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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Gustavo Augusto Tavares Cavalheiro O TEMPO IN-MEDIA-ATO: a superação da visualidade por meio da tatilidade das não-coisas e-materializadas Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica São Paulo 2014 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Gustavo Augusto Tavares Cavalheiro O TEMPO IN-MEDIA-ATO: a superação da visualidade por meio da tatilidade das não-coisas e-materializadas Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de DOUTOR em Comunicação e Semiótica pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica, na Área de Concentração do Signo e Significação nas Mídias e Linha de Pesquisa em Cultura e Ambientes Mediáticos, sob a orientação da Professora Doutora Lucrécia D‟Alessio Ferrara São Paulo 2014 Banca Examinadora _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ Pesquisa de doutorado realizada com auxílio de bolsa de estudos concedida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, junto ao Programa de Estudos Pós graduados em Comunicação e Semiótica, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e bolsa-sanduíche para estágio de estudos no Programa de Doutoramento de Estudos Avançados em Materialidades da Literatura, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Dedico esta tese ao meu bisavô o Sr. José Alves da Fonseca, um Conimbricense nascido na Vila Pouca de Cernache (dos alhos), que não conseguiu se formar doutor, mas, com certeza, acompanhou com orgulho o seu bisneto durante a estada na Universidade de Coimbra. Também dedico esta tese à minha amada esposa Vivian, que me presenteou com seu carinho, atenção e com o meu maior tesouro... ... o lindo Gabriel Fiales Cavalheiro. AGRADECIMENTOS Existe uma grande possibilidade de que, mesmo após redigir uma longa lista, eu ainda fique em débito com pessoas importantíssimas que me auxiliaram nesta caminhada. Tomo esta caminhada como um trecho de 6 anos de árduos estudos e inquietações, que começaram no mestrado e desembocaram ao final desta tese, como um rio que chega ao mar (do conhecimento) e termina uma jornada, para poder iniciar a próxima. No texto da minha dissertação, eu encerrei meus agradecimentos com quem, agora, agradeço primeiramente. Devo (muito e tudo) à Professora Lucrécia D‟Alessio Ferrara, pois sem ela eu não poderia (e não teria conseguido) percorrer esse belo caminho rumo ao conhecimento. A Professora Lucrécia não foi apenas uma orientadora, mas uma amiga compreensiva, exigente (na medida certa) e capaz das maiores cortesias. Tenho certeza que ela foi a pessoa correta para sediar a paz de espírito necessária, para que meus ímpetos de estudante pueril se tornassem um projeto de estudos concretizável. Agradeço a todos os professores do Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica que me deram a oportunidade de conviver de maneira mais próxima, nas reuniões de colegiado e reuniões de processo de seleção de bolsistas, durante a minha gestão na representação discente. À CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior pela bolsa empenhada neste projeto e também pela bolsa-sanduíche que me deu oportunidade de completar um estágio de estudos na Universidade de Coimbra, Portugal. No tocante a minha estada em Portugal, devo listar uma série de pessoas e fatos que estarão marcados na minha vida para sempre. Agradeço muitíssimo ao Professor Manuel Portela por abrigar minha pesquisa dentro do seu excelente Programa de Doutoramento de Estudos Avançados em Materialidades da Literatura, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Professor Portela, a quem reputo como um verdadeiro gentleman, me auxiliou muito nos meus estudos e na minha estada em Portugal. Agradeço ao Professor Paulo Silva Pereira pela inspiração e dedicação na sua forma de lecionar, fazendo com que eu buscasse, cada vez mais, por fenômenos mediáticos que nos trouxessem perguntas e (na medida do possível) respostas. Também agradeço ao Professor Pedro Serra que viabilizou uma experiência de aula- avatarizada tal qual comentei durante o mestrado e aos demais professores do curso, que durante seminário (Estado da Arte) puderam contribuir com minha pesquisa, em especial o Professor Osvaldo Manuel Silvestre. Uma saudação especial aos meus colegas de turma, os quais "o Gustavo gostava muito de vê- los devidamente trajados, adentrando à Sala dos Capelos e consagrando-se doutores": Ana Paula Dantas, Catarina Figueira Cardoso, Élia Sofia Ramalho e Tiago Schwäbl. Saúdo meus colegas "sanduicheiros" Lúcia Helena da Silva Joviano e Diego Giménez e abro uma menção especial à brilhante Manaíra Aires