André Bellucco Do Carmo
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ANDRÉ BELLUCCO DO CARMO Análise Espacial do Crescimento de Maurolicus stehmanni (Teleostei: Sternoptychidae) na Região Sudeste-Sul do Brasil, utilizando a Microestrutura, a Morfologia e a Ontogenia dos Otólitos Saggitae. Dissertação apresentada ao Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Ciências, área de Oceanografia Biológica. Orientadora: Profa. Dra. Carmen Lúcia Del Bianco Rossi-Wongtschowski São Paulo 2008 2 Dedico este trabalho a Rubens Bellucco, meu querido avô, a quem devo meu interesse por peixes. 3 “Scribendi recte sapere est principium et fons” Horácio 4 Índice Agradecimentos................................................................................................................... 5 Resumo.................................................................................................................................. 7 Abstract.................................................................................................................................. 8 1- Introdução......................................................................................................................... 9 1.1- A espécie Maurolicus stehmanni Parin & Kobyliansky, 1993............................. 9 1.2- Os estudos sobre a Ontogenia, Idade e Crescimento dos Peixes...................... 14 1.2 a - A importância dos estudos de crescimento para as ciências pesqueiras 19 1.3- O Estudo dos Otólitos............................................................................................. 20 1.3 a - A Fisiologia e a Genética dos Otólitos........................................................... 20 1.3 b - A Microestrutura dos Otólitos........................................................................ 24 1.3 c - A Morfologia dos Otólitos.............................................................................. 26 1.4 - Variação Espacial no Crescimento...................................................................... 30 1.5 - Questões, Hipóteses e Objetivos do Presente Estudo...................................... 32 1.6 – Características Oceanográficas da Região deste Estudo................................ 33 2- Material e Métodos........................................................................................................ 36 2.1 - As amostras e a Obtenção das Variáveis dos Peixes........................................ 36 2.2- Preparações e Obtenção das Variáveis dos Otólitos......................................... 38 2.2 a - Microestrutura................................................................................................. 38 2.2 b - Morfologia....................................................................................................... 41 2.3 - Análise das Variáveis............................................................................................ 42 3- Resultados....................................................................................................................... 52 4- Discussão.......................................................................................................................... 63 5- Considerações Finais..................................................................................................... 79 6- Referências....................................................................................................................... 82 7- Figuras........................................................................................................................... 104 8- Tabelas............................................................................................................................ 165 5 Agradecimentos Gostaria de deixar registrado um agradecimento especial à Prof. Dra. Carmen Lucia Del Bianco Rossi-Wongtschowski por toda orientação, dedicação e confiança no desenvolvimento deste estudo, e aos meus pais, João e Marta, sem os quais nada disto teria sido possível. Do Instituto Oceanográfico- IOUSP, agradeço o Prof. Dr. Mario Katsuragawa e sua equipe, que gentilmente possibilitaram todo o suporte no laboratório de Ictioplâncton para as ilustrações do trabalho; às professoras Dra. June Dias, Dra. Lucy Satiko Hashimoto Soares e Dra. Ana Maria Setúbal Pires Vanin por todos os ensinamentos e literatura fornecidas. Ao Prof. Dr. Josef Harari pelas preciosas explanações sobre oceanografia física. Do Museu de Zoologia- MZUSP agradeço os professores Dr. Naércio de Menezes, Dr. Heraldo Britski, Dr. Mário de Pinna e, em especial, ao Dr. José Lima de Figueiredo, por toda a amizade, orientação e ajuda na elaboração do projeto desta dissertação. Do Instituto de Biociências- IBUSP, por toda a formação que tive, agradeço ao Prof. Dr. Sergio