro Caititu e tem como corpo receptor o Riacho do Feijão.

Figura 7: ETE Caititu. O SES Brisas da Chapada (Fig. 8), do tipo ETE compacta, é composto por gradeamento, caixa de areia, estação elevatória de esgoto, três DAFAs em paralelo, três filtros aerados, três decantadores, um filtro russo, um filtro de gás e uma unidade de cloração. Após o tratamento, o efluente passa por uma Calha Parshall e em seguida é destinado ao corpo receptor Rio Piranha.

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Figura 8: ETE Compacta Brisas da Chapada.

Quadro 5: Informações sobre os SES de Itaberaba BARRO BRISAS DA ETE CAITITU CONCIC RM VERMELHO CHAPADA Extensão da rede coletora, 2.751,8 m 3.025,0 m 1.482,3 m 6.220,0 m 1.266,0 m interceptores e emissários Capacidade de 15 m³/h 18 m³/h 12 m³/h 40 m³/h 10 m³/h interceptores e emissários Tipo de tratamento de Secundário Terciário Secundário Terciário Secundário esgoto Capacidade da ETE 12,312 m³/h 16,560 m³/h 9,430 m³/h 36,540 m³/h 9,000 m³/h Número de estações 0 3 0 0 0 elevatórias de esgoto Capacidade das EEE - 17 m³/h - - - Fonte: EMBASA, 2014.

7.2.2 ASPECTOS GERENCIAIS

De acordo com os dados informados pela EMBASA acerca dos atendimentos prestados pelo E.L. de Itaberaba, houve o registro de 127 desobstruções de rede e ramal no período de julho/2013 a jun/2014, conforme Quadro 6 a seguir:

Quadro 6: Planilha de tempo da execução dos serviços em Itaberaba de jul/13 a jun/14.

Quantidade e Tempo de Execução de serviços Tempo médio Descrição do serviço Quantidade atendimento (h) DESOBSTRUÇÃO DE REDE E RAMAL 127 10,36 VEDAÇÃO - - REMANEJAMENTO DE REDE E RAMAL - - CONSERTO DE REDES E RAMAIS - - Total 127 10,36 Fonte: EMBASA/2014 (destaques nossos).

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Como se observa, o serviço de desobstrução foi o único prestado pelo E.L. em seus SES, à média aproximada de 10 ocorrências por mês, com um tempo médio de cumprimento de 10 horas e 21 minutos. Mesmo não tendo sido enviadas as informações acerca do tempo padrão estipulado pela EMBASA para a execução dos serviços nos sistemas de esgotamento sanitário, aparentemente conclui-se que, além da demanda em Itaberaba não ser elevada, o atendimento é efetuado ainda no mesmo dia (ou seguinte, dependendo do horário de registro). Ademais, por se tratarem de sistemas isolados, convinha que os dados tivessem sido enviados destacados por cada uma das estações, a fim de se verificar a prevalência em um ou outro deles.

No tocante ao Licenciamento Ambiental, a EMBASA informou que o SES de Itaberaba está contemplado pela Licença de Implantação da Primeira Etapa concedida pela Portaria CRA nº 9.468, de 22/05/2008, válida até 22/05/2012. Após a publicação da Licença de Alteração (LA), a vigência da LI passou para 26/07/2013. Processo da PPV da LI formalizado em 03/09/2013 (protocolo n.º 2013.001.001693/INEMA/LIC-01693). Processo da PPV da LA formalizado em 01/08/2013 (protocolo n.º 2013.001.001422/INEMA/LIC-01422) . Outorga concedida pela Portaria nº 6.637/2013 em 29/12/2013 e válida até 29/12/2017. Nos Anexos 5, 6 e 7 constam as Licenças de Alteração, Outorga e o Protocolo da Licença de Operação.

7.3 DESCRIÇÃO DO SES RUY BARBOSA

7.3.1 INSTALAÇÕES FÍSICAS

O Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) do município de Ruy Barbosa é composto por um sistema isolado que atende apenas ao centro da sede da cidade (além do bairro de Tapiraípe), que conta com apenas 648 ligações. Tal sistema (Croqui, Anexo 8) açambarca dois DAFAs e dois Leitos de Secagem (Fig. 9), tendo como corpo receptor o Riacho Biguinha, que é intermitente.

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Figura 9: Estação de Tratamento de Esgoto de Ruy Barbosa.

De acordo com as informações obtidas em campo, a última vez em que ocorreu a retirada de lodo em excesso dos DAFAs foi há dois anos. Sabe-se que a não retirada de lodo excedente compromete a eficiência do tratamento de esgoto.

Apresentam-se, no Quadro 7, os dados referentes ao SES Ruy Barbosa, conforme as informações obtidas da Embasa.

Quadro 7: Informações sobre o SES de Ruy Barbosa SES SISTEMA RUY BARBOSA

Extensão da rede coletora, interceptores e 7.897 metros emissários Capacidade de interceptores e emissários 60 m³/h

Tipo de tratamento de esgoto Secundário Capacidade da ETE 58,788 m³/h

Número de estações elevatórias de esgoto 0

Capacidade das EEE (m³/h) - Fonte: EMBASA, 2014.

Foi informado que estão em andamento os estudos dos solos na área em que será implantada a ampliação do SES de Ruy Barbosa, sendo que o projeto dessa ampliação já foi concluído (a EMBASA não o apresentou à AGERSA).

7.3.2 ASPECTOS GERENCIAIS

De acordo com os dados informados pela EMBASA acerca dos atendimentos prestados pelo E.L. de Ruy Barbosa, houve o registro de 14 desobstruções de rede e ramal no período de julho/2013 a jun/2014, conforme Quadro 8 a seguir:

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Quadro 8: Planilha de tempo da execução dos serviços em Ruy Barbosa de jul/13 a jun/14.

Quantidade e Tempo de Execução de serviços Tempo médio Descrição do serviço Quantidade atendimento (h) DESOBSTRUÇÃO DE REDE E RAMAL 14 93,157 VEDAÇÃO - - REMANEJAMENTO DE REDE E RAMAL - - CONSERTO DE REDES E RAMAIS - - Total 14 93,157 Fonte: EMBASA/2014 (destaques nossos).

