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OPERAÇÃO LAVA JATO 14

RELATÓRIO DE ANÁLISE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA Nº 510

Do: APF WILIGTON GABRIEL PEREIRA Ao: DPF FILIPE HILLE PACE IPL’s: 2255/2015-4 SR/DPF/PR Referência : Mandado de Busca e Apreensão nº 795944

Senhor Delegado,

Encaminho a Vossa Excelência o presente relatório preliminar de análise dos materiais arrecadados na Avenida Rebouças, 3970, 32º andar, Pinheiros, São Paulo/SP, tendo por alvo Odebrecht Plantas Industriais e Participações S/A, CNPJ 09.334.075/0001-83 , em cumprimento ao mandado de busca e apreensão nº 795944, expedido nos autos 5024251-72.2015.4.04.7000/PR, em trâmite na Seção Judiciária de Curitiba/PR.

I - Do material Apreendido:

Abaixo segue descrição do material apreendido e sua referência de espelhamento conforme Laudo Pericial 1383/15 SETEC/SR/DPF/PR.

Item Item Descrição Arrecadação HD SEAGATE – 500 GB – S/N S2AHRP10 (Darci Luz – 01 01 secretária de Marcelo Odebrecht)

II - Da análise:

A análise é realizada utilizando-se o material espelhado, sendo referendados neste relatório somente os dados que em tese possam ser úteis para a investigação em tela.

III – Do material analisado:

Observo que tal material já foi objeto de análise, resultando no Relatório de Análise de Polícia Judiciária nº 438 de 30/07/2015, desta forma, aqui, somente serão tratados os arquivos com extensão “.dat e .bak” , em razão dos mesmo conterem fragmentos de informações de aparelhos anteriormente utilizados por Marcelo Odebrecht, contudo não é possível precisar as datas em que tais informações foram criadas, embora os arquivos contenhas as datas de 08/08/2007 e 03/09/2008.

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As informações tratadas neste relatório possuem as seguintes origens: a) “/img_Item01-ItemArrecadacao01.E01/vol_vol4/Pastas e Arquivos Unidade C/BKP_03092008/palmOne/OdebreM/todo/todo.bak”; b) “/img_Item01-ItemArrecadacao01.E01/vol_vol4/Pastas e Arquivos Unidade C/Temp_old/Bkp_palmOne_08082007_1407/OdebreM/todo/todo.dat”

1) Anotação:

JDirceu Acum Pis/Cof (Conex) GM e Mauricio Portugal vs PPP Nota DR vs espanhois Coface no SBCE base exterior assedio pessoal base navio angola

Apex Meets RGalvão e GP JD vs offshore Nicaragua Gianeti vs AG vs Coreia/IR MerryLynch vs PC, etc -Bancos p/ RD? -Deutsch p/ Angola Pes. materiais precisam passar Olex JDirceu (planos? Braskem-Suz...) ck antes Cofig Senai

As anotações acima fazem menção ao nome de José Dirceu ligando-o ao nome da Brasken e a abreviatura “Suz”, possivelmente, referência a petroquímica Suzano, comprada pelo Petrobrás em 08/2007 por R$ 2,7 bilhões.

Após a compra da Suzano, está passou a ser denominada Quattor e posteriormente foi vendida para a Braskem por R$ 700 milhões, conforme informação contida em reportagem datada de 05/2014, originaria da Band e difundida pelo site http://www.metrojornal.com.br/ .

Petr obras vende petroquímica por 17% do valor

Por band.com.br 06/05/2014 às 21h33 - Atualizado em: 06/05/2014 às 21h34

A compra da Suzano aconteceu em 2007. A desembolsou mais de R$ 4 bilhões pela petroquímica que era avaliada em bolsa em R$ 1,2 bilhão. A empresa passou a se chamar Quattor. O ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, preso pela Operação Lava a Jato da Polícia Federal, resolveu então incorporar a nova companhia à empresa privada Braskem. Um documento privado e confidencial ao qual a Band teve acesso definiu o valor da Quattor em R$ 2,5 bilhões. Mas como era necessário descontar uma dívida de quase R$ 600 milhões , o preço ficou em um R$ 1,9 bilhão.

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A Petrobras vendeu a Quattor e outras duas subsidiárias à Braskem por apenas R$ 700 milhões – quase um terço da avaliação feita por especialistas. Além disso, a Petrobras aceitou injetar R$ 2,5 bilhões na sociedade com a empresa privada Braskem, mantendo-se como sócia minoritária. Ao mesmo tempo, a Braskem investiu R$ 1 bilhão no negócio.

Os procuradores da República que trabalham na Operação Lava a Jato vão investigar o caso. No Congresso Nacional também tramita um pedido de CPI que deve analisar mais este negócio bilionário da Petrobras.

A Band procurou a Petrobras e a Braskem, que não se pronunciaram. O grupo Suzano, em nota, diz que decidiu dar prioridade à sua atuação no setor de papel e celulose e por isso vendeu o braço petroquímico à Petrobras por R$ 2,1 bilhões.

Fonte: http://www.metrojornal.com.br/nacional/brasil/petrobras-vende-petroquimica-por-17-do-valor-88482

Já a sigla “JD”, da anotação “JD vs offshore” é referência a Juscelino Antonio Dourado (CPF 353.597.141-15), tal conclusão se dá em razão de uma das anotações indicar a sigla seguida do telefone (11) 8951-6460,

AP: env. Mantega Angola? Conversa JD vs Deniu Hilberto Silva: Programar 500 mil reais até 5a JD: (11) 8591-6460

Tal número consta na agenda de contatos do telefone de Marcelo Odebrecht como sendo de Juscelino.

Juscelino Dourado é citado em reportagens vinculado ao nome de Antonio Palocci, já tendo ocupado os cargos de secretário da Casa Civil na gestão de Palocci enquanto prefeito de Ribeirão Preto e chefe de gabinete no Ministério da Fazenda, enquanto Palocci exercia o cargo de ministro. Dourado também já manteve vínculo com o Instituto Estre de Responsabilidade Socioambiental.

Abaixo segue reportagem veiculada em 23/04/2012, informando a compra por Dourado de uma fazenda em Rondonópolis por R$ 26 milhões.

23 de Abril de 2012 às 09:33

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Juscelino Dourado, braço direito de Palocci, adquire fazenda de R$ 26 milhões próximo a Rondonópolis Após anos trabalhando como braço direito de Antônio Palocci, Juscelino agora desenvolve trabalhos na área da educação ambiental.

YURI RAMIRES/ DE CUIABÁ

O Blog Prosa & Política publicou na manhã desta segunda-feira (23) a notícia de que o diretor executivo do Instituto Estere de Responsabilidade Socioambiental, Juscelino Dourado, acaba de comprar uma fazenda a 27 Km de Rondonópolis, e que o local chega a custar em torno de R$ 26 milhões.

Juscelino já foi chefe de gabinete de Antônio Palocci, quando ocupava o cargo de ministro da fazenda e também secretário da Casa Civil em Ribeirão Preto no mandato do prefeito Palocci. Em 2005, no ministério, deixou o cargo após acusações e na prefeitura chegou a ser acusado de envolvimento em contratos irregulares.

Como prefeito de Ribeirão Preto, Palocci se envolveu em vários casos de contratos irregulares frente a administração pública, a última foi com uma empresa de publicidade. O caso envolveu Juscelino e outras três pessoas que trabalhavam na gestão.

CPI Juscelino em 2005 depôs frente à CPI dos Bingos, que para muitos, o depoimento não foi muito produtivo. Na época, pediu demissão do cargo, que foi aceita por Antônio Palocci. Ele ainda afirmou que dedicou 20 anos de sua vida à militância política e que trabalhou ao lado de Palocci por 13 anos, e que voltava pra casa com "sentimento de dever cumprido".

Hoje, Dourado desenvolve trabalhos voltados a formação educacional socioambiental.

Fonte: http://gazetamt.com.br/noticia/fazendeiro-juscelino-dourado-adquire-fazenda-de-r-26-milhoes-proximo- rondonopolis/

Tendo em vista esta nova informação - da sigla “JD” atrelada ao número (11) 8591-6460 – tendo sido seu usuário identificado como Juscelino Antonio Dourado, é imprescindível que este relatório, retorne o assunto tratado no Relatório de Polícia Judiciária nº 24, datado de 05/02/2016, no qual foi analisado a caixa de e-mails do investigado Fernando Migliaccio, em especial a planilha “POSICAO – ITALIANO310712MO.xls” (abaixo), criada por “luciat” (Lucia Tavares), observe que após a data consta a sigla MO de Marcelo Odebrecht.

Posição Programa Especial Italiano Em 31 de Julho de 2012 Em R$

Fontes Econômico Financeiro

Saldo Programa Anterior de (US$10MM enviados) 3.597.650 3.597.650

LM 64.000.000 (US$40MM x 1,6) Zero

BJ 50.000.000 (+ - 10 % internado x TCU) 5.000.000

BJ (2) 20.500.000 1.050.000

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50.000.000 -6.500.000 (V) -15.000.000 (Extra) -8.000.000 (Custo LM)

BK 50.000.000 50.000.000

HV 12.000.000 (0,5%) Zero 200.097.650 59.647.650

Usos

2008 Evento 2008 (Eleições Municipais) via Feira 18.000.000 18.000.000

Evento El Salvador via Feira 5.300.000 5.300.000

2009 Solicitado em 2009 (Via JD) 10.000.000 10.000.000

2010 Solicitado em Abril e Maio 2010 (Via JD) 8.000.000 8.000.000

Eventos Julho / Agosto / Setembro 2010 (16 + 4 Bonus) via JD 20.000.000 20.000.000

Evento Setembro 2010 Extra (Assuntos BJ, 900 via Bonus PT) via JD 10.000.000 10.000.000

Menino da Floresta – direto com Menino 2.000.000 2.000.000

Prédio (IL) 12.422.000 12.422.000

2011 Feira (atendido 3,5MM de Fev a Maio de 2011) Saldo Evento 10.000.000 10.000.000

Programa OH 4.800.000 4.800.000

Feira (Pagto fora = US$10MM) 16.000.000 16.000.000

2012 Programa B 2.000.000 1.500.000 Programa B 2 (jun e jul 2012) 1.000.000 1.000.000 Programa B 3 (jul 2012 extra) 1.000.000 1.000.000

Total 120.522.000 120.022.000

Saldo 79.575.650 -60.374.350

Esta planilha também foi encontrada no celular “BlackBerry – mod. RFL111LW – IMEI 356112051170465 – cor preta (entregue por Isabela Alvarez) – caminho: Imagens/Item02ItemArrecadacao01/SDCard/Mass Storage Device_Memory Card/files/Document/POSICAO - ITALIANO 22 out 2013 em 25 nov.xls ”, arrecadado durante a execução da 14ª fase da Operação Lava Jato, no endereço residencial de Marcelo Bahia Odebrecht, na Rua Joaquim Candido de Azevedo Marques, 750, casa 319, lote 19, quadra 3, Jardim Pignatari, São Paulo/SP.

Ressalto que neste caso a planilha possui o titulo “POSICAO - ITALIANO 22 out 2013 em 25 nov.xls” , ou seja, aqui a posição encontra-se até 22/10/2013 (vista

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MJ – SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL POLÍCIA FEDERAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ GT OPERAÇÃO LAVA JATO em 25/11/2013, o que condiz com a data de modificação constante do arquivo), já a planilha de Maria Lucia e Fernando Migliaccio possui a posição até a data de 31/07/2012.

Posição Programa Especial Italiano Em 22 de outubro de 2013 Em R$ mil

Fontes Econômico

Saldo Programa Anterior de (US$10MM enviados) 3.598

LM 64.000

BJ 50.000

BJ (2) 20.500 50.000 -6.500 (V) -15.000 (Extra) -8.000 (Custo LM)

BK 50.000 Realizado

HV 12.000 Realizado

Total 200.098

Usos

2008 Evento 2008 (Eleições Municipais) via Feira 18.000

Evento El Salvador via Feira 5.300

2009 Solicitado em 2009 (Via JD) 10.000

2010 Solicitado em Abril e Maio 2010 (Via JD) 8.000

Eventos Julho / Agosto / Setembro 2010 (16 + 4 Bonus) via JD 20.000

Evento Setembro 2010 Extra (Assuntos BJ, 900 via Bonus PT) via JD 10.000

Menino da Floresta - direto com Menino 2.000

Prédio (IL) 12.422

2011 Feira (atendido 3,5MM de Fev a Maio de 2011) Saldo Evento 10.000

Programa OH 4.800

Feira (Pagto fora = US$10MM) 16.000

2012 e 2013 Programa B 2.000 Programa B 2 (jun e jul 2012) 1.000

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Programa B 3 (jul 2012 extra) 1.000 Programa B 4 (Nov a Dez 2012) 3.000 Programa B 5 (Jan a Out 2013) 5.000

Total 128.522

Saldo 71.000

Composição do Saldo 71.000 Itália 6.000 Amigo 15.000 Pós Itália 50.000

Com relação ao codinome “Italiano” , este assunto foi tratado no Relatório de Análise de Polícia Judiciária nº 124, de 07/06/2016, o qual traz indícios de que tal codinome era utilizado para identificar Antonio Palocci Filho, o qual exerceu dois mandatos de prefeito em Ribeirão Preto/SP (01/01/1993 a 01/01/2001 a 31/03/2002), passando a exercer o cardo de Ministro da Fazenda (01/01/2003 a 27/03/2006), posteriormente foi deputado federal pelo PT/SP (01/02/2007 a 01/01/2011), após exerceu por uma curto período (01/01 a 07/06/2011) o cargo de Ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma Roussef.

Desta forma, diante das informações apontadas acima, pode-se concluir que a sigla JD não indica a pessoa de Jose Dirceu, como indicado em relatório já citado (RAPJ nº 24/2016), mas sim, faz referência a Juscelino Antonio Dourado, o qual, em acordo, com o contido nas anotações, agiu como operador de valores para Antonio Palocci em causas de interesse do grupo Odebrecht, tanto em território nacional, como em questões internacionais.

Ressalto que Juscelino Dourado faze parte do quadro societário das seguintes empresas:

CNPJ 07.621.941/0001-91 J & F ASSESSORIA LTDA SOCIO-ADMINIST QSA INC: 26/09/2005(10/2005)

CNPJ 00.991.924/0001-05 EDITORARTE EDITORA & GRAFICA LTDA - BAIXADA SOCIO-ADMINIST PAR INC: 08/12/1995 ULT. ALT: 12/09/2005(10/2005)

A empresa J&F Assessoria possui como atividade econômica a prestação de “serviços combinados de escritório e apoio administrativo” , indicando como capital social a importância de R$ 2.000,00, seu quadro societário é composto, desde de sua origem, em 09/2005, por Juscelino Antonio Dourado e Flavia Cristina dos Santos Dourado (CPF 190.230.028-90).

Abaixo segue extrato consolidado dos vínculos empregatícios de Flavia Cristina, observando-se que desde 2005 a mesma consta como Contribuinte Individual.

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Pesquisando o CNPJ da empresa J&F Assessoria, verifica-se pelo CAGED que a mesma não possui funcionários desde 03/2008 , inclusive, constam informações desta empresa em apenas duas datas – 08/2007 e 03/2008, sendo a primeira a admissão e a segunda a demissão dos seguintes funcionários: Antonio Cesar Moroti (CPF 106.470.898-66), Antonio Marcos Santos (CPF 172.158.318-17) Arilson Donizete Marques Ferreira (CPF 315.038.338-28).

Interessante destacar que mesmo contando com empregados somente no período de 08/2007 a 03/2008, a empresa em questão foi depositante e beneficiária de diversos valores em relação as contas correntes de titularidade de Juscelino Antonio Dourado, conforme se vislumbra em sua quebra de sigilo bancário.

A empresa realizou diversos depósitos na conta corrente de Juscelino, no período de 04/06/2007 a 21/12/2015, totalizando o valor de R$ 4.187.836,57, em contrapartida Juscelino devolveu a empresa, também via depósito bancário a importância de R$ 2.220.000,00, neste caso, somente em duas ocasiões, em 02/08/2011 – R$ 150.000,00 e em 20/09/2011 – R$ 2.070.000,00.

Ainda no tocante aos valores depositados pela J & F Assessoria em benefício de Juscelino, individualizamos o valor absoluto de R$ 4.187.836,57 em valores anuais (abaixo), observe-se que no ano em que Juscelino depositou para a empresa o valor de R$ 2.220.000,00, está repassou para o mesmo, somente R$ 439.600,00.

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Ano Valor (R$) 2005 37.780,00 2006 186.317,40 2007 151.600,00 2008 340.200,00 2009 103.000,00 2010 250.130,00 2011 439.600,00 2012 1.054.290,42 2013 861,416,20 2014 365.248,82 2015 398.253,78

Outra questão interessante no tocante a quebra bancária de Juscelino Dourado encontra-se na relação dos depositantes e destinatários de valores por intermédio de suas contas correntes, figurando dentre eles, Gilson Alves Dourado (CPF 181.267.311-68) irmão de Juscelino; Pedro Augusto Ribeiro Novis (CPF 002.272.345- 53) ex-executivo do grupo Odebrecht; Jose Carlos Costa Marques Bumlai (CPF 219.220.128-15) e Roberto Barreto Martins (CPF 128.074.758-76) empresário, estes dois últimos figurando apenas como destinatários de valores.

Continuando, ainda, a análise dos dados cadastrais da empresa J & F Assessoria, temos o histórico das alterações cadastrais, no tocante ao endereço da sua sede, desta forma, quando da sua constituição em 2005, o endereço fornecido foi da Rodovia SP 328, KM 308,5, s/nº, Lote I-2, Condomínio Residencial Santa Helena, Ribeirão Preto/SP (foto não disponível), já em 05/2006, a sede foi alterada para a Rua Professor Atilio Innocenti, 957, apto 111, Vila Nova, São Paulo/SP, onde permaneceu por quatro meses, visto que em 10/2006, sua sede foi transferida para a Rua Amburanas, 75, casa, Loteamento Alphaville Campinas, Campinas/SP, local que permanece inalterado até o momento atual.

Rua Professor Atilio Innocenti, 957, apto 111, Vila Nova, São Paulo/SP 9

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Rua Amburanas, 75, casa, Loteamento Alphaville Campinas, Campinas/SP

2) Anotação

CEAL vs AR Mob. pró Venez. NEA? Apres. BID vs Korea

Politica Industrial Multis Acordo governos Colômbia MOU Honduras para Lula barrar tb navio paper angola Fersen/GP. agenda LC

3 linhas Ven e emfatizar BNDES Equador? Meet RC? Montar apoio a Venezuela Canal vs Citi > Madeira Base na Asia? -contratação Olex Regras Banco Sul Apresentação Alemanha

Nos como Agente RCorrea Bndes/CAF na Ven? Rec GLacerda Toachi vs Manta-Manaus Barbie Nea? Violeta? NEA vs BNDES Fit vs JV Gafisa

Custo BNDES s/ SBCE Fundo FGTS (qualificar competição)

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Lim/Aprov. Argentina (incl. adic. MF)

Neste grupo de anotações temos menção a assuntos variados, dentre eles, um memorando de entendimentos de Honduras para Lula, um encontro com Rafael Correa, presidente do Equador, etc. Temos ainda os nomes Barbie, Nea e Violeta, para os quais ainda não foram identificadas as pessoas correspondentes.

3) Anotação

Temas OAS Venebras Visita Damian IRSA S Não pode cantar sem ser através do lider (promessa remuneração) - Enio, criterio de remuneração PD Tunel MIA Bouygues? exp. bens vs serviços? JV Gafisa no meet DS Acordo e steps. Gafisa Formaplan (Br e pré-compra)

Atenção base: P.Wetzel, Imp. BR... Citi vs Panamá Contribuições para Marta

4) Anotação

AIG e CAF no Fdo Merrylynch: Fdo Peru Goldman? Acerto Roberto? Lampreia vs Enios... Iraquiano Fdo peru? Mer. Var. Angola Madre-Colon? Enio, etc, AIG Fundo Maracaibo Fundo Goldman Fundo OII Fundo BES Convenios Angola (M.Rabello) BNDES vs Pan-Colon Luis Pereira Andrea? Equaliz. Palomino? ampliar paises Olex Rui Nogueira? Imagem LC Acordo Ven. Custo Benin IRSA S já. Fundo OII vs Captação

5) Anotação

RAE BSB

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Meet LP vs Palomino Meet Felicio Sugestões CONEX COFIG vs Palomino Omos + Palocci, Ian, concessões Brasil Patronato Suplimentos salario PC Meet Pres. Cabei? Qd Acomp. Diam/invest filha/genro M.Wilson? Aproximar-se BPN

BID vs P.Tarso Meet BNDES Tocoma entender estrada Mexico? Ir no BID DIs? Nigéria Chefe Protocolo Lula Zé Mauro vs Bndespar

Luis Pereira/Palocci vs pedidos outras emp. Ang? Agenda AP: - Palomino Já? Programa Invest. PC colar Braskem Ven - Fazer acontecer Hossano vs RSP Peru: equipes distintas Paulo Yokota (Delfim vs Tradings Japonesas)? Arlindo BID? Fernando Goes?

Na anotação “Omos + Palocci” , em primeira análise, temos indicação de houve erro de grafia da palavra “omos”, sendo correto “olmos”, decorrente do Projeto de Irrigação Olmos, obra realizada no Peru pela empresa Concessionária Trasvase Olmos (CTO), integrante do grupo Odebrecht Peru. Tais informações foram retiradas de reportagem veiculada em 07/03/2014, no site da própria Odebrecht.

07/03/2014 Projeto Irrigação Olmos: Odebrecht inicia transferência de água para o norte do Peru

A Concessionária Trasvase Olmos (CTO) – empresa da Organização Odebrecht no Peru – iniciou a transferência de água do Rio Huancabamba aos 1.600 hectares de terra do Vale de Olmos, localizado em Lambayeque, no norte do país. A água foi transferida pelo túnel transandino, pela primeira vez, no dia 21 de fevereiro, após a entrega das licenças pela Autoridade Autônoma de Água (AAA).

O objetivo é apoiar o combate à seca que afeta o vale. De acordo com Alfonso Pinillos Moncloa, gerente geral da concessionária, a iniciativa surgiu como parte do compromisso adquirido nas reuniões de coordenação com o Governo Regional de Lambayeque e Ministério da Agricultura.

O processo foi iniciado com o lançamento das águas do Huancabamba em uma quantidade suficiente para atingir o nível acima do montante da barragem Limón. A transferência e a distribuição de água aos campos de Olmos ocorreram nas primeiras horas do dia. Os setores beneficiados são La Juliana, El Imperial, Filoque e Nitape.

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Segundo Giovanni Palacios, diretor de Contrato do Projeto Irrigação Olmos – em execução pela Odebrecht Infraestrutura - América Latina –, uma vez desviada, a água será descarregada em Lajas, afluente do Rio Olmos, e seu fluxo atingirá a região de La Juliana, a partir do qual derivam os canais de irrigação dos agricultores.

