Relatório & Contas 2010/2011
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RELATÓRIO & CONTAS 2010/2011 DE 1 DE JULHO DE 2010 A 30 DE JUNHO DE 2011 SPORT LISBOA E BENFICA – FUTEBOL, SAD (Sociedade Aberta) Capital Social: 115.000.000 euros Capital Próprio individual a 30 de Junho de 2010: 7.933.916 euros Capital Próprio consolidado a 30 de Junho de 2010: 7.438.971 euros Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa Número de Matrícula e Identificação de Pessoa Colectiva: 504 882 066 Serviços Administrativos: Avenida General Norton de Matos Estádio do Sport Lisboa e Benfica 1500-313 Lisboa – Portugal Telefone: (+351) 21 721 95 00 Fax: (+351) 21 721 95 46 2 ÍNDICE DO RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO E INDIVIDUAL COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS A 30 DE JUNHO DE 2011 4 GRUPO SPORT LISBOA E BENFICA – FUTEBOL, SAD 4 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 5 RELATÓRIO DE GESTÃO 6 Aspectos Relevantes da Vida do Grupo 6 Análise Económica e Financeira 12 Factos Ocorridos após o Termo do Período 24 Perspectivas Futuras 25 Lista de Titulares de Participações Qualificadas 26 Declaração do Órgão de Gestão 27 Proposta de Aplicação de Resultados 27 Notas Finais 28 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE 29 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 65 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL 150 CERTIFICAÇÃO LEGAL E RELATÓRIO DE AUDITORIA DAS CONTAS CONSOLIDADAS 152 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA 155 3 COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS A 30 DE JUNHO DE 2011 Assembleia Geral Presidente: José António dos Reis Martinez Vice-Presidente: Vítor Manuel Carvalho Neves Secretário: Virgílio Duque Vieira Conselho de Administração Presidente: Luís Filipe Ferreira Vieira Vice-Presidente: Rui Manuel Frazão Henriques da Cunha Vogal: Domingos Cunha Mota Soares de Oliveira Vogal: Rui Manuel César Costa Vogal: Rui Manuel Lobo Gomes da Silva Conselho Fiscal Presidente: Rui António Gomes do Nascimento Barreira Vogal: Nuno Afonso Henriques dos Santos Vogal: Gualter das Neves Godinho Suplente: José Alberto Coelho Vieira1 Revisor Oficial de Contas KPMG & Associados, SROC, SA, representada por João Paulo da Silva Pratas2 GRUPO SPORT LISBOA E BENFICA – FUTEBOL, SAD 1 Eleito a 29 de Novembro de 2010 em Assembleia Geral da Sociedade 2 Passou a ser representada por João Paulo da Silva Pratas, ROC n.º 965 em substituição de João Albino Cordeiro Augusto, ROC n.º 632 com efeitos a partir de 1 de Março de 2011 4 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Caros accionistas, Podemos cair e, seguramente, como é próprio da vida, isso vai acontecer algumas vezes. Porém, cada vez que caímos, temos a obrigação de nos levantar. E, cada vez que o fizermos, temos de sair mais fortes e mais ambiciosos. As cicatrizes de um exercício menos feliz a nível desportivo devem servir, desde logo, para interiorizar os erros e saber como evitá-los no futuro. Cada momento, bom ou mau, deve constituir um ponto de chegada e, simultaneamente, um ponto de partida. Foi assim que chegámos até aqui e será assim que vamos continuar a construir o futuro. Apesar da conjuntura económica que assola o País, a Europa e o Mundo, levámos a cabo um investimento sério no plantel de futebol profissional, quer pela aquisição de jovens talentos, quer pela manutenção dos atletas mais influentes da equipa. E é neste equilíbrio que se construiu um plantel muito mais forte e com mais soluções. Um plantel que nos dá mais garantias desportivas e financeiras. Continuo a defender no presente, tal como no passado, que os jogadores do plantel devem constituir activos da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, por esta geridos com independência, e não, activos maioritariamente detidos por investidores ou empresários cuja identidade ou origem, ora é desconhecida, ora justifica reservas. Creio ser esse um caminho a evitar, porque mais cedo ou mais tarde a SAD seria refém de terceiros nas suas decisões soberanas. Mantivemos a equipa técnica porque acreditamos na sua capacidade profissional e motivação, reforçando, no entanto, a estrutura profissional que a rodeia. Estou certo que a entrada desses novos elementos vai trazer outra agilidade operacional a nível decisório. Razões que me permitem estar optimista em relação ao que vamos fazer ao longo deste ano. Tudo isto foi feito sem abdicar do necessário rigor que tem guiado sempre os exercícios anteriores desta empresa e que, por força da actual conjuntura económica e pelos pressupostos financeiros impostos pela UEFA, iremos reforçar. Aplicar de forma exigente e criteriosa os recursos disponíveis, continuará a ser um imperativo desta Sociedade. A evolução que a nossa Formação tem apresentado de ano para ano reforça a minha confiança no trabalho realizado no Caixa Futebol Campus e a certeza que, dentro em breve, vamos começar a ver jogadores saídos dos nossos escalões de formação a integrar de forma regular o plantel da nossa equipa profissional de futebol. Gosto de ter no plantel da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD os melhores jogadores, mas