Como se observa, o serviço de desobstrução foi o único prestado pelo E.L. em seu SES, à média aproximada de 1 ocorrência por mês, com um tempo médio de cumprimento de 93 horas e 9 minutos, média esta pressionada por um evento isolado no mês de abril de 2014, cuja solução levou 290 horas (12 dias e 2 horas, aproximadamente). Sem esta ocorrência, a média de atendimento é reduzida para 78 horas.

Mesmo não tendo sido enviadas as informações acerca do tempo padrão estipulado pela EMBASA para a execução dos serviços nos sistemas de esgotamento sanitário, aparentemente conclui-se que, além da demanda em Ruy Barbosa não ser elevada, o atendimento é efetuado entre o primeiro e o terceiro dia, contados do registro da solicitação (expurgando-se a ocorrência extraordinária mencionada).

Não foi justificado o extenso prazo para desobstrução de rede e ramal do mês de abr/2014.

No tocante ao Licenciamento ambiental, a EMBASA informou que o SES de Ruy Barbosa está contemplado no processo 2013.001.002446/INEMA/LIC-02446 de 17/12/2013 referente ao Requerimento da Licença de Operação do SES da Unidade Regional de Itaberaba - UNE. No Anexo 7, consta o protocolo desse requerimento para a Licença de Operação.

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8 NÃO CONFORMIDADES E DETERMINAÇÕES PARA O SIAA ITABERABA

Para as não conformidades adiante apresentadas e descritas, fica assinalado o prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados a partir do recebimento deste Relatório, excetuada previsão distinta constante dos próprios itens, para o cumprimento das determinações.

Além do cumprimento das providências indicadas, deverá o prestador encaminhar, em até 30 dias após o prazo indicado no parágrafo anterior, relatório apontando as ações adotadas concretamente, acompanhado do registro probatório documental e fotográfico correspondente.

8.1 CAPTAÇÃO E EEAB

 Não conformidades e determinações

I. Campainha danificada e com exposição da instalação (Fig. 10);

Figura 10: Campainha danificada. Determinação: Substituir a campainha danificada.

II. Falha no isolamento da área (cerca violada) (Fig. 11);

Figura 11: Cerca violada.

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Determinação: Manter o adequado isolamento da área afetada ao serviço público, utilizando a solução mais viável para a finalidade.

III. Corrosão acentuada nos equipamentos do sistema flutuante. Não há restrição do acesso ao ponto específico da captação, bem como, indicação de que é proibido o banho. Ausência de sinalização adequada do flutuante (proibição de aproximação e risco de morte). Mau estado de conservação da área de captação (Fig. 12 e 13);

Figuras 12 e 13: Local da captação.

Determinaç ão: Providenciar recuperação dos equipamentos, isolamento do perímetro, sinalização adequada e remoção da flora ao redor da bomba de captação, garantindo um raio mínimo de afastamento do ponto de sucção.

IV. Vazamento na tubulação do sistema de captação (Fig. 14 e 15);

Figuras 14 e 15: Tubulação com vazamento.

Determinação: Substituir possível componente hidráulico danificado e eliminar o vazamento. V. Ausência de proteção com eletrodutos e desorganização da fiação (Fig. 16);

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Figura 16: Fiação exposta. Determinação: Promover o embutimento adequado da fiação elétrica.

VI. Extintor de incêndio sem a correta sinalização e fora do prazo de validade da manutenção (Fig. 17 e 18);

Figuras 17 e 18: Extintor de incêndio.

Determinaç ão: Providenciar a sinalização conforme a norma e realizar a manutenção na data prevista.

VII. Ausência de iluminação elétrica, exposição de materiais e fios energizados e fechadura danificada na sala de comunicação (Fig. 19, 20 e 21);

Figuras 19, 20 e 21: Ausência de iluminação, fechadura quebrada e exposição da fiação elétrica.

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Determinação: Providenciar iluminação elétrica, substituição da fechadura e o embutimento adequado as instalações elétricas.

VIII. Banheiro faltando iluminação elétrica e chuveiro (Fig. 22 e 23);

Figuras 22 e 23: Banheiro.

Determinação: Providenciar a instalação de chuveiro e de iluminação elétrica.

IX. Ausência de lâmpada e exposição de fiação energizada na EEAB (Fig. 24 e 25);

Figuras 24 e 25: Ponto de luz sem lâmpada e exposição de fios. Determinaç ão: Providenciar a instalação da lâmpada e o embutimento da fiação elétrica.

X. Ausência de proteção com eletrodutos e desorganização da fiação na sala dos operadores (Fig. 26 e 27);

Figuras 26 e 27: Fiação exposta e desorganizada. Determinação: Promover o embutimento e a organização adequada das instalações elétricas.

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8.2 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA 8.2.1 INSTALAÇÕES FÍSICAS

 Não conformidades e determinações

I. Vazamento em válvulas de diferentes pontos das instalações da ETA (Fig. 28 e 29);

Figuras 28 e 29: Válvulas apresentando vazamento. Determinação: Realizar manutenções preventivas e de reparo nas válvulas e reparar os vazamentos encontrados.

II. PVs sem proteção adequada, com fiação exposta e necessitando de limpeza (Fig. 30 a 33);

Figuras 30, 31, 32 e 33: Poços de visita da ETA.

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Determinação: Providenciar a vedação apropriada dos PVs, isolamento adequado da fiação elétrica e limpeza periódica.

III. Poço de visita apresentando tampa e estrutura danificada (Fig. 34 e 35);

Figuras 34 e 35: Poço de visita danificado.

Determinação: Realizar reparos na estrutura física e nas tampas do poço de visita.

IV. Componentes hidráulicos apresentando desgaste por corrosão (Fig. 36 e 37);

Figuras 36 e 37: Equipamentos com sinais de corrosão.

Determinação: Realizar manutenções preventivas e corretivas evitando vazamentos e desgaste dos componentes.