Do Atlântico ao Pacífico

O Projeto Integral Olmos consiste na transferência de águas do Rio Huancabamba da encosta do Atlântico até a vertente do Pacífico, por meio de um túnel transandino de 20 km, para a irrigação de terras não cultivadas no Vale de Olmos e geração de energia elétrica.

A Odebrecht Infraestrutura - América Latina participa de duas etapas do projeto: da transferência de água e da construção de infraestrutura de irrigação destinada a 43.500 hectares de terra. Fonte: http://www.odebrecht.com/pt-br/projeto-irrigacao-olmos-odebrecht-inicia-transferencia-de-agua- para-o-norte-do-peru

No tocante a parte da anotação que vincula a obra ao nome de Palocci , não foi possível obter maiores informações, contudo, verificamos que tal projeto contou com financiamento do CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) e segundo sua diretora-representante no Peru, Eleonora Silva Pardo, foi em novembro de 2004 que o primeiro empréstimo para o início do Projeto Integral Olmos foi aprovado. (fonte: www.caf.com/pt/presente/noticias/2014/11/presidente-humala-inaugura-obras-de-irrigacao-do- projeto-olmos/?parent=15479).

Abaixo segue um pequeno histórico retirado do site da Odebrecht a respeito do projeto de irrigação, contudo não há menção ao início das obras.

Projeto Olmos: água dos Andes para irrigar o deserto

O projeto Olmos é dessas obras capazes de atestar a engenhosidade do ser humano em corrigir o que seriam imperfeições da natureza. Trata-se de captar, no alto dos Andes, águas que descem rumo ao Oceano Atlântico, e desviá-las para a vertente do Pacífico, de forma a irrigar as vastidões desérticas que constituem toda a costa do Peru, onde vive mais da metade (52,1%) da população do país. Embora seco, o solo é muito fértil e propício ao cultivo de frutas e legumes.

A idéia é antiga e em diversos momentos das últimas décadas trabalhou-se na construção de um túnel com 20 km de extensão para transpor as águas do Rio Huancabamba, segundo o Diretor de Contrato Erlon Arfelli, engenheiro civil paulista de 49 anos de idade e 23 de Odebrecht. Cerca de 6 km chegaram a ser escavados, mas as obras não prosseguiram. O projeto foi retomado recentemente, graças a um contrato de concessão para executar, operar e manter, por 20 anos, as obras de transposição. A Odebrecht Investimentos em Infra-estrutura Ltda. entra com 65% e a Construtora Norberto Odebrecht com 35%. O valor a ser investido pela concessionária formada pelas duas empresas é de US$ 242 milhões, dos quais US$ 185 milhões referentes a obras.

Os trabalhos foram iniciados em fevereiro e deverão estar concluídos em 48 meses, informa o Diretor de Investimento e Gerente Geral da Concessionária Trasvase Olmos, Juan Andrés Marsano, peruano de Trujillo, 36 anos de idade e 11 de Odebrecht. Numa primeira fase, acrescenta Erlon Arfelli, as equipes construirão uma represa, com 320 m de extensão e 43 m de altura, e abrirão, com uma TBM, os 14 km que faltam do túnel, que terá 4,8 m de diâmetro e pelo qual passarão 406 milhões de m3 de litros por ano.

O projeto integral de Olmos prevê, ainda sem licitação, mas com previsão de início para o próximo ano, sob o regime de concessão, a construção de duas hidrelétricas para aproveitamento de um potencial de 800 m de descida da água da transposição, além das obras de irrigação propriamente ditas, que beneficiarão, no deserto peruano, uma área de cerca de 40 mil ha. Fonte: http://www.odebrechtonline.com.br/complementos/00801-00900/827/

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O nome de Palocci também aparece em outras anotações, sendo em uma delas ao lado do nome Luis Pereira (ainda não identificado) – “Luis Pereira/Palocci vs pedidos outras emp. Ang?” – relacionando-os a pedidos de outras empresas Angola. Temos ainda a “Agenda AP” – significando Agenda Antonio Palocci, indicando a obra de Palomino. Trata-se do Projeto Hidrelétrico Palomino executado pela Odebrecht América Latina e Angola na República Dominicana, conforme se verifica na matéria veicula no site da Odebrecht, datada de 26/03/2012.

26/03/2012 Obras do Projeto Hidrelétrico Palomino, na República Dominicana, avançam

O Projeto Hidrelétrico Palomino, executado pela Odebrecht América Latina e Angola na República Dominicana, cumpriu um importante marco em seu programa de atividades: foi realizada a descida do rotor da Unidade Geradora nº 2, instalada na Casa de Máquinas subterrânea da futura central.

Atualmente, as obras são desenvolvidas em ritmo acelerado e contam com 1.800 integrantes em dois turnos diários.

A Central Hidrelétrica, construída para a Empresa de Generación Hidroeléctrica Dominicana (EGEHID), entrará em operação em julho deste ano e vai adicionar, anualmente, 180 GWh ao sistema energético dominicano. O número representa um aumento de 15% na capacidade instalada de geração hidrelétrica do país. Fonte: http://www.odebrecht.com/pt-br/obras-do-projeto-hidreletrico-palomino-na-republica-dominicana- avancam .

Pesquisando a sigla BPN, mencionada na anotação “Aproximar-se BPN” , temos que a mesma esteja relacionada ao BPN Brasil Banco Múltiplo S/A, criado em 2003, atua nas áreas de Crédito e Financiamento, Comércio Exterior, Banco de Investimento, Repasses do BNDES e Tesouraria. (http://www.bpnbrasil.com.br/ ). Em relação a anotação “Paulo Yokota (Delfim vs Tradings Japonesas)?” , temos que Paulo Yokota é economista brasileiro (possuindo dupla nacionalidade – japonesa), ex-professor da USP, ex-diretor do Banco Central do Brasil e ex-presidente do INCRA.

6) Anotação

MEETS WASHINGTON Arlindo (Rogerio) - muitas oportunidades/espaço - Rogerio foi a Venez. - Meet ja c/ Arlindo + grupo > apres. Projetos > discutir oportunidades - Interagir c/ Fadigas Dennis Carlos Guimarães Canuto - otima relação sua - "politicas" no BID - Avisei s/ Vinicius - Africa

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Codefat vs BNDES Apresentação BID apoio Rogerinho any ação p/ Codefat? JCN > BSB PD Omos Como buscar aprox. c/CAF Acompanhar descasamento moedas - criterios de decisão/aprovação (inclusive vendo fluxo consolidado) - acompanhamento - estabelecer TAC adicional desembolsos Proex Guto Itamaraty

@ 3 bi CODEFAT (ação Palocci) - Fee Paulinho FAT (vs irmãs)

JDirceu vs ações AL/PB

Nas anotações acima, novamente ocorre menção ao nome de Palocci – “@ 3 bi CODEFAT (ação Palocci) – desta vez relacionando sua ação ao valor de 3 bilhões no Codefat e na anotação seguinte – “Fee Paulinho FAT (vs irmãs)” – uma menção a taxa para Paulinho FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

CODEFAT é o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador, atualmente presidido por Virgilio Nelson da Silva Carvalho, com mandato de 03/08/2015 a 02/08/2017.

A anotação “JDirceu vs ações AL/PB ” em primeira análise significaria Jose Dirceu e as ações para da Petrobrás para a América Latina.

7) Anotação

NO em Angola M.Jorge. EO/OEI? Padrinhos PB, Briga vs acordos Paul Jorge Azevedo Viagem Angola vs CA salario CMF e AA Braskem? Rateio BSB?

Def. Responsável BSB

João Rod. vs ANeves HV/BJ > Braskem Meet Delfim? Passivo DGI Millenium dif. Postura BG vs Eu - Cana/alcool - JCG

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- Ipiranga - Pessoas BG (Inv.) e PA (OEI) RSimões > Jantesa/Vez.? Genro R.Novis Lucro CNO?

Entre as várias anotações, temos citação ao nome de Aécio Neves, mas sem maiores detalhamentos.

Temos também menção a “Passivo DGI” , pesquisando nas anotações objeto deste relatório não foram encontrados maiores detalhes, tampouco seu significado, contudo, tal sigla possui indícios de estar vinculada a pagamentos de propina, como se verifica nos Relatórios de Análise de Polícia Judiciária nºs 461, 504 e 508, datados de 04/07/2016, 10/08/2016 e 11/08/2016.

Estes relatórios foram produzidos após análise do material apreendido no endereço da Rua Miguel Lemos, 44, sala 703, Edifício Mauá, Copacabana, Rio de Janeiro/RJ, cujo alvo era Benedicto Barbosa da Silva Junior, vice-presidente de Infraestrutura da Odebrecht Engenharia e Construção no Brasil, durante execução da 23º fase da Operação Lava Jato.

Indo além, foi realizada pesquisa no aparelho celular (iPhone 5S, IMEI 352049064551592) – arrecadado na residência de Marcelo Bahia Odebrecht, na Rua Joaquim Cândido de Azevedo Marques, 750, casa 319, lote 19, quadra 3, Jardim Pignatari, São Paulo/SP, em 19/06/2015, quando da execução da 14ª fase da Operação Lava Jato – buscando pela sigla DGI , esta foi encontrada em algumas anotações (em sua maioria, sem data), sendo uma dela vinculada a nome Vacari.

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8) Anotação falar para JS: A relação com ele ok, pelo histórico e confiança.

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Mas para todos os outros quem está tocando hoje a E&C é MO, com BJ tendo a delegação.

Venda Vanadio? Unicon, Ureia? Guidolin

CVRD vs Brask Pay eleições (PSDB, equili, cuidados) L4 Acerto eleições Participação Milênio Politica Externa Meet David mili,,,,,

Paul Namur Braskem vs Ven - LG/RS > Ven - acordo acionista - San Jose Alcool: Ang, Ven, RD Florestas Mudanças DSs e OD Alckimin vs AR Mendonça de Barros Meet eleições - DGI Chaves vs Lula Visão acionista ODB Casa Benin 50% Braskem FIU 10M > ODB Ides vs BID Financiamento Area Imob.

As anotações tratam de acerto e pagamento eleições, indicando o partido político PSDB.

E, novamente temos menção ao termo DGI, desta vez relacionado aos nomes de Chaves e Lula, provável referência aos ex-presidentes Hugo Chaves (Venezuela) e Luis Inácio Lula da Silva (Brasil).

9) Anotação

PD Sonda lmprensa RJ? Madeira (PA...) PPP L4 Alcool Ven Irmão Murilo BG vs JCG Bonus perpetuo ODB? sede Angola > Contrib Exxon vs Proj José Paulo Okamoto vs AG JD, Palocci, MP, JL...

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Muita coisa e desafio crescer CCCC agressiva com gente Mudanças DSs Ações MFaz vs divers. linha credito!?! TCE cenário politico? - Serra, Alkimin: coordenação - LCMBarros coordenador de Alckimin

Angola Hilberto vs Braskem Campanha Bolivia Valorização vs PVC Lula vs Chaves - 14/12 e 21/1 - evoluções IPQ - conversa com Rafael Delubio vs João Vacari Brindes

NSPC Ferreira vs Hilberto Asperbras Braskem Venez Ações Dilma & Gabrielli Agenda Palocci (exterior) - Palocci nos credenciar Angola - Palomino Previa DP do CA? Luis Edmundo > Braskem Limitações Ven. Postura Braskem Venez. oportunidades Angola. Quem? Banco? novo avião PAN vs Globo Conversa GEBA Ski vs CA ODB? M2 apt JCG

10) Anotação

R$ 5M ano esc. SSA? Vs BRASKEM - Postura JCG (pessoal, vs ODB, vs DGI) - Concorrencia Paulinea - DGI Abdala preço MP Paulinea, Uso Rogerio - Evento: total 49, Brask 6.3 - Venez. vs Braskem

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- Dividendos? - Nivel 2 vs 3 - Ter 50%

Temos a anotação indicando a sigla JCG, referência a Jose Carlos Grubisich, vinculando-o com o termo DGI.

Pesquisando no celular de Marcelo Odebrecht já citado anteriormente, trata- se de Jose Carlos Grubisich Filho (CPF 93152477872), utilizador do e-mail [email protected] , cujo domínio remete a Odebrecht Agroindustrial, contudo Grubisich foi presidente da Braskem.

Abaixo anotação extraída do celular de Marcelo Odebrecht, utilizado na identificação da sigla JCG.

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Em outras anotações temos menção novamente ao termo DGI, desta vez relacionado ao nome Abdala e provavelmente a Petroquímica Paulínia, uma joint venture formada entre a Braskem e a Petrobrás por intermédio de sua controlada Petroquisa, sendo que a pedra fundamental foi lançada em 02/02/2007, contando inclusive com a presença do então presidente Lula, conforme reportagem veiculada no site da Braskem.

2 de Fevereiro de 2007

Foi lançada a Pedra fundamental da Petroquímica Paulínia.

O evento que marca o início da construção da petroquímica contou com a presença do Presidente Lula, entre outros convidados.

A Petroquímica Paulínia S.A. (PPSA), joint venture formada entre a Braskem e a Petrobras por intermédio de sua controlada Petroquisa, promoveu hoje o lançamento da pedra fundamental de uma unidade industrial de polipropileno no município de Paulínia, SP, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Os investimentos previstos são da ordem de US$ 300 milhões. O projeto deverá entrar em operação no primeiro trimestre de 2008.

A Braskem participa com 60% do capital acionário da Petroquímica Paulínia e a Petroquisa, com 40%. "Os setores público e privado deram as mãos para atender à demanda de consumo. Isso é muito importante para o desenvolvimento de nosso país", disse o presidente Lula durante o seu discurso no lançamento da pedra fundamental.

Para o presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, essa iniciativa reforça a competitividade de toda a cadeia petroquímica e dos plásticos no País. "É de suma importância para a Braskem, na medida em que consolida nossa liderança em polipropileno e reforça a aliança estratégica com a Petrobras, nosso principal fornecedor de matéria-prima e acionista relevante por intermédio da Petroquisa", diz José Carlos Grubisich, presidente da Braskem.

O projeto está alinhado com o planejamento estratégico da Petrobras, que prevê participação ativa para viabilizar projetos petroquímicos em parceria com a iniciativa privada, e é compatível com os objetivos do Plano de Aceleração do Crescimento - PAC. "O país precisa de investimentos maciços para atender à demanda crescente por produtos petroquímicos e o modelo societário adotado neste projeto é um exemplo a ser seguido para o desenvolvimento do setor no Brasil", diz José Lima de Andrade Neto, presidente da Petroquisa.

Produção A nova fábrica terá capacidade para produzir até 350 mil toneladas por ano de polipropileno, resina termoplástica com maior taxa de crescimento de consumo. A matéria-prima (propeno) será fornecida pelas refinarias da Petrobras localizadas em São José dos Campos (Revap) e em Paulínia (Replan) que estão passando por processos de modernização, com investimentos de US$ 365 milhões, para garantir a matéria-prima para a nova unidade. Além disso, as obras nas duas refinarias se destinam a aumentar o processamento de petróleo nacional e melhorar ainda mais a qualidade dos combustíveis.

"O projeto da Petroquímica Paulínia conta com competitividade diferenciada pela combinação de escala de classe mundial, a mais moderna tecnologia de produção disponível no mercado, aportada pela Braskem, e acesso à matéria-prima da Petrobras", afirma Guilherme Guaragna, diretor superintendente da PPSA.

Além disso, o município de Paulínia está situado a pouco mais de 100 quilômetros da capital paulista, no coração do principal mercado de consumo nacional, servido por uma infra-estrutura de transporte de excelente qualidade que permite o escoamento da produção em condições privilegiadas.

Fonte: https://www.braskem.com.br/detalhe-noticia/Foi-lancada-a-Pedra-fundamental-da-Petroquimica- Paulinia .

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11) Anotação

PD ambiental? ADL p/ mim > RI Mat. Mackinsey ruim Agenda/mat p/ JD/PR Ação Mantega/BNDES: juntos? Mudança Lula/OCI - Já China: BR, Ang, Ven investir Venez. Serra vs $ apoio Palocci > custo tb Braskem - CMN vs Faria Lima? Beto Colnague vs Palocci (Angola)

PD Investimentos RR vs Naval BSB? CA vs Almoço Lessa Pedir a Palocci > Ven - Ligar p/ Tobias p/ dizer que está estudando e p/ mandar logo El diluvio e L3 > Nota c/ AA - Se ligar feedback AA > EA JSá vs Ferreira 1o jantar ODB > Rec, CEPAQs, Eleições vs Braskem JD vs rec. divida Equad Meet c/ SAIN exp. PD Omos (3a) MOU Naval novas obras Iraque Citgo vs IPQ > EA Darc vs IPQ JD vs rec. divida Equad Meet SAIN + Palocci recebivel Metro Planta Petroq. Angola contrib. ILP meet SP DGI PF e non-related

Rubio Cetrel, Prog Naval pessoas para Braskem Caso ML & Zé Rai Proj culturais negociais 60 anos + 25 + 25 Custo jatinho Notas Palocci ADL > E&C Estr. Cetrel/ Braskem subst. ML > PL? Fadigas

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OCS vs resseguro Nelson Silas? Proj. NO Sauipe Meet Palocci melhorar relação (minha) c/ JD e AP Mudanças DSs Angola - empresa (consorcio) c/ Thizé - visita Já (Mausuleo) - LC - BL 16 (já $9.5m, $ 17m até 12/4) Comunicação Fin Chinês > BSB SP/Del > EO Obras ext. CCCC + AG fees resseguro OCS Potencial cetrel agrishow > LM

As diversas anotações mencionam o nome de Palocci, sendo que em uma delas, consta informação de que seu custo será da Braskem, também Palocci aparece vinculado aos países Angola e Venezuela.

Marcelo Odebrecht ainda menciona um encontro com Palocci e anota que precisa melhorar sua relação com este e JD, aqui muito provavelmente Juscelino Dourado.

Em uma das linhas temos a anotação “Beto Colnague vs Palocci (Angola)” , trata-se de Jose Roberto Colnaghi, já investigado na CPI dos Bingos por seus negócios em Angola, financiados pelo BNDES.

Ainda segundo matéria veiculada pelo site O Antagonista, em 04/02/2016, Colnaghi é ligado a Palocci.

Rota do Atlântico: Diretor da Asperbras no Congo é preso

Brasil 04.02.16 18:54

A Polícia Judiciária portuguesa prendeu José Veiga, diretor da Asperbras no Congo. Ele é acusado de corrupção internacional, fraude fiscal, branqueamento de capitais e tráfico de influência. O que o Brasil tem a ver com isso?

A Asperbras é nossa velha conhecida. Ela pertence a José Roberto Colnaghi, investigado na CPI dos Bingos por seus negócios em Angola, financiados pelo BNDES. Colnaghi é ligado a Antonio Palocci.

Em novembro, a CPI do BNDES descobriu que a Pepper recebeu R$ 2 milhões por um contrato com a Asperbras no Congo, justamente a unidade dirigida por José Veiga.

Veiga foi detido com Paulo Santa Lopes, irmão do ex-premiê português Pedro Lopes. Foram apreendidos veículos de luxo e R$ 8 milhões em espécie numa das casas do diretor da Asperbras.

O Diário de Notícias informa que José Veiga é parceiro de negócios do presidente congolês, Denis Sassou Nguesso, o "feiticeiro".

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12) Anotação

Venda SDM - limpar $ acionistas ODB? Ctas Maluf Suiça Contratos Braskem - apoio SP aprovação aliança Catoca

A anotação faz menção a contas na Suíça, atribuídas a Maluf, sem maiores detalhamentos.

13) Anotação

Braskem > Gás Angola LG > Angola Fadigas vs Marcela (P. Altit?) Provoque BG sobre inter na Braskem (acionistas vs executivos) Pessoas e cultura na Braskem Meet Delubio Palocci: ascendencia do Tesouro travando tudo apresentação sauipe: sem abertura de resultados por DS.

destino US$ 140M e assunção divida ODB

MF & SP/BJ e Guerr Ações Mosquito na LC - urgente meet c/ Palocci Operador Palocci Ação E&C junto JD & Palocci

Na anotação “Ações Mosquito na LC - urgente meet c/ Palocci” , a sigla LC, era utilizada por Marcelo Odebrecht para indicar o presidente do BNDES Luciano Coutinho, contudo, não foi possível encontrar outros elementos para elucidar tal oração.

Temos ainda menção a ação da E&C junto a Palocci e, possivelmente Juscelino Dourado.

14) Anotação

Catoca. Delcidio? Renor, Ação STJ vs Lixo, + 1ano PoloRJ CA Braskem vs Cetrel SV. ambiental Já Duda 1,0M

Idéia da Trading? Aprox. José Dirceu mudanças OCS Jantar Palocci Pedro Reis? meet CCCC Ps U$ 8M BR > PLR ODB João Sá vs Funcex.

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JCG ir a PS com AB Silvio vs Delubio - Aumentar presença junto a JD - BR-163? - Eletrobrás? Angra? - Xingó? BG

Perda talentos Apoio junto a Palocci Aproach Catoca (vs Venez.?) Prefacio livro BPC Conselho CAMEX CCCC AIG $ 700M Braskem U$ 8M DGI Braskem até7/8, JCG e P.Souto: ex Ledervin/Deniu Alberico

@ ação orquestrada creditos Eletro @ Lula vs Portugal @ JD vs Metro RJ

Entre as muitas anotações, temos novamente menção ao termo DGI, vinculado a Braskem e acompanhado da cifra de U$ 8M (provavelmente 8 milhões de dólares).

15) Anotação

Embaixador panamá irmão RR

Citi vs Panama: e-mail GM

U$ 40M Petrobras Paraguai Angola: -João 6, Japones 2 -Dizer q sabem q foi 12M -Novos PPPs (DR vs Embasa) Madeira Lei Licitações

DG: $ e Prog de PS

vs CCCC AG vs acordo TP (exigir ressarcimento agora) Boleira? Noboa? Eu ir? PA? Perpesctivas boas e grandes. Alinhar coisas Problemas c/ RC Video Toachi CChone 25

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Baba aero de Quito Chacon

Ricardo Boleira? RicSteinbruch vs Equador Impsa licitação CCCC c/ Credito BNDES Assinatura CC2 Impsa Min Energia vs Toachi Agenda Noboa Apoio FR pessoas Tena: Cofig e Gutierrez IMPSA é cair fora c/ fee Toachi -AG tambem participa equity e da garantias -IMPSA tem que garantir financiamento ou sai fora Prog. Casa pop. vs AN Colombia Fundo oil > energia? Calma com lobistas Entender Toachi-Pilaton e DC Rel. c/ Pres Eq Vulcão ANoboa vs eleiçoes Acerto Base, meet AN RV 05 DS Ambiental Occidental Equador vs dif. Brent e pesado Tel IMPSA, Programa c/ fundação Lan Nobis vis. repr. AN? Copia CD > A.Noboa Baba, Palmito, Mat Noboa Emirados novo DC El Salvador cc Baba (visita?) Prog. EAU? Noboa: - manter moça atualizada - Terras p/Bananas - excedente liquidez nos banco - copia apres. BID Gutierrez Negociaç. Protocolo boato Aero Tena, Caos Politico A.Noboa: contribuições. Casas Ganho Uhe Baba Sermos Inversionistas Seg. Empres. - Midia - Politicos

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- concorrentes - hedge > ações sociais/culturais > empresarios/formadores opinião Cuidados imagem divulgação Swiss Panamá Empresario/nossa particip. agroneg.

