Relatório & Contas 2013/2014
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RELATÓRIO & CONTAS 2013/2014 DE 1 DE JULHO DE 2013 A 30 DE JUNHO DE 2014 SPORT LISBOA E BENFICA – FUTEBOL, SAD (Sociedade Aberta) Capital Social: 115.000.000 euros Capital Próprio individual a 30 de Junho de 2013: (23.821.014) euros Capital Próprio consolidado a 30 de Junho de 2013: (23.809.428) euros Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa Número de Matrícula e Identificação de Pessoa Colectiva: 504 882 066 Serviços Administrativos: Avenida General Norton de Matos Estádio do Sport Lisboa e Benfica 1500-313 Lisboa – Portugal Telefone: (+351) 21 721 95 00 Fax: (+351) 21 721 95 46 2 ÍNDICE DO RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO E INDIVIDUAL COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS A 30 DE JUNHO DE 2014 4 GRUPO SPORT LISBOA E BENFICA – FUTEBOL, SAD A 30 DE JUNHO DE 2014 4 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 5 RELATÓRIO DE GESTÃO 7 Aspectos Relevantes da Actividade 7 Análise Económica e Financeira 16 Factos Ocorridos após o Termo do Período 27 Perspectivas Futuras 28 Lista de Titulares de Participações Qualificadas 29 Proposta de Aplicação de Resultados 31 Notas Finais 31 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE 32 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 64 DECLARAÇÃO DO ÓRGÃO DE GESTÃO 152 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL 153 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA SOBRE A INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA 155 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA SOBRE A INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL 157 3 COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS A 30 DE JUNHO DE 2014 Assembleia Geral Presidente: Álvaro Cordeiro Dâmaso Vice-Presidente: Vítor Manuel Carvalho Neves Secretário: Virgílio Duque Vieira Conselho de Administração Presidente: Luís Filipe Ferreira Vieira Vice-Presidente: Rui Manuel Frazão Henriques da Cunha Vogal: Domingos Cunha Mota Soares de Oliveira Vogal: Rui Manuel César Costa Vogal: José Eduardo Soares Moniz Conselho Fiscal Presidente: Rui António Gomes do Nascimento Barreira Vogal: Nuno Afonso Henriques dos Santos Vogal: Gualter das Neves Godinho Suplente: José Manuel da Silva Appleton Revisor Oficial de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, SA, representada por Hermínio António Paulos Afonso ou por António Joaquim Brochado Correia GRUPO SPORT LISBOA E BENFICA – FUTEBOL, SAD A 30 DE JUNHO DE 2014 4 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Caros Accionistas, Tínhamos, nos últimos anos, o desafio de garantir um importante esforço de modernização sem gerar fracturas ou encargos que pusessem em causa o futuro deste projecto. Sei que o momento que vivemos – tal como nos anos mais recentes – obriga-nos a uma maior exigência do ponto de vista do rigor, da gestão e de uma renovada capacidade de responder às expectativas geradas pelo trajecto desenhado nos últimos exercícios. Temos tido o talento de enfrentar e vencer batalhas difíceis, temos revelado uma enorme capacidade de realização, incorporando inovação em projectos estruturantes que já estão a marcar a diferença – que se vai acentuar nos próximos anos – para outras sociedades, nacionais e internacionais, e que nos transformaram num dos clubes mais seguidos do mundo. As restrições financeiras e a escassez de recursos ditadas pela conjuntura devem obrigar-nos a opções muito claras e muito ponderadas, mas não devem funcionar como um factor de bloqueio no desenvolvimento e modernização desta sociedade. Não o foi até agora e não o será no futuro. Os resultados do exercício 2013/2014 demonstram que é possível conjugar bons resultados desportivos com bons resultados económicos. Ao facto inédito alcançado no futebol português, de sermos os actuais detentores dos quatro troféus nacionais, juntamos um resultado líquido consolidado de 14,2 milhões de euros. Valores que provam a capacidade crescente de geração de receitas por parte da Benfica SAD. Vencemos no campo, mas ganhamos igualmente no capítulo financeiro. Os resultados no futebol não foram fruto do trabalho realizado no ano passado, mas antes fruto do trabalho desenvolvido de forma sustentada e coerente nos últimos anos, em que o nível competitivo foi crescendo de forma sustentada. Fomos persistentes e contámos com o compromisso e a ambição de um grupo de trabalho que nos últimos 6 anos tem sabido formar jogadores e ganhar nas várias competições em que anualmente estamos envolvidos. A pressão competitiva tem-nos obrigado a reinventar soluções e a avançar por caminhos que poucos ousariam trilhar. A BTV, no seu novo modelo e, ainda, único em todo o mundo, gerou no presente exercício receitas brutas de 28,1 milhões de euros. Resultados que esperávamos, mas de que muitos desconfiavam. Resultados que superaram a oferta feita pela anterior empresa titular dos nossos direitos televisivos. Fruto deste incremento das receitas televisivas – mais de 255% –, foi possível o Sport Lisboa e Benfica tornar-se no primeiro clube português a ultrapassar a barreira dos 200 milhões de euros em proveitos. Um feito