V. Depósito de materiais necessitando de melhor organização, limpeza e com iluminação elétrica deficiente (Fig. 38 a 41);

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Figuras 38, 39, 40 e 41: Depósito de armazenamento de materiais.

Determinação: Instalar lâmpadas, proteger as instalações elétricas e melhorar a limpeza e a organização do ambiente.

VI. Falhas no gradeamento da calha de drenagem (Fig. 42);

Figura 42: Gradeamento apresentando falhas.

Determinação: Instalar grades ao longo de toda a calha de drenagem.

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VII. Armazenamento inadequado de materiais (Fig. 43 a 46);

Figuras 43, 44, 45 e 46: Materiais sendo armazenados em locais inadequados.

Determinação: Providenciar a destinação correta dos referidos contêineres.

VIII. Necessidade de limpeza da área externa da ETA (Fig. 47);

Figura 47: Entulho.

Determinação: Providenciar as adequadas limpeza e destinação dos restos de materiais.

IX. Ausência de guarda-corpo na escada de acesso à ETA (Fig. 48);

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Figura 48: Escada sem guarda-corpo.

Determinação: Instalar guarda-corpo na referida escada.

X. Acúmulo de água, estruturas com sinais de infiltrações e necessidade de limpeza no ambiente (Fig. 49 a 51);

Figuras 49, 50 e 51: Compartimento interno da ETA.

Determinação: Verificar as causas do acumulo de água e das infiltrações como também restaurar o ambiente e seus equipamentos, mantendo-os salubres

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XI. Deficiência na iluminação elétrica, exposição de fios energizados e desorganização das instalação elétricas. Paredes e teto com mofo e sinais de infiltração (Fig. 52 a 55);

Figuras 52, 53, 54 e 55: Instalações elétricas da ETA.

Determinação: Instalar lâmpadas, organizar e proteger a fiação elétrica adequadamente. Resolver as infiltrações e restaurar os acabamentos.

XII. Ausência de extintor de incêndio, sinalizações indicativas de localização e armazenamento inadequado dos equipamentos de segurança (Fig. 56 e 57);

Figuras 56 e 57: Equipamentos de segurança.

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Determinação: Providenciar instalação do extintor de incêndio, sinalizar e guardar os equipamentos de segurança adequadamente;

8.2.2 QUALIDADE DA ÁGUA TRATADA

Utilizaram-se para as avaliações seguintes os resultados das análises de qualidade da água fornecidos pela EMBASA relativos ao período de Janeiro de 2013 a Junho de 2014.

 Não conformidades e determinações

Monitoramento na saída da ETA

I. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto à frequência mínima de amostragem para os parâmetros físico-químicos turbidez e pH nos meses de janeiro a agosto/13; II. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto à frequência mínima de amostragem para o parâmetro físico-químico cor nos meses de janeiro/13, fevereiro/13 e de abril a agosto/13; III. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto à frequência mínima de amostragem para o parâmetro físico-químico fluoretos em dez dos dezoito meses analisados; IV. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto à frequência mínima de amostragem para o parâmetro físico-químico cloro residual livre nos meses de abril a agosto/13; V. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto à frequência mínima de amostragem para o parâmetro físico-químico coliformes nos meses de abril a junho, novembro e dezembro/13, janeiro, março e junho/14; VI. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao valor máximo permitido para o parâmetro turbidez nos meses de setembro e outubro/13 e maio e junho/14; VII. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao valor máximo permitido para o parâmetro cor nos meses de setembro/13 e janeiro, abril, maio e junho/14;

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VIII. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao valor permitido para o parâmetro cloro residual livre nos meses de setembro/13 e março, abril e junho/14; IX. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número de amostras com presença de coliformes totais em 100ml nos meses abril, junho, julho e agosto de 2013; X. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número de amostras com presença de escherichia coli nos meses julho e agosto de 2013;

Determinação: Realizar o monitoramento da qualidade da água conforme determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número mínimo de amostras mensais analisadas para os parâmetros físico-químicos e biológicos, bem como obedecer aos valores máximos para estes permitidos.

Monitoramento na distribuição

 Itaberaba

I. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número mínimo de amostras mensais a serem analisadas para os parâmetros turbidez coliformes e bactérias heterotróficas; II. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número mínimo de amostras mensais a serem analisadas para o parâmetro cloro residual livre em oito dos dezoito meses analisados; III. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número mínimo de amostras mensais a serem analisadas para o parâmetro cor no mês de julho/13; IV. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao valor máximo permitido para os parâmetros turbidez e cor em sete dos dezoito meses analisados; V. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao valor permitido para o parâmetro cloro residual livre em onze dos dezoito meses analisados;

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VI. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número de amostras com presença de coliformes totais em 100ml no mês de janeiro/14; VII. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número de amostras com presença de escherichia coli no mês de janeiro/14;

 Ruy Barbosa

I. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número mínimo de amostras mensais a serem analisadas para os parâmetros turbidez, coliformes e bactérias heterotróficas; II. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número mínimo de amostras mensais a serem analisadas para o parâmetro cor nos meses de março, maio e julho/13; III. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número mínimo de amostras mensais a serem analisadas para o parâmetro cloro residual livre nos meses de janeiro a abril/13; IV. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao valor máximo permitido para os parâmetros cor e turbidez; V. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao valor permitido para o parâmetro cloro residual livre em nove dos dezoito meses analisados;

 Macajuba

I. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número mínimo de amostras mensais a serem analisadas para os parâmetros turbidez, coliformes e bactérias heterotróficas; II. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao valor permitido para o parâmetro cloro residual livre em sete dos dezoito meses analisados; III. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número mínimo de amostras mensais a serem analisadas para o parâmetro cor nos meses de maio, julho e agosto/13;

42

IV. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao valor máximo permitido para o parâmetro turbidez nos meses de janeiro, fevereiro e setembro/13, janeiro e junho/14; V. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao valor máximo permitido para o parâmetro cor nos meses de janeiro, abril e setembro/13, junho/14; VI. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao valor permitido para o parâmetro cloro residual livre em onze dos dezoito meses analisados; VII. Não obediência ao que determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número de amostras com presença de coliformes totais em 100ml no mês de agosto/13.