Algumas das anotações fazem menção ao assunto Angola, seguido de valores destinados a João (6) e Japonês (2), totalizando 8, contudo há uma anotação para “dizer que sabem que foi 12M”, não há outros detalhes que possibilitem identificar os envolvidos e a razão do numerário.

Temos também várias menções a palavra “noboa” , inclusive em uma delas, há menção a “manter a moça atualizada” .

Provavelmente tal termo se referência ao ex-presidente equatoriano Gustavo Noboa, que em 2003, fugiu para a República Dominicana, após ser acusado de cometer ilicitudes na negociação da dívida externa de seu país. Em 2005, retornou ao Equador, após ter seu processo anulado, contudo, novas questões políticas acabaram por colocá-lo em prisão domiciliar, posteriormente revogada.

Ressalte-se que a indicação de que o grupo Odebrecht entrou no mercador equatoriano no ano de 2000, quando Gustavo Noboa exercia o cargo de presidente daquele país.

Consta ainda nas anotações a preocupação com a imagem divulgação Suiça , não ficando claro se tratasse da imagem do grupo Odebrecht ou da pessoa de Marcelo Odebrecht, bem como não há indicação do assunto a ser divulgado.

16) Anotação

Refinaria Equador - PDVSA - Repsol... + 1 DC p/ Mercado Serviços O&G Tena? No guerrilha FARC? Acordo AG UHE Baba. Cuidado "desvio atenção"/ações para Quito-Qyg. Ingresso CC Quito-Gyg? Fdbk PR? Ex. Peru (integra?) Alerta vs ações Caixa C.Chone DC Baba enfatizar Pessoas e Eng salarios Equador S.Bezerra? Meta de desbalanço moeda Petrobras Risco apropriação equalização Quito-Gyg (BNDES vs MDIC)

Estrada Quito-GyG 27

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- swiss challenge - proposta BNDES até 15/09? - Melhor possivel e Sensata ( Petrobras Equador vs MF Ponce III vs HV Cuidados Aero Tena Agenda c/ Noboa? Visita BR recompra divida Equador Aumento receitas locais

@ DGI via subempreteiro - ck procedimentos - quem sabe? Minimizar - priorizar intercompanies

Neste grupo de anotações, temos menção ao termo DGI, contudo, fica nítida a intenção de que o mesmo seja feito através de subempreiteiros, priorizando inter- companhias, tanto que Marcelo Odebrecht anota para checar procedimentos e manifesta preocupação em minimizar a quantidade de pessoas que teriam conhecimento deste assunto.

17) Anotação

Filha? Angola? Acidentes... Investir em Termica/Ven... subs locais camera? apoio midia Eu meet Hipolito PPPs de 2bi? Socio? Acordo PPP Ajuda Memoria FHC Ida Palocci vs experiencia recente PT encontro discreto c/ presidente e outros altos dirigentes ECA Noruega

Eike Batista, Vis Evo salario Argentina Mat. Mercado Cuidado para não inchar antes Projeto "Albanesi" Uruguai vale a pena Evo vs apoio fin. estrada Jintal?

18) Anotação

PRob/HC vs MF Assedio CVRD acerto de ctas com HV/CCCC Siqueiras é com você Motoristas Embasa, Fabio e Lourival

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Claims CVRD? LWeill qd p/ IRSA?

SEM DGI c/ CVRD PSDB vs $ tunel Ver Notas reunião Entender Codeverde - Viabilizar como oportunidade? - Manter CArm. Informado vs Lafico CM: acordo aviões Visita a Carajás DGIs Maranhão: compatibilizar c/02 Emissario Embasa? Papel de Natal? Agenda PS Conversa c/ Leo - Castanhão PLeão vs Porte Transp. SF (equipe?) PPP: prevê remuneração estudos? Sergio Resende?

Mandato segurança PLRs Metro SSA Cuidados DGI CVRD ação recebivel MS? Asses. Severino Estudo Codeverde? Delubio e ag/2006 Irmã Dulce $ aero SSA vs OAS lei licitações BA @ Eixo da Soja BA @ Transposição Rio São Francisco Prep. Agendas $ p/ 2006 (todos partidos) tomar pos. REVAP @ Relação c/ PMSA Estrat. CERB > definir e procurar PS Xingó, Cosil, OAS/CLN Fernando Imbassay > NOJr Como posicionar/Focar PPP & concessões:Portos.. Prog. POS NO Agenda DG/PS Processo Salitre Lei Precatorios/ICMS (mesmo grupo econômico) Relação Bunge Repactuar taxas 2005 OAS vs BA Fissuras/risco Lagoa Real Projetos Parafitas Joaci Goes? Alcantara? Pagamentos OAS (vs terreno) Credito maranhão @ Prop. P/ Transp. Editais cor. MercS @ dívida Constran > AR @ Prog. Ferr (sigilo) @ Precatorio Derba @ CLN @ Proj. CVRD na AS (alum.)

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@ Mapa Portos @ Souto vs Metro (AG) > Nós liderar @ Wilson Andrade @ Xingó, Maranhão e Embasa @ MPerillo @ Carlos Fernando em Codeverde @ Dividas co-irmãos Xingó? @ Meet Perilo? Nota Memória @ EO vs TMS/embasa @ Prazo Termo @ FGTS vs Saneamento: Unibanco...

Neste conjunto temos menção a “claims CRVD” (reivindicações Companhia Vale do Rio Doce), em outra a menção da inexistência de DGI com a CRVD, contudo, não outros detalhes de quais são as reivindicações ou o porquê da inexistência de DGI. Entretanto em anotação posterior, Marcelo Odebrecht se contradiz ao escrever para tomar “cuidados DGI CRV”.

No tocante ao termo DGI, temos a anotação “DGIs Maranhão: compatibilizar c/ 02” , uma possível referência a pagamentos através de caixa 02.

Em outra anotação temos a indicação do partido político PSDB vinculados ao símbolo cifrão e o termo “túnel”.

19) Anotação

@ Agenda LDO para novo presidente @ Meet Pactuação PLR @ Agenda BA @ Redução indireto & seleção equipe - Disponibilidade? - Ñ esconder nos contratos @ Meet Alinh. AG/CCC? @ Agenda P.Souto - estradas Veracell equação - Transporte intermodal - Revitaliz Porto/cidade baixa > JA @ BR 232. Adiantando DGI antes Claim? @ Concentrar, trocar (ex BR 163 apos pontes? e 114?, Metro SSA, Aero SSA) - como nos estruturar p/ isso? BJ? @ Credito Maranhão @ RECEBIVEIS - BA > Reais: Embasa, Criba, Derba. > 63M Surcap.? Acerto Imbassair. Onus fin. 8M Jun prescreve @ %CLN: way-out?

RV RS e promessas p/ JV vs Refs. Imob. Peru vs Juliana Baiardi OII (saneam) vs OEI... BG imob. já Violeta?

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Uma das anotações se referem ao adiantamento de DGI antes da claim (reivindicação) na BR 232. Em pesquisa realizada utilizando-se os nomes Odebrecht e BR 232, encontrou-se uma reportagem veiculada no Jornal do Commercio de Comunicação, com data de 25/04/2015, a qual pode ser acessada através do link http://jc.ne10.uol.com.br/blogs/deolhonotransito/2015/04/21/calvario-da-br-232-mais- perto-do-fim/ .

A reportagem trata dos erros cometidos na duplicação da BR 232, informando que que o governo de ajuizou entre 2008 e 2009, na Justiça Federal, buscando o ressarcimento financeiro e a reparação dos erros, referentes aos lotes 1 (entre Recife e Gravatá, obra executada pelo consórcio Maia Melo / Norberto Odebrecht / Queiroz Galvão / Astep Engenharia) e 2 (entre Gravatá e Caruaru, obra executada pelo consórcio JBR Engenharia / OAS.

Em diversas anotações encontramos a sigla RV, algumas vez de forma isolada, em outras seguidas de outros termos/siglas, pesquisando no material apreendido (em especial os aparelhos celulares) de Marcelo Odbrecht, verifica-se que tal sigla corresponderia ao termo “requisição de valor”, sendo que no caso da anotação “RV RS e promessas p/ JV vs Refs” , teríamos “requisição valor Roberto Simões (Roberto Lopes Pontes Simões) e promessas para João Vaccari versus Refs (este possivelmente abreviatura para refis/refinanciamento)”.

Roberto Simões é diretor presidente da Odebrecht Óleo e Gás (OOG).

20) Anotação

Mgtower vs contrib OMNI MM ODURB Odebrecht Urbanização (embaixo) Nomes, Hab Popular Como expandir SP - Mais gente - Noj estruturar diferente em SP Hab. Popular Marca Apt. JD Bahia Todos Santos estudos viabilidade Andrea vs centro

Lula/Pr. Habit > EO sobrevoar SSA - areas

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Peixes en Sauipe Alquiraz Destinação imóveis? Fdo imóveis? Apoio RSP Posicionamento Revap Ricardo Esp. Santo? Passivo RRego? Cair fora SP Contribuições Lançamento HomeMex, Peval

@ Pgtos por fora Morada? @ Pendencias RV? @ Not. Sauipe & PD COPM @ Parar COOPM?

@ Acompanhamento custos V.Cristais & Brennand @ Prog. Financeira vs Ingressos Morada @ Morada - Lançar já (vs. Eleições) - Aumentar preço - box e pisc. 25m

PS vs ZC Forum CEOs Nicaragua Mital/Johnson Bros Acordo JD estrat. Morgan, etc Minatillan? Honduras? Libia?

Paineis Caribé? CVRD vs Moatize oportunidades na assoc. c/ indianos Intervenção Minatilan. Conversa c/ Rodrigo

Em duas anotações do conjunto acima, temos menção a sigla JD, a qual, em razão de informações já traduzidas anteriormente neste relatório, presume-se indicar a pessoa de Juscelino Antonio Dourado.

Observe-se que as menções falam em “apt” (apartamento) e acordo com o mesmo.

21) Anotação

Insistir c/ RR emb Iraque focar Miel RR? MM? Ineletra Venez vs LT/EA Minatilan agir Aero? Pontes vs relação sócio Quem apoia GN Tunel (tipo RM)

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mudanças DSs DNA JV? Fo Kadafi Arlindo vs Panzetti Moatize: dem. conhecimento Minatilan? Mex vs opções risco/retorno Colômbia?

MIA/SSA - Sister Cities Proj ST&P > Lula? BES/Mota vs holding Turquia vs Guris? Ñ competir recursos -Contratação no US c/passagem BR -Bancos -Bonds -sem prejuizo Ir p/ Louisiana Já PPP -prioridade (DC?, equipe, parceiros) -sul florida ou c/ socio -contrib. RM -Citibank e BES -Ian? Parar LA (abu dabi) Trabalho imagem no BR e ext

@ Monaco @ MM @ Fernando Goes, LP, PauloR @ Checar Nigéria @ Cupula Arabes-Mercosul @ Fernando Goes? @ Metro @ Ingles como lingua @ Pegar jovens AL no US @ Colômbia

Emb? Central Isolux Lula vs 300. Q falo p/ PB vs AM Propaganda Institucional Rombo diamante. Meet 4a?

No conjunto de anotações acima, temos duas menções ao nome Lula, sendo uma dela vinculada ao Projeto ST & P e outra ao numeral 300, seguida do questionamento “q falo p/ PB vs AM” .

Para o projeto ST & P não foram obtidas outras informações, as siglas PB e AM constam do HD ora analisado, sendo a primeira, utilizada para indicar Paulo Bernardo (Paulo Bernardo da Silva), já a segunda indica a pessoa de Aluizio Mercadante (Aloizio Mercadante Oliva).

Assunto: Fw: Reuniao PB De: Marcelo Bahia Odebrecht [email protected] Para: Darci Luz Nadeu [email protected]; Envio: 18/07/2007 07:17:24

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Para Ana imprimir

----- Original Message ----- From: Alexandre Barradas To: Marcelo Bahia Odebrecht Cc: Joao Antonio Pacifico Ferreira Sent: Tue Jul 17 23:36:10 2007 Subject: Reuniao PB

M <> arcelo, Com os problemas ocorridos aqui em São Paulo, Pacifico não consegio chegar a tempo para lhe encaminhar os seus temas prioritarios para a agenda com PB ernardo e me pediu para consolida-los numa agenda em anexo, Alexandre

De: MAURICIO ROBERTO DE CARVALHO FERRO [mailto:[email protected]] Enviada em: quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010 11:17 Para: Darci Luz; Marcelo Bahia Odebrecht Cc: BERNARDO GRADIN; Newton Souza Assunto: Res: Sen. AM Ok por mim

----- Mensagem original ----- De: Darci Luz Para: Marcelo Bahia Odebrecht Cc: MAURICIO ROBERTO DE CARVALHO FERRO; BERNARDO GRADIN; Newton Souza Enviada em: Thu Feb 18 10:57:15 2010 Assunto: Sen. AM

A reunião ficou agendada para o dia 22, segunda-feira, Ã s 09:30, na residência do Senador (Rua Antero Barbosa, nº 41 Alto de Pinheiros (Ref. Praça por do Sol).

-----Mensagem original----- De: Marcelo Bahia Odebrecht Enviada em: quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010 16:03 Para: Darci Luz Cc: '[email protected]'; '[email protected]'; Newton Souza Assunto:

Darci, Veja qd Aluizio Mercadante pode receber eu e MFerro (ideal seria se MF puder dia 22 em SP)

22) Anotação

Dificultar irmãos Proex Angola Nostre Visita Angola Adiantamento Roberto Visita Archer e BV Gouveia vs Angola JLerner? Cimento MV -Petroquimica

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-Parcerias sonda (Bl 3). -NossoSuper - vs compras? - argumentos - oculto - Kopelipa -A&A -Calcario conversa com ASerrentino trab. s/ visto? JMario/CMF Aportes/div SDM e operação LC Lula vs Angola vs alcool % SDM p/ PR Klink? Banco FESA

Pres.JES Aproximar-se de Emanuela vs meu avô. açucar/alcool > DR Supermercado como está Tranquilizou o PR? Cimento (VC, BPN...)

Estratégia Palocci (LC e Beto) Abel. Porto de Angola Greve?

Marisa e Riachuelo Agenda Lula (visita alcool) Mariani vs Angola ok? Motivar Bueno Pessoal vs EB ida 15/6 Kilink vs votorantim? Casa EB Atlant. Sul Bloquear parceiros (Genesio) - conflito interesse vis-a-vis escasses Riachuelo

Neste conjunto, temos menção ao nome SDM , provável referência a Sociedade de Desenvolvimento Mineiro , parceria autoriza por decreto presidencial do governo de Angola entre a Odebrecht Mining Services e a Endiama.

Interessante que este conjunto de anotações mencionam a sigla LC (utilizada por Marcelo para identificar Luciano Galvão Coutinho, presidente do BNDES de 01/05/2007 a 16/05/2016); Lula, Angola e álcool e ainda faz menção a porcentagem da SDM para PR (tal sigla é utilizada por Marcelo Odebrecht como abreviatura da palavra “presidente”).

Na sequência temos a anotação “Pres. JES” , indicando o presidente da Angola, Jose Eduardo dos Santos, no poder desde 1979.

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Diante da menção do nome de dois presidentes, não fica claro se a porcentagem da SDM seria para Lula ou José Eduardo.

Abaixo, segue reportagem veiculada no seguinte endereço eletrônico - http://apublica.org/2016/02/em-angola-a-odebrecht-no-espelho/ , datada de 22/02/2016, cujo tema é a relação da Odebrecht com o governo angolano.

Em Angola, a Odebrecht no espelho

Como a empreiteira brasileira tornou-se sustentáculo do regime autoritário de José Eduardo dos Santos

por Eliza Capai, Natalia Viana | 22 de fevereiro de 2016

Do seu amplo escritório no oitavo andar do prédio que sedia a operação da Odebrecht em Angola, Antônio Carlos Dahia Blando observa, numa manhã de setembro de 2015, as avenidas circulares do bairro de Talatona, a zona sul de Luanda, apinhada de Toyotas 4×4 prateados que margeiam os prédios de luxo, envidraçados, ao lado dos quais um exército de gruas anuncia os empreendimentos que estão por vir. “Luanda Sul é nossa criação”, diz. Pouco antes, ao chegar ao local, o executivo solta galanteios a todas as funcionárias – faz piadinhas, beija as mãos da secretária, faz questão de tomar os braços da jornalista – enquanto avisa: “Tenho que sair às 11h30, reunião com o ministro da Administração do Território. Um homem muito bom, muito capaz mesmo”.

Dahia, superintendente da gigante brasileira em Angola, é um homem moreno, de óculos, com um sorriso suave que encarna o “espírito de servir”, mandamento número um da companhia que tem no país africano sua segunda maior operação fora do Brasil. O mandamento, ali, significa servir bem o seu principal cliente, o governo do presidente José Eduardo dos Santos, no poder há 36 anos. Segundo maior exportador de petróleo da África, Angola é tido como um dos países mais corruptos do mundo, tem quase 36% da população vivendo abaixo da linha da pobreza, e possui a pior taxa de mortalidade infantil, ao mesmo tempo que a filha primogênita do presidente, Isabel dos Santos, é celebrada como a mulher mais rica do continente. No país desde 1984, ano em que assinou o contrato para construir a hidrelétrica de Capanda, a Odebrecht conquistou uma invejável fidelidade do Estado angolano. Construiu muitas das principais obras estratégicas depois da independência e é, ainda hoje, a maior empregadora privada do país, com 12 mil funcionários, além de 5 mil subcontratados, segundo seu relatório anual. Em 2014, US$ 1 em cada US$ 10 dólares gastos pelo governo em infraestrutura foi parar nos bolsos da Odebrecht. “Ano passado o governo angolano investiu US$ 15 bilhões em infraestrutura. A gente teve uma atuação importante: US$ 1,5 bilhão é um número significativo, basicamente em função de projetos grandes como Cambambe, Laúca e a refinaria de Lobito”, detalha Dahia.

Cambambe é a segunda maior hidrelétrica do país, em processo de renovação e ampliação. A refinaria de Lobito traz a promessa de finalmente Angola produzir derivados do petróleo em vez de apenas exportar o óleo cru. Laúca é a cereja do bolo: maior obra de construção civil no país, promete dobrar a capacidade de fornecimento de energia. Hoje, apenas 30% da população tem luz, e mesmo assim recalcitrante, obrigando quase toda a economia a rodar à base de geradores. “A gente cresceu cerca de 30%, 35% graças aos empreendimentos da área de energia”, diz Dahia. “Mas nesses 30 anos foram os pequenos projetos onde colocamos a bandeira Odebrecht, Odebrecht, Odebrecht que fizeram a nossa história.”

Essas “bandeiras” estão por toda parte. Os varredores das ruas do bairro da Maianga, no centro de Luanda, trazem uniformes laranja com o logotipo da Odebrecht. Nos outdoors por toda a cidade, o logo ilustra anúncios de condomínios de luxo onde uma casa pode custar US$ 3 milhões para os filhos da pequena elite e diretores de multinacionais estrangeiras. Na baía de Luanda, diante das demolições de antigas favelas, ou musseques, lá está de novo a placa da Odebrecht, contratada para construir a nova avenida Marginal. Aliás, boa parte da capital foi erguida por ela: construiu as principais estradas de Luanda – Via Expressa, Estrada do Samba, autoestrada periférica – e fez o parco sistema de saneamento e distribuição de água. A rede de supermercados Nosso Super, espalhada por todo o país, é sua concessão. Ela é uma das donas da maior operação diamantífera angolana, a quarta maior mina

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MJ – SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL POLÍCIA FEDERAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ GT OPERAÇÃO LAVA JATO de diamante kimberlito do mundo. É dela o único açúcar fabricado no país – da marca “Kapanda”, embalado em saquinhos brancos e vermelhos, produto da usina Biocom, uma sociedade com a estatal Sonangol e um influente general.

Dahia despede-se da reportagem lendo com candura um trecho da TEO, Tecnologia Empresarial Odebrecht, livro escrito pelo patriarca Norberto Odebrecht no século passado, a bíblia do núcleo duro do conglomerado empresarial, que ele guarda num armário do escritório, com anotações nos cantinhos das páginas. Em três volumes, a TEO versa sobre “a tarefa empresarial de identificar, conquistar, satisfazer o cliente e com este criar laços duradouros” e ensina: “O ato mais nobre de um Ser Humano é servir a seu semelhante”.

Todo ano o patrono Emílio Odebrecht se reúne com o presidente angolano no palácio, em Luanda, por cerca de duas horas para prestar contas sobre os negócios em andamento. Suas declarações à saída são assunto de manchete dos veículos oficiais. “Uma vez ao ano nos encontramos com o Presidente da República, para o ponto de situação das metas traçadas no ano anterior e perspectivar os próximos 12 meses”, afirmou ao portal Angop em setembro de 2014.

A Odebrecht integra também a Assembleia Geral e o Conselho Fiscal da Fundação Eduardo dos Santos, a Fesa, a maior ONG de Angola, fundada pelo mandatário com a missão de consolidar o progresso social, cultural e científico. Além da companhia brasileira, o conselho fiscal da fundação é integrado por três estatais angolanas e a petrolífera Texaco, entre outras. “Não vemos conflito de interesses, tendo em vista que a Fesa é uma instituição sem fins lucrativos voltada para o desenvolvimento do povo angolano, sob diversas vertentes, e que não está subordinada ao governo”, diz a empresa.

A parceria de longa data rendeu uma homenagem inesperada em meados de 2013, quando o reservado presidente, na sua primeira entrevista em 22 anos, citou uma – apenas uma – empresa: a Odebrecht. “De Angola saíram muitos escravos que foram enviados para o Brasil, portanto, há uma participação angolana na formação da nação brasileira. Há afinidades de vário tipo, por conseguinte há relações pessoais entre os dois países. Por isso as relações são de forte amizade, de alguma cumplicidade. E são relações econômicas que se estendem em várias áreas de atividade. Estão aqui empresas fortes, como sublinhou, como é o caso da Odebrecht, desde os tempos mais difíceis da guerra e que tem dado uma contribuição enorme no processo de construção de Angola. Participou no grande esforço de reconstrução nacional e agora tem procurado reinvestir parte do que ganha cá para realizar vários negócios que são úteis, naturalmente, para Angola.” O estatal Jornal de Angola, único diário do país, em sua versão impressa suprimiu a menção “relações pessoais” e “alguma cumplicidade”.

Alguma cumplicidade

“O dia foi de festa em Capanda. Nessa época do ano, ao amanhecer uma espécie de névoa encobre a barragem e as águas revoltas do rio Kwanza e cria uma atmosfera de sonho. Os que se tinham empenhado com teimosia para a realização daquele projeto faziam contas à vida e não despregavam a vista do local. Angola estava finalmente em paz e havia a perspectiva de desenvolvimento com disponibilidade de energia.” Assim o vistoso livro publicado pela Odebrecht em celebração dos 25 anos no país descreveu o enchimento do reservatório da hidrelétrica de Capanda em 2002. As cerimônias não acabaram aí; em 2005, duramente os eventos de celebração de 30 anos desde a independência, José Eduardo dos Santos e diversos ministros inauguraram a primeira fase da barragem da hidrelétrica. Cinco anos depois, em 2010, o presidente voltou para inaugurar o arranque das primeiras turbinas.