Vanin, à Prof. Dra. Mônica de Toledo Piza-Ragazzo e, especialmente, ao Prof. Dr. José Guilherme Chauí-Berlinck, por toda literatura fornecida e por me alertar para a complexidade do conceito de forma no desenvolvimento do estudo. Do Instituto de Matemática e Estatística – IME-USP, por toda a ajuda e dicas com as análises, agradeço à Prof. Dr. Lucia Barroso, à Prof. Dr. Elizabeth Kira e às alunas Gabriela Martins e Vanessa Huang. Da UNESP- IBILCE, agradeço ao professor Dr. Francisco Langeani pela orientação e amizade. Do Laboratório de Tecnologia Pesqueira da FURG, agradeço ao Prof. Dr. Lauro Madureira, e à equipe do N /OC “Atlântico Sul”. Aos funcionários do IOUSP, especialmente: dona Rai, Wagner e Cidinha da Biblioteca e à Ana Paula e Silvana da Sessão de pós-graduação, por toda a ajuda e apoio. 6 Agradeço o Dr. André Martins Vaz-do-Santos, por todas as sugestões, literatura e dicas. Ao Msc Eduardo Machado de Almeida e a Ana Hara pela colaboração no desenvolvimento das técnicas utilizadas neste estudo. Agradeço, ainda, ao Dr. Roberto Ávila, a Dra Mônica Ponz Louro, a Aparecida Martins, Carol Siliprandi, Naira e, especialmente ao Denis Bannwart e ao Fabio Caltabeloti pelo auxílio com a informática. Agradeço aos meus amigos e companheiros do IO-USP: José Eduardo Martinelli, Márcio Ohkawara, Leonardo Kenji, Amanda Ricci, Gabriela Vera, Fausto, Carol, Cássia, Wellington, Lurdes, Cíntia Matsumoto, Andressa Pinter, Angelo Bernadino, Leonardo , Michael, Lucas, Tássia, Gimel e todos aqueles que porventura eu tenha esquecido. Agradeço aos meus queridos amigos por suas idéias e apoio: Renan Rodrigues, Jonas Spina, Elves Vicente, Eduardo Santos e Cris, Gustavo Cordeiro, Helena Gameiro, Daniel, Carla, Isabela, Milla, Saulo, Eric e Vivi, Verusca e José Fernando, Olidan Poncios, Guilherme Freire, Gabriel Moura, Eduardo Cerquera, Thiago Hermenegildo, Talitha Pires, Martha Lange, Pedro Sá, Márcio Gato, Marcelo Fukuda, Ubirajara Melo, Maurício Prestia, Laerte de Sousa, Valter Paixão e Vanessa, Aroldo de Paula, Tadeu, Rejanio Tongal, Adonis Georgopoulos. A todos a quem esqueci minhas sinceras desculpas. Dedico um agradecimento especial aos meus amigos Rogerio Hirata, Leila Shirai, André Junqueira e Daniel Damineli por todo o aprendizado que me proporcionaram. André e Daniel gentilmente revisaram o Abstract deste trabalho. Aos meus irmãos Alex, Felipe e Fernando cuja ajuda e apoio foram fundamentais. Ao meu amor, Cátia Gama, por todo carinho, apoio e ajuda nos momentos mais difíceis deste trabalho. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo pelo apoio financeiro concedido. 7 Resumo Maurolicus stehamanni é a espécie pelágica mais abundante no ecossistema de Quebra de Plataforma da Região Sudeste e Sul do Brasil, sendo o principal componente da dieta dos atuns e das lulas. Com base em amostras coletadas com o N/Oc “Atlântico Sul” em três épocas do ano distintas, neste estudo foi comparado o crescimento da espécie em duas diferentes localidades, Cabo Frio (RJ) na região Sudeste, e Rio Grande (RS) na região Sul, utilizando a microestrutura, a morfologia e a ontogenia dos otólitos saggitae. Foram analisadas as variáveis: Comprimento padrão, Peso, Sexo, Raio do Otólito, Tamanho do Rostrum, a Espessura de 15 microincrementos consecutivos, Área e Perímetro da linha dos otólitos e a Idade dos peixes obtida por meio da contagem dos microincrementos. Os dados foram analisados por meio de métodos gráficos, análises de variância (ANOVA) e covariância (ANCOVA). As relações entre as variáveis foram modeladas, utilizando- se modelos lineares e não lineares, e comparadas entre as duas regiões. Ficou demonstrada a existência de variações significativas no crescimento entre os indivíduos dessas Regiões. Os peixes da Região Sudeste são maiores, em tamanho e massa e mais velhos, apresentando espessuras dos microincrementos significativamente maiores do que os da Região Sul, fatos que indicam uma maior taxa de crescimento dos peixes na Região Sudeste. Os peixes do Sudeste apresentam, em média, para uma mesma idade, menor Raio, Área e Perímetro dos otólitos, fato atribuído a um efeito da taxa de crescimento, como constatado para outras espécies do gênero. Um novo método gráfico foi elaborado para representar as mudanças ontogenéticas que ocorrem no formato dos otólitos ao longo do crescimento, utilizando-se sua silhueta e os índices de forma: Circulariedade e o Fator de Forma, os quais foram comparados entre Regiões. Apesar das diferenças citadas, semelhanças foram detectadas entre as regiões, para os parâmetros do modelo de -1 von Bertalanffy do Sudeste ( L = 48,04 mm e k= 0,01 dias ) e do Sul ( =46, 12 mm e k= 0,01 dias -1) e, no formato dos otólitos. Hipóteses sobre as tais diferenças e semelhanças foram levantadas e discutidas. 8 Abstract