Determinação: Realizar o monitoramento da qualidade da água conforme determina a Portaria MS 2914/2011 quanto ao número mínimo de amostras mensais analisadas para os parâmetros físico-químicos e biológicos, bem como obedecer aos valores máximos para estes permitidos.

8.3 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA TRATADA

EEAT DA ETA ITABERABA

 Não conformidades e determinações

I. Bomba hidráulica apresentando vazamento e desgaste por corrosão no corpo externo de um dos seus estágios (Fig. 58);

Figura 58: Bomba Hidráulica.

43

Determinação: Realizar manutenção na bomba para eliminar vazamentos e evitar o desgaste de seus componentes.

II. Presença de materiais armazenados inadequadamente na EEAT (Fig. 59 e 60);

Figuras 59 e 60: Materiais acumulados inadequadamente.

Determinação: Armazenar os materiais em locais apropriados.

III. Falta de proteção adequada das instalações elétricas (Fig. 61 a 64);

Figura 61, 62, 63 e 64: Exposição de condutores.

Determinação: Promover o embutimento adequado das instalações elétricas.

44

IV. Vazamento na caixa da descarga (Fig. 65);

Figura 65: Banheiro da EEAT: vazamento.

Determinação: Promover manutenção corretiva na descarga sanitária.

V. Ausência de proteção com eletrodutos e desorganização da fiação (Fig. 66 e 67);

Figuras 66 e 67: Fiação exposta e desorganizada.

Determinação: Promover o embutimento adequado da fiação elétrica.

VI. Iluminação elétrica insuficiente (Fig. 68 e 69);

45

Figuras 68 e 69: Iluminação elétrica: faltam lâmpadas (?).

Determinação: Providenciar a instalação de lâmpadas elétricas e reparos nas instalações, se for preciso.

VII. Vazamento em válvula da EEAB III (Fig. 70);

Figura 70: Válvula apresentando vazamento.

Determinação: Realizar manutenção na válvula e eliminar o vazamento.

EEAT ALAGOAS

 Não conformidades e determinações

I. Escada de acesso ao poço de sucção sem guarda-corpo (Fig. 71);

Figura 71: Escada sem guarda-corpo.

46

Determinação: Providenciar instalação do guarda-corpo na escada de acesso ao poço de sucção.

II. Ausência de sinalização dos compartimentos da EEAT de Alagoas (Fig. 72);

Figura 72: Ausência de sinalização.

Determinação: Providenciar sinalização adequada.

III. Materiais espelhados na área externa da estação elevatória (Fig. 73 e 74);

Figuras 73 e 74: Materiais espalhados na área externa. Determinação: Providenciar armazenamento adequado dos materiais; caso não sejam mais úteis, enviá-los para destinação final.

IV. Ausência de iluminação na EEAT (Fig. 75);

Figura 75: Ausência de iluminação.

47

Determinação: Dispor o ambiente de trabalho de iluminação adequada.

V. Instalações elétricas fora dos padrões (Fig. 76 a 78);

Figuras 76, 77 e 78: Condutores expostos. Determinação: Providenciar a conformação das instalações elétricas às normas técnicas.

VI. Embalagens de produtos químicos vazias na sala de rádio (Fig. 79);

Figura 79: Embalagens vazias de produtos químicos.

48

Determinação: Providenciar o armazenamento das embalagens em local apropriado, bem como realizar a logística reversa.

VII. Banheiro necessitando de melhorias (Fig. 80);

Figura 80: Área do banheiro: requer melhorias.

Determinação: Realizar adequações para melhorar o ambiente.

VIII. Vazamento no estágio da bomba (Fig. 81);

Figura 81: Vazamento observado.

Determinação: Conter vazamento verificado no equipamento e providenciar manutenção preventiva adequada.

IX. Exposição do conjunto de fios da bomba (Fig. 82 a 84);

49

Figuras 82, 83 e 84: Fiação exposta.

Determinação: Providenciar o embutimento adequado do conjunto de fios da bomba.

X. Suspiro do tanque de sucção inadequado (Fig. 85);

Figura 85: Suspiro.

Determinação: Providenciar instalação de suspiro adequado.

XI. Ausência de guarda-corpo na laje de cobertura do poço de sucção (Fig. 86);

Obs:. No momento da inspeção foi informando que já tinha sido feita a aquisição do guarda-corpo e que, brevemente, ele seria instalado.

50

Figura 86: Ausência de guarda-corpo na laje de cobertura.

Determinação: Providenciar instalação do guarda-corpo na laje de cobertura.

XII. Portão de acesso a EEAT sem sinalização de acesso restrito (Fig. 87);

Figura 87: Ausência de sinalização.

Determinação: Afixar placa de sinalização adequada no portão de acesso.

8.4 RESERVAÇÃO

SERRA DOS CACHORROS

 Não conformidades e determinações

I. Ausência de sinalização nos reservatórios apoiados e também de indicação de restrição de acesso no portão (Fig. 88);

51

Figura 88: Ausência de sinalizações.

Determinação: Providenciar sinalização dos reservatórios e afixar placa restritiva do acesso no portão.

II. Ligação de água com vazamento no registro (Fig. 89);

Figura 89: Vazamento no registro. Determinação: Verificar causas do vazamento e providenciar medidas preventivas e corretivas necessárias.

III. Caixas de inspeção sem tampas de proteção (Fig. 90 e 91);

Figuras 90 e 91: Ausência de tampas de proteção.

52

Determinação: Providenciar a instalação de tampas de proteção para as caixas de inspeções

IV. Indícios da realização de incineração na área dos reservatórios (Fig. 92);

Figura 92: Queima na área da reservação. Determinação: Providenciar destinação adequada dos resíduos das limpezas na área, evitando recorrer à sua queima.

V. Tubulação exposta à degradação físico-química e biológica (Fig. 93 e 94);

Figuras 93 e 94: Exposição de tubulação.

Determinação: Providenciar o enterramento das instalações hidráulicas.