A promessa, como já se viu, não se concretizou: mais de dois terços da população angolana seguem sem luz. Mas a história de Capanda, primeira grande obra da empreiteira no país, ainda hoje é recontada em tons épicos na literatura institucional da Odebrecht.

Para ganhar o contrato, a empresa contou com apoio da ditadura brasileira durante os governos dos generais Ernesto Geisel e João Batista Figueiredo. “É uma empreiteira brasileira que cresceu na ditadura. O grande salto da Odebrecht foi início da década de 1970, durante o governo Geisel”, explica o historiador Pedro Campos, autor do livro Estranhas catedrais – As empreiteiras brasileiras e a ditadura civil-militar. Ele mostra que a construção das usinas nucleares de Angra valeu à Odebrecht a confiança dos generais. “São obras do escopo da segurança nacional, contratos que os militares não deixariam para qualquer um. Era a empresa em que os militares confiavam para fazer isso.”

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Em 1975, o governo Geisel havia sido o primeiro a reconhecer a independência de Angola. Ao mesmo tempo, a Odebrecht começava a se internacionalizar, a partir de um contrato no Peru. Mas Capanda foi um salto e tanto: para viabilizá-la, a Odebrecht literalmente convenceu o governo ditatorial a financiar a operação.

“A superação da questão do financiamento da obra foi alcançada quando Marc Altit, que atuava como diretor de desenvolvimento de negócios na área internacional da Odebrecht, estruturou um contrato inovador, com muitas variáveis e um mecanismo de garantia: o petróleo produzido em Angola. A ideia foi apresentada ao governo brasileiro, que, embora resistisse à novidade, via com bons olhos a perspectiva de contar com uma fonte fiável de petróleo numa fase em que os preços internacionais estavam elevados e havia grande disputa pelo produto”, relata Luiz Almeida, que na época era vice- presidente de Desenvolvimento Internacional da Odebrecht, em uma publicação institucional. O atual membro do Conselho de Administração prossegue: “Em abril de 1983, o ministro Delfim – o mais importante membro da comitiva do presidente do Brasil, João Batista Figueiredo, em visita oficial ao México – fez a gentileza de me receber no hotel em que estava hospedado, em Cancún, e afirmou que, ao regressar ao Brasil, formalizaria a autorização para a operação de crédito para Capanda, a ser compensado com barter de petróleo angolano para a Petrobras.” Segundo a tese de doutorado de Joveta José, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a linha de crédito brasileira para a construção de Capanda acabou absorvendo recursos superiores a US$ 1,5 bilhão. Outros contratos semelhantes haviam sido estruturados pela ditadura no Iraque. O país enviava petróleo e recebia em troca obras de infraestrutura.

Do lado de lá, a Odebrecht convenceu o governo angolano de que seria mais proveitoso construir uma nova hidrelétrica do que ampliar a de Cambambe, já em funcionamento. “Trabalhamos para mostrar ao governo angolano que o investimento prioritário deveria ser em Capanda. Quando a decisão foi tomada, fui convidado ao gabinete do ministro do Plano, Lopo do Nascimento, que me deu pessoalmente a notícia de que Capanda tinha sido colocada como prioridade, porque fora convencido por nossos argumentos”, descreve Luiz Almeida. Outro argumento irrecusável era a oferta do governo russo de financiar os serviços e o equipamento enviado pela empresa estatal Technoexport, que já era sócia da Odebrecht no Peru. Faltava ainda algo essencial: construir o próprio cliente. Luiz relata ter convencido o ministro de Energia e Petróleos a estabelecer uma autarquia estatal para ser responsável pela obra. E facilitou um convênio com a estatal Furnas para auxiliar tecnicamente na implementação da nova entidade, o Gamek – Gabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza.

Angola estava, àquela altura, em meio a uma guerra civil em que diferentes guerrilhas disputavam o controle do território. A Unita, apoiada pelas forças do governo do apartheid, na África do Sul, e pelos Estados Unidos, controlava parte do leste do país, enquanto o governo marxista do MPLA tinha controle sobre a capital, Luanda, com apoio cubano. Uma empreitada no interior do país só seria possível com amplo apoio do lado que seria o vencedor militar da guerra. “Autorizado por Emílio Odebrecht, liguei para o coronel António dos Santos França N’Dalu, então chefe do Estado-Maior das Fapla [Forças Armadas Populares de Libertação de Angola], amigo com quem eu compartilhava conversas e histórias”, prossegue o relato de Luiz Almeida. N’Dalu se tornaria o “general dos generais”, servindo duas vezes como vice-ministro da Defesa.

“Após um breve silêncio, o coronel N’Dalu afirmou que implementaria as medidas necessárias para a segurança da construção da usina. E assim, finalmente, chegamos a Capanda”, descreve Luiz Almeida. N’Dalu estabeleceu um gabinete militar comandado pelo capitão Jorge Silva “Sapo”, membro do Estado- Maior da Frente Centro da Fapla. Com a nova posição estratégica, “Sapo” foi promovido a major.

Capanda era alvo estratégico na guerra e chegou a ser interrompida duas vezes. Em novembro de 1992, foi ocupada por tropas da Unita. Oito funcionários foram sequestrados, e as negociações para a soltura foram encabeçadas pelo próprio Emílio Odebrecht, com apoio da Cruz Vermelha e de dois aviões Hércules C-130 das Forças Armadas Brasileiras.

Em 1997, as equipes da Odebrecht voltaram à área para recuperar o estaleiro. Em 1999 a obra foi novamente interrompida por causa de bombardeios. Retomadas em 2000, culminaram com o enchimento do reservatório em 2002, no fim da guerra civil. No meio tempo, Jorge Silva “Sapo” tornou- se ainda mais que um aliado da Odebrecht – em, 1992 o angolano ingressou nos quadros da Odebrecht

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MJ – SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL POLÍCIA FEDERAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ GT OPERAÇÃO LAVA JATO e foi enviado para Cuba, para trabalhar num posto de confiança junto ao Superintendente da empresa no país.

Na guerra pelos diamantes

Quatro anos depois do início das obras de construção de Capanda, a Odebrecht iniciava seu segundo negócio no país, em uma indústria que a empresa até hoje opera só em Angola – a exploração de diamantes. Os episódios dessa atuação merecem bem menos destaque na propaganda institucional, mas permitem entender a profunda conexão da empresa brasileira com o alto escalão e o generalato angolanos.

Um dos poucos relatos foi dado por Paulo Lacerda, diretor da Odebrecht em Angola entre 1988 e 1992: “Com o objetivo de ampliar a geração de divisas para Angola, apresentamos à Endiama [estatal diamantífera] o projeto de Luzamba, para exploração de minas de diamantes na Lunda Norte, contrato que foi assinado em abril de 1991. Após 16 meses, em agosto de 1992, a produção de Luzamba duplicou a exportação de diamantes de Angola”, diz.

A operação durou apenas 15 meses, até ser alvo da Unita. Numa área de 3 quilômetros no rio Cuango, era a maior unidade de produção de diamantes do país, mostrando-se importante fonte de divisas durante a guerra civil – e marcando de vez a empresa brasileira como não apenas parceira do governo, mas parte interessada na guerra.

Na mesma época, relata Renato Baiardi, um executivo antigo, de confiança da família Odebrecht, que hoje é membro do Conselho de Administração. “Quando o conflito foi retomado em 1992, perguntei às autoridades locais como poderíamos apoiá-los. Eles pediram que enviássemos com urgência alimentos para a tropa e a população, especialmente de Luanda. Contratamos, então, um Boeing 747 nos Estados Unidos, que pousou em Luanda, carregado de alimentos, para atender ao pedido”, diz ele. “Esse caso é útil para demonstrar que nosso relacionamento com Angola extrapola qualquer outro, o que nos faz comprometidos e nos leva também a investir no país.”

O controle das áreas diamantíferas pela Unita, após a expulsão dos brasileiros, foi o que deu sobrevida à guerra civil angolana após a derrota do regime do apartheid. Expulsa de Luzamba, no final daquele mesmo ano, a Odebrecht entrou definitivamente no ramo diamantífero ao assinar em 1993 o contrato para a implantação da mina de Catoca, em outra região, na Lunda Sul, da qual participa até hoje, com 16,4%, em sociedade com a Endiama, o grupo estatal russo Alrosa e o grupo israelense Lev Leviev. Catoca, hoje, é o primeiro kimberlito em exploração em Angola e a quarta maior mina de diamantes desse tipo do mundo. Segundo relatório de 2014, Catoca vendeu 82 milhões de quilates, respondendo por 84,7% do volume de produção em Angola, e teve um lucro líquido de US$ 126 milhões.

Segundo o pesquisador Mathias Alencastro, autor da tese de doutorado A política do diamante na periferia de Angola, da Universidade de Oxford, a entrada da Odebrecht na mina de Catoca obedecia a uma demanda estratégica do MPLA. “Era uma região tomada por produção artesanal, porque Catoca tinha a particularidade de os diamantes estarem muito perto da superfície. O MPLA precisava de uma empresa que fosse o braço industrial do Exército. O que eles criaram ali é um mecanismo de governança do território que passava pelo controle da mina de diamantes. Basicamente o MPLA angolano privatizou para a Odebrecht a responsabilidade de reconstruir o Estado nessa região.”

Para Mathias, a entrada no ramo dos diamantes foi fundamental para a trajetória da empreiteira. “A Odebrecht no final da guerra civil era considerada uma ‘muleta’ do Estado. Isso se deve essencialmente a dois grandes, digamos, sacrifícios, que foram Capanda e Catoca. Esse legado de legitimação do Estado angolano no momento em que ele era considerado por investidores internacionais não só marxista-leninista, mas beligerante, é muito mais importante do que o legado industrial da Odebrecht.”

Se há poucas informações sobre a atuação da Odebrecht em Catoca, ainda menos se sabe sobre outra parceria com a Mapa Lunda NorteEndiama, a Sociedade de Desenvolvimento Mineiro de Angola (SDM), instituída por decreto presidencial em 25 de agosto de 1995 (Baixe aqui o decreto e a ata de constrituição da SDM: Página 1, 2 e 3), numa divisão de 50% para cada empresa – a Odebrecht investiu US$ 20 milhões na época. A SDM assumiu as antigas operações de Luzamba abandonadas em 1992, na região

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MJ – SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL POLÍCIA FEDERAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ GT OPERAÇÃO LAVA JATO de Lunda Norte. A área, de cerca de 3 mil km2, foi durante anos o segundo maior produtor de diamantes de Angola.

A partir de 2006, violações brutais de direitos humanos na área administrada pela SDM foram sistematicamente denunciadas pelo jornalista investigativo angolano Rafael Marques. Um de seus relatórios, “Operação Kissonde”, relata como, em fevereiro de 2005, empresas privadas de segurança assumiram a responsabilidade de combater o garimpo ilegal no Cuango. A empresa Alpha-5, então contratada pela SDM, controlava a sede municipal, punindo de maneira perversa quaisquer garimpeiros artesanais que encontrasse. “No caso particular da Alfa-5, documentam-se vários casos em que as vítimas são obrigadas a ter relações homossexuais entre si, tendo chegado ao extremo de se forçar um genro a violar o seu sogro”, diz o relatório (baixe a íntegra aqui). Todas as violações são identificadas com data, local e nome das vítimas e testemunhas. Os relatos são assombrosos. Algumas vítimas contam ter sido obrigadas a trabalhar nuas dentro da sede da empresa mineira da Odebrecht. Outras mencionaram ter sido obrigadas a fazer sexo entre si por “33 efetivos da Alfa-5, 7 soldados das Forças Armadas e 5 elementos da Segurança Industrial da SDM”. A Alpha-5, na época, mantinha um posto de controle dentro da sede da SDM.

A Odebrecht negou veementemente as denúncias. “Em relação às operações da empresa mineira SDM na região do Cuango, na província de Lunda Norte, é necessário mencionar que nem a SDM nem a Odebrecht têm nenhum registro da ocorrência de situações descritas como ‘violações de direitos humanos’ no relatório”, afirmou em comunicado o então superintendente em Angola, Luiz Mameri. Questionada pela Pública sobre a sociedade, a Odebrecht afirmou que a sociedade ainda existe, mas está inativa há cinco anos. Em 2006, a mina se exauriu. Ninguém foi punido pelos abusos de direitos humanos registrados.

Em outro investimento diamantífero que figura em passant na literatura institucional da Odebrecht, a empresa brasileira manteve sociedade com dois filhos do presidente angolano – Welwitschea José dos Santos, a Tchizé, e José Eduardo Paulino dos Santos, o cantor Córeon Dú – e um genro, conforme comprovam registros do Diário da República (baixe aqui, em PDF) e do registro da empresa (baixe aqui) obtidos pela Pública. A lei angolana estabelece que toda empresa estrangeira tem que ter um sócio nacional. Aprovado por decreto presidencial em 27 de maio de 2005, o Consórcio Muanga era uma sociedade entre a Endiama (51%), a Odebrecht Mining Services (19%), a SDM (20%) e a Di Oro Sociedade de Negócios Limitada (10%), dos filhos de José Eduardo dos Santos. A empresa, que antes era do ramo de “alta-costura”, adaptou-se para a assinatura do contrato, que previa um investimento mínimo de US$ 10 milhões das duas empresas da Odebrecht, que assumiram “inteiramente o investimento por sua conta e risco”. Em 2010, o consórcio recebeu, por decreto presidencial, mais dois anos para operar a mina. A produção de diamante aluvião, que chegou a ser anunciada para 2006, nunca se concretizou, segundo a Odebrecht. Procurada pela reportagem, a empresa negou a sociedade: “A Odebrecht não é, nem nunca foi, sócia dos filhos do Presidente da República de Angola. As campanhas de pesquisa diamantífera realizadas no Projeto Muanga demonstraram a sua inviabilidade económica e a concessão não foi desenvolvida”, escreveu a assessoria de comunicação.

“Os generais, hoje, são milionários. E eles entraram nos negócios através do petróleo e dos diamantes. As empresas privadas que operavam nas Lundas eram dos generais. Foi uma privatização da segurança do Estado”, explica Mathias Alencastro.

É o caso do general António dos Santos França N’Dalu, o “general dos generais”, antigo conhecido da direção da Odebrecht, que, depois de ter servido como embaixador nos Estados Unidos, virou homem de negócios, atuando, em especial, no ramo de diamantes. Desde 2005, N’Dalu é o presidente não executivo da operação angolana da De Beers, a maior empresa diamantífera do mundo. É um dos sócios da empresa de segurança Teleservice (10% das ações) com outros generais, empresa acusada de violações de direitos humanos na região das Lundas. A Teleservice chegou a ser contratada pela Odebrecht para fazer a segurança patrimonial durante a construção de um condomínio em Luanda, o Kizomba, para a petrolífera Esso em 2012.

Angola é o quinto produtor mundial de diamantes, gerando 8% da produção mundial. Em 2014, a produção chegou a 8,6 milhões de quilates, alcançando um total de US$ 1,2 bilhão, segundo o Ministério da Geologia e Minas. Os diamantes são o segundo maior produto de exportação, atrás do petróleo com larga distância.

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Depois de ter anunciado a intenção de se afastar do setor diamantífero, no fim da década passada, a Odebrecht abriu uma nova sociedade com a Endiama para explorar a mina de diamantes do Luaxe, na região de Lunda Sul, que pode duplicar a produção nacional. A Odebrecht tem 7,5% das ações. Luaxe, considerada a maior mina de kimberlito do mundo, fica a apenas 20 quilômetros de Catoca.

De mãos dadas com o Estado

Depois de anos estudando o comportamento das construtoras brasileiras durante a ditadura e o seu processo de internacionalização, o historiador Pedro Campos chegou à seguinte conclusão: “São empresas que vivem da relação com o Estado”. Para ele, a principal vantagem da Odebrecht não é a qualidade da sua engenharia. Longe disso. “A marca da Odebrecht não é essa. É ser uma potência política. Ela sabe desenvolver relações com o aparelho do Estado e ser atuante em muitas frentes – como é o caso com as Forças Armadas, Congresso, partido. A expertise está mais nisso”, diz.

Em uma economia como a angolana, controlada por um Estado autoritário, a Odebrecht tem uma trajetória comum às maiores empresas internacionais que passa, necessariamente, por uma profunda aliança com as elites. “Em Angola, se uma companhia se torna íntima do poder, vai ter acesso a praticamente qualquer oportunidade que apareça”, explica o pesquisador português Ricardo Soares de Oliveira, professor da Universidade de Oxford, na Inglaterra. “Podem ser oportunidades da sua área de especialização inicial, por exemplo, a construção civil, mas podem ser diamantes, podem ser restaurantes, podem ser hotéis, pode ser import/export, pode ser agricultura, pode ser o que for”, diz o autor, que dedicou os últimos dez anos a entender a dinâmica econômica do país após o fim da guerra civil.

Esse modus operandi não ocorre por acaso. O autor do aclamado livro Magnífica e miserável: Angola desde a guerra civil vê uma estratégia planejada de concentração de poder pelo presidente José Eduardo dos Santos dentro de um estado autoritário que lhe rendeu um controle sem paralelo na África. “A economia política da reconstrução gerou muitas oportunidades, muitos contratos, e esses contratos foram adquiridos por pessoas próximas do poder. É claro que a Odebrecht, sendo uma presença já muito antiga no país, e tendo uma relação particularmente privilegiada com o palácio presidencial, teve acesso a essas oportunidades a uma escala muito diferente de outros operadores em Angola.” Talvez o mais cristalino resumo sobre como funciona a economia angolana venha de uma descrição da ex-embaixadora brasileira Ana Lucy Cabral Petersen. Ao detalhar as oportunidades para empresários brasileiros, ela escreveu em um despacho diplomático de 13 de março de 2011: “Boas conexões e parceiros locais influentes são fundamentais para a concretização de investimentos em Angola. Sócios locais estratégicos, como a Sonangol, ex-ministros, generais e empresários próximos ao Presidente, facilitam a aprovação de projetos e dirimem entraves burocráticos. Bons contatos na Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP), que dá o aval a grandes projetos de investimento, são também fundamentais”.

As ligações da Odebrecht em Angola

Para a pesquisadora Anna Saggioro, do Laboratório Interdisciplinar de Estudos em Relações Internacionais (Lieri), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, é impossível dissociar o poder do presidente com o poder da Odebrecht. “A gente vê o grau de autoritarismo do governo angolano, e a gente não pode escolar a Odebrecht desse autoritarismo. A Odebrecht atua junto com o governo angolano em uma série de empreendimentos e também nas suas ligações internas. Não podemos simplesmente dizer que é apenas uma empresa que segue as regras”, avalia.

Ricardo Soares diz que, como pesquisador, é muito difícil analisar a atuação da Odebrecht no país, pois há pouca informação e transparência. “As especulações sobre a relação da Odebrecht com a elite angolana são inteiramente legítimas. Se a Odebrecht está preocupada com a sua reputação, só tem que clarificar a natureza dessas relações. Até que ponto eles são lucrativos, qual é a lógica desses projetos? Por exemplo, eu gostava que a Odebrecht colocasse disponível uma lista exaustiva de seus negócios. Tenho uma lista de exemplos, e não há mês que passe que não venham dizer que a Odebrecht está, afinal, metida aqui ou ali.”

Um país em obras

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De fato, são tantos os contratos e investimentos públicos e privados que é muito difícil obter uma lista completa dos empreendimentos da Odebrecht em Angola, ou avaliar os lucros auferidos ao longo de tantos anos. A reportagem pediu essa listagem, mas não foi atendida. A receita total da empresa no país não consta do seu relatório anual 2014, diferentemente do valor gasto com projetos sociais e ambientais, nitidamente visível: US$ 17 milhões em 2014. O que consta, ali, é apenas o “valor econômico distribuído” – impostos, salários, pagamento de fornecedores, investimentos na comunidade, custos operacionais e de financiamentos – no total de US$ 1.851.780.000. À Pública, a assessoria de comunicação da Odebrecht afirmou que a receita foi da ordem de US$ 1,8 bilhão. Ou seja, nenhum lucro. Sobre esse questionamento, a empresa retrucou: “A conclusão não é correta. A Odebrecht teve lucro em Angola e tem todas as suas contas auditadas por auditor independente. Como se sabe, as operações da Odebrecht em Angola são executadas por companhia de capital fechado e não está sujeita à obrigação de publicar as suas contas. De qualquer forma, as contas consolidadas do negócio de Engenharia e Construção da Odebrecht são disponibilizadas para os seus stakeholders”.

Ao longo de meses de pesquisa, a Pública elaborou uma lista extensa – porém provavelmente não exaustiva – dos contratos e investimentos da empresa brasileira ao longo de 32 anos em Angola. Veja na linha do tempo:

Entre as obras, há diversos “elefantes brancos”, imensas construções que não geraram a prometida riqueza às suas populações. Para o pesquisador Mathias Alencastro, a multiplicação de projetos da Odebrecht em Angola cumpre um papel estratégico. “Ela cria a sensação de um movimento de reconstrução permanente, de que o país está mudando, que é a grande retórica que o MPLA criou para sufocar as contestações, legitimando seu poder autoritário. O que importa é que os projetos sejam anunciados, não que sejam bem-sucedidos”, analisa.

Em 2006, a Odebrecht aceitou mais um pedido presidencial ao entrar em uma nova área de negócios: supermercados. Inicialmente, o contrato cobria a construção e implementação da Rede Nosso Super, com 32 lojas em todas as províncias do país e dois centros de distribuição e logística. O objetivo era nobre: prevista para ser operada pelo Estado angolano, a rede deveria absorver a produção local de camponeses. Não foi o que ocorreu. Executado ao abrigo do Programa de Reestruturação do Sistema de Logística e Distribuição (Presild), com assessoria da Odebrecht, a rede acabou entrando em crise por má gestão, sofrendo desabastecimento, com boatos de falência, e suas lojas foram fechadas no fim de 2011. O programa, da forma como estava concebido, não era sustentável, pois tinha custos bastante elevados, reconheceu a ministra do Comércio, Idalina Valente. Seis anos depois de ter entregado as lojas ao governo, a Odebrecht recebeu a concessão de exploração da rede, na qual grande parte dos produtos é importada. Segundo reportagem do jornal O País, há incapacidade de fornecimento de produtos nacionais. “O abastecimento tem sido débil. Temos recebido produtos, uma vez ou outra. No Nosso Super sempre foi assim. O fornecimento e o abastecimento continuam a ser os mesmos. Nada mudou. Só subiram os preços”, informou ao jornal uma funcionária do Nosso Super.