Athayde, que sempre me recebeu com muita alegria e amizade. Longe da minha família, fui adotado "pela família Pedro Nunes", a "malta" de um dormitório- república de doutorandos e mestrandos de todo o mundo. Estas pessoas foram a minha família durante o meu tempo de exílio. Quando deixei a nossa "casinha" (como bem nomeou Bruna Grassi), escrevi uma carta que dizia: "SAUDADE É VERBO e não tenho dúvidas que conjugarei COIMBRA por toda a minha vida! [...]" e em outro trecho completei "[...] Respeite e honre a tradi o dos estudantes e pesquisadores que passaram por aqui e deixaram suas marcas para sempre em gotas de suor, l grimas e vinhos." Por isso, agora eu honro toda a "família Pedro Nunes", nomeando-os um a um: meu irmão mais novo Agastya Bhati (Índia), a angelical Bruna Grassi (SP), Cinzia Fois (Itália), Cristina Danisi (Itália), Eduardo Paiva (SP), Ghasem Karimzadeh (Irã), Joe Abdul Sater (Líbano), José Cláudio da Silva (AL), Kieran Furey (Irlanda), Maria Del Carmen Talavera (Argentina), a delegada Maria Júlia Monteiro (Portugal), Olavo Fagundes (AP), meu irmãozão e pagé Paulo Cândido Barbosa Júnior (AM), Ramona Cabiddu (Itália), Raquel Batista de Oliveira (PB), Raquel Serro (MG), Oana Popa (Romênia), Rebeca Puccinelli (SP), Tamara Luisina Mascareño Varas (Argentina), o "apóstrofe" Tiago Pedro Vales (SP), Val Araújo (PI) e o grande Sergio Fernando Tadeu (SP). Saúdo meus amigos do PEPGCOS: o mitológico Adalberto Lombardi; o guru do Himalaia Alexandre Frigeri; o ciberativista André Kishimoto; o florido Antonio Almeida; o anônimo Bruno Cardoso; Camila Portela; a sagaz Cecília Magalhães; a líder Cecilia Noriko Ito Saito; a ciberpresente Cintia Dal Bello; o artístico Diego Corazza; o eterno Eduardo Bonini; o selvático Elton Rivas; Fabiano Ferrara; o destemido Giovani Pagliusi; o dromoguerrilheiro Paulo de Lima; a sempre disposta Patrícia Fanaya; o maior colaborador desta tese, o fenomenal Pedro Del Picchia; Renata Gauche; Rosana Portela; a doce Silvia Sampaio de Alencar e o bravo Vitor Belém. Da PUC-SP agradeço a amizade de Ruberval Marcelo Oliveira e a ajuda infinita de Cida Bueno. Agradeço aos meus amigos e colegas de trabalho da FMU e Senac, dos quais destaco em especial: Erich Demuro, Luciane Glaeser e Sidney Matos, que tanto me ajudaram na discussão sobre partes da tese, além dos colegas Andréa, Fábio, Kátia e Paulo. Agradeço muitíssimo às coordenadoras Virgínia Pereira e Romy Tutia, que me liberaram para cumprir o estágio-sanduíche, aos meus demais amigos que participaram desse árduo processo. Encerro minha lista de agradecimentos com a minha família, que sempre me apoiou: Ana Maria, Gilberto, Ricardo, Rosana, Giovana, Marcos, Fabíola, Felipe e Júlia. Coimbra é uma lição De sonho e tradição O lente é uma canção E a Lua a faculdade O livro é uma mulher Só passa quem souber E aprende-se a dizer saudade Coimbra do choupal Ainda és capital Do amor em Portugal Ainda Coimbra onde uma vez Com lágrimas se fez A história dessa Inês tão linda Coimbra das canções Tão meiga que nos pões Os nossos corações a nu Coimbra dos doutores Pra nós os teus cantores A Fonte dos Amores és tu COIMBRA de Alberto Ribeiro, ilustração de Costa Brites. RESUMO Esta pesquisa trabalha a partir das consequências da introjeção das tecnologias digitais na vida cotidiana, em busca da superação da visualidade frente a um estado ultratangível da tatilidade como maneira de compreender o mundo de acordo com o capital perceptivo. O problema central da Tese consiste em pensar de que maneira as tecnologias digitais podem alterar a percepção de realidade. As hipóteses trabalhadas sugerem: (1) uma nova proposta de conceitualização para a forma e a matéria da imagem codificada, como sendo uma não-coisa e-materializada; (2) as imagens só podem ser discriminadas pelo modo que parecem e aparecem na interação com os usuários de dispositivos tecnológicos e (3) o tempo é ressignificado, pois deixa de ser operado cronologicamente e passa a ser operado no âmbito do encontro de um acontecimento mediado no e pelo dispositivo. O percurso da Tese leva a uma revisão dos conceitos de matéria, forma e código; virtual, atual e real; a realidade enquanto verdade. Trabalha-se com a indeterminação como outra dimensão da realidade, em que alguns conceitos fundamentais servem de referência como: a hiper-realidade simulacral (Baudrillard); o formalismo e as Não-Coisas (Flusser); a Lógica Paraconsistente (Newton da Costa); a questão do atual em relação à imagem apresentada (e vice-versa); a questão do que se mostra e do que aparece, tendo em vista a fenomenologia e o Dasein (Heidegger); a Différance (Derrida) e o mito da caverna (Platão). A metodologia está circunscrita