VI. Reservatório apoiado (RAP2) com infiltrações (Fig. 95 e 96);

53

Figuras 95 e 96: Infiltração observada na base do RAP2.

Determinação: Verificar infiltração e adotar medidas preventivas e corretivas.

VII. Tampa do reservatório (RAP1) deteriorada (Fig. 97);

Figura 97: Tampa em estado avançado de corrosão.

Determinação: Providenciar a substituição da tampa danificada. Adotar medidas preventivas para minimizar a corrosão nos equipamentos.

ITABERABA

 Não conformidades e determinações

I. Ausência de guarda-corpo na laje de cobertura dos reservatórios apoiados (Fig. 98 a 100);

54

Figuras 98, 99, 100 e 101: Reservatórios apoiados. Determinação: Instalar o equipamento na laje de cobertura dos reservatórios.

II. Escada de acesso ao RAP 100m³ inadequada (Fig. 102);

Figura 102: Parte da escada do RAP.

Determinação: Instalar escada conforme com as normas de segurança do trabalho.

III. PVs necessitando de limpeza e proteção adequada (Fig.103 a 105);

55

Figuras 103, 104 e 105: Poços de visita.

Determinação: Providenciar vedação adequada e limpeza periódica dos PVs.

IV. Indícios da realização de queimadas (Fig. 106 e 107);

Figuras 106 e 107: Local de queimadas.

Determinação: Providenciar a destinação adequada dos resíduos após a realização da limpeza da área, evitando o recurso às queimadas.

V. Tubulação com desgaste por corrosão e sobra de material (Fig. 108);

Figura 108: Tubulação corroída.

56

Determinação: Realizar a completa remoção do material sobrante e assentar camada protetora na superfície trabalhada.

MACAJUBA

 Não conformidades e determinações

I. Tubulação de descarga de fundo do reservatório danificada. Alto nível de corrosão (Fig. 109);

Figura 109: Tubulação de descarga de fundo com corrosão avançada.

Determinação: Providenciar a substituição da tubulação.

II. Exposição de parte da armadura do reservatório (Fig.110);

Figura 110: Exposição de armadura

Determinação: Providenciar recuperação da parte danificada do reservatório, bem como manter permanente monitoramento das estruturas em concreto armado.

57

III. Instalação hidráulica exposta, posicionada sobre o solo (Fig.111);

Figura 111: Tubulação exposta.

Determinação: Realizar o enterramento da instalação.

IV. Ausência de sinalização dos reservatórios (Fig. 112 e 113);

Figuras 112 e 113: Ausência de sinalização.

Determinação: Providenciar sinalização adequada.

V. Guarda-corpo instalado somente em parte da laje de cobertura (Fig. 114);

58

Figura 114: Instalação parcial de guarda-corpo no REL.

Determinação: Providenciar instalação do guarda-corpo na borda de toda a laje.

VI. Reservatório com vários pontos de corrosão (Fig. 115 e 116);

Figuras 115 e 116: Ferrugem acentuada no REL.

Determinação: Reparar o reservatório e adotar medidas preventivas e corretivas. VII. Condutor do pára-raios sem a devida proteção em seu tramo final (Fig. 117);

Figura 117: Pára-raios sem recobrimento do condutor a meia altura.

59

Determinação: Providenciar a proteção do condutor.

VIII. Escada de acesso ao RAP inapropriada (Fig. 118);

Figura 118: Escada inadequada.

Determinação: Providenciar escada apropriada para acesso ao reservatório, em conformidade com as normas de segurança do trabalho.

IX. Exposição parcial das armaduras do reservatório apoiado, com vários pontos de vazamento (Fig. 119 a 122);

60

Figuras 119, 120, 121 e 122: Exposição parcial de armaduras. Vazamentos em vários pontos.

Determinação: Reparar o reservatório e conter os inúmeros vazamentos existentes. Manter permanente monitoramento das estruturas em concreto armado.

X. Reservatório apoiado sem tampa de fechamento da laje de cobertura, com acumulação indevida de água (Fig. 123 e 124);

Figuras 123 e 124: Laje de cobertura do RAP: proteção e manutenção.

Determinação: Providenciar tampa de vedação e intervenções de drenagem.

RUY BARBOSA

 Não conformidades e determinações

I. Ausência de sinalização identificadora do local e de restrição ao acesso (Fig. 125);

61

Figura 125: Local de reservação: falta de sinalização. Determinação: Afixar sinalização identificadora do local de reservação e indicativa da restrição ao seu acesso.

II. Fiação exposta em diferentes pontos das instalações elétricas (Fig. 126 e 127);

Figuras 126 e 127: Fiação exposta. Determinação: Promover proteção adequada da fiação elétrica.

III. Ausência de iluminação elétrica na Casa de Bombas (Fig. 128);

Figura 128: Iluminação elétrica faltante. Determinação: Providenciar iluminação para o ambiente.

62

IV. Necessidade de limpeza da mata na área de reservação (Fig. 129 e 130);

Figuras 129 e 130: Acúmulo da vegetação.

Determinação: Realizar limpeza periódica na área mencionada.

V. Falha na cobertura do reservatório (Fig. 131);

Figura 131: Reservatório apoiado da antiga ETA. Determinação: Fechar completamente o reservatório.

VI. PV com falha de fechamento (Fig. 132);

Figura 132: Poço de visita: falta tampa. Determinação: Manter o poço de visita adequamente protegido.

63

VII. Falta de armazenagem adequada de materiais (Fig. 133 e 134);

Figuras 133 e 134: Materiais espalhados.

Determinação: Armazenar os materiais e dar-lhes destinação final adequada.

VIII. Exposição e desorganização da fiação elétrica do banheiro e da sala dos operadores (Fig. 135 e 136);

Figuras 135 e 136: Instalações elétricas.

Determinação: Organizar e proteger suas instalações elétricas.

IX. Extintor de incêndio sem sinalização indicativa e fora do prazo estipulado para a manutenção (Fig. 137 e 138);

Figuras 137 e 138: Extintor de incêndio: data expirada.

64

Determinação: Armazenar e sinalizar o extintor de incêndio conforme a norma e realizar a manutenção na da prevista.