Outro exemplo de investimento frustrado é o aeroporto internacional de Catumbela, na província de Benguela, oeste do país, que fica a apenas 20 quilômetros de outro aeroporto, o 17 de Setembro, este encravado na zona mais elevada da cidade. O aeroporto “internacional” foi inaugurado em 27 de agosto de 2012 com fanfarra: o próprio presidente foi ao local para o evento, realizado a quatro dias das eleições presidenciais. Ambicioso, o projeto previa colocar Benguela no mapa internacional, com rotas de voo de diversos países e capacidade para atender mais de 900 pessoas por hora. O investimento total, segundo o site Rede Angola, foi de US$ 250 milhões – metade garantido via empréstimo do BNDES. Mas, dois anos depois da inauguração, faltavam ainda o terminal de carga, instalações para alfândega e montagem de equipamentos. Por isso, até hoje a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) não certificou o aeroporto. Hoje, atende apenas voos domésticos para Luanda. “Não temos voos suficientes para aproveitar o potencial que existe na província de Benguela”, reconheceu o ministro de Transportes no ano passado. O outro aeroporto, que antes atendia vôos nacionais, hoje só abre alguns dias da semana e é usado por autoridades e vôos privados.

Uma obra contratada para revolucionar a baía de Luanda – a Marginal Sudoeste – também está parada. O primeiro projeto, a construção de pontes para permitir a construção da marginal (baixe aqui o decreto presidencial), recebeu financiamento de R$ 21 milhões do BNDES. Mas a marginal, em si, nunca saiu do papel. Hoje, o trecho reservado a ela, de 8 quilômetros entre a praia do Bispo e o largo da Corimba,

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MJ – SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL POLÍCIA FEDERAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ GT OPERAÇÃO LAVA JATO na baía da capital angolana, parece um cenário apocalíptico: onde antes havia um musseque com milhares de pessoas, o bairro da Chicala, sobraram destroços das casas, derrubadas violentamente por tratores por noites a fio; sobre elas, alguns antigos moradores fizeram barraquinhas para vender comida e refrigerantes.

“A construção da Via Marginal Sudoeste foi dividida em duas etapas. A primeira, objeto do financiamento citado, foi concluída em agosto de 2012. A Construtora Norberto Odebrecht também foi contratada para execução da segunda etapa do empreendimento, que contempla os trabalhos de aterro hidráulico, proteção costeira, pavimentação, iluminação pública e outros. Esta etapa ainda não foi iniciada”, explicou por e-mail o coordenador de sustentabilidade da Odebrecht, Paulo Campos.

Foi Paulo, um elegante e gentil executivo carioca, quem ciceroneou a reportagem durante uma viagem de quatro dias, em setembro do ano passado, à maior zona contínua de atuação da empresa no país, às margens do caudaloso rio Kwanza. Um verdadeiro mergulho no coração da Odebrecht em Angola. Passeio no rio da Odebrecht

O carro 4×4, cinza-chumbo, chega antes das 6 horas da manhã. A saída de Talatona, cujo traçado urbano é composto de longos desvios nas suas avenidas de mão única, não ajuda. Antes de conseguirmos sair de Luanda, engarrafamento, caos, atropelamento – passa pelo menos uma hora. Aos poucos, a paisagem se transforma, os musseques, candongueiros (vans) e zungueiras (mulheres que vendem verduras nas bacias que trazem à cabeça) vão dando lugar a terrenos secos, repletos de embondeiros, ou baobás, árvore-símbolo de Angola.

Chegar à província de Malanje, onde corre o médio Kwanza, a bordo de um carro da Odebrecht significa a certeza de acesso não só aos canteiros de obras como às comunidades nas redondezas. Acesso que parece fechado para todos aqueles que não contam com tal sorte. E não é que a reportagem não tenha tentado. “Não temos nenhum trabalho nas comunidades afetadas”, explicou-me por telefone a representante da ONG Adra – Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente, que defende direitos dos camponeses. “Mas apresentamos um projeto para a Odebrecht e, quem sabe, vamos começar em breve um trabalho lá.” No mesmo dia, um jornalista local desculpou-se por não poder nos levar até as comunidades: apenas visitas registradas e autorizadas pelo governo podem circular livremente. A estrada é errática: no começo, uma pista foi desativada pela construtora chinesa, enquanto as duas mãos dividem um espaço exíguo. De repente, o asfalto acaba. “A empresa que ia construir faliu”, explica o motorista Frederico Huambo, que viaja toda semana diversas vezes para o leva e traz da Odebrecht. O asfalto volta no último terço, construído pela Odebrecht.

Chegando à usina de Cambambe, um vistoso paredão marca a última etapa da reabilitação, com elevação de 30

A obra promete aumentar em dez vezes a capacidade da usina, construída pelos portugueses na época colonial, chegando a uma potência máxima de 960 MW de energia.

Somos recebidas com um farto café da manhã no restaurante VIP da obra. Lá fora, um belo deque de madeira dá vista para o reservatório e a parte de trás do vertedouro. O consórcio liderado pela Odebrecht, junto às empresas Voith, Alstom e Engevix, recebeu o maior desembolso feito até agora pelo BNDES para Angola: US$ 464,4 milhões. De repente, nos apressam: “Precisamos ir, temos muito o que ver”. Ao nos aproximarmos de um edifício branco, alguém comenta: “As crianças estão esperando”. Quando abrem a porta – somos um grupo de cerca de dez pessoas, incluindo os diretores –, cerca de 20 crianças estão de pé olhando para nós. Ato contínuo, começam a cantar forte, desafinadas, batendo palmas num esforço treinado para nos impressionar. “Sejam bem-vindos, vossa presença é um prazer”.

A professora acompanha com um pandeiro. “Uma salva de palmas. As crianças do projeto Xalenu Kyambote são todas aqui da vila, temos a sala de alfabetização para crianças, temos curso também de informática, inglês e francês”, diz a professora, sob aplausos. As crianças continuam cantando quando fechamos a porta. Na sala contígua, três mulheres estão sentadas à máquina de costura, entretidas. Ganhamos um caderno e uma bonequinha de pano como lembrança. O desfile de projetos sociais segue: a Odebrecht beneficia 67 famílias com um programa de agricultura familiar, o PAF. “Todos os vegetais dos refeitórios vêm daqui”, diz o gerente de contrato Gustavo Belitardo. “Fazer hidrelétrica pra quem precisa é a maior satisfação que pode ter.”

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No início da noite, chegamos a Laúca, uma cidade inteira no meio da savana. De longe, se vê o clarão amarelado de energia elétrica, onde não há nem uma chama em quilômetros. Somos hospedadas na espaçosa casa de convidados, com quartos luxuosos, ar-condicionado, TV de tela plana – e um cartãozinho de boas-vindas, ao lado de uma caixinha do Boticário com um sabonete rosado e hidratante de marshmallow.

“Tá parada”

Numa manhã calorenta, o tour do dia será conhecer a Biocom, principal e mais vistoso empreendimento do Pólo Agroindustrial de Capanda, projeto considerado prioritário pelo governo angolano, com uma área de 411 mil hectares. A Odebrecht foi contratada para administrar o pólo por US$ 49 milhões, em abril de 2011, segundo o Diário da República (baixe aqui o decreto). A cerimônia de assinatura teve a presença dos ministros da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pesca e Urbanismo e Construção, amplamente divulgada na controlada imprensa angolana.

No entanto, a paisagem desoladora – os pequenos vilarejos de casas de barro dão lugar a um imenso vazio – demonstra que o projeto está longe de render os frutos prometidos. De repente, avistamos uma fazenda – a placa que indica “Pugo Andongo”. Paulo Campos pergunta para o motorista Frederico Huambo: “Não tá acontecendo nada aí na Fazenda Pungo Andongo, né?” “Tá parada”, responde Frederico.

A fazenda, de 33 mil hectares, chegou a ser o cartão-postal do pólo. Foi inaugurada em 2006 – novamente com a presença do presidente José Eduardo dos Santos. A promessa de revolucionar a agricultura angolana ganhou destaque nos jornais, e uma parceria com a Embrapa, para a reprodução de sementes e treinar técnicos angolanos em experimentação agrícola, foi bastante celebrada na comunicação institucional da Odebrecht. O site oficial mostra como últimos “resultados” da Pungo Andongo a safra de 2010-2011, que produziu cerca de 5 mil toneladas de milho. O que aconteceu depois? Não se sabe. “Não existem informações oficiais sobre a execução desse projeto nem sobre o que se está a produzir”, critica Carlos Cambuta, coordenador de projetos da Adra. “A verdade é que estamos a caminhar para o terceiro, quarto, quinto ano do PAC e ainda não temos visto os resultados. Pode ser que tenham estudado, mas os resultados não foram compartilhados.”

A Embrapa explicou à Pública que assinou um memorando em 2008 com a Odebrecht para viabilizar o convênio, mas ele venceu em 2013 sem ser executado. A Odebrecht limitou-se a informar que “a fazenda Pungo Andongo é objeto de uma concessão para implantação de um pólo avícola e está em fase de estudos”.

Já a Biocom nos recebe em pleno funcionamento. A usina de cana-de-açúcar nasceu grandiosa, em 2008, com a promessa de produzir 60% do açúcar consumido em Angola, uma produção de 256 mil toneladas por ano. Somente seis anos e US$ 1 bilhão de investimentos depois, ela fez sua primeira plantação experimental, de 3,2 milhões de toneladas em 2014. Mas a grande estrela do Pólo Agroindustrial ganhou triste notoriedade no Brasil nos últimos anos: em junho de 2014, depois de uma reportagem do jornalista João Fellet, da BBC, foi denunciada pelo Ministério Público do Trabalho no Brasil por manter cerca de 400 empregados brasileiros em condições análogas à escravidão, mediante aliciamento e tráfico internacional de pessoas. Os trabalhadores denunciaram sujeira nos banheiros e cozinha, longas jornadas de trabalho e o isolamento – no meio do PAC, eram vigiados por seguranças armados.

Em 1o de setembro de 2015, a Odebrecht foi condenada a pagar uma indenização de R$ 50 milhões aos trabalhadores. No dia seguinte, chegamos à usina. Fernando Koch, diretor de sustentabilidade da Biocom, um brasileiro com anos de trabalho na Odebrecht, está irritadíssimo. “Isso é um absurdo. Não é verdade”, repete. “Os angolanos estão com vergonha da nossa imprensa”, diz. O telefone toca diversas vezes, com mais pedidos de entrevistas sobre o caso. Ele vocifera: “As provas que nós juntamos no processo não foram em momento algum mencionadas pelo juiz”. A Odebrecht recorreu, negando todas as acusações.

No entanto, o fato mais grave – e reconhecido pela empresa – tem raiz na profunda aliança com o Estado angolano. Contratados para trabalhar durante alguns meses, os operários chegavam a Angola com um

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MJ – SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL POLÍCIA FEDERAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ GT OPERAÇÃO LAVA JATO visto ordinário, e seus passaportes eram entregues ao Serviço de Migração e Estrangeiros de Angola (SME). Sem os passaportes, os funcionários alegaram ter cerceado seu direito de mobilidade. “A lei que diz que empresas de interesse nacional têm o direito de expatriar pessoa com o visto ordinário para que o visto de trabalho seja tramitado em Angola”, conta Koch. “O período que a pessoa fica sem o passaporte, ela tem um recibo do SNE que tá lá dizendo que ele pode circular tranquilamente pelo país.” Entre uma reclamação e outra, Koch nos mostra os alojamentos dos atuais empregados – bem- apresentados, limpos, amplos. Na colheita, ele nos leva até a “área de convivência”, uma van de alumínio pintada de azul. E vai perguntando para a única operadora de colheitadeira mulher: “O que você acha da Biocom?”. Ao que ela responde: “Muito bom, a Biocom veio aqui para ajudar a gente. Antes não tinha emprego, agora tem, todo mundo tá trabalhando”. Pouco depois, Koch interrompe outro trabalhador, brasileiro, diante dos laboratórios da indústria: “Você gosta de trabalhar aqui?”. “Sim, muito”, ele responde, recebendo um encorajador tapinhas nas costas.

Empreendimento de interesse nacional, a Biocom nasceu de uma aliança da Odebrecht com a estatal petrolífera Sonangol e a empresa Damer Industrial S.A. Segundo documentos constantes em um inquérito conduzido pela Procuradoria Geral de Portugal em 2014 aos quais a Pública teve acesso (Baixe aqui: Página 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7), a empresa pertence ao ao hoje vice-presidente, José Manuel Vicente, além do general Manuel Helder Vieira Dias, o poderoso Kopelipa, chefe da Casa Militar da Presidência, e o general Leopoldino Fragoso do Nascimento, o “Dino”. A Damer tinha 40% do negócio – o que fere a lei angolana da Probidade Pública, já que seus sócios mantinham cargos no governo.

Com base nisso, Rafael apresentou uma queixa-crime para a Procuradoria-Geral da República de Angola. “Recebi resposta de que esses dirigentes não eram sócios da Biocom, incluindo o general Leopoldino Fragoso”, diz (baixe aqui a resposta da Procuradoria). Fragoso foi nomeado consultor do general Kopelipa em setembro de 2010, quando a Biocom já caminhava, segundo a revista americana Foreign Policy. Já o vice-presidente Manuel Vicente era, na época, presidente da Sonangol. “Os dirigentes na presidência facilitaram o negócio pra ficarem com parte da sociedade. É um ato de corrupção claro”, diz Rafael.

Hoje, o nome da Damer sumiu das brochuras da Odebrecht, e não se fala mais nisso. Foi substituída por outra empresa, o grupo Cochan, com sede em Cingapura, cujo presidente é o mesmo general Leopoldino Fragoso. Em entrevista à revista Foreign Policy, o general “Dino” reiterou que, hoje, não ocupa mais nenhum cargo público. À Pública, a empreiteira diz que a alteração societária foi feita em 10 de outubro de 2014, “não sendo do conhecimento da Odebrecht o motivo da transferência”.

A Damer gráfica, que também é de Manuel Vicente, segundo os documentos da PGR portuguesa, foi reformada pela Odebrecht em 2009. A queixa-crime no Ministério Público foi arquivada pelo juiz em janeiro de 2013 “pela inexistência de quaisquer indícios de veracidade”.

“Nenhum órgão público investigou absolutamente nada em 30 anos de Odebrecht em Angola”, diz Rafael Marques.

Laúca é um espetáculo

Conhecer a hidrelétrica de Laúca e todos os projetos a ela associados, ponto alto e final do tour, levou quase dois dias.

Laúca é a hidrelétrica definitiva de Angola. Projetada para produzir 2.070 MW, ela vai dobrar a oferta de energia elétrica, gerando constantemente 1.200 MW, e promete acabar com a penosa economia à base de geradores.

Laúca é tão importante que recebe um desfile de autoridades todo ano. Em junho de 2012, o então ministro de Estado Manuel Vicente lançou a pedra fundamental junto com uma comitiva de ministros e a embaixadora do Brasil. Em setembro de 2014, o presidente José Eduardo dos Santos visitou as obras da barragem, sendo recebido por milhares de pessoas; na ocasião, houve até uma reunião do conselho de ministros no canteiro da obra da Odebrecht. Um ano depois, foi a vez da ministra da cultura Rosa Cruz e Silva. A contar o histórico de obras da empreiteira em Angola, o desfile deve se acelerar em 2017, ano de eleições para presidente.

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A construção da hidrelétrica marca o auge de uma era de empréstimos do BNDES para obras de construção em Angola. Ela é o maior financiamento cedido desde 2002 para um só empreendimento. Será de mais de US$ 2 bilhão de dólares, segundo anunciou Dahia Blando. O BNDES reconhece apenas uma parcela desse valor. Um investimento de US$ 146 milhões, já desembolsados, e outro no valor de US$ 500 milhões – o que não lhe tira a liderança nos empréstimos. (Leia Mais: A equação brasileira) Há ainda um financiamento do Deutsche Bank de US$ 1,4 bilhão, e o valor total é de mais de US$ 4 bilhões.

A obra é tratada com visível carinho pela equipe da Odebrecht em Angola. As cerca de 60 famílias que terão de ser removidas já participam de discussões sobre como serão as casas a ser construídas, que terão estrutura de saneamento básico, uma escola, um posto médico e estradas de acesso. Uma enorme melhoria em relação à situação atual, garante Maria Tchikanha, a eficiente engenheira agrônoma que é responsável pelo setor de responsabilidade social da AH Laúca. “Fizemos um levantamento socioeconômico na área, e o que verificamos é que as comunidades eram mesmo paupérrimas. Para além de não ter rendimento, não tinha saneamento básico, não tinha escola, não tinha nada, viviam só de subsistência”, diz Maria. “O governo começou a construir uma escola, não terminou, por alegada falta de verbas. Construíram um hospital que vivia fechado. Não tinha nenhum mercado para poder comprar um produto. As pessoas viviam aqui de cavar poço e das mandioqueiras.”

Estamos diante da escola da comunidade do Muta, na estrada que leva a Malanje, cuja obra foi terminada pela Odebrecht. Não é à toa que, quando entramos em uma das classes onde cerca de dez meninos e meninas assistem à aula, eles respondem em coro: – Vocês sabem o que é o Brasil? – Nãããããao! – Vocês sabem o que é a Odebrecht? – Laúca! – E pra que estão fazendo Laúca? – Pra produzir energia… – E vocês já têm energia em casa? – Nããããããããao – gritam em uníssono.

Fechando a porta da escola, Maria mostra um bebedouro com algumas torneiras e tanques, o “fontanário” construído pela Odebrecht que atende, como a escola, cinco comunidades que ficam até 2 quilômetros de distância. O plano inicial, diz, era requalificar todas as comunidades, garantindo a provisão de luz e água de maneira mais eficiente. A terraplanagem até começou, mas foi interrompida por ordens superiores. “Seria obrigação do governo provincial dar energia às comunidades”, explica Maria. “Nós temos que trabalhar sempre junto com o governo.”

Visitamos também comunidades que fazem parte do projeto social Kukala Ku Moxi, pelo qual homens e mulheres de 700 famílias foram capacitados a plantar uma variedade de verduras inexistente na região. A cada duas semanas, a Laúca realiza uma feira no canteiro de obra, e as mulheres vendem o que podem, chegando a até 45 mil kwanzas por viagem. As verduras servirão ao enorme refeitório, onde os cerca de 4 mil funcionários comem 15 mil refeições por dia. As hortas que visitamos são vistosas, e as mulheres, sorridentes. “Na minha lavra tem mandioca, milho, jingunba, todo tipo de produtos. E assim pra comer aqui graças a Odebrecth”, diz Maria Celeste, uma das lavradoras apontadas como entrevistadas pela equipe de comunicação.

A enormidade da obra é clara enquanto rodamos pelo canteiro; os trabalhadores angolanos que esperam à beira da estrada pelo transporte provido pela empresa – transporte público é inexistente –, devidamente uniformizados e com capacetes, parecem formiguinhas na enormidade da obra. Apenas o muro de concreto para a barragem terá utilizado, ao final, o equivalente a dez prédios de oito andares. Tudo é majestoso, organizado e bem-apresentado. O canteiro de obras tem salão de beleza, quadras esportivas, academia de ginástica, cinema, posto de saúde e equipe médica. O projeto inclui ainda tanques de tilápia, piscicultura, que abriga mão de obra da região; um enorme canteiro onde mudas locais são reproduzidas para ser replantadas, e um impressionante sistema de reúso de água reaproveita quase 40% do total da água utilizada. Os cuidados com a segurança são coroados com a presença da mascote “Javaluca”, um desenho com o capacete da Odebrecht cujas dicas estão espalhadas em cartazes e nas revistinhas mensais publicadas pela administração da hidrelétrica.

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O diretor de contrato, Marcus Azeredo, não esconde seu orgulho ao conversar com a reportagem. “A nossa central de britagem é a maior do mundo em operação; a nossa central de concreto é uma das maiores do mundo, com capacidades elevadíssimas. Coisas desse tipo nos permitiram dar para Laúca uma forma diferente de construir uma hidrelétrica. Extremamente moderna, extremamente qualificada”, diz. De cabeça, o engenheiro lista o cronograma da obra – e é enfático: não há nenhuma possibilidade de atraso.

“Em julho de 2017 nós entramos com duas unidades de energia; em agosto, mais duas, e setembro, as últimas duas”, diz. Juntas, as seis unidades correspondem a 2 mil MW. Ao mesmo tempo, a Odebrecht constrói mil quilômetros de linhas de transmissão que prometem levar a energia até Luanda. “A linha fica pronta junto com Laúca”, garante Azeredo. “É um cronograma extremamente desafiador. Se nós conseguirmos, e vamos conseguir, gerar energia aqui nesse prazo, que é um prazo de 56 meses para a produção de energia, nós vamos ser mais eficientes que a própria construção que nós estamos fazendo no Brasil”, diz.

Ali na casa de visitas, onde estamos hospedadas, é frequente a presença de jornalistas, conta o diretor. “Acho que não tem uma semana que a gente não receba. E, quando eles não vêm, a gente convida a mídia. A gente abre as portas justamente para que possa se divulgar para o país tudo o que o governo tá fazendo”, diz. O relatório anual 2014 da Odebrecht respalda a sua impressão: naquele ano, cerca de 98% das notícias sobre a empreiteira na imprensa angolana foram positivas. O que o relatório não menciona é que, no país, há um único jornal diário, o estatal Jornal de Angola, e que as TVs abertas se resumem à TV pública, TPA, a TV Zimbo, privada, que tem como acionista o vice-presidente, Manuel Vicente, segundo levantamento de Rafael Marques.

A cobertura positiva tem razão de ser, aos olhos de Azeredo: o empenho de Laúca em melhorar a vida das pessoas. “Temos um alojamento de excelente qualidade, todos os quartos praticamente são suítes, e no máximo quatro pessoas por quarto, todos com ar-condicionado, chuveiro com água quente. A qualidade da alimentação aqui é excelente. Investimos em equipamentos novos, pagamos um bom salário, pagamos prêmio de produtividade…”, diz. “Eu diria que, se não tivéssemos esse tipo de condição, nós não conseguiríamos fixar essa mão de obra aqui e aí teríamos um problema sério com nosso cronograma”, completa.

Laúca vai sair, garantem todos, durante a nossa despedida. E só uma voz solitária, entre os funcionários da Odebrecht, fala alto o que poucos se arriscam a dizer. “Tem que ficar pronta. Vai estar a produzir energia no ano de eleger o presidente. E ele já tá com 73 anos…”.

De fato, pouco depois o presidente José Eduardo dos Santos determinou que as eleições presidenciais serão em agosto de 2017 – um mês após a inauguração de Laúca. E haverá festa, haverá cerimônia e manchetes em toda a mídia angolana.

23) Anotação

RV: 1500 + 2/300 Cimento vs conversa c/ Votorantim Fertilizante Buscar fin. direto p/ SDM

Apesar da sigla RV, constante da anotação acima, também ser encontrada no aparelho celular (já citado) de Marcelo Odebrecht, não foi possível sua identificar seu significado, visto que a mesma, aparece como referência a possível pessoa, bem como relacionado a questões financeiras.

