GUIA DE FUNDOS Do ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA
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FICHA TÉCNICA PROPRIEDADE: Câmara Municipal de Lisboa Pelouro de Cultura e Relações Internacionais Direção Municipal de Cultura Departamento de Património Cultural Divisão de Arquivo Municipal DIREÇÃO: Helena Neves COORDENAÇÃO: Adelaide Brochado Isabel Corda Rui Paixão EDIÇÃO: Rui Paixão REVISÃO: Adelaide Brochado Clara Anacleto Isabel Corda Paula Cunca Rui Paixão CONTRIBUTOS TÉCNICOS: Adelaide Brochado Ana Albuquerque Ana Saraiva Aurora Santos Clara Anacleto Débora Trindade Isabel Corda Leonilde Viegas Maria José Silva Mário Gouveia Paula Cunca Paulo Batista Rui Paixão Vítor Gens DESIGN GRÁFICO: Marília Afonso Maranhas VERSÃO: 1.0 DATA: 2019 GUIA DE FUNDOS do ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA GUIA DE FUNDOS ÍNDICE NOTA INTRODUTÓRIA000 006 do ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA GUIA DE FUNDOS 007 ENTIDADE DETENTORA 007 Arquivo Municipal de Lisboa 007 FUNDOS DOCUMENTAIS 017 Alberto de Souza Oliveira 018 Alfredo Cunha 022 Ana Maria Holstein Beck 027 António Passaporte 031 Artur Bourdain de Macedo 035 Artur Pastor 039 Câmara Municipal de Belém 045 Câmara Municipal de Lisboa 050 Casa dos Vinte e Quatro 057 Cassiano Branco 062 Conde de Thomar 067 Convento de São Francisco de Xabregas 071 Eduardo Portugal 075 Ernesto de Sousa 080 Firmino Marques da Costa 084 Francisco Keil do Amaral 088 Helena Corrêa de Barros 092 Igreja da Colegiada de Santa Cruz do Castelo 095 Irmandade de São José dos Carpinteiros 098 Jorge Marçal da Silva 103 José Couto Nogueira 108 José Luiz Monteiro 112 José Neves Águas 117 Junta de Freguesia de Santa Maria de Belém 121 Parque Expo 98, SA 125 Geurbana, SA 131 Raul Ventura 135 Ruy Jervis d’Athouguia 138 Sampaio Teixeira 142 Varvara Heyd 146 5 NOTA INTRODUTÓRIA O Arquivo Municipal de Lisboa tem como missão recolher, guardar, tratar, preservar e divulgar a documentação relativa à memória da cidade, bem como promover a gestão integrada da informação produzida pela Câmara Municipal de Lisboa. Tratando-se do arquivo da cidade capital de Portugal, constitui um dos maiores e mais antigos arquivos do país, sendo detentor de um vasto acervo documental, desde o século XIII até à atualidade, composto por fundos e coleções de proveniência diversa, contando com do ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA documentação de natureza gráfica e textual, cartográfica e arquitetónica, fotográfica e videográfica, de grande importância para o estudo da cidade e do país. Estando enquadrado na Direção Municipal de Cultura e no Departamento de Património Cultural, a Divisão de Arquivo Municipal tem como principal responsabilidade a gestão da documentação do município, sendo que o conjunto documental mais GUIA DE FUNDOS representativo consiste no fundo da Câmara Municipal de Lisboa, onde se integra toda a documentação produzida e preservada por esta entidade, referente ao seu âmbito de competências e de atividades desenvolvidas ao longo da sua história. Além da responsabilidade pelo ingresso da documentação produzida pelos serviços municipais e por entidades relacionadas e integradas na Câmara Municipal de Lisboa, o arquivo possui igualmente uma política de aquisição de conjuntos documentais de proveniência externa, tendo em consideração a sua relevância para o estudo da cidade de Lisboa. Atualmente, o arquivo possui um acervo com cerca de 37500 metros de documentação, encontrando-se instalado em quatro edifícios, localizados em diferentes zonas da cidade. Seguindo uma estratégia orientada à divulgação e comunicação do seu vasto acervo, o Arquivo Municipal de Lisboa considerou essencial desenvolver e disponibilizar instrumentos de descrição documental adequados, iniciando essa tarefa com a edição de um guia de fundos atualizado, na expetativa de que este instrumento se constitua como uma porta de acesso e de partilha da documentação à sua guarda. A metodologia adotada neste projeto obedeceu às normas internacionais de descrição de documentação de arquivo, designadamente, a ISAD (G) e englobou um conjunto de etapas e de procedimentos que permitiram a identificação e caraterização dos fundos documentais que agora se apresentam. Sendo o Arquivo Municipal de Lisboa uma entidade detentora dinâmica e ativa, com ações regulares de ingresso e de aquisição de conjuntos documentais, pretende-se que este guia de fundos seja, também, uma publicação dinâmica e evolutiva, sujeita a alterações e atualizações periódicas, de acordo com a atividade do arquivo. Dando continuidade à estratégia de divulgação, o Guia de Fundos do Arquivo Municipal de Lisboa será complementado com outros instrumentos, destacando-se um conjunto de inventários, já em preparação. 