8.5 INSTALAÇÕES DA LOJA DE ATENDIMENTO

 Não conformidades e determinações

MACAJUBA

I. Ausência de sinalização indicativa dos compartimentos (Fig. 139 e 140);

Figuras 139 e 140: Loja de atendimento: falta sinalizar.

Determinação: Providenciar sinalização dos compartimentos do E.L..

II. Fiação exposta (Fig. 141 e 142);

Figuras 141 e 142: Fiação exposta.

Determinação: Providenciar a proteção adequada dos fios.

III. E.L sem almoxarifado, com materiais dispostos sobre o chão (Fig. 143 e 144);

65

Figuras 143 e 144: Materiais dispostos diretamente sobre o chão.

Determinação: Providenciar espaço adequado para armazenar os materiais do E.L.

IV. Ausência de adequação da instalação elétrica às normas técnicas (Fig. 145);

Figura 145: Instalação elétrica fora dos padrões.

Determinação: Providenciar a adequação da instalação elétrica.

V. Banheiro: porta sem fechadura (Fig. 146 e 147);

Figuras 146 e 147: Ausência de fechadura na porta do banheiro.

Determinação: Providenciar instalação de fechadura na porta do banheiro ou assegurar outros meios para a manutenção da privacidade no local.

66

VI. Área Eterna: portão da área reservada a casa de recloração e reservatórios sem sinalização identificadora e do acesso restrito (Fig. 148 e 149);

Figuras 148 e 149: Portão de acesso à área externa do E.L..

Determinação: Instalar placas identificadoras e de limitação do acesso.

VII. Área Externa: tubulações dispostos sob o solo, expostos à degradação físico-química e biológica (Fig. 150 e 151);

Figuras 150 e 151: Materiais expostos às intempéries e a outros agentes degradantes.

Determinação: Providenciar armazenamento adequado dos tubos ou dar-lhes a destinação final mais conveniente.

67

VIII. Área Externa: ausência de tampa nos poços de visita (Fig. 152 e 153);

Figuras 152 e 153: PVs sem proteção adequada.

Determinação: Providenciar a instalação de gradeamento ou tampa de proteção.

IX. Área externa: materiais fora do almoxarifado (Fig. 154 e 155);

Figuras 154 e 155: Materiais expostos às intempéries.

Determinação: Providenciar armazenamento adequado dos materiais ou dar-lhes a destinação final.

X. Área Externa: tubulações expostas às intempéries, embora estejam sob paletes (Fig. 156);

Figura 156: Exposição de tubulações às intempéries.

Determinação: Providenciar cobertura adequada.

68

XI. Área Externa: fiação exposta (Fig. 157);

Figura 157: Exposição de fios.

Determinação: Realizar o embutimento adequado dos fios.

XII. Área Externa: materiais dispostos inadequadamente (Fig. 158);

Figura 158: Materiais dispostos inadequadamente.

Determinação: Providenciar armazenamento ou destinação adequada.

XIII. Casa de recloração: sem sinalização e com pouca ventilação. Espaço pequeno para os serviços de manipulação e operação. Fiação das bombas dosadoras exposta (Fig. 159 a 161);

69

Figuras 159, 160 e 161: Casa de recloração.

Determinação: Providenciar ampliação da casa de recloração, bem como a sinalização adequada, embutimento dos fios e instalação de cobogós.

RUY BARBOSA

I. Presença de extensa rachadura na parede frontal do E.L. (Fig. 162);

Figura 162: Loja de atendimento. Determinação: Realizar os reparos necessários.

II. Caixa de tomada e fiação sem proteções adequadas (Fig. 163 a 165);

Figuras 163, 164 e 165: Caixas de tomada sem proteção e fiação exposta.

70

Determinação: Colocar tampa protetora nas caixas mencionadas e abrigar corretamente a fiação.

III. Ausência de sinalização identificadora dos compartimentos do escritório local, como, por exemplo, departamento comercial, faturamento, gerência e almoxarifado (Fig. 166 e 167);

Figuras 166 e 167: Compartimentos internos do E.L. sem sinalização.

Determinação: Sinalizar adequadamente todos os compartimentos.

IV. Ausência de iluminação elétrica e fiação desprotegida no depósito de arquivos e almoxarifado (Fig. 168 e 169);

Figuras 168 e 169: Instalação elétrica.

Determinação: Instalar lâmpadas e proteger a fiação elétrica adequadamente.

V. Presença de extensas rachaduras expondo a risco a integridade estrutural do almoxarifado (Fig. 170 e 171);

71

Figuras 170 e 171: Rachaduras observadas no almoxarifado.

Determinação: Realizar os reparos necessários.

VI. Mau estado de conservação das estruturas prediais do E.L. (Fig. 172);

Figura 172: Mau estado de conservação. Determinação: Realizar pintura periódica das estruturas.

VII. Ausência de chuveiro e iluminação elétrica no banheiro (Fig. 173 e 174);

72

Figuras 173 e 174: Banheiro do EL. Determinação: Verificar o problema no acendimento da lâmpada e instalar chuveiro.

VIII. Exposição de condutores (Fig. 175 e 176);

Figuras 175 e 176: Condutores expostos.

Determinação: Manter os condutores embutidos.

IX. Necessidade de limpeza na área externa (Fig. 177);

Figura 177: Acúmulo de detritos na área externa. Determinação: Providenciar a limpeza periódica e a correta destinação dos resíduos gerados no E.L..

73

X. Armazenamento sem cobertura de materiais (Fig. 178);

Figura 178: Materiais expostos às intempéries. Determinação: Providenciar o cobrimento das tubulações.

XI. Mobiliário antigo e danificado (Fig. 179);

Figura 179: Mobiliário do EL. Determinação: Providenciar a troca dos mobiliários avariados.

XII. Extintor de incêndio fora do prazo de validade (Fig. 180);

Figura 180: Extintor de incêndio.

Determinação: Realizar manutenção periódica do equipamento, obedecendo à data-limite consignada.