24) Anotação

AVD Norsk, Massa HC

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Klink Visita EO RaimundoS Investimentos HC c/ parceiros Fdo Imob Cara Invest e tipo PL Hotel escola Proj. Agro ind. Capanda + Jazidas Brita Bruno Falcão e Ides aqui já Edurb: Prog. social e socio nacional Belas vs Hogi? Ser uma grande empresa visão negocio Fazenda e Varejo Acelerar Muanga Sultan Corretagem propria Charter? EO vs Proj. AgroInd. Capanda Prog. viagem/BV.. Pedreira propria cc Açucar/alcool BV/AN vs EPAL Atual. varejo? BJ 08 LNG: acerto LT Meet BV/Angola % PR SDM Risco voo TAAG 28/11? Proteger Muanga Escola?

Neg. Comun. (MV vs Mercury) Escolas Bus. Plan Acucar/alcool (Come ar Já) AM vs Banco Ocupar LC Pessoas Rede Varejista Cimangola HC vs Sultan HOgi vs Bela's Business Qd voce sai? VC (Raul) vs Cimpor Fundo BES CUIDADOS Mercado Popular - interesses afetados - como medir sucesso - postura Gon alves Muanga - Estrategia assegurar concessão Kimberlitos (atentar/antecip., 100% receptivo aproachs parceiros) Dep.JL BES vs Fundo NovaCimangola Ida Angola Mansur? Risco Bonus/HN HC vs Guine Eq e Gabão

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HC vs restaurantes CVRD Decio/Hogi -Enashop -Belas Shop (lembrar JM vs SDM) Flamulas clubes (> Santos) p/ Calado

25) Anotação

Escola, Saúde? Cacuilo? carta UHEs Denuncia condições trabalho Banco vs Micro Finance Gove? Programa eletrico vs lista obras LC China Focar outras LC Angola Encontro Lev Leviv Ago Israel? Tel KD, AM, JM? E-mail JA enfase equipe Flamulas clubes (> Santos) p/ Calado Julio Perdigão Gen: Escola, hosp., Rem. Meet OD qd DI e fdo Sede: reserve terreno BAI vs Grinaker Desembolso IFC %Custo fin no nosso preço Auto-sustentação Matala MAzeredo vs Prep p/ DC? Planej. Setor Eletrico Programa Saul vs DC Cambambe Aumento Valor Capanda Inv. Social da Edurb? Estrategia LC Botelho vs Silas FIF Bela Business PPP c/ Inv. Locais Nota p/ RJr LC BPC vs postura Imposto LC China RJr: esgoto, DGi, Preços Nossa Competitividade - como alterar radicalmente Futungo de Belas Sede: q encarece? Fazer junto bus. Pa FTD e PET? -Orçamento e andamento -Acordos c/Brasil -Rede Sponsors? Riviera: ambientes pequenos? Shopping: capacitação e mistura soc. Pegar alguem Cesta do Povo Consultoria Diamantes ou não ñ se desgaste Catoca Abertura capital Catoca? CVRD Diamantes, Sede

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DGI Zango e Viana - Quem? - % total vs U$ 5 M em casas como ser mais competitivo -trazer um cara de fora ASerrentino

MOriga? Boa Vista? Sodima lgual LS Conversa Jorge Barcelos -DGI -Risco tecnico? Gestão pessoal Agronegocio: alcool, Kala, floresta, consul Concessão Porto LKI Olodum Consul vs Cimento e outros Importancia LNG Importancia licitações -lei da lniciativa PLR DS/OD Auto-sustentação INFOTEC Kala-Kala vs RE vs Bertin ENSA

Uma das anotações vinculam o Rio de Janeiro aos termos esgoto, DGI e preços, em pesquisa verificou-se que a Odebrecht executou a ....

Temos também a anotação DGI Zango e Viana, seguida da interrogação “Quem?” e “% total vs US 5 M em casa”, pesquisando-se os termos Zango e Viana, encontramos um arquivo .doc , intitulado “AGENDA EO JES JUN08 r2 (2)” (integra abaixo), trata-se de uma agenda para audiência concedida pelo presidente de Angola, Jose Eduardo dos Santos, para Emilio Odebrecht, nesta agenda, em seu segundo tópico, temos menção a um projeto de realojamento, com entrega de 5 mil casas em Zango II e Sapu I e II. Já para o termo “Viana”, nada foi encontrado.

Agenda para audiência concedida pelo Presidente José Eduardo dos Santos a Emílio Odebrecht ______Luanda, 18/06/2008

1. CUMPRIMENTOS E AGRADECIMENTOS PELA AUDIÊNCIA CONCEDIDA

Impressões de Angola/Avanços • Visitas as autoridades e projetos Odebrecht • Entusiasmo pelo crescimento vertiginoso • Ao contrário período guerra, verdadeiro Canteiro de Obras com avanços significativos de ação governamental

Apresentacao Ernesto Baiardi • Terceira Geração da Organização, assumindo mais responsabilidades e decisões – nova Macroestrutura Odebrecht (VPs)

Balanço da última visita do Presidente Lula • Cada dia mais sólida as relações políticas estratégicas de Angola com o Brasil

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• Apoio do Pres. Lula em viabilizar novas Linhas de Créditos e foco no biocombustível (US$ 400 milhões) • Das novas Linhas de Crédito já estão sendo usadas US$ 1,5 bilhão, sendo que US$ 300 milhões ja desembolsados para Obras de infraestrutura em Angola e US$ 70 milhões de apoio p/investimento de Empresas Brasileiras em Angola – somos pioneiros para a usina de açúcar • Contínuo esforço para a Linha Via Proex por ter juros mais favoráveis para Angola (US$ 200 milhões)

2. CONTRIBUIÇÃO DOS PROJECTOS CONFIADOS A ODEBRECHT COM IMPACTO NO ANO ELEITORAL

Estamos mobilizados/preparados para atender aos desafios – 27.758 homens e US$ 120 milhões investidos em equipamentos nos últimos 12 meses

Luanda

Saneamento Estrada da Samba (4ª Fase)

Troço Corimba até Morro da Luz – concluído e entregue a população Troço Corimba até Futungo (UGP) – conclusão em Dezembro

Estrada do Golfe

Troço Ponte do Gamek - Antigo Controlo – conclusão em Nov 08

Via Expressa Luanda-Vianna/AutoEstrada Periferica de Luanda

Conclusão até junho de 2009

Zona Economica Especial (Viana)

Ritmo acelerado de construção das obras de infra-estruturas do 1o. Quadrante da Zona Económica Especial: 5 indústrias (PVC/torres metálicas/pivô/mat. elétricos/colchoes) – já concluídas 6 indústrias (soros/consumíveis hospitalares/cobre e alumínio/sucatas/argamassa/tintas e vernizes) – até final de agosto

Aguas de Luanda

Distribuição secundária dos bairros do Cassenda/Martires do Kifangondo – obra concluída Distribuição de agua nos CDs do Camana, Benfica e Morar – em andamento com previsão de termino no 1ro semestre 09

Projeto de Realojamento

Entrega de 5 mil casas no Zango II e no Sapu I e II Infra-estrutura em andamento (água/energia/iluminação pública) referente à construcao de 4 mil casas no Zango III e Sapu III

Provincias Benguela/Huambo/Kwanza Sul/Cunene

Águas de Benguela

Água tratada a Benguela, Lobito, Catumbela e Baía Farta - em operação desde Novembro/07, com forte impacto social

Projetos dos Rios CCC

Diques no Rio Cavaco, Catumbela e Coporolo – proteçao da população e dos agricultores das fortes chuvas de 07/08 e reurbanização da Catumbela – concluídos

Projetos de Infraestruturas

Limpeza dos Canais de drenagem nas cidades de Porto Amboin, Sumbe, Gabela, Lobito, Benguela e repavimentação emergencial da Avenida Principal do Lobito melhoraram qualidade de vida da população

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Infraes truturas Cunene

Ondjiwa - conclusão dos trabalhos emergenciais até Junho 08

Projetos de Estradas

Rodovias Capanda/Cacuso, Benguela/Catengue, Benguela/Dombe Grande, Caala/Ganda e Ekunha/Cusse, garantindo a trafegabilidade e melhor escoamento da produção agrícola

3. PRESTAÇÃO DE CONTAS DECORRENTES DE ORITENTAÇÃO DO PRESIDENTE NO NOSSO ÚLTIMO ENCONTRO

Sector Eléctrico

Hidreléctrica de Capanda

Obra totalmente concluída, aguardando definição de data pelo Gamek, para assinatura do Termo de Encerramento do Contrato com o Consórcio

Linha de Transmissao Capanda/Lucala/Vianna

Conclusão prevista para dezembro/2008. Todos os equipamentos já adquiridos

Linha de Transmissao Lucala/Pambos de Sonhe/Uige

Conclusão prevista para agosto de 2009

Estudo de Viabilidade Novas Hidroeléctricas do Kwanza

Conclusão da Viabilidade do projeto para agosto/2008 e do Projeto Básico para Dezembro/2008, com o objetivo de permitir o início das Obras Principais no período de estiagem, junho de 2009 Estudos levaram a uma otimização, com a construção de duas Hidroeléctircas (Laúca e Caculo Cabaça) com cerca de 4.200MW.

Hidreléctrica de Cambambe

Iniciadas as Obras Civis da 1ª Etapa

Segunda Casa de Força

A construção desta casa de maquina garantirá uma capacidade de geração adicional de 600 MW ( Redução de pelo menos 2 anos no prazo de execução por não ser necessário estudos de impacto ambiental, desapropriação, processo de licitação, redução de custos) Hidreléctrica de Gove

Iniciados os serviços de escavação no local da Casa de Força Geração de energia para alimentação das províncias do Huambo e Bié

Hidreléctrica de Baynes

Consorcio Brasileiro formado pela Odebrecht, Furnas, Eletrobrás e Engevix aguardando data e local para a assinatura do Contrato de Consultoria para realização dos Estudos de Viabilidade

NossoSuper

17º loja em operação totalizando já 13 Províncias servidas. Até final de Agosto haverá supermercado NossoSuper em todas as 18 Províncias

No final do ano trabalharão cerca de 2.000 pessoas nas 30 lojas que estarão em funcionamento, com treinamento e identificação de parceiros locais para transferência

Fazenda Pungo Andongo Início da colheita em junho de 3000 hectares de milho com produtividade média ao redor de 100 ton / hectare; Convênio de estudos e adaptação de variedades com a Embrapa em curso. Fábrica de fuba em operação e fábrica de ração em implantação; Início das vendas da produção através do NossoSuper;

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Cadeia produtiva da mandioca reforçada junto aos pequenos produtores rural, e Casa Familiar Rural em processo de negociação com a comunidade (Sobas, Administrador Comunal)

Polo Agro Industrial de Capanda

Aguardando aprovacao do contrato da 1ra Etapa no Conselho de Ministro

FTD (SIAC/CINFOTEC – Mapess)

SIAC - foi exemplo de atuação de pleno êxito – ciclo completo (construção, apetrechamento, operação partilhada e transferência de tecnologia).

CINFOTEC – trata-se do mais moderno Centro de Formação Tecnológica de Angola (21 laboratórios de ponte, incluindo robótica, mecatrônica, tecnologia da informação, metrologia e mecânica). Inauguração prevista para agosto/08 . Inclui formação e qualificação de gestores e tem a parceria do SENAI/CIMATEC.

VIAS DE LUANDA

Intervenções urbanas em 10 eixos viários de Luanda envolvendo: pavimentação, redes técnicas, paisagismos, iluminação pública, limpeza urbana e apoio ao trânsito. Numa primeira etapa (até setembro/08) serão realizadas intervenções nas vias Revolução de Outubro, Ho Chi Min e Deolinda (aonde será construído o maior e mais moderno passeio público da cidade – inauguração prevista para agosto/08)

4. INTEGRAÇÃO DA ODEBRECHT NO SETOR ECNONOMICO DE ANGOLA

Com Empresas Estatais

Mineração:

SDM Encerramento das reservas de Luzamba em 2009

Muanga 20 Kimberlitos mineralizados – 12 testados e com teores muito baixos – 8 em testes. Até o momento investimento de US$ 50 milhões

Cacuilo Actividades de pesquisa e prospecção foram iniciadas em 2008 e feitos investimentos de US$ 2 milhões até o momento

CATOCA

Receita de US$ 497 milhões/ano e 162 milhões de recolhimento aos cofres públicos de impostos/dividendos Prospectando 2 e negociando 6 novas concessões Grandes investimentos na área social (US$ 6 milhões/ano)

Petróleo (em parceria com a Sonangol e outros):

Bloco 16

A partir de outubro de 2008, serão perfurados três poços de exploração, sendo que dois apresentam grande potencial de descoberta de hidrocarbonetos face à semelhança com descobertas em blocos vizinhos

Açúcar/álcool

Investimento de US$ 250 milhões no município de Cacuso/Malange Sonangol/Damer (Grupo Local) /Odebrecht Já implantado jardim clonal e produzido 80 hectares de mudas Estrutura financeira em fase final de negociação com Banca Local

Fábrica de Amônia/Ureia (fertilizante) com a Sonangol/Grupo local

Importância dentro da perspectiva do crescimento da actividade agrícola do país Aproveitamento do gás do Soyo

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Disposição da Odebrecht em contribuir/investir

Com Empresários Locais:

Empreendiementos Imobiliários

Luanda Sul, com investimentos da ordem de US$ 500 milhões em 07 (sete) empreendimentos - em execução Luanda (down town), Camama e Províncias (Benguela e Huambo), com investimentos da ordem de US$ 1,5 bilhões, dos quais US$ 650 milhões relativos a lançamentos nos próximos 12 meses – em estudo

Ampliação do Belas Shopping – em fase de estudo

Outros Investimentos

Industria de Plastico, Fabrica de cimento em estudo para implementação com empresarios locais

5. BALANÇO SOCIAL

Anexo

6. AGRADECIMENTOS

Saber quais outras determinações e prioridades do Sr. Presidente para que a Odebrecht introduza no seu planeamento 2008/2009.

26) Anotação

Diamantes Congo Schetino JM vs PPPs Brasil EU c/ Lev Leviev e M.Templ. (Meet) Fdbk consul: mensagem EO/Lula Visão Catoca Aditivo Benguela: estrategia? -falar c/JES Canal c/ JES Prog. Marcos Rabello Modelo Parque e Já socios fornecedores -comida -transporte Neusa? eu vir c/ ID p/ lnaug. Social Edurb Cronograma inaugurações Interação Area Imob. Rodovia em PPP c/ Sanivest? Como está prog. Wolney/eq? Custo? estrada Pallocci: Quem disse para diversificar LC foi Angola Estrat. mercado/concorr BR CCCC em Angola: -ações contra Jacobina -conversa com Namur CCCC vs Grinaker Decisao LNG Aditivo Capanda p/ obras Malange e lnstit. Agricola vs proj agric. Componentes sociais e de comunicação nos projetos Espaço LC x estrategia Carta JES > Lula

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Holding c/ parcerias angolanos Passarelas Imagem x buracos Foto p/ Sonia Concessoes estrada - c/ embasamento Notas Consul Consul SP Angola: AA meet Jovens Visao Est HC - aparelho - parcerias/casa Votorantim Proposta Conversa Consul - Meet JES? - Mota Direito Angolano - Luanda Sudeste cont/Samba > nota - Patrocinio qds Angolanos Desenvolver parcerias/alianças Ocupação LC Licitação? Temos ganhar Programas prioritarios p/ 2007? Soares da Costa vs CCCC - contra oferta - pessoas Felipe Jems Mauricio Neves Votorantim Ações vs Consul Consul SSA e SP Diamante: - Exploração Maritima - Congo Retrofit Cabembi Bertim vs Julio Prop. Agro Angola? BM vs Prog. Licit. Ang M.Gomes? Continuidade L.Sul? BL 16 (ações) - Meet Maesk - Consultor p/ alt -ficar c/Maesk -vender: Tullow/Premier/outro Neusa Visita JES RJ (20 dias)

Votorantim Relação c/ Feijó? Cuidado era feita p/CM Apresentação/nota Proj agricola - Entender, definir prioridades Programa conjunto com a Fundação 1a dama. ir na frente, investir em Mercado. Tom. Preços? greve SDM acordo LKI Maesk? kit senai p/ deficientes/mutilados

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KimDavi Jarbas ñ ir nestes lugares RV Claudio Melo Resultados Angola vs Valoriz. R$ Alcool Jantar 1a dama

27) Anotação

@ Capitalizar op. IFC @ Petrobras vs Angola @ Justificativa p/ 2a (Periodo de Transição, documentos) @ BV c/ Problema: Ajude/conquiste @ Nosso Pto fraco: HN. Ceda alguma coisa agora (vai bem + ñ entornar) @ Capacidade LC? > informar JES @ "Nova" LC @ PRAZO 2006: viavel? @ Atualiz. e conquistar Mangueira e Reis (sempre) @ Nossa responsabilidade @ Museu do Dundo @ Petroquimica a Gas @ Desv. U$ @ PR vs Dividendos SDM (ck c/ PR) @ Justif. Capanda vs HN @ Hotel vs Consul @ Se capacitar em progs p/ contribuir c/ Pitra Neto @ Vender escopo/impacto Benguela e conseguir aditivo p/ +. @ Negociação c/ Noé @ Trab. imprensa divugação projetos e PROGRAMAR INAUGURAÇÕES (Aguas 3 já? Faseadas) @ AHE Namibia @ Marketing Edurb (JES...) @ BM/Miga vs Licitação Saneamento @ Participar Fesa @ Beija Flor @ Modelo acompanhar diamantes @ Reis vs cadeias produtivas @ Cimento? Votorantim @ Presentes JES e outros @ Meet Unita - iniciativa desculpa @ PVC @ Seu Substituto @ visita JES - Bahia - Congresso - LC @ Prog. Luis Almeìda @ Masterplan vs Samba @ LV - Apres. Luanda Sul - Prog. ambiental vs Sergio Leão @ Hotel? @ Prog. Formação em cada projeto @ Casa Brasil @ St Helena? @ KALAKALA e ou outro - Boteka - faz. Modelo @ Terraminas vs Noé @ Licitação Benguela?

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@ Beto @ BV vs Jorge Barcellos @ alcool @ bônus e honorários Capanda @ Filha Bucalon vs 1a dama @ LKI @ Diagonal @ Parceria Thizé @ Concessão Porto (em parceria) @ Participar Programa existente c/ Universidades Brasileiras - porque ñ oficializamos nossas bolsas aos estudantes (hoje via AF) @ influenciar escolha marketeiro JESl @ Relação com 1o min. @ Chineses: Preços? @ Bloco 16 @ Programas CPLP - Assist. Tec. Min. Aguas e Energia - Outros (ver lista) @ Inauguração Capanda @ Salarios SDM/Catoca @ Negocios c/ a Unita @ Seu canal c/ JES (Elisio?) @ CCAN vs JES? @ Divida irmão OC @ Programa AIDS (continuidade?) @ Educação e trabalho (PET & FTL) @ Agropecuaria @ Pessoas - Marcos Rabello - Prober @ Conquistar BV, JM @ Acomp. Gr. Parlamen BR-ANG @ Prog. Custos e aum. Produtividade @ GLP & Petroquimica @ Votorantim @ CVRD? @ Luanda Sul (extender e replicar) - Invest. Social Edurb @ Emp. Comercial vizinho shopping @ Catoca > novo quimbelitos > max. dividendos (+divida) @ Proj. Guanjelas: novo canal @ SDM: entrada JES @ Ações Imagem

Temos neste conjunto duas anotações sobre a SDM (Angola), em uma delas, Marcelo anota que deve checar com o presidente (PR) a questão dos dividendos da SDM, e em, anota a entrada de Jose Eduardo dos Santos na SDM.

Tendo em vista a anotação da entrada de Jose Eduardo na SDM, é possível que a dúvida levantada no 22º tópico deste relatório (% SDM p/ PR) seja uma menção ao presidente de Angola e não ao do Brasil.

28) Anotação

BJ: Ag Kassab

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Jantar SCabral Prog. Sidney (aero...) Submarino? Lixo AN. CVRD. Roni? Conc 11.9341.0945 Compra ITV Concessões federais Agenda investimentos Litoranea Sul? Ficar no ES Agenda qg Rob. Aubry e EMatos jazidas em SP? mercado portuario lixo SP pgtos QG L4 AN vs Gabrielli Bertin? Imigrantes? Mauro Darzé? JRoberto Marinho agir CSA vs Chineses Concessões Estrada

Marta? Tadeu, MMX, Vacari Sabesp e outros Copa parceria c/ Alemãos ou Portugueses Pol./estrat. SP Pes Pref SPvsPanama

CBF? Mussalen? MBahr AN vs 2010 CBF SCabral vs Furnas Roger vs kilnk Leadership fee Alinhamento c/ Lumina, Vilin

29) Anotação

DGI Rio Claro PAN vs midia PMSP vs Tunel Angola 08? Porto Santos/MJ Saneam LSimon, Fabio... Luis Cesar vs Angola 2008? Deixando para fazer o fundo depois? Considerando H PD? como está qualificando Rio das Ostras?

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Resultado na Lumina Proj Cidade Petrobras? Irmão AA Sanasa? Embraport apoio a ANeves? Pos. PPP Guarulhos Meet Marta 50/50 c/ HV (Dimas)

300 JS = AN = AMerc. Lumina vs saneamento Trem Cam.-SP > AM Bonus GA = Lula Aecio, Bonus e $ PT Leo: - CEPAC Faria Lima $$$$ - Lixo - Limeira Estratégia concessões e PPP

CCR vs Mexico? Coordenação lista $ com PT Aecio Neves? Pessoas (Piller, CJosé...) PPP L4: quem perdeu? CVRD vs campanha Assedio CVRD CC & AG (+ gente L4) Usina verde? Aprovação sponsors Emissario Ipanema Projetistas? Prob. L4, Valora /Rio claro, Neivo Apres. AMerca 2a Neivo Equipe L4

Apoio JD vs diagonal Paulo Renato? lei licitações PMSP L4, Estratégia Concessões - sócios - fundo... emiss. RJ Homologação Metro-RJ viag gov. SP Delubio, RSP CB, Aracruz DERSA JS está pgto peqs

CVRD, Burati LpT

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Divida Telefonica RSP: CVRD, Claro? Acerto Ernesto Simões Faria Lima vs ações

Para a anotação “DGI Rio Claro” temos duas menções e empresas do grupo Odebrecht, a Ambiental e Agroindustrial.

Temos também menção a divisão 50/50 com HV (Henrique Valladares), acompanhado do nome Dimas, provável referência a Dimas Fabiano Toledo (ex-diretor de Furnas Centrais elétricas S/A), visto ser este o único Dimas constante da agenda de contatos do aparelho celular apreendido de Marcelo Odebrecht.

30) Anotação

RSP Proj Campinas Expresso do Tietê? doação JW Ag 06? Emis. ßarra? DGI Baianinho R$ 100k Luz para Todos? Delubio Já (Angola + PPP) PL vs CVRD MC/Lixo

Delubio - Nomes/coordenação PPP - Angola RSP (ações BSB) Sharif? Rec. PMSP? BGas?