evidentemente que gostaria muito mais de aliar essa qualidade à nacionalidade portuguesa. Não é um trabalho fácil, mas com persistência, trabalho e sem falsas demagogias, alcançaremos este objectivo. A mesma persistência que nos irá permitir, ainda que com efeitos apenas em 2013, renegociar por valores substancialmente diferentes os nossos direitos televisivos. Como é público e já foi comunicado à CMVM, esse processo está a decorrer e esta Sociedade deverá chegar, ainda durante o presente exercício, à escolha do parceiro que irá transmitir os jogos da equipa de futebol profissional a partir da época 2013/2014. Vivemos tempos em que a única certeza parece ser a da mudança. Tempos de oportunidades, mas também de perigos, porque há novos riscos e ameaças. A diferença como encaramos estes dois cenários diz muito do que somos e do que queremos ser. Temos duas opções: ou somos um clube aberto, seguro, confiante no futuro, ou então assumimos uma postura deprimida, fechada, derrotista. Pela minha parte posso-vos garantir que as pessoas que integram esta Sociedade estão optimistas, seguras das suas capacidades e certas de que o trabalho que tem vindo a ser realizado será recompensado no futuro. Luís Filipe Vieira Presidente do Conselho de Administração 5 RELATÓRIO DE GESTÃO Em cumprimento das normas legais, nomeadamente o disposto no Código das Sociedades Comerciais, no Código dos Valores Mobiliários e nos Regulamentos da CMVM, o Conselho de Administração submete à apreciação dos senhores accionistas o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras individuais e consolidadas, que compreendem a Demonstração da Posição Financeira, a Demonstrações dos Resultados Separada, a Demonstração Consolidada do Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações de Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e respectivas notas explicativas reportados ao exercício findo a 30 de Junho de 2011, bem como os comparativos referentes ao exercício findo a 30 de Junho de 2010. 1. Aspectos Relevantes da Vida do Grupo Na definição da estratégia para a última época, o Conselho de Administração teve em consideração a deterioração das condições de crédito às empresas e particulares, assim como a necessidade de continuar a criar valor para o futuro. Fruto de tal reflexão, para além dos objectivos desportivos e económicos, a Sociedade considerou fundamental voltar a ter uma posição activa no mercado de transferências, identificando e concretizando um número limitado de oportunidades de venda de passes de jogadores, assim como investindo criteriosamente, com o objectivo de voltar a gerar ganhos significativos no médio prazo. A aposta na vertente desportiva passou pela manutenção dos principais jogadores da época transacta no plantel principal, pelo que no início da época 2010/2011 apenas se procedeu à alienação dos direitos desportivos dos atletas Ramires Nascimento, Rafik Halliche e Aziza Makukula para o Chelsea FC, Fulham FC e Manisaspor, respectivamente. Ainda nesse período, o Benfica procurou contratar jogadores de qualidade que permitissem aumentar o leque de soluções do treinador e construir um plantel equilibrado e competitivo, como foram os casos do Roberto, Nicolas Gaitán, Jan Oblak e Franco Jara. Já no decorrer da janela de transferências de Janeiro, a Benfica SAD procedeu à alienação dos atletas David Luiz e Patric Lalau ao Chelsea FC e Clube Atlético Mineiro, respectivamente, tendo no último caso mantido um direito sobre 20% das receitas sobre uma futura venda dos direitos desportivos do atleta para um terceiro clube ou SAD. Adicionalmente, a Benfica SAD voltou a efectuar investimentos no sentido de equilibrar o seu actual plantel e criar soluções de médio prazo, tendo em consideração as idades dos atletas adquiridos. Desta forma, foram integrados no plantel os atletas Fernandez, Carole e Jardel, adquirido o jogador Elvis que foi emprestado a um clube brasileiro, tendo sido igualmente adquirido os direitos do jogador Matic no âmbito da operação de alienação do atleta David Luiz, o qual assinou contrato de trabalho desportivo a partir da época 2011/2012. No decorrer deste exercício, procedeu-se ainda à renovação dos contratos de trabalho desportivo de diversos atletas, nomeadamente os jogadores Fábio Coentrão, Sidnei Junior e David Simão até ao final da época desportiva de 2015/2016. De referir que no caso do Fábio Coentrão, a renovação ocorreu em Setembro de 2010, permitindo manter no plantel principal um dos principais atletas da época passada. Já no decorrer do último trimestre deste exercício, a Benfica SAD procurou reforçar o plantel com atletas de qualidade com o objectivo de tornar a equipa mais competitiva para poder discutir as principais provas que disputa na próxima época, sendo prioritário em 2011/2012 a reconquista da Liga Nacional e o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. As aquisições dos direitos desportivos dos atletas Artur Moraes, Nolito e Bruno César são exemplos concretos dessa estratégia, a qual foi complementada com os jogadores adquiridos no decorrer do início da época 2011/2012, como são os casos de Witsel, Garay, Emerson, Capdevila e Mika.