16 X 23 Livro Da Deise
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SÉRIE ESTUDOS DA ÁSIA VOLUME 1 ESTUDOS DA ÁSIA Artes, tradução e identidades culturais Deize Crespim Pereira Mona Mohamad Hawi Antonio José Bezerra de Menezes Júnior (organizadores) FFLCH/USP DOI 10.11606 / 9788575062890 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Reitor Marco Antonio Zago Vice-Reitor Vahan Agopyan FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS Diretora Maria Arminda do Nascimento Arruda Vice-Diretor Paulo Martins DDLO EPARTAMENTO DE LETRAS ORIENTAIS Chefe Safa Alferd Abou Chahla Jubran Vice-chefe Shirlei Lica Ichisato Hashimoto Série Estudos da Ásia Estudos da Ásia Artes, tradução e identidades culturais Volume 1 Deize Crespim Pereira Mona Mohamad Hawi Antonio José Bezerra de Menezes Júnior (organizadores) FFLCH/USP São Paulo, 2017 DOI 10.11606 / 9788575062890 Copyright©2017 dos Autores Catalogação na Publicação (CIP) Serviço de Biblioteca e Documentação Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo E79 Estudos da Ásia [recurso eletrônico] : artes, tradução e identidades culturais / Deize Crespim Pereira, Mona Mohamad Hawi, Antonio José Bezerra de Menezes Júnior (organizadores). -- São Paulo : FFLCH/USP, 2017. 31.332 Kb ; PDF. -- (Estudos da Ásia ; v.1) ISBN 978-85-7506-289-0 DOI 10.11606 / 9788575062890 1. Cultura oriental (História e crítica). 2. Identidade cultural (Ásia). I. Pereira, Deize Crespim, coord. II. Hawi, Mona Mohamad, coord. III. Menezes Júnior, Antonio José Bezerra de, coord. IV. Série. CDD 306.095 É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada fonte e autoria. Proibido qualquer uso para fins comerciais SERVIÇO DE EDITORAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Coordenação Editorial e Capa Maria Helena G. Rodrigues – MTb n. 28.840/SP Projeto Gráfico e Diagramação Walquir da Silva – MTb n. 28.841/SP Revisão Deize Crespim Pereira SUMÁRIO PREFÁCIO Deize Crespim Pereira.....................................................................................................................07 O COLAR DE AVICENA E DOS AMANTES: OS LIMITES DA MEDICINA NA LITERATURA ÁRABE AMOROSA Pedro Ivo Dias Secco........................................................................................................................11 A SULTANA SHERAZADE, TECELÃ DAS NOITES, E A NARRATIVA À BEIRA DO PRECIPÍCIO Fabiana Rubira..............................................................................................................................37 UM OLHAR PÓS-SIONISTA SOBRE A HISTÓRIA E A IDENTIDADE DE ISRAEL NA DÉCADA DE 1990 Gabriel Steinberg.............................................................................................................................57 O TRADUTOR COMO MOLA PROPULSORA DE NOVOS SENTIDOS: MIYUKI-CHAN ENTRE O JAPÃO E A AMÉRICA Thyago Coimbra Cabral e Carolina Tomasi......................................................................................77 A IDEOLOGIA “MODERNA” NÃO-OCIDENTAL NA FUNDAÇÃO DA DINASTIA COREANA JOSEON: DIÁLOGO COM O PENSAMENTO DE KIM YOUNG-OAK Yun Jung Im e Jung Mo Sung..........................................................................................................96 GISAENG: AS MULHERES HABILIDOSAS DA COREIA Laura Torelli de Barros Lopes.........................................................................................................119 QUANTO MAIS COREANO, MAIS INTERNACIONAL: ARTES PLÁSTICAS E IDENTIDADE NACIONAL NA COREIA DO SUL DO SÉCULO XX Choi Suji e João André Pedone......................................................................................................136 POEMAS EM LÍNGUA ARMÊNIA DO TROVADOR SAYAT-NOVA: UMA TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS Deize Crespim Pereira..................................................................................................................164 ARMÊNIO ORIENTAL E ARMÊNIO OCIDENTAL Lusine Yeghiazaryan....................................................................................................................187 JOAQUIM GUERRA E OS CLÁSSICOS CHINESES: O LIVRO DOS CANTARES Antonio José Bezerra de Menezes Jr...............................................................................................204 POSFÁCIO Mona Mohamad Hawi................................................................................................................223 PREFÁCIO Deize Crespim Pereira Esta obra constitui o primeiro volume da série Estudos da Ásia, publicação eletrônica de acesso aberto que agrega textos produzidos por professores, alunos de pós-graduação e de graduação, e pesquisadores ligados ao Departamento de Letras Orientais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (DLO/FFLCH/USP). O objetivo desta publicação é divulgar as pesquisas científicas desenvolvidas no âmbito do DLO, tornando-as