extraordinário. O mercado respondeu de forma positiva à proposta inovadora da BTV e, menos de um ano depois, fomos obrigados a expandir a nossa oferta, passando a emitir em dois canais, sinal da vitalidade, da força e da aceitação que o novo modelo gerou no mercado português. Controlámos os custos, maximizámos receitas, duplicámos os canais, melhorámos a oferta. Foi este o trajecto feito no último exercício, ao mesmo tempo que demos dimensão internacional à BTV. Temos acordos para transmissão dos nossos jogos em 120 países e chegamos com toda a nossa programação, diariamente e em permanência, a 12. É um trabalho de persistência e de melhoria. Os resultados alcançados este ano representam apenas um ponto de partida que terá de ser optimizado nos próximos exercícios. A nível do Seixal, voltámos a investir na melhoria e no desenvolvimento do Caixa Futebol Campus. Um projecto que começa a justificar o investimento feito no passado e as benfeitorias que foram introduzidas este ano e que estão em fase de conclusão. O Seixal já é uma referência a nível internacional, e o Benfica já é considerado um dos principais clubes formadores a nível mundial. Tal como sempre disse, o período de maturação e desenvolvimento de uma estrutura como o Caixa Futebol Campus na produção de talentos é de 8 a 10 anos. Essa etapa foi superada. A actual fase é outra, é o debate com que os clubes formadores se deparam em torno da transição do futebol jovem para o futebol profissional, que é mais crítico quando esse desafio se coloca num clube com o patamar de exigência máxima como é o Sport Lisboa e Benfica. Lentamente, vamos vencer esse 5 desafio, principalmente porque temos a garantia de que o filão de talentos que nesta altura floresce no Seixal dará para muitos anos. Queria deixar uma palavra final dedicada ao Benfica Stars Fund e à aquisição de 85% das suas Unidades de Participação (UP) pela Benfica SAD. Havia vários cenários e vários caminhos. Um deles seria a renovação do fundo, mas preferimos ser cautelosos face à desconfiança com que a UEFA olha para esta realidade. É um capítulo de futuro indefinido, razão pela qual optámos por não renovar. Podíamos também deixá-lo chegar ao fim sem renovação, mas isso significaria que os diversos detentores de Unidades de Participação ficariam com activos do fundo – jogadores e respetiva posição de caixa. Por tudo isto, restava-nos apenas a opção de comprar a percentagem que não detínhamos. Creio que foi a decisão mais sensata e aquela que melhor defende os interesses da Benfica SAD. Os êxitos que já obtivemos mostram que, com conhecimento, com empenho e com profissionalismo, tudo se consegue. Os sucessos desportivos e financeiros aumentam a nossa responsabilidade em relação ao futuro. Ainda temos um longo caminho a percorrer, mas o que já percorremos habilita-nos a ser optimistas e a confiar nos sucessos que ainda estão para vir. Luís Filipe Vieira Presidente do Conselho de Administração 6 RELATÓRIO DE GESTÃO Em cumprimento das normas legais, nomeadamente o disposto no Código das Sociedades Comerciais, no Código dos Valores Mobiliários e nos Regulamentos da CMVM, o Conselho de Administração submete à apreciação dos senhores accionistas o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras individuais e consolidadas, que compreendem a Demonstração da Posição Financeira, a Demonstração dos Resultados, a Demonstração do Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações de Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e respectivas notas explicativas reportados às contas consolidadas e às contas individuais do período findo a 30 de Junho de 2014. 1. Aspectos Relevantes da Actividade A época de 2013/2014 fica marcada pelos resultados desportivos alcançados pelo Benfica, que venceu todas as competições a nível nacional (Liga Zon Sagres, Taça de Portugal e Taça da Liga), feito inédito em Portugal, e esteve presente pelo segundo ano consecutivo na final da Liga Europa. Estes resultados são fruto do trabalho desenvolvido nas últimas épocas, durante as quais o nível competitivo do Benfica cresceu de forma sustentada. A persistência, o compromisso e a ambição de todo o grupo profissional permitiram que nesta época a nação benfiquista festejasse a conquista dos desejados títulos, honrando a história gloriosa do Benfica e perspectivando um futuro no qual se pretende manter este registo. O 33º título de campeão nacional, o principal objectivo da temporada, foi conquistado a duas jornadas do final da competição, em jogo realizado em casa com o Olhanense. Depois de alcançar a liderança no final da primeira volta da prova, o Benfica não voltou a deixar essa posição, evidenciando uma forte regularidade, nomeadamente numa sequência de onze vitórias consecutivas obtidas no decorrer da segunda volta. Desta forma, o Benfica terminou a prova com um total de 74 pontos, fruto de 23 vitórias, 5 empates e 2 derrotas, com uma vantagem de sete pontos sobre o segundo classificado, para além de ter tido o melhor ataque e a melhor defesa da competição. A final da 75ª edição da Taça de Portugal realizou-se no passado dia 18 de Maio no Estádio do Jamor, tendo o Benfica alcançado o 25º troféu nesta competição.