A BROADWAY NÃO É AQUI Teatro Musical No Brasil Ed
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FACULDADE CÁSPER LÍBERO GERSON DA SILVA ESTEVES (em artes, Gerson Steves) A BROADWAY NÃO É AQUI Teatro musical no Brasil e do Brasil: Uma diferença a se estudar São Paulo 2014 FACULDADE CÁSPER LÍBERO GERSON DA SILVA ESTEVES (em artes, Gerson Steves) A BROADWAY NÃO É AQUI Teatro musical no Brasil e do Brasil: Uma diferença a se estudar Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu, mestrado em Comunicação, na linha de pesquisa ―Produtos Midiáticos: Jornalismo e Entretenimento‖, da Faculdade Cásper Líbero. Orientador: Prof. Dr. Claudio P. Novaes Coelho. São Paulo 2014 Esteves, Gerson da Silva A Broadway não é aqui. Teatro musical no Brasil e do Brasil: Uma diferença a se estudar. / Gerson da Silva Esteves. -- São Paulo, 2014 260 f. : il. ; 30 cm. Orientador: Prof. Dr. Claudio Novaes P. Coelho. Dissertação (mestrado) – Faculdade Cásper Líbero, Programa de Mestrado em Comunicação. 1. Produtos Midiáticos. 2. Indústria Cultural. 3. Sociedade do Espetáculo. 4. Teatro Musical. 5. Musical Brasileiro. I. Coelho, Cláudio N. P. II. Faculdade Cásper Líbero, Programa de Mestrado em Comunicação. III. A Broadway não é aqui. Dedico esta pesquisa a Fernando Pinatti, o Fê, o grande amor da minha vida, parceiro de todas as horas. Meu norte, minha rocha, equilíbrio na vida e loucura no sonho. A minha mãe, Conceição da Silva Esteves, com quem vi todos os musicais da Sessão da Tarde e que comprou a minha primeira enciclopédia, com os tostões economizados na máquina de costura. A meu pai, Adelmo da Silva Esteves, exemplo de integridade, honestidade, dignidade e hombridade – e por exigir que eu fosse o melhor possível em tudo que desejasse ser. A minha irmã, Gisele Esteves Prado, companheira de lutas e alegrias, minha fã (espero!) e meu exemplo de seriedade e bom humor diante da vida. A todos os artistas – homens e mulheres – que com seus corpos, mentes, vozes e espíritos, um dia pisaram sobre as tablas sagradas de um palco para contar, cantar e dançar uma história, encantar uma plateia e transformar o mundo. Entram as alegorias da expressão cultural e do povo paulista. Em seguida, entram os outros personagens. Todos cantam para fazer conhecer a história e utilizá-la a nosso favor. Passado e presente misturam-se: há novas tecnologias e estruturas antigas mostradas no mesmo cenário. O tema é aquele velho conhecido: vamos rir de nós mesmos. Vamos rir das nossas dificuldades. Rir... Esse é o jeito brasileiro de ser. Neyde Veneziano AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, Cláudio Novaes Coelho, por ter acreditado no projeto e na minha capacidade em levá-lo a cabo. E mais: por ter me orientado em todas as inúmeras dificuldades ao longo do processo, das acadêmicas às pessoais, das profissionais às humanas. E, sobretudo, por ter me dado confiança e compartilhado conhecimento. A todos os professores da Faculdade Cásper Líbero, em especial àqueles sob o olhar dos quais trilhei meu aprendizado: Prof. Dr. Dimas A. Künsch e Prof. Dra. Simonetta Persichetti que, ao lado do meu orientador, formaram os três pilares para a construção deste trabalho. Ao Prof. Dr. Jamil Dias pela prestimosa colaboração no momento da minha qualificação, indicando caminhos e propondo alternativas que só fizeram engrandecer este conteúdo. Ao meu marido, Fernando Pinatti, companheiro de vida e trabalho, que me deu todo o apoio necessário – psicológico, emocional, afetivo e, por vezes, financeiro – para que eu pudesse realizar esta pesquisa e concluir este trabalho. Obrigado à minha irmã e meu cunhado, Gisele Esteves Prado e Álvaro Camargo Prado, por terem me estimulado e ajudado desde os primeiros passos da vida acadêmica. Ainda a minha irmã, Gisele, agradeço a presença como revisora e consultora da forma final não só deste texto, mas dos muitos artigos produzidos ao longo deste início de trajetória acadêmica. Aos muitos artistas entrevistados, alguns nem citados no texto final deste trabalho de pesquisa, que de forma ampla, auxiliaram nos rumos do pensamento e das reflexões aqui expostas. Todos são colegas de trabalho, amigos de profissão, companheiros de luta: Alessandra Maestrini, Alessandra Vertamatti, Andréa Bassitt, Andrezza Massei, Bianca Tadini, Cláudia Hamra, Cláudia Raia, Claudio Curi, Fernanda Maia, Ivan Parente, Kátia Barros, Kiara Sasso, Kleber Montanheiro, Luciana Carnielli, Jarbas Homem de Mello, Jonathas Joba, Miguel Briamonte, Paula Capovilla, Regina Galdino, Saulo Vasconcelos, Tony Germano, Zé Henrique de Paula. Além desses, obrigado aos amigos que participaram de várias discussões e fóruns em redes sociais sobre o tema deste trabalho. Todos eles artistas reconhecidos no mercado de trabalho em suas funções: Anna Toledo, Daniel Salve, Fábio Hilst, Fernando Souza, Ivana Sarmanho, Marcio