74

ITABERABA

I. Exposição e desorganização da fiação elétrica em diversos setores da unidade regional de Itaberaba (Fig. 181 a 189);

Figuras 181, 182, 183, 184, 185, 186, 187, 188 e 189: Instalações elétricas da unidade regional.

Determinação: Promover a adequação das instalações elétricas, em conformidade com as norma técnicas.

75

II. Presença de rachaduras dos elementos de fechamento do prédio e amurada (Fig. 190 a 193);

Figuras 190, 191, 192 e 193: Rachaduras em diferentes pontos da unidade regional.

Determinação: Restaurar os elementos, assegurando-se da integridade estrutural daqueles que apresentarem característica de comprometimento, caso em que considerar a hipótese de demolição e reconstrução.

III. Extintor de incêndio sem sinalização, em local inadequado, e juntamente com outro fora do prazo de validade para manutenção (Fig. 194 e 195);

Figuras 194 e 195: Extintores de incêndio.

76

Determinação: Instalar em local adequado, sinalizar e realizar as manutenções nos extintores de incêndio conforme os prazos previstos.

IV. Necessidade de limpeza e organização em alguns setores da unidade regional (Fig. 196 a 198);

Figuras 196, 197 e 198: Departamento de manutenção e núcleo de tecnologia da informação. Determinação: Promover a organização e a limpeza periódica do ambiente.

V. Armazenamento inadequado de materiais e reaproveitamento dos contêineres das pastilhas de dicloro não recomendado pelo próprio fabricante, situação encontrada em diferentes compartimentos da unidade (Fig. 199 a 203);

77

Figuras 199, 200, 201, 202 e 203: Reutilização de embalagens de dicloro. Determinação: Providenciar a destinação correta dos referidos contêineres e promover o armazenamento dos materiais em locais apropriados.

VI. Armazenamento inadequado de materiais (Fig. 204 a 206);

Figuras 204, 205 e 206: Materiais expostos às intempéries.

78

Determinação: Providenciar armazenamento adequado dos materiais, evitando sua exposição ao sol e à chuva, além dos agentes biológicos.

Observação: Durante fiscalização foi informado que já esta sendo construído um abrigo para armazenar as tubulações. VII. Necessidade de limpeza e conservação da área externa da unidade regional, além da retirada dos materiais e resíduos (Fig. 207 a 212);

Figuras 207, 208, 209, 210, 211 e 212: Materiais espalhados na área externa. Determinação: Realizar limpeza periódica e dar a correta destinação aos materiais. Recuperar equipamentos e revestimentos.

79

VIII. Ausência de iluminação elétrica no depósito do E.L. (Fig. 213 e 214);

Figuras 213 e 214: Depósito E.L. Itaberaba: sem luz.

Determinação: Providenciar a instalação de iluminação elétrica no local.

80

9 NÃO CONFORMIDADES E DETERMINAÇÕES PARA OS SESs DE MACAJUBA, ITABERABA E RUY BARBOSA

9.1 MACAJUBA Conforme descrito no item 7, foi constatada a inexistência de sistemas de coleta, tratamento e disposição final dos esgotos sanitários gerados no município de Macajuba.

Determinação: Apresentar os projetos para o esgotamento sanitário do município em 180 (cento e oitenta) dias.

9.2 ITABERABA

 Não conformidades e determinações

ETE CONCIC

I. Placa de sinalização danificada (Fig. 215);

Figura 215: ETE CONCIC.

Determinação: Providenciar a restauração da placa de sinalização.

81

II. Acúmulo de entulho e resíduos da capinação na área das lagoas de tratamento do esgoto (Fig. 216 e 217);

Figuras 216 e 217: Entulho e resíduos acumulados.

Determinação: Providenciar destinação adequada dos resíduos gerados na planta e limpeza programada e periódica da área.

III. Vão escavado ao lado da lagoa, possivelmente destinado ao armazenamento de lixo para subsequente incineração. Risco de queda (Fig. 218);

Figura 218: Vão escavado na área da ETE.

Determinação: Providenciar o fechamento do vão ou a colocação de vedação adequada. Realizar o armazenamento temporário dos resíduos em contentores e coletores de lixo e a destinação adequada, evitando recorrer à sua queima.

IV. Pilar de sustentação da cerca da ETE danificado (Fig. 219);

82

Figura 219: Pilar danificado.

Determinação: Providenciar recomposição do pilar de sustentação.

V. Cercamento danificado e falho (Fig. 220 e 221);

Figuras 220 e 221: Cercamento da ETE CONCIC.

Determinação: Providenciar os reparos no cercamento.

BRISAS DA CHAPADA

I. Portão sem sinalização de identificação e de acesso restrito (Fig. 222);

Figura 222: Portão sem sinalização.

Determinação: Providenciar sinalização e identificação de acesso restrito.

83

II. Vários materiais de diversos tipos expostos ao ar livre na área (Fig. 223);

Figura 223: Materiais expostos na ETE.

Determinação: Providenciar o armazenamento adequado dos materiais.

III. Fiação exposta. Ausência de embutimento dos fios (Fig. 224);

Figura 224: Exposição de fios.

Determinação: Providenciar o adequado embutimento dos fios.

IV. Área de chegada dos efluentes com tampa de proteção improvisada (Fig. 225 e 226);

Figuras 225 e 226: Tampa improvisada.

84

Determinação: Providenciar tampa adequada para o local.

V. Área destinada ao quadro de comando com presença de materiais (Fig. 227);

Figura 227: Área do quadro de comando.

Determinação: Realizar limpeza da área do quadro de comando e providenciar local adequado para armazenamento dos materiais.

ETE RM

I. Cercamento danificado em toda área da ETE RM (Fig. 228 e 229);

Figuras 228 e 229: Cercamento danificado.

Determinação: Providenciar o conserto das cercas.

II. Tampas de vedação dos DAFAs danificadas (corrosão) e entreabertas (Fig. 230 e 231);

85

Figuras 230 e 231: Tampas de vedação: danificada e entreaberta.

Determinação: Providenciar substituição da tampa do DAFA e promover o seu fechamento correto.