6 GUIA DE FUNDOS GUIA DE FUNDOS O guia de fundos do Arquivo Municipal de Lisboa compreende os registos descritivos normalizados desta entidade detentora e dos fundos documentais que constituem o seu acervo atual, composto por arquivos de entidades singulares e coletivas. do ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA ENTIDADE DETENTORA O Arquivo Municipal de Lisboa é a entidade detentora dos fundos documentais descritos no presente guia de fundos. ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA [Confirmação do foral dado por D. Afonso Henriques] PT/AMLSB/CMLSBAH/CHR/005/001/0003 > Identificador PT/AMLSB > Forma(s) autorizada(s) do nome Arquivo Municipal de Lisboa > Forma(s) paralela(s) do nome Lisbon Municipal Archive > Outra(s) forma(s) do nome Câmara Municipal de Lisboa. Arquivo Municipal 7 Câmara Municipal de Lisboa. Direção Municipal de Cultura. Departamento de Património Cultural. Divisão de Arquivo Municipal. > Tipo de entidade detentora Arquivo municipal do ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA > Contacto(s) BAIRRO DA LIBERDADE GUIA DE FUNDOS Endereço: rua B, bairro da Liberdade, lotes 3 a 6, piso 0, 1070-070 Lisboa Telefone: +351 213807100/101/102 E-mail: [email protected] | [email protected] ARCO DO CEGO Endereço: rua Nunes Claro, nº 8A, 1000-209 Lisboa Telefone: +351 218411170 E-mail: [email protected] ARQUIVO FOTOGRÁFICO Endereço: rua da Palma, nº 246, 1100-394 Lisboa Telefone: +351 218844060 E-mail: [email protected] VIDEOTECA Endereço: largo do Calvário, nº 2, 1300-113 Lisboa Telefone: +351 218170433 E-mail: [email protected] INTERNET Sítio web:http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/ Facebook: https://www.facebook.com/arquivo.mun.lisboa/ Instagram: https://www.instagram.com/arquivo_municipal_lisboa/ Twitter: https://twitter.com/arquivolisboa Youtube (videoteca): https://www.youtube.com/channel/UCGQAjS2jk5Ialj2tyPl9sww/videos > Responsáveis para contacto Divisão de Arquivo Municipal - Bairro da Liberdade Helena Neves: [email protected], [email protected] Arco do Cego Vasco Brito: [email protected], [email protected] Arquivo Fotográfico Isabel Corda: [email protected], [email protected] Videoteca Fernando Carrilho: [email protected], [email protected] > História da entidade detentora O documento mais antigo do acervo do Arquivo Municipal de Lisboa data de 1214 e consiste na confirmação, por D. Afonso II, do foral outorgado a Lisboa por D. Afonso Henriques, em 1179, e dos 8 GUIA DE FUNDOS privilégios estabelecidos por D. Sancho I, em 1204. Todavia, foi apenas no século XIV, no reinado de D. Dinis, com a criação do cargo municipal de escrivão do Concelho, que se iniciou o processo de gestão da documentação produzida e recebida pelo município de Lisboa. De facto, o Concelho sentiu, desde muito cedo, necessidade de guardar, para futura utilização, os documentos mais importantes relativos do ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA à cidade e aos seus habitantes, tais como: forais, cartas régias, sentenças, contratos, entre outros. Uma vez que inicialmente a documentação era pouco volumosa, esta encontrava-se guardada numa arca, designada como arca das escrituras, que possuía três chaves, distribuídas por um vereador, pelo escrivão e por um juiz do Cível. No entanto, este procedimento viria a cair em desuso, originando algum desleixo, pelo que em 1433, constatou-se que as escrituras e os privilégios da cidade se encontravam mal guardados, ao ponto de alguns documentos se terem perdido. Assim, tendo em vista uma maior cautela na guarda da documentação e um uso mais correto da arca das escrituras, de forma a preservar a documentação original, optou-se pela trasladação da documentação para um livro na Câmara, que, apesar de preso a uma corrente, estava disponível para consulta. Neste período, estipulou-se, ainda, o registo de saída da documentação, para efeito de controlo. Mais tarde, durante o século XVI, e pela análise do Regimento da Câmara de D.Manuel I, verificou-se que a documentação que estava sob custódia do guarda da Câmara, se encontrava fechada numa arca de duas fechaduras, estando uma chave nas mãos do próprio guarda, enquanto a outra estava na posse do escrivão da Câmara. Remonta a este século a primeira divisão da documentação em códices, segundo critérios de organização temática ou de acordo com a sua proveniência, no caso da documentação régia considerada mais importante, ou da documentação que não era passível de ser enquadrada na organização temática. Desde finais do século XVII até inícios do século XVIII, procedeu-se ainda à cópia sistemática de todos estes códices, de forma a preservar os originais. Durante todo este período, o arquivo parece ter-se mantido permanentemente na Casa de Santo António, junto à Sé, ou seja, no local de funcionamento da Câmara, mesmo quando as reuniões do Conselho se realizaram noutros locais. Mas esta ligação de quatro séculos entre o arquivo e a Casa de Santo António terminou, no seguimento da reunificação do Senado