PDs p/ invest.. Garreta + JD J.Cox? Ver Paper vs pontos c/ Deniu Cidreira Bruno Tieri Esc. F.Lima > Vila Lobos CVRD Garreta vs AP: ñ propor desc. 25% Priorid. Rodov. >JP

PPP centro adm MG (est Prep. Agendas $ p/ 2006 (todos partidos) DC RSP Ronnie JS? Dragagem? Metro vs Imprensa Como posicionar/Focar PPP & concessões:Portos.. Deniu Já PA L2 & L4 MetroPass oportunidades DAG Delubio: Eletro e Xingó

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CVRD & Moçambique Aniversário ANeves vs presente especial Meirelles Meet Bittar CVRD/JP vs Carajas PDs Ambientais Eleições Mudanças CVRD segurança nos pequenos contratos Margarido Tunel estreito Tunel: mostra ou garantia de Palocci. Oport. PSDB & PT 2o turno Alcantara/CCNE

Acordo CR Almeida vs Metro Miguel Gradim > Lixo Gen. Leonidas recibos evento? Delubio vs Suzano Marcos Machado Cepacs? DGI Metro Posição CCR vs concessões Marta vs Suzano meet Bittar Base e RVs Fernando Lisboa vs concorrencia Metro Sinalizações Palocci - Cepac dificil ($) mas CVM vai ver - Venez. - Operações Banco Cetrel vs Rodia: briga c/ Ibama... Operação CEPAC, Lista + 2M?

Lixo CG? Palocci vs Cepacs SN? Michel? status RSP? $? DC? José Eurico Nelson Pelegrino Alstom vs L4 Meet Delubio Terminal Ultrafertil PLR metro RJ Garreta vs SP Concessão Campo Grande? PD Neg. Ambiental - Como nos estrurarmos (DCs...) - Rede de parceiros, incineradores, centrais Blendagem > + Rapido - Gerenciamento Risco - quem? - Nome - Lumina - Como anda c/ Petrobras? - Modelo de acompanhamento - Outros paises - aprender c/ & ver oportunidades

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concessões SP e PPP - Villin (s/ meio ambiente) - Rodoanel status (estudos CPD...) - estrategia (CCR) - provocações Leo Prog/cuidados Villin Pref. Falar c/SP/De programa CEMIG > HV Lixo Vitoria - Controle licitação? Concorrencia? DC - Timing PPA c/ eletro -filho MFortes? - Concessão sem taxa de lixo? - Tecnologia Brasileira (testada?) - TIR baixa Ir aos poucos criando independência e amarrando a Cetrel Lixo na Venezuela Construcap vs Faria Lima Cepacs Cetrel vs CVRD? DC Espirito Santo? Newton Degremont - proj SP vs equipamenteiros - RJ - gandu (PPP?) relação Essencis MFortes/João vs Lixo BAI vs Governo RJ

Na anotação “Garreta vs AP: ñ propor desc. 25%” , temos Valdemir Garreta e Antonio Palocci, visto a sigla AP ser utilizada por Marcelo Odebrecht para identifica- lo, conforme se demonstra abaixo, tendo em vista que o aniversário de Palocci é em 04/10.

Consta ainda o nome de Palocci vinculado ao termo Cepacs, estes são Certificados de Potencial Adicional de Construção, são títulos mobiliários emitidos pelo município interessado em financiar uma operação urbana consorciada – operação definida por lei para revitalizar um bairro ou uma região.

Em notícia datada de dezembro de 2013 e disponível no site http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/33/os-cepacs-deram-certo-rio- avanca-em-projetos-financiados-301395-1.aspx informa que a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro/RJ, realizou uma emissão de Cepacs, adquiridos na sua totalidade pela Caixa Econômica Federal por R$ 3,5 bilhões, cuja finalidade é revitalização da região portuária daquela cidade (Operação Urbana Porto Maravilha).

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31) Anotação

RM Gustavo. IMPSA vs Tocoma participação Daltro no comitê TI quem são DGI Tocoma? Como nos blindar pts/criterio & Pay RV Pai? GValverde e RVs Assin contratos?

Controle dos lucros Quem dando consultoria reformas Aconselhar Chaves Prestar SV p/ aumentar produção oil Agenda Social Cine Michel: CC/Tocoma: seminarista? Danilo vs Tunel MIA? Irã, Stuck Cuidado Victor Alvarez e Min. Plan

Emb. vs Tocoma/CCC todo mundo sabe JCG - cuidado Prober ñ é ET Cesar Galzoni Maracaibo Conversa com ETimponi e MTepedino exig. EPS. PFiscal. Constran PL vs ET Subs PF 2a Pte apertamos demais vis-a-vis segurança Ingresso vs GLCx Resultado pte acumulado ñ só 2006

Situação Cx/Res (Ctas a receber) 2a Pte Estrat. Tocoma Pagar Prataria MTepedino

FF vs Caixa MG vs Emerson - medição fiscal Acerto Darc

3a Mobilização Projeto Equipe

Fax Emb., nova data. vs $ prataria 2x $100 pte antes inauguração

Projetos Maracaibo Braskem: equipe e escrit. Iniciar ações na Bol. Já? Estrategia, estudos, prioridades...(UHEs) ate mostra q foram eles

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Investir na Ven c/ socios -Fabrica de tubos -Alcool RV Darc metas e Assumir custo Coque. + empenho JCD e ET Geração/PF (+ de 100M) Valorizar imagem 2a pte José Dirceu vs Venez.? Jorge Quintaros vs Ven. $ Emb. 3a Ponte? MF SJose/JCG vs Chaves Carvão Ven? GAF obra MF formação? Ninguem PDE? por conta nossa estudar questão viaduto Impacto noticia - adendo 2a e ass. 3a cala-boca denunciante nos diferenciar c/EPS

vs PFiscal? Saul? Plan cidades 2a e 3a pte Ligação Orinoco-Amazonas Giardino e Lessa Planej Fiscal Pte Planta tubos Produção Petroleo Empresa de Produção Social Acordo San José Investimentos Aquisições Subsidiaria MAG vs 3a Pte, PDA Desqualif. CC Tocoma Mais Programas sociais Lei licitações/iniciativa/swiss challenge Delmas vs Proj. PP e OK verbal São Jose

Na anotação “quem são DGI Tocoma? Como nos blindar” , Marcelo Odebrecht demonstra preocupação com as pessoas (inferência em razão do uso do pronome quem) beneficiadas com o DGI da obra de Tocoma, buscando uma maneira de se blindar.

No site da Odebrecht, encontramos matéria (abaixo) informativa sobre a Central Hidrelétrica Tocoma, obra executa na Venezuela pelo consórcio formado pelas empresas Odebrecht Venezuela, Impregilo e Vinccler.

04/10/2012

Central Hidrelétrica Tocoma instala comportas e tem nova ferrovia Lista de Notícias

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O Consórcio OIV Tocoma (formado pela Odebrecht Venezuela, Impregilo e Vinccler) concluiu em setembro a instalação das 30 comportas na saída do Tubo de Aspiração da Central Hidrelétrica Manuel Piar - Tocoma, localizada no Estado Bolívar.

As comportas garantem o fechamento dos dutos, permitindo, assim, que seja realizada a inundação do Canal de Descarga. Durante os meses anteriores foram executados os trabalhos de montagem de guias e vedação de estruturas.

No mesmo mês, foi finalizada a construção de uma nova ferrovia para substituir a antiga que estava dentro do perímetro das obras da central hidrelétrica.

O consórcio também finalizou em agosto as atividades que colocaram em operação as nove comportas radiais do vertedouro. Também foi concluída a construção da plataforma de serviço que garante o acesso da Barragem Esquerda para a Barragem Intermediária, que forma a chamada Estrada de Serviço, apoio para as obras do Edifício de Operação e Manutenção da usina.

O Consórcio OIV Tocoma é responsável pelas obras civis e de montagem eletromecânica da central, contratado pela Corpoelec - Empresa Elétrica Socialista. Atualmente, o projeto conta com um avanço de 93%.

Fonte: http://www.odebrecht.com/pt-br/central-hidreletrica-tocoma-instala-comportas-e-tem-nova- ferrovia .

32) Anotação criar oportunidade cliente CVG (ida Vô?) Epiten L3 ñ querem pegar adiant. (qual mensagem?) Modelo area industrial (MF, Delmas p/ Braskem já) Gestão/estrategia fluxo cambial venezuela

Carta JD Cuidado t-bills, $$$ Prober fdbk datas > Chaves 2 niv. sal.

Desv. Bolivar? Swiss Chalenge Subst. Marcos Já: c/ jeito Refinaria Equador Cimento? Diamantes Coque CSN cross-ck eng. 2a Pte? Ajudar locais em casas DC Obra Miraflores RD vs Darc (Coque, CVRD...) Braskem fazer acontecer (importancia politica) Apoio enchentes a pte: URGENCIA vs abutres. Acordo bi-tributação BR-Venez. Petrobras na Venezuela Acordo const. Plataforma - GRANDE OPORTUNIDADE 3 emp comissão alto nivel @ DC Corpozulia Programa Institucional de Responsabilidade Social

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- JÁ. Vou avalia-lo por isto. 14 & 15 vs Braskem MT Brasil? CCCC vs Proj. Eletr., Prog. Dia 21. Foi JD + quem? João carlos? Meet? Prep. Rafael vs JCG

Petroquimica Suape (Poy e PTA) Conversa c/ PR quem são Padrinhos? falar c/ D e PR minha conv. c/ AP

Refinaria Peru vs OAS Silvinho e Requião Desconforto EA Prop. São Roque ULTRATEC: estamos carregando Pai? acordar c/ GN P55 e 57 Qd propostas (P55) Solidariedade? vs - Siemens 40% - Siemens 80% - Fels 50.5% e UTC 10% Fels Manda > 50%

SP? PB vs gas. Argentina... RV vs MG e oport. (conversa MG) Seletividade eclusas Tucurui > JP

Acordo Technip? plataformas PDVSA anel integ. S.A. Claim Paraguai Celulose Uruguai - Conceito Mercado Delegado presença local vs projeto oportunistico Re-pactuação taxas DS+OD Barini vs Tucurui: - Preparado p/ prog? - É Empresario? - Re-pactuação Taxa Eclusa Tucurui > passar p/CCCC? Braskem > - Ações p/ reforçar engenharia Já - Absorver estoques e capital empregado (proposta c/ Fadigas) - demonstrar ganhos CNO p/ CA Usimec: Solução, ações? Petrobras/Governo: precisamos trabalhar institucionalmente (politicas, proj. Estrut., etc...) - Petrobras Argentina & outros - Tercerização Gasoduto: - Qual resultado subs? - Desbalanceamento? - CCCC vs HV Relação c/ Contreiras Estrat. Mercado Dutos Brasil CVRD/Niquel Vermelho vs Hatch

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- Se você acredita ñ é o Sancho - Alinhamento c/ BJ vs desgaste Visão/parceria projetistas (Minnerconsult?) UTE Pernambuco?

Estrategia Dique/P55 Ampliação PQU. Tel? Visita Tucurui & Arg. PB no Equador MG vs Serviços TECHINT GDK? Leo: - atritos Duque x SP > SP ñ faz gol: como fazer? Ñ é culpa diretoria e SP vs seus limites - qual agenda de invest. PB até 06 > a gente o que? > financ. Estruturado Estaleiro Miguel? Meet Chines

33) Anotação

Conversa PN: cativa e apres. Investimentos equipe jatinho Fo MJ geração de caixa, modelo GE Liability Venezuela? aquisições SAP vs inf. CX2 seguradoras e corretoras? Proteus, valor CNO

Jaime > Braskem/reservar espaço Equipe: Mario/Jaime, helena, Rodrigo, sergio, PQ, Carla > Braskem Unicon. FDIC fornecedor? Rating (Fitch...) Cambio: VG, internação Dolar... Passivo DGI Ve fortalecer relação Banif Alinhar/Coord. Bancos mais comprado em R$. Dolar ñ vai subir no curto prazo Todo mundo Token Tel preto p/todo mundo Dar p/ clientes? IFC Angola e Proex p/ Shopping Cativa AF: Prest. Ctas Mandar cta offshore ODB PLR06 p/ descasar Prest. Ctas FR/JB

@Proposta p/ absorver estoque e suplimentos Braskem @ estrut. planta PP p/ Braskem > PA

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@discrepancia Cx2 04 @Acomp. Desb. Moedas (Gasoduto...) dem fluxo DGI/Ven. CA @ percepção: internar U$ até. Copom @ Cativa @ Historico balanços irmãos @POC PRA ñ temos resultado real @Gestão/estrategia fluxo cambial venezuela

Temos neste conjunto de anotações, menção ao termo “caixa 2”, ligado a sigla SAP (ainda não identificada) e ao número 4 (aqui, há possibilidade de ser referência a Linha 4 do metrô da cidade do Rio de Janeiro/RJ, obra executada pelo grupo Odebrecht.

Em uma das linhas Marcelo Odebrecht anota “mandar cta offshore ODB PLR06 p/ descasar” , contudo, até o momento, não foram encontrados maiores detalhes para tal anotação.

A anotação “Prest. Ctas FR/JB”, se refere a Fernando Santos Reis e Jorge Henrique Simões Barata, ambos executivos do grupo Odebrecht.

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34) Anotação

@ok estrat IFC @Tl - Meet Hermanny > TI - Rogerinho (Olex?) - padronização - infra nos EUA? - revisitar US e Portugal - comite @TAC unica p/ LT (1% incl. VPNI) @Acompanhamento Investimentos @ hedge cambial?! @ Operação fundações Ponte - acompanhamento posteriori @ Proteção ações Lixo e Tunel @ Fundo de Liquidez ODB @ cc ODB: NSPC... @ Stand-by? @ Banco Santos? @ Simplificar processos: incl canteiro @ Mudança taxa JI @ Gestão ativa nos contratos - Você patrono dos recursos financeiros @ ação PIS/COFINS/CSLL? Status? @ Beyond Budgeting IM > João (PBernardo) Lei Licit. nova e adap. CH: M.Tanaj. MVerner? Criterio RV/Tx > PN 1 aula/disc USP...p/ DC Equipe Tocoma 250k > Barata

HV: Fechar Chesf discurso arrumado -Proteger Lula - Não competir Com EC

MBahr? Submarino Submarino: Samuel, Otho, Waldir Roger vs CB e MBahr PMDB vs Furnas

DR 61-3411-1935 Defender-se junto CCCC Estabelecer estratégia

Entender Porce Macri -Nigéria -Oportunidades Argentina Credito Eletrobras Encontro Jantar com Ministro?

Op. Vatech, Porce: Bndes Madeira -Garantia credito eletrobrás

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-Como nos diferenciar -Apres. Guido Mantega ligar Engetec a CCCC Ida de Silas a Venez. Carta Pres. Voith-Siemens Dimas Ramos Aero Bogota vs Arquitetonic > Brescia Delio ou MarioLucio Tocoma

35) Anotação

Sair Uruguai Meet Dilma. - Project Finance - F.Botelho - Prioridade Madeira/Belo Monte - Cuidados da Min (construtoras, licitação) Você bom p/contratar Seremos investidor > temos que entender meandros do setor meet sobre ações Madeira Pacto c/ Engetec (FReis vs Cisto Duran?)

Bradesco vs Lula

IM: Ref. C/ Garreta? 0+NG

CAMPANHA BOLIVIA 30 + 100 Gringo 100 + 650

Uma das anotações indica um encontro com Dilma para tratar de assuntos diversos. Em outra temos a sigla IM (Irineu Meirelles, da Odebrecht TransPort) vinculado ao nome de Garreta, não sendo possível indicar o assunto.

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Em outra anotação, Marcelo faz referência a campanha boliviana, indicando os valores 30 + 100, bem como o nome “gringo” vinculado aos valores 100 + 650, contudo, estas anotações ainda carecem de maiores pesquisas.

36) Anotação

Falar c/ acionistas meus MG BG NS EB DV... G5 p/ 8666/TCU 4Marcos Rogerio Carlos Rosa Leo

G.Alkimin? marge

Marcar Meet G5 Já TCU Lei Lic.

Italiano: Apoio a JP Madeira -S/ Furnas o preço sobe, todos sabem da nossa competitividade DR vs Embasa

Envolver mantega em angola Okamoto R2 JDourado R0.5

PB: Coord/Balcão Negocios Beto / Angola Dilma

BJ: diretor só voce? BJ vs Agenda MG - Algum ponto? - Qual seu programa - MG 50: Nos 7 de 8 PPPs - Copa do Mundo? - CA, mas disc. s/ tudo (barrag, metro, estradas e san. Igual a LPT). Minha opinião CA e PAC

Agenda JW? Afagar, criar oportunidade p/ $ JW Emiliano Neto SRoque Paulo: $ e Braskem

CMF: Gedeu e JW |Jarbas vs Nestor e PRoberto BA vs Barradas e

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PMDB vs Furnas/MTransp.

Tel/Sair:

EA 1000 Beta + 500 1500 Cash 1000 PF

LM: 1500 + 300

BETA LR: US$ 100 BJ: R$ 500 LM: US$ 300

JP/IM: Prep. Meet BMaggi

Quando da minha ida me re-confirme pessoalmente quem é Oriente no IRSA S e Campanita no IRSA N. Estes são os valores de 100% ou só a nossa parte. IRSA N, bem menor, tem DGI igual a IRSA S?

Uma das anotações sugere o apoio do Italiano (Antonio Palocci) a JP (João Antonio Pacifico Ferreira, executivo do grupo Odebrecht), contudo, não há descrição do tipo de apoio e em qual assunto.

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Em seguida, Marcelo anota que precisa “envolver Mantega (provável referência a Guido Mantega) em Angola”, sem especificar maiores detalhes, segue anotando os nomes de Okamoto (provável referência a Paulo Tarciso Okamoto) e JDourado (Juscelino Antonio Dourado) e a estes nomes, atribui a letra R com a indicação de números, possivelmente valores.

Fala-se ainda em afagar e criar oportunidades para dinheiro para JW, sigla esta utilizada para indicar a pessoa de Jacques Wagner.

As siglas da anotação “e-mail RVs Pend. + Aj EA” , aparentam indicar “e-mail requerimentos de valores (RVs) pendentes (Pend.) + ajuda (aj) Euzenando Azevedo (EA)”, este executivo do grupo Odebrecht.

Posteriormente temos algumas siglas seguidas de valores em reais (R$) e dólares (US$), tais siglas correspondem as pessoas de Euzenando Azevedo (EA), Luiz Teive Rocha (LR), Benedicto Barbosa da Silva Junior (BJ) e Luiz Antonio Mameri (LM), contudo, em relação ao termo “beta”, não foram encontradas maiores informações que possibilitem identificar sua designação.

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Na sequência temos as siglas JP (de João Antonio Pacifico Ferreira) e IM (de Irineu Meirelles), ambos executivos do grupo Odebrecht, associadas ao um encontro com BMaggi.

Marcelo Odebrecht utiliza novamente a sigla DGI, desta vez, vinculado aos termos IRSA S e IRSA N, bem como os nomes Oriente e Campanita.

Pesquisando-se, foi encontrado menção ao termo IRSA no site https://pt.wikipedia.org/wiki/Iniciativa_para_a_Integra%C3%A7%C3%A3o_da_Infraestr utura_Regional_Sul-Americana , em acordo com a definição ali postada, a sigla correta seria IIRSA, ou seja, Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul- americana .

A Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana, ou simplesmente IIRSA, é um programa conjunto dos governos dos 12 países da América do Sul que visa a promover a integração sul- americana através da integração física desses países, com a modernização da infraestrutura de transporte, energia e telecomunicações, mediante ações conjuntas. Pretende-se, assim, estimular a integração política, econômica, sociocultural da América do Sul.

A IIRSA surge de uma proposta apresentada em agosto de 2000 em Brasília, durante a Reunião de Presidentes da América do Sul, onde foi discutido a idéia de coordenar o planejamento para a construção de infraestrutura dos diferentes países do continente sul-americano.

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Conforme o Ministério do Planejamento do Brasil, esta iniciativa surgiu a partir de uma proposta brasileira, baseada na experiência de planejamento e em estudos desenvolvidos com foco na integração da infraestrutura logística do país, financiados pelo BNDES. A IIRSA é financiada, desde sua criação, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), pela Corporação Andina de Fomento (CAF), o Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (FONPLATA). Além destas agências, a IIRSA também recebe financiamentos oriundos do banco governamental brasileiro Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A IIRSA se apresenta como uma iniciativa multinacional, multissetorial e multidisciplinar que contempla mecanismos de coordenação entre governos, instituições financeiras multilaterais e o setor privado.

A necessidade da integração da infraestrutura física da América do Sul baseia-se no reconhecimento de que não basta a redução ou o fim das barreiras aduaneiras regionais para integrar um continente ou região, mas é necessário planejar a construção dos meios físicos (infraestrutura) que permitam o desenvolvimento da livre circulação de produtos, serviços e pessoas. Neste quadro, a IIRSA tem como propósito declarado promover o desenvolvimento com qualidade ambiental e social, a competitividade e a sustentabilidade da economia dos países sul-americanos, favorecendo a integração da infraestrutura – não apenas da infraestrutura de transportes (rodoviária, portuária, aeroportuária, hidroviária), ou energia (oleodutos, gasodutos, redes de energia elétrica), ou comunicações (telecomunicações, de estações terrestres de recepção e transmissão de micro-ondas, backbones ou redes de cabos ou fibra ótica e satélites) -, mas também a integração da logística regional, integrando os mercados de serviços de logística (transportes, fretes, seguros, armazenamento e processamento de licenças). Assim, a IIRSA se insere na chamada "era do novo regionalismo", destacando-se pelo foco na infraestrutura física da integração regional.

Já no site http://www.apublica.org/wp-content/uploads/2013/11/BNDES- proyectos-financiados-en-la-Amazonia-DAR-Portugues.pdf , encontramos o documento “SISTEMATIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE PROJETOS NA REGIÃO AMAZÔNICA FINANCIADOS PELO BNDES COM IMPLICAÇÕES NA DESFLORESTAÇÃO”, o qual faz menção ao projeto IIRSa Norte, desenvolvido no Peru pelas empresas Odebrecht e Andrade Gutierrez (talvez a razão de Marcelo Odebrecht anotar “Estes são os valores de 100% ou só a nossa parte” ) e financiado pelo BNDES.

A Odebrecht em seu site http://www.odebrecht.com/pt-br/negocios/nossos- negocios/latinvest também faz menção ao projeto IIRSA Norte e Sul.

Criada em 2012 e com mais de 2.300 Integrantes, a Odebrecht Latinvest tem foco no investimento em logística e infraestrutura na América Latina, contribuindo para a geração de novas oportunidades na região e reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.

A Odebrecht Latinvest executa projetos, mobiliza capital e realiza investimentos nos segmentos de estradas, mobilidade urbana e dutos, priorizando Colômbia, México, Panamá e Peru. Além disso, atua

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MJ – SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL POLÍCIA FEDERAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ GT OPERAÇÃO LAVA JATO como investidora de capital e operadora de concessões desenvolvidas ou adquiridas pela Organização. No total, são 2.250 km de vias que recebem 168 milhões de usuários a cada ano:

Rodovia IIRSA Norte, de 955 km, que cruza o Norte do Peru e liga o Porto de Paita à cidade de Yurimaguas – com 80% de aprovação dos usuários;

Rodovia IIRSA Sur, de 656 km de extensão, conectando a serra de Cusco, no Peru, à fronteira com o Brasil, no Estado do Acre – tem 71% de aprovação dos motoristas;

Rodovia Rutas de Lima: 115 km de vias urbanas que conectam os principais acessos à capital peruana, com mais de 280 mil usuários por dia;

Rodovia Ruta del Sol (foto), entre Puerto Salgar e San Roque, na Colômbia. A via, na qual circulam 20 mil veículos por dia, é a mais importante do país e recebeu 94% de aprovação dos usuários.