III. Estrutura do DAFA com fissuras (Fig. 232 e 233);

Figuras 232 e 233: Estrutura do DAFA apresentando fissuras. Determinação: Avaliar periodicamente as estruturas de concreto armado, bem como promover a sua recuperação/restauração.

ETE BARRO VERMELHO

I. Cercamento e portão danificados (Fig. 234 e 235);

86

Figuras 234 e 235: ETE Barro vermelho.

Determinação: Providenciar o conserto das cercas e recuperar ou substituir o portão de acesso.

II. Tampas improvisadas (Fig. 236);

Figura 236: Improvisação de tampa do PV. Determinação: Providenciar vedação adequada dos PVs da ETE.

MONITORAMENTO DAS EFICIÊNCIAS

O relatório de controle de eficiências das ETEs analisado refere-se ao período de julho/2013 a junho/2014.

As análises foram realizadas de acordo com o Anexo 9 (Quadro de "Concentrações médias efluentes e eficiências típicas de remoção dos principais poluentes de interesse nos esgotos domésticos"), retirado da obra de Marcos Von Sperling.

87

 Não conformidades e determinações

ETE Barro Vermelho I. Ausência da determinação do parâmetro DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) em nove dos dozes meses analisados, devido à indisponibilidade na programação do TSQ (Laboratório Central);

ETE CONCIC Eficiência inferior ao limite estabelecido para o parâmetro: I. DBO, nos meses de novembro/2013, janeiro e junho de 2014; II. DQO, em dez dos doze meses analisados; III. Sólidos Suspensos, em onze dos doze meses analisados;

ETE RM Eficiência inferior ao limite estabelecido para o parâmetro: I. DBO, em três dos doze meses analisados; II. DQO, em quatro dos doze meses analisados; III. Sólidos Suspensos, em três dos doze meses analisados;

ETE Brisas da Chapada I. Ausência da determinação do parâmetro DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) em onze dos dozes meses analisados, devido à indisponibilidade na programação do TSQ (Laboratório Central); II. Eficiência inferior ao limite estabelecido para o parâmetro DQO em todos os meses analisados; III. Eficiência inferior ao limite estabelecido para o parâmetro Sólidos Suspensos em todos os meses analisados;

Determinação: Promover as adequações e medidas necessárias à correção das ineficiências nas ETEs, bem como promover as ações gerenciais necessárias à disponibilidade ininterrupta dos serviços do Laboratório Central.

88

9.3 RUY BARBOSA

 Não conformidades e determinações

I. Ausência de sinalização dos DAFAS e dos Leitos de Secagem (Fig. 237);

Figura 237: ETE de Ruy Barbosa

Determinação: Providenciar sinalização adequada da planta.

MONITORAMENTO DA EFICIÊNCIA

O relatório de controle de eficiência da ETE analisado refere-se ao período de julho/2013 a junho/2014.

As análises foram realizadas de acordo com o Anexo 9 (Quadro de "Concentrações médias efluentes e eficiências típicas de remoção dos principais poluentes de interesse nos esgotos domésticos"), retirado da obra de Marcos Von Sperling.

 Não conformidades e determinações

Eficiência inferior ao limite estabelecido para o parâmetro: I. DQO, em três dos doze meses analisados; II. Sólidos Suspensos, em sete dos doze meses analisados.

Determinação: Promover as adequações e medidas necessárias à correção das ineficiências na ETE.

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10 RELACIONAMENTO EMBASA x AGERSA

 Não conformidades e determinações

A EMBASA deixou de enviar à AGERSA as informações requisitadas previamente, sendo estas:

- Registros documentados de calibração dos equipamentos/medidores utilizados;

- Registros documentados de lavagem dos reservatórios;

- Planos e projetos de expansão e/ou melhorias contínuas do SIA.

Determinação: apresentar os documentos no prazo de até 30 (trinta) dias.

Carlos Henrique de Azevedo Martins Camila Oliveira Ribeiro Neiva Diretor Geral Técnica de Nível Superior (Colaboradora)

Alberto Gordilho Filho Maico Camerino dos Santos Diretor de Fiscalização Assessor Técnico

Patrícia Viana Farias de Lima Especialista em Regulação

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ANEXOS

91

ANEXO 1: CROQUI SIAA ITABERABA - PARTE 1 DE 3

92

ANEXO 1: CROQUI SIAA ITABERABA - PARTE 2 DE 3

93

ANEXO 1: CROQUI SIAA ITABERABA - PARTE 3 DE 3

94

ANEXO 2: LICENCIAMENTO AMBIENTAL - PARTE 1 DE 2 PROTOCOLO DO PEDIDO DE LICENÇA DE OPERAÇÃO DO SIAA ITABERABA

95

ANEXO 2: LICENCIAMENTO AMBIENTAL - PARTE 2 DE 2 OUTORGA DE USO DAS ÁGUAS PARA ABASTECIMENTO HUMANO - PORTARIA SRH Nº 388/1999

96

ANEXO 3: LICENÇA PRÉVIA PARA O SES MACAJUBA

97

ANEXO 4: CROQUIS DO SES ITABERABA - PARTE 1 de 5

98

ANEXO 4: CROQUIS DO SES ITABERABA - PARTE 2 de 5

99

ANEXO 4: CROQUIS DO SES ITABERABA - PARTE 3 de 5

100

ANEXO 4: CROQUIS DO SES ITABERABA - PARTE 4 de 5

101

ANEXO 4: CROQUIS DO SES ITABERABA - PARTE 5 de 5

102

ANEXO 5: LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA O SES DE ITABERABA - LICENÇA DE ALTERAÇÃO

103

ANEXO 6: LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA O SES DE ITABERABA - OUTORGA

104

ANEXO 7: PROTOCOLO DO PEDIDO DE LICENÇA DE OPERAÇÃO DO SES DA UNIDADE REGIONAL DE ITABERABA - INCLUI O SES DE RUY BARBOSA (SEGUNDO A EMBASA).

105

ANEXO 8: CROQUI DO SES DE RUY BARBOSA

106

ANEXO 9: VON SPERLING - REFERÊNCIA PARA ANÁLISE DAS EFICIÊNCIAS DAS ETEs

107