“NÃO É a ANTIMÚSICA, É a MÚSICA EM MOVIMENTO!”: Uma História Do Grupo Jaguaribe Carne De Estudos (Paraíba, 1974-2004)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA “NÃO É A ANTIMÚSICA, É A MÚSICA EM MOVIMENTO!”: Uma História Do Grupo Jaguaribe Carne De Estudos (Paraíba, 1974-2004) Diogo José Freitas Do Egypto Orientador: Prof. Dr. Elio Chaves Flores Linha de Pesquisa: Ensino de História e Saberes Históricos JOÃO PESSOA – PB AGOSTO – 2015 “NÃO É A ANTIMÚSICA, É A MÚSICA EM MOVIMENTO!”: Uma História Do Grupo Jaguaribe Carne De Estudos (Paraíba, 1974-2004) Diogo José Freitas Do Egypto Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, em cumprimento às exigências para obtenção do título de Mestre em História, Área de Concentração em História e Cultura Histórica. Orientador: Prof. Dr. Elio Chaves Flores Linha de Pesquisa: Ensino de História e Saberes Históricos JOÃO PESSOA – PB 2015 “NÃO É A ANTIMÚSICA, É A MÚSICA EM MOVIMENTO!”: Uma História Do Grupo Jaguaribe Carne De Estudos (Paraíba, 1974-2004) Diogo José Freitas Do Egypto Dissertação de Mestrado avaliada em ____/____/_____ com conceito ___________________ BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Elio Chaves Flores Programa de Pós-Graduação em História – Universidade Federal da Paraíba Orientador Profa . Dra. Isabel Cristina Martins Guillen Programa de Pós-Graduação em História – Universidade Federal de Pernambuco Examinadora Externa Profa . Dra. Ana Cristina Marinho Lúcio Programa de Pós-Gradução em Letras – Universidade Federal da Paraíba Examinadora Interna Prof. Dr. Marco Aurélio Paz Tella Programa de Pós-Graduação em Antropologia – Universidade Federal da Paraíba Suplente Externo Profa. Dra. Telma Dias Fernandes Programa de Pós-Graduação em História – Universidade Federal da Paraíba Suplente Interno IV “Se as crianças não forem expostas à música estranha, elas podem muito bem crescer, ir à escola, arrumar empregos, ter filhos... e morrer! Sem nunca ter experimentado a loucura! Isso é muito perigoso!” (Lux Interior, fundador da banda The Cramps) V AGRADECIMENTOS Uma longa caminhada como esta não é feita sem boas companhias. Gente que direta ou indiretamente, de longe ou de perto, nos ajuda a atravessar o vendaval de forma mais leve e prazerosa. Gente que nos permite não apenas mirar o fim da estrada, mas também desfrutar a beleza que se oferece ao longo do percurso. Agradeço ao Grande Arquiteto do Universo a dádiva da vida e as oportunidades diárias de aprendizado, crescimento e realização. Ao meu orientador Elio Flores o interesse pelo tema, os livros compartilhados, as boas conversas, o suporte na realização de entrevistas, enfim, o acompanhamento firme, sereno e amigo. A Regina Behar, professora e orientadora nos tempos de graduação, amiga e colega de profissão nos dias de hoje, a indicação de tema e os preciosos conselhos. Às professoras Isabel Guillen e Ana Marinho as críticas e sugestões enriquecedoras nas minhas bancas de qualificação e defesa. À Prefeitura de São Miguel de Taipu a concessão de licença remunerada, possibilitando uma maior dedicação às etapas de desenvolvimento do trabalho. Aos colegas, professores e funcionários do PPGH-UFPB as conversas, indicações, momentos de descontração e contribuições diversas que auxiliam na elaboração de nossas dissertações. De modo especial, agradeço a Ivan (a amizade e a partilha de discos, livros, canções, viagens, congressos, cervejas e tantas coisas mais; “tu é massa, pai!”), Talita (a paciência e doçura em pessoa com as minhas mil dúvidas sobre a Plataforma Brasil e a precisão cirúrgica nas indicações de leitura na reta final da minha escrita; brigadão, Talitinha!), Isabela (as leituras, sugestões e lembretes constantes, os livros emprestados, os bons e longos papos... valeu, Bela!), Telma (as aulas e os debates acalorados, a leitura e as sugestões para este trabalho, o empenho e a dedicação à frente da coordenação do Programa) e Pollyana (a simpatia e a solicitude na resolução dos trâmites burocráticos na secretaria do Programa). Aos entrevistados (Pedro Osmar, Paulo Ró, Adeildo Vieira, Marcelo Macedo, Sílvio Osias, Jaldes Meneses e Walter Galvão) a disponibilidade e interesse em colaborar com a pesquisa, bem como a inestimável contribuição que trouxeram através de seus depoimentos. De modo particular, agradeço a Paulo (a maravilhosa acolhida, o papo descontraído e o VI delicioso almoço em Lucena), Pedro (a disposição e vontade de ajudar mesmo à distância, tirando minhas dúvidas e respondendo a perguntas via e-mail e Facebook), Marcelinho (a doação de discos originais e também da discografia do Jaguaribe Carne em formato mp3, além da disponibilização do encarte do Vem no Vento em versão digitalizada) e Walter (a colaboração mesmo em meio às tribulações na saúde e a