As três concessões viárias no Peru (IIRSA Norte, IIRSA Sur e Rutas de Lima) fortaleceram a presença da empresa no país e promoveram a criação das subsidiárias Odebrecht Latinvest Perú, Odebrecht Latinvest Operaciones y Mantenimiento e Rutas de Lima. Na Colômbia, atua por meio da Concessionária Ruta del Sol.

37) Anotação

AG vs Omos - Finalizar Cuidados (sair da defensiva) Acordo DGI Visita Lula GYM? midia? Martorelli

Extender Prazos Elisio Inicio p/Visita 18/7 Apoio bancada 2006 Acerto c/ amigos > Toledo Re-Florestamento PDs (3) p/ CA ODB Edson vs DGI Meet Granya? Visita Pres. CAF prest. ctas adenda IRSA Norte? seguro Brescia Estrat Com. e ações e Economics Gerenciamento Omos $ Bolivia vs CAF Fechamento Omos? Projetos CVRD (Potassio) Plantanal? oportunidades royalties Cuzco Olmos: - Entrada socios depois contrato EPC -Gestão prazos/contratual vis-a-vis exposição max U$ 1 mi - Plano contingência imagem (culpa outros sempre presente) vs Meet MAG Ameaça de DC Prog. de DC (Benjamin...)

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Legaliz. contrato Darc Darc vs Edu Campos Acordo Darc Exp Metros Emb vs Globo, Livro Venezuelas CMF vs Logotipos

Div. Prog. 3a idade plan, acomp. Lanç. Proposta FIU? praticas desm? Ibarra Den. Maranhão Tonhão MRehm Atuação mais forte Universidades (futuros clientes, parceiros...) Melhor comunicação (visão consolidado, relatório...) TEO: como torna-la mais viva, presente, falada... (RV # PA) HotelxParticular(ver cta) - Ida Peru e Venez e Angola - rever IM e RV já - RV ano q vem > Planilhas enviadas e checadas por OC/Diplan até 24hs antes. Se ñ cancel meet - IM e salarios Mexico/Bolivia?!? - politica salarial Ang. - Prog. Visitas ODB obras - Problemas remuneração Brasil? Avaliação e ações. atuaz. Mov. pessoas - CB ou ES > Braskem - recomendado Deniu - lrmão Marcos Grilo? - precisamos fazer aval peixes > danilo Bahia - Chance p/ Fabia? - pedidos Pai (Eduardo lemos) e Kiko (dep. Lael) - Programa jovem parceiro 2005 (inclusive recomendados) - historico JP e PDE. Onde estão? - Encontro com Jovens Parceiros

38) Anotação

Importancia Reis/GE. IM: Ver detalhes conversa EO-Lula

PB/AP vs Archer/Higino JMeet Higino Dizer q sabem q foi 12M João 6M Archer 0021.244.92.350.3289

Estre? Visão? João Silveira? M.Gomes -Abandono transição -negocios Angola vs Carioca JD vs Estre

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conversa com Villa/Suez? Caminhões Administrar saida RSU Macri Base calc. Lixo Newton? Equips. Comprados p/ RSU Aterro? Macri MGomes Seu Programa Cancel c/ CVRD: avisar Roger Votorantim Venezuela)

Burati ADL, Garreta, San Marcos Galvão vs Garreta Prog. Saneamento (Provisorio?) Atenção Capital Empregado Sinalizações - Borland - Lafarge - Equipamentos - Compra OAS/ HGuedes Qds Acomp. & Apres. ODB

PN: 10M Brask

Agenda para PN/JS Plano de segurança e recomendação de estudo contratado pelo Metro Coordenação de cartas, editoriais... Recalques tunel Alinhamento entrevistas Livro de segurança - precisamos saber - um assunto deste vaza estamos ferrados Meet de Leo 6a Deputados os outros - Convite deputados Nota, editores, "Coletivas" Nota agua Nota tec. s/ eng. Nac. Psicologico equipe

Inicialmente temos a anotação para que Irineu Meirelles (IM) veja detalhes da conversa de Emilio Odebrecht e Lula.

Em seguida temos menção ao valor de “12M” e João “6M”, lembrando que tal anotação já foi tratada no item 15 deste relatório, porém naquela, Marcelo Odebrecht também fez menção ao nome “japonês”.

Na anotação “JD vs Estre”, esta faz referência a Juscelino Antonio Dourado, visto que o mesmo manteve vinculo profissional com o Instituto Estre de Responsabilidade Socioambiental.

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39) Anotação

BJ: - mais presença canteiros - fortalecer homem eng. - Fabio vs varios contratos - M.Vidigal

MG: Oport United Group R1a sonda Sondas terrestres. Devon BL 16 % da OSOG...

P.Godoy: BNDES: Proj. Finance Regulamentação: Quem? Secretária de AA e não a Leila Como estão ações ABDIB Secretaria Lei Licitações vs meet c/ AG, OAS... MP 232 (PFL e CNI vs Palocci) CNI vs PPP Espanha > P.Godoy @ Trabalho overun de custos @ Ação no MT > Palocci/Delubio @ Prop. Saneamento ABDIB vs Prefeituras > BJ/JP @ MP trib da Prest. Sv (CNI...) @ BSB (mudança esc.?) @ Lei de Iniciativa @ Lei 8666 @ FGC PPPs @ Atuação COINFRA @ BR 101 @ Postura Pacifico @ Interação CNI

AJ: TCU?

(IM: Custo Amb. 0.5% e outros pts p/ Lula

Engevix > Italiano

3o G p/CC q quer 20 nosso

Relação DGI fundação

Infiltrar no TCU

50/3% AM na proporção

Oportunidades c/ CDS ÷Pgto Duplo no IRSA (libor + spread Banco + proteção CDS + fee banco) Poderiamos levantar Fund em Libor + Premio CDS vs mercado de Repo (precisamos saber precificar)

Neste conjunto temos duas citações ao TCU (Tribunal de Contas da União), a primeira, apenas, relacionada ao nome de Adriano Jucá, já, na segunda, o mesmo faz menção a infiltrar no TCU.

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Na anotação “(IM: Custo Amb. 0.5% e outros pts p/ Lula”, a sigla se refere a Irineu Meirelles, da Odebrecht TransPort.

40) Anotação

Ao ligar a ODB cuidado com outras remessas

Indicação p/ Ric.Brennand

Darc: meet JDirceu? AJ: F.Camara CI Geração Indireta CI Limite Resp Filho RS TCU intimação (em casa) Divida Eletro? Rolos Banestado limite 25% vs indenização (aero-RE?) Atenção c/ area MG Equipe ação contra EA/MurM Fesa (JS e LM) Cred Eletr. IRPF. RF CH Ação no TCU AM > Madeira ou Ven. Lixo SP? B.Dourado? grampos? Siria? Passivo trab. expatr? desmob UK Andrea Darzé MP 232? @ MP Tributos (IR exterior) @ Mudanças equipe? @ Problema Chile @ Risco ações CBPO/CNO - Medidas suspensivas CBPO @ IPI Credito-prêmio? @ Ck nível 2 Braskem @ uso ICMS Braskem @ Creditos Eletro @ CI sobre PDs @ AVIÃO - Mudar p/ CNO - Como cobrar Braskem - Ck nota debito - ganho/risco transf. Non related @ Rolo Cetenco?

CH/PL: Ref. MG

$CH: Prog para liberar Caiado vs Ciro

MJ: filha PR Kasaquistão

Dep Bruno

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8196090922

41) Anotação

EO: conversa pos. c/Lula Mostrando q gov. Atendeu em nosso prej. Aos interesses da CCCC em Madeira, Ven e Angola.

Agenda Lula Ação da PF e danos para o governo Encontro vs orientação Madeira - Dilma - Valor tarifa e formatação (TCU) - Impacto atraso Angola Suzano com Unipar Diretor de licenciamento do Ibama - geógrafo Roberto Messias Franco

42) Anotação

MADEIRA: 1) Equipamentos (GE): o qual prefiro lhe atualizar na vespera, face a importancia e dinâmica dos acontecimentos. 2) Nossos deal breakers para participar do projeto: também só vale a pena atualizar na vespera (ex : arbitragem, equilibrio economico fin, tarifa, etc) 3) Mecanismo de Leilão: também para a vespera. 4) Acordo Mineiros (100% fechado) e paulistas (em evolução): também na vespera 5) Atividades extras desenvolvidas por nós além dos estudos de viabilidade: estou enviando a seguir. 6) Limite a % de participação de construtor (mais até conceitual): visto que se trata de um item claramente direcionado a nos prejudicar, contra a logica de quanto maior a % no empreendimento, maior o compromisso. Também vamos ver como este item evolui. 7) Risco do TCU e SDE postergar o leilão em demasia vs. a necessidade de ser este ano para gerar em 2012.

INDICAÇÃO IBAMA: já lhe enviei e-mail sobre Roberto Messias Franco

Revisar nota RD p/ Lula

CH: Tadeu? Antecipar contribuições integrantes a fundação

Agenda RD 1. Viagem a Cuba + 2.Identidade Visual Atividades do LE Eng. e Const.++ 3.Projeto Instituto Bra-Mex (L.Cárdenas) +++ 4.Documentário Abreu e Lima +++ 5.Encontros Trimestrais Lula+HC - Preparação +++ (*) 6.Ven no Mercosul +++ 7.Projeto Político Panamá + 8.Reestruturação,Simplificação da área RI CNO ++++

IM vs metas JD

Conde e ECunha?

Segurar DGI e Techint

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JCN: Ven. vs Heraclito?

Lula vs DudaM

Indicação Ibama Para o encontro em BSB destaco o seguinte: a pessoa que resolveu a LP do Madeira e é importante para assegurar as datas das licenças futuras dos projetos na área ambiental é o novo diretor de licenciamento do Ibama - geógrafo Roberto Messias Franco - pessoa experiente e confiável. Ele precisa ser fortalecido já que o presidente do Ibama ainda é interino e ocupa simultaneamente a chefia de gabinete da ministra

500k > PC

Dentre as anotações consta a “500k > PC” , sendo a sigla PC referência a Paulo Henyan Yue Cesena (executivo do grupo Odebrecht).

43) Anotação

Visita Lula Venez. Dia 26

Visita Lula Peru/Venez.

NS & RS: Esquema Braskem e Ponte A receber até Julho (Luta de EA lá) - $70 medido - $60 a medir Totalizando ~360 Local

Agenda

q Equador

Atuação em projetos prioritários do Governo Gutierrez - AHE São Francisco - Apoio na agilização do financiamento brasileiro. - Irrigação Carrizal-Chones.

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Necessidade de apoio ao Governo Gutierrez. q Líbia

Visita Presidente Lula - Potencial como parceiro político-comercial. - Elaboração de uma agenda comercial prévia. - Projeto do "Third Ring Road"

Estávamos trabalhando na idéia de unir as casas do Consul a um grande projeto. Idéia que voce próprio comentou comigo há meses atrás. Além da aprovação do Projeto de Reforço do Abastecimento d'Água de Luanda, o Conselho Ministro aprovou nosso projeto de construção de 3.000 casas econômicas no "Bairro do Zango" - valor: US$ 18 milhões.

US$ 6.000/unidade, mas combinamos com a Dar medir uma diferença (US$ 4 milhões) pelo Projeto de Águas (química). O Consul não sabe. Ele insistiu que uma casa não podia passar de US$ 6.000. Com a Dar, temos nível de diálogo.

44) Anotação

Reunião corporativa Bradesco (Na sede do Bradesco na Cidade Deus); AN,RI,CF Data: 18/02/2004.(Quarta - Feira) Horário: 9h 30min Cidade de Deus, s/n - Prédio Novo - 4 andar

Participantes pela Construtora Norberto Odebrecht S/A

Sr. Álvaro Pereira Novis (Diretor da Odebrecht S/A) Sr. Marcelo Bahia Odebrecht (Diretor Presidente) Sr. Rogério Luís Murat Ibrahin (Diretor Financeiro) Sr. Carlos Fadigas (Gerente Financeiro)

Encontro-Jantar José Gesuíno

Estamos confirmando também o encontro-jantar com o Presidente do PT, Sr. JOSÉ GENUÍNO para o dia 08 de março de 2004, 2 feira, às 20:00h. no São Paulo Clube, localizado a Av. Higienópolis n 18 - São Paulo/SP.

P51 Proposta original: ODB 831 x 571 Fels (Diferença de 259) Proposta neg base: ODB 784 x 599 Fels (Diferença de 185) Proposta neg alt.: ODB 718 x 599 Fels (Diferença de 118)

P52 Proposta original: ODB 855 x 631 Fels (Diferença de 224)

Palocci vs CEPACS (BSB)

Apoio André Machado (71) 8118-3728 "Almoço com a família Voith Siemens (Rua Friedrich von Voith, 825 - Prédio 70

Desbalanceamento moedas Engevix Faturamento/backlog/evolução Por Pais: - exp. Sv (local e ñ)

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- outros Metas de maior faturamento local criterio DGI na cabeça? Petrobras/PDVSA

Encontro com Dep. João Almeida

Delúbio Tel amigo de Vitoria p/ acelerar lixo Denise Abreu é ok? (do gabinete de JD) vai para o CADE

45) Anotação

DN: Convites e presentes EO: JS MO: RA BJ: GK

Guardar PC Card Kiyoko? Aj. Mem. MT? AA: Lula RD/RF: MRE

JV? Com CNO + pessoal $ JV vs Familia/Governo Leader fee? 60-1.5/ 50-2.5/40-5 Atualiz. MBahr?

Meet Palocci?

EA: quieto acordo e payRV Argumentos > EO

LM: tranquilou o PR?

Acordo oficial c/JD?

46) Anotação

Pressão DR Parecer jur. p/ DR Ap. Pessoas JV, AP... 3o já

3o grupo andou? Prep. Alternativa DR Compromisso ñ + pressão e parar ex pedidos abs

Trabalho social p/Lula HV: discurso arumado EC Eu também ir meet DR

47) Anotação

AP: env. Mantega Angola?

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Conversa JD vs Deniu Hilberto Silva: Programar 500 mil reais até 5a JD: (11) 8591-6460

As siglas utilizadas nas anotações acima dizem respeito a Antonio Palocci (AP) e Juscelino Antonio Dourado (JD).

Temos ainda a anotação de Marcelo para programar R$ 500 mil reais, não havendo referências ao destino de tal valor.

48) Anotação

PN: JS vs Irmã Dulce RS: LP Link JP JP/BJ: CVRD? JP: pendencias OAS BJ/JP: Lei de Licitações HV/BJ: Estrat. Vacari JP: PPP/Petro vs Gedeu? BJ: Sabesp e outros

Meet Dilma? Relaxe Divida JP e HV

EA/CMF: Eduardo vs Lula JW vs Copa JP: Repr. BA

JB: morte IRSA S?

PBernardo vs Angola Marquei 5a 12h com P.Bernardo. Preciso ter algumas informações: - Nota sobre as hidrelétricas (incluindo expectativa/estimativa de timing de aprovação/desembolso e valor a financiar) - Das obras já mais ou menos contratadas (os tais 700 milhões) quanto é nosso? - Proximas aprovações nossas no COFIG. - algo mais?

MC: Agenda Semana Seminarista e Italiano Kiyoko Seminario JV (ck IM)

Em uma das anotações Marcelo faz referência a Henrique Valladares (HV) e Benedicto Junior (BJ), ambos executivos do grupo Odebrecht, ligando-os ao nome de Vaccari.

Em seguida, Marcelo utiliza a sigla JB, referência a Jorge Barata, executivo da Odebrecht no Peru.

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Continuando, temos ainda a sigla PBernardo, referência ao ex-ministro Paulo Bernardo da Silva e MC, referência a Marco Antonio Vasconcelos Cruz, executivo do grupo Odebrecht na República Dominicana.

De acordo com a anotação, Marco Cruz teria agenda com Seminarista e Italiano, este codinome de Antonio Palocci Filho, já aquele, pode ser referência ao ex- Ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, como apontado no Relatório de análise de Polícia Judiciária nº 438 de 30/07/2015.

Abaixo segue pequena descrição acadêmica/profissional de Gilberto Carvalho.

Graduado em filosofia pela Universidade Federal do Paraná, cursou alguns anos de teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e fez especialização em gerenciamento público, em instituições de Venezuela, México e Espanha. Ele foi ligado à Pastoral Operária (movimento da Igreja Católica) e desempenhou diversas funções no Partido dos Trabalhadores (PT). Exerceu cargos na prefeitura municipal de Santo André e, antes da posição atual, foi o chefe de gabinete da campanha do candidato Lula à Presidência da República. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gilberto_Carvalho

49) Anotação

PA Sena empresa vs linha propria relação com MJordão? $ Renato Sucupira e estrat. Fin. Adv. Funamoto Sojitz > Fin. PPP Hildebrando > Madeira Ações COFIG Prep. Meet CAF novos pedidos Angola, Alberto Neto vindo Brasil Argelia Itamaraty vs embaixador, Furlan OPIC

AG vs CCII /Marcar meet GLacerda e WPinheiro. Paul: Vacari?

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Techint vs tubos Licitação só tubo na Argentina? EO: Lula ligar p/ Chaves Paper 8666 Mercadante PN:Ap Marc. Neto e %AA Acidente IRSA N e S

Uma das anotações indica a sigla de Emilio Odebrecht (EO) com o texto Lula ligar para Chaves (Hugo Chaves).

A anotação “Paper 8666 Mercadante” se refere a Lei de Licitações, sem haver maiores detalhes.

50) Anotação

Oport. na Cadeia Panama André vs conversa com Gov vs Canal Bouygues/Canal obra ICA Panamá Espaço p/ Astaldi KBR + Parsons Resposta Bougys. Porto/DPW vs MJ Formação Panamenhos Op. energia Panama PCHs EA: Alt. sal: FG: Baba? CClI JP/BJ: EO vs Constran Palocci: cta Rennau + 3 EA: Paul vs Cylela vs Marina LT: JDirceu vs Nicaragua JP/BJ: mercado portuario

A anotação faz menção a conta Rennau , atrelando-a a Antonio Palocci, contudo, não foram obtidas maiores informações a respeito de tal conta.

51) Anotação

AL: Doação em SP (EAO)

Alstom? JV c/ GE (outros neg. Inepar) - $$$ investimento Tem divida BNDES? Novo financ.? - risco/beneficio ficar só c/ GE ou Alstom - risco/beneficio CCC comprar - Interesse econômico vs controle Alavancar equity c/ outros socios (fundos atuais Inepar+ novos)? - conduzir junto GE como iniciativa sua (ver qd/como levar p/ fundos) JP/BJ/MF: Parc. Usimec?

52) Anotação

divulgar acordos L4 Ric. Teixeira

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F.Goes Coord. PB e G5. Ida RJ

ar 60/40 c/ fee

JP: Lula vs Parque DLindu

Pessoas da Techint (compra?) Acerto c/MG TAC Arg. São Roq superfat. Braskem: dev. Excesso p/ cta cont. Mostrando eclusas Tucurui > JP Cuidado Paulinea PR vs JCG, Refinaria US vs DGI Dique seco suape Missão p/ HC vs PRob Prog. JWagner Estrategia SRoq/JW

acerto base c/ MG Refinaria vs campanha e AG

Madeira: - - cartilha contraria Ações junto ONGs

Ronnie? Ernesto? RSP Tunel $? Delubio, Metro RJ, acordo CVRD

Meet Aecio Com. PAN Delubio? $ Tunel, Fdbk > A.Merc.: - Lei 8666 - Programas SP

Uma das anotações faz menção ao termo DGI vinculando-o ao Refinaria US (provável referência a Estado Unidos da América).

Temos ainda referência a “programa Jacques Wagner”, seguido de “estratégia SRoq/JW”, esta uma provável referência a São Roque do Paraguaçu, trata- se de distrito industrial de Maragojipe/BA, onde está instalado o Estaleiro Enseada Indústria Naval.

Marcelo também anota em buscar um feedback com Aloizio Mercadante Oliva (A. Merc.) sobre a Lei 8666 e programas SP, este sem maior detalhamento.

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53) Anotação

$ Tunel. Luz p/ todos você prog. Meio Amb? J.Cox? MG? > PN RV L2 e L4. Mais alguma pendência? $ tunel

Banco e folha Sonangol EA/RD: doc. Abreu Lima BJ: L4 Globo Colocar contra-informações açoes legais imbecis L4 TAC vs claims Não podemos entrar na agenda de JS Mas se ñ gerirmos bem - ñ vamos sair da crise - ñ vamos tranf. Em Oportunidade - Eu mesmo questiono equipe e segurança (ou parametros)

MF/DV: DGI Contratar alguem YPF p/ entender Gas (DV?) e identif. outras brechas setor

@ Trabalho overun de custos @ Ação no MT > Palocci/Delubio @ Prop. Saneamento ABDIB vs Prefeituras > BJ/JP @ MP trib da Prest. Sv (CNI...) @ BSB (mudança esc.?) @ Lei de Iniciativa @ Lei 8666 @ FGC PPPs @ Atuação COINFRA @ BR 101 @ Postura Pacifico @ Interação CNI BAJ/PC: adm SPEs como entidades isoladas para evitar futuros claims Formalidades, atas... PC/CH: criterio RV OD

Marcelo anota as siglas MF e DV, relacionando-as ao termo DGI, tais siglas correspondem as pessoas de Marcio Faria da Silva e Daniel Villar, ambos executivos do grupo Odebrecht.

54) Anotação

Dilma, Navio Lachman, Mat estaleiro

@ Aliança estrat/contribuir: c/ japonesas, chinesas, russas, arabes @ Solução $ p/PT @ Estaleiro @ Programa integração novos @ P-55 (SP vs OAS...) ir p/ analise Venez. e como apoiar EA

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Salario Flavio Se capacitar p/ uma "melhor" reunião c/ S.Machado meet com todos vs Braskem Ildo Sauer meet Delcidio Miguel Gradim > Lixo PB Arg & Eq - Já gasoduto Campinas-Rio? Oportunidades no Equador (como conduzir e quem lidera?) fdbk RDA > Kiko

Alinhamento Braskem - mudança de postura radical (lucro definido por eles) - levar para cima o não com risco meet Delcidio Gasene: Chinês vs Japonês Naval > obra transvestido de invest. e vamos participar Tanure? Edital? Outra Opç MG: Maesk vs Ven 2a Sonda? DC/Peru queda Res ANP Marlin Sócio Sonda LT Delmas e reforço equipe

BJ: lsolux

Neste conjunto, Marcelo Odebrecht faz duas menções a encontros com Delcídio, contudo, não há maiores informações a respeito.

É o relatório. Curitiba, 23 de agosto de 2016.

Wiligton Gabriel Pereira Agente de Polícia Federal Matrícula 9342

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