Barone, Naíma, Rachel Ripani Roseli Lopes e Ricardo Severo. A todos os meus muitos colegas de mestrado, e em especial àqueles com quem pude trocar informações e ao lado dos quais enriqueci minha vida pessoal, acadêmica e profissional: Adriana de Sá Moreira, Dida Bessana, Edson Rossi, Ethel Pereira e Eduardo Dieb. A Carlos Gontow por ter me auxiliado na tradução de alguns trechos em inglês. À família Haberkorn por terem me apoiado na reta final deste trabalho, nas figuras de seu patriarca, Ernesto, e dos filhos Patrícia, Daniela Alexandre. E à Haber Hotelaria, administradora do SPAventura onde, algumas vezes, pude sentar para escrever ouvindo apenas o canto dos pássaros. Obrigado Arthur Medeiros por ter sido tão parceiro também na reta final do trabalho. Agradeço a toda a equipe da Secretaria da Faculdade Cásper Líbero nas figuras simpáticas e prestativas de Daniel de Souza Brito e Luzinete Santos. RESUMO A pesquisa objetiva analisar a produção de espetáculos de teatro musical como fenômenos midiáticos inseridos numa sociedade em que a produção cultural está internacionalizada e espetacularizada – em função do que se poderia chamar de uma invasão estadunidense em termos de forma e conteúdo. O american musical, mais presente em nossos palcos, gera um produto de franquia que, pouco ou quase nada, dialoga com a tradição de um teatro musical mais brasileiro. A relevância se dá por seu ineditismo e, ainda, por: elaborar contornos para os diferentes gêneros existentes; traçar um panorama histórico e analítico de espetáculos representativos até a contemporaneidade; considerar, por meio de entrevistas, o ponto de vista de artistas e profissionais técnicos do nosso teatro musical. O diálogo teórico se dá com críticos da indústria cultural, sobretudo: Adorno & Horkheimer, Guy Debord, Gilles Lipovetsky, Frédéric Martel. E outros ligados ao nosso teatro musical: Neyde Veneziano, Jamil Dias e Roberto Ruiz. Por premissas o trabalho agrega novos componentes a discussões ainda em estágio embrionário: quais caminhos trilhados pelo musical brasileiro e em que ponto se encontra essa trajetória; como se forma o gosto das novas gerações para uma produção „made-in Broadway‟; quais mecanismos de produção, criação e financiamento são empregados em franquias culturais; quais os caminhos para preservar uma cultura musical que está na matriz do nosso teatro; de que forma leis de incentivo à cultura fazem surgir um formato de criação/produção de teatro musical ligado quase que exclusivamente ao ‗mainstream‟ e ao gosto burguês. As considerações finais apuram que, entre muitos caminhos, o que falta ao musical brasileiro da atualidade é um grande conjunto de fatores que incluem, por exemplo: artistas disponíveis para composições inéditas, produtores dispostos e patrocinadores entusiasmados pelo produto nacional, convivência harmônica e não canibal entre as produções chamadas alternativas e as mainstream. Palavras-chave: Produtos Midiáticos. Indústria Cultural. Sociedade do Espetáculo. Teatro Musical. Musical Brasileiro. ABSTRACT The research aims at analyzing the production of musical theater shows as media phenomena inserted in a society where cultural production is internationalized and spectacularized - in terms of what might be called an American invasion in terms of form and content. The American musical, which is more frequently seen on our stages, becomes a franchise product, which practically does not resonate with the tradition of a more Brazilian musical theater. The relevance of this research lies in its uniqueness, and also in developing profiles for the different existing genres, drawing a historical and analytical overview of representative shows up to contemporary times, and considering, through interviews, the point of view of artists and technical professionals in our musical theater. The theoretical resonance is done through the culture industry critics, especially: Adorno & Horkheimer, Guy Debord, Gilles Lipovetsky, Frédéric Martel, and others connected to our musical theater: Neyde Veneziano, Jamil Dias and Roberto Ruiz. By assumption, the work adds new components to discussions that are still in the embryonic stage: what paths have been taken by the Brazilian musical and at what point this trajectory is now; how the taste of the new generations for productions 'made-in Broadway‘ is created; which production, creation and funding systems are employed in cultural franchises; what are the paths to preserve a musical culture that is in the origins of our theater; how the laws that encourage culture give rise to a creative format / production of musical theater linked almost exclusively to the 'mainstream' and the bourgeois taste. The final considerations indicate that, among many paths, what lacks to today's Brazilian musical is a large set of factors that include, for example: artists