acessíveis a um maior número de pessoas, não somente alunos da USP, mas qualquer leitor interessado em temas de culturas orientais, em uma linguagem clara e didática. Este livro abrange dez capítulos de temas variados. São estudos de literatura, tradução, arte gráfica, pintura, língua, história, identidade cultural. O que eles têm em comum é tomar como seu objeto de estudo os povos do Oriente. Neste volume especificamente estão contemplados estudos sobre as culturas árabe, israelense, japonesa, coreana, armênia e chinesa. Fazemos a seguir uma breve apresentação dos capítulos que compõem o livro. “O colar de Avicena e dos amantes: os limites da medicina na literatura árabe amorosa” de Pedro Ivo Dias Secco propõe a leitura de uma narrativa de amor do Livro das Mil e Uma Noites à luz da ciência médica, mostrando como a narrativa dialoga com os saberes medicinais dos médicos Avicena e Arrazi, o primeiro dos séculos X e XI, e o segundo dos séculos IX e X, e também com a obra Fedro de Platão. “A sultana Sherazade, tecelã das noites, e a narrativa à beira do precipício” de Fabiana Rubira também toma como objeto o mesmo clássico da literatura árabe, o livro das Mil e Uma Noites, para analisar a narradora Sherazade, que se perpetuou no imaginário de diversas culturas do mundo, sejam orientais ou deize crespim pereira ocidentais, como ícone da narração de estórias. Neste texto, a autora nos mostra como Sherazade corresponde à figura do narrador que narra à beira do precipício, ou seja, para salvar sua própria vida e a de outras pessoas. “Um olhar pós-sionista sobre a história e a identidade de Israel na década de 1990” de Gabriel Steinberg toma como tema a narrativa histórica e a identidade cultural judaicas. Sob uma perspectiva crítica que permeia um texto muito claro e explicativo, o autor elucida como a história da luta pela criação do Estado de Israel foi escrita sob o viés do heroísmo. Contudo, com o revisionismo histórico das décadas de 1980 e 1990, os novos historiadores negaram a história oficial, baseada em mitos sionistas segundo eles, e promoveram uma reescrita da história, dando origem a calorosos debates na sociedade israelense, sobre o Holocausto, a relação com a população árabe, e a marginalização por parte da ideologia sionista de grupos étnicos judaicos oriundos dos países árabes e muçulmanos. Em “O tradutor como mola propulsora de novos sentidos: Miyuki-chan entre o Japão e a América”, Thyago Coimbra Cabral e Carolina Tomasi adotam como objeto de estudo os mangás (quadrinhos japoneses), mais especificamente o título Miyuki-chan no País das Maravilhas, para tecer reflexões sobre o processo de tradução destas publicações para outras línguas do Ocidente, como o português e o inglês. Sob uma perspectiva discursiva, que analisa os enunciados e os enunciatários que são os leitores destes quadrinhos, os autores demonstram como esta tradução constitui um trabalho complexo, em que os tradutores têm de lidar com um texto permeado de referências tipicamente japonesas. “A ideologia ‘moderna’ não-ocidental na fundação da dinastia coreana Joseon: Diálogo com o pensamento de Kim Young-oak” de Yun Jung Im e Jung Mo Sung constitui um outro trabalho deste volume sobre narrativa da nação, desta feita, a Coreia do Sul. Os autores explanam como durante o século XX predominou entre os coreanos uma visão negativa do seu passado, em particular da dinastia Joseon (1392~1897), vista como responsável pelo atraso e pobreza do reino, e incapaz de incorporar a modernidade; e como esta visão mudou, a partir do final do século, com o rápido crescimento econômico e desenvolvimento tecnológico ocorrido no país. Dialogando com algumas teses de Kim Young- oak, um dos pensadores mais ativos e controversos na Coreia atualmente, o texto objetiva romper com a “historiografia colonialista”, propondo uma reinterpretação “pós-colonial” da ideologia da dinastia Joseon e do seu caráter “moderno” não-ocidental. 8 prefácio Dois outros capítulos deste volume adotam como objeto de estudo a cultura coreana. “Gisaeng: As mulheres habilidosas da Coreia” de Laura Torelli de Barros Lopes nos apresenta uma classe de mulheres conhecidas como gisaeng, que existiu durante as dinastias Goryeo (918–1392) e Joseon (1392–1910). Recrutadas das classes baixas da sociedade e integrantes de uma instituição responsável por educá-las em literatura, música e dança, as gisaeng tinham como função entreter homens da classe nobre (yangban) em festas e banquetes por meio de seus dotes artísticos. A autora nos mostra como, para além disso, essas mulheres tinham um papel fundamental tanto na manutenção da sociedade confucionista da época, quanto na divulgação e manutenção da cultura tradicional coreana. “Quanto mais coreano, mais internacional: Artes plásticas e identidade nacional na Coreia do Sul do século XX” de Choi Suji