doação de seus livros). A George Glauber a troca de ideias, o compartilhamento de sua dissertação (quando esta ainda estava em fase de ajustes finais) e de suas entrevistas com Pedro Osmar e Paulo Ró. A Rinah a amizade, a competência e o cuidado na transcrição das entrevistas. Aos funcionários do arquivo do jornal A União e do Núcleo de Documentação e Pesquisa Musical da Funesc o auxílio durante as minhas visitas. De modo particular, agradeço a Heráclito Dornelles a disposição em digitalizar vários artigos e matérias de jornais pertencentes ao acervo do Núcleo. Aos meus companheiros de Hazamat (Rodolfo, Peehfe e Pedro) a amizade intra e extra musical e a compreensão nos meus momentos de ausência ou de menor dedicação às atividades da banda. Aos Amigos Brutais (Denise, Rafa, Élison, Lid, Yah, Sam, Jesa, Joseph), colegas de trabalho da Escola Fernando Cunha Lima e demais amizades que trouxeram mais leveza ao dia a dia e me ajudaram a manter a saúde mental nos últimos dois anos e meio. À minha família (meu avô Manoel, minha mãe Aparecida, meus irmãos Valeska e Felipe) o amor, a compreensão, o incentivo e o suporte infinitos e tudo aquilo que jamais poderei expressar ou agradecer através de palavras. Ao meu pai Evandro (in memoriam) o gosto e o incentivo à música e à busca do conhecimento em geral. Agradeço ainda a Pedro Osmar, Paulo Ró, Adeildo Vieira, Chico César, Zé Ramalho, Herbert Vianna, Sivuca, Noel Rosa, Chico Buarque, Belchior, Odair José, Bezerra da Silva, Djavan, Gilberto Gil, Raimundo Fagner e tantos outros mestres da música popular brasileira a beleza, a força, a luta e a paixão que inspiram e difundem através de suas canções. VII RESUMO Este trabalho tem como principal foco de discussão o Grupo Jaguaribe Carne de Estudos, movimento artístico-cultural fundado em 1974 na cidade de João Pessoa, na Paraíba, pelos irmãos Pedro Osmar e Paulo Ró. O grupo já atravessa mais de quatro décadas de atuação, desenvolvendo um conjunto de atividades denominadas de “guerrilha cultural” - um trabalho que engloba desde a produção artística em diversas linguagens (música, poesia, artes plásticas, etc.) até o apoio e a intervenção direta em projetos de cunho social, cultural e educacional. Partindo do princípio de que é possível contar uma história do Jaguaribe Carne, este trabalho busca reconstituir a trajetória do grupo, atentando para alguns dos seus aspectos mais distintivos, tais como a biografia de seus fundadores, o início das atividades, as apresentações, os colaboradores, os projetos e a produção discográfica; abordar a produção artístico-cultural brasileira e paraibana durante o período do regime militar; discutir o conceito de “guerrilha cultural”, bem como as possíveis relações e diálogos entre o grupo paraibano e outros movimentos que lhe são contemporâneos, a exemplo dos “alternativos”, do “desbunde” e da Tropicália; analisar, tomando o conceito de hibridismo como uma ferramenta teórica de compreensão da música popular, algumas composições do grupo presentes no LP Jaguaribe Carne Instrumental e no CD Vem no Vento. Em termos metodológicos, o trabalho se desenvolve a partir de um cruzamento entre fontes bibliográficas, orais, audiovisuais e musicais. Palavras-chave: Jaguaribe Carne; Música Popular; Hibridismos Musicais; Paraíba; Século XX; Cultura Histórica. VIII ABSTRACT The main focus of discussion in this work is the Grupo Jaguaribe Carne de Estudos, an artistic and cultural movement founded in 1974 in the city of João Pessoa, Paraíba, by brothers Pedro Osmar and Paulo Ró. The group has gone through more than four decades of work, developing a set of activities called “guerrilha cultural” - which ranges from artistic production in various languages (music, poetry, visual arts, etc.) to the support and direct intervention in social, cultural and educational projects. Assuming that you can tell a story of Jaguaribe Carne, this paper aims to reconstitute the group´s trajectory, by highlighting some of its most distinctive features, such as the founders´biography, early activities, performances, collaborators, projects and discography; approach the artistic and cultural production in Brazil and Paraíba during the military regime; discuss the concept of “guerrilha cultural” as well as the possible relations and dialogues between the group from Paraíba and other contemporary movements, such as the “alternatives”, the “desbunde” and the Tropicália; analyze, by taking the concept of hybridity as a theoretical tool to understand popular music, some of the group´s compositions, present in the LP Jaguaribe Carne Instrumental and in the CD Vem no Vento. In terms of methodology, this work develops from a crossing between bibliographical, oral, audio-visual and musical sources. Keywords: Jaguaribe Carne; Popular